UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A influência da liderança na motivação dos funcionários de uma organização Por: Christiane Lucia da Silva Orientador Prof. Fabiane Muniz Rio de Janeiro 2010 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE Apresentação Candido de Mendes monografia como à requisito Universidade parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Recursos Humanos. Por: Christiane Lucia da Silva 3 AGRADECIMENTOS Aos meus pais, Vera e Carlos, minha avó Margarida e meus irmãos, agradeço por toda a força, são tudo em minha vida. Quero deixar clara a minha gratidão e agradecimento, em especial à minha amiga Michelle pelo apoio e ajuda para a realização deste trabalho. 4 DEDICATÓRIA Dedico mais esta conquista em minha vida a minha amada irmã, Carla Lucia, a quem agradeço por todo carinho e apoio. 5 RESUMO Este estudo possui o objetivo de mostrar a influência da liderança na motivação dos funcionários de uma organização. O ponto principal é descobrir se existe ou não um modelo ideal de liderança. Este tema é de fundamental importância na atualidade, visto que hoje em dia existe a preocupação com o bem-estar dos colaboradores, e para isso é necessário que estejam motivados, e um dos fatores é a satisfação com seus superiores, seus líderes. Por tanto, como objetivos desta pesquisa estão: analisar os tipos de liderança, discutir o papel do líder, e concluir o tipo de liderança mais indicado para se motivar uma equipe. Serão mostrados os conceitos sobre liderança e motivação, tipos de líder, competências e habilidades, mostrando como uma boa liderança é essencial para o sucesso da organização, demonstrando que o líder deve saber trabalhar em equipe, porém, observando as individualidades de cada um de seus colaboradores. Será apresentada a diferença entre chefe e líder, pois nem todo chefe é um bom líder, e nem todo líder é chefe. Ressaltarei a questão da motivação como um fator importante para uma boa liderança, serão apresentadas teorias sobre este assunto, nos orientando que as necessidades do indivíduo são importantes, e que um bom líder deve ter o feeling para identificar e se utilizar de técnicas para motivá-los. Por fim, poderemos concluir que a liderança é um dos fatores primordiais para a motivação. Além disso, ficará claro que com os diversos tipos de líderes, o profissional experiente, deverá levar em conta a visão, missão, cultura, a estrutura da empresa, e cada situação que esteja vivenciando, para saber como deverá atuar em relação a equipe e a organização. 6 METODOLOGIA A metodologia utilizada foi o método dedutivo com abordagem descritiva, usando pesquisas bibliográficas em livros, revistas, e sites consultados na internet sobre o tema. Além deste material físico, utilizei também o método de observação na rotina da organização em que trabalho, uma empresa de grande porte que trabalha no ramo de produção e venda. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - LIDERANÇA 10 CAPÍTULO II - MOTIVAÇÃO 24 CAPÍTULO III – 33 FORMANDO EQUIPES: LIDERANDO PESSOAS, BUSCANDO OS MELHORES REULTADOS CONCLUSÃO 42 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 44 ÍNDICE 46 8 INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo mostrar a influência da liderança na motivação dos funcionários de uma organização. A questão central está em descobrir se existe um modelo ideal de liderança. O tema é de fundamental importância nos dias atuais, visto que atualmente existe a preocupação com o bem-estar dos colaboradores, e para isso é necessário que estejam motivados, e um dos fatores é a satisfação com seus superiores, seus líderes. Por tanto, os objetivos desta pesquisa são analisar os tipos de liderança, discutir o papel do líder, e concluir o tipo de liderança mais indicado para se motivar uma equipe. Atualmente o líder tem que estar conectado com as mudanças, focando no seu serviço e pensando nos recursos de maneiras diferentes (gestão de pessoas). Hoje no Brasil, o número de empresas que correm atrás da qualidade de serviços aumentou muito. A competitividade de qualquer organização é cumprir a sua missão com mais êxito do que as outras organizações competidoras. Nessa busca pelo ideal deve-se tomar muito cuidado para não desmotivar a equipe. Por isso a importância da liderança é fundamental. Deve-se traçar que estratégia utilizar, levando em consideração a equipe a qual se trabalha, e chegaremos à conclusão da melhor forma de liderança a ser utilizada. O líder tem que ter percepção para motivar sua equipe. Apesar da competitividade ser vista negativamente por muitas pessoas, não é bem assim, pra isso o bom líder deverá mostrar sua equipe a visão de futuro, motivandoos de uma forma positiva. A missão do líder é fazer com que os seus colaboradores desempenhem seus papéis com desenvoltura, dando o máximo de si, aproveitando o potencial de cada pessoa, em prol dos resultados da organização, mas dentro de um ambiente saudável e de comprometimento. 9 Entendemos que para que uma equipe tenha um desempenho satisfatório, será necessário que seu líder, através de técnicas escolhidas por ele, às motive. Importante ressaltar, que a motivação depende de cada um, de cada funcionário, mas quando o chefe é um bom líder, ele terá a capacidade de identificar e saber como lidar com seu empregado buscando a motivação do colaborador. Não é fácil ser um líder, muitas vezes esse atributo já é da pessoa, não é fácil que seja adquirido com o tempo. Então, nem sempre o líder da equipe é o chefe, pode ser o seu colega do lado, a liderança é uma característica nata. Atualmente existem muitos cursos, mas não é num curso que aprenderá ser um líder, e sim com a sua realidade. Você pode aprender sobre técnicas, mas terá que saber colocá-las em prática, e esta sim é a parte difícil. Deve-se ter em mente que não é possível agradar a todos, mas é necessário que tenha boa vontade e habilidade para fazer com que sua equipe o entenda e que corra atrás das metas que serão fornecidas pelo líder. Quando não se consegue o comprometimento dos funcionários da organização com o que é proposto, provavelmente terá que lidar com a desmotivação. A motivação é de fundamental importância para que tudo flua. Quando temos uma equipe desmotivada, ou que seja, apenas um empregado desmotivado, ele pode disseminar este sentimento para toda nossa equipe, gerando um grande problema, e é muito difícil trabalhar com níveis insatisfatórios, daí a importância em ficar atento ao comportamento da equipe para que isto não ocorra, ou para que caso aconteça sejam tomadas as providências necessárias para o caso em questão. Nos dias atuais existem mecanismos ou ferramentas que utilizamos, e através delas conseguimos detectar níveis insatisfatórios da equipe, onde nos mostrará que pode haver desmotivação, o que nos dará uma luz em como agir. Através de uma simples Pesquisa de Clima Organizacional, por exemplo, é possível mensurar os níveis de satisfação, não satisfação ou insatisfação dos colaboradores com relação aos aspectos do ambiente organizacional e a maneira que as pessoas interagem umas com as outras. Após os resultados, será feito o plano de ação. 10 CAPÍTULO I LIDERANÇA As atribuições do RH são mesmo repletas e variadas, e vem ganhando uma complexidade em um cenário de grandes transformações, não apenas no campo de negócios, mas também na vida em sociedade. As mudanças nos padrões de conduta impõem novas demandas nas relações, exigindo das organizações e dos seus líderes um aprimoramento de suas políticas e práticas no que se refere à Gestão de Pessoas. Estar à frente da Gestão de Pessoas vem exigindo diversas competências dos profissionais que exercem essa função. Ao mesmo tempo em que existe a necessidades de atuar como parceiros de negócio, é preciso cuidar também de uma série de processos operacionais, que quando não funciona bem pode repercutir negativamente no clima operacional, afetando a produtividade e os resultados esperados. Por tanto, a importância do líder é cada vez maior. Os tempos são outros, a globalização está aí, e as empresas cada vez mais competem entre si num mercado competitivo. Mas qual a função do líder, o que ele faz? O que é liderança? Atualmente existem diversas definições para liderança, uma delas é da Wikipédia (www.wikipedia.com.br), de que liderança seja o processo de conduzir um grupo de pessoas, transformando-o numa equipe que gere resultados. É a habilidade de motivar e influenciar os liderados, de forma ética e positiva, para que contribuam voluntariamente e com entusiasmo para alcançarem os objetivos da equipe e da organização. A liderança é a capacidade de influenciar um grupo em direção à realização de metas, metas que serão passadas pelo líder da equipe. Quanto 11 maior o número de seguidores, tanto maior a influência. E quanto mais bemsucedida a realização de metas importantes, tanto mais evidente a liderança. Um líder é alguém que faz coisas para pessoas, pelas pessoas e através das pessoas, ele mostra a direção e ajuda a chegar ao objetivo. A missão do líder é fazer com que seus colaboradores desempenhem seus papéis com desenvoltura, dando o máximo de si, aproveitando o potencial de cada colaborador, em prol dos resultados da organização, mas dentro de um ambiente saudável de comprometimento. A liderança é fundamental em todos os tipos de organização e em cada um de seus departamentos. Ela é essencial em todas as funções da Administração: o administrador precisa conhecer a motivação humana e saber conduzir pessoas, ou seja, liderar. Segundo Drucker (2001 – p. 143), “a exigência final da liderança eficaz é a conquista da confiança”. Se não for assim, não terá seguidores, eles devem acreditar no líder. Um líder deve ter seguidores. Já para Bartleet e Ghoshal (1997), a liderança é o processo de influenciar as atividades de um indivíduo ou de um grupo para a consecução de um objetivo numa determinada situação. É um processo do líder, do liderado e de variáveis situacionais. Segundo Chiavenato (2000), a Teoria das Relações Humanas constatou a influência da liderança sobre o comportamento das pessoas. Existem três principais teorias sobre a liderança: • Traços da personalidade: Segundo esta teoria o líder possui características marcantes de personalidade que o qualificam para a função. • Estilos de liderança: Esta teoria aponta três estilos de liderança: autocrática, democrática e liberal. • Situações de liderança: Nesta teoria o líder pode assumir diferentes padrões de liderança de acordo com a situação e para cada um dos membros da sua equipe 12 Para Lacombe (2003), os líderes influenciam as pessoas graças ao seu poder, que pode ser o poder legítimo, obtido com o exercício de um cargo, poder de referência, em função das qualidades e do carisma do líder e poder do saber, exercido graças a conhecimentos que o líder detém. 1.1 – Tipos de liderança Definir uma liderança ideal é algo muito difícil. Um estilo pode ser eficaz em uma situação e totalmente ineficaz em outra. Para tentar explicar este fenômeno muitos autores ao longo das ultimas décadas, postularam várias teorias, desde a teoria dos traços, que defende que as pessoas já nascem com determinadas características que lhe proporcionam habilidades para liderar, (os líderes nascem prontos), passando pelas teorias de estilos de lideranças, que levavam a acreditar existir dois tipos de liderança (o democrático e o autoritário), até as teorias de liderança situacional, postulada por Paul Hersey e Kenneth Blanchard após exaustivos estudos nos mais diversos seguimentos da sociedade. O estilo de liderança empregado nas organizações também podem influenciar o clima organizacional de cada micro-sistema. O comportamento do líder e seu estilo de administrar influencia a motivação de seus subordinados e consequentemente o clima organizacional. A cultura da empresa influenciará no modelo de liderança. Tipos de cultura: engajamento e participação; aprendizado constante; mudança e renovação; excelência; foco em resultados; satisfação do cliente; qualidade de vida no trabalho; ética e responsabilidade social; agregar valor. Os líderes eficazes são capazes de adaptar seu estilo de comportamento de líder às necessidades dos liderados e a situação, sendo estas não constantes, o uso do estilo apropriado de comportamento de líder constitui um desafio para cada líder eficaz. Estilos de liderança, comparando: não há um estilo de liderança 100% certo. Cada situação exige uma atitude diferente; uma combinação dos pontos 13 positivos de cada estilo em diferentes situações seria o ideal; liderança mista cada estilo tem o seu momento, local e uso, mas a maioria prefere o estilo democrata. Estilo democrata: liderança compartilhada, compartilha as idéias, delega responsabilidades, acredita nos liderados, é motivador, "juntos decidimos". Você verá em seguida alguns tipos de liderança mais comuns. Cada um deles tem os seus prós e contras. A personalidade de quem dirige interfere e muito, na maneira de liderar. Devido a experiência de tantos anos de liderança, alguns teóricos sugerem que seja utilizada a liderança situacional. (www.wikipedia.com.br) Segue os diferentes modelos de liderança: 1.1.1- Liderança Autocrática Na Liderança autocrática o líder é focado apenas nas tarefas. Este tipo de liderança também é chamado de liderança autoritária ou diretiva. O líder toma decisões individuais, desconsiderando a opinião dos liderados. O líder é quem ordena, impõe sua vontade, centralizando todas as decisões. Este estilo não é indicado quando a equipe de vendas é experiente e de profissional, pois terá a rejeição por parte desses subordinados. Porém poderá ser utilizado para disciplinar o grupo que esta indiferente às suas atividades de vendas e em alguns casos de dificuldades dentro da empresa, que exigem ações mais rígidas. Este tipo de liderança caracteriza-se pela confiança na autoridade e pressupõe que os outros nada farão, se não lhes for ordenado. Geralmente não se importa com o que os liderados pensam além de desestimular inovações. O líder autocrático julga-se indispensável, mostrando que só a sua maneira de fazer as coisas é a correta. Toma uma postura muita vezes paternalista, sentindo-se feliz por notar que os outros dependem dele. Divide pouquíssimo serviço, preferindo fazê-lo. É comum por parte deste líder, reações coléricas, de irritação, de incompreensão com erros alheios. Infunde um certo temor nos 14 liderados, para que não o contradigam. Usa de artifícios para que o obedeçam sem dialogar. As decisões são tomadas com rapidez, o que é muito positivo. Mas, quando um líder autocrático termina seu mandato, muitas vezes o grupo fica perdido, não está acostumado a tomar suas próprias decisões, provocando um vácuo no poder de comando. 1.1.2 - Liderança Democrática Chamada ainda de liderança participativa ou consultiva, este tipo de liderança é voltado para as pessoas e há participação dos liderados no processo decisório. Liderança democrática - O líder orienta o grupo a executar suas atividades, fazendo-o participar da tomada de decisão. A liderança democrática é mais utilizada quando a força de vendas é de nível elevado. Em caso de força de vendas numerosa, o gerente pode encontrar dificuldade para dirigir todo o pessoal. Neste estilo de liderança, todo o grupo pode e deve contribuir com sugestões. A responsabilidade do líder, é dirigir estas opiniões para que, na prática, atinjam os objetivos esperados. O líder, com sua experiência, deve alertar sobre pontos difíceis e idéias que já foram tentadas no passado, mas sem sucesso. A esperança nesta caso, é fazer com que o grupo entenda que atingir objetivos é responsabilidade de todos e não apenas da liderança. O líder que aplica este estilo, geralmente, tem um conceito equilibrado sobre si, não temendo que haja liderados que sejam melhores do que ele, em determinados aspectos. Para ele é fácil entender e compreender seus liderados, bem como ouvir e aceitar opiniões diferentes das suas. Aqui, a dificuldade é a demora para tomada de decisões em tempos de crises. 1.1.3- Liderança Paternalista É uma liderança que visa o fim dos conflitos em grupos, que visa um relacionamento amável, onde o líder tem uma postura de representante paternal do grupo. 15 1.1.4- Liderança Liberal Liderança liberal, Livre ou Laissez faire: Laissez-faire é a contração da expressão em língua francesa laissez faire, laissez aller, laissez passer, que significa literalmente "deixai fazer, deixai ir, deixai passar". Nesse tipo de liderança, parte-se do princípio de que o grupo atingiu a maturidade e não necessita de supervisão de seu líder. Assim, os liderados ficam livres para pôr seus projetos em prática, sendo delegado pelo líder liberal. Caracteriza-se pela total liberdade da equipe de vendas, por exemplo. O gerente pouco interfere nos negócios. As equipes tomam decisões e direcionam suas atividades. O gerente de vendas tem uma atitude bastante passiva. Os vendedores conhecem o ramo de negócios e o mercado. Este líder acha que seu principal trabalho é a manutenção do que já foi conseguido. Não dá ordens, não traça objetivos, não orienta os liderados, apenas deixa correr. É comum encontrarmos liderados inconformados com esta atitude. A liderança liberal, muitas vezes, é exercida por pessoas que pretendem ausentar-se com freqüência do grupo. Não querem ter o trabalho de organizar, planejar e fiscalizar. Em muitos casos, foram eleitos porque ninguém queria o cargo ou então porque queriam apenas o título de líder não tendo a garra e a vontade de liderar. Neste tipo de liderança o grupo atingiu a maturidade e não mais precisa de supervisão extrema de seu líder, os liderados ficam livres para por seus projetos em prática sendo delegado pelo líder liberal. É o chamado "deixa como está para ver como é que fica". 1.1.5- Liderança Situacional: Baseia-se no fato de que cada situação requer um tipo de liderança diferente, para se alcançar o melhor dos liderados. Um líder situacional deve ser versátil e flexível, sabendo adequar seus estilo, de acordo com a pessoa 16 com quem trabalha e coma situação. Este líder, utiliza o que há de melhor nas lideranças AUTOCRÁTICA, LIBERAL e DEMOCRÁTICA e aplica, dependendo do grupo que tem à mão e da circunstância. O líder situacional pode escolher entre quatro tipos de ação: a) Direção - Dá instruções específicas e supervisiona rigorosamente o cumprimento das tarefas. Esta ação é usada, principalmente, com pessoas inexperientes, mas de bom potencial para aprender. b) Treinamento - O líder também dirige e supervisiona a realização das tarefas, mas solicita sugestões e explica suas decisões. Esta ação é utilizada com pessoas inexperientes, mas que perderam seu interesse inicial. Elas alcançaram algum desenvolvimento, mas precisam ter desafios de novas perspectivas. Seus progressos devem ser elogiados. c) Apoio - O Líder ajuda e apóia os esforços dos liderados para cumprirem as tarefas, dividindo com eles as decisões. Esta ação é para ser utilizada com pessoas inexperientes, mas que apreciam um estilo mais participativo. Pessoas que gostam de serem ouvidas e apoiadas, mas que têm dificuldades em tomar decisões, necessitando, assim, do suporte do líder. d) Delegação - O líder passa as responsabilidades de decisão aos liderados. Esta ação é apropriada para pessoas experientes, que sabem como se portar diante de crises e problemas, achando, por si mesmas, as soluções criativas. Nas situações de liderança. o líder pode assumir diferentes padrões de liderança de acordo com a situação e para cada um dos membros da sua equipe. Para Lacombe (2003), os líderes influenciam as pessoas graças ao seu poder, que pode ser o poder legítimo, obtido com o exercício de um cargo, poder de referência, em função das qualidades e do carisma do líder e poder do saber, exercido graças a conhecimentos que o líder detém. 17 1.2- Competências e Habilidades do Líder De inicio, é importante esclarecer que quando falamos sobre competência estamos adotando sua definição mais amplamente utilizada: "Conjunto de conhecimentos, habilidades, comportamentos e aptidões que possibilitam maior probabilidade de obtenção de sucesso na execução de determinadas atividades."(www.administradores.com.br) O ciclo da liderança requer planejamento, organização, implementação, motivação, avaliação. O planejamento é a tentativa de escrever o futuro traçando alvos e objetivos e vendo a importância do planejamento. A organização está em recrutar, delegar, estabelecer prioridades, definir tarefas, treinar, supervisionar, avaliar. Implementar é o ato de colocar as pessoas em ação, eles precisam saber o quê fazer e quando começar. Para motivar é necessário estabelecer uma atmosfera amigável, apreciando as qualidades pessoais, conhecendo as capacidades individuais, conhecendo as limitações de cada um, usando pessoas como exemplos positivos, dando a cada colaborador o devido crédito, mostrando apreciação. Já a avaliação é um processo contínuo que acompanha cada passo no ciclo da liderança. Ela requer consideração, correção e revisão. Os lideres não delegam muitas vezes pela dificuldade em admitir suas limitações; ou por seu desejo de controlar tudo; ou pela falta de confiança nos liderados; por não saber treinar pessoas; ou pela ignorância quanto aos benefícios do delegar, afinal delegar estica o tempo, reduz o estresse e motiva a equipe. O líder deve ser entusiasmado, otimista, motivado, participativo, ter espírito de equipe, saber delegar tarefas e cobrar resultados. O líder centralizador, que se irrita facilmente perde o respeito e não se mantém no mercado de trabalho. De acordo com a Wikipédia (www.administradores.com.br), existe uma teoria que fala de Traços da personalidade. Segundo esta teoria, o líder possuiria características marcantes de personalidade que o qualificariam para a 18 função. O importante é que você encontre a sua maneira de liderar, que seja a mais adequada a sua realidade e visão do trabalho. O líder ideal é aquele que ganha o respeito e a lealdade pela maneira honesta como trata as pessoas. Ele não manipula politicamente para prevalecer a sua vontade; não deturpa a verdade pra alcançar seus propósitos; conquista o respeito por causa da sua sinceridade, comprometimento, honestidade. De acordo com Chiavenato (2000), as competências essenciais para o líder são: - Ter visão clara de onde quer chegar; - Compartilhar a visão com os membros da equipe; - Comprometer as pessoas a atingirem a visão e os resultados; - Provocar EMPOWERMENT; - Comunicar sem distorções, com objetividade, entusiasmo e transparência as mensagens para a equipe; - Ter a ação coerente com a visão; - Ser coerente entre o discurso e as suas ações; - Gerar confiança e aproximação; - Valorizar e apoiar as iniciativas voltadas ao desenvolvimento de pessoas; - Ter maturidade, ética, respeito humano, auto-respeito e equilíbrio emocional; - É preciso ter visão, comprometimento, comunicação, integridade, realidade e intuição; - O líder é antes de tudo um visionário, pois se permite prospectar o futuro e se compromete a realizá-lo; - O comprometimento gera responsabilidade, poder e confiança fazendo 19 com que as metas estabelecidas possam ser atingidas; - Outro fator importante na liderança é a comunicação, que significa manter as pessoas informadas, dando e recebendo feedback adequados, explicando decisões e políticas com franqueza e transparência. Para Pereira (2008), o líder é por excelência o profissional do EMPOWERMENT, pois o que lhe compete é dar poder para que as pessoas efetivem mudanças necessárias em seu ambiente de trabalho e a tomada de decisões pertinente ao seu nível hierárquico, como: - Deixar claro às pessoas quais são suas responsabilidades; - Dar-lhes autoridade correspondentes às responsabilidades; - Estabelecer padrões de excelência no resultado do trabalho; - Identificar e oferecer treinamento e desenvolvimento necessários para satisfação dos padrões estabelecidos; - Fornecer informações e conhecimentos; - Oferecer feedback sobre o desempenho de cada pessoa; - Reconhecer as pessoas por suas realizações; - Confiar na equipe de trabalho; - Dar permissão para errar, analisando os erros como referência para os futuros acertos; - Tratar as pessoas com dignidade e respeito. A habilidade do líder é justamente extrair as habilidades individuais dos elementos da sua equipe, combinando-as na busca da sinergia. Explicar sinergia é fácil. Matematicamente, sinergia é quando o resultado da soma das habilidades das pessoas é muito maior do que a soma dos seus valores individuais. Uma adição que, na verdade, multiplica: um mais um não é igual a dois, mas sim a três, cinco, dez, mil. 1.3 – Diferença entre chefia e liderança 20 Liderança é o processo de conduzir um grupo de pessoas, transformando-o numa equipe que gera resultados. É a habilidade de motivar e influenciar os liderados, de forma ética e positiva, para que contribuam voluntariamente e com entusiasmo para alcançarem os objetivos da equipe e da organização. Assim, o líder diferencia-se do chefe, que é aquela pessoa encarregada por uma tarefa ou atividade de uma organização e que, para tal, comanda um grupo de pessoas, tendo autoridade de mandar e exigir obediência.Para os gestores atuais, são necessárias não só as competências do chefe, mas principalmente as do líder. Ser líder é diferente de ser chefe. O chefe teoricamente é um líder formal. Sendo assim, o líder diferencia-se do chefe, que é aquela pessoa encarregada por uma tarefa ou atividade de uma organização e que, para tal, comanda um grupo de pessoas, tendo autoridade de mandar e exigir obediência. Essa visão de chefe, é passado, nos dias atuais as organizações procuram as competências do chefe num líder Quando o líder não gosta de negociação, ele está com o perfil de chefe. O líder não é apenas o chefe, o gerente, o superior, ele pode ser o colega ao seu lado, pois é uma característica que é nata em algumas pessoas. O líder precisa ter algumas características tais como: ser carismático, ter poder de persuasão, ser extrovertido, com conhecimento do saber o que falar, como falar; ter uma boa comunicação O líder consegue extrair as habilidades individuais dos elementos da sua equipe, combinando-as na busca da sinergia. No trabalho, entre amigos, em família, no seu grupo religioso[ não importa. Basta que pessoas com objetivos comuns se reúnam, que sempre haverá aquela que se destaca, que pensa à frente e que acaba conduzindo o grupo nas decisões. Essa pessoa que atrai a atenção e a admiração do grupo é aquela que chamamos de líder. 21 Você lidera ou manda? Liderança é uma capacidade que se conquista mais pelo respeito e pela admiração dos outros, do que por cargos nomeados ou ameaças. O verdadeiro líder é aquele em quem o grupo se espelha, e que serve como referência na hora em que cada uma dessas pessoas tem que tomar suas próprias decisões. Para ser líder, ao contrário do que muitos pensam, é preciso um alto índice de humildade e de generosidade. São essas características que tornam fácil o trânsito do líder, fazendo-o aproximar-se de todos sempre dentro de um ambiente de confiança. Na presença do líder as pessoas se sentem à vontade, seguras. O líder sabe a hora e a forma certa de repreender. Ele não humilha, nem expõe as pessoas ao ridículo, mas mostra a elas o que poderia ter sido feito melhor para o resultado que o grupo se propunha atingir. Pode até haver líderes que ocupam uma posição de chefia no grupo. Mas nem todo chefe é um líder de verdade. Para saber se um chefe é líder, basta avaliar o comportamento do grupo na sua ausência. Se quando vira as costas, as máscaras caem e o comportamento das pessoas muda, é porque ele mais manda do que lidera. É muito provável que controle sua equipe mais pelo medo do que pelo respeito. Mas, se mesmo quando o chefe sai, o ambiente de respeito permanece para quem fica, aí sim temos um líder de verdade. 1.4Qual o papel do líder O líder pode e deve ser o precursor de uma nova mentalidade. Ele deve participar ativa e continuamente no seu ambiente de trabalho, buscando provocar situações que propiciem a inovação, ao aperfeiçoamento, ao aprendizado organizacional, antecipando-se as possíveis mudanças. O líder deve buscar pelos melhores talentos, isso é uma visão estratégica e 22 deve ter atitude para lidar com um mundo organizado em rede, com mais espaço para que cada um possa exercer os mais diferentes papéis, ora como consumidores, clientes e cidadãos, ora como profissionais que buscam sentido e satisfação no trabalho. Deve ter a consciência que não adianta colocar meta absurda, é necessário que as metas sejam matematicamente plausíveis. Para qualquer jogo que se faz, há riscos, mas o líder tem que saber correr riscos. É preciso que tenha objetividade, ser claro, transparente com as pessoas. Não prometa o que não possa cumprir. Para ser líder tem seu preço pois muitas vezes é necessário saber lidar com criticas; solidão; rejeição; risco de fracasso; sacrifício de interesses pessoais; tomar decisões pelos outros; ir contra a opinião pública; estudar, pensar e trabalhar. Os inimigos da liderança são: desanimo, orgulho, inveja, preguiça, popularidade, espírito de infalibilidade, falta de confiança, falta de conhecimento. Por isso, a importância do planejamento estratégico. Não basta a teoria, tem que ter força de vontade para colocar em prática. Hoje a busca pelo sucesso no mercado, faz com que a competitividade seja alta, pois quando isso não ocorre a empresa morre no mercado. É necessário que o líder tenha esta visão empreendedora, para chegar ao sucesso. O líder deve embutir na sua equipe o sentimento de que a competitividade não é uma coisa ruim, mas uma visão do futuro, e que quem não tiver esta visão não terá sucesso profissional. 1.5 - Impactos da má liderança O líder deve ter feeling (percepção) apurado para trabalhar com Gestão de Pessoas, somente assim ele poderá identificar o que sua equipe necessita. Quando isto não acontece gera diversos problemas, tais como: 23 - Deve saber lidar com talentos, nem todo líder sabe lidar com talentos, e se isso não ocorre ele pode perder um colaborador importante em sua equipe. Daí a importância na captação e\ou retenção de talentos; - A má liderança pode gerar um grande número de turnover (é a alta rotatividade de empregados numa empresa); - As doenças relacionadas ao trabalho, a qual chamamos de doenças ocupacionais, tais como: LER (lesão por esforço repetitivo, estresse, ...); - Absenteísmo – que é a falta ao trabalho, pode ser pela desmotivação do empregado, ou por problema de saúde devido às doenças ocupacionais; - Quando não existe uma boa relação interpessoal, pode gerar o absenteísmo ; - A ausência de feedback também pode deixar claro a má liderança. 24 CAPÍTULO II MOTIVAÇÃO Neste capítulo falaremos da motivação. Motivação (do Latim movere, mover) designa em psicologia, em etologia e em outras ciências humanas a condição do organismo que influencia a direção (orientação para um objetivo) do comportamento. Em outras palavras é o impulso interno que leva à ação. Assim a principal questão da psicologia da motivação é "por que o indivíduo se comporta da maneira como ele o faz?". "O estudo da motivação comporta a busca de princípios (gerais) que nos auxiliem a compreender, por que seres humanos e animais em determinadas situações específicas escolhem, iniciam e mantém determinadas ações". Motivação vem da percepção, e significa fazer uma pessoa ou um grupo de pessoas, cada qual com suas características de personalidade distintas, necessidades próprias, trabalhar para atingir os objetivos da organização, e também seus próprios objetivos. Motivação é um construto e se refere ao direcionamento momentâneo do pensamento, da atenção, da ação a um objetivo visto pelo indivíduo como positivo. Esse direcionamento ativa o comportamento e engloba conceitos tão diversos como anseio, desejo, vontade, esforço, sonho, esperança entre outros Motivação é "muito mais do que meras técnicas! Você pode comprar o tempo de um homem, pode comprar sua presença física em um dado lugar; pode até comprar um número medido de movimentos musculares especializados por hora ou por dia, mas não pode comprar o seu entusiasmo 25 para o trabalho. Não é possível comprar iniciativa, não pode comprar lealdade, não pode comprar a dedicação de corações, mentes e almas. Você precisa ganhar estas coisas." Segundo Vergas (Apud Fiorelli, 2004) “motivação é uma força uma energia que impulsiona na direção de alguma coisa e que nasce de nossas necessidades interiores”. Segundo Chiavenato (1989), o comportamento não é espontâneo, nem isento de finalidade: sempre haverá algum motivo implícito ou explícito. Para ele, a motivação depende de três variáveis: estímulo, necessidade e objetivo. 2.1 – Teorias da Motivação As primeiras teorias da motivação consideram a ação humana como movida por forças interiores que desencadeiam reações automáticas (instintos) ou que geram uma tensão interna que precisa ser descarregada (pulsões). Na psicologia as teorias sobre os instintos, como a de McDougall, têm sobretudo um significado histórico. Essa teoria é sobretudo interessante por sugerir uma ligação entre instintos, emoções e motivação. Um outra teoria menos conhecida é a do comportamentalista Clark L. Hull. O comportamentalismo dedicou-se ao estudo dos processos elementares de aprendizagem (condicionamento), ou seja, de como, com o auxílio de reforços e punições, um indivíduo é capaz de aprender determinado comportamento, o que chamamos de condicionamento operante. O problema é que o condicionamento operante não é capaz de exlicar o que move, ou que leva o indivíduo a realizar o ato aprendido. Hull propôs que a tendência para um determinado comportamento é o produto do hábito (ou seja, do aprendizado por condicionamento) e das pulsões e definiu-as como a parte motivacional (energética) das necessidades biológicas (fome, cansaço, sede, etc.). Essas pulsões primárias podem gerar outras pulsões secundárias (ex. 26 medo) através dos processos de condicionamento (pulsões aprendidas). A teoria de Hull sofreu várias modificações por apresentar muitas limitações e tem hoje sobretudo um caráter histórico. A importância da teoria de Hull reside, sobretudo, no fato de ter enfatizado a importância do aprendizado sobre a motivação. B. F. Skinner, outro grande expoente do behaviorismo (abordagem da Psicologia) propôs um modelo da motivação baseado somente no condicionamento, sem recurso ao conceito de pulsão. Para ele, a frequência de um comportamento é determinada por suas consequências: um comportamento que traz consequências positivas será repetido com mais frequência e outro que traz consequências negativas será mostrado mais raramente, ou não será mais repetido. Apesar de o sistema de Skinner ser empiricamente comprovado e ser amplamente utilizado em pedagogia e psicoterapia, ele apresenta o problema de não conseguir explicar toda a gama do comportamento humano e desprezar completamente a parte emocionalcognitiva da mente humana. Henry Murray descreveu dois tipos de necessidades: as necessidades primárias, as necessidades fisiológicas, e as secundárias, aprendidas no decorrer da vida, de acordo com estruturas físicas, sociais e culturais do ambiente. As necessidades secundárias são definidas apenas pelo fim a que elas se direcionam e não por características superficiais do comportamento observável. Correspondente às necessidades, que são internas, Murray postula a existência de uma pressão do lado do ambiente ou da situação: é a atração ou repulsa geradas pelo ambiente no indivíduo. De uma maneira fenomenológica ele diferencia dois tipos de pressão: a pressão alfa é a exercida objetivamente pela situação, pressão beta é a exercida pela situação tal qual o indivíduo a percebe. Por dar às necessidades secundárias (muitas vezes chamadas de motivos) um caráter diposicional, a teoria de Murray faz ponte entre a psicologia da personalidade e a motivação. 27 De acordo com Abraham Maslow, psicólogo humanista, o qual propôs uma classificação diferente das necessidades. Para ele há cinco tipos de necessidades: necessidades fisiológicas, necessidades de segurança íntima (física e psíquica), necessidades de amor e relacionamentos (participação), as necessidades de estima (autoconfiança) e necessidades de autorrealização. Essa nova classificação permitiu uma nova visão sobre o comportamento humano, que não busca apenas saciar necessidades físicas, mas crescer e se desenvolver. Esta ‘e uma das teorias mais utilizadas. Para ele as diversas necessidades podem ser separadas em categorias hierarquizadas. Para motivar uma pessoa, você deve identificar qual é a categoria mais baixa na qual ela tem uma necessidade, e suprir esta necessidades antes de pensar em outras em categorias mais altas. Estas categorias são normalmente apresentadas na forma de uma pirâmide: 28 Necessidades Fisiológicas: São relacionadas às necessidades do organismo, e são a principal prioridade do ser humano. Entre elas estão respirar e se alimentar. Sem estas necessidades supridas, as pessoas sentirão dor e desconforto e ficarão doentes. Necessidades de Segurança: Envolve a estabilidade básica que o ser humano deseja ter. Por exemplo, segurança física (contra a violência), segurança de recursos financeiros, segurança da família e de saúde. Necessidades Sociais: Com as duas primeiras categorias supridas, passa-se a ter necessidades relacionadas à atividade social, como amizades, aceitação social, suporte familiar e amor. Necessidades de Status e Estima: Todos gostam de ser respeitados e bem vistos. Este é o passo seguinte na hierarquia de necessidades: ser reconhecido como uma pessoa competente e respeitada. Em alguns casos leva a exageros como arrogância e complexo de superioridade. Necessidade de Auto Realização: É uma necessidade instintiva do ser humano. Todos gostam de sentir que estão fazendo o melhor com suas habilidades e superando desafios. As pessoas neste nível de necessidades gostam de resolver problemas, possuem um senso de moralidade e gostam de ajudar aos outros. Suprir esta necessidade equivale a atingir o mais alto potencial da pessoa. O líder que conhece bem sua equipe saberá identificar quais são as necessidades de cada um e poderá aplicar os meios de motivação adequados. Por exemplo, se uma pessoa está passando por grandes dificuldades financeiras e a estabilidade de sua família está em risco, não adianta tentar motivá-lo dizendo que seu caso de sucesso será publicado no jornal da empresa. Da mesma forma, um profissional que está no auge de sua carreira e em alta evidência na organização não se entusiasmará muito com a idéia de uma 29 pequena mudança em seu plano de saúde que envolva alguns benefícios adicionais. O gerente de projeto tem a responsabilidade de fazer um planejamento adequado dos recursos humanos no projeto. Isto envolve desde identificar os que podem trazer os melhores resultados para o projeto, conhecer a realidade de cada um e encontrar as formas corretas de motivá-los para a obtenção de resultados. 2.2 – Fatores Motivacionais Partimos da premissa de que podemos nos utilizar de algumas formas, ou táticas para motivar uma pessoa. A motivação está diretamente ligada as necessidades do ser humano, e o desejo de todos é chegar a auto-realização, e para isso é necessário a satisfação do indivíduo. Num ambiente organizacional o líder deve ter a percepção de que trabalha com pessoas, e que o que satisfaz um, nem sempre satisfará o outro. É necessário que tenha feeling para conseguir detectar o que fará com que o seu colaborador sinta-se motivado, e que trabalhe satisfeito, na busca por resultados e para atingir as metas. Existem alguns fatores motivacionais, como exemplificados por Chiavenato (1989): - Responsabilidade e realização pessoal – diminuir alguns controles, mas manter a obrigatoriedade do indivíduo na prestação de contas; - Responsabilidade e reconhecimento - aumentar a obrigatoriedade de cada empregado prestar contas de seu próprio trabalho; - Responsabilidade, realização e reconhecimento – conceder mais autoridade a um empregado em sua atividade, liberdade no cargo; - Desenvolvimento e aprendizagem – acrescentar tarefas novas e mais difíceis, não executadas anteriormente. 30 Atualmente a Gestão de Pessoas nas empresas se preocupam com a questão da Qualidade de Vida no Trabalho (QVT). Este termo está sendo muito usado hoje em dia, afinal detectaram o quão importante é estarmos falando do bem-estar dos funcionários no ambiente de trabalho (e isto está ligado a satisfação, infra-estrutura, legislação como os benefícios, ...). Alguns pontos importantes na realização de algumas destas necessidades são: ergonomia, higiene e segurança, entre outros. A Ergonomia cuida das boas condições para que o colaborador trabalhe, como: boa iluminação, mesas e cadeiras adequadas e confortáveis, boa temperatura, etc). Quando não há boas condições para que o empregado trabalhe de uma forma onde haja cuidado com si, isso pode ocasionar problemas em sua saúde física, e/ou mental gerando problemas ocasionando a desmotivação e quem sabe gerar absenteísmo. Por isso, a importância do cuidado físico com o indivíduo. Por exemplo: um atendente de telemarketing deve ter cuidado com a postura, com os movimentos para que ao venha sofrer com uma tendinite, como um método para diminuir esta situação, algumas empresas já incluíram a Ginástica Laboral. A Higiene e a Segurança no trabalho estão interligadas com a Qualidade de Vida, mais um fator que é motivacional, pois lida com a saúde do trabalhador, como por exemplo: a temperatura do ar condicionado, equipamento de segurança (EPIs), tapetes deslizantes, a própria ergonomia). Uma das formas para manter e recompensar pessoas está em desenvolvê-las usando, por exemplo, treinamentos específicos na área de atuação, remuneração, benefícios, ... A remuneração tem relação com o comportamento social e psicológico dos funcionários. O salário e benefício garantem a “pirâmide de Maslow” pois satisfazem uma das etapas da pirâmide. O reconhecimento também é uma das formas que podemos utilizar para fazer com que o funcionário se motive, o elogio sempre é muito importante, pois o empregado se sente visto, observado, e importante. Já quanto a patrocínio Poe não dar certo, pois não motiva ninguém, o 31 que motiva é o brinde que o patrocinador disponibiliza, por exemplo. Podemos trabalhar com incentivos como alguns benefícios que podem favorecer a motivação do colaborador, tais como: - PLR (Participação de Lucros da empresa); - Premiação, como por exemplo viagem; - Cursos de aperfeiçoamento; - Aniversariante do mês; - Concurso interno; - Elogios; - Encontro para integração da equipe; - Bom feedback. É importante frisar que o Vale Transporte não é benefício, mas sim uma obrigação da empresa; e quanto ao Vale Refeição a partir de um número de empregados também vira obrigação, mas a empresa pode escolher entre o vale refeição ou fornecer um refeitório com alimentação aos seus funcionários. O Recrutamento Interno também é um fator importante para motivar os seus colaboradores, desde que seu processo seletivo seja transparente, caso isso não ocorra poderá ter o efeito contrário, gerado a desmotivação, causando dúvidas quanto à imparcialidade da seleção e gerando a insatisfação no empregado. Para motivar é preciso: - Estabelecer uma atmosfera amigável; - Apreciar as qualidades pessoais; - Conhecer as capacidades individuais; - Usar as pessoas como exemplos positivos; - Dar a cada pessoas os seus devidos créditos; - Apreciar o trabalho realizado. 2.3 – Como a motivação interfere para o alcance de resultados 32 Como já foi dito no capítulo anterior, na teoria de Maslow, o sujeito satisfeito terá seu desempenho muito maior, se dedicará com mais afinco e terá prazer em obter melhores resultados nas realizações com êxito das metas que lhe foram atribuídas. Por isso, a necessidade de que as metas implantadas sejam possíveis de realizar, afinal quando colocam metas absurdas, onde todos sabem que não conseguirão atingi-las terá um efeito desmotivador. O colaborador tem o desejo de “bater” as metas, e fará de tudo que estiver ao se alcance para conseguir, afinal ele está comprometido com o que lhe foi proposto. O comprometimento de cada um, é fundamental para que a equipe entenda o que lhe foi proposto, se sinta parte da equipe e tenha o desejo de realizar o que lhe foi proposto, fazendo com que sejam atingidas, e assim os resultados desejados sejam obtidos. Pessoas motivadas melhoram o ambiente a sua volta, trabalham melhor em equipe, tem prazer no que estão fazendo e com um objetivo préestabelecido, e com o qual se comprometeram. A motivação é primordial para que o empregado tenha prazer em se dedicar, em buscar, e mostrar seu potencial, por isso a importância de que cada Gestor saiba valorizar, mostrar que ele foi visto, que é uma peça importante na equipe a qual pertence, e recompensar da forma que for possível, o seu colaborador, seja com elogio ou prêmio, por exemplo. Afinal, isto é uma visão estratégica. A satisfação e o entendimento sempre farão com que as pessoas se dediquem mais a uma causa, a valorização mostrará o quão importante você foi para o êxito adquirido. Ver que seu esforço não foi em vão, que ele foi visto, nada mais é do que um estímulo para que te motive mais a cada tarefa, a cada meta, onde terá como apresentar resultados cada vez melhores. Não deixa de ser um condicionamento, quanto mais valorizado for, mais terá o desejo de mostrar e permanecer nesta posição. 33 CAPÍTULO III FORMANDO EQUIPES: LIDERANDO PESSOAS BUSCANDO OS MELHORES RESULTADOS Atualmente nos preocupamos em formar uma equipe competente para que possamos assim atingir os melhores resultados. É muito importante para que consigamos obter os melhores resultados que esta equipe esteja motivada e para isso o líder deve ter sua percepção apurada, buscando motivar a equipe, pois assim conseguirá obter os melhores resultados. Uma das ferramentas para o desenvolvimento de líderes é o coaching. Segue abaixo sua definição. 3.1- Coach, ferramenta para desenvolver liderados Coaching (Coach, língua inglesa; coche Francês, kutche Alemão, kocsi Húngaro), Kócs é uma cidade húngara onde a palavra foi utilizada pela primeira vez para designar "carruagem de quatro rodas". Gíria de origem universitária norte-americana para designar "tutor particular" que prepara o aluno para um exame de uma determinada matéria. Instrutor ou treinador de atletas, atores ou cantores. (www.wikipedia.com.br) Coaching é um processo, com início, meio e fim, e é definido em comum acordo entre o profissional (coach) e o cliente (coachee ) de acordo com a meta desejada pelo cliente, onde o coach apóia o seu cliente na busca de realizar metas de curto, médio e longo prazo, através da identificação e uso das próprias competências desenvolvidas, como também do reconhecimento e superação de suas fragilidades. (Wikipédia, 2010) Os coaches não desenvolvem pessoas, apenas dão condições para que elas se auto desenvolvam. Raramente você terá tempo para se envolver com cada aspecto do desenvolvimento. E raramente você terá todas as 34 informações, habilidades e a sabedoria de que alguém pode precisar para garantir seu desenvolvimento. Felizmente, não há necessidade de ser perfeito para ser um coach efetivo. Pelo contrário, entenda seu papel como um catalisador do desenvolvimento. É um processo contínuo, não uma conversa eventual ou um acontecimento isolado. O líder coaching pode ser comparar com um maestro, que em alguns momentos trabalha com apenas com um integrante, em outros orienta todos à distância e, em outros, corta os vínculos para que possam se desenvolver em áreas completamente fora do seu escopo. Você as leva a aprender e a treinar regularmente, ajuda-as a canalizar sua paixão pela aprendizagem para as melhores oportunidades e harmonizar a participação delas e dos demais integrantes da organização. O coach (treinador, numa tradução à letra) atua encorajando e/ou motivando o seu cliente, visando a satisfação de objetivos definidos por ambos, ele procura transmitir-lhe capacidades ou técnicas que melhorem as suas capacidades profissionais ou pessoais, considerando idéias como a de que o simples fato de compartilhar pensamentos/idéias que estão soltos e poder organizá-los, transformando em uma meta desafiante com um Plano de Ações pode levar a concretizar antigos sonhos, e realização de metas. Seu trabalho inicia-se normalmente pela definição dos objetivos traçados pelo cliente, que podem abranger áreas tão diversas como a motivação de equipes, a gestão do tempo, o trabalho em equipe, o relacionamento interpessoal e outras. Essas questões ou temas podem ser de origem pessoal ou profissional, carreira, equipe, enfim, que contribuam para o aprimoramento e desenvolvimento de um ou mais clientes. Depois de estabelecer a meta, antes do Plano de Ações é elaborada uma análise do que contribui ou impede o alcance desta meta, ou por parte do cliente, ou quem sabe do cenário em que está inserido. Nesta fase valores e crenças serão confrontados com a meta e se há congruência entre eles. O coach avaliará as forças e fraquezas do seu cliente comparando aos objetivos 35 visados e ao meio em que este atua, e definirá um plano que permita alcançar os resultados desejados. Com estas informações, se facilita a definição das fases do Plano de ações, com evidências claras para que seja atingido, prazo determinado, recursos necessários e o comprometimento do próprio cliente, frente ao desafio factível. O tempo de duração para o processo em geral, gira em torno de aproximadamente, de 3 a 4 meses, dependendo do caso e da resposta de cada indivíduo, podendo atingir resultados significativos através de sessões de uma hora, que podem ser presenciais ou não, dependerá da disponibilidade do cliente e a técnica utilizada pelo profissional. Há co-responsabilidade no processo de coaching, enquanto o resultado é de responsabilidade do cliente. Os resultados são percebidos pelo próprio cliente, como também por pessoas que fazem parte do círculo de convivência. É uma abordagem de desenvolvimento humano e profissional que tem como objetivo auxiliar os profissionais de qualquer área de atuação a maximizar seus resultados com base na otimização de seus próprios recursos técnicos e emocionais. É com base no desenvolvimento de competências técnicas e emocionais, que o coach atua como um "olho externo" para seu cliente. Apoiando-o em seu autoconhecimento através de um ângulo novo de visão, afinal quando estamos “de fora”, enxergamos melhor, temos uma visão periférica de todo o processo. O coaching pode funcionar como uma forma de estímulo e acompanhamento há longo prazo adaptada às necessidades de desenvolvimento pessoal. Acompanhamento profissional de pessoas em diferentes profissões e contextos. Contribuição para a configuração de sistemas de trabalho e de instrução. 36 É uma medida inovadora do desenvolvimento de recursos humanos e um instrumento para desenvolver a capacidade de aprendizagem de uma empresa. Trabalhar um a um. Parte do coaching é direto e pessoal. Ofereça feedback imediato para que descubram por si mesmos, desafie as pessoas os riscos apropriados e ofereça encorajamento quando enfrentarem contratempos e obstáculos, em suma demonstre a pessoa segurança e confiança. Orientar as pessoas para que aprendam por si mesmo. Forneça as armas para que se tornem desbravadoras do próprio desenvolvimento. Ensineas a extrair as lições certas de suas experiências, a encontrar outras pessoas que possam ajudá-las e a obter seu próprio feedback e informações. Orquestrar recursos e oportunidades de aprendizagem. Você não apenas instrumentaliza as pessoas para o aprendizado, mas também intervém junto a outras pessoas em seu favor. Cultive um ambiente que dê suporte à exposição inteligente aos riscos, encontre quem possa ensiná-las ou guiá-las, derrube barreiras que inibam a aprendizagem continua e abra as portas a novas experiências às quais seus colaboradores não teriam acesso sem a sua ajuda. Segundo Wikipédia (2010), segue uma relação com os diferentes tipos de coaching: - Coaching Executivo: Visa a capacitar executivos na sua performance e excelência pessoal e nos negócios. Assiste o executivo na identificação de metas, valores, missão e propósito da empresa no mercado. Também trabalha a clareza da sua missão pessoal e empresarial, objetivando o equilíbrio dos propósitos da empresa, de suas necessidades humanas e dos diferentes papeis vividos na empresa, na família e na sociedade. - Coaching Pessoal ou Coaching de Vida (Life Coaching): Objetiva a capacitação das pessoas na sua auto-realização, pelo alcance de suas metas, 37 alinhando-as para uma vida equilibrada com seus valores, missão e propósito de vida. A meta a ser trabalhada pode estar em qualquer área da vida da pessoa, como saúde, relacionamentos, espiritualidade, finanças, carreira, administração do tempo, família, etc. O coach vai apoiar o coachee (cliente) na definição da meta, na estratégia para alcançar os resultados almejados e também na superação dos desafios que aparecerem ao longo do caminho. Durante o processo de coaching, o foco é no presente e no futuro, e o profissional trabalhará para manter o coachee em ação para que, ao final, ele realize o que se propôs. Atualmente existem vários nichos de coaching pessoal, entre eles: Coaching de Casamento (ou de noivas), Coaching para Emagrecimento, Coaching para Jovens, Coaching Financeiro, e afins. - Coaching de Performance: O Coaching de Performance - ou Coaching do Desempenho - tem o objetivo de destravar as habilidades naturais dos profissionais. É um processo em que uma pessoa ajuda a outra a desempenhar, a aprender e a atingir objetivos e metas pelo auto-conhecimento e conscientização sobre a própria responsabilidade no crescimento profissional. Atinge seus objetivos ao identificar os bloqueios internos e ao removê-los para a obtenção de resultados. É descobrir a perspectiva e as necessidades da equipe pelo questionamento profundo em que eles identifiquem e removam obstáculos de desempenho. O Coaching de Performance é a atitude mais importante do gestor para aumentar a produtividade e atingir metas pois é implementar a estratégia: missão, visão, valores, metas, produtos e pessoas. O Coaching de Performance é uma metodologia com resultados tangíveis e mensuráveis, e normalmente implementado em equipes de vendas e serviços. O Retorno sobre o Investimento (ROI) de um projeto desses reflete no desempenho no curto prazo, normalmente em 3 ou 6 meses. O coaching é o processo de equipar as pessoas com as ferramentas, o conhecimento e as oportunidades de que precisam para se desenvolver e se tornar mais efetivas e eficazes, treinar no intuito de instruir a carreira profissional. 38 3.2- Técnicas para a equipe estar participativa Na verdade um bom líder deverá se utilizar de técnicas para fazer com que seu colaborador se motive, afinal não se motiva ninguém, isso dependerá da pessoa em questão. Por isso a necessidade da percepção aguçada para motivar alguém. Nós podemos nos utilizar de técnicas para satisfazer o colaborador, isto é, a partir do momento que lançarmos um estímulo que seja compatível com a necessidade do indivíduo, fará com que se motive. Importante deixar claro, que a motivação dos colaboradores cada vez mais refere-se a uma questão pessoal ou situacional, não devendo ser tratada de uma forma generalizada. Precisaremos ter este feelling para sabermos que tipos de técnicas vamos usar com o indivíduo. Algumas técnicas para tornar a equipe mais participativa: - Reuniões com a participação dos colaboradores; - A comunicação, ouvir os funcionários; - O feedback para que saibam o que o líder pensa dele; - Elogios, pois estimulam e os tornam mais confiantes, valorize o trabalho do empregado; - O reconhecimento, deixar claro que são importantes; - Dar-lhes um oportunidade, confiando em seu potencial; - Promova treinamentos, para que tenha uma oportunidade de crescimento; - Recompense sempre que possível, nem todos se prendem ao fator financeiro; - Faça com que tenham um ambiente agradável; 3.3 – Como liderar conflitos O líder deve ter técnicas para o gerenciamento de conflitos, deve ter a consciência ou o conhecimento de quando deve ignorar, lavar as mãos, tentar 39 negociar, pedir o comprometimento, e até mesmo usar a força se preciso. Para isto, deve ser firme, e ter frieza para que fique claro o comportamento que deverá utilizar e em que momento. Importante não tomar partido, devemos ser imparciais, assim conseguiremos chegar a conclusão do melhor a ser feito, nesse momento é preciso ser racional, e não se deixar envolver com o que está sendo dito, e se prender aos fatos. A comunicação é o fator primordial neste momento, saber ouvir é muito importante, se desprendendo de qualquer julgamento, ou preconceito. É preciso mostrar que é um líder firme, que passe segurança a equipe, deve ter a confiança de tudo será resolvido da melhor forma, por isso a clareza e a transparência são primordiais em qualquer relação de conflito. Em primeiro lugar não deveremos interferir, só haverá esta necessidade caso a equipe, ou os colaboradores que apresentarem algum conflito não conseguirem chegar a uma conclusão, se isso não ocorrer deveremos “tomar as rédeas”, ou seja, o controle da situação seja com uma simples conversa ou sendo enérgico se necessário. 3.4 – Como Identificar a Satisfação da Equipe Uma das formas para identificarmos o satisfação da equipe está em utilizarmos como por exemplo uma das ferramentas usadas pela Gestão de Pessoas, a PCO, Pesquisa de Clima Organizacional. A Pesquisa de Clima Organizacional é uma das mais importantes ferramentas para Gestão de Pessoas e Planejamento Estratégico de Recursos Humanos. O objetivo da Pesquisa de Clima Organizacional é mensurar o nível de satisfação dos colaboradores com relação aos aspectos do ambiente organizacional e a maneira como as pessoas interagem uma com as outras. O resultado final da Pesquisa de Clima Organizacional deve apresentar 40 as informações necessárias para a identificação de oportunidades de melhoria e a elaboração de um plano de ações. Após a realização da pesquisa e o levantamento dos resultados obtidos, poderemos detectar o nível de satisfação dos empregados. Quando for detectado que não há satisfação, o líder deverá, imediatamente, lançar um plano de ação , para corrigir este ponto, o qual é importantíssimo para que o sentimento de desmotivação não alimente mais a equipe. Segue abaixo algumas frases para reflexão: - O mundo e hoje é extremamente tenso. É preciso relaxar, tirar férias. Os problemas não passarão com a sua ansiedade. Eles só irão piorar. Saiba relaxar. - Tem gente que só consegue ver defeitos, erros. Essas pessoas precisam ser treinadas novamente para ver o lado bom do mundo. Precisam mudar enquanto é tempo. Pare de reclamar. - Imaginar-se vencendo todos os obstáculos durante a caminhada profissional é ingrediente fundamental para o sucesso. Sonhe alto. - Chefes que fazem escândalos a cada erro que descobrem, jamais terão como funcionários pessoas pró-ativas. Permita o erro. - Nada é mais fora de moda do que chegar atrasado aos compromissos marcados e nada é mais impeditivo para o sucesso do que não cumprir os prazos prometidos. Cumpra horários e prazos. - O desenvolvimento e aprendizagem ocorrem muito mais através da análise de nossos erros do que pelo louvor de seus acertos. É preciso ter coragem de errar. Só não erra quem não faz. - Quem não investe em si perde o direito de reclamar dos outros não investirem em sua pessoa. A primeira pessoa que deve investir em nós somos nó próprios. Invista em você. - Só ouvindo atentamente o que seus subordinados têm a dizer é que você, como executivo, poderá tomar decisões cada vez mais acertadas. Motivar é ouvir. 41 - Hoje no mundo empresarial não é mais o maior que vencerá o menor, mas sim, o mais rápido é que vencerá o mais lento. Decida com rapidez. - A arrogância de achar que sabe tudo, que é “o bom”, que não precisa acatar críticas, não tem mais vez. Cuidado! A arrogância é o começo do fim de uma pessoa e da empresa. Pratique a humildade. Acabe com a arrogância. - Administrar de portas abertas não significa apenas permitir que as pessoas adentrem à sua sala. Significa abrir a mente e o coração aos seus subordinados. Seja acessível. - A verdade é que quanto mais você der crédito aos seus subordinados, mas eles lhe trarão novas idéias. Não tome para si um crédito que não lhe pertence. Dê crédito para quem realmente merece. 42 CONCLUSÃO Numa organização devemos ter como princípio para qualquer tomada de decisão qual a cultura organizacional da empresa. A cultura organizacional nada mais é do que os hábitos, os costumes, normas, regras, e o modo de ser de uma organização. A sua política também é importante, através dela saberemos quais não os princípios quem permeiam a atitude administrativa de uma empresa. Outro ponto importante é saber a missão e a visão da empresa, ou seja qual a razão de ser e onde a empresa quer chegar, todos esses pontos juntos serão alguns dos fatores que lhe esclarecerão como é a empresa, e como agir, ou seja como você como líder deverá agir. E é através desta premissa que muitos entre a empresa e a forma de liderar de seu líder, tudo deve ser compatível. Por exemplo: no caso de uma empresa muito rígida, onde tem uma cultura organizacional, uma política rígida, não dará certo com o líder democrático. Pois sua atitude está em impor, e não em orientar. Vem daí a necessidade da liderança estar compatível com “quem é a empresa”. No cenário atual temos uma competição muito grande, a globalização mudou a visão das pessoas e das empresas, tornando-as competitivas, e buscando a qualidade dos seus serviços e hoje com o fato da responsabilidade social, e qualidade de vida, fizeram que voltassem seus olhares para a parte interessada que não são apenas seus clientes, ma sim os seus funcionários. Um líder preparado saberá identificar as necessidades e o plano de ação para esta questão. Motivar é entender o que você quer, é ajudar a chegar nesse caminho. Se você estiver na zona de conforto nunca vai se motivar. O líder tem que estar sempre motivado. Ninguém motiva ninguém! Só eu me motivo! O líder dará o estimulo para lhe motivar, mas dependerá do colaborador. O líder estimula, usando técnicas para motivar, assim é possível que consiga. Concluo que não existe apenas um único, tipo certo ou ideal de liderança a ser seguido. Uma característica importante para o líder, é ter 43 percepção apurada, até mesmo para que identifique de que forma irá agir em determinada situação, seja com rigidez ou não, por exemplo. Por tanto, é de fundamental importância que para ser um bom líder é necessário enxergar os colaborados como pessoas, vem daí, a grande importância em Gestão de Pessoas na atualidade, afinal pessoas motivadas e satisfeitas, num ambiente de trabalho agradável trabalham melhor, e o líder é o facilitador para que isto ocorra, visando o bem-estar de sua equipe. 44 BIBLIOGRAFIA ARAÚJO, Luís César G. de. Gestão de Pessoas: Estratégias e Integração Organizacional. São Paulo: Atlas, 2006 BARTLEET, Christopher & GOSHAL, Sumantra. Novas Formas de Gerências. São Paulo: Atlas, 1997 BERGAMIN, Cecília W. & CODA, Organizacional. São Paulo: Atlas, 1997 Roberto. Psicodinâmica da Vida BOWDITCH, James L. & BUONO, Anthony F. Elementos de Comportamento Organizacional. Título Original "A Primer on Organization Behavior". São Paulo - Editora Pioneira, 1992 CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos, edição compactada, São Paulo: Atlas, 1989 CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando pessoas. 3ª ed. São Paulo: Makron Books,1994 CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: edição compacta. 2.ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000 COHEN, Allan R., FINK, Stephen L. Comportamento Organizacional: conceitos e estudos de caso. Trad. Maria José Cyhlar Monteiro. Rio de Janeiro: Campus, 2003 DRUCKER, Peter Ferdinand. Administrando para o Futuro: os anos 90 e a virada do século. Tradução de Nivaldo Montingelli Jr. 1.ed. São Paulo: Pioneira, 2001 HERSEY, Paul. & BLANCHARD, Kenneth H. Psicologia para Administradores: A Teoria e as técnicas da Liderança Situacional. São Paulo: Pedagógica e Universitária, 1986 KWASNICKA, Eunice Lacava. Teoria Geral da Administração. 3.ed. São Pauloo: Atlas, 2003 LACOMBE, F.J.M.; Heilborn, G.L.J. Administração: princípios e tendências. 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2003 LACOMBE, Francisco José Masset. Dicionário de Administração. São Paulo: Saraiva, 2004 MINICUCCI, Agostinho. Psicologia Aplicada à Administração. São Paulo: Atlas, 1995 45 MONTANA, Patrick J. & CHARNOV, Bruce H. Administração. São Paulo: Saraiva, 1999 PEREIRA, Ana Maris. Introdução à Administração. 3. Ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004 ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. 8.ed. São Paulo: Atlas, 1998 Webgrafia: www.administradores.com.br, em 10/08/2010 www.equestiona.com, em 17/09/2010 www.maurolaruccia.adm.br, em 18/09/2010 www.rhportal.com.br, em 19/09/2010 www.suamente.com.br, em 16/09/2010 www.webartigos.com, em 19/09/2010 WWW.webinsider.uol.com.br, em 19/09/2010 www.wikipedia.org, em 10/08/2010 www.wikipedia.org/wiki/Lideran%C3%A7a, em 10/08/2010 Artigos: Revista RHnews. ABRH-RJ. A Serviço dos Recursos Humanos. Rio de Janeiro, Dezembro de 2009 Revista RHnews. ABRH-RJ. O Essencial é Visível aos Olhos. Rio de Janeiro, Maio/Junho de 2010 46 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I LIDERANÇA 10 1.1 – Tipos de Liderança 12 1.1.1 - Liderança Autocrática 13 1.1.2 - Liderança Democrática 14 1.1.3 - Liderança Paternalista 15 1.1.4 - Liderança Liberal 15 1.1.5 - Liderança Situacional 16 1.2 – Competências e Habilidades do Líder 17 1.3 – Diferença entre Chefia e Liderança 20 1.4 – Qual o Papel do Líder 21 1.5 – Impactos da Má Liderança 23 CAPÍTULO II MOTIVAÇÃO 24 2.1 - Teorias da Motivação 25 2.2 – Fatores Motivacionais 29 2.3 - Como a motivação interfere no alcance de 31 resultados CAPÍTULO III 47 COMO LIDERAR MOTIVANDO PESSOAS, BUSCANDO 33 OS MELHORES RESULTADOS 3.1 – COACH: Ferramenta para desenvolver liderados 33 3.2 – Técnicas para equipe estar participativa 38 3.3 – Como Liderar Conflitos 38 3.4 – Como Identificar a Satisfação da Equipe 39 CONCLUSÃO 42 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 44 ÍNDICE 46 48