jornadas do LIP 2008 @ Luso, Portugal Dependência com a temperatura da cintilação UV do azoto M. M. Fraga1, A.Onofre1, L. Pereira1, F.Fraga1, N.F.Castro1 F.Veloso1, R. F. Marques1, M.Pimenta2, A.Policarpo1 1 LIP- Coimbra, Dep. Física, Universidade de Coimbra, Portugal 2 LIP-IST, Lisboa, Portugal 1 Jornadas do LIP 2008 @ Luso Estrutura 1. Motivação 2. Objectivos 3. Fonte de excitação e canais de excitação: partículas alfa vs electrões 4. Modelo cinético e teoria 5. Sistema experimental 6. Simulação da câmara e avaliação dos factores de correcção 7. Resultados e discussão 8. Conclusões e trabalhos futuros 2 1. Motivação Jornadas do LIP 2008 @ Luso HiRes (USA, 1983-2003) AGASA (Japão, 1997-2006) Pierre Auger (Argentina/EUA, 2004- Maior estatística ) Menor incerteza EUSO Conhecimento mais detalhado do perfil longitudinal de fluorescência da atmosfera i.e. Y(T,P) 3 Jornadas do LIP 2008 @ Luso 2. Objectivos Estudar a dependência com a temperatura da cintilação UV do N2 Conhecer melhor os mecanismos que levam às emissões UV do N2 Emissões UV : – 2º sistema positivo do N2 v’=0-4 ; v’’ = 0,... – 1º sistema negativo do N2 Bandas principais (0,0) – 337.1 nm (0,1) – 357.6 nm (1,0) – 315.8 nm (0,2) – 380.4 nm (1,2) – 353.6 nm (1,3) – 375.4 nm (2,1) – 313.5 nm banda (0,0), = 391.2 nm 4 Jornadas do LIP 2008 @ Luso 3. Excitação do estado N2*(C3u,v’) fonte alfa vs fonte de electrões A excitação directa a partir do estado fundamental por He++ é proibida pelas leis de conservação do spin Excitação directa por electrões (primários e secundários) domina excepto (eventualmente) no final da trajectória a pressão deverá se mantida abaixo dos 600 hPa 1 3 N ( X, ) e N ( C ,v ') 2 gv 2 u I. Tatischeff, J. Chem. Phys. 52 (1970) 503. 5 Jornadas do LIP 2008 @ Luso N2 @ 336 hPa, T = 293K E=3.8 Mev ~5*105 e-/ Distribuição da energia dos electrões primários produzidos por partículas alfa (modelo de Rudd) Os electrões de baixa energia predominam! 6 Jornadas do LIP 2008 @ Luso 4. Modelo cinético Excitação: Desexcitação: v ' k 1 e 3 N ( X, v )e N ( C ,v ') 2 g 2 u e k * v ' N ( C , v ' ) N ( X , v ) N N 2 2 3 2 u 1 2 g A 3 3 v ´ ´ v ' ' N ( C, ' ) N ( B, v ' ' )h 2 uv 2 g nº fotões/MeV da banda (v’,v’’): Yv'v'' τv' 1 A k v 'v '' v 'N τv ' Dependência com a pressão: k 1 P 'P 1 v 1 Y A p 'v v 'v '' v ' ' 7 Jornadas do LIP 2008 @ Luso Dependência com a temperatura: A taxa de desactivação colisional é dada pela média de vR(v) pesada pela distribuição de velocidades, i.e. k ( T ) ( v )( fv ) d v v q R 8 k T B k ( T ) x e x p ( x ) d x = < v ( T ) , w i t h x = R q k T B Modelo de esferas rígidas : (rArB)2 A B (T) depende de: AB exp (Å2) N2-N2 44.18 1.5-2.0 N2-O2 42.54 39 N2-H20 54.76 51 Interacções que ocorrem durante as colisões Estados inicial e final (electrónicos e vibracionais) das espécies em colisão Distribuição dos níveis rotacionais para cada estado vibracional envolvido 8 Jornadas do LIP 2008 @ Luso Leis de dependência de com a temperatura : ~ Tk~ , v T ( = 1 /2 ) ' k b (T )e x p ( a /T ) v ' Assumindo kv'=oT 0 v´v´´ T kv'PkoPo v' o T 0 v´ Y k T 0 Av ' v´ (1 P0 ( ) ) Yv 'v '' Av ' T0 9 Jornadas do LIP 2008 @ Luso 5. Sistema experimental source PM2 N2 PM1 VP C Ts P Ts IF Cooling unit Fonte de excitação: partículas alfa de Am-241 numa atmosfera rarefeita PMTs: XP2020Q; IF: filtro interferencial (Melles-Griot, c=340 nm, =10 nm); Ts: sensor de temperatura ; P: sensor de pressão (Setra 216); VP: bomba de vácuo; C: câmara (fechada após enchimento c/ gás densidade do gás const.) Dimensões da câmara: = 50 mm, L = 30 mm 10 Jornadas do LIP 2008 @ Luso 6.1 Simulação do sistema experimental v ' v ' ' R ' N ( P , T , E ) ( , T ) A v ' v ' ' p h i o v ' v ' ' v ' Taxa de contagem corrigida: R 'v 'v ' ' R v 'v ' ' v ' v 'v ' ' N ( P , T , E ) p h i R’v’v’’ : taxa de contagem medida; v'v'' : nº de fotões por N ,T ,E p h (P i) : /s (,To) : eficiência quântica do fotocátodo à temperatura ambiente : eficiência do circuito electrónico Av’v’’ : Coeficientes de Einstein para a transição v’v’’ v’ (P,T) : tempo de vida efectivo 11 Jornadas do LIP 2008 @ Luso O código em GEANT4: •Simula a perda de energia das partículas •Segue a trajectória de cada fotão e verifica se ele atinge o fotocátodo do PMT •os efeitos da pressão na eficiência de cintilação (desactivação colisional) não são considerados Os factores de correcção incluem: • Perda de energia no gás • Ângulo sólido de colecção dos fotões; • Transmissão do filtro interferencial; • Dependência da eficiência detecção com a variação da temperatura 12 Jornadas do LIP 2008 @ Luso Gas, P, T Trfilter (,) ph Simulation Code Perfis de banda: PMT (T) Distribuição e valores médios de: Irel(T) Ei ; Eloss ; range ; i ; i ; Nph Sílica fundida: n=0.05%for T = 50K Transmissão das janelas ~ constante 13 Jornadas do LIP 2008 @ Luso 6.2 Perfis da banda O espectro rotacional foi calculadas para cada banda (v’,v’’), segundo a formulação de Hartmann & Johnson [1]; A probabilidade relativa de transição para as diferentes bandas também foi obtida de [1] 1.0 0.8 0.8 0.6 0.6 240K 293 K Ir I (a.u.) 1.0 0.4 0.4 0.2 0.2 0.0 310 320 330 340 350 360 370 380 0.0 334.5 wavelength (nm) Perfis das bandas para o sistema 2P do N2 entre 310 e 382 nm, para T=293 K 335.0 335.5 336.0 336.5 337.0 337.5 wavelength (nm) Dependência com a temperatura do perfil da banda (0,0) [1] G. Hartmann and P. Johnson, J. Phys. B 11 (1978) 1597 14 Jornadas do LIP 2008 @ Luso 6.3 Medida da Tr(,,T) and PMT (T) 6.3.1 Sistema experimental II C.Unit PM1 MONOC. Cooling unit OF BA LAMP BS Lâmpada : D2 (para calibrações espectrorradiométricas); OF: fibra óptica; BS: beam splitter; BA: filtros neutros Monoc.; Monochromador Jobin-Yvon H20 FUV; operar em regime de FEU); PM2 and PM1: XP2020Q (a IF: Filtro interferêncial montado num motor de passo (=0.9º), controlado por PC 15 Jornadas do LIP 2008 @ Luso 6.3.2 Dependência com a temperatura da resposta do PMT i) Variação do ganho com T ii) Taxa de contagem vs T 10 10 9 =-(0.18+/-0.02)%/º 8 8 7 A=-(0.15+/-0.02) %/º 6 (%) 5 4 RT 4 Nc/Nc G/G RT (%) 6 3 2 2 0 1 0 -2 -1 -2 250 260 270 280 290 300 -4 250 260 270 280 T (K) 290 300 T (K) Coeficiente de sensibilidade espectral catódica: k()= -(0.0850.012)%/º N 'c c f N 'c Nc f c i; i 1 1 p h e k R T N 'c . T c i 8000 287 K 256 K Coeficiente de sensibilidade espectral ânodica: A()= -0.150.02)%/º N c A R T N T c . c f N Nc c o n s t a n t c i; i c i Nc 6000 4000 SER 2000 0 20 40 60 80 100 120 # channel 140 16 160 180 200 Jornadas do LIP 2008 @ Luso 6.3.3 Resposta do filtro interferencial i) Temperatura ambiente: 1.2 1.0 sin2 0 c c 1 n *2 < 15º Trel 0.8 0.6 0º 3.6º 7.2º 10.8º 14.4º 18º 21.6º 25.2º 28.8º 32.4 36º 39.2º 1.2 334.5 nm 334.9 nm 335.5 nm 335.9 nm 336.5 nm 337.1 nm 1.0 0.8 Trel 1.4 c=340 nm, =10 nm Para a detecção da banda (0,0) . 0.6 0.4 0.4 0.2 0.2 0.0 300 305 310 315 320 325 330 335 340 345 350 355 360 (nm) 0.0 -30 -20 -10 0 10 20 30 (º) Todas as curvas estão corrigidas ás contagens de fundo e para dependência com o comprimento de onda da luz emitida pela lâmpada de D2. Estão normalizadas a 337,1 nm. O monocromador foi calibrado em comprimento de onda com uma lampada Hg (ORIEL) 17 Jornadas do LIP 2008 @ Luso 0º 3.6º 7.2º 10.8º 14.4º 18º 21.6º 25.2º 28.8º 32.4 36º 39.2º 1.2 1.0 Trel 0.8 0.6 1.0 0.8 0.6 I (a.u.) 1.4 0.4 0.4 0.2 0.2 0.0 310 315 320 325 330 335 340 345 350 wavelength (nm) 0.0 300 305 310 315 320 325 330 335 340 345 350 355 360 (nm) 1.02 1.2 334.5 nm 337.1 nm Parameter Value Error --------------------------------------------A 0.999 0.002 B -0.397 0.008 --------------------------------------------n* = 1.607 1.00 0.98 1.0 0.96 0.94 2/02 Trel 0.8 0.6 0.92 0.90 0.4 sin2 0 1 c c n *2 0.88 0.86 0.2 0.84 0.0 -30 -20 -10 0 10 20 30 angle of incidence (º) Comparação dos dois conjuntos de dados 0.0 0.1 (18º) 0.2 0.3 0.4 2 sen Índice de refracção efectivo 18 Jornadas do LIP 2008 @ Luso ii) Dependência com a temperatura: a) deslocamento do comprimento de onda central cT-0.012 0.003) nm/º 341.5 25.1ºC 9.3ºC 3.8ºC -4.9ºC -8.5ºC -18.3ºC 120000 100000 340.5 c (nm) Nc/mi 80000 341.0 60000 340.0 run01 run02 run03 run04 40000 339.5 20000 339.0 0 325 -30 330 335 340 345 350 -20 -10 355 (nm) 0 10 20 30 T (ºC) b) Deslocamento do máximo da transmissão : - 0.21%/º (inclui efeitos do PMT) (incerteza ~ 5%) - 0.09%/º (apenas o filtro) (incerteza ~30%) 19 Jornadas do LIP 2008 @ Luso 6.4 Resultados da simulação @ 336 hPa Distribuição do c.d.o dos fotões que incidem no filtro 20 Jornadas do LIP 2008 @ Luso Distribuição dos c.d.o. dos fotões que emergem do filtro 21 Jornadas do LIP 2008 @ Luso @ 336 hPa 1.2 Nph_det (T)/N ph_det (T o) 336 hPa 1.1 Número médio dos fotões que incidem no PMT (relativamente à temperatura ambiente) em função da T 1.0 0.9 250 260 270 280 T (K) 290 300 22 Jornadas do LIP 2008 @ Luso Erros sistemáticos: Tr() e PMT: 0.45º ~ 2% r (1,i) = 10% ~ 2% (fit e medida) Factores dependentes da temperatura: c = 16% ~ 1% r (@ máximo) = 5% ~0 t = 3% º P = 2 hPa 23 Jornadas do LIP 2008 @ Luso 7. Resultados: (0,0) band light yield (337.1 nm) 24 7.1 @ à temperatura ambiente: 1/R vs P 20 1/R (a.u.) 16 1 bk ab Pw i t h 0 R aA 0 12 8 4 200 300 400 500 600 700 800 P20ºC (hPa) -4 k × 1 0 h P a-1n s-1) 0( (n s) -2 k /A × 1 0 h P a-1) 0 0( p '0=A /k h P a) 0 0( R ef. 2 .9 6 0 .2 5 4 1 .7 2 .1 1 .2 30 .1 0 8 1 .36 .6 [2 3 ] 2 .6 2 0 .1 2 3 1 6 0 .8 10 .1 6 1 2 32 4 [1 6 ] 2 .8 0 .3 3 6 .1 0 .7 1 .0 20 .1 1 9 81 1 [1 4 ] 3 .1 6 0 .1 2 4 0 .5 1 .3 1 .2 80 .0 6 7 84 [1 5 ] 3 .2 1 0 .0 5 4 2 2 1 .3 50 .0 7 7 44 [2 4 ] -- -- 0 .9 10 .2 2 1 1 02 7 P resen tw o rk [23] A. Morozov et al., Eur. Phys. J. D 33 (2005) 207 ; [16] H. Brunet, thèse du doctorat, UPS, Toulouse ; [14] G. Dilecce et al., Chem. Phys. Lett. 431 (2006) 241 ; [15] Calo & Axtmann, J. Chem. Phys. 54 (1971) 1332., [24] Pancheshnyi et al., Chem. Phys. 262 (2000) 349 24 Jornadas do LIP 2008 @ Luso 7.2 Dependência com a temperatura: o R v'v '' T a b R v'v'' o T aA0rt ; 0 brtkrtPrt 0 0 k ~ T q v ' ~T, = + 1 /2 = -0.46 0.20 = -0.96 0.20 @ densidade do gás constante 25 Jornadas do LIP 2008 @ Luso Dependências negativas com a temperatura das taxas de desactivação colisional foram relatadas para outras reacções do tipo A+*+B, ou A*+B (A e B podem ser átomos ou moléculas), e são normalmente explicadas em termos de forças atractivas de longo alcance. Exemplo: N2+ (B,v’=0) + N2 6 Lillicrap Brocklehurst & Downing from Belikov et al. -0.82 =T (Belikov) Explicação: a desactivação é favorecida através da formação de uma molécula complexa com probabilidade P. À medida que a temperatura diminui, tanto P como o tempo de vida do complexo aumentam. kq(x10 -10 cm 3s-1) 5 4 3 2 50 100 150 200 250 300 350 T (K) Este mecanismo é importante quando as colisões envolvem estados electrónicos de alta-energia. A. Belikov et al., J. Chem. Phys. 102 (1995) 2792 Para o estado N2(C) sugerimos o modelo de Calo e Axtmann para explicar os resultados...e espera-se por mais resultados teóricos ou estudos experimentais : 3 1 * * N ( C , v ' ) N ( X , v ) N N ( ? ) N 2 u 2 g 4 2 2 26 Jornadas do LIP 2008 @ Luso Conclusões A simulação avalia os factores de correcção dos dados experimentais, tendo em conta a dependência com a temperatura dos diferentes sistemas ópticos de detecção. Os dados corrigidos à temperatura ambiente fornecem um valor para A0/k0 que concorda com os dados existentes dentro das incertezas experimentais. A luz de cintilação da banda (0,0) decresce com a temperatura; Este comportamento, também foi encontrado noutros sistemas moleculares, e é explicado em termos da dependência com a temperatura da secção eficaz colisional. Futuro: • Melhorar o sistema experimental; • Realizar medidas resolvidas no tempo em função da temperatura; • Extender as medições a outras bandas do 2P (N2) e 1N (N2+) 27 ‘’There are two possible outcomes: if the result confirms the hypothesis, then you've made a measurement. If the result is contrary to the hypothesis, then you've made a discovery.’’ Enrico Fermi 28