Anual de Física para Medicina e Odontologia 2005 - www.fisicaju.com.br - Prof Renato Brito AULA 5 – TRABALHO E ENERGIA – QUESTÃO 22 L 2 L 2 H a) Como α = 60°, temos que L.cosα = L.cos60° = L / 2, como mostra a figura acima. Pela conservação de energia, temos: Epot A + Ecin A = Epot B + Ecin B M.g.H + 0 = 0 + M.VB2 , com H = L/2 2 M.g.L / 2 + 0 = 0 + M.VB2 2 ⇒ VB = g.L b) Para achar a tração no ponto B, temos que: M.VB2 T–P= , com R = L e VB = R T – M.g = M.( g.L) L ⇒ g.L T = 2.M.g c) Olhe a figura ao lado. Quando a bola passa pelo ponto B, a força resultante que age na bola vale FR = Fin − Fout = T – P , correto ? Essa força resultante aponta para o centro ↑, ela é T eixo tangencial centrípeta, portanto, causa uma aceleração radial centrípeta para cima actp↑. Você está vendo alguma força sobre o eixo tangencial na posição B da figura ? Não, portanto, sem forças tangenciais, não há aceleração tangencial. Página (47) P eixo centrípeto Anual de Física para Medicina e Odontologia 2005 - www.fisicaju.com.br - Prof Renato Brito Assim, a única aceleração da bola, ao passar pelo ponto B é a actp, ela é a aceleração resultante e é dada por: aR = actp = aR = actp = VB2 , com R = L e VB = R g.L ( g.L ) = g , radial, apontando para cima ↑ L Lembre-se, para calcular acelerações, investigue primeiro as forças ! AULA 5 – TRABALHO E ENERGIA – QUESTÃO 23 2L L L H=L L 1 = ⇒ α = 60° 2L 2 Temos um pêndulo simples oscilando, portanto, na direção radial, no ponto A, podemos escrever: M.VA2 , entretanto, nos extremos da oscilação a velocidade do pêndulo é TA – P.cosα = R momentaneamente nula VA = 0, assim: M.VA2 TA – P.cosα = R M.(0) 2 TA –M.g.cos60° = = 0 ⇒ TA = M.g.cos60° = M.g / 2 , (TA = TC ) R b) Para determinar a tração no ponto B, determinemos a velocidade VB por conservação de energia: a) Pela figura, vemos que cosα = Epot A + Ecin A = Epot B + Ecin B M.VB2 M.g.H + 0 = 0 + , com H = L 2 M.VB2 M.g.L + 0 = 0 + ⇒ VB = 2 2.g.L Para achar a tração no ponto B, temos que: M.VB2 TB – P = , com R = 2L e VB = 2g.L R M.( 2.g.L) TB – M.g = ⇒ TB = 2.M.g 2L No ponto mais alto da trajetória, podemos escrever: Página (48) Anual de Física para Medicina e Odontologia 2005 - www.fisicaju.com.br - Prof Renato Brito AULA 5 – TRABALHO E ENERGIA – QUESTÃO 24 M.VB2 FR ctp = Fin – Fout = R M.VB2 FR ctp = (T + P) – 0 = R 2 M.VB T + P = , entretanto, para determinarmos a tração T, precisamos descobrir a velocidade VB , R que faremos por conservação de energia: Epot A + Ecin A = Epot B + M.VA2 = M.g.H + 0 + 2 VA2 VB2 = g.H + 2 2 2 (6) = 10 x ( 0,8 ) + 2 Ecin B M.VB2 , com 2 VB2 2 H = 2R = 0,8 m ⇒ VB = e VB = 6 m/s 20 m/s Agora sim, estamos aptos a calcular a tração T no ponto mais alto da trajetória: M.VB2 0,2 × (20) T + P = ⇒ T + 2 = ⇒ T=8N 0,4 R AULA 5 – TRABALHO E ENERGIA – QUESTÃO 25 No ponto mais alto da trajetória, podemos escrever: M.VD2 FR ctp = Fin – Fout = R M.VD2 FR ctp = (N + P) – 0 = R 2 M.VD , mas segundo o enunciado, temos N = P no ponto mais alto, assim: N + P = R M.VD2 M.g + M.g = ⇒ VD = 2.g.R R Para determinarmos a altura H de onde o corpo foi abandonado a partir do repouso, fazemos uso da conservação de energia: Epot A + Ecin A = Epot D + Ecin D M.VD2 M.g.H + 0 = M.g.HD + , com 2 M.( 2.g.R ) 0 = M.g.(2R) + M.g.H + 2 HD = 2R Página (49) e VD = 2.g.R Anual de Física para Medicina e Odontologia 2005 - www.fisicaju.com.br - Prof Renato Brito g.H = g.(2R) + 2.g.R 2 ⇒ H = 3R AULA 5 – TRABALHO E ENERGIA – QUESTÃO 26 VOCÊ QUER SABE POR QUE O GRÁFICO DA ENERGIA CINÉTICA NÃO É UMA PARÁBOLA ? RESPOSTA: porque queremos o gráfico da Ecin em função de H, e não em função de V. Leia o restante para entender melhor: Um martelo de massa M caiu de uma altura H, a partir do repouso VO A energia potencial = 0. do materlo, em cada instante, em função da altura H, é dada por Epot = M.g.H1 . Vemos que Epot(H) = (M.g).H1 trata-se de uma função do 1º grau na variável H, (M.g) é apenas uma constante, portanto o gráfico Epot x H é uma reta (veja figura 1). Como apenas a força peso realiza trabalho e ela é conservativa, então a Emec se conserva durante o movimento, ou seja, Emec = constante com o passar do tempo. Assim, podemos escrever: Epot + Ecin = Emec = constante = K M.g.H1 + Ecin = K Ecin = K – M.g.H1 , onde K e M.g são constantes. Vemos que Ecin(H) trata-se de uma função do 1º grau na variável H. Ecin = K – M.g.H1 , por exemplo, poderia ser Ecin = 10 – 2.H1 , claramente uma função linear decrescente, cujo gráfico Ecin x H é uma reta decrescente (veja figura 2). Ecin Epot H H Figura 1 Figura 2 M.V 2 Mas professor, como na expressão da Ecin = aparece V2 , o gráfico da Ecin não deveria 2 ser uma parábola ????? ☺ (Acredite, o prof Renato Brito lê mentes humanas !!!!!) Resposta: Seria uma parábola se fosse pedido o gráfico da Ecin em função de V ! O gráfico pedido deve foi da Ecin em função de H. Nesse caso, conforme mostrei anteriormente, a função Ecin(H) é uma função linear decrescente na variável H (Ecin = K – M.g.H1) , portanto seu gráfico aparece na figura 2. Página (50) Anual de Física para Medicina e Odontologia 2005 - www.fisicaju.com.br - Prof Renato Brito AULA 5 – TRABALHO E ENERGIA – QUESTÃO 28 O problema trata-se de um lançamento horizontal de projéteis. O lançamento horizontal é uma composição de dois movimentos simples: 1) uma queda livre a partir do repouso na vertical (VY = 0) . 2) um MRU na horizontal Para calcularmos o tempo de queda do projétil, calculamos o tempo de queda de um corpo em queda livre (MUV) a partir do repouso: g.T 2 2H 2H H= ⇒ T= ⇒ Tq = 2 g g Na horizontal: D = VX . T ( pois o movimento é uniforme) Cálculo do alcance horizontal A: A = VX . Tq A = V . Tq Mas qual a velocidade V que a bola adquire, ao partir do repouso, empurrada pela mola, e abandonar a mola ? Ora, basta dizer que a Epot da mola se transformou na Ecin com que a bola será lançada de cima da mesa: K K.X 2 M.V 2 = ⇒ V= .X , que substituindo em na expressão do alcance horizontal, vem: M 2 2 A = V . Tq = K .X . Tq = M K . M 2H .X g ⇒ A = K . M 2H .X g Por exemplo, num 1º lançamento, a mola sofreu uma deformação inicial X1 e a bola atingiu um alcance K 2H horizontal A1. Vale a relação : A1 = . . X1 M g Num 2º lançamento, a mola sofreu uma deformação inicial X2 e a bola atingiu um alcance horizontal A2. K 2H Vale a relação A2 = . . X2 , note que K, M, H e g são os mesmos em M g cada lançamento, são constantes. A1 A 2 = , pois K,M, H e g se cancelam. Dividindo essas duas relações, membro a membro, vem: X1 X 2 Segundo o enunciado, para X1 = 2cm, foi obtido um alcance A1 = 3 – 1 = 2m Assim, qual deve ser a deformação X2 da mola no 2º lançamento , para que se atinja uma alcance A2 = 3 m ? A1 A 2 2m 3m = ⇒ = ⇒ x2 = 3 cm X1 X 2 2 cm X 2 Página (51) Anual de Física para Medicina e Odontologia 2005 - www.fisicaju.com.br - Prof Renato Brito AULA 5 – TRABALHO E ENERGIA – QUESTÃO 29 início v=0 y H 0,3 m final x v=0 0,1m nível de referência para Epot grav (H =0) Observe a figura. A caixa encontra-se inicialmente em repouso ( V = 0) na posição inicial de onde será abandonada. Ela percorrerá uma altura x + y até parar novamente (v=0) na posição final, onde adotamos o nível de referência para a Epot grav, isto é, nesse ponto final tomamos H = 0. Toda altura, para fins de cálculo de mg.H, será medido a partir do nível de referência onde adotamos H = 0 que você escolheu. Portanto, no ponto inicial, a altura da caixa é a distância dela até o nível de referência, ou seja, H i = y + x Assim, pela conservação de Energia, podemos escrever: Epot i + Ecin i = Epot f + Ecin f M.g.(x + y) + 0 = K.x2 /2 + 0 , onde a deformação final da mola vale x = 0,3 – 0,1 = 0,2 m 5 x 10. ( 0,2 + y) = 2000. (0,2)2 /2 50. ( 0,2 + y) = 40 ( 0,2 + y) = 0,8 y = 0,6 m Veja a figura: mas qual a altura H da mesa então, afinal ? H = y + x + 0,1 H = 0,6 + 0,2 + 0,1 ⇒ H = 0,9 m ☺ Página (52) Anual de Física para Medicina e Odontologia 2005 - www.fisicaju.com.br - Prof Renato Brito AULA 5 – TRABALHO E ENERGIA – QUESTÃO 30 final v=0 y x início nível de referência para Epot grav (H = 0) Observe a figura. A caixa encontra-se inicialmente em repouso ( V = 0) na posição inicial de onde será abandonada. Nesse ponto inicial, adotamos o nível de referência para a Epot grav, isto é, nesse ponto final tomamos H = 0. Toda altura, para fins de cálculo de mg.H, será medido a partir do nível de referência onde adotamos H = 0 que você escolheu. Portanto, na posição final, a altura da bola, em relação ao nível de referência, valerá Hf = x + y. A caixa percorrerá uma altura x + y subindo até parar novamente (v=0) na posição final. Assim, pela conservação de Energia, podemos escrever: Epot i + Ecin i = Epot f + Ecin f K.x2 /2 + 0 = M.g.(x + y) + 0, onde a deformação final da mola vale x = 0,5 – 0,2 = 0,3 m 1200.(0,3)2 / 2 = 6. ( 0,3 + y ) 54 = 6. ( 0,3 + y ) 9 = ( 0,3 + y ) ao solo? ⇒ y = 8,7 m Veja a figura: mas, afinal, qual a altura final H atingida pela caixa, em relação H = y + 50 cm H = 8,7m + 0,5 m H = 9,2 m ☺ AULA 5 – TRABALHO E ENERGIA – QUESTÃO 31 Para que a caixa B desça a rampa, deforme a mola e retorne até a mesma altura inicial h, sem nenhuma perda de energia mecânica, a caixa A deve se comportar como um paredão intacto. Para isso, a força elástica fel = K.x que a mola aplicar À caixa A, no momento da máxima compressão x da mola , não pode superar o Fat máximo que mantém a caixa parada em relação ao solo. Assim, nesse instante de máxima compressão da mola, podemos escrever: Página (53) Anual de Física para Medicina e Odontologia 2005 - www.fisicaju.com.br - Prof Renato Brito Fel = Fat max ⇒ K.x = u. NA ⇒ K.x = u. M.g ⇒ x= u.M.g , essa é a máxima K deformação que a caixa B pode imprimir à mola, quando comprimi-la. Agora, de que altura h devemos soltar a caixa B, para que ela imprima à mola essa compressão x determinada acima ? Ora, pela conservação de energia, podemos escrever: Epot i + Ecin i = Epot f + Ecin f u.M.g K 2 .x + 0 , onde a deformação final da mola vale x = K 2 M.g.h + 0 = K ⎛ u.M.g ⎞ M.g.h = .⎜ ⎟ 2 ⎝ K ⎠ 2 K u 2 .M 2 .g 2 M.g.h = . 2 K2 ⇒ ⇒ u 2 .M 2 .g 2 M.g.h = 2.K ⇒ u 2 .M.g h= 2.K AULA 5 – TRABALHO E ENERGIA – QUESTÃO 32 início Lo V X V=0 final H=0 nível de referência para Epot grav a) Segundo o enunciado, o comprimento não deformado do elástico vale Lo = 30 m, e a máxima deformação x sofrida pelo elástico vale x = 10 m. Assim, a distância do atleta à plataforma, quando ele estiver o mais perto possível da água ( v = 0, homem parou para voltar), será: D = Lo + x = 30 + 10 = 40 m b) Na posição inicial, o atleta não tem Ecin ( v = 0), mas tem Epot = Mg.H em relação ao nível de referência de altura mostrado na figura. Na posição final, ele não tem Ecin (V = 0), e toda sua Epot = m.gH terá se transformado em Epot = K.x2 / 2. escrever: Página (54) Pela conservação de energia, podemos Anual de Física para Medicina e Odontologia 2005 - www.fisicaju.com.br - Prof Renato Brito Epot i + Ecin i = Epot f + Ecin f M.g. (Lo + x) + 750 . (30 + 10) = 30.000 = K. 50 K 2 .x + 0 , onde a deformação final da mola vale x = 10 m 2 0 = K .(10) 2 2 ⇒ K = 600 N/m AULA 5 – TRABALHO E ENERGIA – QUESTÃO 40 Tc V Tc T V Pc P • Na figura, o contrapeso desce com velocidade constante, portanto temos: TC = PC = 900x 10 = 9000 N TC = 9000 N • Na figura, P é o peso dos 3 passageiros, somado ao peso do elevador, ou seja: P = (Ma + Mb + Mc + Melev) x g = ( 1000 + 40 + 50 + 70) x 10 = 11600N Como o elevador sobe com velocidade constante, podemos escrever: T + TC = P T + 9000 = 11600 T = 2600 N • A potência desenvolvida por uma força é dada por Pot = F. v. Assim, a potência desenvolvida pelo motor será a potência da força que ele aplica ao elevador, isto é, a potência desenvolvida pela tração T: Potência da tração T = T x v = 2600 N x 2 m/s = 5200 w Página (55) Anual de Física para Medicina e Odontologia 2005 - www.fisicaju.com.br - Prof Renato Brito AULA 5 – TRABALHO E ENERGIA – QUESTÃO 41 F 4.P.senα Motor U Como as caixas são rebocadas com velocidade constante, a força F com que a esteira reboca as caixas deve ser tal que: F = 4P.senα A potência desenvolvida pelo motor é a potencia desenvolvida pela força que o motor faz, no caso, a força F. Assim: Pot motor = Pot F = F . V = 4.P.senα . V = 4 x 50 x 3 x 0,5 = 300w Potência elétrica ? Bomba n = 75% Potência mecânica 300 w Potência Dissipada Como o rendimento do motor vale 75%, temos que a Pot mec vale 75% da Pot elétrica que o motor recebeu, ou seja: Pot mec = 0,75 x Pot eletr ⇒ 300 = 0,75 x Pot eletr Mas Pot eletrica = U x i ⇒ 400 = 200 x i ⇒ i = 2A RESPOSTA CORRETA : LETRA D Página (56) ⇒ Pot eletr = 400w