Prática Mental
Aprendizagem Motora
Cassio M. Meira Jr.
Prática mental
O que é?

Imaginação do movimento (ou parte
dele), sem execução real

Ensaio cognitivo imaginativo da
tarefa-alvo, sem execução física real
observável

Recapitulação cognitiva de uma
habilidade física na ausência de
movimentos físicos explícitos
Magill (2000); Schmidt
& Lee (2011)
O que a prática mental
faz cognitivamente?

Auxilia a formação da imagem do movimento

Foca a atenção para aspectos relevantes da
habilidade
Fortalece o mecanismo de processamento de
informação


Ajuda a ensaiar possíveis ações e estratégias
Corbin (1972); Feltz & Landers, (1983); Ryan & Simons (1983); Suinn (1993)
O que a prática
mental faz
neuromuscularmente?
 Provoca
atividade eletromiográfica
 Sugere
ativação de trajetos neuromotores
 Sugere
reforço de padrões de coordenação
Decety & Jeannerod (1996); Jeannerod (1995); Jeannerod & Frak (1999)
O que a prática mental faz
corticalmente?
 Prática
mental ativa
áreas cerebrais
(córtex pré-motor)
 Prática
física ativa
córtex
somatossensorial
Baroga (1983); Decety et al. (1994)
Onde aplicar a prática mental?

Aprendizagem motora

Desempenho motor

Reabilitação motora
Para que serve a prática mental

Aquisição e refinamento de habilidades motoras

Auxílio no desempenho

Preparação da ação

Armazenamento de uma ação bem-sucedida
Evidências de
estudos

Prática mental é melhor que nenhuma prática

Prática física é melhor que prática mental

Prática mental associada à prática física é melhor
que prática física ou mental separadas
Allami et al. (2008); Bohan et al. (1999); Cahn (2008); Castellano (2000); Castro & Santos (2007);
Creelman (2003); Driskell et al. (1994); Gomes et al. (2012a); Gomes et al. (2012b); Grouios
(1992); Grouios et al. (2007); Hird et al. (1991); Overdorf et al. (2004); Raisbeck et al. (2012)
Prática Física antes de Prática
Mental porque

Permite estabelecer relações de
detecção e correção de erros
com feedback intrínseco

Não exige controle consciente
da ação

Proporciona melhor integração
percepção-ação.
Decety & Jeannerod (1996);
Gentili et al. (2010); Willingham
(1998); Rawlings et al. (1972);
Turvey (2007)
Tipos de mentalização

Interna

Externa
Mentalização Interna (MI)
Em Primeira Pessoa

A pessoa imagina estar dentro do seu próprio
corpo e vivencia as sensações do movimento

Assistir a você mesmo realizando o movimento
com uma câmera na cabeça

Visão exata do que você veria durante a
execução física do movimento
Mentalização Externa (ME)
Em terceira pessoa

A pessoa visualiza-se de fora, do ponto de vista de
um observador externo

“Observação” mental da forma do movimento

Assistir a você mesmo executando o movimento
em uma filmagem
Mentalização Interna X Externa

MI>ME: EMG do bíceps > com MI no levantamento
de peso; desempenho melhor nas competições de
ginastas artísticas que treinaram com MI

ME>MI: Retenção e transferência de um golpe de
karatê, de uma sequência de solo de ginástica artística
e da escalada foi superior com ME
Hale (1982); Mahoney & Avener (1977); Hardy & Callow (1999)
Mentalização Interna X Externa

Arqueiros relataram o
uso mais acentuado de
MI (Landers et al., 1984)

Extrovertidas parecem
aprender melhor a
estrela com ME (Moura et
al., no prelo)
Como usar a prática mental








Local adequado, silencioso e relaxante
Fechar os olhos
Focar claramente na habilidade que está
sendo aprendida
Imaginar o evento da forma mais realista
possível
Imaginar o movimento acontecendo no
tempo e sequência reais
Imaginar-se tendo sucesso na ação
Utilizar o período de descanso para a
prática mental
Ter experiência física anterior à prática
mental
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