Cultivos olvidados o subutilizados en Brasil Marcos Vinícius Bohrer Monteiro Siqueira & Elizabeth Ann Veasey. Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”/ Universidade de São Paulo – Departamento de Genética. e-mail: [email protected] Resumo A agricultura tradicional no Brasil é pautada por particulares, sobretudo por guardar na sua essência costumes e tradições que são preservadas por várias gerações. Basicamente ela é mantida para fins de subsistência em comunidades locais, sem o uso de tecnologias modernas e aditivos químicos, usufruindo-se da mão de obra familiar. Neste contexto, uma ampla gama de espécies são usadas por esses agricultores que mantém grande diversidade de variedades de cada espécie, seja dentro ou entre quintais e roças, apresentando também intenso sistema de intercâmbio desses genótipos entre familiares e vizinhos. Dessa grande diversidade de cultivos, destacam-se muitas tuberosas que fazem parte da dieta da maioria dos brasileiros, sendo a mandioca, os inhames e a batata-doce as mais cultivadas. Apesar de toda a importância cultural e alimentar, essas tuberosas demarcam um “esquecimento” por parte de grupos de pesquisa, extensionistas e sociedade em geral, visto que são escassas as pesquisas a elas associadas, se compararmos com culturas de ciclo curto, onde predominam a força do agronegócio e o apoio governamental. Culturas ‘órfãs’ ou ‘neglicenciadas’ são algumas das conotações pejorativas que recebem essas espécies de propagação vegetativa já que estão associadas à dieta de muitas famílias de baixa renda em países tropicais. Pela importância das etnovariedades como matéria-prima em programas de melhoramento, pela urgência de conter a erosão genética de muitos acessos em regiões onde predomina a agricultura tradicional, e pela tentativa de mudar hábitos alimentares entre as novas gerações, estudos atuais com ênfase em marcadores moleculares trouxeram, sobretudo nos últimos anos, informações importantes com relação à diversidade genética mantida por agricultores tradicionais e como esta diversidade se encontra estruturada. É sabido que são muitas as cultivares subutilizadas pelas sociedades modernas, muitas não mencionadas neste trabalho, no entanto, pela importância que detêm no Brasil, a caracterização e análise genética da mandioca, inhame e batata-doce, farão o corpo central desta revisão. Por este meio, espera-se que o trabalho traga à luz, um conjunto pertinente de dados que retratem da melhor forma três importantes culturas brasileiras, que, no entanto, ainda permanecem menosprezadas e marginalizadas pela sociedade contemporânea. Palavras chave: Agricultura tradicional, culturas negligenciadas, tubérculos, mandioca, inhame, batata-doce. Introdução A roça, unidade básica evolutiva da agricultura tradicional, onde ocorre a conservação in situ/ on farm das etnovariedades, ou também denominadas de variedades locais, e também onde ocorre a ampliação da diversidade genética que beneficia os agricultores locais (Martins, 2001), é um patrimônio agroecológico que se tem perdido ao longo dos anos. A migração dos povos para as grandes cidades, a erosão dos solos, o aumento do turismo, o uso abusivo do fogo para abertura de pasto e a monocultura, sobretudo da soja, e a proibição da formação de clareiras em áreas de preservação ambiental, tem levado muitas roças ao extermínio (Peroni e Hanazaki, 2002; Klink e Machado, 2005; Jackson et al., 2007). Um dos muitos benefícios que a agricultura tradicional tem fornecido à humanidade é a conservação in situ/on farm de germoplasma de muitas espécies de importância econômica, mantendo e amplificando no tempo a variabilidade genética (Martins, 1994; Peroni e Martins, 2000; Sambatti et al., 2001). Dentre as duas principais estratégias de conservação de germoplasma (in situ e ex situ), a menos onerosa é a primeira. Além de ser mais barata, a conservação in situ, viabilizada pelas roças de agricultores tradicionais, é de fundamental importância não só do ponto de vista genético, mas também para a segurança alimentar e preservação do patrimônio cultural de muitas comunidades. Assim sendo, a conservação dos recursos genéticos in situ pelos agricultores tradicionais tem papel fundamental, levando-se em conta o estreitamento da base genética das espécies cultivadas que vem ocorrendo nos últimos anos, consequência do modelo de agricultura da Revolução Verde, e as limitações da conservação ex situ, demasiadamente onerosa e de difícil manutenção (Clement et al., 1982; Cleveland et al., 1994; Amorozo, 2000, 2008). A conservação in situ (na roça) refere-se à seleção e mudança genética contínuas, em vez de preservação estática. Os cultivares assim selecionados mantém-se adaptados às condições do ambiente local, de manejo e a todos os problemas bióticos do cultivo (pragas, doenças e ervas daninhas). A conservação in situ requer que as unidades de produção agrícola e os produtores sejam os repositórios tanto da informação genética como do conhecimento cultural de como os cultivos são cuidados e manejados. Portanto, o princípio da conservação in situ propõe que cada unidade de produção agrícola tenha seu próprio programa de melhoramento e preservação. Na realidade, os produtores devem ser capazes de selecionar e preservar suas próprias etnovariedades adaptadas localmente, onde isso for possível. Como as características de uma região estabelecem critérios importantes de seleção, pode haver certa centralização de programas de seleção para uma determinada área, definida ecológica e geograficamente, desde que a troca constante entre material genético de cultivos agrícolas ocorra entre os produtores daquela região. Essas unidades agrícolas são em grande parte pequenas e médias áreas onde é praticada de forma plena ou com algumas adaptações modernas a agricultura tradicional do tipo coivara (Altieri e Montecinos, 1993). A agricultura do tipo coivara é caracterizada geralmente pelo uso de um ciclo de corte da vegetação em estágio de sucessão secundária, seguido pela queima desta vegetação quando seca, plantio, cultivo, abandono da área após a colheita e o retorno à área após alguns anos (Éden, 1988). Segundo Diegues e Arruda (2001), várias culturas tradicionais existem no Brasil e é devido a elas que temos a grande amplitude de cultivares. As várias comunidades rurais encontradas no país são resultado de uma intensa miscigenação entre povos brancos, negros e índios (Arruda, 1999). A introdução de várias espécies e variedades de hortaliças, além de diversificar a alimentação dos primeiros colonizadores, serviu de material básico para o melhoramento genético, na busca por uma melhor adaptação destas espécies às diferentes condições edafoclimáticas encontradas no Brasil. Outras introduções tornaram-se indispensáveis à culinária regional em algumas regiões brasileiras. Outra contribuição, esta indireta e pouco honrosa para os descobridores portugueses, mas que ocorreu de fato e que hoje resultou no enriquecimento ainda maior do miscigenado povo brasileiro, foi o fluxo de inhames trazidos pelos escravos africanos (Madeira et al., 2008). A mandioca e a batata-doce, cultivadas por povos indígenas da América do Sul, sempre foram a base de suas dietas alimentares e a partir de vários sistemas de cultivo tradicional têm-se criado variedades regionais a partir do conhecimento local, muitas vezes centenário e pouco compreendido (Brush, 2005). Foi através das rotas migratórias de povos indígenas e de colonizadores europeus que muitas tuberosas foram incorporadas e amplamente cultivadas até os dias de hoje. Atualmente, a diversidade genética de certas espécies de hortaliças é mantida por esses agricultores locais de forma a satisfazerem suas necessidades, de acordo com o contexto social em que estão inseridos (Bellon, 1996; Veasey et al., 2007). No Brasil, tal como em outros países em desenvolvimento, espécies como a mandioca (Manihot esculenta), os inhames (Dioscorea spp.) e a batata-doce (Ipomea batatas), têm uma profunda importância na agricultura familiar, sendo utilizadas basicamente como fonte de carboidrato, sobretudo na região onde residem comunidades de baixa renda. Suas características vão além das altas qualidades nutritivas; essas espécies também apresentam importantes propriedades medicinais, muitas delas desconhecidas entre nós. No Brasil, em alguns estados como a Paraíba e Pernambuco, o inhame é um importante recurso alimentar, difundido por todos os municípios. Já a batata-doce ganha destaque em regiões do sul e sudeste, com alguma importância no nordeste (Silva et al., 2002). A mandioca, por sua vez, está difundida por todo o país, com uma cadeia produtiva mui sui generis. No entanto, o grande percentual do material cultivado em território brasileiro para ambas as espécies é de origem tradicional, com uma grande diversidade de variedades. O que se encontra no mercado, em muitos casos, são cultivares pouco ou nada melhoradas, desmerecendo a aceitação do consumidor. São poucas as instituições atualmente envolvidas com pesquisas relacionadas à cultura da mandioca, inhames e batata-doce, sendo urgente o incremento de estudos e pesquisas aprofundadas, para que se compreendam os fatores que interferem na evolução dessas espécies e como a diversidade genética destas se encontra distribuída atualmente. A literatura existente sobre essas “hortaliças subutilizadas” é escassa e encontra-se descompassada da realidade, obrigando o pesquisador e interessado por essas culturas a um intenso exercício de análise do que é informação correta e errônea. Partindo da realidade que raros são os projetos de pesquisa em andamento no país, e com o propósito de resgate e valorização no que tange ao melhoramento e conservação dessas espécies, o Departamento de Genética da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiróz” na Universidade de São Paulo (ESALQ/USP), nos últimos anos, a partir do seu germoplasma de raízes e tubérculos, tem buscado contribuir com novas informações sobre a caracterização morfológica e molecular de espécies de propagação vegetativa. Postulando-se que a conservação genética de variedades tradicionais é parte de um conjunto de políticas crucias na manutenção da biodiversidade global, poderemos afirmar que algumas variedades locais desaparecerão mais cedo ou mais tarde, trazendo prejuízo à população, sobretudo do ponto de vista alimentar. A urgência de mais estudos em espécies como a mandioca, os inhames e a batata-doce faz-se evidente pelos seguintes fatores: agricultores e melhoristas que cultivam tuberosas enfrentam uma série de dificuldades geradas pela falta de informações técnicas sobre o manejo dessas culturas, face à escassez de pesquisa nesta área. Ações conjuntas entre instituições acadêmicas, de pesquisa e extensão são fundamentais para reverter este processo, de modo a se criar profissionais capacitados, gerando e difundindo tecnologias para o aprimoramento dessas mesmas culturas. A rápida erosão genética desses materiais, sobretudo pelo aumento das monoculturas e áreas de pastagens, e consequentemente o abandono das terras por pequenos agricultores, leva à necessidade de resgate e preservação do conhecimento tradicional e paralelamente, à orientação de programas de conservação de germoplasmas in situ/on farm. (Jarvis et al, 2000; Altieri, 2002). Isso leva-nos a crer que a mandioca, os inhames e a batata-doce, à semelhança de outras culturas difundidas em roças tradicionais, merecem uma maior atenção do domínio público. Muitos pesquisadores afirmam que apenas as plantas de maior dinâmica fisiológica é que prevalecerão às mudanças climáticas severas, como é o caso dessas hortaliças, às vezes apontadas como “alternativas” ou “não-convencionais”. Sabe-se que a maioria dos sistemas produtivos dessas tuberosas neglicenciadas encontra-se em pequenas propriedades e seu manejo é tecnicamente pouco desenvolvido. Áreas de maior exploração também se encontram desarticuladas face aos novos recursos, perdendo em produtividade tanto pela falta de acesso às túberas-sementes e manivas de boa qualidade, quanto pelo mau uso dos recursos, nos quais se incluem o solo, a água e a mão de obra não qualificada. Somam-se a esses fatores, a falta de apoio dos órgãos do governo para o incentivo da pequena e média exploração, e a inexistência de uma cadeia de exportação para responder a exigência de um mercado internacional competitivo e exigente. Relativamente aos programas de melhoramento, um longo caminho há a percorrer, visto que eles estão reduzidos a poucas instituições. A mandioca tem recebido maior atenção pelos melhoristas, com várias instituições envolvidas com programas de melhoramento no Brasil, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Instituto Agronômico (IAC) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI), entre outras (Fukuda, 1999). Se as abordagens de pré e pós-colheita fossem diferentes, os (poucos) problemas fitopatológicos nessas culturas seriam reduzidos, tornando-se mais fácil as perspectivas de exportação no Brasil. A micropropagação, bem como outras ferramentas que a biotecnologia oferece, pode beneficiar essas culturas (Fregene et al., 2000). Neste contexto colocar a questão “porque continuam essas culturas sendo marginalizadas no Brasil?” parece ser de fácil resposta; difícil certamente será traçar diretrizes no sentido de melhoramento e conservação dessas espécies no extenso território brasileiro. Mandioca A mandioca (Manihot esculenta Crantz), Euphorbiaceae, é uma das principais plantas de interesse econômico do planeta, exercendo importante papel na alimentação de milhões de pessoas, principalmente nos países tropicais, sendo também largamente utilizada na indústria, para fabricação de diversos produtos. Além da importância econômica, a mandioca possui enorme peso cultural, uma vez que compõe a dieta e o folclore de populações tradicionais em diversos países. O Brasil, segundo Allem (2002), abriga a grande maioria das espécies (cerca de 55, o que compreende 80% da diversidade). O México vem em seguida, com 17 espécies, e 15% da diversidade. Estima-se em 7000 o número de variedades encontradas em todo mundo (Muhlen et al., 2000). As duas espécies de Manihot de maior importância econômica são a M. esculenta, utilizada para alimentação, com raízes tuberosas que possuem alta capacidade de acumulação de amido, e M. glaziovii, que é utilizada na África para produção de látex (Cury, 1993). Com relação a M. esculenta, existem dois tipos de mandioca, classificadas de acordo com o teor de glicosídeos cianogênicos, as mandiocas bravas, denominadas pelos agricultores apenas como mandioca, ou mandioca brava, e as mandiocas doces, conhecidas por macaxeira (Valle et al., 2004). As mandiocas bravas são as mais apropriadas para fabricação de farinha, e as mandiocas doces são utilizadas em incontáveis receitas culinárias, porém ambas tem inúmeras outras aplicações (Cereda, 2003). Do ponto de vista agronômico, biológico e experimental, a mandioca é uma espécie muito interessante, pois conseguiu, mesmo depois de um intenso processo de domesticação, manter a rusticidade, não perdendo a capacidade de se reproduzir sexualmente. Se considerarmos o processo de domesticação como contínuo, a domesticação da mandioca continua a ocorrer, como ocorre nas roças da agricultura tradicional autóctone de todo o mundo (Cury, 1998). A agricultura tradicional, realizada por populações autóctones dos países tropicais, é de suma importância para a evolução da espécie. Cury (1993) estabeleceu princípios básicos para o estabelecimento do modelo de dinâmica evolutiva da mandioca (Martins, 2001). O modelo utiliza a mandioca como unidade evolutiva e leva em consideração o fato da espécie ser de propagação vegetativa, sem, no entanto, deixar de possuir um sistema reprodutivo sexual ativo, capaz de gerar novos recombinantes, que aparecem nas roças através da germinação espontânea de sementes. De modo geral, as roças de mandioca apresentam elevada diversidade intra e intervarietal, seja dentro das roças, dentro de uma mesma comunidade, ou entre comunidades (Peroni e Martins, 2000; Pereira, 2008), e vários trabalhos reforçam a tese de que a Amazônia é um dos principais centros de origem e diversidade da espécie no planeta (Olsen e Schaal 1999; Léotard 2003; Olsen 2004). As diversas etnovariedades se diferenciam em múltiplos aspectos de interesse ecológico e agronômico, como adaptação a condições adversas. Para a elucidação de questões relativas à origem e filogenia, os marcadores moleculares têm sido importantes para a caracterização da diversidade genética da mandioca, que também pode ser medida por meio de indicadores morfológicos e agronômicos. Sambatti et al. (2000) estudaram a diversidade fenotípica de etnovariedades provenientes de quatro roças autóctones situadas no município de Ubatuba (litoral do Estado de São Paulo), por meio de padrões isoenzimáticos e morfológicos. Concluíram que houve diversidade fenotípica, e que a diversidade isoenzimática se concentra basicamente dentro das roças, o que sugere um grande fluxo gênico entre os agricultores estudados. A diversidade de caracteres morfológicos teve distribuição similar à encontrada para caracteres isoenzimáticos. De acordo com os resultados obtidos, acredita-se que os caracteres morfológicos sejam objeto de seleção pelos agricultores, os quais os utilizam como forma de quantificar seus cultivares. Sambatti et al., (2001), avaliando a acurácia dos agricultores no que diz respeito à identificação de cultivares, compararam os nomes dados por eles aos indivíduos encontrados, com seus fenótipos isoenzimáticos e concluíram que eles têm um sistema pouco acurado e generalizado para o reconhecimento das variedades ou morfotipos, e tendem a subestimar a diversidade genética da mandioca em seus roçados. No Vale do Ribeira, Peroni (1998) concluiu, avaliando caracteres morfológicos e isoenzimáticos, que cada variedade é contida por genótipos distintos, porém com grande semelhança morfológica, compondo uma população heterogênea. Cada etnovariedade pode então ser considerada uma família de genótipos. Nesse estudo, ele atestou que os agricultores diferenciam corretamente as etnovariedades através da morfologia. Entretanto, em concordância com resultados obtidos por Sambatti et al. (2001), os agricultores também subestimam a variabilidade em seus roçados, uma vez que não diferem genótipos diferentes que apresentam grande semelhança morfológica dentro das etnovariedades, dando o mesmo nome a genótipos discrepantes. Faraldo et al. (2000) avaliaram 141 etnovariedades de vários locais do Brasil, através da técnica de eletroforese de isoenzimas, estudando 11 sistemas enzimáticos. Os resultados revelaram índices elevados de heterozigosidade, observando-se a maior concentração da variabilidade dentro das roças da mesma região e maior variabilidade dentro das regiões que entre regiões. A diversidade intra-específica está diretamente relacionada à estrutura sócio-cultural do local. O grupo coletado nas roças amazônicas apresentou a maior diversidade genética. Colombo et al. (2000) estudaram a estruturação genética de etnovariedades de mandioca provenientes de diversos locais das Américas utilizando marcadores RAPD (Random Amplified Polymorphic DNA). Encontraram baixa estruturação genética entre os materiais avaliados, o que foi explicado pelos autores através da prática comum de intercâmbio de manivas. Analisando os genótipos em função dos dados climáticos das localidades de origem, ele encontraram uma estruturação em função da temperatura e da precipitação desses locais. Pereira (2008), avaliando a diversidade e estrutura genética em roçados do Amazonas a partir de marcadores microssatélites, concluiu que os roçados são extremamente complexos do ponto de vista genético, apresentando altos valores de riqueza alélica, polimorfismo e heterozigosidade, sublinhando que a diversidade está estruturada basicamente dentro de cada roçado e entre as variedades dos diferentes roçados, consequência da troca de etnovariedades entre agricultores. Siqueira et al. (2009), avaliando etnovariedades de diferentes regiões do Brasil, também com marcadores microssatélites, obtiveram conclusões semelhantes, realçando que a migração de populações pode responder à maior ou menor proximidade genética entre os diferentes agrupamentos obtidos. Estudos como esses objetivam contribuir com uma maior compreensão sobre como a diversidade da mandioca se encontra distribuída em diferentes regiões geográficas. Seus resultados visam promover a conservação in situ / on farm de um importante recurso genético através dos agricultores tradicionais. Inhame Dioscorea é o maior gênero da família Dioscoreaceae, com cerca de 600 espécies (Pedralli, 2002). Embora seja elevado o número de espécies de Dioscorea, seis dessas espécies são consideradas mais importantes na alimentação humana: D. cayenensis Lam., D. alata L., D. bulbifera L., D. esculenta (Lour.) Burkill, D. rotundata Poir. e D. trifida L. Destas, apenas D. trifida é originária do continente americano, tendo como provável centro de origem a América Central, embora o Brasil também seja considerado centro de origem desta espécie. Relatos revelam que, quando colonizadores chegaram à América, índios alimentavam-se da raiz “cará”, nome este que tem origem na língua tupi-guarani (Abramo, 1990). Durante a expansão marítima e colonização de novos territórios no século XVI, portugueses e espanhóis tiveram um papel importante na dispersão das outras espécies cultivadas de Dioscorea, originárias da África tropical (complexo D. cayenensis/D. rotundata e D. bulbifera), Índia Central (D. alata e D. esculenta) e região Indo-Malaia (D. bulbifera) (Montaldo, 1991; Monteiro e Peressin, 2002). O inhame, planta poliplóide e de propagação vegetativa, constitui a alimentação básica para mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo, sobretudo nos trópicos úmidos e sub-úmidos (Mignouna et al., 2003b). Apesar de ser produzido por todo o continente africano, a Nigéria é conhecida como o maior produtor de inhame do mundo, sendo este país responsável por 76% da produção mundial, o que representa aproximadamente 18.3 milhões de toneladas. Dados totais apontam para uma produção africana de 28.8 milhões de toneladas (Ike e Inoni, 2006). A produção brasileira, em 1999, foi estimada em 225.000 toneladas em uma área cultivada de 24.500 ha (Monteiro e Perecin, 2002). A maior produção de inhame no Brasil ocorre no Nordeste, especialmente nos estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Piauí, seguidos de outros de menor importância. Os agricultores cultivam basicamente a espécie D. cayenensis, conhecida vulgarmente como “roxo-da-costa”, embora sejam utilizados também alguns clones de D. alata, como o “cará São Tomé” e o inhame “corneta”. Vale ressaltar que ocorre em menor escala o cultivo do inhame “mimoso” ou “inhambu” (D. trifida) e do inhame “fígado” (D. bulbifera) (Carvalho e Carvalho, 1999). As espécies de Dioscorea são também cultivadas por suas propriedades medicinais (sapogeninas esteroidais, utilizadas na produção de cortisona e hormônios sintéticos), na seguinte ordem de importância: D. bulbifera, D. cayenensis, D. dumetorum (Kunth) Pax, D. alata, D. trifida, D laxiflora Griseb. e D. microbotrya Griseb. (Pedralli, 2002). Dentre muitas das propriedades medicinais do inhame, destacase a prevenção de doenças como a malária, febre amarela e dengue. A medicina tradicional utiliza este rizoma para erupções da pele acreditando na limpeza de impurezas. Os tubérculos de Dioscorea são ricos em carboidratos e pobres em lipídeos. Apresentam, além disso, importantes propriedades nutricionais, sendo em proteínas, vitaminas C, B1 (tiamina) e B2, B5 (niacina), riboflavinas, provitamina A, β-caroteno, provitamina D, amido, ácido ascórbico, Ca, Fe e P, fitosteróis, entre outras (Seagri, 2002). Seu amido é parecido com o do milho, em sabor, textura e cor. A farinha pode ser adicionada à do trigo para a fabricação de pães ou pode ser utilizada em diversos pratos, doces ou salgados (Abramo, 1990). Os inhames têm grande importância na agricultura tradicional no Brasil (Peroni e Hanazaki, 2002; Bressan et al., 2005), assim como em muitas pequenas comunidades rurais de outros países (CBDC, 2001), distribuindo-se pelos trópicos úmidos e semiúmidos (Lebot et al., 2005). A espécie com maior representação na literatura científica e amplamente consumida no Brasil é a D. alata, espécie que foi domesticada em vários países, com grande aceitação tanto no mercado local como em grandes superfícies comerciais. Alguns trabalhos com a finalidade de preservação em D. alata têm sido realizados in vitro com sucesso, porque sua conservação em bancos de germoplasma, além de se tornar dispendiosa, tem os inconvenientes dos riscos de ataques patogênicos e erosão genética (Rodríguez et al., 2003). Apesar de toda a importância alimentar e medicinal, ainda é uma cultura negligenciada e mal compreendida. Martin e Rhodes (1977) relataram que a classificação intra-específica de D. alata é problemática e as relações genéticas entre cultivares são difíceis de explicar. Anos depois Lebot et al. (1998) usaram marcadores isoenzimáticos para estudos da diversidade genética em 269 cultivares de D. alata originários do sul do Pacífico, Ásia, África, Caribe e América do Sul concluindo que muitas cultivares exibiam variações diversas, muito provavelmente devido ao processo de seleção humana. Segundo os autores a existência de uma variação gênica significativa é devida também às recombinações genéticas verificadas nos padrões isoenzimáticos. No Brasil, os marcadores isoenzimáticos foram usados para o estudo da diversidade genética entre etnovariedades de inhames do Vale do Ribeira (Bressan, 2005), constatando-se alta variabilidade genética mantida pelos agricultores desta região, sendo que essa variabilidade não se encontra estruturada no espaço. Já os marcadores RAPD foram utilizados para avaliar a variabilidade intra-específica em acessos originários da Jamaica (Asemota et al., 1996) e em outras espécies de Dioscorea da África, Ásia e Polinésia (Ramser et al., 1996), caracterizando acessos importantes de Dioscorea como entre as espécies D. cayenensis/D. rotundata (Dansi et al., 2000). A partir destes marcadores Munõz (2003) conseguiu determinar que genótipos de D. alata, da coleção de germoplasma do IIAP (Instituto de Investigação Agropecuária do Panamá) separavam-se claramente dos genótipos da coleção de germoplasma do CATIE (Centro Agronomico Tropical de Investigacion y EnseñanzaCatie). O marcador AFLP (Amplified Fragment Length Polymorphism) foi também utilizado para avaliar a diversidade genética em D. alata e sua relação com outras nove espécies comestíveis de Dioscorea (Malapa et al., 2005) e em estudos sobre a domesticação do gênero Dioscorea (Scarcelli et al., 2006). Egesi et al. (2006), utilizando marcadores AFLP, conseguiram demonstrar que a partir de 53 acessos de D. alata, na África ocidental e central, cada grupo formado era uma mistura dos acessos de origem geográfica diferente, indicando que a geografia não teve um papel central na diferenciação da espécie. Outro marcador que tem sido utilizado para espécies de Dioscorea são os microssatélites (Hochu et al., 2006; Bousalem, 2006). Fundamentalmente, os microssatélites têm sido utilizados para estudos dos padrões de segregação desses marcadores e caracterização de acessos de várias espécies do gênero Dioscorea (Terauchi e Konuma, 1994; Mignouna et al., 2003a; Mignouna et al., 2003b; Scarcelli et al., 2005). Com o objetivo de caracterizar espécies cultivadas do gênero Dioscorea de ocorrência em áreas de agricultura tradicional do Brasil, visando trazer subsídios para a conservação on farm, podem-se citar novos estudos com D. trifida (Borges et al., 2007, 2008), D. cayenensis (Recchia et al., 2007) e D. bulbifera (Kreyci et al., 2008). Siqueira et al. (2009) avaliaram a diversidade genética de etnovariedades de inhame coletadas em roças de agricultura tradicional e de variedades comerciais obtidas em feiras e mercados por meio de marcadores microssatélites verificando alto polimorfismo entre os locos e grande variabilidade genética para o conjunto de acessos de D. alata. Contudo a pesquisa não observou separação entre as etnovariedades e as variedades comerciais. Batata-doce A batata-doce (Ipomoea batatas (L.) Lam.) é uma planta de clima tropical ou subtropical, também cultivada em regiões temperadas. É de fácil cultivo, rústica, de ampla adaptação, alta tolerância à seca e baixo custo de produção. Os riscos oferecidos pela cultura são mínimos se comparada a outras hortaliças. É cultivada em toda a faixa tropical do globo terrestre, onde tem usos múltiplos, tanto na alimentação humana como animal, ou como matéria prima para indústria. É a sétima mais importante fonte de alimento em todo o mundo, juntamente com trigo, arroz, milho, batata, cevada e mandioca (CIP, 2009). Atualmente a batata-doce pode ser considerada como uma cultura asiática, visto que grande parte da produção mundial são produzidas e consumidas na Ásia. Os países em desenvolvimento produzem e consomem mais de 95% do total mundial. Os maiores produtores mundiais são China, Indonésia, Índia, Japão e Filipinas, sendo que a China produz cerca de 90% do total mundial (CIP, 2009). No Brasil, ela é cultivada em todo território. Os maiores produtores são os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Paraná e Rio Grande do Norte. O Brasil produziu cerca de 500 mil toneladas em 2005 (IBGE, 2007) e as estimativas apontavam que esse número não seria muito diferente nos anos seguintes. O valor nutritivo da batata-doce é alto, comparável ao da batata. As raízes são boa fonte de energia (açúcares e outros carboidratos), cálcio, ferro e outros minerais e vitaminas, principalmente vitamina C. Algumas cultivares são ricas em vitamina A, particularmente as de polpa alaranjada (Steinbauer e Kushman, 1971; Edmond e Ammerman, 1971; Kay, 1973; Folquer, 1978). A composição química varia com a cultivar, condições climáticas, época e estágio de colheita, duração e condições de armazenamento e tratos culturais (Edmond e Ammerman, 1971; Miranda et al. 1984; Cereda et al., 1984). A batata-doce e as espécies a ela relacionadas são pouco estudadas, comparativamente a outras culturas, do ponto de vista de citogenética, taxonomia, morfologia, fisiologia, distribuição geográfica, sistemas de incompatibilidade, cruzamentos compatíveis e outros. Naturalmente, estes tópicos são diferentes em espécies silvestres e tipos cultivados, e importantes sobre vários aspectos, inclusive para elucidar e compreender a origem genética e a evolução da espécie. A existência de inúmeras espécies silvestres do gênero Ipomoea e a grande difusão e diversidade de tipos existentes em toda América tropical, superior à encontrada na Oceania (Yen, 1974, citado por Wedderburn, 1967) faz supor que a domesticação da batata-doce aconteceu no continente americano (Steinbauer e Kushman, 1971; Martin e Jones, 1972, 1974; Folquer, 1978; Austin, 1977, 1978; Nishiyama, 1971, citado por Yen, 1976; FAO / IBPGR, 1981). Um dos trabalhos mais importantes sobre a evolução de I. batatas foi redigido por Nishiyama (1982). Esse autor teve seus trabalhos de pesquisa embasados na compatibilidade sexual, síntese de poliplóides, análises citogenéticas, comparações de genomas e características morfológicas e teve como principal premissa que a batatadoce originou-se de I. trifida hexaploide por diferenciação gênica, especialmente para a formação de raízes tuberosas. As informações geradas por Nishiyama (1982) e seus colegas trouxeram, na época, um grande debate e muita controvérsia. Entretanto, sem entrar no mérito da questão da origem genética, todos os pesquisadores são unânimes em reconhecer o grande valor das pesquisas conduzidas pelos cientistas japoneses, cujo trabalho é extremamente importante, não só para elucidar e compreender a origem genética e a evolução da batata-doce mas, sobretudo pela possibilidade que se abre com a utilização dos híbridos hexaploides (2n = 90), sintetizados a partir de outras espécies do gênero Ipomoea, em programas de melhoramento genético. O que está em discussão ainda hoje é o local exato do centro de origem e domesticação: se no noroeste da América do Sul (Peru, Colombia and Ecuador) ou o sul do México e/ou América Central (principalmente Guatemala). Austin (1988), baseado em análises numéricas de características morfolóticas em batata-doce em em espécies silvestres de Ipomoea, teria postulado que a batata-doce teria se originado na região entre a Península Yucatán, no México e o Rio Orinoco, na Venezuela. Estudos mais recentes, baseados em marcadores moleculares, indicam a América Central como o centro primário de diversidade e o mais provável centro de origem da espécie (Zhang et al. 2000; Gichuki et al., 2003). Peru-Equador deveriam ser considerados como o centro secundário de diversidade da batata-doce (Zhang et al., 2000). O Brasil deveria também ser considerado como um centro secundário de diversidade (Austin, 1988), uma vez que várias espécies de Ipomoea, da seção batatas, ocorrem neste país. Concordando com esta hipótese, altos níveis de diversidade morfológica e molecular foram observadas entre etnovariedades do Vale do Ribeira, Estado de São Paulo, Brasil (Veasey et al. 2007, 2008). Usando oito marcadores microssatélites, Veasey et al. (2008) verificaram grande polimorfismo, sendo que a maior variabilidade genética encontrava-se dentro de roças. Os autores concluíram que o grande intercâmbio de material entre agricultores, bem como outros fatores antrópicos, foram determinantes para esses resultados. Oliveira et al. (2002), Ritchel e Huamán (2002), Daros et al. (2002), Fabri (2009) também observaram elevada diversidade morfológica, isoenzimática e molecular entre variedades de batata-doce originárias de diferentes regiões do Brasil. Entre 1940 e o final dos anos 60, algumas instituições de pesquisa mantinham coleções de germoplasma e iniciaram programas de melhoramento da batata-doce no Brasil. Entre elas, destacaram-se o Instituto Agronômico (IAC), o antigo Instituto de Ecologia e Experimentação Agrícola, depois IPEACS – Itaguaí/ RJ, a Escola de Agronomia de Cruz das Almas (no Estado da Bahia), e a Escola de Agronomia de Viçosa, hoje UFV (Estado de Minas Gerais), entre outras. Em abril de 1980, iniciou-se na EMBRAPA – Centro Nacional de Pesquisas em Hortaliças (CNPH), em Brasília – DF, um programa de melhoramento genético de batata-doce (Miranda, 1983d). Hoje, algumas instituições de pesquisa no Brasil mantêm coleções de germoplasma de batatadoce, existindo um banco ativo de germoplasma (BAG) mantido pela Embrapa-CNPH, em Brasília, outro na Embrapa-CNPMF, em Cruz das Almas, um no IAC, em Campinas, e um na ESALQ/USP. Notas finais Grandes áreas de preservação do território brasileiro são ocupadas por populações indígenas ou de comunidades rurais “tradicionais” - caiçaras, ribeirinhos, seringueiros, quilombolas, caipiras – para as quais a conservação da fauna e flora é a garantia de sua perenidade. O processo de expansão das fronteiras agrícolas e extrativistas da sociedade brasileira, por sua vez, reproduz e se pauta por um modelo de ocupação do espaço e de uso dos recursos naturais gerador da degradação ambiental e de enormes custos sociais, em particular para as sociedades rurais (Arruda, 1999). A manutenção da diversidade genética dos agroecossistemas tradicionais contribui para a adaptabilidade das populações humanas, uma vez que fornece garantias de sobrevivência para o agricultor. Entretanto, apesar do importante papel das comunidades rurais para a conservação da biodiversidade, inúmeros fatores têm se constituído em riscos para esta, tais como pressões do mercado, êxodo rural e a globalização, que mina as culturas locais (inclusive os hábitos alimentares, baseados no consumo de uma pequena variedade de alimentos) em prol de uma supremacia cultural reducionista, advinda dos países desenvolvidos. Parece-nos claro que, a partir dos dados apresentados, além de geradora de diversidade, a agricultura tradicional é também mantenedora dessas etnovariedades de mandioca, inhame e batata-doce. No momento em que a ação humana deixa de exercer influência direta, essas variedades locais permanecem na natureza por pouco tempo ou desaparecem na competição com outras plantas silvestres. Este é um aspecto que diferencia as plantas domesticadas/cultivadas, das plantas silvestres, ou selvagens, e que demonstra a estreita ligação entre as plantas cultivadas e o ser humano. Para resgatar as etnovariedades de mandioca, inhame e batata-doce, e ampliar o seu uso na agricultura, torna-se necessário pensar em estratégias construídas a partir de um diagnóstico das causas que vêm provocando o abandono dessas variedades locais. Tal diagnóstico pode ser iniciado através de uma leitura do espaço rural, e em especial da situação sócio-econômica e ambiental na qual a agricultura familiar está inserida. A complexa e alta diversidade genética das tuberosas “negligenciadas” revisadas aqui, e continuamente estudadas na ESALQ/USP, realçam per se a importância de como o patrimônio olerícola nacional se encontra. No entanto, novos estudos fazem-se necessários para que políticas de conservação in situ e on farm sejam efetivadas. Referências Allem, A. C. 2002. The origins and taxonomy of cassava. In: Hillocks, R.J.; Tresh, J.M.; Bellotti, A.C. (eds) Cassava: Biology, Production and Utilization, CABI Publishing Oxon, UK and New York, USA (2002), pp. 1–16. Altieri, M. 2002. 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