Resumo registrado no evento sob nº 658 ISSN 1807-3441 Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO 17 a 20 de outubro de 2006 APROPRIAÇÃO DA RENDA NO BRASIL NO PERÍODO DE 1977 - 2005: UMA ABORDAGEM ECONOMÉTRICA GISLAINE MAIER [email protected] Orientadora Profª. LUCI NYCHAI Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) Palavras-chave: CONCENTRAÇÃO DE RENDA, DISTRIBUIÇÃO DE RENDA, ECONOMETRIA, APROPRIAÇÃO Grande Área: Ciências Sociais Aplicadas Área: Economia O Brasil vem tentando amenizar a discrepância que há entre as classes sociais, a qual reflete-se na má distribuição de renda. O cenário sócio-econômico brasileiro é de um país que possui milhões de pessoas que vivem na pobreza e uma pequena minoria que detém a maior fatia da renda. É um país emergente que apresenta um alto grau de concentração de renda. A concentração e a distribuição de renda, é tema de grande discussão no cenário econômico, caracterizando um desafio na elaboração de políticas públicas que equalizem a apropriação da renda. Desta forma a presente pesquisa objetivou investigar a apropriação da renda dos 20% mais pobres, dos 40% mais pobres e dos 50% mais pobres, levando-se em consideração a variação do Índice de Gini para o período de 1977 a 2005. Para análise dos dados utilizou-se o método econométrico por meio dos Mínimos Quadrados Ordinários (MQO). Para especificação, estimação e avaliação do modelo da apropriação de renda em função do Índice de Gini, considerou-se para o nível de confiabilidade estatística 95% e, nível de significância de 5%. Por meio dos modelos estimados inferiu-se que a influência de uma variação do Índice de Gini é mais sensível na apropriação da renda dos 40% mais pobres e dos 50% mais pobres. Enquanto que para uma melhoria da apropriação da renda dos 20% mais pobres, que detêm em média 2,25% da renda nacional, a variação do Índice de Gini teria que ser maior na ordem de 2,10%. Conclui-se que as políticas públicas voltadas a minimização da concentração de renda brasileira devem ser eficazes no sentido de que haja um impacto na variação negativa do Índice de Gini de forma a atingirem os 20% da população que detém a menor apropriação da renda.