PNEUMONIA ASSOCIADA À ASSISTÊNCIA- NOVAS DEFINIÇÕES JOSÉ DAVID URBÁEZ BRITO MSc MÉDICO INFECTOLOGISTA Hospital Regional da Asa Sul (HRAS)/SES/DF www.paulomargotto.com.br 4/08/2009 INTRODUÇÃO • Pneumonia é um dos agravos infecciosos mais comuns entre pacientes internados. • Classificação clássica: Pneumonias Comunitárias Pneumonias Nosocomiais • Diferenças fundamentais em: Local de aquisição Germes envolvidos Prognóstico e desfecho Decisão terapêutica EPIDEMIOLOGIA CUIDADOS DOMICILIARES •Unidades de hemodiálise •Clínicas de quimioterapia •Hospitais-dia HOSPITAL DE AGUDOS CASAS DE IDOSOS, CASAS DE REPOUSO • Profundas mudanças: Paciente tem contato intenso com sistema de saúde invasivo fora do hospital. Dinâmica de desenvolvimento de pneumonias semelhantes às nosocomiais acontecendo na comunidade. É um grupo muito heterogêneo de pacientes. Pacientes com grande carga de comorbidades. Manifestações clínicas diferentes às dos pacientes com pneumonia comunitária clássica. • Pacientes incluídos: Portadores de câncer. Doença renal crônica. Pacientes em hemodiálise. Portadores de doenças cardíacas descompensadas. DPOC. Imunossuprimidos. Demência Mobilidade impedida por períodos longos. Definição Hospitalização > de 2 dias nos últimos 90 dias Residência em asilos ou idas freqüentes ao hospital-dia Terapia intravenosa em casa Diálise crônica nos últimos 30 dias Curativos de feridas crônicas em casa Membro da família com algum patógeno multi-R Chest 2005;128:3568-3573 Chest 2005;128:3568-3573 CID 2008;46:S296:334 APRESENTAÇÃO CLÍNICA Sintoma/Sinal Pneumonia Comunitária (%) Pneumonia Associada à Assistência (%) Tosse produtiva 61 35 <0,05 Calafrios 58 24 <0,05 Cefaléia 32 5 <0,05 Dor de garganta 19 7 <0,05 Mialgia 33 7 <0,05 Artralgia 10 0 <0,05 Confusão Mental 37 70 <0,05 Taquipneia 40,9 22,8 <0,01 Hipotensão 7 1,1 <0,01 Mortalidade 18,6 8 <0,01 P Eur Resp J 2001;18: 362-8 PERFIL MICROBIOLÓGICO • Prevalece maior proporção de germes multiresistentes • Correlação com uso prévio de antimicrobianos e dependência funcional. • Transmissão horizontal. • Tipo de germe multiresistente depende de cada instituição e das áreas geográficas. • Importante definir transferência de outros locais. Curr Opn Inf Dis 2008; 21: 168-173 TERAPIA ANTIMICROBIANA É IMPORTANTE RECONHECER PRESENÇA DE FATORES DE RISCO PARA GERMES MULTI-R Curr Opn Inf Dis 2008; 21: 168-173 • Seleção de antimicrobiano empírico: Fatores de risco História médica do paciente Prevalência geográfica dos germes multi-r ATS/IDSA Guidelines. Am J Respir Crit Care Med 2005;171:388–416 CID 2008;46:S296:334 CID 2008;46:S296:334 obrigado