Infecções Agudas do
Trato Respiratório
Caio Nunes
Introdução

IATR
– Grande motivo
de consulta na
urgência
– Grande causa de
absenteísmo do
trabalho
Tipos de IATR



Trato Respiratório
Superior
Trato Respiratório
Inferior
Infecções Agudas
Pleurais
Fatores que alteram os mecanismos
de defesa do trato respiratório
Tabagismo
 Alterações da Consciência
 Alcoolismo
 Desnutrição
 Deformidades do Tórax
 Corpo Estranho
 Idade avançada
 Diabetes

Flora normal das vias aéreas

Boca e Faringe
– Streptococcus sp. (Grupo A)
– Lactobacillus
– Neisseria catarrhalis
– Staphylococcus
epidermidis
– bacteroídes
– Fusobacterium sp.
– Pepstreptococcus
(anaeróbios)
– Candida sp.
– Actinomicetos
– Herpesvírus
– Vírus de Epstein-Barr

Ouvido médio e Seios
Paranasais
– Geralmente estéreis

Ouvido Externo
– Flora da Pele
– S. pneumoniae
– P. aeruginosa

Nariz
–
–
–
–
–
Staphylococcus epidermidis
Staphylococcus aureus
Neisseria catarrhalis
S. pneumoniae
Flora da pele
Infecções do Trato Respiratório
Superior

Nariz
Seios Paranasais
Ouvido Médio
Região amigdalofaríngea

Tipos:



– Viral (95%)
– Bacteriana ou outros (2%)
– Estreptocócica (3%)
Síndromes Clínicas

Resfriado Comum
– Causas: Vírus, Chlamydia ou Micoplasma
– Transmissão (aerossol primário ou contato
direto)
– Incubação: 1 a 5 dias
– Sintomas Típicos:
» Coriza, faringite, cefaléia, febre, mal-estar, espirros
e tosse.
– Tratamento:
» Considerar sintomas e descongestionante nasal
Síndromes Clínicas

Otite Média
– Incidência cai após 6 anos de idade
– Usualmente purulenta
– Agentes mais comuns:
» S. pneumoniae
» H. influenzae
– Sintomas
» Gerais: febre, cefaléia, vômitos
» Específicos: otalgia, otorréia déficit de audição ou do
equilíbrio
– Tratamento
» Amoxicilina ou Amoxicilina + Ac. clavulânico
Epiglotite Aguda


Maior incidência em pré-escolares
Sintomas:
–
–
–
–
–

Dor na orofaringe
Obstrução da via aérea
Febre
Disfagia
Estridor e Rouquidão
Diagnóstico
– Exame direto e Radiológico

Tratamento
– IOT
– ATB (H. influenzae) + Dexametasona
Sinusites Agudas






Oclusão do óstio
Evoluir para sinusite crônica
Agentes causais:
– H. influenzae
– S. pneumoniae
Sintomas:
– Dor, febre, rinorréia purulenta, epistaxe
Diagnóstico
– Exame físico
– Rx de face
Tratamento
– Sintomático: Dor
– Descongestionante
– Antibiótico
Gengivoestomatite Aguda
Inflamação da língua, gengiva e mucosa
oral
 Principalmente em crianças
 Principal Sintoma: Odinofagia
 Tratamento:

– Xilocaína (gel, spray)
Faringoamidalite


Viral ou Bacteriano
Sinais e sintomas: (sugestivos de S. hemolítico A)
–
–
–
–
–
–

Febre >38ºC
Dor de garganta
Linfoadenomegalia cervical
Dor abdominal
Hiperemia c/ ou sem exudato na orofaringe
Erupção escarlatiniforme
Tratamento:
– Penicilina V por 10 dias
Pneumonias


As doenças do aparelho respiratório,
principalmente as pneumonias,
compreendem um grupo de enfermidades
que são a terceira causa de mortalidade;
essas doenças são causadoras de 4% a 15%
das mortes registradas no mundo.
Streptococcus pneumoniae é o
microorganismo responsável pelo maior
número de PAC.
Pneumonias

Inflamação do parênquima pulmonar
Epidemiologia
Tabela:Diagnóstico Diferencial Pneumonia Bacteriana x Viral
Bacteriana
Viral
Sintomas
Relacionados ao pulmão
Cefaléia
Astenia
Mialgia
Tosse/Expectoração
Produtiva ou não. Purulenta
Seca/Mucosa
Dor
Precoce em pontada
Desconforto retroesternal
Pulso/Temperatura
Correlação normal
Bradsfigmia + febre
Lesões Mucosas
Ausentes
Presentes
Ausculta/Rx
Correlacionadas
Pobre em relação as
imagens
Derrame Pleural
Freqüente e purulento
Raro e Seroso
Radiografia do Tórax
Lobar ou segmentar
Necrose,cisto,empiema
Intersticial
Leucograma
Leucocitose/Neutrofilia
Normal ou
leucopenia/Linfocitose
Hemossedimentação
Mais lenta
Mais rápida
Histologia
Infiltrado de PMN/Septos
finos
Septos
espessados/Infiltrado
intersticial
Tratamento
Antibiótico
Sintomático
Pneumonias

Patogênese:
– Vias de acesso dos microrganismos:
» Inalação, aspiração, hematogênica, contigüidade.

Manifestações Clínicas
–
–
–
–
–

Tosse
Febre
Dispnéia
Dor Torácica
Expectoração (hemoptóico, mucoíde, purulento)
Sintomas sistêmicos
– Confusão mental
– Sinais de sepse
Pneumonias

Anamnese:
–
–
–
–
–

Início dos sintomas
Presença de dor pleurítica
Presença de doença entre as pessoas próximas
Contato com animais
Viagens recentes
Exame Físico:
–
–
–
–
Febre, taquicardia, taquipnéia
Diminuição da expansibilidade
Macicez à percussão
Creptações ao final da inspiração
Diagnóstico Diferencial
–
–
–
–
–

ICC
Atelectasias
TEP
Hemorragia pulmonar
SARA
Exames
–
–
–
–
–
Rx de toráx
Hemograma completo
Bilirrubinas
Uréia, creatinina
Bilirrubinas
Princípios da conduta
1)
2)
3)
4)
se o paciente necessita ser tratado dentro
ou fora do hospital
se o paciente apresenta alguma
comorbidade ou se tem idade acima de 60
anos
se a pneumonia é leve, moderada ou grave.
Para a PAC grave, aquela que necessita de
internação em CTI, recomendou-se escolha
diferente de antibióticos.
CRITÉRIOS PARA
INTERNAÇÃO













Presença de doença de base
suspeita de aspiração do conteúdo gástrico
Alcoolismo
Desnutrição
alteração do estado mental
freqüência respiratória > 30rpm
pressão sistólica < 90mmHg
disseminação da infecção (outro local além do pulmão)
hemoglobina < 9g/dl, leucócitos < 4.000/ mm3 ou > de 30.000/mm3;
PaO2 < 60mmHg e PaCO2 > 50mmHg
creatinina > 1,3mg/dl
comprometimento radiológico de mais de um lobo, cavitação, derrame
pleural. Piora radiológica, dentro de contexto clínico desfavorável.
A presença de dois ou mais critérios indica maior risco e se impõe
a internação. A falência de órgãos indica a necessidade de UTI.
Arvore de Decisões
Morbi-Mortalidade
Pneumonias

Achados Radiológicos:
– Pneumonia Alveolar
» Bilateral difusa c/ broncograma aéreo
– Broncopneumonia
» Inflamação de todo conduto aéreo sem disseminação
alveolar. Sem broncograma aéreo
– Pneumonia Intersticial
» Septos alveolares comprometidos, aspecto reticular
difuso com desaparecimento os contornos
vasculares
Rx normal
Infiltrado Bilateral
Broncograma aéreo
Broncograma aéreo
Infiltrado em LID
Pneumonia Lingular
Controle Radiológico da Cura
Sempre > que 3 semanas
 Não necessária em pacientes com melhora
clínica

Tipos

Pneumonias comunitárias
– Pacientes ambulatóriais < de 60 anos e sem
comorbidade
» Eritromicina (exceto se houver suspeita de Legionella)
– Pacientes ambulatoriais > de 60 anos ou com
comorbidade
» TMP/SMT
– Pacientes Hospitalizados
» Cefalosporina de 3ª geração (Ceftriaxone)
– Pacientes graves
» Cefalosporina de 3ª geração com ação anti-pseudomonas
(ceftazidina)
Tratamento Princípios
1) O diagnóstico etiológico só ocorre em 50% dos casos
nas melhores séries
2) Na maioria dos casos esta definição é estabelecida por
métodos cujo resultado não é disponível nas primeiras 24,
48 horas após o diagnóstico clínico
3) Diagnósticos sorológicos definitivos são estabelecidos
3 a 4 semanas após o diagnóstico clínico;
4) A administração de antibióticos deve ser feita o mais
rapidamente possível, já que existe relação entre o retardo
do início do tratamento e mortalidade;
5) As PACs sem complicação têm evolução favorável com
antibioticoterapia tanto nas séries com ampicilina como com
macrolídeo, como terapêutica inicial;
6) O diagnóstico etiológico na maioria das vezes não teria
maior impacto no curso da pneumonia quando esta é
Pneumonias Nosocomiais
– Definição: Pneumonia que ocorre num período
maior que 48 horas após o internamento
– 2ª causa mais comum de infecção hospitalar
– Patogênese: colonização da orofaringe e do
trato gastrointestinal
– Fatores de Risco:
» Procedimentos invasivos
» Déficits imunes (adquiridos ou não)
» Uso prévio de antibiótico
Pneumonias no paciente
imunocomprometido
– Imunidade celular:
» Vírus, fungos e micobactérias
– Imunidade humoral
» Bactérias
– Neutropenia (> 1000 PMN)
» S. aureus e bacilos gram (-), Candida sp. e Aspergillus sp.
– Diagnóstico
» Hemocultura, toracocentese, cultura, gram do escarro, lavado
bronco-alveolar
– Tratamento:
» Tmp/Smz
Pacientes HIV +
– Agentes mais comuns:
» P. carinii , M. tuberculosis , aspergillus, histoplasma
– CD4+ < 200/mm
Infecções Pleurais Agudas
– Sintomas:
» Dor pleurítica, febre baixa e mialgia
– Primária:
» viral
– Secundária:
» Bacteriana
Obrigado !!
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Infecções Respiratórias Agudas