Informativo Trimestral • Edição 5 abril - maio - junho de 2007 Kanban Eletrônico, uma realidade na AGCO A montadora de tratores e colheitadeiras Massey Ferguson chegou ao mês de abril totalizando mais de 40 fornecedores atendendo, via EDI, suas chamadas Kanban. Todo esse trabalho começou em novembro do ano passado, com a realização dos primeiros workshops, em conjunto com a Sawluz, para demonstrar aos parceiros da AGCO os detalhes de um projeto com alto índice de adesão. Prova disso é que, no final de abril, todos os participantes previstos inicialmente e até alguns novos estavam devidamente certificados no Kanban Eletrônico, condição atingida após um apurado follow up para comprovar se todos os dados estavam sendo enviados, recebidos e visualizados com total precisão. “Foi tudo tranqüilo em termos de sistema, com o trabalho da Sawluz e, também, no tocante à aderência por parte dos nossos fornecedores”, avalia o analista de Negócios da montadora, Carlos Borges. Dentre os benefícios percebidos já na fase inicial de produção, ele destaca o aumento significativo da segurança e da agilidade no tráfego das informações. “Além disso, ao receber pedidos de Kanban, ficou nitidamente ampliada a capacidade de reação do nosso fornecedor e as diversas etapas de cada pedido em carteira passaram a contar com total rastreabilidade”, acrescenta. Aspectos como esses haviam sido antecipados pelo gerente de Materiais e Logística, Ingomar Reinoldo Goltz, ao receber os parceiros da AGCO para os primeiros workshops sobre o tema. Na ocasião, ele ressaltou objetivos básicos como a certeza de entrega e a redução no manuseio no chão de fábrica, frisando ainda a existência de vantagens para o próprio fornecedor com a utilização da nova ferramenta. “Além de uma demanda estável, ela garante exclusividade para os itens fornecidos. Em contrapartida, contamos com a capacidade de pronta-entrega, respeitando sempre as quantidades negociadas nos lotes e a qualidade daquilo que é produzido”, acrescentou. Segundo Ingomar, a idéia da AGCO é trabalhar com o EDI da mesma forma padronizada com que está tratando o seu sistema ERP, tanto na planta de Canoas, quanto na unidade de Santa Rosa, ambas no Rio Grande do Sul, o mesmo devendo ocorrer em futuro breve com a fábrica localizada na cidade paulista de Mogi das Cruzes. Leia também: Uma arte chamada diagnóstico Profissionais de TI reconhecem: muitas vezes podem estar na infraestrutura problemas que o usuário tende a atribuir, de imediato, ao sistema Pág.: 3 A escalada do SawluzNET Desenvolvida como alternativa ao caro e nem sempre ágil STM-400, a van que usa a Internet segura conquista adeptos por onde passa Pág.: 4 NF-e ao alcance de todos Tida no passado como quase ficção científica, a Nota Fiscal Eletrônica vai ganhando espaço e tem no setor automotivo uma forte adesão As equipes de AGCO e Sawluz envolvidas no projeto Pág.: 7 Editorial Resgatando a dignidade Resolvemos abrir de uma forma diferente mais esta edição do nosso SawluzNews. Ao invés de tecnologia e negócios, queremos aproveitar essa oportunidade de comunicação direta com você para falar um pouco de responsabilidade social. Muito mais gratificante do que obter benefícios fiscais ou a imagem institucional positiva que esse tipo de atitude acarreta, é a sensação de estar contribuindo de alguma forma por um mundo melhor. Sentimos isso de perto ao nos tornar parceiros do Programa Brasil Alfabetizado e, mais recentemente, encampando a causa da Associação Lar Resgate, instituição de São Paulo criada para acolher crianças e adolescentes abandonados ou vítimas da violência doméstica. Nossos clientes participam de forma direta dessa atividade, pois sem eles não teríamos condições de ajudar Carlos Gomes e Huda Azevedo a cumprir sua missão tão especial. O trabalho realizado por esse abnegado casal envolve toda a assistência que um menor requer: educação formal e familiar, orientação espiritual e, principalmente, doses maciças e diárias de carinho e amor. Embora sejam bem-vindos os donativos em roupas e alimentos, sem falar na colaboração dada, na medida do possível, pelos voluntários da casa, sua maior necessidade atual é a ampliação dos recursos financeiros, pois só assim poderá acolher mais crianças e também aumentar a qualidade dos muitos serviços que presta, ao contar com o auxílio de profissionais contratados. Afinal, qual pai ou mãe não deseja o melhor para os seus filhos? E é justamente isso que os mentores do Lar Resgate fazem, ao cuidar de seus meninos e meninas como se fossem deles próprios. A sede dessa obra maravilhosa fica no bairro paulistano do Jardim das Oliveiras: Rua Salvador Rodrigues Negrão, 69 - (11) 5678-3222 www.laresgate.org.br. Muito Obrigado! Werter Padilha Cavalcante e Adoniram Judson da Silva O casal Azevedo e algumas das crianças atendidas pelo Lar Resgate Registro Agrale tem pressa O diretor de Suprimentos Edson Martins falando de metas e desafios Expediente Durante o último Encontro de Fornecedores, realizado pela Agrale em Caxias do Sul, o novo diretor de Suprimentos da montadora estabeleceu um contraponto entre o próprio enfoque do evento e o emprego de ferramentas eficazes de TI. Após as apresentações dos responsáveis pelos vários departamentos da empresa, realçando a importância de relações marcadas por profissionalismo e espírito de parceria num ambiente de forte competição internacional, Edson Ares Sixto Martins falou à reportagem do SawluzNEWS sobre a força do EDI na transmissão de informações corretas e em tempo real. Na cadeia de fornecimento de uma montadora, segundo ele, independentemente de se tratar do fornecedor do motor ou de um parafuso, não podem haver falhas, e a acuracidade tem que ser total, objetivo em muito facilitado pela Troca Eletrônica de Documentos. “As operações têm de ser perfeitas para que não se perca tempo. Boa parte dos nossos fornecedores está em São Paulo e um erro leva no mínimo quatro dias para ser solucionado, podendo até parar uma linha”, exemplificou o executivo. Sawluz Metodologia Aplicada em Informática S/C Ltda. • Rua José Secundino da Costa, 245 – Interlagos – CEP 04783-160 – São Paulo/SP • Tel (11) 5668-2400 – Fax (11) 5568-2401 – www.sawluz.com.br • Textos e fotos: Reperkut Comunicação SS. – Telefax (11) 5061-0207 – www.reperkut.com.br • Jornalista responsável: Wagner Fonseca (MTB 15.155) • Produção editorial: Zeppelini Editorial Ltda. PABX (11) 6978-6686 – www.zeppelini.com.br SawluzNews 5 Gente EDI Caçadores de soluções Dois profissionais de TI explicam como ajudaram a virar o jogo da Troca Eletrônica de Documentos em suas empresas Por mais que o usuário tenda a condenar logo de saída um sistema, ao não ver em sua tela a resposta imediata ao que procura, experientes profissionais em Tecnologia da Informação reconhecem ser bem mais complexa a avaliação exata das causas reais dos problemas. Atualmente com 12 anos de experiência na área, Fabiano Perruolo Storniolo testemunhou isso com toda a clareza em 2004, ao assumir o setor na Jardim Sistemas Automotivos e Industriais S/A, metalúrgica localizada em Mauá (SP), onde trabalhou até há pouco tempo. O coordenador de TI estranhou de imediato o fato de o EDI não funcionar a contento. “Eu sabia que muita gente usava o Sawluz com sucesso”, diz Fabiano, que acabou adotando essa referência para iniciar uma ampla mudança de rota. “Trocamos, a principio, apenas um servidor e tudo mudou, com o sistema funcionando perfeitamente em quatro estações”, acrescenta. Antes disso, mesmo possuindo o pacote completo, a Jardim utilizava o EDI apenas para transmitir ASN e receber programações, ou seja, deixava de aproveitar toda a parte de análise, fazendo o mesmo com relação ao processamento das embalagens, que era totalmente manual. Limitações assim foram pródigas em gerar deméritos junto às montadoras para essa conceituada fabricante de tanques de combustível, alavancas de câmbio carters e protetores, dentre outros itens. No entanto, Fabiano pôde comemorar um quadro totalmente diferente, igualmente favorecido pela intensificação das atividades de treinamento em EDI para os profissionais de vendas, faturamento e logística de sua empresa. A substituição do STM-400 pelo SawluzNET ele considera outro avanço SawluzNews 5 expressivo. “Conseguimos muito mais velocidade, sem quedas de sinal ou ruídos, e com um custo operacional bem menor”, avalia. Evolução História semelhante viveu Alessandro Andrade, coordenador de TI da A Raymond Brasil Ltda., indústria de origem francesa especializada na fabricação de peças para fixação automotiva, cuja operação brasileira se localiza em Vinhedo (SP). “Quando eu entrei aqui, em 2002, havia um processo de EDI bem ultrapassado, ainda em versão DOS”, recorda-se Andrade, acrescentando que sua admissão esteve diretamente ligada à necessidade de mudança desse quadro, bem como à implementação do ERP, à época também deficiente. No caso específico do EDI, a ampliação no número de parceiros e na variedade de dados trafegados só ocorreria mesmo mediante a atualização de versão e até mesmo mudanças internas de hardware. Foi na esteira dessa evolução que, no primeiro semestre de 2005, a A Raymond aderiu ao SawluzNET como intervan, a partir do que passou a contar com um trabalho completo de consultoria para o seu projeto EDI Fornecedores, englobando treinamentos internos, montagem da estratégia de implementação e divulgação, bem como a construção dos manuais (guide-lines) RND e EDIFACT para a prática do EDI tanto com os seus parceiros nacionais quanto os internacionais. Em complementação a essas atividades, a Sawluz tem realizado pesquisa de aderência dos fornecedores, preparação dos workshops e suporte total para que os parceiros da indústria participem do processo de EDI com o melhor desempenho possível. “Foi fundamental nisso tudo o treinamento desenvolvido em conjunto com a Sawluz”, reconhece Alessandro, destacando que esse trabalho está prestes a extrapolar os muros da indústria, frente à nova realidade do seu EDI, ou seja, não mais voltado apenas às montadoras, um universo de empresas onde predomina uma certa homogeneidade nos campos tecnológico e de RH. Alessandro, da A Raymond: casa arrumada Fabiano, da Jardim: infra-estrutura fez a diferença Cases SawluzNET continua avançando Agilidade e precisão marcam depoimentos de autopeças Imagine uma grande fornecedora do setor automotivo que necessitasse de duas “vans” distintas e nada menos do que três diferentes soluções de EDI, tendo em vista as peculiaridades do seu produto e dos mercados por ela atendidos. Pois foi mais ou menos essa a realidade vivida até dois anos atrás pela Zamprogna S/A, empresa sediada em Porto Alegre e que está completando sete décadas, fornecendo aço para as linhas de montagem de ônibus dos modelos leves e também de tratores e grandes máquinas agrícolas. Na ponta do fornecimento, convive com as maiores companhias siderúrgicas estabelecidas no País, um setor onde o Electronic Data Interchange (EDI) sempre se caracterizou por requisitos altamente específicos e um considerável teor de complexidade. “Queríamos simplificar as coisas, substituindo os diversos pacotes utilizados até então por uma solução única, que atendesse a todas as nossas necessidades”, relata Jorge Alberto Radke, profissional experiente, que acompanhou de perto todo esse processo. Segundo ele, a perspectiva de que a meta seria atingida começou a ganhar corpo a partir de 2005, com a implantação do SawluzNET por força dos agronegócios puxados por grandes empresas do setor como AGCO e John Deere, experiências cujos bons resultados animaram sua empresa a estender o serviço para montadoras de Jorge Radke da Zamprogna: “Solução única para simplificar o processo” veículos e implementos rodoviários , e também para os seus fornecedores do setor siderúrgico. “Ficamos impressionados ao ver um bom produto, customizado e com um custo apreciável”, diz ele, ao justificar a aquisição da Suite Sawluz Automotiva completa. Resultados Exemplificando os ganhos obtidos com essa decisão, ele aponta como caso exemplar o da montadora para a qual a Zamprogna emite cerca de 10 notas fiscais diariamente, todas com um volume grande de informações. “Acabou a preocupação de pegar os dados do aviso de embarque, de forma manual, sujeita a erros”, diz ele, atribuindo a isso maior agilidade e também tranqüilidade em todo o processo. “Saiu a nota e sabemos que, no máximo cinco minutos depois, estará postada a informação para o cliente, sem que nos preocupemos em indexar esses dados com as programações”, acrescenta. Outro ponto favorável lembrado por Radke foi a facilidade de integração com o ERP da empresa, mesmo em se tratando de uma solução proprietária. “A Sawluz faz um trabalho de tradução e dispõe os dados no nosso padrão. Quando precisamos de informações adicionais, diferenciadas, o SawluzNet traduz automaticamente e as coloca no formato que nos interessa. O mesmo acontece no sentido inverso, ou seja, dispomos as informações de uma determinada maneira, e o sistema trata de transformá-las na linguagem com que a montadora trabalha. A idéia é fazer a mesma coisa com as Usinas Siderúrgicas, nossos principais fornecedores, e também com as empresas de transporte”, conclui. SawluzNews 5 Em São Leopoldo, também no Rio Grande do Sul, a Rexnord é outro exemplo de mudança no convívio diário com as montadoras do agronegócio após a implantação do SawluzNET. Fornecedora de uma linha considerada crítica, composta por correntes de rolo e de esteira, empregadas nas colheitadeiras, e correntes elevadoras, que conduzem os grãos até o reservatório localizado na parte superior das máquinas, a indústria migrou da versão Lite para a completa do sistema Sawluz, ao mesmo tempo em que substituiu pelo Logix a solução proprietária antes usada como ERP. No caso do EDI, o upgrade tornouse necessário porque a configuração utilizada até então, de acordo com o responsável pela área de Informática da empresa, Wanderley Terra de Siqueira, era suficiente para o atendimento a uma única montadora, mas com a adesão crescente ao SawluzNET no agronegócio o número de itens processados rapidamente triplicou. Fabio e Wanderley: fim das redigitações e conferências manuais “Levava em torno de quatro horas para se conferir manualmente um programa que agora é processado de forma automática”, exemplifica o assistente de Vendas, Fábio Benevite. Outro ganho expressivo, segundo ele, envolveu as previsões, pois antes as expectativas de compras eram digitadas, operação extremamente trabalhosa ao se buscar uma visão dos negócios para um trimestre, por exemplo. Igualmente pertencente ao passado na Rexnord é a prática de redigitar os pedidos ao migrá-los do EDI para o ERP, rotina que também exigia uma demorada conferência final. Cases Título: Parceria com a SAP tem novidade O lançamento do primeiro ADD-ON para EDI destinado ao SAP Business One coloca no mercado, de forma efetiva, a parceria que uniu a expertise da Sawluz em Electronic Data Interchange à liderança mundial da SAP na área de Enterprise Resource Planning. A nova ferramenta integra o ERP consagrado internacionalmente para a gestão completa de pequenos e médios negócios à Troca Eletrônica de Documentos, solução que os setores automotivo, de transportes, calçados e varejo, entre outros, têm empregado com sucesso em suas rotinas comerciais e logísticas estratégicas. SawluzNews 5 A novidade foi implementada pela Sawluz, em conjunto com a própria “Fábrica de Software” da SAP no Brasil, unidade considerada um piloto mundial da empresa na área. O lançamento oficial do novo ADD-ON inclui eventos especialmente voltados às VAR’s, rede de parceiros responsável pela comercialização do SB1 no Brasil, com a finalidade de demonstrar não apenas aspectos técnicos, mas também a necessidade uma verdadeira imersão no negócio dos players que utilizam o EDI no seu dia-a-dia. Valor agregado Um dos trunfos para o sucesso alcançado pelo SAP Business One em mais de cem países é a capacidade de atuar de forma integral na vida de uma empresa, independentemente do seu ramo de atividade. Essa característica tem permitido aos empreendedores de pequeno e médio portes centrarem sua atuação na essência do negócio, deixando a cargo do ERP os aspectos eminentemente operacionais e administrativos. A parceria firmada com a Sawluz, que desde o ano passado é uma ISV – Independent Software Vendor do produto, estende a dimensão do sistema à área logística, agregando ao SB1 o conhecimento de regras de negócios e protocolos praticados em segmentos inteiros, a começar pelas montadoras de veículos e fábricas de autopeças, base sobre a qual a EDI Service edificou seus primeiros 17 anos de atuação. Cases Solução em dose tripla Diferentes desafios atendidos em tempo recorde fizeram a diferença A utopeças como a Keko, de Caxias de Sul, vêm sendo solicitadas por um número crescente de montadoras a aderir ao Direct Shipment, método diferenciado de fornecimento que requer uma forma igualmente distinta de comunicação via EDI. Essa realidade tomou corpo na empresa gaúcha a partir de 2003, quando a Ford resolveu adotar o sistema, também conhecido como DSH, para o Eco Sport, fazendo depois o mesmo com relação ao Fiesta Trail. Hoje, a Volkswagen é outra montadora que envia diretamente para a Keko os pedidos que recebe de suas concessionárias para o fornecimento de bagageiros, estribos, pára-choques de impulsão e outros itens produzidos por essa indústria jovem e dinâmica, que acaba de comemorar seus primeiros vinte anos de mercado. Na prática, o DSH faz com que a fábrica de autopeças produza, fature e entregue diretamente para as concessionárias, mas sempre enviando o aviso de embarque para a montadora, possibilitando assim tanto o controle dos pedidos de sua programação normal de montagem quanto os decorrentes do mercado de reposição. É que esse tipo de opcional nem sempre se destina a veículos zero-quilômetro, sendo muitas vezes adquiridos quando o cliente já possui o carro há algum tempo, ou então precisa de substituição emergencial em virtude de reparo. “Só no caso da Ford, fornecemos dessa forma para cerca de 500 concessionárias espalhadas pelo País, João Melo e Itamar: missões críticas resolvidas em conjunto com a Sawluz uma relação diferenciada e muito mais complexa do que o EDI de ponta a ponta”, explica o analista de TI da Keko, João Mello. Chegar a esse nível, porém, não foi uma tarefa das mais simples, pois sair do EDI tradicional para uma modalidade tão peculiar de Intercâmbio Eletrônico de Dados demandou a modificação de uma série de rotinas e layouts. A Sawluz, segundo ele, foi inserida nesse processo quando a prioridade da Keko era atender aos novos e urgentes requisitos do EDI da Nissan, após a união mundial da montadora japonesa com a Renault. “Foi uma missão crítica, que além da integração plena do Electronic Data Interchange ao nosso sistema corporativo, envolveu a utilização do SawluzNet como van”, recorda-se Itamar Gomes, da área de suporte de TI da fábrica gaúcha. Mas rapidamente, segundo ele, a Sawluz resolveu a questão do ERP, num trabalho realizado em conjunto com a própria Keko e a Datasul. Depois, seria a vez de acertos definitivos no DSH da Ford e, em seguida, a adoção do SawluzNET na comunicação com a GM, o que eliminaria um terceiro foco de preocupação em matéria de EDI. “Procuramos um parceiro especialista não apenas em Electronic Data Interchange, mas também que entendesse bem a realidade de todas as montadoras”, resume Itamar, visivelmente satisfeito pelo fato de três pendências tão significativas terem sido resolvidas em pouco mais de um mês. SawluzNews 5 Serviço Nota Fiscal Eletrônica: Conheça melhor este mundo Os cerca de 60 milhões de documentos fiscais em papel modelos 1 e 1A emitidos mensalmente apenas no Estado de São Paulo já começaram a ser substituídos, gradativamente, pela NF-e. As empresas que estão aderindo a esse processo, segundo a SEFAZ-SP, vão participar de um amplo ganhaganha, envolvendo benefícios diretos para vendedoras e compradores, assim como o Fisco e a própria sociedade. Do ponto de vista prático, as vantagens apontadas incluem a economia de recursos com a aquisição de papel e impressão, o mesmo ocorrendo com o espaço físico que a guarda de documentos por um prazo mínimo de cinco anos sempre requer. Simplificação de obrigações acessórias, como a emissão da AIDF – Autorização de Impressão de Documentos Fiscais; redução do tempo de parada de caminhões em postos fiscais de fronteira, eliminação de erros de digitação e incentivo ao uso do relacionamento eletrônico entre as empresas também fazem parte dos pontos positivos destacados pelo governo. A base de todo o processo é a geração de um arquivo eletrônico em formato XML De acordo com Newton Oller de Mello, diretor Adjunto da Diretoria Executiva da Administração Tributária (DEAT) da Secretaria da Fazenda, que vem atuando como líder do Projeto de implementação da NF-e, enquanto as empresas interessadas em participar do projeto aguardam esta oportunidade, elas podem ganhar tempo tendo acesso a toda a documentação técnica do projeto, que está disponível no site da Secretaria da Fazenda (http://www. fazenda.sp.gov.br/nfe/), onde também poderá conhecer um pouco melhor do assunto e encontrar a relação das 18 empresas que aderiram à primeira fase e das mais de 50, em todo o Brasil, que estão participando da segunda. Do ponto de vista técnico, ele lembra que a base da NF-e é a geração de um arquivo eletrônico em formato XML, com a assinatura digital e transmissão para a Fazenda. Mas ressalva que a legislação relativa ao assunto não estabeleceu um procedimento de intercâmbio da nota eletrônica entre o emitente do documento e o comprador da mercadoria. “Nós entendemos que isso é uma questão comercial entre as partes, sendo elas que devem verificar qual a melhor forma de agir”. Segundo ele, há soluções mais sofisticadas, inclusive podendo as empresas que transacionam um volume maior de notas estabelecer comunicação via EDI. Entrevista Setor automotivo marca presença Autopeças, montadoras e concessionárias dizem sim à NF-e Em entrevista concedida ao SawluzNEWS, Marcelo Fernandez, da Equipe Nota Fiscal Eletrônica da SEFAZ-SP, revelou que o segmento automotivo está entre os que melhor têm respondido à idéia da Nota Fiscal Eletrônica em São Paulo. SawluzNews 5 Mas, de uma forma geral, ele também acredita que a iniciativa será bem-sucedida e a Secretaria já se prepara de forma decidida para recepcionar cerca de 30 milhões de NF-e por mês até o final de 2007, documentos a ser emitidos pelas em- presas que aderirem às várias etapas do credenciamento. Fernandez informa ainda que, além de se credenciarem perante a SEFAZ do seu Estado, as interessadas em participar devem providenciar Certificação Digital no padrão ICP-Brasil e desenvolver ou adquirir sistemas emissores de NF-e, que passarão obrigatoriamente por testes de validação no ambiente de homologação da respectiva Secretaria No pingue-pongue a seguir você confere mais detalhes sobre um assunto que promete movimentar bastante o setor automotivo nos próximos meses. SEFAZ-SP pretende recepcionar cerca de 30 milhões de NF-e por mês até o final de 2007 SN: Qual importância a SefazSP identifica para o segmento automotivo no projeto da NF-e? Fernandez: O segmento automotivo têm se destacado no projeto da Nota Fiscal Eletrônica por estar presente, desde o início e de forma voluntária, no seu desenvolvimento. No projeto piloto cerca de 30% das empresas são representantes do segmento automotivo ou tinham suas atividades relacionadas a ele. Também na segunda fase do projeto Nota Fiscal Eletrônica no Estado de São Paulo cerca de 15% das novas empresas representam ou tem suas atividades vinculadas ao setor automotivo, seja diretamente – montadoras e concessionárias – ou ainda como fornecedoras de peças e componentes. No setor automotivo, as montadoras muitas vezes dependem dos componentes de terceiros, sendo um dos segmentos que apresentam investimentos no B2B, Suplly-chain e logística, tendo, portanto, grande afinidade com o conceito da NF-e. É possível que com o uso da NF-e pelas montadoras haja uma rápida disseminação do conceito da NF-e para todo o segmento dessa cadeia de fornecedores e clientes. SN: E qual será o prazo final de adesão? Fernandez: O projeto tem sido implantado de forma gradual e paulatina, contando, sobretudo, com o interesse e a adesão voluntária por parte das empresas. Futuramente, é possível que a SEFAZ venha a tornar obrigatória a emissão de NF-e por parte de determinados setores econômicos. Não há, contudo, um prazo definido para que isso ocorra e, se vier a ocorrer, a legislação irá prever um tempo adequado para adaptação das empresas a esta obrigatoriedade. SN: A Nota Fiscal Eletrônica substitui, atualmente, a Nota Fiscal de circulação de mercadorias Modelo 1 ou 1A, normalmente emitida em operações entre empresas. É possível também a emissão para consumidores pessoas físicas? Fernandez: Em quaisquer circunstâncias a Nota Fiscal modelo 1 ou 1A poderá ser substituída pela Nota Fiscal Eletrônica, sendo que o consumidor final, pessoa física, receberá o DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica) como representação do documento fiscal, que poderá ter sua existência e validade pesquisada pela Internet. No projeto piloto, cerca de 30% das empresas são representantes do segmento automotivo ou tinham suas atividades relacionadas a ele Também é importante ressaltar que as montadoras de veículos, por exemplo, poderão emitir NF-e para pessoas físicas, já que, por meio da portaria conjunta CAT/Detran-2, de 24-10-2006, o DETRAN do Estado de São Paulo reconhece o DANFE relativo à NF-e da operação para fins de registro de veículo novo. SN: Voltando ao setor automotivo de forma particular, quais empresas já estão participando? Fernandez: Do setor automotivo constaram da primeira fase nomes como Ford Motor Company Brasil Ltda; General Motors do Brasil Ltda.; Robert Bosch Limitada; Siemens VDO Automotive Ltda.;Toyota do Brasil; Volkswagen do Brasil Indústria de Veículos Automotores Ltda. A relação completa das participantes do projeto está disponível no site da SEFAZ/SP: www.fazenda.sp.gov.br/nfe Na segunda, temos Bridgestone Firestone do Brasil Indústria e Comércio LTDA; Iveco Latin América LTDA; JMO Indústria Mecânica LTDA; Magnetti Marelli; COFAP Companhia Fabricadora de Peças; Pirelli Pneus S.A e Viamar Veículos Peças e Serviços LTDA. A relação completa das participantes do projeto está disponível no site da SEFAZ/SP, no link www.fazenda. sp.gov.br/nfe. SN: E qual cronograma está previsto para a segunda etapa do projeto? Fernandez: Nesta segunda fase do projeto, as empresas iniciaram a emissão de NF-e a partir de 2 de abril, sendo que até esta data realizaram testes de emissão de NF-e junto à Secretaria da Fazenda, durante o período de homologação. Importante ressaltar que as próprias empresas elegerão as operações em que emitirão NF-e, não havendo previsão de quando elas deverão substituir integralmente suas Notas em papel modelos 1 ou 1A pela Nota Fiscal Eletrônica. Na próxima edição vamos mostrar empresas do setor automotivo que já aderiram à NF-e SawluzNews 5