Qualidade Ambiental Química Profa. Jane Méri Santos Fevereiro 2003 Programa Revisão dos Conceitos Básicos de Química e Estatística Poluição o Ar e a Química da Troposfera Reações Químicas ligadas à Emissão de Poluentes da Atmosfera 1 Bibliografia Utimura, T. Y., Linguanoto, M. “Química: livro único”, Ed. FTD S.A., 1a. Edição, 1998. Finlayson-Pitts, B. J., Pitts Jr., J. N., ”Chemistry of the Upper and Lower Atmosphere: Theory, experiments and Applications”, Academic Press, 1a. Edição, 2000. Seinfeld, J. H., Pandis, S. N., “Atmospheric Chemistry and Physics: from air pollution to climate change”, Wiley-Interscience Publication, 1a. Edição, 2000. Revisão dos Conceitos Básicos de Química e Estatística 2 Revisão dos Conceitos Básicos de Química e Estatística Química – Noções fundamentais – Modelo atômico atual – Classificação periódica dos elementos químicos – Átomos e moléculas – Estudo do comportamento físico dos gases – Reações químicas – Funções inorgânicas (ácidos, bases, sais e óxidos) Estatística – Conceitos básicos de estatística, média, variância, desvio padrão, função de distribuição de probabilidade, quartil, percentil e tamanho da amostra Noções fundamentais Definição de sistema: É uma porção do Universo isolada para estudo. Exemplo: Um copo d’água (sistema: copo de água e meio ambiente: tudo que cerca o copo de água) Os sistemas podem ser: fechados abertos isolados 3 Noções fundamentais Definição de fenômeno químico e físico: Fenômeno é qualquer transformação que ocorre no sistema. Fenômeno químico é aquele que altera a natureza do tipo de matéria que forma o sistema (formação de ferrugem, queima do álcool e do papel) Fenômeno físico é aquele que não altera a natureza do tipo de matéria que forma o sistema (fundir ferro, evaporar álcool, rasgar papel). Noções fundamentais Dentre os fenômenos físicos tem-se as mudanças de estado físicos: Fusão, solidificação, vaporização (evaporação e calefação), condensação (e liquefação) e sublimação 4 Noções fundamentais Átomo e elemento químico – Átomos são minúsculas partículas que compõem a matéria formados por três tipos de partículas subatômicas(elétrons, prótons e nêutrons). Os átomos diferem pelo número de prótons que seu determina o numero atômico. – Um elemento químico é um conjunto de átomos com o mesmo número de prótons Noções fundamentais Substâncias simples e compostas – Substância simples é formada por átomos de um só elemento químico (Oxigênio - O2, Ozônio - O3, Hidrogênio - H2, Diamante -Cn). – Substância composta é formada por átomos de dois ou mais elementos químicos (água - H2O, Gás carbônico CO2) 5 Noções fundamentais Propriedades físicas da matéria (densidade ou massa específica, temperatura de fusão e de ebulição) Modelo atômico atual Número atômico (Z) é o número de prótons presentes no átomo. Para cada tipo de átomo tem-se um determinado valor de número atômico. Cada valor identifica um elemento químico. Atualmente conhecemos os números atômicos até o valor 112. O átomo eletricamente neutro apresenta número de prótons igual ao número de elétrons. Número de massa (A) é o número obtido pela soma do número de prótons e nêutrons. zEA ou ZAE, por exemplo: 11Na23 ou 1123Na 6 Modelo Atômico Atual Eletrosfera: – Os elétrons estão distribuídos na eletrosfera em níveis e sub-níveis energéticos (camadas e sub-camadas eletrônicas) Classificação Periódica dos Elementos Químicos Os elementos podem ser classificados de acordo com suas propriedades como metais, semi metais, não-metais e gases nobres. 7 Classificação Periódica dos Elementos Químicos Os elementos podem ser classificados também de acordo com a sua distribuição eletrônica. A tabela atual organiza horizontalmente os elementos de acordo com a ordem crescente de número atômicos por períodos que indicam o número de níveis que o elemento possui. As colunas apresentam os elementos químicos com mesma configuração eletrônica nos últimos subníveis (representativos - s,p, transição - d, transição interna - f e os gases nobres que possui subnível s ou p na última camada, mas tem o último nível completo com exceção do He). Classificação Periódica dos Elementos Químicos Em condições ambientes a 25oC e 1 atm, os elementos químicos apresentam diferentes estados físicos 8 Classificação Periódica dos Elementos Químicos Átomos e moléculas Massa atômica é a soma das massas de seus prótons, neutrôns e elétrons. É mais prático, entretanto, compará-la com o padrão abaixo: 1 12 C = 1u = 1,66 × 10 − 24 gramas 12 onde u é a unidade de massa atômica. A massa de um átomo de C é 12 u, logo sua massa real será ( 12 × 1,66 ×10−24 g ) 9 Átomos e moléculas Se colocarmos numa balança imaginaria uma massa em gramas do mesmo valor numérico da massa atômica, a balança ficará desequilibrada. Para equilibrar a balança é necessário um determinado número de átomos que pode ser calculado como: ( 1átomo de C = 12 × 1,66 × 10 −24 g x átomos de C = 12 g x= ) 12 g 12 × 1,66 × 10 −24 g x = 6,02 ×10 23 átomos Átomos e moléculas Se colocarmos numa balança imaginaria uma massa em gramas do mesmo valor numérico da massa atômica, a balança ficará desequilibrada. Para equilibrar a balança é necessário um determinado número de átomos que pode ser calculado como: ( 1átomo de H = 1× 1,66 ×10 −24 g x átomos de H = 1g x= ) 1g 1×1,66 × 10 −24 g x = 6,02 ×10 23 átomos 10 Massa molecular Massa molar da substância A massa que contém 6,02×1023 átomos de um elemento é chamada massa molar. É numericamente igual a massa molecular, só que expressa em grama/mol. A massa de um átomo também pode ser calculada em gramas. Por exemplo, para um átomo de massa atômica 40u, sua massa molar é 40 g/mol e encerra 6,02×1023 átomos. Logo, podemos estabelecer a seguinte proporção: 40 g = 6,02 ×10 23 átomos = 1mol x = 1 átomo x= 40 g = 6,64 ×10 23 g 23 6,02 ×10 átomos 11 Massa molar da substância Massa molar da substância A massa molar de uma substância é a massa correspondente a 6,02 x 1023 moléculas da substância. É numericamente igual a massa molecular e é expressa em grama/mol. Comparação entre Massa Molecular e Massa Molar da Substância 12 Número de Avogadro O valor de 6,02 x 1023 é chamado de número de Avogadro. Representa o número de átomos e/ou moléculas de um elemento e/ou substância na sua massa molar. Denomina-se mol a quantidade de matéria de um sistema que contenha 6,02 x 1023 partículas. Quando se utiliza essa unidade, é necessário verificar a que partículas elementares está se referindo: átomos, moléculas, íons, elétrons e outras. Exemplos: – 1 mol de átomos de hidrogênio – 1 mol de moléculas de hidrogênio Número de Avogadro 13 Estudo do comportamento físico dos gases Princípio de Avogadro 14 Equação de Clapeyron R = 0,082 atm.l mol.K Unidades de concentração de contaminantes Concentração em ppm = Concentração em µg/m3 = Volume de contaminante Volume de ar Massa de contaminante Volume de ar 15 Conversão de unidades de concentração de contaminantes c µg c[µg/m3] c[ppm] M[g/mol] T[K] p[Pa] m3 = c[ ppm ] × p[Pa ] × M [g / mol ] 8.1314 × T[K ] concentração dada em µg/m3 concentração dada em ppm valor da massa molecular da substância Temperatura da amostra em Kelvin Pressão dada em Pascal Exemplo de conversão de unidades de concentração Exemplo : Determinar a concentração em µg/m3 de O3 em uma amostra de ar a 298 K e 1 atm, sabendo que a concentração de O3 na amostra é de 120 ppb. 1 atm = 1.0133x105 Pa 0.12ppm c µg 48 gramas m3 = c[ ppm ] × p[Pa ] × M [g / mol ] 8.1314 × T[K ] = 235.6 µg m3 298 K 16 Reações Químicas Cada reacão é representada por uma equação química. Colocamse os reagentes no primeiro membro e os produtos no segundo separados por uma seta (A + B C + D). O número de cada átomos de cada elemento deve ser igual nos dois membros. Para conseguir esta igualdade faz-se o balanceamento da reação. 2 H 2 + O2 → 2 H 2O C 2 H 6O + 3O2 → 2CO2 + 3H 2O As reacões podem ser classificadas como: Reações de síntese (composicão ou adicao), de decomposicão (de análise), de simples troca ou deslocamento e de dupla troca Estequiometria 17 Exemplo 1 Exemplo 1 18 Exemplo 2 Exemplo 2 19 Exemplo 2 Funções Inorgânicas (ácidos, bases, sais e óxidos) O grupo de substâncias que apresentam propriedades semelhantes é denominado função química. – Ácido é toda substância que em água sofre ionização, formando cátion exclusivamente o H+. Exemplos: – As propriedades funcionais do ácido são: sabor azedo, conduzem corrente elétrica somente em solução aquosa devido a ionização e podem mudar de cor de acordo com o indicador utilizado. 20 Funções Inorgânicas (ácidos, bases, sais e óxidos) Base é toda substância que se dissocia em água fornecendo, como ânion, exclusivamente o ânion hidroxila (OH-). Exemplos: As propriedades funcionais da base são sabor cáustico, conduzem corrente elétrica no estado líquido ou em solução aquosa devido a presença de íons livres e podem mudar de cor de acordo com o indicador utilizado. Funções Inorgânicas (ácidos, bases, sais e óxidos) O caráter ácido-básico de uma solução pode ser verificado pela quantidade de íons H+ ou OH- livres que pode ser medida na escala de pH. 21 Funções Inorgânicas (ácidos, bases, sais e óxidos) Sais são substâncias que em água sofre a dissociação produzindo pelo menos um cátion diferente de H+ e pelo menos um ânion diferente de OH-. Exemplos: As reações de neutralização entre bases e ácidos formam sal e água como produtos. As propriedades funcionais do sal são: sabor salgado e conduzem corrente elétrica se estiverem no estado líquido ou em solução aquosa. Funções Inorgânicas (ácidos, bases, sais e óxidos) Óxido é toda substância binária em que o elemento mais eletronegativo é o oxigênio. Exemplos: Cal virgem → CaO Gás Carbônico → CO2 Óxido de Ferro → Fe2CO3 22 Revisão dos Conceitos Básicos de Estatística Definições Básicas de Estatística Média Separatrizes (Quartil, Decis e Percentil) Desvio Padrão Variância Função de Distribuição de Probabilidade Tamanho da Amostra Definições Básicas da Estatística FENÔMENO ESTATÍSTICO: é qualquer evento que se pretenda analisar, cujo estudo seja possível da aplicação do método estatístico. São divididos em três grupos: Fenômenos de massa ou coletivo: são aqueles que não podem ser definidos por uma simples observação. A estatística dedica-se ao estudo desses fenômenos. Ex: A natalidade na Grande Vitória, O preço médio da cerveja no Espírito Santo, etc. Fenômenos individuais:são aqueles que irão compor os fenômenos de massa. Ex: cada nascimento na Grande Vitória, cada preço de cerveja no Espírito Santo, etc. Fenômenos de multidão:quando a s características observadas para a massa não se verificam para o particular. 23 Definições Básicas da Estatística DADO ESTATÍSTICO: é um dado numérico e é considerado a matéria-prima sobre a qual iremos aplicar os métodos estatísticos. POPULAÇÃO: é o conjunto total de elementos portadores de, pelo menos, uma característica comum. AMOSTRA: é uma parcela representativa da população que é examinada com o propósito de tirarmos conclusões sobre a essa população. PARÂMETROS: São valores singulares que existem na população e que servem para caracterizá-la.Para definirmos um parâmetro devemos examinar toda a população. Ex: Os alunos deste curso têm em média 1,70 metros de estatura. ESTIMATIVA: é um valor aproximado do parâmetro e é calculado com o uso da amostra. ATRIBUTO: quando os dados estatísticos apresentam um caráter qualitativo, o levantamento e os estudosnecessários ao tratamento desses dados são designados genericamente de estatística de atributo. Definições Básicas da Estatística VARIÁVEL: É, convencionalmente, o conjunto de resutados possíveis de um fenômeno. – VARIÁVEL QUALITATIVA: Quando seu valores são expressos por atributos: sexo, cor da pele,etc. – VARIÁVEL QUANTITATIVA: Quando os dados são de caráter nitidamente quantitativo, e o conjunto dos resultados possui uma estrutura numérica, trata-se portanto da estatística de variável. 24 Definições Básicas da Estatística VARIÁVEIS QUANTITATIVAS: – VARIÁVEL DISCRETA OU DESCONTÍNUA: Seus valores são expressos geralmente através de números inteiros não negativos. Resulta normalmente de contagens. Ex: Nº de alunos presentes às aulas de Qualidade Ambiental Química no 1º semestre de 1997: mar = 40 , abr = 30 , mai = 35 , jun = 36. – VARIÁVEL CONTÍNUA: Resulta normalmente de uma mensuração, e a escala numérica de seus possíveis valores corresponde ao conjunto R dos números Reais, ou seja, podem assumir, teoricamente, qualquer valor Definições Básicas da Estatística DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA É um tipo de tabela que condensa uma coleção de dados conforme as frequências (repetições de seus valores). – Tabela primitiva ou dados brutos: É uma tabela ou relação de elementos que não foram numericamente organizados. É difícil formarmos uma idéia exata do comportamento do grupo como um todo, a partir de dados não ordenados. Ex : 45, 41, 42, 41, 42 43, 44, 41 ,50, 46, 50, 46, 60, 54, 52, 58, 57, 58, 60, 51 25 Definições Básicas da Estatística ROL:É a tabela obtida após a ordenação dos dados (crescente ou decrescente). – Ex : 41, 41, 41, 42, 42 43, 44, 45 ,46, 46, 50, 50, 51, 52, 54, 57, 58, 58, 60, 60 Distribuição de frequência sem intervalos de classe:É a simples condensação dos dados conforme as repetições de seu valores. Para um ROL de tamanho razoável esta distribuição de frequência é inconveniente, já que exige muito espaço. Veja exemplo ao lado: Definições Básicas da Estatística Distribuição de frequência com intervalos de classe: Quando o tamanho da amostra é elevado é mais racional efetuar o agrupamento dos valores em vários intervalos de classe. 26 Medidas de Posição ou Médias São as estatísticas que representam uma série de dados orientando-nos quanto à posição da distribuição em relação ao eixo horizontal do gráfico da curva de frequência. As medidas de posições mais importantes são as medidas de tendência central ou promédias (verifica-se uma tendência dos dados observados a se agruparem em torno dos valores centrais). As medidas de tendência central mais utilizadas são: média aritmética e a mediana. Outros menos usados são as médias: geométrica, harmônica, quadrática, cúbica e biquadrática. As outras medidas de posição são as separatrizes, que englobam: os decis, os quartis e os percentis. Média Aritimética É igual ao quociente entre a soma dos valores do conjunto e o número total dos valores. n x= média ∑x i =1 onde xi são os valores da variável i n n o número de valores. 27 Média Aritimética Exemplo: Sabendo-se que a concentração de NOx medida em uma região, durante o período de 1 hora em intervalos de 10 em 10 minutos, foi de 10, 14, 13, 15, 16 e 18 µg/m3. Assim, temos uma concentração média horária de: valores da variável x= (10 + 14 + 13 + 15 + 16 + 18) = 14µg / m3 6 média número de valores. Média Aritimética Desvio em relação à média: é a diferença entre cada elemento de um conjunto de valores e a média aritmética, ou seja: d i = xi − xi No exemplo anterior temos seis desvios: d1 = 10 - 14 = - 4 d4 = 15 - 14 = 1 d2 = 14 - 14 = 0 d5 = 16 - 14 = 2 d3 = 13 - 14 = - 1 d6 = 18 - 14 = 4 28 Média Geométrica É a raiz n-ésima do produto de todas as variáveis n o número de variáveis x g = n x1.x2 .x3 .x4 .x5 ....xn média onde xi são os valores da variável Média Geométrica Exemplo Calcular a média geométrica dos seguintes conjuntos de números: – a) { 10, 60, 360 }........ no excel : =(10*60*360)^(1/3) ....R: 60 – b) { 2, 2, 2 }........ no excel : =(2*2*2)^(1/3) ....R: 2 – c) { 1, 4, 16, 64 }........ no excel : =(1*4*16*64)^(1/4) ....R: 8 29 SEPARATRIZES (quartis, decis e percentis) Além das medidas de posição que estudamos (médias), há outras que, consideradas individualmente, não são medidas de tendência central, mas estão ligadas à mediana relativamente à sua característica de separar a série em duas partes que apresentam o mesmo número de valores. Essas medidas - os quartis, os decis e os percentis - são, juntamente com a mediana, conhecidas pelo nome genérico de separatrizes. QUARTIS Denominamos quartis os valores de uma série que a dividem em quatro partes iguais. Precisamos portanto de 3 quartis (Q1 , Q2 e Q3 ) para dividir a série em quatro partes iguais. – Obs: O quartil 2 ( Q2 ) sempre será igual a mediana da série. O método mais prático é utilizar o princípio do cáculo da mediana para os 3 quartis. Na realidade serão calculadas " 3 medianas " em uma mesma série. 30 QUARTIS Ex. 1: Calcule os quartis da série: { 5, 2, 6, 9, 10, 13, 15 } – O primeiro passo a ser dado é o da ordenação (crescente ou decrescente) dos valores: { 2, 5, 6, 9, 10, 13, 15 } – O valor que divide a série acima em duas partes iguais é igual a 9, logo a Md = 9 que será = Q2. Q1 Q3 – Temos agora {2, 5, 6 } e {10, 13, 15 } como sendo os dois grupos de valores iguais proporcionados pela mediana ( quartil 2). Para o cálculo do quartil 1 e 3 basta calcular as medianas das partes iguais provenientes da verdadeira Mediana da série (quartil 2). QUARTIS Ex. 2: Calcule os quartis da série: { 1, 1, 2, 3, 5, 5, 6, 7, 9, 9, 10, 13 } Quartil 2 = Md = (5+6)/2 = 5,5 – O quartil 1 será a mediana da série à esquerda de Md : { 1, 1, 2, 3, 5, 5 } Q1 = (2+3)/2 = 2,5 – O quartil 3 será a mediana da série à direita de Md : {6, 7, 9, 9, 10, 13 } Q3 = (9+9)/2 = 9 31 DECIS e PERCENTIS DECIS A definição dos decis obedece ao mesmo princípio dos quartis. Indicamos os decis : D1, D2, ... , D9. Deste modo precisamos de 9 decis para dividirmos uma série em 10 partes iguais. PERCENTIL ou CENTIL Denominamos percentis ou centis como sendo os noventa e nove valores que separam uma série em 100 partes iguais. Indicamos: P1, P2, ... , P99. É evidente que P50 = Md ; P25 = Q1 e P75 = Q3. Desvio Padrão É a medida de dispersão mais geralmente empregada, pois leva em consideração a totalidade dos valores da variável em estudo. O desvio padrão baseia-se nos desvios em torno da média aritmética e a sua fórmula básica pode ser traduzida como : a raiz quadrada da média aritmética dos quadrados dos desvios e é representada por σ . 2 n σ= ∑ (x − x ) i =1 xi são os valores da variável i n média 32 Desvio Padrão Exemplo: Calcular o desvio padrão da população representada por: { - 4 , -3 , -2 , 3 , 5} Sabemos que n = 5 e 62,8 / 5 = 12,56. A raiz quadrada de 12,56 é o desvio padrão = 3,54 Desvio Padrão Obs: Quando nosso interesse não se restringe à descrição dos dados mas, partindo da amostra, visamos tirar inferências válidas para a respectiva população, convém efetuar uma modificação, que consiste em usar o divisor n - 1 em lugar de n. A fórmula ficará então: 2 n σ= ∑ (x − x ) i =1 xi são os valores da variável i n −1 média 33 VARIÂNCIA É o desvio padrão elevado ao quadrado e é simbolizado por σ2. A variância é uma medida que tem pouca utilidade como estatística descritiva, porém é extremamente importante na inferência estatística e em combinações de amostras. VARIÂNCIA 34 Tamanho da amostra O tamanho teórico (n)de uma amostra para obter-se uma incerteza ∆ na forma: x = x±∆ média pode ser obtido por: Depende do nível de confiança Intervalo de confiança n= Número de amostras ou observações zσ ∆ Desvio padrão das observações Tamanho da amostra z 35 Tamanho da amostra Exemplo Suponha que um série de medidas é efetuada com um desvio padrão de ± 0,5 mm (devido a precisão do instrumento e variabilidade do experimento). Quantas medições são necessárias para estabelecer um valor médio uma incerteza (∆) de 0,2 mm, na forma: x = x ± 0,2mm com um nível de confiança de 99,9 %. z = 3,30 n= zσ ∆ Valor da tabela n= 3,30.0,5 0,2 n = 68,05 n = 69amostras 36