5
c.a.lupe cotnm
fL
maio d« 1980
ANORMAIS ATACAM
DE MADRUGADA/
FLÁVIA: "FUI MENINA
E VOLTEI MULHER7
p. 10
FESTIM DIABÓLICO
TERMINA EM MORTE/P. 15
VIOLADA «* ECAA..
P£ÜMK>S SE
P. 13
^O-^f?
MISTERIOSA eNTREVISTA
COM HITCHCOCK/
POSIÇÕES:
ESCOLHA A SUA/.o,
- ALMEIDINHA, muito erótico!
...DE ZADRíOZynISKi /
- Abertura à mostra!
- Verbas na ECA,
...»S 00ST*-6RWAS/
Extinção dos cursos,
Uruguai,
ENTREVISTA:
"Nossa transa é grupai!"
RTV,
1Q de Maio,
Verdades & Mentiras.
ALME:IDA
:eca4o àe um homem
u Alaeid* não pode ser
vm jemal da diretoria
do
CA. e ais, doa alunos da
ECA. Para isso é necessá rio uma participação signi
ficatira dos alunos, não '
ao enviando aatérias,
também participando
COMO
daa *
reuniões para tirada de pa
uta, para fechamento do
Jornal.
'
Nestas reuniões é que *
se discutem, que se trocam
idéias, possibilitando entrosanente entre os alunos
e um esclarecimento maior
sobre as questões que se co
locam para nós. Daí a im-
Veja bem, minhas obras são um
malogro.
Não disse tudo o que queria dizer nem da ma
neira que queria dizer. Algumas vezes em mi
nha vida isso^me magoou profundamente e, ou
trás vezes, não percebi meus erros e penseT
que fizera o que queria. Mas nessa altura ,
nao penso mais nem em uma coisa nem em outra, Acho que fiz mais ou menos o que pude,
que^isso valia o que valia, o futuro desmen
tira muitas de minhas afirmações; espero que
algumas sejam conservadas, mas, em todo caso,^ ha um movimento lento da História em di
reçao a uma tomada de consciência do
homem
pelo homem. Nesse momento, tudo o que
foi
feito no passado tomará seu lugar, tomará
seu valor. Por exemplo, o que escrevi,
Ê o
que^dará a tudo o que fizemos e faremos uma
espécie de imortalidade. Em outras palavras,
e preciso acreditar no progresso. E
talvez
seja uma de minhas últimas ingenuidadeso"
«feanecrôo ôartire
portância da comissão de im
prensa, e de todas as ou -
Os furtos no CALC torna
trás comissões do Centro •
Acadêmico.
ram-se tão freqüentes
que
a diretoria nem mais aden-
Infelizmente, no último
número do Almeida a partici
pação foi bastante pequena.
E, ainda por cima, restrita
aos alunos da manhã. Por
'
uma falha da diretoria,
o
pessoal da noite não participou do jornal, Esta situação está incorreta, Se queremos um Almeida democrático e una comissão de impren
sa com o maior número possi
vel de alunos, devemos divulgar sempre o horário das
reuniões, convidando to^os
'
frente precisamos nos ater
a este fato e corrigir nossas falhas. E pedimos a você que leia o Almeida,
se'
preocupe com ele e não só o
deixe nas mãos da diretoria.
Comissão de I mprensa
rem a sua (dela) visão sobre o desenho. Afinal, e4.e*
trava em sala de aula para
alunos, só serão "artistas"
denunciar mais um roubo,
após a formatura. Tem ou -
Mas o ultimo ocorrido está
tro caso, este no 1& semes
com jeito de entrar para a
tre da manha, em que uma
historia como o chamado
conhecida professora de Psi
"crime perfeito'^ é com ce
celegia chegou aos pnantos
rteza a primeira vez na his numa discussão sobre o seu
tória do movimento estudan
autoritarismo em aula. _
til que um ABAIXO-ASSINADO E no 5° semestre noturno u
i furtado,
/j/ /
^ /i/
ma outra recusou-se a dar
aula porqur os alunos nao
Atualmente, companheira
não sei o que e mais difí-
peramentos explosivos à
cil: ter muita gente na As
parte, isso tudo da o que
sembléia ou estes putos ai
pensar. Afinal, mesmo sem
darem carona,
ser democrático, a ECA ain
os alunos. Isto não fói fei
to, portanto, daqui pra
rem sems desenhos se segui,
tinham lido o texto. Tem-
da deixa a gente com a púl
Ah! Esses professores-.
SÓ mesmo na ECA, para
um
ga atrás da orelha. Estas
atitudes vêm de uma conce£
professor de RTV entrar en
ção de que o professor fa-
sala de aula e dizer "Isso
la e o aluno escuta, Até
não e uma democracia. Isso
quando a gente vai ficar a
e uma escola". Ou outraan,
ssim, quietinho, sem inter
que veio de longe para dar
FERIRÇ desde a bibliografi
aulas em Artes Plásticas e
a até a forma de avaliação
só deixar seus alunos faze
das matérias?
XLMEIOA
COMPANHtiKOb
IMBUíA
0 movimento está sofrendo ^um esvaziamento.
Não.' Ha dúvidas.»
0 movimento ostá so.frendo ar.^esvaziamento?
Não há; Dúvidas;
0 movimento está sof end
5
° ^ esvaziamento?
Não há dúvidas.
0 numero de companhei
ros nas quatro assembléias
gerais da USP demonstra
tal afirmativa. Na primei
ra os números variam, con '
forme a fonte, de 4C00 a~
8000 pessoas. Altas cifras.
Na segunda o movimento di_
miriuTCr. -A falta de quorum
foi o resultado final da
terceira. A quarta nem co
meçou. Não passou da convocação. Os fatos são cia
ros. As explicações nem
tanto. Buscando al/ruma
resposta fizemos um peque
no levantamento entre &1~
guns alunos da EGA. As
perguntas foram: Você vai
as assembléias? Por que?
Qual seria o motivo do es
vaziamento do nosso movimento estudantil? Sem sur
presas descobrimos que a
resposta a primeira cor—
gunta e geralmente nerrat^.
va. Quase que todas as pes
soas consultadas, de uma ~
maneira ou de outra, reclamavam da falta de obje
tividade do movimento. ""
Julgamos esta resposta in
definida e a discutiremos
mais adiante. C-eralmentealem desta resposta os
consultados apresentavam
uma serunda. 7sta segunda
resposta e que diferencia
va as opiniões. Muitos afirmava.-n não acreditar na
utilidade destas assembléias. Muitos.-) 0 fato
de um rrupo manifestar-se
■contra o ^excesso de assemb
bleias já mostra o descon
tentamento dos estudantes
GéML
*&
quanto o resultado prático destas. Houve também
reclamações quanto à preparação da assembléia e o
encaminhamento das pro-pos
tas. Segundo estes estas
propostas não representam
o consenso sendo a^rovaé
das por meio de manobras
dos dirigentes das assembléias. "Os alunos esquece
ram o que e democracia apos 16 anos de ditadura"
(Andres-loSem/mat)."A mesa e a principal razão do
meu afastamento das assem
bleias"(Jristina-iesem/
mat). Umas poucas pessoas
admitem como causa do esva
vaziamento a falta de
consciência crítica nos
jovens."A nossa geração é
não crítica"(Eruno-iesem/
mat).
Acreditamos que estas
respostas dispensem expli_
cações, a não ser aquela
que reclama da falta de ■
objetividade das assembléias.
0 que seria falta de
objetividade, afinal? Enquanto uns respondem que
a objetividade está em lu
tar por mais verbas e não
se deter em. problemas que
estejam contidos neste,
outros afirmam que não tic^
demos generalizar por mais
verbas, e sim lutarmos
por questões objetivas,
tais como: restaurante,
moradia, órgãos laboratoriais, etc. Inclusive r.á
opiniões que acham que
ser objetivo é se posicio
nar e lutar pelas liberda
aes democráticas no país.
0 problema é comnlexo. De
mais. Um dos principais
pontos da questão é saber
se essas divergências não
florescem apenas devido a
pequenas querelas nolíticas. A fragmentação ideológica na universidade in
flui, certas horas, muito
negativamente. E não pode
mos fechar os olhos a ela.
Alfumas pessoas mais
integradas no movimento
deram suaá opiniões.
"Faltou definir o obje
tivo básico. Faltou buscar
aonde a falta de verbas se
manifestava concretamente
na USP. Se o movimento ti
vesse definido uma 'reinvindicação acabada (restaurante e moradia) e
quais os prazos e as formas de se conseguir essa
reinvindicação, ficariam
bem mais claros os caminhos de nossa ]vta <? df
como levá-la à frente. A
forma^de condução das assembléias por parte da me
sa, alongando cansativa-""
mente todas as assembléias
e ^reuniões contribuiu tam
bem fie maneira complemen-
ALMEIDA
tar para o desgaste ao mo
vimento. Em outro nivel,faltou ligação .com lutas
semelhantes (restaurante)
que estavam sendo realiza
das ao mesmo tempo em São
Carlos, Ribeirão Preto,
Viçosa (MG), UlíB e R5S i
(maioria destas lutas foi
vitoriosa). E ainda mais,
faltou unidade com as escolas pagas que no Brasil
inteiro realizam greves e
boicotes contínuos. Por
ultimo faltou perspectiva
de unificar a luta com
professores e funcionários." (Vaiter)
"Ãa assembléias tem se
esvaziado por inúmeras ra
zoes, mas a questão de £st
fundo que determina esse
esvaziamento é a insistên
cia das tendências políti
cas e das "lideranças" em
geral em imorimir ao movi
mento um ritmo e uma diná
mica que^não correspondem
a con
^
scienGia, à mobiliza
ção e à organiza pão da
maioria dos estudantes.
Tenta-se motivar artificialmente os alunos, arrancando-os das classes e
atirando-lhes discursos e
palavras de ordem sem que
haja a menor preocupação
em avaliar as suas reais
preocupações e interesses;
sem que haja a prévia incorporação do estudante
em sua entidade de base
(o Centro Acadêmico)."(Ze
Geraldo)
"A meu ver existiu uma
incompreensão por parte
das lideranças, de por on
de passa a participação
dos alunos dos alunos. Não
e fazendo-se assembléias
após assembléias, sem que
as discussões políticas
estejam claras que se con
segue uma maior participa
ção. Alem disso, o que unifica os estudantes da u
niversidade, são as pessi_
mas condições de ensino.
So que essas condições se
refletem de forma diferen
te em cada escola.Por isíT
s
o» e importante que se
entenda os problemas que
o corte de verbas causouem cada escola. ■£ assim
que se explica, por exem
pio, que nâ ^História-TJ3P
uma assembléia para dis-
cutir a biblioteca mobiliza muito mais gente
que uma outra pra se dis
cutir o Restaurante. Não
que esse problema não se^.
ja sentido, mas é que existem muitos outros problemas a ser enfrentados.
Assim, aqui na ECA, a gen
te tem que discutir os or
gãos laboratoriais, os
problemas sentidos oor to
do mundo da Escola." (Karj
li)
i AprendaatomarPisco.
Pisco
Control
lA^IÍC0^ÉRa0 IMPORTAÇÃO
£ EXPORTAÇÃO LTDA.
R Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 112 - CEP 05415
Tels.: 853-5687 e 852-3998 - São Paulo.
-j
E importante que a
fragmentação ideológica
não divida de tal forma o j
movimento, que não se pos
sa mais chegar ao consenso ideal para o desfecho i
deste. A diversidade deve
existir somente nas eta- '
pas iniciais da luta. De-|
pois de tomada qualquer
decisão que respeite a
maioria, o movimento deve '
tomar-se coeso e superar
as diferenças internas
por uma luta objetiva como quer a maioria dos estudantes consultados na
ECA.
ALME LDM
vn>iíA^
Pela imediata suplemen-
tação de verbas para a USP,
Este é • eixo central de •
490.973,56 ;quase que somen
te 1/3 da. verba ficou e
'
2/3 sumiram.
luta da gente neste ano de
1980.
Realmente existem
mais
mistérios entre as verbas
Mas, afinal de contas,
da USP e da ECA do que ima
como e feito e orçamento '
gina nossa vã filosofia!!!
Ou não?
da USP? Qual a sua tramita
çâo?
£ preciso que esses da-
Pois bem, é a seguinte.
dos nao morram, graças
Cada escola faz • seu orça
mento que e aprovado na
na
à
nossa ignorância. É preci-
'
so também que a gente não
se perca numa guerrilha nu
respectiva congregação; e£
se orçamento é encaminhado
a Universidade, vem sofren
merológica porque, antes '
a Comissão de Orçamento da
do sucessivos cortes de
de mais nada, a nossa bri-
'
Reitoria e finalmente é vo
verbas, chegando a perder
tado no Conselho Universitário de onde é encaminha-
na realidade, de 1979 para
1980, cerca de 42% do seu
perspectiva de influirmos
do para o Estado. Por isso
poder aquisitivo,
na destinação de tal ou
« importante a gente ter '
ciência do orçamento da
Além disso, dos 69 mi -
ga é política.
£ preciso colocarmos
a
'
qual montante de verbas.Is
'
lhoes, 85% são para o paga
so só poderá ser efetuado
nossa escola. Principalmen
mento de funcionários, 11%
a partir da nossa organiza
te sabendo que a dita verba vem para a USP devida -
para outras despesas cor -
ção nas comissões do Cen -
rentes e somente 3,5% para
tro Acadêmico, no caso a *
mente separada em folhas X,
investimentos.
Comissão de Ensino, e nas
y e Z para a dita escola ,
Ao vermos a tabela aí '
comissões do DCE.
ou para uma outra coisa.
do lado (em cima? embaixo?)
0 orçamento inicial de
1980 para a ECA é de Í869
notamos também que indecifráveis cortes foram fei -
para a ECA? Ou não vira? '
milhões e uns quebrados,ou
seja, 35% a mais do que o
tos, e sabe-se lá para on-
Qual será o orçamento
fi-
de foi aquela grana.
exemplo, no item despesas
nal da ECA para o ano
1980?
de
inicial de 1979, que por '
sua vez é 39% superior
«o de 1978.
ao
de capital de 79 o inicial
Logo, a ECA, assim como
era de «Si.241.900,00 e or
çamento final era de «8 '
çao que conquistamos virá
Essas e outras perguntas ficarão por enquanto '
sem resposta.
1979
ORÇAMENTOS DA ECA
INICIAL
FESCOAL E SCTLEXOS
Por
Quanto dessa suplementa
1980
FIKAL
INICIAL
^2.615.900,00
58.076.798,00
58.726.000,00
OUTRAS DESPESAS C0RS2NTES
/.46^.700,00
7.431.634,88
1.162,300,00
r,ESFE3AS DS CAPITAL
2.241.900,00'
^90.973,56
2.562.900,00
65.999.^06,44
o9.1+51t200,C0
TESOURO DO ESTADO
53.322.500,00
FECEITA PRÓPxíIA
1.996,Co4,85
51.322.500,00
67.995.'t?!,29
59.^51,200,00
!,00
ií—Éiiiiiíiiniiina
L
ALMEIDA
equipamento, colocando com
nrv
Com o pretexto de "esti
sérios riscos, que daqui a
um ano, ou até mesmo antes,
o curso tf.
oo
RTV deixe de
*
existir.
Isso coloca a necessida
de de garantir, através
'
dos cursos, a utilização '
da Rádio pelos alunos da *
Segundo. A CODAC cedeu
escola e que esta utiliza-
mular as atividades do cur
so de Rádio e TV" da ECA,
para a ECA o equipamento *
foi assinado um acordo en-
TV utilizam tanto para o '
tre a CODAC (Coordenadoria
estudo com os programas de
de Assuntos Culturais, ór-
rádio quanto com os de TV.
gão da reitoria que dirige
Havendo o rompimento do
matura desse acordo contra
contrato e a transferência
da TVE para outro lugar, •
rio aos interesses e às
*
reivindicações dos alunos.
tanto a Radio Universitária quanto a TV Educativa)
• a diretoria da ECA.
Acontece que o acordo *
que foi firmado está tão *
e
dentro ou fora do campus,'
as partes terão que devolver o equipamento cedido.
ção seja avaliada dentro '
dos cursos. Nós devemos ga
rantir isso, levar esta
*
discussão nas classes e colocar nosso repúdio à assi
Devemos exigir da direto ria da escola um pronuncia
■ente a respeito.
Porém, o equipamento que '
cheio de brechas que está
deixando todos os alunos *
perplexos com as consequên
cias que pode trazer no
que os alunos de Rádio
•
Temos de garantir a Ra-
volta para a ECA não pode
die para os estudantes da
ser utilizado se o estúdio
ECA, para impedir a extin-
laboratório sair da esco -
para que os estudantes te-
curso de Rádio e TV onde o
nham laboratórios eficien-
material disponível é; gra
tes e condições mínimas pa
vadores, amplificadores e a
No momento em que a es-
ra uma real formação pro -
aparelhos de reprodução, .'
cola esta percebendo a im-
fissional.
I sem que haja o restante do
ficar uma grande perda para a ECA.
Ia. E não é possível um
ção do curso de Rádio e TV,
'
sentido de que pode signi-
portância da utilização da
Rádio Universitária e de •
todos os demais órgãos laboratoriais, e reivindican
do inclusive que a Rádio '
passe para a ECA, ela é
•
transferida para • Pico do
Jaraguá; e este acordo que
coloca uma série de cessões pie em risco até mesmo
a existência dos cursos de
Rádio e TV. por
em risco?
s
Primeiro ponto.
.e coloca
A
ECA
adquiriu materiais (amplificadores, aparelhos de
'
gravação e reprodução) que
estão sendo utilizados para colocar em funcionamento a Rádio Universitária.
O C^SO £6RPr\/£:
MAO FUMCIONAHHMTO
LfK^ORA^RÍWS /
Nancy - RTV.
AsLMEIIlA
^A^^itf
CXTINÇAO
CVA90X
ã
TIROS
Como ioda solução lusitana, ou seja, quando a
«
porta está fechada é melhor
ir embora e não virar a ma
caneta. Isto está sendo co
Tiros e
gitado com relação aos cur
<• censura. Ao que parece,
menos o mesmo raciocínio.
o C.C.C. (Comando de Caça
Dois mais dois igual a qua
aos Comunistas), é quem as
tro. 0 mercado de trabalho
sume agora o departamento
está saturado, então a gen
de censura federal uma vez
to fecha os cursosrde for■•ção profissional.
que tem realizado "visitas"
no seguinte nível: o curso
0 sr, João Carlos Di Ge
de jornalismo deve ser da-
aio, um homem com um único
do a nível de graduação ou
de pós?
OBJETIVO na vida, qual se'
Além de tudo isso, quem
resolveu, num ato de pio-
se lembrar da Semana de
nelrismo lançar esta idéia. Aliás não só lançou a
Jornalismo, saberá que o •
sr. Boris Casoy defendeu e
idéia como também ja a bo-
de certa forma mui ardoro-
tou em execução, o Objeti-
samente a proposta do cur-
vo não fez vestibular este
so de jornalismo ser dado
ano. Certamente o brilhan-
a nível de pós-graduação.
te "gênio" não há de botar
verba num curso que elo
Quanto a que nível
'
curso deve ser dado,por en
e os
quanto a única coisa de que
colegas do Objetivo vendo*
que a situação irá ficar '
temos certeza é que tem que
ser num nível bom, não temos a mínima discussão acu
pior que palitar dentadura
já começaram a se mobili -
mulada prá defender tão ar
sar prá resolver a questão
dorosamente quanto o Casoy
tão difícil de ser resolvi
qualquer das duas posições
ou nenhuma das duas.
da como o problema de verbas da USP.
Mas vamos deixar de
•
Por outro lado do uma '
coisa temos certeza e dis-
brincadeira por que apesar
cussão acumuladas para de-
de parecer não é. Primeiro
fender uma posição,* nós
'
porque a questão não é a '
nao podemos aceitar que
-
loucura de um"gênio" incom
Justamente uma problemáti-
proendido, o mesmo proble-
ca de tal vulto seja "re •
ma tem sido enfrentado
outros estados. Segundo
em
'
porque existe uma comissão
do MEC estudando o assunto
a livrarias aqui em S.Paulo, a título de represália
àqueles que vendem livros
considerados (por eles) su
bversivos.
A» livrarias Capitu,£ai
ros e Livramento já foram
visitadas, sendo que a Capitu já sofreu atentados '
por duas vezes (3o 5/04)'
recebendo doze tiros e uma
pedrada, que causaram da-
o •
•
mesmo está fechando,
com-
põem o novo instrumental '
aos de jornalismo, ou pelo
Js» o de melhorar a sua,
pedradas
solvida" sem nenhuma discussão com os interessa dos. No mais é discurso va
«io e demagogia.
nos consideráveis. Kaírós
e Livramento receberam uma
visita cada.
A gota d*água para o
•
grupo de extrena-direita '
foi principalmente a divul
gaçao de livros sobre a vi
da de CHE QUEVARA.
A polícia, como era de
se esperar, nada fez, mas
a título de disfarce o secretario de segurança pú bliea abriu um inquérito '
que naturalmente não conse
guiu apurar coisa alguma.
Em todo caso o que fica
é o alerta do C.C.C.; "Se
vocês continuarem a vender
livros subversivos, da pró
xima vez vamos tocar fogo
nesta porcaria".
J
ALMEIDA
SIM AOS SINDICATOS
A preparação do 10 de ma
io deste ano, ocorre em itve
Paulo e Lberlandia, que zt
veraro diretores afastados
io a greve dos metalúrgicce
pelo ministério do Trabalho
do ABC. A relação existen-
Hoje se desenvolve uma
quer que seja para qualqUff
/
te entre a greve que se de_
campanha nacional, impulsio^
senvolve, entre as várias
greves que vão ocorrendo,e
a manifestação do Dia In -
nada pelo sindicato dos ban
ternacional do Trabalhador
rigentes sindicais cassados.
e bem clara. 0 movimento /
A campanha, que conta com o
operário manifesta-se nes-
apoio de várias entidades e
sa data colocando bem alto
as reinvidicações e aspira
ções dos trabalhadores. E.
nao e outro também o sent^
do das greves.
Esse ano,
em especial, o
12 de maio tem condições /
de ser um importante impul
so ao movimento geral dos/
trabalhadores contra o arrocho e contra a repressão
a sua livre organização, /
que são os eixos centrais
da política da ditadura no
seu combate contra os trabalhadores .
Isso está colocado num /
momento em que a ditadura
acaba de intervir nos sindicatos metalúrgicos de
/
Sao Bernardo e Santo André
assim como já fizera, o
/
ano passado, nesses mesmos
sindicatos e em vários outros, principcilmente vários sindicatos de bancários
pelo país.
*
Os bancários fizeram gre
ve ou tentativas de greve,
no ano passado, em vários
estados. Como resposta habitual , além da repressão
policial, tiveram também /
várias diretorias que assu
miram essas greves, cassadas. É o caso dos sindicados do Porto Alegre, São /
cários de São Paulo, pela /
reintegração de todos os di
entidade,
livre ou não. A
conquista desse direito,in
clusive, é indissociável /
da conquista de sindicatos
realmente independentes, /
onde o sr. Murilo Macedo /
ou qualquer outro capacho
da ditadura nao possa me ter a mão.
Por último, é bom lem- /
oposições sindicais, consta
brar que essa campanha,que
de um abaixo-assinado que ,
ja vem sendo desenvolvida,
pretende coletar assinatu -
tem que ter todo nosso apo
ras de 1000 entidades até o
io. Os estudantes também /
12 de maio, além de um ou -
passaram por um duro proce
tro abaixo-assinado dirigi-
sso de construção de suas
do a todos os bancários
no
entidades livres, que cul-
Brasil.
A diretoria do sindicato
minou com a reconstrução /
em São Paulo (k diretores /
do pelos trabalhadores nes
cassados) é de opinião que
se sentido, só pode refor-
essa campanha deve figurar/
çar e reafirmar nossas en-
com destaque no 12 de maio,
tidades livres, CAs, DCEs,
UEEs e UNE. Além de ser ma
da UNE. Qualquer passo da-
ao lado da palavra de ordem
"Liberdade e Autonomia Sin-
is um golpe mortal para
dical", pois é uma campanha
ditadura, que nao consegue
mais necessária do que nun-
suportar a existência de /
ca (está ai o ABC para pro-
entidades livres, seja
var isso) e tem toda sua im
trabalhadores, seja de es-
portancia ressaltada no fa-
tudantes . E outra coisa im
to de que integra o movimen
to geral rumo ao desatrela-
portanto e que agora a cam
panha ganha novo impulso ,
mento dos sindicatos, à ru£
com a necessidade também /
tura com o Ministério do
/
colocada, de batalhar con-
Trabalho, e em direção à
/
tra mais uma intervenção /
construção de sindicatos li^
da ditadura, nos sindica -
vres, onde só os próprios /
tos „do ABC e a prisão
a
de
dos
(trabalhadores possam deci -
líderes grevistas. Reinte-
idir sobre os rumos de sua /
gração de todos os dirigen
tes sindicais cassados*. Fo
entidade.
Hoje,concretamente, essa
ra com a intervenção no
/
luta está colocada, e inde_
ABC l Liberdade para os di
pendente do sindicato ser
atrelado ou não,a campanha
•rigentes sindicais! São pa
aponta: é um direito dos /
is do que nunca nesse 12 /
de maio.
trabalhadores ele.srerem quan
lavras de ordem mais atua-
VC,<
toêMTlRAS
Enquanto setores da cias
cas e mais uma peça de sua
i se burguesa vivem bradando
velha caixacfe mágicas,
| aos quatros cantos o clima
is o que realmente mudou /
j
de
no último ano de arbítrio
1
no país,
"abertura" que se vive/
hoje,
outros soto
foi a forma de dissimular/
res da sociedade como os /
a ditadura.
trabalhadores,
ia estratégia,
tes,
os estudan-
as donas de casa têm/
po-
0 que mudou fo
tornando -
se mais refinada,
mais há-
e aos interesses escusos /
do regime em afirmar que /
estamos num clima de abertura que conduzirá o pais
a um aperfeiçoamento democrático só vem confirmar /
que o trabalhador não pode
esperar que outros façam o
dado respostas definitivas
bil. A democracia dos EUA
de sua insatisfação com o
nao era mais interessante/
teresse,
atual estado de coisas,
co
sustentar governos antipo-
ta mais que demonstrado
mo na organização de movi-
pulares na América Latina,
que a determinados setores
mentos de protesto,
pois foram duras as
da- sociedade basta estabe-
passea
lições
que e de seu exclusivo inunia vez que já es
/
tas e até deflagração de /
aprendidas com o Irã e ma-
lecer formas de ditaduras
greves.
0 que se observa /
is especificamente com a /
dissimuladas em governos /
no entanto e .que o governo
Nicarágua. Tornou-se então
democráticos para.que suas
num assumido gesto cínico,'
necessário mascarar esses
aspirações estejam plena -
se mostra surpreso com es-
regimes autoritários,
mente correspondidas.
sas manifestações,
julgan-
do meios enganosos para lu
do que tais setores sejam/
dibriar a opinião pública,
dotados da mesma imbecili-
mas que na verdade tem en-
dade que norteia seus se-/
contrado forte resistência
quazes.
nos meios sociais mais com
Ê o trabalhador do
Brasil quom sabe mais aon-
usan
No balanço de verdades e
mentiras o saldo é desespe
rador. Tantas e tamanhas /
verdades têm sucumbido diante de tao poucas menti -
bativos .
ras.
de lhe apertam os sapatos(
com a ex -
sas mentiras o que se vê é
ploração de sua força de /
a obstinação das classes /
trabalho
burguesas em defender esse
quando os
tem),
ia maioria das ve
0 arbítrio tem cada /
Nao obstante a todas es-
zes pelo capital estrangei
regime,
que apesar das ten
ro e pelas conseqüências /
tativas desesperadas em
16 anos de arrocho salari-
contrário,
al.
Ficou provado que sala
gonia. A incapacidade está
rio não estimula a inflaçã
a lhe minar as estruturas.
o uma vez que com todo es-
As pressões populares esta
/
vive dias de a-
vez mais acintosamente des^
respeitado as justas rei vindicações da sociedade /
brasileira mas que definitivamente não tem alcançado nem seus objetivos mais
imediatos e só contribuindo para uma resistência ca
da vez mais organizada das
se arrocho ela não foi do-
o tomando cada vez mais
/
forças populares.
Dentro disso restam duas
-minada.
Está na hora desse
vulto,
estão assumindo ca-
governo antipopular dar ou
da vez mais,
vidos às manifestações po-
grande maturidade,
pulares ou então repetir a
velha prática costumeira
:
criar novos bodes expiató-
e agora com /
o seu /
alternativas:
vez mais
darmos cada
força e volume ao
cordão dos que lutam para/
lugar de verdadeiras forças
transformar "esse pasto
que podem livrar o país do
multinacional" em uma naçã
jugo imperialista que alia
o livre e democrática ou /
do ao entreguismo desaver-
cedermos mais uma vez dian
no terreno da mentira que/
gonhado da ditadura tem
te dos objetivos cada vez/
a ditadura tem se mostrado
conduzido o Brasil ac caos.
mais aperfeiçoada. A menti
A resistência da burgue-
ra das aberturas democráti
sia que aliada as mentiras
rios,
novas mentiras.
E é
/
mais absurdos dessa ditadu
ra.
Os va 11 eri i
(1es e m „-o t . )
ALMEIIM
NMet Flíria Inês Wesp
tantos casos como esse...
Schllling
Idade: 26 aa*s
Torturas, mortes, desaparecimentos. ..
rillaçã»; Paul» e Ingeborg
Ou então processos vici
Schilling
ados, sentenças arbitrári-
Condenada a dez anos d«
'
prisão por apoiar o Movi ■
as, prisões sem pena...
B pensar que foi há tão
*
pouco tempo...
meuto de Libertação Nacional no Uruguai» Condenada
Conseguimos sair disso
■
(será?). Mas esta situação
após sete anos e quatro me
sen.
continua nos países nossos
aos 19 anos. Libertada
vicinhos, como Plávia tes-
Condenada por crines de
temunha
£ podemos retor -
"lesa-pátria, conspiração
nar a esse estado de coi -
contra, o Estado e subver -
sas. Afinal, o DOPS, SNI ,
são", s.en ter cometido ne-
DOI-CODI, CIEX, CISA, CENI
nhu» ato de violência. Pre
MAR estão ai. Os Serviços
saf' torturada, submetida a
' de Segurança e Informação
trabalhos forçados, libertada em Ik de abril de
'
1980.
riária Schllling era
s.
continuam agindo nas univer
sidades.
Mais ainda. José Salles
[{■
'
continua preso em Fortale-
uma adolescente quando foi
za (sua libertação está
prosa e condenada» Agora,
prometida para maio. Será
Urre, é mulher. Após ter
((
passado sete anos em celas
que ele sai mesmo?).
Os
*
' '
e solitárias, tempo sufi*
cassados pelo AI-5 e anis- '
itiados já retornaram aos *
ciente para nós namorarmos,
cargos dos quais foram a -
estudarmos, trabalharmos,
cursar a ECA e
nos ompro-
t*rmoB. Tempo suficiente '
para muita coisa, E sla e
passou presa...
É difícil sentirmos essa injustiça: prisão por '
crime não cometido por sete anes...
Afinal já conhecemos
'
II
-afastados? E os crimes come
I ;tidos durante os anos de *
l/i
arbítrio continuam impunes'
Wx (por acaso os atos de arbí
trio terminaram? ).
A luta pela anistia não
terminou. Plávia Schilling
está de volta, mas a dita
dura e o arbítrio continu
am. Ne Uruguai e no Brasil»
»
ALMEIDA.
jk
i
mou a "Suíça da América La
Ao retornar ao Brasil ,
Ik
dia
de abril,
Flávia
tina", no mais opressivo '
Estado policial, onde para
Schilling encerrou apenas
se realizar uma simples
um capítulo da trágica his
reunião de condomínio é ne
cessário uma licença especial na polícia. Esta mes-
tória de 3.320 presos poljl
ticos nos cárceres do Uruguai.
Esses presos vem sendo
ma polícia que possui fi chás de todos os mimeógra-
libertados nos últimos do-
fos do país, tentando, des
is anos pelo gorerno uru guaio, abandonando um pa-
■« forma, impedir a impres
s*o de documentos e mani -
is, cujo regime embora não
festos que critiquem a ar-
•e possa dizer o mais san-
bitrariedade do regime.
grento da América Latina ,
As leis atingem o cúmu-
apresenta u« saldo não mui
lo do ridículo, ao proibir
tadas por um Opala com guar
to invejável de 20,000 cri
que os estudantes universi
da-costas de revólver
ancas sem pai e sem mãe;
tarios façam apontamentos
em salas de aula.
janelas. Este exemplo, demonstra a nível prático,co
Bem ao estilo do nosso
■o a transformação do Uru-
'
orfaos da tortura e do desaparecimento que conviva
com a população uruguaia.
UM
número aproximado d«
l^.OOO cassados, transfor-
antigo ministro da Justiça,
Armando Falcão, as autorioades uruguaias são escol-
nas
guai em uma das ditaduras
■ais selvagens do mundo,te
ria acontecido sob inspira
ção do governo brasileiro.
Mas, enquanto o governo
deu lições de como intimidar a população, o povo
'
brasileiro se movimentou e
conseguiu libertar Flávia
Shilling. E este exemplo •
indica que botando a boca
no mundo, se conseguirá
a
libertação de outros pre sos políticos, como Mercedes Espínola, talvez a mais torturada da repressão
uruguaio.
ALMEIDA
...de zadrozynski !
Após 5 meses de prisão,
tdrruna Zadrozynski, operá-
sua ação militante,de•defe
sa incondicional das liber
rio metalúrgico e editor /
dades democráticas, de seu
basta lembrar os ataques /
do jornal independente Ro-
combate pela construção de.
que sofreu o sindicato li-
botnik,
sindicatos livres,
foi julgado em Gru
trabalhadores oprimidos de
todo o mundo. Para tanto -
indepen
vre dos operários da Cons-
dziadz (Polônia) e condena
dentes do Estado e do con-
trução Civil no RGS; a re-
do a 3 anos de prisão. Num
trole da burocracia diri -
pressão que se abate em ca
processo totalmente fabri-
gente da Polônia,
ele con-
da assembléia dos metalúr-
cado, sem que seus acusado
quistou a simpatia e o apo
gicos em greve ou dos por-
res tivessem dito quo cri-
tuários e mesmo a interven
me ele cometeu e sem que a
io da população trabalhado
ra do Grudziads. Este é o
brissem qualquer tipo d.e /
teor do apelo lançado pelo
processo legal.
Comitê Internacional
0 caso inscreve-se
den-
tro de um quadro maior do/
repressão na Polônia, onde
con-
çao no sindicato metalúrgi^
CO que coloca mais claro /
do que nunca a questão de/
tra a repressão, através /
sindicatos livres no
de seu representante no
Brasil.
sil. O que se coloca, no /
caso de Zadrozynski,
Braé a /
a po-licia desde o inicio /
Prendendo Zadrozynski,os
de março multiplica a pres_
dirigentes poloneses visam
luta dos trabalhadores con
tra seus opressores em to-
sao sobre militantes e res
atacar o movimento no qual
do o mundo na defesa de
ponsavcis da oposição. De-
ele se liga e representa .
plenas liberdades democrá-
zenas de pessoas foram pre_
Movimento que se expressou
ticas, de expressão e orga
sas sendo que só algumas /
através das grandes greves
nização.
libertadas ; dentre os presos se encontram, sobretu-
e manifestações operárias/
de 70 e 76, que hoje faz /
mos à nossa entidade(CALC)
do responsáveis do sindica
com que se multipliquem, na
e a todos alunos da ECA
to independente dos estu -
Polônia,os comitês pela
/
que defendem as liberdades
dantes .
construção de sindicatos -
democráticas a tomar posi-
A denúncia de delito comum que pesa sobre Zadro zynski,
em realidade visa/
1ivres.
No entanto, e necessário
luta que diga respeito so-
jetivo. Zadrozynski se en-
mente aos operários polono
contra preso por sua ativi^
ses, ela está indissolúvel
mente ligada à luta dos /
dade política. Através de/
Por essa razão nós apela
/
ção pela libertação de Edmund Zadrozynski.
lembrar que esta não é uma
encobrir seu verdadeiro ob
/
Liberdade e Luta
AiMEIDA
mdiw
15
§ew. platéia:
Microfones, fios, luzes,
-- Por que não falar, nes -
canos, cortinas e 17 pesso
tes elementos importantes/
belos quase que totalmente
brancos e um pano de cro -
as sentadas nas primeiras/
da cultura indígena? Por /
che nos ombros, recolheu a
cadeiras muito confortáve-
que a Europa que domina ?
atenção do grupo, do peque
is do auditório da Biblio-
-- ele passara bastante
/
no grupo presente. Ela era
teca Mário de Andrade na /
tempo vivendo com os "pri-
indígena e sua língua ori-
Consolação. Discutiam o in
mitivos" indígenas brasile^
ginal era o tupi-guarani ,
dio, os seus problemas
no
iros e não pesquisou pouco
disse que todos os idiomas
campo, a desenfreada acul-
para logo correr as capita
são falados,
turação, o papel do gover-
is e conseguir uma cadeira
ano, francês... sem vergo-
no para sua sobrevivência
inglês, itali
de professor de Antropolo-
nha e sem repressão, mas ,
gia em alguma faculdade, /
quando ela fala a língua /|
selvagem" pela nossa socͣ
como disse a professora
dade, entre outros assuntes
Yolanda, da ECA, sentada
que lhe foi ensinada na inj
fancia, há gente que diz /[
ao seu lado na mesa.
para calar porque pode o -I
e como é tratado o "bom
/
17 pessoas. Será que o /
/
' assunto está esgotado? Fo-
fender as pessoas que não
ra de moda? Perdeu a sensa
Continuava o professor--
çao? -- eu acabava de me /
Na própria cidade de Mana-
falo bem português , eu nasl
sentar entre a claridade /
us, também Belém e outras,
da mesa e daquelas poucas
os índios são vistos pelos
ci numa língua indígena noi
Brasil e agora quando falq
pessoas e o lusco-fusco des
caboclos como seres inferi
a minha língua falam para '
fileiras vazias atrás de /
ores. A sociedade como um
eu calarl".
mim. Procurei prestar aten
todo e tremendamente pre -
-- Fale um pouco, vai.\/
ção no que diziam.
conceituosa quanto ao índi
Fale um pouco de sua lín -|
o ...
gua para nos. «amos
'or Á
favor, fale. SÓ um pouco 1
-- 0 índio nao é menos /
inteligente do que o bran-
Uma senhora, até então /
entendem. -"Veja,
eu não /
1
i
co. Ele entende o mundo de
calada, aparentando uns
/
uma outra senhora pedia- A
uma outra maneira. Por e -
sessenta anos, com seus ca
lhe ao menos uma frase.
1
._
z e c a!
xemplo, uma geladeira dada
ao índio seria entendida e
inserida na natureza, ele
tentaria explicá-la através
das estrelas, da terra....
FALA. OM tôOQüJWo 6M
&OA LÍNGUA P
Nele há toda uma cultura /
arraigada. 0 índio, quando
joga sua flecha em direção
a Lua, ve, em suas idéias,
que ha milhões de anos morava na Lua...
0 prof. Flávio, com suas
feições indígenas e sua
/
gravata rubro-negra ressal^
tadas pelo terno branco im
pecavel, respondia a uma /
pergunta valorizando a cul^
tura indígena, ou melhor
A cultura induamericana.
I
14
ALMEIDA
go Brasileiro sem Véu de Alegoria") é que naquela nós
partimos de um texto ja
"SIMULADO ', e o nome da peça.
Criação coleti-
e-
xistente, enquanto agora to
do o trabalho partiu de uma
va.
Uma coleção criativa de quadros cujo
básico
e o vestibular.
Quinho
e Fernando.
Jackie.
Direção,
Em cena,
Adereços
Leslie.
tema
Laurent,
Dudut
e transas de cena,
Aqui,
num rápido bate
idéia, que era fazer algo
relacionado com o
vestibu-
lar.
ALMEIDA - Quanto tempo du-
papo,
algumas pessoas do grupo falam sobre es-
rou esse processo, da cri-
cola,
público e fazer.
ação até a apresentação?
falar sobre o fazendo.
ALMEIDA - Quem são e
como
Fazer sobre o pensar.
E
Uma lição de coerência.
de cena após as apresenta-
se formou o grupo de vocês?
ções aqui na ECA. Uma par-
Aliás, o grupo não tem no-
te desse material foi
me?
contrado depois no lixo...
Laurent - 0 grupo é formado pelo Fernando, Edilson,
Quinho, Dudu, Jacqueline e
eu. No "SIMULADO" tivemos
a participação da Leslie ,
en-
ALMEIDA - Como foi a recepHouve necessidade de moprimeira
apresentação?
que dirigiu e elaborou conosco o texto, num
traba-
lho conjunto.
Originalmente, o
Quinho - A receptividade foi
boa, porque houve uma iden-
grupo
tificação do público com as
se formou em 78, com os in
situações apresentadas. Afi^
nal, todos aqui já passaram
tegrantes do primeiro
ano
do curso de teatro (...).
Nome? A gente já
discutiu
bastante sobre isso,
mas
não chegamos a um acordo.
pelo clima do vestibular...
Houve pequenas modificações que foram
acontecendo
pelos "toques" do
público,
no sentido de esclarecer ai
ALMEIDA - Quais as dificul
dades encontradas para
a
montagem da peça fora
da
durante ds ensaios, pareciam claros.
ALMEIDA - Edilson, você que
elaborou com o grupo os qua
Laurent.- A ECA tem reservada uma verba para montagem, que faz parte do curso. Não há nenhuma
ajuda
dezembro, mais ou menos,
e
laboramos vários quadros e
definimos a linha a seguir.
Ai houve um intervalo duns
dois meses e meio, a Leslie
viajou pro Peru, e só reto
Ensaiamos 3 semanas diar.ia
mente e apresentamos. Agora estamos partindo para
fora, ja apresentamos para
a cenlsura e amanhã (30/0^)
estrearemos na Fundação dets
Artes, em São Caetano.
ALMEIDA - Uma das coisas
que transparece no
traba-
lho de vocês é a coesão do
grupo, a busca de uma linguagem própria.
Seguinte:
■teatro se aprende na escola?
guns pontos que para nós ,
ECA? A escola ajudou em ai
guma coisa?
a
mamos no começo das aulas.
tividade da peça na ECA?
dificações após a
Quinho - Bom, de agosto
dros da peça, não atuou des
ta vez. Qual a sua
opinião
sobre o resultado final
a-
Laurent - Humm... não.
Eu
acho que o cara pode estudar, praticar e ser
muito
bom sem passar pela escola.
Ela é importante por
ser
J
um espaço cultural onde as
pessoas que transam teatro
entram em contato umas com
presentado?
as outras. A experiência
extra no caso de se levar
a peça para fora. Isso só
Edilson - Eu sinto o pesso-
depende de nos mesmos (...)
al mais amadurecido,
de um cara como o Janô, que
domi-
foi quem deu a maior força
foram principalmente tempo
nando mais o método de trabalho que é a criação cole-
para o nosso grupo, é mais
comum para ensaios e o de-
tiva. A diferença básica da
saparecimento do material
última montagem (NR: "Apólo
matérias babacas que temos
que "aprender".
^
Nossos maiores problemas
importante que um monte de
ALMEIDA
15
que já lhe valeram o titulo de "Maior Teatrólogo do
Brasil" e outros afins.
0
homem é u.ia das unanimidaf^r-^ Está na praça uma
■^=^Lj^4— do NelSon Rodri
"ues:
"Os Sete
GatiTihos", que
depois do "Da
ma da Lotação", também pre
tende ser mais um estouro'
de bilheteria. Se olharmos
comercialmente para o fume, parece que realmente '
vai estourar.
Entretanto, não interes-
des nacionais, ainda mais'
agora que seus textos es tao sendo aproveitados pelo cinema, saindo do circu
Io fechado dos freqüentado
íes de teatro.
A grosso modo, pode-se '
dizer que "Os Sete Gati- /
nhos" é uma obra representativa do trabalho de Nelson Rodrigues: tendo por /
cenário o subúrbio carioca
o filme gira em torno da '
sa fazer aqui prognósticos
de faturamento ou sequer a
"crítica" do filme, como '
normalmente é feita. 0 que
realmente desperta curiosi
dade é a figura do Nelson'
Rodrigues, que está por /
destruição íe uma desarmoniosa familiá, que aos pou
cos se afunda na lama de /
seus próprios vícios. 0
/
destaque vai para a agressividade : no MIS provocou
polemicas e quase brigas ,
trás, por baixo e, possi velmente, sentado sobre
a
estória com aquele seu ar'
de quitandeiro.
por conta das almas mais /
conservadoras.
Uma sangrenta parábola moral
"0 Sófocles de Madureira"
0 filme é inquietante; no
o limite que separa a critica reacionária da critica revolucionária? Pois
/
sem dúvida que os Sete Gatinhes é um filme critico;
ferino até, quando disseca
o comportamento do "pai de
famxlia" ( instituição nacional); terrível quando '
vasculha a intimidade ansi
osa da "mãe de família"( I
dem,
ibidem) e CRUEL, quan
do retrata a prole herdeira da angústia e da dissolução reinantes no LAR. i
.Aqui se retoma a pergun-.
ta: o que separa a critica
reacionária da critica revolucionária ?
Vamos ensaiar uma respos
ta: o filme trabalha com e
lementos que possibilitam'
uma crítica revolucionária
da sociedade, MAS estes elementos (sociais) se dilu
em em comportamentos doen-.
tio, comportamentos amorais
que -na tônica do autor- '
seriam os responsáveis pe-
Quem tiver a curiosidade
mxnimo. Sabendo-se dos an-
la angustia e pela desagre
de dar uma espiada na pro-
tecedentes do Nelson Rodri
gaçao da família. Em suma:
dução teatral de Nelson Ro
gues (mais à direita que '
o erro, para Nelson Rodri-
drigues, vai perceber que'
Seleções, segundo um criti
co da Folha), o primeiro '
gues, não está na socieda-
impulso é rotular: reacionário ! Mas pera aí: qual1
nao respeitam suas regras
morais.
seus títulos se perdem na'
sombra dos anos 'iOe, desde
Ia, vem produzindo coisas'
de, mas nas pessoas que
r"
CW?
E^MAL H^^Ã. fcãrãtlnho dos calouros _de~ne
dicinp USP 17 de »
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"'^O^OCn-i. circulo militar de Sãc Pau. IO APARZÇAMl
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tar isso. A trama da estó%
ria sugere este sentimento
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- como numa tragédia grega
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(moralizante), os "culpa *<>,
dos" pagam com a vida pelo
seu crime. Reforço da unidade familiar? Parece ser1
■«>.
esta a resposta. Quando se
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centra a análise no pesso.al, nos desvios de comportamento, tem-se uma falsa'
idéia do conjunto, 0 social escapa ileso de uma tra
ma onde o que pesa são as'
individualidades exacerbadas .
Como já foi dito, o filme fornece matéria crítica
V>*
bruta, que é encaminhada '
para o lado mais conserva-
*-, ■'"•. .^
dor possível. 0 que leva '
de imediato para outra per
V
gunta : qual o modo revolu
cionário de se abordar o '
problema ? Como trabalhar
v.
o indivíduo sem perder o '
coletivo de vista ? Em ter
mos de cinema : qual a di-
(5
o•H
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ferença fundamental entre'
"Os Sete Gatinhos" e " Tudo bem" ?
que estas pergun
tas sáo bastante
importantes.
■ Convocam-se
cineastas 1
Ivan (32sem/not)
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9
Fe. Festa.
Festival .
Jaiz. Mais qu« jazz . Músi-
os do Anhembi. Arrxgo Bar-
dos motivos dessa evolução.
nabé. A ve dadeira abertu-
ca. O arremedo do Festival
ra musical da abertura do
Como o próprio Arrigo aler
tou, a banda é das mais,se
de Jazz de Montreaux inau-
Festival. Com sua irreve ■
nãa a mais heterogênea
gurou-se nesta, poluída ci-
rencia e consciência críti_
aparecida por estes palcos
dade aa poíuida margem
ca sem meda do ridícula
tupiniquins. De músicos de
do
poluído rio Tietê.
'
já
lembra-nos descaradamente
baile a membros de sinfôni
mês, qua
Fraak Zappa. Parem, brasi-
ca, passando por pesquisa-
tro dias. No lugar da orga
leiro. Cam toda a pulsação
dores de folclore, roquei-
nização européia, o conhe-
que esse triste (l?) rótu-
ras a jazzistas. 0 veneno
cido esquema tupiniquim.
Ao invés de
UM
«
la exige. Para quem pres-
correu solto com gritos,
Max Feffer, o verdadeiro '
tou
ruídos, e atonalismas. Ar-
idealizador do projeto São
Universitária a assistiu '
rigo parece bem mais solto
Paulo - Montreaux, esperava tornar anual o festival.
sua apresentação na auditó
ria G do Palácio das Çan-
no palco. Mostra um trabalha digno de chegar ao
'
Devido aos adiawentos e
vençães é fácil notar a a-
grande público. Quem escu-
velução. Criatividade
ta Egberto Gismonti, não '
•
cancelamentos que surgiram,
atenção
na Festival
sem
tal esperança já se esvaiu
tempo de respirar. "Clara
para a segunda edição.Mais
de UM ano já se passou des
Crocodilo" lembrou-me "Zi£
de o primeiro. No dia 24 '
de abril nasce o II Festi-
gy Stardust". A paesia-pro
sa-repartagem-reflexão
de
»
se assusta com Arrigo . E
Egbarto tem público. Não '
comparo estilos, porém cri
atividade e simplicidade,
val Internacional de Jazz
"Diversões Eletrônicas"pas
sou a ser parte integrante
de São Paulo. Musicalmente
da música de Arrigo. Exis-
todas as atrações são irre
te, no palco pelo menos,
preensíveis. Nenhuma com '
uma maior integração núsi-
go de qualidade artística
apelo de público como Chie
ca-poesia. Isso não quer •
saindo da Universidade I? '
Corea ou John McLaughlin '
'
üma simplicidade que espan
ta ao sabê-lo aluno da USP.
Pior! Da ECA. Chejro a duvi
dar se isto é verdade. Al-
dizer que sua música tenha
Será que é um exemplo úni-'
(atraçães do primeiro fes-
ficado mais fácil. Mais
•
co? Não sei. Sei que é ra-
tival). Porém na abertura
simples, talvez... A quali
do II Festival a atração-»
dade é indiscutível. A"Ban
ro» Ah! Sinto-me confuso '
com a raridade.
mor esteve nos subterrâne-
da Sabor de Veneno" é
uai
ALMETDA
Q
Como ia dizendo,o tal
querida cueca azul nos jo
migo mesmo.Bra magnífico,
elhos a contemplar com to
feito aqueles de começo
da a minha alma o encanta
de mês que a mulherada ca
dor murmurejo da urina,
rega com as duas mãos,
Aaaaaaah.
díssirao^"(Dominguinhos
referindo-se ao show
do Boca Livre s)
Por 21.150 (sábado G£
250)você pode assistir
até o dia 18 no Taib
esse grupo independen
te, de sucesso mereci
do, per fazerem MPB
da melhor qualidade,
do maior bom-goste e
cujo forte são as can
çoes , todas lindas e
o cuidado nos arranjos
vocais.No repertório,
alem de nmsicas do
já sei:vou telefonar
pro Almoidinha,explicar-
bre.Natural nos dias de
lhe que sua colega esque-
hoje.
ceu comigo um pacote do
0 carro de luxo,a moça
"Õtimo.Muito bom.Lin
do com minha mais velha e
pacote acabou ficando co-
cheio até a boca,..pena
que era tio leve e tio po
&OCA\éiv%?
ir/ifomc
Pog-Pag no qual havia ua
de meia,o sinal vermelho
pacote de lenços de papel
o eu doido pra dar tuna ml
e que,num dos lenços,vi-
jadinha.com o pé abri a
nha escrito o seu endere-
porta do prédio e lá es-
ço.
tava o zelador com aquele
Meio complicado,pelo
sorriso de zelador a me
fio,falar essa história
declamar bom dia.
de pacotes,pensei.pensei
No apartamento,8 bara-
e balancei o que eu esta-
tinha cor de mel contorna
va segurando.Balancei com
va graciosa uma lista te-
tanto mimo e poesia que
lefônica nova sobre a me-
depois deu-me desgosto a-
sa da sala.ufi. Acomodei o
perta-lo na roupa.
pacote no sofá e fui exe-
ja na sala, com pressa,
cutar minhas necessidades
esqueci-me da tevê,fui di
excrementíciaa,isto é,fui
reto.à liata.Quatro dedos
mijar.Então(vocês não sa-
de grossura cheirando a
bem o valoroso papel da
papel.os olhos embrenha-
privada no processo do
vam-se nas folhas amare-
pensamento contemporâneo)
las, ofuscavam-se no ouro
foi aí que dex por mim:
das páginas,flutuavam na
lista telefônica Novai
gema dos números e recor-
grupo, coisas de MÍ1
ton e Edu Lobo, entre
outros. TTma dica: se qui
da descarga,a mão esquer-
«er comprar o disce,
quanto o polegar e o indi-
pegajosa,nojenta andou
q^e e ótimo, faca-o no
shoví, onde ó vendido
cador da direita segura-
por aqui.piquei a roçar
vam o que vulgarmente
naquela inútil higiene
chamamos de pica.Assim
ate encontrar o número
estava eu absorto do mun- '
perdido por entre recla-
a W t -5 0 . No pr-ó^iimo -
a
«nt revi.9 r^ .
Paulo Ricardo 12 sem/mat1
0 olhar tocava o pino
da,© espelho da pia en-
davam a urina do vaso que
deixei no fundo.Mas.
Bpa. A barata cascuda,
I
A.LMEIDA
me?.
Disquei.ocupado.
Disquei novamente.cha
mava sem ninguém atender.
Disquei pela terceira
vez.Agora ocupado.Então,
automaticamente,chutei
com a ponta da língua um
merda para aa bandas da
Telesp.
Quarta.Quinta vez.
pôfhumjtchi...cá-rambaj
Sexta tentativa. Nada. A
tevê ligada sem voz,o pa
cote caiu do sofá.oitava
discada,A orelha quente
a mao na cueca e a sirene da polícia pelas janelas se juntando aos
dentes do sílvio santos
para me enlouquecer,
Não. sim. sim.» Alguém fa
lava comigo.o Almeidinha?
Alo,alô,aloíAlo?í
-—Sabe, já passei por
19
suavam.o pinto nada.Duzen
tos pau^o, sapato. A cama
chiava de cansélra.A puta
era loira e o pinto não
crescia e eu suava e a pa
rede 3uava~í:e o meu pai suava, meu avô suava, o pinto
mole.A mulher cansada,a
mulher um monstro com os
peito no meu olho.A mulher parecia inchar.Meu
pai mole,as parede mole e
o meu pinto mole.Tudo se
desmanchando.o quarto sem
ar.Eu me lembro de um
guarda-roupa não sei porquê,um guarda-roupa, A mulher de perna aberta e eu
queria que ela fechasse
as perna,ou queria beijar
ela na boca,eu queria falar de como era a vida,eu
queria que ela falasse
também...
isso.Nos é amigo mas eu
Era linha cruzada,só
faltava essa.Kas não des-
nunca falei.o causo é o
seguinte;faz ano,eu fui
liguei, talvez fosse o
Almeidinha.
nas boca. A mulher e eu na
cama,Bla er .; loira de
—-No fim,paguei calado e desci pelo canto as
igual eu visse agora,calada e olhos,agora eu vejo, ao tinham ódio.Do quar
to nem guardei a cor do
escadarias sem fazer baru
lençol.Ela chegou,se atirou na cama.g eu com medo
que ela me roubasse.com
medo do pegar doença,com
medo de algum canivete,
alguma faca inruatida,Dei
teí.Toma lá,dá cá e mexemexe que remexe.o pinto
mole,Eu suava,rapaz,suava,
A mulher suava. As paredes
lho,3em olhar pra cima,
sem mexer os braço,asm me
xer os lábio.
—E...mas isso quebra
a gente,zaco,quebra sim.
Eu vejo os viado da praça
e fico muito apurrinhado,
Zaco,muito.será que eu
nao sou um pouco como
eles,será que não?
NP
—Ne não.Quim.yira es
sa boca pra lá, seu,Mulher
e a coisa mais boa,mais
boa do muuundo.
—Então,zaco, eu.
Desliguei.
Dez da noite,O óculos
do Plávio Cavalcanti me
dava sono.cobri o cadáver
da barata com a lista telefônica nova.Recoloquei
o pacote no sofá e retirei
o fone do gancho.
-—Boa noite,zaco.Boa
noite,Quim.Boa noite,Almei
dinha,
B pra você leitor,um
bom dia.um dia de pacotes
suaves,baratas graciosas e
camas macias.sem linhas
cruzadas.
20
M2ÍE1Ü&
",D 55,7%- i^ol
^;20f*% p.or.,
M2J.7J6
2.097.995.
16.548
9^83
todas as épocas do mundo:
gente alienada. Sempre
*
I'777.510
rado. Errado porque essas
J.303.Í99
pessoas perderam também
existiu, não é inédito. Er
a
80.418
12.213
finalidade e e prazer da '
J38L22L
vida, não se transam, es tao perdidonas, e nunca
»
houve um contingente tão
grande de gente que não sa
be o que quer da vida. Ge^
te congelada na história '
em ura momento em que o mun
do está desabando sobre
•
as nossas cabeças. Ê trági
eo.
Estou avaliando isso da
minha perspectiva, da
mi-
nha Janela, e deve haver *
muitos erros nessa visão '
a^* Uma porrada de erros ,
por falta de embasamento '
^o^P
teórico, de experiência,
de escambau a quatro.
Eu
MC
sinto viva e par
ticipando i« mundo,integrada nele na medida to-
uma garotai me disse:tenho
acho que e algo de novo
ódio de política.E aí ou
'
Mas
'
tal daa coisas.Não sou
pensei:puxa",ainda bem que
eu vou sair daqui.Agora
que estou acrescentando, '
quem sabe. Acho muito fútil e muito simplista f1 .
simplesmente um pedaço do
percebo que as pessoas da
car falando da "alienação
universo,eu sou • univer-
minha geração foram tão
da Juventude brasileira".
so na medida das outras
massacradas que muitas de-
Esquecendo até que não
pessoas.Posso sentir isso
las só tiveram mesmo essa
só a Juventude que está
de tantas maneiras:conver
sando com um amigo,discutindo Marx num grupo de
escolha,partiram pra es-
alienada; o fenômeno que '
quizofrenia, e de repente a
gente tem isso,uma calami-
esta acontecendo é muito *
mais amplo e muito «pais as
Sociologia,fazendo minhas
coisas e inteirando elas
com os outros pedacinhos
do Universo.Agera entendo
o que éHtrabalho alienado"
é o que eu fazia no colegial, aprendendo e estudan
do inutilmente,bestamente
coisas de que eu nunca ir^
a me servirtum trabalho
dade,uma endemia,como es-
sustador.
quis tos somo se ou paralisia
perderam o sentido do uni-
infantil.Temos uma geração
versal. Milhares, milhões
de pessoas que não sabem •
brasileira inteirinha doen
São pessoas que
te,uma geração que perdeu
esse sõntidiT^do" universal.
Vá lá que não se interes-
gritante, porque elas ago-
sassem por política,acho
ra ja não têm mais onde se
que a vida não se resolve
segurar - não têm mais re-
agitando faixa em passeata,não só assim.
Q
ligião, não têm maiç valo-
inútil,cretino,sem finali
dade,no meie de um bando
diacho é que não se inte-
de pessoas alheias a mim,
ressam por nada.Na melhor
alheias a si mesmo,alheias
das hipóteses,em fazer fa
entre si,alheias ao mundo.
culdade e casar.Pode-se
dizer:ahlisso exintiu em
Na última semana de aula,
é
exatamente porque estão vi
vas. E nunca isao foi tão
res certos estabelecidos,'
e não acharam nada pra botar no lugar.
Dóris - ICsem.mat.
'
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anormais atacam de madrugada - Centro de Documentação e