51º Congresso Brasileiro de Genética Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005 Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4 [email protected]; [email protected] Palavras-chave: β-glucana, mecanismo de ação, antimutagênese, CHO-k1, HTC Oliveira, RJ; Silva, AF; Matuo, R; Bellini, MF; Mantovani, MS Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina. Determinação do mecanismo de ação da molécula β-glucana em teste de antimutagênese através do ensaio do micronúcleo nas linhagens celulares não metabolizadora (CHO-k1) e metabolizadora (HTC) A pesquisa avaliou o mecanismo de ação da β-glucana, um nutracêutico, in vitro, pelo ensaio do micronúcleo, em célula não metabolizadora - CHO-k1 e em metabolizadora - HTC. Cultivou-se as células em meio D-MEM/F-12 suplementado, estufa BOD, à 37ºC. Os tratamentos para a avaliação da mutagenicidade foram: controle; metilmetanosulfonato (MMS), 4,0 x 10-4M; βG1 (5µg/ml); βG2 (10µg/ml); βG3 (20µg/ml). Em antimutagenicidade: MMS+βG1; MMS+βG2 e MMS+βG3, para a linhagem celular CHO-k1. Em HTC os mesmos tratamentos acrescidos de 2-aminoantraceno (2AA) - 10µg/ml em mutagenicidade; e 2AA+βG1; 2AA+βG2 e 2AA+βG3, em antimutagenicidade. Na mutagenicidade tratou-se as culturas por 3h em ambos os tipos celulares. Já para os testes de antimutagenicidade estabeleceu protocolos de tratamento simultâneo, simultâneo com pré-incubação (MMS+βG ou 2AA+βG - 1h antes do tratamento), pré e pós-tratamento. Nos tratamentos simultâneos as culturas foram expostas por 3h às substâncias. No pré as culturas foram tratadas por 17 e 30h com as βG’s em CHO-k1 e HTC, respectivamente; e somente depois foram expostas por 3h ao MMS e 2AA. No pós fez-se a exposição ao MMS e 2AA (3h) e somente depois às βG’s (17h ou 30 horas). Para todos os tratamentos, exceto o pós, lavou-se as células e adicionou-se 3µg/ml de citocalasina-B por 17 ou 30 horas. Para o pós-tratamento as 17 e 30 horas de exposição à βG são coincidentes com as 17 e 30 horas de citocalasina-B, nas duas diferentes linhagens celulares. Analisou-se 6000 células binucleadas por tratamento (2000células/tratamento/repetição). A análise estatística fez-se através do teste de qui-quadrado (p<0,05) e verificou-se que o MMS e 2AA foram eficientes em provocar danos. Somente a βG3 apresentou atividade mutagênica. As associações das βG’s e o MMS, em CHO-k1, demonstraram efeitos antimutagênicos em todos os protocolos testados exceto em β1 no pós. As porcentagens de redução de danos variaram de 63,0 a 73,1% para o protocolo de tratamento simultâneo; 75,5 a 86,7% no de pré-incubação; 37,7 a 46,2% no de pré e de 15,5 a 49,5% no pós. Em HTC, tratada com MMS, verificou-se eficiência nos protocolos de pré (β3), simultâneo, pré-incubação (β2) e pós (β3); e quando tratadas com 2AA somente não apresentou atividade protetora em pré (β1) e pós. As porcentagens de redução variaram de 68,1 a 214,4% em simultâneo; de 28,3 a 105,4% em pré-incubação; de 18,4 a 97,4% em pré e de 11,2 a 50,0% em pós, para as associações com MMS e 2AA, respectivamente. A redução de micronúcleos indica que a βG possui atividade protetora do tipo desmutagênica e bioantimutagênica sendo esta última em menor eficiência e ainda que a eficácia da molécula sofre influência do sistema de metabolização da linhagem celular HTC. Apoio financeiro: CAPES; Fundação Araucária. 1181