Novo projeto: Tecnologias digitais para o desenvolvimento de habilidades orais em inglês1 Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva (UFMG) If you only have a hammer, you tend to see every problem as a nail. (Abraham Maslow) 1. Contextualização e justificativa Desde os anos 90, após meu doutoramento em 1991, venho me dedicando a duas frentes de pesquisa: uma sobre aprendizagem de línguas estrangeiras e outra sobre linguagem e tecnologia. Os primeiros projetos financiados foram apoiados, primeiramente pela CAPES com a bolsa BAP (Bolsa do Programa Suplementar de Apoio à Qualificação Docente) de maio de 1996 a abril de 2001 e, em seguida, pelo CNPq, com um projeto sobre o gênero e-mail. Do segundo projeto em diante, apesar de ter continuado a investigar questões associadas à linguagem e tecnologia2, todos os projetos financiados tiveram como foco a aprendizagem dentro de um projeto maior – AMFALE (Aprendendo com a memória de falantes e aprendizes de línguas estrangeiras) –, aprovado pela Comissão de Ética na Pesquisa (COEP) da UFMG. Utilizando narrativas de aprendizagem de línguas estrangeiras e o apoio teórico das ciências da complexidade e do caos, pesquisei temas como autonomia na aprendizagem de línguas e a aquisição de línguas estrangeiras. No momento, estou concluindo um projeto sobre as metáforas nas teorias de aquisição em comparação com as metáforas empregadas nas narrativas de aprendizagem de aprendizes no Brasil, Finlândia, Japão e China. Paralelamente, continuei trabalhando em projetos de ensino e pesquisa na área de linguagem e tecnologia. Um deles foi o projeto de ensino e pesquisa Ingrede que, em consórcio com outras universidades brasileiras, desenvolveu material para ensino de estratégias de leitura em língua inglesa mediado por computador. O curso para grandes grupos foi implantado na UFMG em 2008 e conta hoje com mais de 2500 alunos por semestre. Dissertações de mestrado e de doutorado, orientadas por colegas e por mim, têm sido defendidas com dados desse projeto. Orientei a dissertação de Gomes Junior 1 Este projeto foi submetido ao Comitê de Ética e registrado na Plataforma Brasil. Todas as pesquisas sobre linguagem e tecnologia estiveram abrigadas em um projeto guarda-chuva, intitulado Práticas sociais de linguagem e tecnologia, também aprovado pela COEPE, e que envolvia, além de mim, os pesquisadores Ricardo Augusto de Souza, Carla Coscarelli e Junia Braga. 2 1 (2011) que investigou metáforas produzidas por esses aprendizes para falar da experiência de aprender online e, atualmente, oriento a tese de doutorado de Luciano Alves Lima, intitulada “Promovendo a autonomia de aprendizagem e ambientes virtuais via robôs de conversação: um exemplo de coadaptação na perspectiva da complexidade”. Esse projeto conta com o apoio do edital universal do CNPq e faz parte de um projeto guarda-chuva intitulado “Práticas sociais da linguagem mediadas pela tecnologia”, também aprovado pela COEP. Na interação dos alunos com o robô em desenvolvimento, fica evidenciado o desejo e a necessidade dos alunos em aprender mais sobre a língua inglesa e em usar a língua, apesar de esse não ser esse o objetivo do projeto, pois a função do robô é tirar dúvidas sobre o gerenciamento do curso. Nos projetos anteriores, utilizando narrativas de aprendizagem de inglês, identifiquei o mesmo desejo de desenvolver as habilidades orais. Tanto as histórias de aprendizagem coletadas no Brasil como as coletadas pelos parceiros do projeto AMFALE na Finlândia, no Japão e na China, demonstram que o grande anseio dos aprendizes é falar a língua. Muitos narradores registram sua decepção com a escola por lhes proporcionar um ensino voltado para estudos sobre a língua e pouca ou nenhuma oportunidade para o uso da língua em interações orais. Os alunos e a administração da UFMG assim como a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de Minas Gerais, através de seu projeto de universidade aberta do estado, também têm demandado que nos dediquemos a desenvolver cursos on-line para o desenvolvimento de outras habilidades em inglês, além da leitura. Essa demanda tem sido reforçada pela dificuldade que nossos alunos têm enfrentado para conseguir bolsas no Programa Ciência sem Fronteiras do MEC para países de língua inglesa, pois a maioria de nossos graduandos não tem proficiência em língua inglesa. Foi a partir dos resultados de minhas pesquisas e do contexto gerado pelo projeto Ingrede que resolvi reunir minhas duas vertentes de pesquisa para propor um projeto com o objetivo geral de investigar tecnologias de voz para a criação e implementação de atividades on-line para o desenvolvimento de compreensão e de produção orais, em inglês, mediadas por computador e avaliar as experiências de aprendizagem dessas habilidades no contexto on-line. Como diz Abraham Maslow, “se temos apenas um martelo, nossa tendência é ver todo problema como um prego”. Assim, pretendo encontrar possibilidades para o ensino de habilidades orais que não se limitem à sala de aula presencial, utilizando 2 ferramentas digitais. Entendo que essas tecnologias de voz podem promover o desenvolvimento das habilidades orais porque 1. Oferecem experiências síncronas e assíncronas de interação oral; 2. Proporcionam a oportunidade de colaboração; 3. Criam ou simulam oportunidade de uso da língua por meio de gêneros e registros diversos; 4. Criam oportunidades iguais para que todos possam usar a língua, incluindo os mais tímidos. Antes de explicitar os objetivos específicos, apresento, na próxima seção, uma revisão dos trabalhos sobre o ensino e a aprendizagem de habilidades orais mediadas pelo computador. 2. Revisão da literatura sobre o ensino de habilidades orais mediado pelo computador A tecnologia de voz está disponível desde a década de 90, mas não houve investimento significativo dos pesquisadores sobre sua utilização no desenvolvimento das habilidades orais no ensino de línguas estrangeiras. No Brasil, não encontrei nenhum trabalho publicado sobre o tema em periódicos, apesar de haver alguns grupos trabalhando com projetos de ensino e pesquisa sobre ensino de línguas mediado por computador. Dentre eles, cito o projeto Teletandem Brasil (TTB), coordenado por João Telles na UNESP. Como registrado na página do projeto, “O Teletandem Brasil coloca alunos universitários brasileiros que querem aprender uma língua estrangeira em contato com alunos universitários de outros países que estão aprendendo português”. Examinando a produção científica do grupo, encontrei muitos trabalhos de pesquisa sobre crenças, colaboração, formação de professores, etc., mas nenhum especificamente sobre o desenvolvimento da oralidade. Um trabalho que se aproxima do tema é a dissertação de Santos (2008), que tem como objetivo principal “conhecer como ocorre a interação entre participantes que se posicionam ora como professor, ora como aluno, quando envolvidos no trabalho colaborativo de aprender línguas a distância”. O trabalho é assim descrito pelo autor: Neste trabalho de pesquisa no escopo do TTB, lanço mão de um corpus de interações-aula orais gravadas em áudio digital, posteriormente transcrito, para 3 compreender as características da interação nesse contexto virtual de utilização de línguas, à luz de uma perspectiva interacionista de aprendizagem. Entre as informações obtidas destacam-se uma taxonomia de movimentos conversacionais e os comportamentos interativos dos participantes ao longo do período de interações, bem como a influência do exercício da atenção e dos recursos tecnológicos disponibilizados nesse contexto específico sobre a maneira como os participantes administram o diálogo colaborativo. Podemos perceber que o foco da pesquisa Santos de (2008) é o manejamento da interação, aspecto muito importante para o desenvolvimento da conversação. A pesquisa de Santos oferece importantes contribuições para a orientação de alunos em interações mediadas por computador, mas precisamos de mais fundamentação teórica e metodológica para a criação de atividades que proporcionem o desenvolvimento da fala no ambiente on-line, vertente de pesquisa ainda carente no Brasil e no exterior. Além do grupo paulista, a professora Vládia Borges, na Universidade Federal do Ceará, desenvolve pesquisa longitudinal há três semestres sobre aquisição de habilidades de compreensão e de produção (orais e escritas), mas ainda não há trabalhos publicados ou defendidos. No exterior, também não encontramos muitos trabalhos voltados para o desenvolvimento do desenvolvimento de habilidades orais. Na condição de parecerista das revistas Computer Assisted Language Learning3, ReCALL4 e CALICO5 que publicam artigos sobre ensino de línguas mediado por computador, não tive, até hoje, oportunidade de avaliar nenhum trabalho sobre o desenvolvimento da fala. Examinando os textos publicados nos últimos quatro anos (de 2009 a 2012), encontrei poucos trabalhos sobre o desenvolvimento de oralidade mediado por computador em cursos online, pois a maioria trata de assuntos como interação escrita por meio de e-mail; chat; fóruns; ensino de vocabulário; uso de corpora; e surveys sobre uso de tecnologia. Além desses periódicos, examinei também os últimos quatro anos dos periódicos Language Learning & Technology6, System7 e Computers & Education8 e constatei que também há poucos relatos de pesquisa com foco no desenvolvimento da fala. Os encontrados foram: M’hammed, Camarena e Facer (2009), Kenning (2010), Yanguas (2010), Alastuey (2011), Petrakou (2010), Jaureg et al (2012), Sun (2012) e Ko (2012). 3 Computer Assisted Language Learning publica 5 números por ano. ReCALL publica 3 números por ano. 5 CALICO publica 3 números por ano. 6 Language Learning & Technology publica 3 números por ano. 7 System publica 4 números por ano. 8 Computers & Education publica 8 números por ano 4 4 A maioria dos artigos nesses periódicos trata, geralmente, do uso de tecnologia de áudio, voz ou multimídia em contexto de sala de aula presencial. M’hammed, Camarena e Facer (2009), por exemplo, investigaram o uso de podcasting na sala de aula de língua estrangeira. Kenning (2010) investigou (a) a adequação da ferramenta Wimba Voice Direct para oferecer oportunidades de interações orais e (b) a natureza da interação/colaboração entre alunos avançados. Wimba Voice possibilita fóruns de voz, e-mail de voz, voz embutida nas páginas do curso, discussões orais em grupo e debates. Kenning examinou as estratégias usadas por três pares de falantes não nativos para resolver problemas linguísticos por meio de tarefas como, por exemplo, resolver um problema. Uma limitação da pesquisa reconhecida pela autora é o número pequeno de participantes, mas mesmo assim, ela conclui que sistemas de conferência por áudio promovem interação entre alunos avançados. Yanguas (2010) verificou como aprendizes negociam sentido em grupos mediados por computador usando áudio e vídeo em contraste com a comunicação face a face e a interação textual mediada por computador e concluiu que as tecnologias de áudio e de vídeo oferecem muitas vantagens para o ensino a distância. Alastuey (2011) relata uma pesquisa de metodologia mista: um experimento sobre interação oral síncrona mediada por computador em um curso de Inglês para fins específicos semipresencial. O experimento foi associado a diários dos alunos e professores e a questionários respondidos pelos alunos. O grupo experimental realizou tarefas orais, utilizando os programas de telefonia gratuita Skype e VoIP para interagir com alunos de outra universidade. Eles não usaram nem o vídeo e nem o recurso de chat. O grupo de controle fez as tarefas face a face com seus colegas de turma. Os dois grupos usaram o mesmo laboratório, pois o curso possuía um forte componente de material na web. Os resultados indicaram que o grupo experimental se saiu melhor. As poucas desvantagens encontradas estão relacionadas a questões tecnológicas, decepção com a ausência do parceiro e perda de tempo para se conseguir novo parceiro, mas, segundo o autor essas desvantagens foram minimizadas quando os alunos se tornaram mais familiarizados com a tecnologia. Petrakou (2010) fez um estudo etnográfico e investigou a interação de alunos universitários com avatares em um curso de produção oral em inglês através do mundo virtual em 3D Second Life. Para participar das atividades, os alunos criaram seus avatares e interagiram com os colegas por meio de ferramenta de chat e uma ferramenta 5 de voz. Os participantes tiveram um pouco de dificuldade com a tecnologia devido à falta de habilidade com a ferramenta. Apesar de os resultados indicarem a necessidade de familiarizar os alunos com a tecnologia, os autores consideram o ambiente virtual com bom potencial para a aprendizagem, mas aconselham que ele seja acoplado a outro espaço que reúna informações adicionais para o curso. Jaureg et al (2012) apresentam um quase-experimento com participantes de dois países (República Tcheca e Países Baixos). Trinta e seis alunos checos, aprendendo holandês como língua adicional, interagiram por vídeo via web com 35 professores neerlandeses em formação. Os autores demonstram que a interação com nativos teve um impacto muito positivo na motivação dos aprendizes. Sun (2012) estudou, por meio de questionários, a eficácia da prática oral extensiva em blogs de voz, contando com 46 participantes universitários aprendendo inglês em Taiwan. Os resultados indicaram que os participantes perceberam ganhos nesse tipo de prática oral fora da sala de aula. No entanto, o estudo não identificou melhoras significativas na pronúncia, complexidade linguística, fluência e precisão. Segundo Sun (2012, p.412), “os resultados corroboram estudos anteriores em que a natureza pessoal e autêntica dos blogs pode encorajar os alunos a se concentrarem mais na expressão do significado do que na precisão”9. Ko (2012) investigou, na Tailândia, a possibilidade de aprendizes iniciantes de francês adquirirem habilidades orais através de comunicação síncrona mediada pelo computador. O estudo contou com doze participantes voluntários, cuja língua materna era mandarim, alocados em diversos departamentos de uma universidade tailandesa. A tecnologia usada foi SM Messenger e Audacity e os alunos usaram microfones e câmeras. O pesquisador gravou interações em chat escrito e chat de voz e utilizou também entrevistas e diários dos aprendizes. Os participantes, divididos em 3 grupos, desenvolveram tarefas variadas em três ambientes de aprendizagem (vídeo/áudio, áudio, e face a face) durante 18 meses. Concluiu-se que o design da tarefa e as estratégias utilizadas pelos aprendizes tiveram mais impacto do que o ambiente em si. 3. Objetivos 9 Essa e todas as demais traduções são de responsabilidade da autora deste projeto. 6 Não pretendo seguir a trilha de Ko e tentar comprovar que o ambiente virtual é melhor para a aprendizagem do que o presencial, pois sabemos que a aprendizagem depende de muitos fatores e não é o ambiente virtual ou presencial o único desencadeador da aprendizagem. A aprendizagem de língua estrangeira no contexto escolar tem sido essencialmente mediada por livros didáticos e materiais em áudio e vídeo, deixando ao aluno a tarefa de viver experiências com a língua fora da sala de aula, conectando-se com outros falantes e se inserindo em comunidades de prática, como foi comprovado pelos resultados de pesquisa do projeto AMFALE (MENEZES 10, 2008, 2010, 2011, 2013; PAIVA, 2010, 2011). Nas narrativas de aprendizagem, fica evidente que o aprendiz aprende a língua através das conexões que faz com pessoas e com produções culturais mediadas pela tecnologia. Por isso, pretendo investigar como a escola pode promover experiências digitais de aprendizagem que ampliem essas conexões. Para tanto, como já foi dito na página 2, meu objetivo geral é investigar tecnologias de voz para a criação e implementação de atividades on-line para o desenvolvimento de compreensão e de produção orais, em inglês, mediadas por computador e avaliar as experiências de aprendizagem dessas habilidades no contexto online. Para atingir esse objetivo, buscarei respostas para as seguintes questões: 1. Quais são as ferramentas digitais que podem ser usadas para a comunicação oral? 2. Como podemos tornar essas ferramentas significativas para o ensino de língua inglesa? 3. Que novos contextos podem ser criados com ferramentas tais como avatares/ferramentas de gravação e compartilhamento de áudio, vídeo e texto multimídia/ e-mail de voz/ ferramentas de interação por voz, vídeo ou multimídia? 4. Quais são as vantagens e desvantagens percebidas na utilização de avatares/ ferramentas de gravação e compartilhamento de áudio, vídeo e texto multimídia/ e-mail de voz/ ferramentas de interação por voz, vídeo ou multimídia por alunos e professores? 10 A maioria das minhas publicações no exterior, a pedido dos editores, tem apenas 2 nomes, por isso Vera Menezes e não Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva. 7 5. Qual é o impacto da utilização de ferramentas digitais na motivação para se aprender inglês on-line? Passo, a seguir, à apresentação das teorias que darão suporte à pesquisa e à criação das tarefas mediadas pelo computador. 4. Fundamentação teórica Este projeto terá como suporte teórico os conceitos de língua(gem) e de aquisição11 de segunda língua como sistema complexo; o embasamento da análise conversacional e da pragmática; e a nova concepção de aprendizagem presente no conectivismo, como proposto por Siemens (2003, 2005a, 2005b, 2006a, 2006b, 2008a; 2008b). 4.1. Linguagem e aquisição como sistema complexo Venho defendendo língua(gem) como um sistema complexo desde 2005. Minha primeira formulação foi em uma entrevista12 onde eu dizia: “Entendo língua(gem) como um sistema semiótico complexo, e, por isso mesmo, difícil de ser descrito ou definido. Os sistemas complexos são compostos de muitos elementos que se inter-relacionam em um constante agir e reagir. A dinamicidade nos faz ver o fenômeno não como um objeto estático, mas como algo em construção, em constante movimento. A língua(gem) como um sistema dinâmico e complexo é um amalgamento de processos biocognitivos, sociohistóricos e político-culturais, se constituindo em uma ferramenta que nos permite refletir e agir na sociedade. Os sistemas complexos são compostos de outros subsistemas igualmente complexos que interagem uns com os outros e se influenciam. O fenômeno da língua(gem) vai se tornando cada vez mais complexo, pois, como todo sistema complexo, é um sistema aberto e novos componentes vão se agregando, fazendo com que o sistema mude e se auto-organize constantemente, pois nada é fixo. Um exemplo são as tecnologias a serviço da língua(gem) que possibilitam o surgimento de novas formas de expressão como, por exemplo, a imprensa, a televisão e o mundo digital. A língua(gem) é propulsora das tecnologias que por sua vez influenciam a língua(gem). Prova disso é o constante fluxo de novos gêneros que são criados, ou transformados, que ganham ou perdem prestígio, e 11 Opto pelo termo aquisição, apesar de todas as discussões sobre a inadequação da metáfora pelo simples motivo de sua recorrência na literatura e nesse projeto, usarei também aprendizagem como sinônimo sem preocupação de fazer qualquer distinção teórica entre os dois conceitos. 12 Esta entrevista deveria fazer parte de um livro “Conversas com Linguistas Aplicados”, cujo projeto foi abortado, mas meu texto está disponível em < http://www.veramenezes.com/conversa.doc>. 8 se inserem ou são excluídos do sistema. Cartas pessoais, por exemplo, estão perdendo prestígio, e-mails estão em alta, os pergaminhos desapareceram e a transmissão oral da história ficou restrita às sociedades não letradas.” Nessa mesma direção o Five Graces Group (2008, p. 1) explica que: O sistema é composto por múltiplos agentes (os falantes na comunidade de fala) Interagindo uns com os outros. O sistema é adaptativo, ou seja, o comportamento dos falantes é baseado em suas interações anteriores, e as interações atuais e passadas, em conjunto, alimentam o comportamento futuro. O comportamento do falante é a consequência de fatores concorrentes que variam de restrições perceptuais a motivações sociais. As estruturas da língua emergem dos padrões de experiências inter-relacionadas, interação social e mecanismos cognitivos. Neste, projeto aquisição de segunda língua (ASL) é também entendida como (...) um sistema não linear e dinâmico, composto de interrelações entre elementos biológicos, psicológicos, sociais e tudo o que o social implica, tais como aspectos históricos, econômicos, culturais e políticos. São essas interconexões que nos fazem pensar e agir através da linguagem, linguagem essa também entendida como um sistema em constante movimento de auto-organização, com seus elementos interagindo entre si e se autoinfluenciando. A língua está em constante processo de evolução, e o mesmo acontece com a ASL. A aquisição se desenvolve através de uma constante interação dinâmica entre seus elementos, e momentos de estabilidade se alternam com momentos de turbulência. Qualquer mudança no sistema pode afetar outros elementos nessa rede de subsistemas. Como o sistema está em constante movimento, ele pode se mover ao limite do caos, uma fase de total instabilidade, mas entendida aqui como um momento ótimo de aprendizagem. Do caos emerge uma nova ordem, não como um produto estático, mas como uma nova fase do processo, algo em constante evolução. (PAIVA, 2009) A palavra chave na teoria da complexidade é a mudança. O que pretendo é criar oportunidades de mudanças nas ações pedagógicas e nas ações de aprendizagem. Além de mudança, outros conceitos que guiarão as ações do projeto são: auto-organização, dinamicidade, adaptabilidade, padrões de experiências, interdependência e interconexões. 4.2. Análise conversacional e pragmática Para o desenvolvimento de tarefas com foco na conversa, são essenciais alguns conhecimentos advindos da análise conversacional, especialmente, a organização da conversa e seus vários gêneros (telefonema, interações em contextos de serviços diversos, entrevista de emprego etc.), a tomada de turnos, os pares adjacentes; a organização despreferida, linguagem formulaica, e os marcadores discursivos. Da 9 pragmática, utilizaremos o conhecimento sobre atos de fala (força ilocucional e perlocucional), princípios da cooperação, polidez e face. Para desenvolver as atividades a serem mediadas pela tecnologia, daremos preferência ao insumo multimodal, pois concordo com Jaén e Basanta (2009, p.284) sobre a importância de se relacionarem compreensão e expressão oral e de se usarem “textos multimodais para expor os aprendizes a ambientes autênticos de aprendizagem de forma que eles possam interpretar as variáveis pragmáticas e semióticas do contexto social”. Citando Byrne (1986), Jaén e Basanta (2009) acrescentam que a compreensão só pode acontecer quando os interagentes colocam o que ouvem em contexto, isto é, conhecimento de quem são os participantes (sexo, idade, personalidade, relacionamento), o cenário (onde a situação linguística acontece), o tópico ( sobre o quê se está falando) e até o propósito (para que a língua está sendo usada). Jaén e Basanta (2009, p.286) afirmam que, apesar de os linguistas terem demonstrado que “o contexto exerce papel central na compreensão e, consequentemente na produção de sentido, houve poucas tentativas sérias de fornecer aos alunos contextos naturais que ilustrem uma comunidade alvo real e incorpora os atributos da interação oral”. O texto de Jaén e Basanta (2009) advoga benefícios do uso do DVD (digital versatile disc) para o ensino de línguas tais como: os filmes motivam os aprendizes, pois são réplicas de pessoas e situações da vida real, apresentando elementos socioculturais da linguagem e sutilezas de registro; os aprendizes têm contato com todas as modalidades semióticas (gestos, linguagem corporal, expressões faciais) e controle sobre o vídeo (ex. pausar, diminuir a velocidade); e aprendem vocabulário em contexto (gramática, pronúncia, funções da linguagem e diferentes níveis de significado como, por exemplo, o metafórico). Para conseguir material para insumo pretendo recorrer a filmes e seriados de televisão, pois, apesar de seguirem um roteiro, fornecem amostras muito próximas da realidade. São multimodais e demonstram que os gêneros são “relativamente estáveis”, pois variam nos diversos contextos. Além disso, os seriados estão inseridos na rotina dos aprendizes que demonstram apreciar muito esse gênero. 10 Apenas para ilustrar como os diálogos de filmes são diferentes daqueles geralmente encontrados em livros didáticos, apresento exemplos de três interações em contexto de trabalho de três seriados diferentes. Os dois primeiros são excertos de apresentações pessoais em escritórios de advocacia. O primeiro é carregado de expressões de polidez e contrasta com o tom lacônico do segundo. O terceiro reproduz um excerto de cumprimentos com tom irônico por parte do personagem Mr. Grayson. Injustice temporada única, episódio 1 (25:31) William Travers: Mrs Chandra Mrs Chandra : ah Natalie William Travers: Good to meet you. Mrs Chandra : Thank you for seeing me. William Travers: You’re more than welcome. what can I do for you? Mrs Chandra : I’ll get straight to the point… The Good Wife (0:04 ) temporada 4 episodio 16 Alicia: Mr Lester? Charles Lester: Yes Alicia: Mr Charles Lester? Charles Lester: Yes Alicia: ah Charles Lester: And you’re … Alicia Florick Alicia: (laugh) Charles Lester: And Carrie Argus Carrie: Yes Revenge (11:46) Temporada 2 Episódio 16 Mathis: Daniel, I Hi Mr. Grayson! How’d you do? Mr. Grayson: Very well, Mr. Mathis as do you, I understand, Daniel was just telling me his plan to nominate you for my successor to the board. Esses exemplos reforçam o pressuposto de que a lingua(gem) é um sistema complexo e que varia de acordo com os contextos espaciais, sociais e temporais. 4.3. O conectivismo 11 Apesar de não ser uma teoria voltada especificamente para a aprendizagem de línguas, a teoria de aprendizagem que embasa esse projeto é o conectivismo proposto por Siemens (2003, 2005a, 2005b, 2006a, 2006b, 2008a; 2008b) que concebe a aprendizagem como algo que acontece de forma distribuída, dentro de uma rede social, intensificado pela tecnologia. Siemens (2005a) advoga que teorias de aprendizagem como behaviorismo, cognitivismo, e construtivismo foram desenvolvidas em uma época em que a aprendizagem não estava impactada pela tecnologia. Ele acrescenta que atualmente a tecnologia reorganiza nossa vida, a forma como comunicamos e como aprendemos. Para Siemens (2006 b), “a aprendizagem é um fenômeno de rede, influenciado e apoiado pela tecnologia”. Ele considera que “as ferramentas aumentam nossa habilidade de interagir com o outro e de agir. As ferramentas são extensão da humanidade, aumentando nossa habilidade de externar nossos pensamentos em formatos que nos permite compartilhar com os outros (SIMENS, 2008a)”. Um dos motivos para me apoiar no conectivismo é que a proposta se insere em uma perspectiva complexa, assim como os conceitos de língua(gem) e de aquisição adotados neste projeto. Como defendo em Paiva (2009), uma visão complexa não radicaliza em prol de uma teoria de aquisição de segunda língua, ou de uma teoria de aprendizagem, mas reconhece o carácter multidimensional e complexo do fenômeno. Para Siemens (2006a) a aprendizagem se dá de forma caótica (diversa e desordenada), contínua e na medida da necessidade, co-construída (especialista e amador são co-criadores) e complexa (mudança em um elemento pode alterar toda a rede de aprendizagem). Além disso, a aprendizagem requer conexões em redes especializadas, pois nem todos detêm o mesmo conhecimento e demonstram tolerância à ambiguidade e à incerteza. No caso da aprendizagem de uma língua, temos que ter em mente que ela varia e muda no tempo e no espaço. Siemens (2005b) considera que a aprendizagem se desenvolve por meio de acréscimo, transmissão, aquisição e emergência. A aprendizagem por acréscimo se dá, por meio de recursos diferentes, no dia a dia, continua e informalmente, em função do ambiente e na medida da necessidade, de forma tácita ou explícita. O aprendiz geralmente não tem consciência e não valoriza o processo. No contexto de aprendizagem de línguas, podemos citar a exposição dos aprendizes a tipos de insumo diferentes como filmes e música. O papel do designer de 12 cursos é criar uma rede de conexões para localização de informação e de oportunidades de uso da língua que ajudarão os aprendizes a alcançarem seus objetivos. A aprendizagem por transmissão acontece através de cursos formais e palestras, tendo o professor no controle das atividades. Apesar de esse tipo de atividade ser pouco valorizada atualmente, o papel do professor é fundamental em muitos momentos da aprendizagem como no design de cursos e tarefas, focando funções da linguagem específicas. Nem toda a aprendizagem é inconsciente e a transmissão de informação ajuda o aprendiz a perceber que aspectos da língua/linguagem podem ser de muita importância para a sua aprendizagem. A aprendizagem também se dá por aquisição que no entendimento de Siemens (2005b) é exploratória, baseada em pesquisa e controlada pelo aprendiz13. Ela é fruto da motivação do aprendiz, de suas necessidades, da colaboração e de fontes diversas. O design de atividades deve proporcionar o acesso a recursos que contribuam para desenvolver a habilidade dos alunos em estabelecer seus próprios objetivos, tendo em vista seus interesses e necessidades pessoais, e de se inserirem em comunidades de prática, Finalmente, a gerada por emergência concebe a aprendizagem como fruto da reflexão sobre experiências de vida, da cognição, e da metacognição que leva à criatividade e à inovação e também a aprendizagem acidental. O design de atividades deve estimular experiências inovadoras e o pensamento reflexivo e crítico. Como afirma Simens (2003), “precisamos trazer elementos para as experiências de aprendizagem que contribuam para a extensão além da sala de aula e a integração com a vida real”. Siemens (2005b) sugere a implementação de ecologias e redes de aprendizagem. Citando Brown (2002), define ecologia de aprendizagem como “um sistema adaptativo complexo e aberto que reúne elementos que são dinâmicos e interdependentes”. Brown (2002) acrescenta que “uma das coisas que torna uma ecologia poderosa e adaptativa a novos ambientes é sua diversidade”. Siemens (2005b) sugere os seguintes componentes para o design de uma ecologia de aprendizagem: Um espaço para gurus e iniciantes se conectarem (mestre / aprendiz); Um espaço para a autoexpressão (blog, revista); 13 O conceito de aquisição de Siemens é diferente daqueles encontrados nas diversas teorias de aquisição de segunda língua, mas não vem ao caso fazer essa discussão aqui. 13 Um espaço de debate e diálogo (listserv, fórum de discussão, reuniões abertas); Um espaço para buscar conhecimentos arquivados (portal, site); Um espaço para aprender de forma estruturada (cursos, tutoriais); Um espaço para comunicar novas informações e conhecimentos indicativos de mudança de elementos dentro do campo de prática (notícias, pesquisas). Tendo como suporte a complexidade e o conectivismo, utilizarei uma abordagem complexa de ensino e aprendizagem assim descrita por Borges e Paiva (2011): Uma abordagem complexa de ensino, além de contemplar os quatro componentes em Larsen-Freeman & Cameron (2008) – que reinterpretamos como: (1) propiciar o desenvolvimento da competência ecológica14 (conectividade mente-corpo-mundo) dos alunos; (2) organizar-se na base da dinamicidade da linguagem e dos demais componentes de sala de aula; (3) enfatizar a negociação de sentidos e os processos de mudança (coadaptação); (4) centrar-se no processo de aprendizagem e de desempenho dos alunos – deve, ainda: a) tomar a lingua(gem) e a aquisição de língua como SACs15. Assumir a lingua(gem) como SAC é reconhecer que ela muda e varia no tempo e no espaço (...) b) entender a natureza do ensino/aprendizagem como multifacetado, orientando-se fundamentalmente pela dimensão dinâmica reconstrutiva desse processo como postulado em diferentes reflexões sobre a construção de conhecimento, e pelo processo dialético evolutivo do desenvolvimento da lingua(gem) – este abarcando essencialmente as questões sobre as identidades e os gêneros discursivos; c) conceber o professor como um dos elementos que dá dinamicidade ao sistema de ensino e de aprendizagem e não como mero reprodutor passivo de métodos e técnicas. (...) d) focar desempenho, que é individual e auto-organizável – entendendo a sala de aula como heterogênea –, na tentativa de levar os aprendizes a alcançar as competências linguística, semântica e pragmática no desenvolvimento permanente da língua que se deseja aprender. (...) e) entender as práticas sociais da lingua(gem) (língua falada, língua escrita, gêneros discursivos, identidades, etc., incluindo, aqui, também, o letramento 14 O termo competência ecológica é usado por KRAMSCH (2006, p. 251) ao criticar a ênfase da competência comunicativa no ensino comunicativo de língua. Para a autora, que usa, também, o termo competência simbólica, “os aprendizes de língua não são apenas comunicadores e resolvedores de problemas, mas pessoas inteiras, com corações, corpos, mentes, memórias, fantasias, lealdades, identidades”. 15 SAC é o acrônimo para sistema adaptativo complexo. Neste projeto uso sistema complexo e sistema adaptativo complexo como sinônimos. 14 digital) como elementos essenciais no processo de aquisição, (...) f) acolher as múltiplas identidades, (...) (...) Uma abordagem complexa de ensino e de aprendizagem não se limita a tarefas em sala de aula e deve criar também oportunidades de experiências autônomas. Passo a seguir a descrever a metodologia a ser seguida nas várias etapas do projeto. 5. Metodologia Para atingir os objetivos é preciso não só identificar as ferramentas digitais disponíveis, mas também testá-las e submetê-las à avaliação dos alunos e interpretar os dados. 5.1. Etapas do projeto e coleta de dados Este projeto se divide em quatro fases, sendo que as três primeiras fases são inspiradas em Simens (2008 b): 1. Fase conceitual: exploração de teorias, ideias e conceito sobre desenvolvimento de habilidades orais e sobre ensino e aprendizagem mediada por ferramentas digitais e um posicionamento crítico face às tendências de ensino de habilidades orais mediada por computador. 2. Fase de experimentação: seleção, experimentação e avaliação de diferentes ferramentas e atividades pedagógicas mediadas por tecnologia digital para o desenvolvimento de habilidades orais. 3. Implementação: adoção em grande escala com base no conhecimento adquirido nas etapas anteriores. 4. Avaliação: avaliação quantitativa e qualitativa das atividades mediadas pela tecnologia digital em cursos para grandes grupos online. Na fase conceitual, pretendo aprofundar a leitura sobre (a) sobre o desenvolvimento de habilidades orais; (b) pragmática; e (c) teorias de aprendizagem, especialmente o conectivismo, estabelecendo conexões com as teorias do caos e da complexidade. 15 Na fase de experimentação, tendo como ponto de partida as conexões feitas na fase conceitual, serão desenvolvidas atividades para desenvolvimento de habilidades orais mediadas pelas ferramentas digitais e serão pilotadas por voluntários das disciplinas de inglês instrumental. Essas disciplinas contam com aproximadamente 2500 alunos por semestre de todos os cursos da UFMG e não será difícil encontrar interessados em testar essas atividades, pois muitos deles demonstram interesse em ir além das atividades de leitura. Cada ferramenta será testada por, pelo menos, 10 voluntários. Após a testagem, os voluntários responderão a um questionário com questões relacionadas a três dimensões: (1) a da ferramenta: acessibilidade; design e usabilidade (2) a do usuário: interação do usuário com a ferramenta e com outros usuários (3) a educacional: affordances e restrições para a aprendizagem de língua inglesa Paralelamente, as ferramentas e atividades serão também pilotadas nas oficinas oferecidas pelo projeto de extensão “Taba Eletrônica”, sob a coordenação da professora Júnia Braga, e do qual sou colaboradora. Os voluntários assinarão um termo de consentimento livre e esclarecido (ver anexo 1) e suas identidades serão preservadas. Os alunos farão uma avaliação qualitativa, por meio de questionário com questões fechadas e abertas, avaliando a ferramenta e sua utilização na tarefa de aprendizagem. Após o feedback dos voluntários, se for o caso, serão feitos os ajustes necessários às atividades para o desenvolvimento de habilidades orais. Eventualmente, poderemos, inclusive, descartar ferramentas a partir da avaliação dos participantes. As atividades serão criadas a partir de funções de linguagem essenciais para alunos que pretendem se candidatar ao Programa Ciência sem Fronteiras. Nesta fase, serão pilotadas ferramentas digitais gratuitas. Como ferramentas surgem e desaparecem com muita rapidez ou tornam-se pagas, a listagem a seguir, certamente, sofrerá acréscimos, decréscimos, ou substituições ao longo do projeto. Até o momento são as seguintes as ferramentas selecionadas: 1. Audacity (http://audacity.sourceforge.net/?lang=pt): Programa para gravação e edição de áudio e produção de podcasts. 2. Audioboo (http://audioboo.fm/): plataforma que permite gravar áudio, salvar e compartilhar. Pode ser usado em celulares. 3. Bubble Joy (http://www.bubblejoy.com): ferramenta que permite a criação de cartões no formato de vídeos interativos. 4. Chirbit (http://www.chirbit.com/): ferramenta que oferece muitas possibilidades, tais como upload de até 120MB de arquivo em áudio, 16 compartilhamento do arquivo em redes sociais, extração de áudio de vídeos do YouTube, postagem de mensagem em áudio de smartphone. 5. Evoca (http://www.evoca.com/): ferramenta nas nuvens para gravação (com telefone celular, Skype ou microfone) e compartilhamento de áudio na web e em redes sociais. Permite ainda embutir um gravador online em páginas web ou blogs. 6. Eyejot (http://corp.eyejot.com/): permite o envio e o recebimento de e-mail no formato de vídeo do computador ou de dispositivo móvel. 7. Fotobabble (http://www.fotobabble.com/): ferramenta para compartilhamento de fotografias narradas em áudio. 8. (http://intervue.me/): ferramenta para criação de entrevista no formato de vídeo. 9. Lingt classroom (http://lingtlanguage.com/): ferramenta para criação de exercícios e exames orais, com incorporação de vídeo e imagem. 10. MailVU (http://mailvu.com/): gravação e compartilhamento de e-mail de vídeo. 11. Mikogo (http://www.mikogo.com.br): ferramenta de compartilhamento de tela para conferências Web e Suporte Remoto. 12. Screenr (http://www.screenr.com/): ferramenta de captura de tela e áudio para compartilhamento. 13. Present.me (https://present.me/): Ferramenta que associa apresentação de slides com vídeo do apresentador. 14. Sing snap (http://www.singsnap.com/): banco de dados de música com karaokê on-line gratuito. Recurso de gravação e audição. 15. Skype (http://www.skype.com): ferramenta para interação por voz ou texto que também permite envio de arquivos. 16. Tokbox (http://www.tokbox.com/): ferramenta para comunicação face-aface por vídeo. Além da comunicação síncrona, é possível também inserir mensagens de vídeo em blogs e websites e fazer upload de apresentações, vídeos e documentos para enriquecer a interação. 17. Vocaroo (http://vocaroo.com/): ferramenta para gravação e envio de mensagens de voz e incorporação em blogs ou wiki. 18. Voicethread (http://voicethread.com/): ferramenta para interação nas nuvens. Permite discutir documentos, apresentações de slides, imagens e arquivos de áudio e de vídeo. O usuário pode adicionar comentários em forma de áudio, texto ou vídeo. 19. Voki (http://www.squidoo.com/voki) : ferramenta para criação de avatares. Com essa ferramenta é possível desenvolver personagens que ajudarão na construção de contextos diversos de uso da língua. 20. Voxopop (http://www.voxopop.com/): fórum de voz para prática da conversação, debates, apresentações orais, prática de pronúncia e de compreensão oral. 21. Woices (http://woices.com/): para gravação de guias turísticos em áudio geolocalizados. Essas ferramentas serão, primeiramente, avaliadas e selecionadas por mim e por bolsistas de IC antes da fase de experimentação. A avaliação das ferramentas levará em conta os seguintes critérios, cuja inspiração inicial é devida a Preskett (2011): 17 1. A ferramenta é gratuita? 2. A ferramenta pode ser utilizada em qualquer plataforma? 3. A ferramenta pode ser usada sem a instalação de software? 4. O uso da ferramenta é intuitivo? 5. A ferramenta pode ser apropriada para fins educacionais? 6. A ferramenta é adequada ao desenvolvimento de habilidades orais? 7. A ferramenta permite a interação com muitos usuários? 8. A ferramenta é propícia à colaboração? 9. A ferramenta permite a criação de redes? 10. A ferramenta apresenta dispositivo para armazenamento de dados? Na fase de experimentação optamos por trabalhar com voluntários, sem pressão de créditos ou aprovação em disciplina. Na fase de avaliação, após aprimoramento das tarefas, ofereceremos uma disciplina optativa e conduziremos um quase-experimento. Como experimentos com grupo de controle, por questões éticas, não são aconselháveis na área educacional, optei pelo quase-experimento, não havendo portanto grupo de controle. Quase-experimentos, como explicam Seliger e Shohamy (1990, p. 137) é um tipo de pesquisa experimental conduzido em situações onde não é possível manipular ou controlar. Nas pesquisas envolvendo pessoas em processo de aprendizagem, não podemos privilegiar um grupo com um tratamento que consideramos mais eficiente em prejuízo de outro. Além do mais, na perspectiva dos sistemas complexos, vemos a aprendizagem como fruto da inter-relação de vários elementos do sistema, o que impede que se estabeleçam, com segurança, relações de causa e efeito apenas entre uma ação pedagógica específica e o desenvolvimento de uma competência, pois outros elementos podem contribuir para o sucesso do aprendiz, como por exemplo, suas experiências de aprendizagem autônomas fora da sala de aula. O estudo consistirá em (1) pré-teste para avaliar as habilidades orais dos alunos em relação às funções de linguagem selecionadas para o curso na primeira semana do curso; (2) intervenção pedagógica com atividades de ensino e aprendizagem mediadas por um conjunto de ferramentas digitais previamente testadas; (3) pós-teste para avaliar as habilidades orais dos alunos em relação às funções de linguagem ensinadas durante o curso, ao final de 15 semanas, Os alunos farão também avaliações qualitativas sobre cada atividade e do curso em geral por meio de questionários e farão registros em diários de aprendizagem. 18 O design de pesquisa envolvendo pré-teste e pós teste permite fazer inferências sobre o efeito da intervenção (atividades mediadas por ferramentas digitais). No entanto, a interpretação deve ser cautelosa, pois não se pode afirmar com segurança se as diferenças entre os testes foram realmente causadas pela intervenção. Tendo em vista essa limitação, será feita também uma avaliação qualitativa, pois a associação dos dois métodos demonstrará não apenas se o material contribuiu para o desenvolvimento das habilidades orais, mas também teremos oportunidade de ouvir a opinião dos alunos sobre o material, sobre o curso em geral e saber sobre suas atividades além das propostas pelo curso. A avaliação qualitativa será feita por meio de observação, diários de aprendizagem e questionários. Para o desenvolvimento das atividades, criaremos ambientes virtuais para (a) interação entre alunos e entre alunos e professor ou tutores, (b) formas diversas de autoexpressão mediadas pelas ferramentas digitais, e (c) debates ou discussões mediadas pelas ferramentas digitais. Além disso, criaremos uma página virtual para o projeto onde publicaremos tutoriais e atividades orais mediadas por tecnologia. Faremos um link com o projeto ARADO (http://www.letras.ufmg.br/arado/), onde já existe um catálogo de recursos para desenvolvimento de habilidades orais. 5. 2. Análise dos dados Na fase de seleção das ferramentas, os dados de cada ferramenta serão armazenados em uma ficha. Será atribuído um ponto para cada resposta positiva de acordo com os 10 critérios listados anteriormente e serão eliminadas todas as ferramentas que não atenderem ao critério 1, ou seja a gratuidade. Até o momento, as ferramentas listadas são gratuitas, mas não será surpresa se algumas delas passarem a ser pagas. Se isso acontecer, elas serão descartadas. Em seguida, será feita uma classificação das ferramentas de acordo com o maior número de respostas positivas. Os dados coletados na fase de experimentação serão analisados de forma quantitativa e qualitativa. Os dados quantitativos (questões fechadas do questionário) serão analisados com a ajuda da estatística descritiva (frequência, tendências centrais e variabilidade). Os dados qualitativos (análise do conteúdo dos comentários nas questões abertas) serão organizados em torno de padrões de reações ao uso das ferramentas, tais como pontos positivos e negativos, críticas e sugestões. Serão criadas listas por categoria que serão depois sumarizadas. 19 No quase-experimento, será usado o “Common European Framework of Reference for Languages (CEFR) – Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas”16 para análise dos dados do pré-teste e do pós-teste. Esse quadro de referências estabelece critérios, distribuídos em níveis (de A1 a C2) para avaliar a habilidade de uso de uma língua adicional. A atividade de fala, nesse quadro, é avaliada em termos de interação oral (conversa) e de produção oral (descrever e argumentar). Esses dados serão também comparados por meio de estatística descritiva (frequência, tendências centrais e variabilidade). Assim como na fase de experimentação os dados gerados pelos questionários serão avaliados de forma quantitativa e qualitativa, seguindo os mesmos procedimentos. Na análise qualitativa, serão também analisados os dados gerados pelos diários de aprendizagem. O procedimento será semelhante: análise do conteúdo dos diários; organização em torno de padrões de reações ao uso das ferramentas, tais como pontos positivos e negativos, críticas e sugestões; criação de listas por categoria seguidas de sumarização. 6. Resultados esperados Ao final do projeto, além de uma página na internet com os resultados do projeto, serão produzidos, pelo menos, três artigos para serem submetidos a periódicos, serão feitas apresentações e ministrados minicursos em eventos, individualmente e em conjunto com meus orientandos e colegas do projeto. Pretendo também escrever um livro sobre o uso de ferramentas digitais para o desenvolvimento de habilidades orais. Ao longo do projeto estima-se, a orientação de alunos de iniciação científica, mestrado e doutorado, além da supervisão de pós-doutorados. Já há uma orientanda de doutorado selecionada que irá desenvolver sua tese dentro deste projeto. Os outros serão agregados a partir dos próximos processos seletivos. Considerando que uma língua adicional é aprendida através de seu uso, outro resultado esperado é a elaboração de material didático teoricamente bem fundamentado e empiricamente avaliado para ser compartilhado com todas as universidades públicas e gratuitas articuladas em torno de ações para melhoria do desempenho em língua inglesa de seus estudantes com vistas ao projeto Ciência sem Fronteiras. 16 Disponível em < http://europass.cedefop.europa.eu/en/resources/european-language-levels-cefr>. 20 Espero também fornecer aos professores, especialmente àqueles que se dedicam à produção de material didático, contribuições teóricas, tecnológicas e metodológicas que possam dialogar com seu trabalho de ensino e pesquisa. Espero também que as reflexões de todos os pesquisadores que vierem a se agregar a esse projeto levantem questões importantes para que, juntos, possamos refletir sobre o sistema complexo da aquisição da linguagem oral. 7. Cronograma de atividades mar. abr. mai jun. jul Ações/2014 Seleção e avaliação de ferramentas Criação e manutenção da homepage do projeto Orientação de bolsistas de Iniciação Científica e de mestrandos e doutorandos. Seleção e revisão bibliográfica sobre as teorias de suporte e produção do primeiro artigo com dados coletados na avaliação das ferramentas. Pilotagem de atividades mediadas por ferramentas digitais Ações/2015 Seleção e avaliação de ferramentas Manutenção da homepage do projeto Orientação de bolsistas de ago. set. out. nov. dez. X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X jan. fev. mar. abr. mai jun. jul ago. set. out. nov. dez. X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X 21 Iniciação Científica e de mestrandos e doutorandos. Pesquisa bibliográfica e produção do segundo artigo, com dados coletados na avaliação das ferramentas. Início da produção de um livro Ações/2016 Manutenção da homepage do projeto Orientação de bolsistas de Iniciação Científica e de mestrandos e doutorandos. Revisão bibliográfica e término da produção de um livro. Desenvolvimento do quaseexperimento Análise de dados do experimento e redação do terceiro artigo Ações/2017 Redação do relatório final X X X X X X X X X jan. fev. mar. abr. mai jun. jul ago. set. X X X out. nov. dez. X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X jan. fev. X X Além dessas atividades, os resultados serão apresentados em eventos acadêmicos. 8. Orçamento ITENS Importação de livros Um Netbook Sony Vaio Um computador servidor para hospedar as atividades para as disciplinas Valor estimado por ano 3.000,00 1.200,00* 6000,00** 22 Total em 3 anos 9.000,00 1.200,00 6.000,00 Office anual Pagamento de webmaster Software Dreameaver para manutenção da homepage Grammarly (revisor de texto) Papel Cartucho de impressora 2 pen drives de 16 gigas HD Externo Portátil 1TB USB Pagamento de inscrição em eventos nacionais e internacionais 170,00 4.000,00 1.600,00* 510,00 12.000,00 1.600,00 300,00 75,00 600,00 80,00* 350,00** 2.000,00 900,00 225,00 1.800,00 80,00 350,00 6.000,00 Passagens aéreas p/ eventos 10.000,00 30.000,00 nacionais e internacionais Diárias p/ eventos nacionais e 3.500,00 10.500,00 internacionais 32.875,00 80.165,00 TOTAL Os itens marcados com um asterisco serão comprados no primeiro ano do projeto e os com dois asteriscos no segundo ano. 9. Referências bibliográficas ABDOUS, M’hammed; CAMARENA, Margarteth M.; FACER, Betty Rose. MALL technology: use of academic podcasting in the foreign language classroom. ReCALL. European Association for Computer Assisted Language Learning, Cambridge University Press, v. 21, n. 1, p. 76-95, 2009. ALASTUEY, M. C. Bueno, Perceived benefits and drawbacks of synchronous voicebased system: the students’ perspective. Computer Assisted Language Learning. v.24, n. 5, p. 419-431, 2011 BORGES, Elaine Ferreira do Vale; PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira. Por uma abordagem complexa de ensino de línguas. Linguagem & Ensino. Pelotas, v.14, n.2, p. 337-356, jul./dez. 2011 BROWN, J. S. Growing Up Digital: How the Web Changes Work, Education, and the Ways People Learn. United States Distance Learning Association.2002. Disponível em <http://www.usdla.org/html/journal/FEB02_Issue/article01.html>. Acesso em 23 de junho de 2013. ELOLA, Idoia; OSKOZ. Ana. Collaborative Writing: Fostering Foreign Language and Writing Conventions Development. Language Learning & Technology. Volume 14, Number 3. p. 51-71. Disponível em < http://llt.msu.edu/vol14num3/yanguas.pdf > October 2010. Acesso em 18 abr. 2013. 23 KENNING, Marie-Madeleine. Collaborative scaffolding in online task-based interactions between advanced learners. ReCALL. European Association for Computer Assisted Language Learning. Cambridge University Press, v. 22, n. 2, p. 212-227, 2010. GOMES JUNIOR, Ronaldo Corrêa. Metáforas na rede: mapeamentos conceituais de estudantes universitários sobre aprendizagem de inglês. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) - Universidade Federal de Minas Gerais, 2011. JAÉN, Maria Moreno; BASANTA, Carmen Pérez. Developing conversational competence through language awareness and multimodality: the use of DVDs. ReCALL. European Association for Computer Assisted Language Learning. Cambridge University Press, v. 21, n. 3, p. 283-227-301, 2009. JAUREG, Kristi et al. Native/non-native speaker interactions through video-web communication: a clue for enhancing motivation? Computer Assisted Language Learning. v.25, n. 1, p. 21-36, 2011. KO, Chao-Jung. Can synchronous computer-mediated communication (CMC) help beginning-level foreign language learners speak? Computer Assisted Language Learning. v.25, n. 3, p. 217-236, 2012. LARSEN-FREEMAN, D.; CAMERON, L. (2008) Complex systems and applied linguistics. Oxford: Oxford University Press. MENEZES, Vera. Chaos and the complexity of SLA . In: BENSON, Phil; COOKER,Lucy (Eds.) The applied linguistic individual : sociocultural approaches to identity, agency and autonomy.Sheffield; Bristol: Equinox, 2013. p. 59-74 MENEZES, Vera. Affordances for language learning beyond the classroom. In: BENSON, Phil; REINDERS, Hayo. Beyond the language classroom. 2011, p. 59-71. MENEZES, Vera. Narrativas multimídia de aprendizagem de língua inglesa. Revista Signos (Chile), v. vol.43, p. 183-203, 2010 MENEZES, Vera. Multimedia language learning histories. In. KALAJA, P.; MENEZES, V. BARCELOS, A.M.F.(Eds.) Narratives of learning and teaching EFL. London. Palgrave-Macmillan, 2008, p.199-213 PAIVA, Vera Lucia Menezes de Oliveira e Paiva. Como o sujeito vê a aquisição de segunda língua In: CORTINA, A.; NASSER. S.M.G.C. Sujeito e Linguagem. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. PAIVA, Vera Lucia Menezes de Oliveira e Paiva. Identity, motivation, and autonomy from the perspective of complex dynamical systems. In: MURRAY, G.;GAO, X.; PRESKETT, Tom. Choosing Web 2.0 Tools for Teaching and Learning. 2011. Disponível em: < http://etcjournal.com/2011/12/05/choosing-web-2-0-tools-forteaching-and-learning/> . Acesso em 05 jun. 2013. 24 LAMB, T. Identity, motivation and autonomy in language learning. Bristol, Buffalo, Toronto: Multilingual Matters, 2011. PAIVA, Vera Lucia Menezes de Oliveira e Paiva. Propiciamento (affordance) e autonomia na aprendizagem de língua inglesa In: LIMA, Diógenes Cândido. Aprendizagem de língua inglesa: histórias refletidas. Vitória da Conquista: Edições UESB, 2010. PETRAKOU, Alexandra. Interacting through avatars: Virtual worlds as a context for online education. Computers & Education. Orlando, FL: Elsivier. v. 54, p. 1020–102, 2010. SANTOS, G.R. Características da interação no contexto de aprendizagem in-tandem. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos. UNESP – S.J. do Rio Preto. 2008. Disponível em: <http://www.teletandembrasil.org/site/docs/DissertacaoGersonRossi.pdf >. Acesso em 07 maio 2013. SELIGER, Elana; SHOHAMY, Herbert W. Second language research methods. Oxford: Oxford University Press, 1990. SIEMENS, George. Learning ecology, communities, and networks: extending the classroom. 2003. Disponível em: <http://www.elearnspace.org/Articles/learning_communities.htm>. Acesso em 23 jun. 2013. SIEMENS, George. Connectivism: A learning theory for the digital age. International Journal of Instructional Technology and Distance Learning. v. 2. n. 1, p. 3-10, 2005a. Disponível em: <http://itforum.coe.uga.edu/Paper105/Siemens.pdf>. Acesso em 23 jun. 2013. SIEMENS, George. Learning development cycle: bridging learning design and modern knowledge needs. 2005 b. Disponível em: < http://www.elearnspace.org/Articles/ldc.htm> Acesso em 23 jun. 2013. SIEMENS, George. Knowing knowledge. 2006 a. Disponível em: <http://www.elearnspace.org/KnowingKnowledge_LowRes.pdf>. Acesso em 13 maio 2013. SIEMENS, George. Connectivism: learning theory or pastime for the self-amused? 2006 b. Disponível em: < http://www.elearnspace.org/Articles/connectivism_selfamused.htm>. Acesso em 14 maio 2013. SIEMENS, George. What is the unique idea in Connectivism? 2008 a. Disponível em: <http://www.connectivism.ca/?p=116>. Acesso em 13 maio 2013. 25 SIEMENS, George. Learning and Knowing in Networks: Changing roles for Educators and Designers. 2008 b. Disponível em: < http://itforum.coe.uga.edu/Paper105/Siemens.pdf >. Acesso em 13 maio 2013. SUN, Yu-Chih. Examining the effectiveness of extensive speaking practice via voice blogs in a foreign language learning context. CALICO Journal, San Marcos, Texas. v. 28, n.3, p.412-430, May 2012. YANGUAS, Íñigo. Oral computer-mediated interaction between L2 learners: it’s about time! Language Learning & Technology. v. 14, n.3. p. 72–93, Oct. 2010. Disponível em < http://llt.msu.edu/issues/october2010/yanguas.pdf >, acesso em 18 abr. 2013. 26 Anexo 1. TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Título do Projeto: “Tecnologias digitais para o desenvolvimento de habilidades orais em inglês.” Pesquisador Responsável: Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva Instituição a que pertence o Pesquisador Responsável: Faculdade de Letras - UFMG Telefone para contato: (31) 9123-8796 Nome do voluntário: ______________________________________________________________________ Sexo: ( ) F ( ) M. Data de nascimento: __________ anos R.G.: _________________ Você está sendo convidado (a) a participar da pesquisa “Tecnologias digitais para o desenvolvimento de habilidades orais em inglês.”, sob a responsabilidade da pesquisadora Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva. A pesquisa tem por objetivo investigar tecnologias de voz para a criação e implementação de atividades on-line para o desenvolvimento de compreensão e de produção orais, em inglês, mediadas por computador e avaliar as experiências de aprendizagem dessas habilidades no contexto online. Para que o projeto seja desenvolvido, você será convidado a participar de tarefas de desenvolvimento de habilidades orais mediadas por ferramentas digitais e a responder a um questionário e permitir a observação de seu desempenho e de gravações de dados produzidos em ambiente virtual. Esclareço que todos os dados a serem coletados são confidenciais e que aqueles que participarem espontaneamente da pesquisa terão suas identidades resguardadas, permanecendo no anonimato mesmo após a realização do relatório final deste estudo. O resultado da pesquisa será divulgado em eventos e artigos. Será resguardada a identificação de todos os participantes da pesquisa, com utilização de pseudônimos nos escritos e em apresentações orais. Sua contribuição para essa pesquisa é voluntária e, caso você queira retirar este consentimento, tem absoluta liberdade de fazê-lo a qualquer tempo. A pesquisa não oferece nenhum risco aos seus participantes, os quais poderão se desligar das entrevistas quando desejarem. A pesquisa pode contribuir para seu desenvolvimento de habilidades orais em inglês. Sua participação é de suma importância tanto para a qualidade dessa investigação quanto para a sociedade de modo geral. 27 Quaisquer dúvidas, queixas ou sugestões devem ser encaminhadas à coordenadora da pesquisa, professora Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva , por meio do telefone (31) 9123-8796, ou para o COEP – Av. Pres. Antônio Carlos, 6627 – Unidade Administrativa II – 2° andar – sala 2005 – Cep 31270-901 – BH – MG – Telefax (3) 3409-4592 – e-mail: [email protected]. Eu, __________________________________________, RG nº _____________________ declaro ter sido informado(a) e concordo em participar, como voluntário, do projeto de pesquisa acima descrito. Belo Horizonte, _____ de ____________ de _______ ____________________________________ ____________________________________ Nome e assinatura do entrevistado Nome e assinatura do responsável por obter o consentimento 28