Ambição conta mais que idade
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27/01/2014 - 00:00
Ambição conta mais que idade
Por Roberto Rockmann
Quando os jovens se formam e estão em sua primeira experiência profissional, muitos buscam complementar sua
educação com um curso de língua estrangeira, um MBA ou ingressam em programas oferecidos por empresas por meio de
suas universidades corporativas. "Como estão consolidando sua educação, buscam algum tipo de complementação da
educação superior, em um momento em que a oferta de MBAs tem sido crescente, o que cria desafios", afirma Roberto
Santos, sócio da Ateliê RH. "O importante é não aplicar apenas técnica sobre esse jovem, mas fazer com que ele busque
autoconhecimento e visão ampla."
Intercâmbios no exterior, cursos de língua e de especialização técnica são disciplinas buscadas pelos jovens que ingressam
no mercado de trabalho. Domínio do inglês é condição essencial em um momento em que as empresas brasileiras têm
relação cada vez mais intensa com o exterior, seja na exportação e importação, seja na abertura de novas unidades. "Ter
fluência em língua estrangeira é importantíssimo para quem quer ascender na carreira", destaca Magui Castro, sócia da CT
Partners, consultoria especializada em recrutamento de executivos.
Ser jovem não é o principal fator a impulsionar as escolhas de educação executiva, até porque muitos da geração Y já
começam a galgar altas posições nas empresas, chegando a cargos de gerência. Mais que a idade o que conta são a posição
e ambição do funcionário. Santos lembra de programas de educação corporativa formatados por três empresas globais com
negócios no Brasil - duas da área farmacêutica e uma de consumo. "Foram feitos cursos de posição sênior com módulos
nos Estados Unidos e Europa e em países emergentes, para refletir, além da liderança, as demandas da nova geração.
Havia executivos de 50 anos e jovens com 20 a 30 anos de idade", observa.
Atual vice-presidente para a América Latina da TIBCO e ex-líder das operações da Novell do Brasil e AT&T, Carlos André,
de 52 anos, fez uma extensa lista de cursos desde quando se formou em processamento de dados na PUC-Rio no fim da
década de 1980. Ao receber o diploma, embarcou para a Califórnia para fazer um curso sobre redes no exterior na
Universidade da Califórnia, o que também lhe renderia maior domínio do inglês. Ao assumir uma posição de liderança na
Oracle, em 1996, quando tinha 35 anos, usou parte do período de suas férias para fazer um curso de liderança executiva em
Columbia. "Essa experiência internacional foi um ingrediente importante para minha carreira."
As escolas tentam atender às demandas dos interessados, que têm procurado cada vez mais experiências internacionais. A
FGV-EAESP oferece aos recém-graduados em administração e áreas afins um mestrado profissional em gestão
internacional. É feito em parceria com instituições estrangeiras, criado para qualificar profissionais com as competências
requeridas para posições de liderança em um ambiente cada vez mais global. O curso tem por objetivo qualificar e
desenvolver competências de jovens profissionais para posições de liderança no ambiente global.
As universidades corporativas são outra ferramenta das empresas para proporcionar novas experiências aos executivos.
Estima-se que hoje seu número esteja entre 500 a 600 no Brasil, embora não existam dados oficiais, segundo a professora
Marisa Éboli, coordenadora de Projetos da Fundação Instituto de Administração da USP e uma estudiosa do assunto.
A Universidade Corporativa da CPFL Energia, criada em 2008, oferece no primeiro nível de cursos, voltados para gerentes,
um formato para reforçar os conhecimentos pessoais aliados à estratégia de negócios da empresa. O foco está em nove
competências que os executivos devem desenvolver, como excelência, atuação como dono do negócio, formação de
pessoas.
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27/01/2014 11:56
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