De muralha em muralha, de caminho em caminho, num abrir de asas rumo a um voo mais alto . “Para esta obra me llamó Teresa” fue lema que vertebró el encuentro de jóvenes que se realizó en Ávila los días del 6 al 9 de agosto de 2014, como propuesta concreta del Equipo de Pastoral Juvenil Vocacional. Ainhoa (España) y Luis (Portugal) nos comparten sus experiencias. Retiro jovem em Ávila (Luís) Na histórica e nobre cidade de Ávila, em Espanha, os caminhos que Santa Teresa de Jesus pisou e percorreu, mergulhados em silêncio e paz, despertam para um novo sol que se levanta sobre a paisagem agreste. Seis de agosto de 2014 é a data em que um grupo de sete jovens, provenientes de Espanha, de Portugal e da Polónia, chegam para ouvir o som de uma voz que os chamou e lhes sussurrou frases meigas de muita amizade. A voz de Deus, que os desafiou a passar quatro dias na companhia das Irmãs Carmelitas Missionárias Teresianas, de muralha em muralha, de caminho em caminho, num abrir de asas rumo a um voo mais alto. O Adrián, a Ainhoa, a Clara, o Francisco, o Luís, a Magda, a Natalia e as irmãs Adela e Manóli, viveram a aventura de uma vida, num retiro feito da descoberta de si mesmo, do outro e, acima de tudo, de Deus. Por entre as caminhadas ao ar livre, recordando os passos, dilemas e opções de Santa Teresa de Ávila, Jesus foi a onda que largou pequenos e grandes pedaços de Si no coração destes jovens. Num gesto de despojamento, à semelhança de Teresa, cada um se descalçou de sandálias e de preocupações, para ouvir, refletir, partilhar. Foram dias para aprender a dar tempo ao tempo, que tanto teima em correr depressa nas atribulações quotidianas. Stop! Tal como um jardim precisa de manutenção, para que as suas flores se mantenham vivas e vistosas, também nós necessitamos de ser regados pela frescura da água dessa fonte do Mestre. Fonte de água viva. “Senhor, dá-me dessa água!” (Jo 4, 15) “Quem és tu?” – perguntou o Menino. “Eu sou a Teresa de Jesus. E tu, quem és?” – retorquiu ela. “Sou o Jesus da Teresa!” – respondeu. No palco da vida desta mulher, bem como no palco da vida de cada um de nós, Ele volta a dizer-nos: Sou o teu Jesus!; Sou Eu que te amo!; Sou Eu, que te quero todo o bem!; Sou Eu, que anseio por te ver feliz. Foste criado para ser feliz!; Sou Eu, que estou sempre contigo, na mala e na bagagem da tua história, que é a minha história também!; Sou Eu que caminho contigo... E nesta caminhada, sempre iluminada com os sorrisos de Nossa Senhora e de São José, houve ainda tempo para visitar o Centro de Educação Especial de Ávila, na companhia amiga e sempre disponível do Padre José Luís. Uma visita que começou com um tempo de deserto pelos longos jardins desta instituição, seguido de um espaço de acompanhamento daqueles que lá vivem porque, embora não tenham outro lugar para chamar “casa”, a verdade é que ali se sente realmente que estão em casa. Por fim, entre canções e sorrisos, Adoração e Eucaristia, silêncio e contemplação, estes corações jovens saíram a transbordar desta aventura em Espanha. Uma aventura onde, embora as línguas fossem diferentes, todos se entenderam. Porque quando Jesus passa a assumir o lugar central na nossa vida, a única linguagem possível é a do amor. EXPERIENCIA EN ÁVILA. AINHOA MENA GUILLÉN (ELCHE). «Si en medio de las adversidades persevera el corazón con serenidad, con gozo y con paz, esto es amor» Curiosidad e incertidumbre son las palabras que sentía cuando se hablaba de la aventura que íbamos a realizar en Ávila pero fueron más que unas simples palabras. Los sentimientos se iban incrementando conforme pasaban los días y el poder compartir vivencias fue lo que nos llevó a la creación de un vínculo fraternal que perdurará siempre. El viaje a Ávila, no cabe duda que, marcó un antes y un después en nuestras vidas. Un recorrido que nos hizo valorar los pequeños detalles de la vida cotidiana y acercarnos directamente a La Santa, tuvimos la oportunidad de encontrarnos con Jesús de una manera viva. La palabra clave que emplearía para esta experiencia sería: sentir. Dejarnos llevar y que sea el mismo Jesús quien nos guie a lo largo de nuestro camino. Asimismo, tuvimos la oportunidad de poder estar en un Centro de Discapacitados, donde una mezcla de sentimientos recorrió mi cuerpo nada más entrar en el recinto. Al principio me preguntaba qué o cómo debía dirigirme, me hacía preguntas constamente pero, sin embargo, una vez allí desaparecieron esas dudas o preguntas que me abordaban. Tomé la mano de una de las pacientes de allí, lo primero que pude comprobar fue ese sentimiento de cariño y afecto que desprendía su mirada. Sentí una congoja en mi garganta, era un sentimiento de impotencia de todo lo que realmente podemos hacer y, sin embargo, no hacemos. ¿Ocupados? Sí, quizá sea esa la palabra que más haya oido hablar cuando se trata de ayudar a los demás. Las palabras de Jesús resonaban en mi cabeza ante esta despreocupación de la sociedad: «Oyen pero no escuchan ni entienden nada». Me vinieron preguntas tales como: ¿Quién soy yo? ¿Qué puedo hacer? Pasaron los días demasiado rápido. De hecho, nos hubiéramos quedado mucho más. Nos encontramos con nosotros mismos y cada uno salió con una misión encomendada por Jesús. «Todo lo que queráis que hagan con vosotros los hombres hacedlo también vosotros con ellos»