Amazonicas V Belém, Pará, Brasil 26-30 maio/May/mayo 2014 Resumos / Abstracts / Resúmenes La predicación no verbal en pumé/yaruro y las desinencias personales José Álvarez Universidad del Zulia Intentaremos determinar, siguiendo a Dryer (2007:225), si en pumé/yaruro, lengua independiente venezolana, las cláusulas con predicación no verbal son no verbales porque carecen de cópula, o si dichas cláusulas sí son verbales, aunque el núcleo de su predicado no lo sea, por incluir una cópula verbal. Todo verbo yaruro, transitivo o intransitivo, usado en una cláusula principal — no en subordinadas — exhibe un complejísimo paradigma conjugacional con numerosas formas integradas por un tema verbal (RAÍZ+TAM) inmediatamente seguido por unas desinencias personales (DP) morfológicamente complejas, que han sido consideradas como sufijos o como clíticos: Chjai dyòròã dijĩkoe kãêã buichjĩ jũĩ òdè òãĩrê. ‘Arroz me le dio a mi hijito aquel hombre’. Tal paradigma es incompleto sólo en verbos defectivos como chjuapa ‘ladrar’, unipersonales como kjò de ‘llueve’, e impersonales (sin DP y sin sujeto) como Karaka èadè ‘No quiero (ir) a Caracas’. Las DP parecen ser un aglomerado de morfemas que expresan sujeto, objeto, poseedor del objeto, sexo del interlocutor y modo, con hasta 350 combinaciones en verbos transitivos. En la oración (1), la glosa de la DP nĩrõjĩrĩkã es 2p/3p:1s|F|COM.AFI (sujeto= 2p, objeto= 3p, poseedor= 1s, interlocutor= femenino, forma= común, modo= afirmativo). Nótese también cómo el verbo dyòrò ‘dar’ lleva morfemas de negación y de pasado: 1. Mênêrõ dyòròdèã nĩrõjĩrĩkã chèrèa kãêã mênêrõ dyòrò-dè-ã nĩrõjĩrĩkã chèrè-a kãêã ustedes dar-NEG-PAS 2p/3p:1s|F|COM.AFI dinero-OB mi Ustedes no les dieron dinero a mis familiares. (Mosonyi 1966:80) pũmêjĩrĩ pũmê-jĩrĩ gente-PLU Tales DP también se adjuntan a bases (a) pronominales: kòdè rekode Antonio judi ‘yo soy Antonio’, (b) adjetivas: chjadè rekode ‘yo soy bueno’, (c) sustantivas: pûmê rekode ‘yo soy yaruro’, (d) adverbiales: dyi rekode ‘yo estoy aquí’ y (e) frases posposicionales: bè rö rekode ‘yo estoy en casa’. Los morfemas TAM, categorías flexionales verbales típicas, también se adosan a estas bases no verbales: chjadèpa rekode ‘yo seré bueno’, dyipa rekode ‘yo estaré aquí’, dyirè rekode ‘yo siempre estoy aquí’, dyireme rekode ‘yo estaba aquí’. Así combinables, como se ilustra en (2), estos predicados no verbales tendrían el mismo número de formas de un verbo intransitivo cualquiera: 1 2. Dyòdè òãîrê dyarükadèã dyòdè òãî-rè dyarüka-dè-ã este hombre-NOM brujo-NEG-PAS Este hombre no fue brujo. de. de 3sM/0:0|M Estas construcciones expresan las clases de predicación no verbal diferenciadas por Payne (1997:111): ecuación, inclusión, atribución, locación, existencia, y posesión. Pero las DP no constituyen verbos copulativos, sino marcadores pronominales unidos a bases verbalizadas, situación común en muchas lenguas americanas. REFERENCIAS Dixon, R.M.W. 2009. Basic Linguistic Theory (Volumen 2). Oxford: Oxford University Press. Dryer, Matthew. 2007. Clause Types. Language Typology and Syntactic Description, v. 2 (2nd edition), ed by Timothy Shopen, 224-75. Cambridge: Cambridge University Press. Mosonyi, Esteban Emilio, Jorge Mosonyi y Jorge Ramón García. 2000. Yaruro (Pumé). En: E. E. Mosonyi y J. C. Mosonyi, Manual de lenguas indígenas de Venezuela, Tomo II: 544- 593. Caracas: Fundación Bigott. Mosonyi, Esteban Emilio. 1966. Morfología del verbo yaruro. Estudio de los sufijos personales. Caracas: Universidad Central de Venezuela. Obregón, Hugo y Jorge Díaz. 1989. Morfología yarura. Maracay: Instituto Universitario Pedagógico Experimental de Maracay. Obregón, Hugo, Jorge Díaz y Luis Jesús Pérez. 1984. Léxico yaruro-español, español-yaruro. San Fernando: Gobernación del Estado Apure. Payne, Thomas E. 1997. Describing Morphosyntax. Cambridge: Cambridge University Press. Predicação não verbal em Arara (Karib) Ana Carolina Ferreira Alves Universidade de São Paulo Este trabalho apresenta e discute a predicação não verbal na língua Arara. Esta língua, pertencente à família linguística Karib, é falada por aproximadamente 500 pessoas na região do Médio Xingu, oeste do Estado do Pará. Segundo Dryer (2007), a predicação não verbal consiste em uma construção predicativa em que não há verbo. Neste estudo serão apresentadas as orações predicativas nominais, locativas e de posse predicativa encontradas em Arara, como ilustrado nos exemplos a seguir. a) b) ugon uro homem PRO:1 ‘Eu sou homem.’ j-eti-t ibak 1-casa-POSS longe ‘Minha casa é longe.’ 2 c) d) i-ga-t=pe taje uro 3-gordura-POSS=POSP INTS PRO:1 ‘Eu estou/sou muito gordo.’ to-min-ke omro T-comida-ADVEBIALIZADOR PRO:2 ‘Você está com fome.’ (Lit. ‘você tendo-fome’) A predicação não verbal nesta língua inclui pelo menos três estratégias de construção de cópula não verbal. Segundo Stassen (1997), a cópula pode ser um item lexical expresso, como um verbo ou um elemento pertencente à outra classe, ou não expresso. Neste último caso, há a justaposição do sujeito com o predicado, sem cópula (ou seja: cópula zero), como nos exemplos (a) e (b) acima. Além da estratégia de justaposição, serão apresentadas orações de cópula expressas por construções predicativas nominais que fazem uso de posposição, (c), e uso de construções do tipo t- -ke, em (d), que apresentam um circunfixo adverbializador. Note-se que em (c), -gat- consiste em um nome obrigatoriamente possuído, o que explica o uso da terceira pessoa. Ainda serão discutidas as classes de palavras – nomes, adjetivos e expressões locativas (sintagmas posposicionais), que podem ocupar a posição de núcleo dos predicados não verbais. Enquanto as expressões locativas são, geralmente, identificadas por meio de posposição, a identificação de duas classes plenas e distintas de nomes e adjetivos é discutível. Em outros tempos verbais, a cópula é verbal, conforme ilustra o exemplo (e): e) kure-p timna it-iny bem-POSP:TER PRO:1+3 COP-PASS ‘Nós(exclusivo) ficamos bem’ Por fim, serão apresentadas como as marcas de TAM são empregadas nos respectivos tipos de oração de cópula. As análises são baseadas em dados coletados no campo recentemente, e incluem análise de textos e material elicitado por meio de estímulos audiovisuais, além de perguntas diretas. Referências citadas DRYER, Matthew S. (2007) Clause types. In: Shopen (org.) Language Typology and Syntactic Description. vol. 1. 2ª edição. Cambridge: Cambridge University Press. STASSEN, Leon. (1997) Intransitive predication. New York: Oxford University Press. Verbos posicionais e predicados locativos em sanumá Joana Autuori Universidade Federal de Roraima Em sanumá, uma língua da família yanomami, os predicados de tipo locativo podem ser construídos com um verbo de significado genérico “existir” ou “estar”. Este mesmo verbo (ku), com pouco conteúdo semântico específico, se gramaticalizou como um clítico verbal que tem a função de hospedar as diversas marcas características da morfologia do verbo em sanumá, como as de tempo, aspecto e locação relativa, como em (1a) e (1b). 3 (1) a. Hia solai a= ku =a =ku =le. ali cesta 3SG(S)= existir =POS* =COP =PRS+PROX ‘A cesta está ali (próximo)’. b. Kutiataösö=naha salaka a= ku =a =ku =lati. canoa=LOC peixe 3SG(S)= existir =POS* =COP =PRS+DIST ‘O peixe está ali na canoa (do outro lado do rio)’. No entanto, ainda que haja a possibilidade de se utilizar o verbo existencial genérico (ku) como núcleo do predicado locativo, quando o falante tem acesso visual, ou conhecimento direto da situação relatada, há uma clara preferência por expressar esses predicados por meio de verbos existenciais mais específicos e que podem expressar diversos detalhes associados a essa “existencia predicada”. Na maioria das vezes, a informação semântica adicional que esses verbos proporcionam está ligada à posição em que se encontra a entidade predicada, como em (2a) e (2b), mas pode ainda informar se se trata de uma situação resultante de uma ação, como em (3). (2) (3) a. Hia solai a= pa =a =ku=le. ali cesta 3SG(S)= deitada =POS* =COP=PRS+PROX ‘A cesta está ali deitada no chão (próximo)’. b. Hia solai a= hĩta =a =ku=le. ali cesta 3SG(S)= estar em pé = POS* =COP=PRS+PROX ‘A cesta está ali em pé no chão (próximo)’. a. Kutiataösö =naha salaka a= titi =a =ku=lati. canoa=LOC peixe 3SG(S)= enfiar =POS* =COP=PRS+DIST ‘O peixe está (metido/enfiado) ali na canoa (do outro lado do rio)’. O uso obrigatório no presente do clítico =a, provisoriamente glosado como marca de verbo posicional (= POS*), parece ser uma das propriedades formais que caracteriza essa subclasse verbal que apresenta mais de duas centenas de elementos em seu paradigma. Este trabalho pretende caracterizar as propriedades formais e semânticas dos verbos que podem aparecer nesse tipo de predicado e verificar se esse conjunto de fato representa em sanumá uma subclasse verbal coesa e distinta dos demais verbos, assim como se descreve em outras línguas da família, como em yanomamɨ (Ramirez 1994, e Lizot, 1996) ou em yanomae (Ramirez 1998) ou yanomama (Perri-Ferreira, ms). Referências Lizot, J. 1996. Introducción a la Lengua Yanomamɨ: morfología. Caracas: Vicariato Apostólico de Puerto Ayacucho e UNICEF Venezuela. Ramirez, H. 1994. Le Parler Yanomami de Xamatauteri. Paris: Universidad de Aix en Provence. Tesis de doctorado. Ramirez, H. 1999. A prática do Yanomami. Boa Vista: Comissão Pró-Yanomami (CCPY). Perri-Ferreira, H. 2008 (manuscrito). La expresión de los conceptos de propiedad en yanomama. 4 Predicação não verbal em Oro Waram (Pacaas Novos, Wari’, Txapakura) Selmo Azevedo Apontes & Quesler Fagundes Camargos UFAC & UFMG O objetivo desta comunicação é apresentar, em uma perspectiva tipológica, as predicações não verbais em Oro Waram, variante da língua do grupo Wari’ (Pacaas Novos, Txapakura). Nosso trabalho se fundamentará basicamente em Payne (1997) e Dixon (2009). Inicialmente, mostraremos que construções equativas são formadas da seguinte forma: na primeira posição, há o demonstrativo ko kwaɲ ... kwaɲ, que circunda o nome taramaʔ “homem”. Esta estrutura, por sua vez, é seguida do segundo nome ateʔ “pai”, que se refere ao primeiro nome, conforme o exemplo (1). (1) kokwaɲ taramaʔ kwaɲ DEM.M.DIST.SG homem DEM.DIST “Aquele homem lá é meu pai” ateʔ pai-1SG.GEN Nas sentenças atributivas, por não possuir um elemento gramatical correspondente a uma cópula (i.e. verbo auxiliar), como ocorre, por exemplo, nas línguas românicas, o item de natureza adjetival, o qual dá o atributo, deve ocupar o núcleo da predicação, que nessa língua deve ser no início da sentença, por ser uma língua de núcleo inicial. Além do mais, este item deve ser seguido pelo marcador pronominal, que identifica a pessoa do sujeito, conforme exemplo (2). (2) kote:ne na: ʃiyat grande 3SG rede “A rede é grande” Os predicados locativos, os quais em português são representados por estruturas intransitivas, precisam de dois argumentos nucleares. Já no núcleo da predicação, ocorrem os itens pe: “está” ou koko: “estão”, que exercem a função de verbo auxiliar, conforme exemplos abaixo: (3a) pe: naɲ panaʔ wiwiw estar.SG 3SG.N árvore gavião “O gavião está na árvore” (3b) koko: nanaɲ panaʔ wiwiw estar.PL 3PL.N árvore gavião “Os gaviões estão na árvore” As construções de possessivo são identificadas por um argumento na forma dativa, geralmente na primeira pessoa do singular, já que nessa pessoa é onde se manifesta uma maior cisão na forma de se codificar os argumentos dos verbos. Veremos que essas estruturas possuem como verbo auxiliar o item maʔ “ter, existir”, como pode ser visto abaixo: 5 (4) maʔ na: paʔ wiyimaɲ wak ter 3SG 1SG.DAT DIM.N faca mam kɾük ton ham final escamar 1SG-M.SG peixe “Eu tenho minha faca para escamar peixe” Por fim, vale ressaltar a riqueza das configurações sintáticas e os modos de expressão na língua Oro Waram, os quais estão impregnados pela relação do homem com o mundo. Dessa forma, as estruturas de predicação não verbal têm muito a contribuir para o conhecimento tipológico das estruturas possíveis e permissíveis nas línguas humanas. Payne, Thomas E. 1997. Describing Morphosyntax. Cambridge University Press. Dixon, R.M.W. 2009. Basic Linguistic Theory: Vol 2. Oxford University Press. Argument marking in Tupian languages: typology, development and diffusion Joshua Birchall, Radboud Universiteit Nijmegen and Museu Goeldi When considering the linguistic typology of South America, those languages spoken in the eastern portion of continent—defined as the region east of the Madeira-Madre de Dios and Negro rivers— display a skewed distribution of a number of structural features related to argument marking, such as prefix person markers, inversion, clusivity, ergative alignment in indexation, middle-type valency decreasing constructions and a lack of core case marking (Birchall 2014). Interestingly, these features are found in many Tupian languages, especially those that expanded outside of the postulated homeland of the protolanguage, suggesting that these languages may have been involved in their spread. After outlining the argument marking strategies utilized by the Tupian languages, this paper explores one central question: what role did the Tupian expansion play in the linguistic geography of South America? To form an empirical basis for the quantitative analysis of the areal distribution of argument marking features, the study adopts a representative sample of 75 languages from 40 different linguistic families distributed across the entire continent. Within this sample, 14 languages come from the Tupian family, 9 of which are considered expansionist. Geographic regions are delineated using geomorphological and cultural criteria, as in Murdock (1951). The areality of linguistic features are diagnosed using the procedure proposed in Bickel and Nichols (2006). Expert reconstructions, and when unavailable, parsimony-based models, are used to infer earlier stages of language structures in Tupian and other major language families of eastern South America (cf. Cysouw 2006, Muysken et al. 2014, Birchall, to appear). Features reconstructable to protolanguages that predate the Tupian expansion can thus be excluded as possible candidates for contact-induced change and thus represent either family-internal developments and/or influence from non-Tupian languages. The Tupian languages serve here as a test case to examine the role that formative period language expansions have had in the typological makeup of South American languages. Such studies can shed light on the ethnogenetic and sociolinguistic processes that have helped to shape the current 6 distribution of indigenous peoples across the continent. The Tupian languages are ideal candidates for this type of research due to their wide geographic spread and the availability of quality descriptive and historical materials on the family. Beyond reexamining some well-established notions in South American linguistics, like the concept of Amazonia as a linguistic area (Dixon and Aikhenvald 1999), this paper helps to place the Tupian languages within the broader typological context of South America. Non-verbal predication in Paresi-Haliti Ana Paula Brandão University of Texas at Austin I will present the description of non-verbal predication in Paresi. The Paresi people, who number approximately 2000, live in Mato Grosso, Brazil. Nouns, numerals, quantifiers and adverbs can function as heads of non-verbal predicates. The following types of predicates are found: nominal, locational, and possessive predicates. There are two types of strategies used: juxtaposition or the copula tyaona. In nominal predicates, the copula tyaona has a more restricted use, with the meaning 'become'. In locative predicates, the copula is used when aspect is specified. Nominal predicates formed by juxtaposition have the following as heads: nouns, numerals or quantifiers. Nominal predicates can be further classified into proper inclusion or identification, and equative (Payne, 1997). The heads of nominal predicates can take aspect markers and personal clitics. The copula tyaona means 'become', and takes also aspectual markers. In locative predicates, juxtaposition is used when aspect is not specified, and the location argument can either precede or follow the theme argument. When aspect markers are required, a copula is used and the argument structure is: a theme argument, a location argument and the copula. The origin of the copula is the verb tyaona which has the meanings: 'live, be born, be, stay, become, happen'. The probably source for the copula is tyaona as a dynamic verb meaning 'happen, become'. Dynamic verbs are one of the main sources of copular verbs (Stassen, 1997). Finally, the focus of this presentation will be the possessive predicates. Possessive predicates may be derived from inalienable (plant parts and kinship terms) and alienable nouns through the attributive ka-. Its negative counterpart is the prefix ma- which derives private stative predicates from nouns and stative verbs. In (1)a, ka- derives a stative predicate from the inalienable noun ityani 'son, daughter', and, in (1)b, the negative stative predicate indicates that the subject of the predicate does not possess the root from which the predicate is derived. In addition, these prefixes have another function of deriving a noun from another noun. Similar to other stative predicates, these constructions may exhibit the gender markers -hare 'MASC' or -halo 'FEM', but the marking is optional. They are typologically interesting because it is not a common strategy to use prefixes such as ka- and ma-, and because of the overlap with another function in the language. (1) a. kaitsaniro kaityani -ro ATTR- son, daughter -FEM ‘She has a son, daughter’ (E) 7 b. maitsani(halo)ha ma- itsani -halo NEGson, daughter -FEM ‘they do not have children’ (E) -ha -PL References Payne, Thomas E. 1997. Describing Morphosyntax. Cambridge University Press. Stassen, Leon 1997. Intransitive Predication. Oxford: OUP. Pronombres con función innovadora en predicados no verbales ye'kwana Natalia Cáceres Arandia University of Oregon & Laboratoire Dynamique Du Langage Esta presentación investiga la función de las secuencias de pronombres de 3ra persona en los predicados no verbales de la lengua ye'kwana (familia caribe, alrededor de 6000 hablantes en Venezuela y Brasil). El siguiente recuadro presenta el complejo sistema de pronombres de 3ra persona: PRONOMBRES SINGULAR PERSONALES tüwü DEMOSTRATIVOS INANIMADO Invisible iyö Próximo edö Medio mödö Distante möönü Cuadro 1. Pronombres de 3ra persona PLURAL tünwanno ANIMADO ñöödö mö'dö mööyö mökkü ñanno – kanno makkamo Los predicados no verbales en ye'kwana se pueden construir por simple yuxtaposición de un predicado {pronombre; nombre; adverbio; sintagma posposicional} y un sujeto {pronombre; nombre} o con la ayuda de un verbo copulativo que indexicaliza de manera regular una referencia al sujeto. Por otra parte, ciertos ejemplos parecen sugerir la existencia de una tercera estrategia basada en el uso de un pronombre de 3ra persona como elemento copulativo. (1) a. Ñöödö mööyö a-jadüi-_-'kö. DEMan DEM2an 2-hermana-POS-DIM ‘Esta es tu prima.’ (ConvChur.345) b. [...] Mööyö ñöödö a-tamu-dü, mö'dö tü ñöödö o-wo-dü. DEM2an DEMan 2-abuelo-POS DEM1an INTENS DEMan 2-tío-POS ‘[Mi mamá me decía así:] este es tu abuelo, este sí es tu tío.’ (ConvChur.347) c. Mödö iyö mödö i-w-ei-'jüdü yaawö. DEM2in DEMin DEM2in 3-INTR-COP-PAS.NZR entonces ‘Así fue, así pasó.’ (CtoTigMor.068) 8 Sin embargo, no es evidente cuál sea la función del segundo pronombre de la secuencia, puesto que en otras construcciones un pronombre que precede a sustantivo puede ser interpretado como modificador de este último o incluso como si introdujera o fuera parte de una oración relativa. (2) a. Mö'dö ñöödö tüddödö-to w-aamödeta-'jüdü. DEM1an DEMan aparte-NZR INTR-convertirse-PAS.NZR ‘Este es el que se creó aparte.’ (IvwCti.174) b. ¿Jademu-:ne ñöödö önöö-ttö oso_hormiguero-INTENS DEMan comer_carne-que_puede ‘¿Era el oso hormiguero que nos comía?’ (CtoKms.250) kün-a'ja-aakö? 3.DIS-COP-PDI ¿Cómo se deben interpretar las secuencias de tipo [NProN]? ¿El pronombre se comporta aquí también como modificador o ha desarrollado una función copulativa? La interpretación en tanto que modificador se hace aún más difícil cuando la secuencia de dos pronombres no precede a ningún sustantivo, a no ser que él pronombre personal funcione como modificador del demostrativo. (3) a. Tün-üdü-e-:ne tüwü mö'dö, mö'dö PTCP.TR-hacer-PTCP-INTENS 3.SG DEM1an DEM1an ‘Él es hacedor/el hace, ese Alejandro.’ (DescTab.262) b. ¿Iye ka tüwü mödö? palo PI 3.SG DEM2in ‘¿Ese es un palo?’ (ConvChurB.070) Adejantudu. Alejandro Este estudio se basa en un corpus de textos espontáneos de más de 45 000 palabras recolectados de primera mano en dos comunidades ye'kwana de la cuenca del río Caura en Venezuela. Lista de abreviaciones COP=verbo copulativo; DEM{1,2,3}an=demostrativo animado {próximo, medio, distante}; DEM{1,2,3}in=demostrativo inanimado{próximo, medio, distante}; DIM=diminutivo; DIS=distante; INTENS=intensificador; INTR=intransitivo; NZR=nominalizador; PAS=pasado; PDI=Pasado Distante Imperfectivo; PI=particular interrogativa; POS=posesión; PTCP=participio; SG=singular; TR=transitivo Non verbal predication in Yawanawa (Pano) Livia Camargo Tavares UFRJ Stative verbs like keya ‘be tall’ in Yawanawa may figure in predicational (1-a) and attributive constructions (1-b) if inflected in the perfect aspect. (1-c) shows keya functioning as a verb with an imperfective aspect morpheme -ai. It is difficult to determine whether in (1-b) we have a biclausal construction built from the verbal predication in (1-a) or if it is the other way around and (1-a) is syntactically an adjectival attributive construction semantically equivalent to a copular predication. 9 (1) a. Nawa keya. foreigner tall/be.tall.PRF ‘The foreigner is tall’. b. Nawa keya nuku-a. foreigner tall arrive-PRF ‘A tall foreigner has arrived.’ c. Pakaruka shani, vari key-ai-nũ usha. Pakaruka lazy sun be.tall-IMPV-DS sleep.PRF ‘Pakaruka is lazy, the sun is going up and he is sleeping.’ The morpheme -pa denotes the result of a process and must be suffixed to process verbs such as ewa ‘to grow’ for it to figure in predicational (2-c) and attributive (2-d) constructions. (2-a) and (2-b) show ewa acting as a verbal predicate taking perfect and progressive aspect morphemes. The same questions that apply to the stative verb in (1) arise in (2). It is difficult to determine whether we have biclausal constructions in (2-c) and (2-d) or if the predicate ewa loses its verbal status as a noun modifier. (2) a. Vakehu ewa. child grow.PRF ‘The child has grown.’ b. Vakehu ewa-i. child grow-PROG ‘The child is growing.’ c. Vakehu ewa-pa. child grow-RES ‘The child is big.’ d. Vakehu ewa-pa nuku-A. child grow-RES arrive-PRF ‘The big child has arrived.’ There are two criteria that can be applied to these constructions to show where phrase boundaries lie and thus hint at the category of the predicate. The first one is pluralization. Plural suffix -hu marks both verb and noun phrases in intransitive (3-a) and transitive (3-b) verbal constructions. (3-c) shows that a phrase takes only one plural marker, given the ungrammaticality of (3-d). (3) a. Yume-hu ve-a-hu. young.person-PL come-PFV-PL ‘The young people came.’ b. Awihu-hãu yuma pitxã-hu. woman-PL.ERG fish cook-PL ‘The women cooked fish.’ c. [Awĩhu yuma pitxã]-hãu woman fish cook.PRF-PL.ERG ‘The women who cooked fish saw me.’ ea 1S.OBJ 10 ũiy-a-hu. see-PRF-PL d. *[Awĩhu-hãu yuma pitxã]-hãu woman-PL.ERG fish cook.PRF-PL.ERG ‘The women who cooked fish saw me.’ ea 1S.OBJ ũiy-a-hu. see-PRF-PL Thus, the ungrammaticality of (4-b) shows that suffix -pa indeed marks a non-verbal predicate and that we have an attributive adjectival construction in (4-a). (4) a. Peshe ewa-pa-hu. / Peshe-hu ewa-pa. house grow-RES-PL / house-PL grow-RES ‘The houses are big’. b. *Peshe-hu ewa-pa-hu. house-PL grow-RES-PL ‘The houses are big.’ Coordination is one more evidence that shows the non-verbal nature of these constructions. Coordinated verbal predicates are connected by means of switch reference markers. Non-verbal attributive constructions such as (5-a), (5-b), and (5-c) are connected by the same conjunction used to coordinate noun phrases as in (5-d). (5) a. Na peshe ewa-pa inũ xaraka-pa. DEM.PROX house grow-RES CONJ be.good-RES ‘This house is big and good.’ b. Peshe ewa-pa ka-i-ma inũ txaka-xta house grow-RES AUX-IMPV-NEG CONJ be.small-DIM ‘The house is not so big and not so small.’ c. Awĩhu keya inũ shua. woman tall and fat ‘The woman is fat and tall.’ d. Ẽ inũ mĩ inũ Sana ka-i. 1S.SUBJ CONJ 2S.SUBJ CONJ Sana go-PROG ‘You and Sana and I are going.’ ka-i-ma. AUX-IMPV-NEG Deriving Tupian SVO Javier Carol, University of Buenos Aires Bernat Bardagil, University of Groningen Andrés Salanova, University of Ottawa Word order is predominantly head-final all across the Tupian family (Moore 1991, Rodrigues and Cabral 2012, among much other work). In light of this, the presence of VO order in at least a couple of the languages in the Tupi- Guarani branch (e.g., Guarani, which is SVO), as well as avoidance of verb finality in main clauses described for Karitiana (Storto 2013) are an anomaly even languageinternally, as the head-final order is maintained in genitive- noun constuctions, adpositional phrases, and, in Karitiana, also in subordinate clauses. 11 The more general issue of incongruent head-complement order in matrix clauses has been identified as a research question by language typologists, who recognize that “there is evidence that languages of one of the uncommon [“incongruent”] types have undergone a recent historical change in the order of object and verb” (Dryer 2013). In the present talk, we present the results from our survey of the literature of Tupian languages in search of evidence for a recent switch to VO. Differently from what is done in the typological enterprise, however, we argue that the evidence for consistent underlying head-final order in Tupian can be found syn- chronically. Extending Storto’s work, we find synchronic evidence of matrix clause head movement in various languages beyond Karitiana, but, strikingly, we find even more numerous cases where the evidence points to incongruous headedness in matrix clauses being the result of phrasal extraposition both to the right and to the left edges of the clause. We discuss diagnostics for extraposition with particular reference to original data from Guarani, at the same time that we reexamine object agreement and the object incorporation construction in this language. We contend that the extraposition approach is generally applicable both to other Tupian and to some non-Tupian languages spoken in the region, including a few from the Mataco-Guaykuruan and the Macro-Jˆe families, that have matrix clause SVO but head-final structures else- where. References Dryer, Matthew S. (2013) “Relationship between the Order of Object and Verb and the Order of Adposition and Noun Phrase” (http://wals.info/chapter/95) Moore, D. (1991) “A few aspects of comparative tupi syntax”. ICA 47. Rodrigues, A., and A. Cabral (2012) “Tup´ıan”. In The Indigenous Languages of South America, pp. 495-574. Storto, L. (2013) “Constituent order and information structure in Karitiana” ms. Predicados existenciais em Canela Flávia de Castro Alves Universidade de Brasília & University of Oregon Predicados existenciais em Canela apresentam vários tipos de construção. Uma delas é constituída por um nome alienável que ocorre na posição de núcleo do predicado, o qual é precedido por seu sujeito, marcado pelo caso dativo (1a-b). Nos casos em que o nome é inalienavelmente possuído, o sujeito e o prefixo de posse são co-referentes (2a). Para os nomes alienavelmente possuídos, o nome pode receber a marca de genitivo -ɔ̃ (2b). (1) (1) a. ku-ma tɛp 3-DAT peixe ‘ele tem peixe’ (lit. ‘há faca para mim’) b. mɛ= ku-ma amji=khin=tʃɜ PL= 3-DAT RFL=ser.agradável=NMZ ‘eles tem namorada’ (lit. ‘há namoradas para eles’) 12 (2) (2) ai-to a. ai-ma 2-DAT 2-irmão ‘você tem irmão’ b. kuprɨ ma h-ɔ̃ menina DAT 3-GEN ‘a menina tem pai’ tʃũ pai O objetivo deste trabalho será mostrar (i) de que maneira os predicados existenciais em Canela são diferentes dos predicados possessivos (3) e locativos (4): (3) (4) pur i-tɛ khje roça 1-COP lado ‘a roça é minha’ pɜrkhrɛ kham j ̃ canoa LOC estar.sentado ‘(ele está) na canoa (sentado)’ (ii) mostrar a variação na posposição marcando o sujeito ma DATIVO versus pe MALEFACTIVO na interrogativa (5) e na negação existencial (6): (5) (6) a. a-ma pɜrkhrɛ? 2-DAT canoa ‘você tem canoa?’ a. ku-ma iʔ-pro inarɛ 3-DAT 3-esposa Neg.Exist ‘ele não tem esposa’ (5) b. (6) b. a-pe pɜrkhrɛ? 2-MAL canoa ‘você não tem canoa? ku-pe iʔ-pro inarɛ 3-MAL 3-esposa Neg.Exist E finalmente (iii) mostrar a expressão do modo irrealis nas construções existenciais (7). Estas podem comportar-se de maneira similar às típicas orações verbais, ao mesmo que apresentam uma gramática própria das orações não verbais. (7) (7) (7) a. kei=ha ij-ma tɛp [sempre nao co-referentes] 3=IRR 1-DAT peixe ‘eu vou ter peixe’ b. [ke=ha juʔkʰam iʔ-tu] ke ha kuhɨ na iʔ-nkro 3=IRR onde 3-inchaço 3 IRR fogo LOC 3-esquentar nɛ tɔ kakro ke ha iʔ-ntʃu SS INSTR esquentar 3 IRR 3-desinchar ‘se tem um inchaço em algum lugar (do corpo), esquenta (a folha) no fogo, aquece (a parte inchada) com (a folha) e vai desinchar’ c. apen [ke=ha amkrə kʰam i-ra nɛ h-o] mangaba 3=IRR verão LOC 3-flor e 3-fruto ‘mangaba dá flor e fruto no verão’ (lit. ‘(sobre o pé de) mangaba, há flores e frutos no verão’) 13 (7) d. ke=ha i-ra nɛ h-o nɛ iʔ-ntɛp 3=IRR 3-flor e 3-fruto SS 3-estar.vermelho ke=ha mɛ iʔ-kʰẽʔkʰẽ nɛ iʔ-hɨ nɛ kahuw kʰam twə 3=IRR PL 3-quebrar SS 3-semente SS pilão LOC pisar ‘quando dá flores e frutos e eles ficam maduros, a gente quebra (o galho que está com o fruto), debulha, (coloca) no pilão e pisa’ An internal classification of Tupí-Guaraní using computational phylogenetic methods Natalia Chousou-Polydouri, Zachary O'Hagan, Keith Bartolomei, Erin Donnelly, and Lev Michael University of California, Berkeley This talk presents a new internal classification of the Tupí-Guaraní (TG) family, based on a computational phylogenetic analysis of lexical data. Previous classifications of TG typically recognize eight major subgroups (Rodrigues 1984/1985, Jensen 1998, Mello 2000), but propose no relations between these groups. Rodrigues and Cabral (2002) propose a more detailed structure, but the tree remains modestly articulated. The classification we present proposes more detailed relationships between proposed TG subgroups, and in some cases, questions the validity of these subgroups. We analyze a lexical dataset based on ~600 meanings for which lexical items were collected from 31 TG languages, spanning all eight proposed subgroups, and two outgroup Tupian languages (Awetí and Sateré-Mawé). On the basis of this dataset we constructed ~1400 non-singleton cognate sets, using a method that prioritized inter-coder agreement on similarity judgments, examined forms for morphological complexity, and made use of sound correspondences to distinguish cognates from mere lookalikes. In addition, semantic shift was tracked, with cognate sets including forms with shifted meanings, as well as roots isolated from compounds. Sets were coded as binary presence/absence characters for each language, and the resulting character matrix was analyzed using Bayesian phylogenetic methods as implemented in MrBayes (Ronquist and Huelsenbeck 2003), using a restriction site model that allowed for different cognate loss and gain rates across etyma, and a majority-rule consensus tree with explicit posterior probabilities. Our results exhibit partial overlap with traditional low-level TG subgroups. Our analysis confirms the membership of Groups III, VI, and VII, while merging Groups I and II. Our results indicate a different partitioning of Group IV and V languages, and a split of Group VIII into two subgroups. Our analysis mostly supports Cabral and Rodrigues' (2002) claim that Group IV, V, and VI languages form a subgroup (although we posit a different structure), but does not confirm that these languages form a subgroup with Groups VII and VIII. Our analysis includes two languages of uncertain status in previous classifications, Aché and Pauserna, which we place in the merged Group I and II subgroup. At higher levels of organization, we find a subgroup consisting of Groups I, II, III and Tembé (a traditional member of Group IV), another subgroup including most of the languages of Groups IV, V, and VI, and two high-level subgroups consisting of northern and southern members, respectively, of Group VIII. Kamaiurá emerges as the first language to split off of TG. 14 References Jensen, Cheryl. 1998. Comparative Tupí-Guaraní Morphosyntax. In Desmond Derbyshire and Geoffrey Pullum (eds.), Handbook of Amazonian Languages, pp. 489-618. New York: Mouton de Gruyter. Mello, Antônio A. S. 2000. Estudo histórico da família lingüística tupí-guaraní: Aspectos fonológicos e lexicais. PhD dissertation, Universidade Federal de Santa Catarina. Rodrigues, Aryon Dall'Igna. 1984/1985. Relações internas na família lingüística tupí-guaraní. Revista de Antropologia 27/28: 33-53. Rodrigues, Aryon and Ana Suelly Cabral. 2002. Revendo a clasificação interna da família tupíguaraní. In Ana Suelly Cabral and Aryon Rodrigues (eds.), Línguas Indígenas Brasileiras: Fonologia, Gramática e História. Belém: Editora Universitária, Universidade Federal do Pará. Ronquist, Fredrik and John P. Huelsenbeck. 2003. MrBayes 3: Bayesian Phylogenetic Inference Under Mixed Models. Bioinformatics 19(12): 1572-1574. Abordagem prosódica de dois processos de espalhamento na língua Dâw Wallace Costa de Andrade Universidade de São Paulo Este resumo tem como objetivo apresentar dois processos de espalhamento fonológico da língua Dâw (noroeste da Amazônia, Brasil) sob a óptica da fonologia prosódica, proposta por Nespor & Vogel (1986). Dois fenômenos da língua serão abordados: o espalhamento de nasalidade e o espalhamento de oralidade a partir de vogais orais. Investigaremos, através da motivação dos domínios prosódicos propostos por Nespor & Vogel, em quais níveis estes dois processos ocorrem. Martins (2004) descreve que “as vogais nasais espraiam o traço de nasalização para as laterais e aproximantes tautossilábicas” (Martins, 2004: 63). Assim, palavras como /hɔj̃ / ‘focar’, se realizarão como [hɔȷ̃ ]̃ - com aproximante nasalizada. Sua descrição e seus dados mostram a ocorrência desse fenômeno no domínio da sílaba, mas a autora não faz menção sobre a possibilidade de sua ocorrência em outros domínios. O mesmo ocorre com o espalhamento de oralidade. Na língua há consoantes nasais pré-oralizadas ([bm], [dn]), que são alofones das nasais correspondentes (/m/, /n/) em posição de coda precedidas por vogal oral. Essa realização ocorre porque, segundo a autora, “as vogais orais bloqueiam o espraiamento do traço nasal” (Martins, 2004: 65), sugerindo que para a efetivação desse processo, basta apenas a adjacência, não importando o domínio prosódico. No entanto, a autora ilustra processos de ressilabificação em que a coda passa para ataque de outra sílaba e ainda permanece préoralizada (Martins, 2004: 49). Nesse estudo, buscamos ambientes em que os segmentos atendem à descrição proposta por Martins (2004) para o espalhamento e o bloqueio de nasalidade em domínios prosódicos hierarquicamente 15 superiores à sílaba para verificar se ambos os processos ocorrem. Observamos que, com a formação de uma nova palavra fonológica e ressilabificação, os processos não ocorrem mais e esse comportamento se repete através dos outros domínios. Apesar dos testes em diferentes níveis prosódicos, concluímos que os processos acima mencionados não ocorrem em domínio prosódico superior à sílaba. Martins (2004), Fonologia e gramática Dâw, Amsterdan: Vrije Universiteit. Nespor & Vogel (1986), Prosodic Phonology, Berlin – New York: Mouton de Gruyter. Complexidade e competição entre predicados nominais em Kubeo Thiago Costa Chacon Universidade Católica de Brasília A língua Kubeo (Tukáno Oriental) possui um alto número de cópulas e estratégias de predicação nominal, conforme apresentado na tabela 1, abaixo. São pelo menos 6 tipos de cópulas (8 morfemas ao todo), além do verbo possessivo kɨwa ‘ter’ (derivado de kɨ ‘estar, existir, haver’ + -wa ‘causativo’). Nos exemplos em (1), apresento o uso de alguns desses tipos de cópulas. Verbos posturais também podem funcionar como núcleos de predicados nominais locativos ou progressivos (cf. (2)), e há ainda um grande número de predicados nominais sem verbos/cópulas (cf. (3)). O objetivo deste trabalho é apresentar uma descrição detalhada da complexidade deste sistema à luz dos aspectos estruturais e funcionais definidores de uma tipologia dos predicados nominais, e salientar a variação e a competição funcional entre formas de predicação nominal. Isso será feito a partir de uma perspectiva funcional e pragmática, apontando para as correlações entre predicação nominal, estratégias discursivas e categorias gramaticais como focalização, polaridade, evidencialidade, tempo e aspecto. Cópula Tipo Cópula Plena ba be bu ba bebu Cópula Afixal ame Cópula negativa kɨ Cópula locative e existencial te Quasi-cópula Cópula Afixal Propriedades estruturais - Flexiona-se como qualquer verbo - combina-se com frases nominais focalizadas - Flexiona-se somente no presente, evidencialidade “primeira-mão” - combina-se com frases nominais focalizadas - Flexiona-se somente no presente, evidencialidade “Assumido” - combina-se com frases nominais focalizadas - Flexiona-se como qualquer verbo - Apenas predicados negativos - Homófono com o verbo ame ‘ser mal, ser feio’ - Flexiona-se como qualquer verbo - Deriva nomes em verbos - Flexiona-se como qualquer verbo - Significado básico “fazer” 16 (1) (a) (b) (c) (d) (e) (2) (3) PREDICADOS NOMINAIS ATRIBUTIVOS E EQUATIVOS CÓPULA AFIXAL hi mamiko ɨra-ko-be meu irmã.mais.velha grande-FEM-COP.3AN.SG ‘minha irmã mais velha é gorda’ CÓPULA PLENA Paulo ba#te-kɨbe boa-yɨ Paulo ser#fazer-INFRR.3MSC amatar-NMZ.MSC ‘Paulo deve ter sido quem matou (a cobra)’ CÓPULA PLENA -̃ má#te-ame põe kũa-re ã-ñɨ pamurɨ ele-SER#fazer-II.3MSC pessoa osso-OBL comer-NMZ.MSC tatu ‘ele, o tatu, é quem come os ossos das pessoas’ CÓPULA NEGATIVA hã-i-mɨ ame-ame ver-ST-PASS.MSC COP.NEG-II.3MSC ‘ele não pode ser visto CÓPULA PARA EVIDENCIALIDADE “ASSUMIDO” kuina#ope makarõ=ka-kɨ habo-kɨ-bebu curupira floresta-ORIG-MSC chefe-MSC-COP.ASSUM ‘o Curupira é o chefe da mata’ VERBOS POSTURAIS EM FUNÇÃO DE CÓPULA hora-i=e a-rĩ pẽo-rĩ doba#te-kemaw ̃ carregar-ST=MSS fazer-CNV trançar-CNV sentar#fazer-ASSUM.PASS ‘eles carregavam, e ficavam trançando (sentados)’ PREDICADOS NOMINAIS SEM VERBOS EQUATIVO mɨ hi-kɨ ̃ você ele poss-MASC ‘você (é) parente dele’ ATRIBUTIVO õrẽ=we kãme=we banana=CL.BLADE verde=CL.BLADE ‘a banana (is) está verde’ LOCATIVO hi hahowai=yo pãukɨ kãçino-i meu vara=CL.LONG rede abaixo-LOC ‘minha vara está debaixo da rede’ 17 Non-verbal predicates and copula clauses in Itonama (Isolate; Bolivia) Mily Crevels Institution: Leiden University Itonama is a nearly extinct language once spoken in Magdalena, a small town in the Amazonian lowlands of northeastern Bolivia. It is a polysynthetic, head-marking, V-initial language with an accusative alignment system combined with an inverse subsystem in independent clauses, and straightforward accusative alignment in dependent clauses. The language has no case markers or adpositions. This paper surveys non-verbal predicates (predicate nominals, predicate adjectives, predicate locatives) and copula clauses (existential and possessive) in Itonama, with special focus on the obligatory use of classifiers in copula clauses (1) and predicate locatives (2). (1) (2) si-cha’u u-mu o-mesa EX-CLF:seated.SG DV-man DV-table ‘There is a man (seated) at the table.’ ihwana cho-’eta ah-mi-ku Juan inside-CLF:standing.SG 3SG-REL-house ‘Juan is in his house (at home).’ [existential] [predicate locative] Furthermore, Itonama disposes of a whole series of extremely productive derivational locative and directional prefixes – as cho- ‘inside’ in (2) –, which play an important role in predicate locatives and word formation in general. Copula - Locative prefix - Predicate nominal Predicate adjectives Predicate + locatives Existential + clauses Possessive + clauses Table 1. Overview of non-verbal predicates in Itonama 18 Classifier - Inflection - - - + limited + limited + limited Exploring traces of contact between Tupi-Guarani languages and their neighbors Patience Epps University of Texas, Austin As the Tupi-Guarani languages dispersed into far-flung regions of the Amazon basin, their speakers came into contact with speakers of other languages who preceded them. To date, we have little insight into what traces this contact may have left in the languages concerned, or what its effects might tell us about the dynamics of the interaction between speakers of Tupi-Guarani and other languages. Did Tupi-Guarani speakers tend to hold the balance of power, resulting in mostly oneway patterns of borrowing into neighboring languages? Or did contact tend to go both ways? Did it involve the sharing of a few ideas, or the assimilation of whole speech communities? To what extent might the Tupi-Guarani diaspora have been a mechanism of spread for linguistic features that are widely distributed in the Amazon basin? This paper explores these questions by investigating the linguistic traces of contact between Tupi-Guarani languages and their neighbors. Particular areas of interest include numeral terms, most notably a common strategy for creating terms for ‘4’ from words meaning ‘companion’ (which appears to have been inherited in at least a major branch of Tupi-Guarani and is found in dozens of non-Tupi-Guarani languages across the Amazon; see Epps 2013); loanwords and Wanderwörter among terms for flora and fauna and items of material culture (see e.g. Rydén 1962, Shepard & Ramirez 2011); and evidence for contact in grammatical structures and categories (e.g. Cabral 1995, Michael forthcoming). Sources of data include extensive surveys of lexical and grammatical features that are currently in progress for a large set of Amazonian languages. In assessing the possibility of contact, I explore the diachrony of the features considered within the Tupi-Guarani family and (where possible) in neighboring families. I also consider the challenges in distinguishing between borrowing events that took place prior to European contact, and those that involved the European-mediated spread of lingua geral amazonica. References cited Cabral, Ana Suelly A. C. 1995. Contact-induced language change in the Western Amazon: The nongenetic origin of the Kokama Language. Ph.D. Dissertation, University of Pittsburgh. Epps, Patience. 2013. Inheritance, calquing, or independent innovation? Reconstructing morphological complexity in Amazonian numerals. Journal of Language Contact 6:329-357, special ed. P. Epps, J. Huehnergard, N. Pat-El. Michael, Lev. Forthcoming. On the Pre-Columbian origin of Proto-Omagua-Kokama. Journal of Language Contact 7(2). Rydén, Stig. 1962. Salt trading in the Amazon basin: Conclusions suggested by the distribution of Guarani terms for salt. Anthropos 57: 644-659. Shepard, Glenn H. Jr. and Henri Ramirez. 2011. ‘Made in Brazil’: Human dispersal of the brazil nut (Bertholletia excelsa, Lecythidaceae) in ancient Amazonia. Economic Botany 65: 44-65. Note: This talk will probably be given in Portuguese, but I can also present in Spanish or English as best fits the audience. 19 Predicados não verbais em Apurinã (Aruák) Sidi Facundes, Marília Fernanda C. Freitas & Bruna Fernanda S. Lima (no affiliation given) Neste trabalho apresentaremos uma análise aprofundada dos predicados não verbais em Apurinã (Aruák). Nessa língua, além dos predicados que contêm verbos transitivos, intransitivos, ditransitivos ou ambitrantivos, há predicados em que tais verbos estão ausentes. Tipicamente, predicados não verbais em Apurinã consistem na justaposição de um sintagma nominal e de um sintagma não verbal, como em 1a-b, ou de um sintagma nominal mais uma forma pronominal proclítica ou enclítica. Intermediariamente, entre os verbos típicos e os nomes há, no entanto, elementos que apresentam estruturas particulares quando usadas como predicados. No primeiro caso, o verbo auxiliar txa é usado com a função de cópula e com flexão reflexiva (2); no segundo caso, o verbo existencial admite apenas um argumento, marcado como objeto (3); no terceiro caso, parte dos conceitos de propriedade também diferem dos verbos mais típicos na língua, já que aqueles são marcados pelas formas pronominais de objeto (4a), enquanto estes são marcados pelas formas pronominais de sujeito (4b). Portanto, há um conjunto especial de estruturas gramaticais utilizadas na língua, tanto na expressão de predicados não verbais, quanto como de predicados verbais menos prototípicos, que diferem da estrutura de predicados verbais envolvendo verbos mais prototípicos. Apresentaremos uma análise compreensiva dessas estruturas e das suas funções sintáticas, descrevendo as particularidades gramaticais de cada uma delas e as informações discursivo-pragmáticas, nos casos pertinente, que permitem ao falante escolher entre as diversas estruturas possíveis para expressar o que parece ser o mesmo conteúdo proposicional. Em seguida, discutiremos a relevância dos dados de Apurinã para a tipologia dos predicados não verbais em geral. 1 2. 3. 4 a. kyky pupỹka-ry homem Apurinã-M ‘O homem é Apurinã.’ b. ywa kyky 3SG.M homem ‘Ele é homem/macho.’ uwa-kanera syto u-txa-wa 3SG.F-TAMBÉM mulher 3SG.F-AUX-REFL ‘Ela também é mulher.’ i-ie sãku awa-ry M-PROX traíra haver-3M.O ‘Havia (peixe) traíra.’ a. papate-nu nuta ser.tímido-1SG 1SG ‘Eu sou tímido.’ b. py-thyma-ta 2SG-estar.cansado-VBLZ ‘Tu estás cansado.’ 20 Abreviações usadas: AUX: auxiliar; F: feminino; M: masculino; O: objeto; REFL: reflexivo; SG: singular; VBLZ: verbalizador. Antipassiva em Tenetehára (Tupí-Guaraní) Quesler Fagundes Camargos & Ricardo Campos de Castro UFMG As construções antipassivas nas línguas naturais, apesar de semanticamente selecionarem dois argumentos nucleares, apresentam um comportamento morfossintático semelhante a configurações intransitivas. Nestas estruturas, argumentos internos não recebem Caso estrutural (Caso absolutivo para línguas Ergativas, por exemplo), mas recebem Caso abstrato de uma adposição (razão pela qual são considerados como objeto demovido). Em groenlandês, por exemplo, quando um verbo transitivo recebe morfologia antipassiva, ele deixa de concordar com seus dois argumentos passando a concordar apenas com o argumento externo, ao passo que o argumento interno recebe Caso abstrato de uma posposição, conforme exemplos abaixo: (1a) Jaaku-p illu sanavaa Jacó-ERG casa.ABS estar.construindo-TR.INDIC-3SG.E/3SG.A “Jacó está/estava construindo a casa” (Bittner 1987: 195) (1b) Jaaku illu-mik sanavuq Jacó.ABS casa-INS estar.construindo-APASS-INTR.INDIC-3SG.A “Jacó está/estava construindo a casa” (Bittner 1987: 195) Nesta comunicação, o objetivo é apresentar evidências que sustentem a nossa hipótese de que a língua Tenetehára (Família Tupí-Guaraní) também exibe uma construção antipassiva semelhante ao groenlandês, conforme exemplos abaixo: (2a) u-pyhyk kwarer pira 3NOM-pegar menino peixe “O menino pegou o peixe” (2b) i-puru-pyhyk-wer kwarer 3ABS-APASS-pegar-DESID menino “O menino quer pegar o peixe” a’e ele pira peixe r-ehe C-PSP a’e ele Propomos que o exemplo (2b) corresponde a uma construção antipassiva devido a um conjunto de propriedades: (i) o verbo transitivo recebe o prefixo {puru-}, o qual é, em nossa análise, o morfema antipassivo; (ii) o verbo passa a concordar obrigatoriamente com o argumento externo por meio dos prefixos da série absolutiva (e não nominativa); e, finalmente, (iii) o DP objeto passa a receber a posposição rehe. A primeira evidência de que a sentença (2b) corresponde a uma construção antipassiva decorre do fato de que verbos transitivos antipassividos em Tenetehára se comportam como verbos 21 intransitivos (i.e. inacusativos), visto que acionam a mesma série de prefixos de concordância. Compare (2b) com (3). (3) i-àkàzym kwarer menino 3ABS-desmaiar “O menino desmaiou” a’e ele A segunda evidência é que, nesta língua, estruturas intransitivas e intransitivizadas (por meio de morfologia reflexiva, por exemplo) não podem ser antipassivizadas, uma vez que já são estruturas intransitivas, conforme os exemplos abaixo: (4) *i-puru-zahak-wer awa 3ABS-APASS-banhar-DESID homem “O homem quer tomar banho” a’e ele (5) *i-puru-ze-xak-wer 3ABS-APASS-REFL-ver-DESID “O homem quer se ver” a’e ele awa homem A terceira evidência é que o verbo transitivo antipassivizado não é sensível à hierarquia de pessoa. Mais precisamente, quando o objeto é mais alto na hierarquia, apenas o verbo transitivo ativo aciona os prefixos relacionais para concordar com o objeto (cf. Rodrigues 1953, 1984/85). Essa evidência demonstra que o objeto é invisível para o sistema de concordância do verbo. (6) he=r-exak awa 1SG=C-ver homem “O homem me viu” a’e ele (7) i-puru-exak-wer awa 3ABS-APASS-ver-DESID homem “O homem quer me ver” he=r-ehe 1SG=C-PSP a’e ele Por fim, vale ressaltar que construções antipassivas já foram observadas em outras línguas Tupí, tais como: Mekéns (família Tupari) (cf. Galúcio 2001), Karitiana (família Arikém) (cf. Storto 1999) e Juruna (Família Juruna) (cf. Lima 2008). No entanto, estruturas como o Tenetehára acima ainda não foram identificadas nas línguas da família Tupí-Guaraní. 22 Adjetivos-deverbales y verbos-adjetivos en yanomama Helder Perri Ferreira Radboud Universiteit En yanomama, casi todas las palabras que denotan conceptos de propiedad (CP) pueden ocurrir como el núcleo de un predicado (un verbo), (1), o como un modificador adentro de la frase nominal (un adjetivo), siendo que, en este último caso, puede necesitar de una derivación morfológica (con el sufijo -rima), (2). (1) (2) wakë]PRD a. [hei koraha]FN [a= este banana 3SG(S)= ser_rojo ‘Esta banana está madura’. b. [hei koraha]FN [a= wakë =rayo=ma]PRD este banana 3SG(S)= ser_rojo =PRF=PST ‘Esta banana madureció’. [mori koraha wakə-rima]FN [ya=a= tə uno banana rojo-ADJZ 1SG(A)=3SG(O)= llevar ‘Llevé una banana madura’. =re=ma]PRD =PRF=PST El transito de los CP entre predicado y FN resulta en diferentes enunciados atributivos posibles, con distintas propiedades formales y usos pragmáticos. (3) (4) a. kaho wa= moyamɨ 2 2SG(S)= ser_sagaz ‘Tu eres sagaz’. b. kaho wa= moyamɨ =o=ma 2 2SG(S)= ser_sagaz=IMP=PST ‘Tu fuiste sagaz’. a. kaho moyamɨ-rima=wa 2 ser_sagaz-ADJZ=2SG ‘Tu eres el/un sagaz’. b. kaho moyamɨ-rima wa=ku=o=ma 2 ser_sagaz-ADJZ 2SG=existir=IMP=PST ‘Tu eras el/un sagaz’. El hecho de que las palabras que expresan CP requieren con frecuencia de una derivación morfológica para ocurrir adentro de la FN indica que en yanomama no hay la clase de “adjetivos” (Dixon, 1982, Beck, 2002). Argumentaré, sin embargo, que los verbos que expresan CP sí conforman una subclase de palabras independiente en la lengua, con propiedades únicas, de que otros palabras carecen (Dixon, 2000). Esa argumentación requerirá primero de la caracterización de los demás predicados no verbales, así como del análisis de los “grados de marcación” de sus constituyentes y de los tipos funcionales de predicación asociados a cada una de las diferentes construcciones. 23 Particularmente útiles para el argumento serán otras construcciones de predicación no verbal en las que también se observa alguna derivación, (5a)(6c)(7b), o que tiene un correlato claramente verbal, como muestra el contraste en (5) (6) (7). (5) (6) (7) a. Ararima hirama-tima =a Ararima enseñar-NOMLZ =SG ‘Ararima es un maestro (enseñador)’. b. Ararima a= hirama =ɨ. Ararima 3SG(S)= maestro =DYN ‘Ararima enseña’. a. kihi Ararima poo =e aquel Ararima cuchillo =3SG.POS ‘Aquel es el cuchillo de Ararima’. b. Ararima =a=nɨ kihi poo a=po=u este Ararima aquel cuchillo 3SG(O)=posee=DYN ‘Ararima posee aquel cuchillo. c. Ararima a= poo =pë Ararima 3SG(S)= cuchillo =VERBZ2 ‘Ararima tiene cuchillo (transnumeral)/es acuchillado. a. Hei u=ha yuri pë=ku=a este =CLN:agua=LOC pescado 3PL(S)=estar=NOT_PUNC ‘Hay peces en este río’. b. Hei u=nɨ= yuri=pë este CLN:agua=VERBZ1= pescado=VERBZ2 ‘Este río ‘tiene’ peces’/‘Este río es rico en peces’. Bibliografía BECK, DAVID. 2002. The Typology of Parts of Speech Systems. The markedness of Adjectives. New York/London: Routledge. DIXON, R.M.W. 1982. Where have all the adjectives gone. In Where have all the adjectives gone? and other essays in semantics and syntax. Berlin: Mouton. Versión española de 2000: ¿Donde quedaron los adjetivos? En Lecturas de Morfología. Ciudad de México: Universidad Autónoma de México. DIXON , R.M.W. 2004. Adjective clases in Typological Perspective. En R.M.W.DIxon y A.Y.Aikhenvald (eds.) Adjective Classes. A Cross-Linguistics Typology, pp. 1-49. Oxford: Oxford University Press. 24 The ‘deceased-referent’ marker in Nheengatú, a first look at a lesser-known type of social status marking Simeon Floyd, Max Planck Institute for Psycholinguistics ‘Deceased-referent’ marking is a kind of social status marking that is less well known in the typological literature than other similar systems such as honorifics, gender or kinship terms. This paper offers a first description of deceased-referent marking based on data from the Tupi-Guaraní língua geral known as Nheengatú as spoken along the Rio Negro in Amazonas State, Brazil (basic info in Taylor 1985, Moore 1994, Rodriguez1996). While special ‘death taboos’ exist against naming deceased people in languages around the world (Frazer 1920; they are especially well-known in Australia - Nash and Simpson 1981), cases in which the names of the dead are not avoided but are instead specially marked have rarely been reported. In Nheengatú the ‘deceased referent’ marker is a clitic with leftward scope over the noun phrase that is considered obligatory in most contexts when making reference to deceased humans (basic description in Cruz 2011:260, 522-523, 529). This morpheme, ambira, has cognates in several other Tupi-Guaraní languages (e.g. amɨra in KokamaKokamilla - Vallejos 2010: 184, 236, 277, 344, 395, 576, 582, 734, 805; also amȉrȉí in Guaraní Vera 1903:9; also ambyr in Urubu Kaapor - Kakamasu and Kakamasu 2007:49, 101, 107; etc.). Deceased referent markers also turn up in other languages in the Rio Negro region (e.g. Hup - Epps 2008: 353-355; a similar meaning can be marked with nominal tense in Tariana - Aikhenvald 2003:61, 178, 185-188), as well as in South America more broadly (e.g. Cha’palaa - Floyd 2010:16, 70, 79) . This paper gives a first analysis of deceased referent marking in Nheengatú based on a video corpus of conversation and narrative, supplemented by background information from published sources on other Tupi-Guaraní languages and northwestern South American languages more broadly. It aims to make a small contribution to historical Tupi studies by following the origin and development of ambira and its cognates throughout the language family, as well as to contribute to general typology by outlining the grammatical, social and pragmatic implications of this lesserknown grammatical category dedicated to social status marking. Aikhenvald, Alexandra. (2003). A Grammar of Tariana, from Northwest Amazonia. Cambridge: Cambridge University Press. da Cruz, Aline. (2011). Fonologia e Gramática do Nheengatú: A língua geral falada pelos povos Baré, Warekena e Baniwa. LOT Dissertation Series 280. Utrecht: LOT. Epps, Patience. (2008). A Grammar of Hup. Berlin: Mouton de Gruyter Floyd, Simeon. (2010). Discourse forms and social categorization in Cha'palaa. PhD Thesis, University of Texas, Austin, TX Frazer, James George (1922). ‘Names of the Dead Tabooed’ in The Golden Bough, abridged ed. New York: The Macmillan Co. Kakumasu, James Y. and Kiyoko Kakumasu. (2007). Dicionário por tópicos Kaapor-Português. Cuiabá, MT: SIL Brasil Moore, Denny, Sidney Facundes & Nadia Pires (1994). Nheengatu (Lingua Geral Amazônica), its History, and the Effects of Language Contact. In Survey of Californian and other Indian Languages, Report 8. Proceedings of the Meetings of the SSILA, July 2-4, 1993. 25 Nash, David and Jane Simpson. 1981. ‘“No-name” in Central Australia’, pp 165–77 of Papers from the parasession on language and behavior, edited by C. S. Masek, R. A, Hendrick and M. F. Miller. Chicago: Chicago Linguistic Society. Rodrigues, Aryon D. (1996). As Línguas Gerais Sul-Americanas. Papia, 4 (2), 6-18. Taylor, Gerald (1985). Apontamentos sobre o neengatu falado no Rio Negro, Brasil. Amerindia, 10 (3), 23. Vallejos Yopán, Rosa. (2010). A grammar of Kokama-Kokamilla. Doctoral, University of Oregon. Vera, Florencio. (1903). Diccionario gramatical guarani español. Asuncion: Talleres Mons. Lasagna. The ‘copula’ -i in Kuikuro non-verbal predicates and beyond Bruna Franchetto UFRJ In this presentation we will describe the behaviour of the non-verbal copula -i in Kuikuro, one of the dialect of LKAX (Upper Xingu Carib Language). The suffix -i occurs in nominal predicates as exemplified below: 1. 2. Jahila ekise-i anetü Jahila 3pDDIST-COP chief ‘Jahila is (the/a) chief’ Jahila anetü-i Jahila chief-COP ´Jahila is (the/a) chief’ The so-called adjectival predication behaves as nominal predication for [X D-COP] construction (3), but -i doesn´t occur when the ‘adjective’ is followed directly by the noun (4): 3. 4. u-hi-tsü ekise-i atütü 1-wife-REL 3pDDIST-COP pretty atütü u-hi-tsü pretty 1-wife-REL ‘my wife is pretty’ Negation, in both cases, is non-verbal: 5. 6. Jahila ekise-i anetü-hüngü Jahila 3pDDIST-COP chief-NEG ‘Jahila isn´t (the/a) chief’ u-hi-tsü ekise-i atütü-hüngü 1-wife-REL 3pDDIST-COP pretty-NEG ‘my wife isn´t pretty’ 26 In locational and existential predications -i never occurs: 7. heu-ko kuigi anda pig-PL garden LOC ‘wild pigs are in garden / there are wild pigs in garden’ The negation of these predicates must be the sentential negation: 8. inhalü heu-i kuigi anda NEG pig-COP garden LOC ‘there are no pigs in garden’ We will explore the different structures of nominal and non-nominal non-verbal predications exemplified above. A better understanding of copula -i will result from the analysis of its occurrence in other constructions, beyond non-verbal predicates: i) (2) and (4) are less used than (1) and (3). (1) and (3) show a focus type construction that characterizes most of Kuikuro sentences; almost 90% of utterances are structured with some material at the left periphery (the ergative argument, the VP, or a circumstantial), followed by a deictic to whom -i is suffixed: 9. akago t-ongi-nügü-ha 3pPLDDIST DTR-PNCT-ha ‘they hid behind the tree’ ii) -i is obligatory suffixed to the verb in sentential negation (NEG inhalü): 10. inhalü leha teninhü NEG CMPL tobacco ‘I don´t smoke any more’ iii) in interrogatives of arguments, -i is also obligatory: 11. tü-ma t-alamaki-ga-ti-nhü-i? WH-DUB AN-fall-CONT-PTP-AINR-COP ‘who was falling?’ tü=nile ege-i u-ng-enge-lü-i WH-EP DDIST-COP 1-OM-eat-PNCT-COP ‘what is that I ate?’ 12. ege-i DDIST-COP ugi-jü-i blow-PNCT-COP 27 i tree u-heke 1-ERG akungati shadow.behind iv) Secondary predicates are suffixed with-i: 13. itaõ anguN-tagü Jamugikumalu-i woman dance-CONT Jamugikumalu-COP ‘woman/women is/are dancing Jamugikumalu’ What do all these constructions have in common? Prosody as a key for recursive structures: Possessor recursion in Kuikuro Bruna Franchetto & Andrew Nevins Museu Nacional (UFRJ) & University College London In this paper we study the prosody of complex noun phrases in Kuikuro (a Carib language of the Upper Xingu), with the objectives of understanding the syntax-prosody mapping in an underdocumented language family as a goal in its own right, and with a specific aim of distinguishing coordination from subordination, a topic which has received a great deal of attention at the clausal level but comparatively less within the noun phrase. In order to understand the system of prosody within complex phrases, it is necessary to point out the following key properties of the Kuikuro accentual system: (i) pitch accent is on the penultimate syllable of the word. (ii) any argument constitutes with its head a phonological and prosodic unit, as a result of which the main stress is on the last syllable of the argument (Romling & Franchetto 2011). (iii) in a recursive NP construction this pattern characterizes just the first argument/head relation; any added N maintains its own lexical stress (penultimate syllable). (iv) the suffix REL(ation) marks always the dependence between NPs. (v) the same recursive construction is used for alienable and inalienable Ns. In the following examples the stressed syllable is in bold and underlined. We use declination reset (Ladd 1986, 1988, cf. also Mithun 2009) as a diagnostic of prosodic domain delimitation. 5a 5b 5c 5d etene ‘paddle’ iku ´decoration´ [etene iku-sü] paddle decoration-REL ´paddle´s decoration´ anetü ´chief´ ehu ´canoe´ [anetü ehu-gu] chief canoe-REL ´chief´s canoe´ 28 5e [[[[anetü ehu-gu] etene-gü] iku-sü]] chief canoe-REL paddle-REL decoration-REL ´chief´s canoe´s paddle´s decoration´ exemplo_5e 1.20433107 200 Pitch (Hz) 150 100 70 anetü ehugu etenegü ikusü 2.409 0 Time (s) 5f ngikogo ´(wild) Indian´ 5g [[[[ngikogo anetügü] ehu-gu] etene-gü] indian chief-REL canoe-REL paddle-REL ´indian´s chief´s canoe´s paddle´s decoration´ iku-sü] decoration-REL exemplo_5g 0.217368353 0.780320281 200 Pitch (Hz) 150 100 70 ngikogo anetügü ehugü etenegü ikusü 0 3.258 Time (s) Example (5g), with its pitch track shown above, demonstrates declination during the entire course of the complex NP. This is to be directly contrasted with the example below, which is minimally different but nonetheless contains two syntactically independent NPs, and as a result, declination reset and two declination domains. 8. [ngikogo etene-gü] õ [anetü ehu-gu] imbe-lü gehale i-heke Indian paddle-REL & chief canoe-REL bring also 3-ERG ´he brought the Indian´s paddle and the chief´s canoe´ 29 exemplo_8 200 0 Pitch (Hz) 150 100 70 ngikogo etenegü õ anetü ehugu imbelü gehale heke 0 4.285 Time (s) NP recursive structure is thus distinct from NP coordination, with crucial evidence from the intonational domains independently established in other languages as correlates of syntactic domains. Ladd, D. Robert. 1986. Intonational phrasing: The case for recursive prosodic structure. Phonology 3:311-340. Ladd, D. Robert. 1988. Declination 'reset' and the hierarchical organization of utterances. Journal of the Acoustical Society of America 84:530-544. Mithun, Marianne. 2009. Re(e)volving complexity: Adding intonation. Syntactic Complexity: Diachrony, Acquisition, Neuro-cognition, Evolution. T. Givon and Masayoshi Shibatani, eds. Amsterdam: John Benjamins. 53-80. Silva, Glauber Romling da ; Franchetto, Bruna. Prosodic distinctions between the varieties of the Upper-Xingu Carib language : results of an acoustic analysis. Amerindia 35: La structure des langues amazoniennes II. 2011. Pp. 41-52. Revendo a hipótese do ramo Ramarama-Purubora (Tupi) Ana Vilacy Galucio e Nilson Gabas Jr MCTI - Museu Paraense Emílio Goeldi O tronco Tupi é tradicionalmente classificado (Rodrigues 1984/1985) em 10 famílias linguísticas (Arikem, Aweti, Juruna, Mawé, Munduruku, Mondé, Purubora, Ramarama, Tupari e Tupi-Guarani). Com o avanço dos estudos histórico-comparativos das línguas Tupi, estágios intermediários no desenvolvimento das famílias a partir da proto-língua e hipóteses de subclassificação têm sido propostos. O subagrupamento das famílias Ramarama e Puruborá foi proposto por Galucio e Gabas Jr. (2002), com base na comparação lexical de uma lista de 400 palavras, especialmente formulada para coletar termos comuns na região amazônica, e na comparação de propriedades fonéticofonológicas compartilhadas entre as línguas Karo e Puruborá e que foram analisadas como sugestivas de relações mais profundas. Em um trabalho mais recente, que apresenta os resultados de classificação léxico-estatística e filogenética do tronco Tupi com base na análise da lista Swadesh de 30 100 itens lexicais (Galucio et Al., no prelo), o ramo Ramarama-Purubora não recebe muito suporte, embora os resultados não sejam conclusivos a respeito desse subagrupamento. O presente trabalho visa retomar a análise e comparação das famílias Ramarama e Puruborá, com as outras famílias do tronco Tupi, e testar a hipótese inicial de um subagrupamento genético entre as duas famílias. Dados lexicais de línguas representativas das 10 famílias tradicionalmente reconhecidas do tronco Tupi serão comparados. O corpus comparativo inclui a lista Swadesh de 100 itens, a lista de 400 palavras utilizada por Galucio e Gabas Jr. (2002) e uma nova compilação lexical restrita a nomes de animais e plantas, que em princípio poderia conter palavras menos estáveis e/ou mais suscetíveis a mudanças por empréstimos e outras influências areais. Uma vez que existe um percentual relativamente alto de cognatos compartilhados exclusivamente entre essas duas famílias, especialmente no campo semântico de nomes de animais, além de pares de cognatos idênticos somente entre as duas, uma hipótese alternativa seria a de atribuir a maior proximidade entre as duas famílias, à ocorrência de empréstimos e não a retenções e/ou mudanças compartilhadas a partir da proto-língua. Apresentaremos os resultados dessas novas análises e suas implicações para a manutenção ou não de um ramo Ramarama-Purubora. O entendimento dos estágios de desenvolvimento histórico das línguas e famílias do tronco Tupi a partir da proto-língua, assim como das influências de contato no desenvolvimento das línguas e famílias, é crucial para a compreensão da evolução desse importante agrupamento linguístico. Galucio, Ana Vilacy, Sergio Meira, Sebastian Drude, Nilson Gabas, Jr., Denny Moore, Gessiane Picanço, Carmen Reis Rodrigues, e Luciana R. Storto (to appear). Genetic relationship and degree of relatedness within the Tupi linguistic family: a lexicostatistical and phylogenetic approach. Paper presented at the 54th International Conference of Americanists, 15–20 July 2012, Vienna. Galucio, Ana Vilacy and Nilson Gabas Jr. 2002. Evidências de agrupamento genético KaroPuruborá, tronco Tupi. Paper presented at the XVII Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Letras e Linguística, Gramado. Rodrigues, Aryon Dall'Igna.1984/85. Relações internas na família lingüística Tupí-Guaraní. Revista de Antropologia, vol. 27/28. São Paulo, SP: Universidade de São Paulo Reconstructing the copulas and nonverbal predicate constructions in Cariban Spike Gildea University of Oregon While there are a number of innovative nonverbal predication constructions in the Cariban family, this talk will focus on identifying and then reconstructing the conservative patterns, in the hope of refining hypotheses about what nonverbal constructions might have been available in Proto-Cariban. Following Meira & Gildea (2009: 109-14; 127), Gildea (2012: 480) posits two basic nonverbal predicate types in Proto-Cariban, one with and one without a copula. This talk will reconstruct both patterns, as well as the forms of the copulas (which contain substantial suppletion). I will mention innovative patterns only in passing, as they are relevant to the argumentation for reconstructions of the older patterns. First, it is widely attested in the family (and thus trivial to reconstruct) a predicate nominal clause with no copula, in which the subject noun and the predicate noun are simply juxtaposed. In modern 31 languages where they are more fully described, the predicate nouns in such clauses may represent unique individuals (equative), categories (proper inclusion), durative properties (predicate attributives), and individuals who are characterized by possessing an item (possession). It is not possible to reconstruct the order of subject and predicate, as both orders are well-attested in modern languages. Second, nearly every language possesses a modern copular clause, in which the copular verb agrees with the subject noun and the predicate is in an adverbial form (whether as a monomorphemic adverb, a derived adverb, or a postpositional phrase). Following the arguments in Meira and Gildea (2009), I reconstruct this pattern to Proto-Cariban. This leaves the interesting challenge of reconstructing the copular verbs. In many languages, there is a single copular verb with an extremely irregular paradigm, often with suppletive roots and unusual agreement prefixes, and sometimes with additional tense-aspect-mood distinctions not found in other verbs. Also, this copula can sometimes serve as (or perhaps is homophonous with) a verb of speech. Fortunately, in other languages there are two or three copular verbs, with the separate verb roots being apparently cognate to different suppletive root forms. There are also some frozen derived forms and inflectional suffixes that appear to be based on old copular roots, which gives us further evidence for the forms of Proto-Cariban copulas. I reconstruct *eti ‘dwell’ and *a ~ ap ‘be’, with one suppletive form that must be reconstructed as an inflection: mana ‘2.be / 3.be’. Formas e funções da reduplicação em Mundurukú (Tupí): verbos, nomes, outras classes e morfemas presos Dioney Moreira Gomes, Universidade de Brasília Fenômeno presente em línguas da família Tupí-Guaraní, a reduplicação é bastante icônica e expressa multiplicidade e repetição, sendo considerada uma forma de expressão aspectual (Grenand 1980, Jensen 1989, Kakumasu 1984, Rodrigues 1953, Rose 2005, Schuchard 1979, Seki 2000). Em Mundurukú (família Mundurukú, tronco Tupí), a reduplicação com temas verbais é um processo morfológico bastante produtivo (Gomes 2000, 2006, 2007). O objetivo deste artigo, entretanto, é mostrar que a reduplicação ocorre com praticamente todas as demais classes de palavras e até com morfemas presos nessa língua. Em Mundurukú, a reduplicação verbal expressa graus de intensidade de três tipos: (i) duração (progressão e/ou iteração), (ii) intensificação ou atenuação do significado do verbo e (iii) pluralização dos participantes. A reduplicação em nomes expressa, por sua vez, pluralidade e predicação existencial. O prefixo de causatividade também se reduplica, operação com valor ainda a definir. Há reduplicação monossilábica, dissilábica e trissilábica, embora cada tema só apresente uma dessas variedades. Há tanto reduplicação de parte da palavra quanto da palavra inteira. Além da reduplicação morfológica, há também reduplicação lexical (nos termos de Mattes, 2007). Enfim, pretendemos trazer à discussão a ocorrência de reduplicação com formas gramaticais ao lado da já conhecida reduplicação com formas lexicais, afim de contribuir para reflexões tipológicas (Hurch 2005a, 2005b). Bibliografia CROFTS, M. “Repeated Morphs in Mundurukú” In: Estudos sobre Línguas e Culturas Indígenas. Brasília: SIL, 1971. pp. 60-80. 32 CUSIC, D. Verbal plurality and aspect. Tese de doutorado, Universidade de Stanford, 1981. GOMES, D. M. Predicados Verbais da Língua Mundurukú e Modelos Lexicográficos. Dissertação de Mestrado, UnB, 2000, 120p. GOMES, D. M. Estudo morfológico e sintático da língua Mundurukú (Tupí). Tese de doutorado. Brasília, UnB, 2006, 299p. GOMES, D. M. "Reduplicação verbal em Mundurukú". In: CABRAL, A. S. A. C; RODRIGUES, A. (Org.). Línguas e culturas dos povos Tupí. Campinas, SP: Curt Nimuendaju, 2007, pp. 391-396. GRENAND, F. La langue wayãpi (Guyane Française). Phonologie et grammaire. (Langues et civilisations à tradition orale 41.) Paris: SELAF, 1980. HOELLER, A. Grammatik der Guarayo-Sprache. Guarayos, Bolivia. Hall in Tirol: Missionprokura der P.P., 1932. HURCH, Bernhard (ed.). Studies on Reduplication. Berlin, New York: Mouton de Gruyter. (Empirical Approaches to Language Typology 28), 2005a. HURCH, Bernhard, Graz Database on Reduplication (http://reduplication.uni-graz.at/redup/), 2005b. JENSEN, C. O desenvolvimento histórico da língua Wayampi. Campinas: Ed Unicamp, 1989. KAKUMASU, J. “Urubu-Kaapor.” In: DERBYSHIRE, D.C. & PULLUM, G. K. Handbook of Amazonian languages. Vol. I, 326-402. Berlin: Mouton de Gruyter, 1984. MATTES, Veronika. Types of Reduplication: A Case Study of Bikol. [PhD thesis]. University of Graz. 2007. RODRIGUES, A. D. "Morfologia do verbo Tupi". Letras. 1:121-52. Curitiba, 1953. ROSE, F. “Reduplication in Tupí-Guaraní languages: going into opposite directions”. In: HURCH, B. & MATTERS, V. (eds.) Studies on Reduplication. Empirical Approaches to Language Typology (28). Berlin, New York: Mouton de Gruyter, 2005. pp. 351-368. SCHUCHARD, B. Ñane ñë. Gramática guaraní para castellanohablantes. Santa Cruz de la Sierra: APCOB, 1979. SEKI, L. Gramática do Kamaiurá. Campinas: Editora da Unicamp, 2000. Tones in and beyond the word Elsa Gomez-Imbert Instituto Francés de Estudios Andinos, CLLE/ERSS U. Toulouse Le Mirail In tonal languages, tones are one of the most reliable phonological criteria that contributes to the identification of words, together with morphological criteria. In the process of building up words, as morphological rules put morphemes together, sandhi rules are triggered by specific configurations that refer to tone sequences, morpheme and word boundaries. Probably all tone languages are reported to have forbidden tone sequences within words, word-initially and word-finally. Underlying tones are identified as belonging to specific morphemes, and when words are build up and tones put together, processes such as tone deletion, spreading, stepping up and down operate into a domain which is usually identified as the phonological word. Once the tonal rules interweaving with the word formation rules are identified, the question is whether these tonal rules will ensure the identification of morphological words, that is, whether there are morphological words that are not a single tonal domain on the one hand, and tonal domains that include more than one morphological word, on the other. If one or both mismatches happen, what can we conclude about tonal domains and the reliability of tones for the identification of phonological words. I would like to address these questions through data from several Tukanoan languages - Barasana, Kubeo, Tatuyo, Tukano, Tuyuka - with reliable tonal and/or pitch accent descriptions. Doing so, I will also address the issue of their treatment exclusively as tonal. First, to see how these descriptions rely on tonal/pitch accent rules to identify word boundaries. Second, 33 whether there are tonal profiles that do not match morphological words, both because they do not cover the morphological word or because they go beyond the morphological word to include specific syntactic constructions. I would like to concentrate on these mismatches, trying to identify the morphosyntactic and semantic reasons at their origin, and also see whether there are analytical possibilities different from those given in the sources. I will conclude invoking similar cases in tonal languages from other areas in the world and summarizing the arguments for/against the validity of tones as a phonological criteria reliably contributing to the identification of words. Barnes J. 1996. Autosegments with Three-way Lexical Contrasts in Tuyuca. IJAL 62.1: 31-58. Chacon T. 2012. The Phonology and Morphology of Kubeo: The Documentation, Theory and Description of an Amazonian Language. PhD Dissertation. Manoa: U. of Hawai’i. Gomez-Imbert E. 2001. More on the tone versus pitch-accent typology : evidence from Barasana and other Eastern Tukanoan languages. Proceedings of the Second Symposium “ Cross-Linguistic Studies of Tonal phenomena. Tonogenesis, typology and Related Topics ”. Tokyo: ILCAA, Tokyo University of Foreign Studies: 369-412. Hyman L. 2009. Tonal morphology: is it different? MOWL. Leipzig. Ospina Bozzi A., Gomez-Imbert E. 2013. Predicados complejos en el Noroeste Amazónico: el caso del Yuhup, el Tatuyo y el Barasana. In Epps P., K. Stenzel (eds.) Upper Rio Negro. Cutural and Linguistic Interaction in Northwestern Amazonia. Río de Janeiro : Museu Nacional, pp. 309352. Ramirez H. 1997. A fala tukano dos ye’pa-masa, tomo I Gramática. Manaus: Inspetoria Salesiana Missionária da Amazônia CEDEM. Stenzel K. 2013. A Reference Grammar of Kotirya (Wanano).Lincoln: U. Of Nebraska Press. Nonverbal Predication in Ninam (northern Brazil) Gale Goodwin Gómez Rhode Island College Although complex verbal morphology characterizes the languages in the Yanomami family, nonverbal predication is a common solution for clauses that lack a copula. The nonverbal clauses in Ninam appear to fulfill a range of functions: equative, attributive, possession, location, and existential. There is an existential copular verb: kɨɨ- ‘be, have’ as in (1), which can be compared with nonverbal clauses expressing existential in (2) or location in (3). (1) (2) tɨhɨ ma=ɨ=kasi=ha kɨɨ-a jaguar water=CL.liquid=lip=LOC be-PRES.state ‘There is a jaguar near the river.’ ʃama=pa=pɨk yãmi tapir=X=PL.anim few ‘There are few tapirs.’ 34 (3) ɨ=ham ra=ham~ham kapra=ʃik there=LOC far=LOC~LOC grass=CL.plant ‘There far away is no grass, only forest.’ pemi NEG irihi forest tʃai truly Attributive nonverbal clauses have typically been analyzed as “adjectival verbs,” but reinterpreting this structure as a nonverbal clause may provide a more coherent way of understanding a group of syntactic structures that do not require the verbal suffixes that accompany transitive, intransitive, and positional verbs. Attributive nonverbal clauses may include adverbial-like modifiers, such as kãhãthã ‘very’ in (4) and hiparo ‘much’ in (5). (4) (5) ʧa ɨwtiti kãhãthã 1SG weak very much ‘I’m very weak.’ ʧa simosi nini 1SG belly pain(ful) `My belly hurts a lot.' hiparo much Consequently, the issue of flexible word classes (Hengeveld et al. 2004, Haspelmath 2007) arises as nonverbal, especially attributive, clauses are examined in Ninam. Some words seem to move among lexical categories, depending upon their sequence relative to other words in the clause and the presence of certain words, suffixes or clitics rather than by any inherent criterion. In addition to examining the nature of nonverbal predication in Ninam, this presentation will begin to explore the possibility of flexible word classes and its ramifications for understanding the syntactic structures in the language. Works Cited Hengeveld, K. et al. J. Linguistics 40 (2004), 527-570. Haspelmath, M. Linguistic Typology 11 (2007), 119-132. Nonverbal predication as the basis of Movima main clause structure Katharina Haude CNRS Movima (isolate, Bolivian Amazon) has a largely configurational, predicate-initial clause structure. There exists no copula in affirmative clauses, and nouns, adjectives and demonstratives can function as predicates as well as verbs. The different functions of nonverbal predication (see Payne 1997) are expressed a. through the predicative use of nouns/adjectives (for equation, proper inclusion, attributive predication, and nonspecific possession) and demonstratives (for location, existence, and specific possession), and b. through nominal valence distinctions (equation and specific possession involving possessed nouns, cf. ‘The woman [is] my teacher’ and lit. ‘There [are] his horses’ = ‘He has horses’, respectively). Based on a large corpus of natural discourse data, this paper focuses on Movima predicate nominal constructions (PNCs). These have an important discourse-pragmatic function in that they serve to 35 form cleft constructions. This function is most obvious when a verb, instead of a noun, is inserted in the referential phrase of a PNC, resulting in what might be considered a participant nominalization or headless relative clause: (1) to:mi os yey-na=us water ART.N.PST want-DR=3M.AB ‘Water (was) all (that) he wanted.’ ja‘a only As was shown elsewhere (Haude 2009), Movima verbal clauses and PNCs are largely parallel: for instance, person encoding is near-identical, and TAM is not marked on either nouns or verbs; the main distinction between the two is a discourse-pragmatic one. Hence, it can convincingly be argued that synchronic verbal main clauses are the result of a reanalysis of cleft constructions. In addition to presenting the structure and the diachronic impact of affirmative nonverbal predications, the paper will address the issue of Movima main-clause negation, which has not received an adequate analysis so far. Negated main clauses are best analyzed as consisting of a copula and a possessed referential phrase, which in the case of a verbal predication contains a deverbal (2), and in the case of a PNC, a denominal (3) nominalized form: (2) (3) ka=s yey-na-wa=us COP.NEG=DET want-DR-NMZ=3M.AB ‘He doesn’t want (it).’ (lit. ‘His wanting [it] is not.’) ka=s tolkos<ya~>ya=us COP.NEG=DET girl<NMZN~>=3M.AB ‘He is not a girl.’ (lit. ‘His being a girl is not.’) Independently of the lexical category of their main predicate, negative main clauses, therefore, consistently have the structure of negated equative clauses. In sum, this paper argues that the syntactic patterns of Movima can be nearexhaustively described by describing the different types of nonverbal predication only. Abbreviations AB=absential; ART=article; COP=copula; DET=determiner; DR=direct; NEG=negation; NMZ=nominalization; NMZN=nominalization of noun; PST=past M=masculine; References Haude, Katharina. 2009. “Reference and predication in Movima,” in: Epps, Patience and Alexandre Arkhipov (eds.). New Challenges in Typology: Transcending the Borders and Refining the Distinctions. Berlin: Mouton de Gruyter. pp. 323-342. Payne, Thomas. 1997. Describing Morphosyntax. Cambridge: CUP. 36 Nasal Spreading in Shiwiar (Jivaroan) Martin Kohlberger Leiden University Shiwiar is a previously undocumented Jivaroan language spoken by approximately 1,000 people in eastern Ecuadorean and northwestern Peruvian Amazon. Description and documentation of Shiwiar was begun by the author in 2011, and since then a corpus of almost 10 hours of spoken discourse has been collected. Shiwiar has 13 consonants in its phoneme inventory, as well as the 12 vowel phonemes shown in Table 1 below. There are four contrastive vowel qualities which each have three contrastive variants: voiced oral, voiced nasal, and voiceless. Table 1: Shiwiar Vowels In addition to being contrastive on a lexical level, nasalisation in Shiwiar is used as a grammatical marker (ie. certain grammatical operations are conveyed purely by nasalisation). As can be seen from examples (1) and (2), third person possession is expressed by a floating nasal morpheme. (1) nawɨ foot ‘foot’ (2) nawɨ ̃ foot.3SG.POS ‘his foot Both when nasalisation is lexically-specified and when it is used grammatically, it spreads in both directions. For instance, example (2) would normally be pronounced as [nãw̃ ɨ ̃]. However, as is the case in many other languages, this spreading is blocked by obstruents, as in example (3). (3) [nasɨ ̃] /nasɨ ̃/ ‘wind’ Nevertheless, it is not immediately clear whether the spread of nasalisation in Shiwiar is phonetic or whether it is phonemic. Furthermore, initial acoustic analysis of a subset of the corpus shows that 37 nasalisation (to varying degrees) can even be detected in vowels in words adjacent to a phonemically nasal vowel. This implies that nasalisation in Shiwiar is able to spread beyond the word boundary. Interestingly, despite the lexical and grammatical role of nasalisation in Shiwiar, not every speaker of Shiwiar produces canonical nasalisation in phonemically nasal environments. In other words, some speakers do not seem to make use of nasal tract coupling to express phonemic nasalisation. Previous research by the author has shown that for these speakers, the phonetic correlates of phonemic nasalisation are in fact raised formant frequencies and greater vowel duration. In this talk, three questions will be addressed. Firstly, is nasal spreading in Shiwiar happening at the phonemic or at the phonetic level? Secondly, is nasalisation able to operate above the word level by spreading across word boundaries? The findings will be supported by detailed phonetic analysis of nasalising and non-nasalising speakers. Non-verbal Predicates in Mako and Copulas as Sources of Polarity and TAM Verbal Morphology Jorge Emilio Rosés Labrada University of Western Ontario & Université Lumière-Lyon 2 Typologies of nonverbal predicates largely agree on what domains are usually coded by this clause type. Mako, a Sáliban language spoken along the Middle Ventuari River (Venezuela) by ~1,200 people, employs nonverbal predicates for some of these domains but verbal ones for others: (1) Functional Domain Identity Attributive Location Existential Benefactive Possession Coding Means Example Nonverbal a. ötjö otida̧ bo̧ sa̧ 1SG.PRO work-CL.MASC-COP.1SG ‘I (MALE) am a worker’ Verbal b. ötjö chusula 1SG.PRO 1SG-be.bad-TAM ‘I am bad’ Verbal c. awirima eju o̧ petu ö̧ bo̧ be dog-EMPH house outside 3SG.MASC-sit-TAM ‘The dog is sitting outside his house’ Verbal d. jȩlemima jwiya other.place-EMPH not.exist-TAM ‘There is no other place’ (not attested) Nonverbal e. (ötjö) chukwa ileka (1SG.PRO) 1SG-POSS’D.INANIM manioc-CL.HARD ‘This cassava is mine’ The attributive, locative, and existential constructions (1b-d) are verbal because their verbs carry the same person and TAM markers that more prototypical verbs in the language (e.g. kill, go, etc.) do. 38 The nonverbal constructions (i.e. identity and possession), on the other hand, show dedicated morphology and no verb or copula as discussed below. The identity construction in (1a) employs a nominalized (by means of a classifier) verb form and a copular suffix, which varies for person (cf. (2)). (2) ökwö otida̧ bo̧ ja̧ 2SG.PRO work-CL.MASC-COP.2SG ‘You (MALE) are a worker’ The possession construction in (1e), however, employs only an invariable root marked with a possessive prefix (cf. (3)) and no verb or copula. (3) bikama (ökwö kukwaka DEMS.PROX-CL.HARD-EMPH (2SG.PRO) 2SG-POSS’D.INANIM-CL.HARD ‘This (cassava) is yours’ The possession examples in (1e) and (3) are affirmative present-tense clauses and thus copula-less. There are, however, a number of copulas in Mako: negative (4), past (5), future (6). (4) (5) (6) bikama (ötjö) chukwaka DEMS.PROX-CL.HARD-EMPH (1SG.PRO) 1SG-POSS’D.INANIM-CL.HARD ököka NEG.COP-CL.HARD ‘This (cassava) is not mine’ bikama (ötjö) chukwa ileka inaka DEMS.PROX-CL.HARD-EMPH (1SG.PRO) 1SG-POSS’D.INANIM manioc-CL.HARD PST.COP-CL.HARD ‘This (cassava) was mine’ (ötjö) chukwa akwaka (1SG.PRO) 1SG-POSS’D.INANIM FUT.COP-CL.HARD ‘This (cassava) will be mine’ These three copulas are the source of polarity and TAM marking on verbal clauses as the partial paradigm for ichö ‘to come’ shows: (7) PRESENT NEGATIVE PAST 1SG chichökö chichina FUT chichakwobe Using these and other examples from the author’s own fieldwork, this study describes nonverbal predication in Mako and shows how copulas have served to create polarity and TAM distinctions in verbal clauses. It thus contributes both to the description of Mako—thus far undescribed—and to our understanding of the possible diachronic sources for polarity and TAM verbal morphology. 39 A Família Tupi: Estado Atual e Desenvolvimentos Recentes Sérgio Meira Museu Goeldi - MCTI Nesta apresentação, examinar-se-á a situação atual da pesquisa linguística tupi e suas tendências de desenvolvimento futuro, com especial atenção à pesquisa diacrônica (histórico-comparativa). Aspects of the Proto-Mondé Sound Inventory Denny Moore Museu Goeldi - MCTI The Mondé branch of the Tupi family consists of three languages: Surui of Rondônia (Paiteer), Salamãy (=Mondé), and a language composed of four mutually intelligible dialects spoken by the Gavião of Rondônia, the Zoró, the Cinta Larga, and the Aruá. The reconstruction of the Proto-Mondé sound inventory has become increasingly viable in recent years because of greater and more detailed data collection on the phonology of these languages. The principal aspects of the Proto-Mondé sound system are presented in this paper, mainly on the basis of original data collected in the field by the author. The original voiceless stops have essentially persisted into the daughter languages, as have the rather rare voiced stops. The Proto-Mondé nasals remained such in Surui but were postoralized elsewhere. Nasalization spread to the right is an innovation of Gavião and Zoró. A voiced and voiceless lateral fricative are hypothesized for Proto-Mondé, with a variety of reflexes in the daughter languages. The bilabial voiced fricative and the palatal glide continued as such in the daughter languages. There was an *r in Proto-Mondé which produced the same sound in the daughter languages, though there are correspondences of non-Surui l to Surui r which are complicated to reconstruct. The five distinctive vowels have shown remarkable stability through time. The reconstruction of tone and syllable length requires a knowledge of their synchronic alternations in the daughter languages. There were at least five tone/length combinations in the protolanguage. Some correspondences of the sounds of Proto-Mondé with the sounds of languages or protolanguages in the other Tupian branches (for example, Tupi-Guarani and Tupari) are offered. (In)definiteness in Karitiana Ana Müller University of São Paulo (USP) This paper investigates the semantics of Noun Phrases in Karitiana (Tupi- Arikém, spoken by approximately 400 people, northwestern Brazilian Amazonia). We claim that Karitiana NPs are unmarked for the definite/ indefinite distinction. Karitiana NPs are always bare and occur with definite and indefinite interpretations in all argument positions. Furthermore, Karitiana has no inflectional NP-morphology; no articles or NP-quantifiers (Müller et al 2006). Sentence (1) is underdetermined as for the number or (in)definiteness of its NPs. 40 (1) taso Ø-naka-ʼy-t boroja man 3-DECL-eat-NFT snake ‘(A/the/some) man/men ate (a/the/some) snake(s).’ Two influential theories that account for variation within the interpretation of BNs are Longobardi1994 and Chierchia1998. According to Longobardi, BNs in argumental positions are either DPs with empty Ds or DPs in which N has moved to D. Chierchia’s theory, on the other hand, allows Ns to denote either predicates or arguments, depending on parametrization. He posits last resort type-shifting operations that may turn kinds into predicates and vice-versa. Following Longobardi, one could posit the existence of empty ambiguous Ds that shift NPpredicates into definite/indefinite DPs in Karitiana. This claim cannot be falsified, since the two readings are available in the same contexts. The same problem arises if Chierchia’s theory is applied, because two indistinguishable type-shifters need to be posited. Below we present empirical arguments against the existence of ambiguous Ds in Karitiana. It is well known that indefinites do not entail/presuppose uniqueness/familiarity, and introduce novel entities into discourse; whereas definites entail/presuppose uniqueness/familiarity, and do not introduce novel entities into it. The first piece of evidence against Longobardi’s and Chierchia’s theories comes from pairs of coreferential Bare Nouns(2), which are used both as novel(2a) and as familiar(2b). (2a) professor enfermeira Ø-na-aka-t koot i-ambyk-t iscola. teacher nurse 3-DECL-cop- NFT ystday NMZ-come-ABS.AGR school ‘A teacher and a nurse came to school yesterday.’ (2b) professor Ø-na-aka-t i-le-t teacher 3-DECL-cop- NFT NMZ-read-ABS.AGR ‘The teacher read a book to Maria.’ livro-ty Maria hot. book-POS Maria to The second piece of evidence is that BNs in Karitiana are used both in situations in which the referent is unique(2b) and in situations in which it is not unique (3). (3) pyry-’a tyka-n irip akan. ASST-exist IMPF – NFT tapir village ‘There is a tapir in the village.’ pyry-’a tyka-n akan gooto pip tyym. irip ASST-exist IMPF- NFT tapir village new in too ‘There is a tapir in the new village too.’ Therefore, based on grammar, one cannot tell apart definite VS indefinite readings in Karitiana. 41 Abreviations: 3=3rd person; ABS.AGR=absolutive agreement; ASST=assertive; cop:copula; DECL=declarative; IMPF=imperfective; NFT=non-future; NMZ=nominalizer; POS=postposition. References Longobardi, Giorgio 1994. “Reference and Proper Names: a Theory of N-Movement in Syntax and Logical Form.” Linguistic Inquiry 25:609-665. Chierchia, Gennaro 1998. Reference to kinds across languages. Natural Language Semantics 6: 339405. Müller, Ana, Luciana Storto & Thiago Coutinho-Silva 2006. Número e a distinção contável- massivo em Karitiana. Revista da ABRALIN, 5: 185-213. Predicação não verbal em Wayoro (tronco Tupi, família Tupari) Antônia Fernanda de Souza Nogueira Universidade Federal do Pará Este trabalho descreverá as características semânticas, morfológicas e sintáticas das construções relacionadas à Identidade, Atribuição, Localização, Posse e Negação Existencial, na língua Wayoro (tronco Tupi, família Tupari, Rondônia). Uma primeira hipótese é que Identidade, Atribuição, Localização sejam expressas via verbless clause, ao passo que Posse e Negação Existencial apresentam uma cópula. A seguinte sentença de uma narrativa tradicional (i) Identificação Pakori djut aramĩra toapndia [lua nova mulher bonita] foi traduzida como ‘a lua nova é uma mulher bonita’ e não apresenta um verbo ou outro elemento correspondente à cópula presente na tradução para o português. Temos, nesse trecho, uma relação de identificação entre dois argumentos. Fato semelhante se dá na relação de atribuição e localização, tal como podemos observar nos seguintes dados elicitados: (ii) Atribuição o-pe txuup [1S-roupa molhado] ‘minha roupa está molhada’; (iii) Localização awõpe paut-ere [banco terreiro-posposição] ‘o banco está no quintal’. Com base em Dixon (2010, p. 160), pode-se classificar tais sentenças como verbless clauses. Investigaremos ainda, neste trabalho, os itens lexicais mbiro e aam. O elemento mbiro, traduzido geralmente por ‘ter, existir (?)’, foi registrado com dois argumentos. Confira o trecho de uma narrativa: (iv) Posse aramĩra toapndia ningam mbiro [mulher bonita colar ter] ‘a mulher bonita tem colar’. O item lexical aam foi traduzido por ‘não ter, não existir, faltar, sumir’ e seleciona apenas um argumento, como podemos verificar no início da narrativa sobre a origem da água (v) Negação existencial ugu aam [água NEG.EX] ‘não tinha água’. Vale observar que a negação, em Wayoro, geralmente é expressa por {-(er)om}. No corpus coletado até o momento, os itens aam e mbiro apresentam forma invariável (não recebem morfemas de pessoa, de tempo ou de mudança de valência). De acordo com Dixon (2010, p. 177), é possível que línguas em que ocorrem processos morfológicos para verbos transitivos e intransitivos apresentem a cópula com forma invariável. Esta apresentação dá continuidade ao trabalho de descrição e análise da língua Wayoro (NOGUEIRA, 2011) e baseia-se em dados obtidos em campo de 2008-2013, via elicitação e tradução de textos. 42 Referências DIXON, R. M. W. Basic Linguistic Theory: grammatical topics. New York: Oxford University Press, 2010. V. 2 NOGUEIRA, A. F. Wayoro ẽmẽto: fonologia segmental e morfossintaxe verbal. 2011. Dissertação (Mestrado) – Departamento de Linguística, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. The geographical spread of the Tupí-Guaraní family: Evidence from computational phylogenetics Zachary O'Hagan, Natalia Chousou-Polydouri, Erin Donnelly, Keith Bartolomei, and Lev Michael, University of California, Berkeley This talk proposes a homeland for Proto-Tupí-Guaraní (PTG), and presents a model for the geographical spread of the Tupí-Guaraní (TG) languages, on the basis of a new internal classification of the TG family, and compares this result to relevant archaeological findings. The internal classification is based on a comparative dataset of lexical items corresponding to ~600 meanings for 31 TG languages and two non-TG Tupian outgroup languages, to which Bayesian computational phylogenetic methods were applied. The model of the TG spread presented in this talk is based on a bottom-up computational application of the 'center of gravity' approach (Dyen 1956, Diebold 1960) to estimating the location of ancestral languages, supplemented by reasoning regarding the movement costs associated with certain terrain types, which favor riverine and coastal spreads, and consistency of subsistence practices, which favors spreads into ecologically similar areas (Nichols 1997). This approach is applied iteratively, from terminal nodes of the tree to successively higher intermediate nodes, until reaching the PTG node. We then reverse this process to develop a detailed account of the spread of the TG languages as they diversified, yielding the locations of the modern languages at time of contact. The results of this analysis are congruent with the general picture of TG spread sketched by Noelli (1998, 2008), and in particular, support a north-to-south Atlantic expansion of Tupinambá, rather than a south-to-north expansion that followed on a general southern inland migration of the ancestor(s) of the languages of Groups I, II, and III (Rodrigues 1984/1985) , as proposed, e.g., by Meggers (1972). We find that the most likely homeland for Proto-Tupí-Guaraní lay in the vicinity of the lower Xingú River basin, a result congruent with Urban (1992). A significant fraction of TG languages remain relatively close to this area, while several subgroups, in particular Groups I, II, and III spread far from this homeland region. We also discuss the possibility, consistent with the linguistic evidence, that the spread of Group I and Group II languages into their time of contact ranges may have occurred as the result of a spread inland from the Atlantic coast, rather than via an inland route involving southward movement from a southern tributary of the Amazon, as is currently believed (Noelli 2008). References Dyen, Isidor. 1956. Language distribution and migration theory. Language 32: 611-626. 43 Diebold, A. Richard. 1960. Determining the centers of dispersals of language groups. International Journal of American Linguistics 26: 1-10. Meggers, Betty. 1972. Prehistoric America. Chicago: Aldine. Nichols, Johanna. 1997. Modeling ancient population structures and movement in linguistics. Annual Review of Anthropology 26: 359-384. Noelli, Francisco Silva. 2008. The Tupi Expansion. In Helaine Silverman and William Isbell (eds.), The handbook of South American archaeology, pp. 659-670. Chicago: Springer. Noelli, Francisco Silva. 1998 The Tupi: Explaining origin and expansion in terms of archaeology and historical linguistics. Antiquity 72: 648-663. Rodrigues, Aryon Dall'Igna. 1984/1985. Relações internas na família lingüística tupi-guarani. Revista de Antropologia 27/28: 33-53. Urban, Greg. 1992. A história da cultura brasileira segundo as línguas nativas. In Manuela Carneiro da Cunha (ed.), História dos Indios no Brasil, pp. 87-102. São Paulo: FAPESP/SMC/Cia das Letras Predicate nominals and enclitic copulas in Jivaroan and Candoshi Simon E. Overall James Cook University Non-verbal predication may involve a fully or partly inflected copula verb, an invariant particle, a bound copula or no overt copula at all. In the case of Aguaruna (Jivaroan), Overall (2008) describes three possibilities for equative/attributive clauses: (i) the unmarked predicate nominal may be juxtaposed to the subject, resulting in a genuinely nonverbal clause; (ii) the predicate nominal may have an enclitic copula; and (iii) a separate fully inflected copula verb may be used. Option (iii) is in complementary distribution with the other options, and is obligatory in most non-present tenses; most non-finite clauses; and where the subject is plural. The enclitic copula has present and remote past tense forms, and is marked for the obligatory verbal categories of person and mood; these are marked as in finite verbs for first and second person subjects (cf. 1, 2), but third person forms are phonologically reduced portmanteaux (compare the finite verb in 3 with the copula enclitic in 4). (1) (2) (3) (4) wɨɰa-ha-i go.IPFV-1sg-DECL ‘I am going’ awahuni=it-ha-i Aguaruna=COP-1sg-DECL ‘I am Aguaruna’ wɨɰa-wa-i go.IPFV-3-DECL ‘s/he is going’ muunta=i big=COP.3.DECL ‘s/he is an adult’ 44 From the material available for Candoshi, an isolate with a long history of contact with Jivaroan, it seems that this language also has an enclitic copula; cf. (6), where the noun root in (5) is followed by [tšá] to give an equative clause (from Tuggy 2008 [1977]: 6). (5) (6) múnto múntʰtšá ‘rana [frog]’ ‘es una rana [it is a frog]’ This paper will report on work currently underway on Candoshi, and compare the grammatical properties of copular and verbless clauses with those of Aguaruna. I will also comment on the use of copula enclitics from an areal perspective, in the light of Muysken’s (2010) work in which he argues that the copula of Ecuadorian Quechua is similarly enclitic to the predicate nominal, and suggests that this may have come about through contact with the Jivaroan language Shuar. References Muysken, P. 2010. ‘The copula in Ecuadorian Quechua.’ In E. Carlin and S. van de Kerke (eds.) Linguistics and Archaeology in the Americas. Leiden: Brill Overall, S. E. 2008. A grammar of Aguaruna. Doctoral dissertation, La Trobe University, Melbourne, Australia. Tuggy, J. 2008 [1977] ‘Candoshi: datos fonéticos.’ Datos Etno-Lingüísticos 53. Lima: ILV Arqueologia dos Tupi e dos Tupi Guarani Fernando Ozorio de Almeida Museu de Arqueologia e Etnologia, Universidade de São Paulo Até o final do século XX a chamada Arqueologia Tupi tratou basicamente dos vestígios materiais relacionados aos antigos falantes de línguas Tupi-Guarani do litoral e do sul do país. Muitos modelos foram criados para explicar a história de dispersão desses, a maior parte deles apontando para a Amazônia meridional como provável região de origem desses movimentos. Talvez devido à escassez de pesquisas, esses modelos acabaram por trabalhar pouco os dados históricos e arqueológicos dos muitos grupos falantes de Tupi-Guarani oriundos do sudeste amazônico e, em especial, dos grupos relacionados às outras nove famílias que compõe o tronco Tupi, a maioria delas localizada no sudoeste amazônico: os dados linguísticos bastavam! Entretanto, na última década houve um aumento expressivo sobre o conhecimento da arqueologia dos Tupi-Guarani e dos demais Tupi, na Amazônia. Esses dados (estilísticos, cronológicos, de padrão de assentamento etc.) são um convite para uma reflexão, junto com a linguística e antropologia, sobre possíveis interpretações sobre o passado desses grupos. Nessa apresentação serão apresentadas algumas dessas interpretações. 45 Predicação Não-verbal em Ikpeng: uma contribuição para o estudo da cópula nas línguas Karíb Frantome Pacheco, Universidade Federal do Amazonas O trabalho tem por objetivo apresentar uma descrição das construções oracionais não verbais da língua Ikpeng, pertencente à família Karíb, falada por uma população de 459 pessoas que habitam a região do Xingu (Brasil Central, Sudoeste da Amazônia). Para fins de descrição, dividimos as cosntruções não-verbais em: a) Equativas: indica uma identidade entre um referente e o predicado que o descreve: (i) Korotowï ugun ‘Ele é korotowï’ – (ii) korotowï pewa ‘não é korotowï’ – (iii) Korotowï pewa ugun ‘aquele não é korotowï’; b) Atributivas: indica um atributo do referente: (iv) ugun oke ‘ele é grande’; c) Locativas: indicam a localização da entidade: (v) Iokore tïmamin parap ‘Iokoré está na sala dele’ – (vi) ugun poktxo mapo ‘ele está no posto’; d) Possessivas: indicam posse: (vii) ewoyn ïpe oren ‘ele tem roupa’ – (viii) ewoyn pïnpe oren ‘ele não tem roupa’; e) Existenciais: indicam a existência de uma entidade ou situação: (ix) itïng imo munto turok ‘Tinha muita mutuca lá’; f) Estativas com e sem morfema -ke: (x) long man etxi angpi ‘a criança vai ficar boiando’ (sem morfema –ke) – (xi) karake ugun Maria ï-na ‘Maria é bonita para mim’ (com morfema -ke) – (xii) gengke uro ‘estou com dor de dente’ (com morfema –ke). Quanto à presença de um elemento copular, essas construções apresentam uma cópula auxiliar, que possui um paradigma irregular, quando é necessário marcar os tempos no passado e no futuro: (xiii) werempe etxi pira ‘Pira vai ser nosso chefe’ - (xiv) gwerempe imo ‘ele era nosso chefe’. Nestes exemplos, etxi e imo são formas do paradigma da cópula auxiliar no futuro e passado, respectivamente. No tempo presente (nãopassado), a cópula auxiliar não ocorre. Aparece na posição onde deveria ocorrer a cópula um elemento dêitico ou demonstrativo: (xv) Opo nen man tximna apon ‘A borduna é nossa arma’. Notese, nesse exemplo, que nen está acompanhado pela partícula de predicado man, que indica um ato de fala declarativo. É importante ressaltar que tanto o demonstrativo, nesses contextos não-verbais, como a cópula auxiliar ocorrem em segunda posição nas sentenças da língua, similar a outros verbos. Veja-se o exemplo: (xvi) aramiwa imro yokore petkom ïna 'Iokoré não olhou para a mulher', em que imro (a cópula) ocorre após o primeiro constituinte da sentença. Observe-se, ademais, que a negação verbal com a particula pra ~ wa torna o verbo um elemento nominal(izado), ou seja, a estrutura com verbo no negativo segue as regras das construções não-verbais. Construcciones con jas en wampis Jaime Peña University of Oregon En wampis, una lengua jivaroa con escasa documentación, la predicación no verbal distingue el uso de la cópula a para construcciones ecuativas, inclusivas y atributivas; y de la forma (homófona, pero morfosintácticamente diferente) existencial a1 para construcciones existenciales. Formas copulativas adicionales son gramaticalizaciones de verbos tales como puju ‘ser, estar’ (originalmente ‘vivir’), najana ‘convertirse’ o we ‘devenir’ (originalmente ‘elaborar, fabricar’ e ‘ir’, respectivamente), waja 1 Aunque homófonos, ambos morfemas son diferentes. Entre otras características, la cópula a usa el plural -ina, mientras el existencial a tiene la forma plural aya. La cópula a no puede ser usada en presente (en su lugar se usa el sufijo copulativo -aita y sus alomorfos); en cambio, el existencial a no tiene tal restricción. 46 ‘estar, haber’ (originalmente ‘pararse’), entre otras. Otra forma con función copulativa es la que hace uso del morfema jas como se muestra en (1). (1) nin-ka unn jas-e 3SG-FOC grande COP-3+DECL ‘Ella ya es adulta’ El propósito de esta comunicación es explicar el tipo de construcciones en los que jas ocurre, así como sus restricciones morfosintácticas y semánticas. Además, se especifican sus diferencias con otras construcciones copulativas del Wampis. Así, en principio, al contrastar (1) con (2), donde aparece la cópula -(a)ita, se puede ver uno de los rasgos definitorios de jas: su uso en construcciones de matiz perfectivo—en el imperfectivo, el wampis utiliza we (3) y no jas, a pesar de que este morfema posee una semántica afín a ‘CONVERTIRSE’ (4). (2) (3) (4) nin-ka uunta-it-i 3SG-FOC grande-COP-DECL ‘Ella es adulta’ uun we-a-ja-i grande ir-IMPERF-1SG-DECL ‘me estoy volviendo adulta’ entsa saar jas-mayi agua transparente COP-PAS.INTERM.3 ‘el agua se volvió transparente’ A diferencia de otras formas copulativas, jas también puede ocurrir como parte del complemento copulativo o verbal (5, 6), lo que sugiere un proceso más avanzado de gramaticalización. (4 ) chicham-ka uun jas a-wa-i problema-FOC grande COP existir-3SG-DECL ‘El problema está engrandecido’ (5) wakan jas min-a-u alma COP venir-IMPERF-REL ‘venía [como] convertido en alma’ Mediante el análisis detallado de las construcciones con la forma jas y su contraste con otras construcciones copulativas del wampis, este trabajo contribuye al estudio de la predicación no verbal en las lenguas jivaroas. Abreviaturas 1 Primera Persona; 3 Tercera Persona; FOC Foco; COP Copula; DECL Declarativo; SG Singular; IMPERF Imperfecto; REL Relativizador; PAS Pasado; INTERM Intermedio 47 Predicados com núcleos nominais em Tapirapé Walkiria Neiva Praça Universidade de Brasília/UnB Em Tapirapé, língua da família Tupi-Guarani, há duas categorias de predicados não verbais. Os predicados locativos e os predicados nominais. As orações com núcleos de predicados nominais são de dois tipos -as existenciais e as equativas/inclusivas- e apresentam comportamento gramatical distinto. Os nomes instituem predicados existenciais naturalmente, sem que haja cópula ou morfologia que indique mudança de classe gramatical. São inerentemente predicados. Ao instituírem núcleos de predicados existenciais, os nomes exercem as mesmas posições sintáticas que os verbos e compartilham com estes várias propriedades morfossintáticas, como por exemplo, aumento de valência, indicação de tempo/ aspecto e negação. Por outro lado, tanto os nomes quanto os verbos podem funcionar como argumento. Para isso, ambos recebem o morfema referenciante {-a}. Pelo que tudo indica, a função argumental é derivada da função predicatividade, pois necessita de material gramatical para ser expressa. Por sua vez, as orações equativas/inclusivas se diferenciam das orações existenciais por terem como núcleo do predicado um nome marcado com o sufixo {-a}. A morfologia do núcleo lexical do predicado dessas orações não se diferencia da de sintagmas nominais em função argumental. Sua estrutura oracional é formada por dois sintagmas nominais justapostos, em que o primeiro desempenha a função de sujeito e, o segundo, a de predicado, sendo esta ordem fixa. Os predicados dessas orações são negados pelo sufixo {e’ym} ‘negação de constituinte’, enquanto que a negação dos predicados existenciais e verbais é realizada por meio do morfema descontínuo {nã=...-i}‘negação de predicado’. Apesar de se diferenciar das orações existenciais, as orações equativas/inclusivas não deixam de apresentar características gramaticais similares às das orações existenciais. Verifica-se a ocorrência de partículas que assinalam tempo/aspecto, bem como a de expressões adverbiais que indicam tempo. Pretendo, neste trabalho, examinar o funcionamento desses dois tipos de orações, cujo núcleo de predicado é um nome. O nome núcleo do predicado existencial é lexicalmente um nome divalente. Entretanto, o seu predicado como constituinte do nível mais alto da oração, é sempre monovalente. Por sua vez, o nome núcleo do predicado das equativas/inclusivas mantém a valência nominal, possivelmente pela marcação do morfema {-a}. Ainda há que se pesquisar o porquê da utilização desse morfema nestes predicados. Sua função parece ir além da de atribuir referência a temas predicativos. Apesar de, sintaticamente, não se distinguir nomes de verbos em Tapirapé, e de a função argumental ser derivada, não foi verificada a ocorrência de verbos com núcleo de predicado equativo/inclusivo, ou seja, marcados pelo sufixo {-a}. Tonal allomorphy in Kinande and Nata Douglas Pulleyblank University of British Columbia in collaboration with Andrei Anghelescu, U British Columbia, Diana Archangeli, U Arizona & U Hong Kong, Joash J. Gambarage, U British Columbia & Zoe W.-M. Lam, U British Columbia The starting point for Emergent Grammar is the assumption that the complex patterns found in phonological systems must have ecological validity – they must be learnable by an infant, they must characterise adult knowledge of the language, they must be compatible with adult linguistic behaviour, etc. A key consequence of this approach is to minimise the role of an innate Universal 48 Grammar, and maximise the role of general human cognition, learning language from the bottom up – an Emergent Grammar. One result is the hypothesis that the lexical representation of an item contains its various allomorphs – including those that are phonologically predictable – rather than unique underlying representations popular in much of generative grammar. Grammatical generalisations express patterns among allomorphs as well as governing the selection of allomorphs in different phonological contexts. This paper explores these issues by focussing on tone patterns in two Bantu languages: Kinande, a language of the Democratic Republic of the Congo, and Nata, spoken in Tanzania. Superficially, Kinande is a “denser” tone language while Nata falls into a class we might think of as “accentual”. In both cases, it will be argued that the surface tone patterns result from a combination of factors rooted in allomorphy. Morphemes consist of clusters of allomorphs. In some instances, the range of allomorphs may be unpredictable while in other cases allomorph sets are governed by lexical redundancy constraints. When words are assembled from their component morphemes, appropriate allomorphs are chosen in three ways. First, phonotactic conditions may determine that one allomorph is preferred over others. Second, some morphemes encode selectional requirements that determine allomorph choice. Third, all else being equal, each morpheme will have a default allomorph. Domains play a significant role in the proposed analyses, with tonal phonotactics expressed over appropriate domains, satisfaction of the phonotactics ensured by appropriate allomorph choice. The Emergent Grammar analysis of these tonal phenomena focuses on directly observable phenomena, and uses those observations to construct generalisations in the grammar, both lexical and phonotactic. The interplay among generalisations and selectional restrictions identifies when the non-default allomorphs are selected, and when the defaults are selected. The Emergent analyses are transparently related to the surface forms, yet express the generalisations about (morpho)phonological patterns. Predicados nominais e classes de verbos em sikuani (guahibo; médio Orenoco) Francisco Queixalós CNRS Em termos de morfologia verbal, os argumentos nessa língua apresentam um alinhamento uniformemente nominativo-acusativo. Existe uma cisão, porém, que transcende a distinção entre verbos transitivos e intransitivos, em virtude da qual uma subclasse léxica de verbos é defectiva no que diz respeito à presença de um paradigma de sufixos modais. Essa subclasse também se singulariza na maneira de marcar o argumento nominativo e o tempo futuro, além de impor aos verbos auxiliares de aspecto e modalidade uma forma especial. Tais características fazem com que os predicados instituidos por essa subclasse de verbos tenham muito em comum com os predicados instituidos por nomes. Tudo indica de que em várias línguas uma discussão sobre cisões que se restringir aos verbos deixa de captar um nível de generalização. Assim sendo, algumas línguas tradicionalmente analizadas como apresentado uma cisão dos verbos devem ser, em rigor, vistas como manifestando uma cisão dos predicados: 1) predicados lexicalmente dominados por uma subclasse de verbos, e 2) predicados lexicalmente dominados por nomes e outra subclasse de verbos. No que tange aos predicados intransitivos tal é a proposta de Couchili et al. (2002) para o emerillon 49 (tupiguarani) e o chayahuita (ou shawi; jebero) "tipo ativo estendido" , e de Nordhoff (2006) para o guarani. O sikuani confirma essa linha de bi-partição que integra predicação verbal e predicação nominal, e mostra que ela pode desbordar da intransitividade. Couchili., T., Maurel, D. & Queixalós, F. (2002) "Classes de lexèmes en émérillon" Amerindia 26/27, 173-208 Nordhoff, S. (2005) "Inactive Marking on Nouny Lexemes" The Typology of Active-Stative Languages, Leipzig, 20-22 de maio Action nominals in Awetí: evidence for a possible development towards alternative, ergativelymarked predicates Sabine Reiter, Universidade Federal do Pará Non-verbal predicates without any copula occur at a high frequency in Awetí (Tupian) discourse. Especially numerous among these are action nominals, deverbal nouns “with the general meaning of an action or a process” (Comrie 1976: 178). These form the head of action nominal constructions (ANCs) which contain “reference to the participants in the action or process designated by [the] action nominal” (Koptjevskaja-Tamm 2003: 723). In Awetí ANCs have the structure of possessive noun phrases. They can be predicates a) in nonverbal clauses, alternatively to main clauses with finite verbs and as frequent as these, b) in complement clauses and c) in adjunct clauses. Depending on their usage in either of these their nominal and verbal characteristics vary. In my presentation I will illustrate and discuss this variation and argue that in current Awetí the usage of ANCs in a main clause is not pragmatically marked in comparison to the use of a finite verb. Moreover, the ANC has got properties and possibilities which are absent in clauses with a finite verb. One property of the ANC is that it displays a consistent ergative pattern in person-marking and order of constituents, whereas Awetí finite verbs have an asymmetrical agreement pattern, and the order of constituents in sentences with finite verbs is motivated by discourse-pragmatic criteria. The development of a predicate-type based on ergatively-organized nominalizations in Awetí corresponds to the observation by Queixalós and Gildea (2010: 14, 15), according to which there is a tendency in various South-American language families for such nominalizations to become the nuclei of main clause predicates. The authors further claim that the frequent use of these complex predicative sentences leads to a loss of their pragmatic markedness and to a reanalysis as monoclausal constructions. In this respect Awetí seems to differ from a variety of closely-related Tupi-Guaranian languages where a corresponding construction in current language use can only occur in certain pragmatically marked environments. Since there are other, unrelated languages in the multilingual environment of the Upper Xingu where Awetí is spoken (cf. Franchetto 2010, Guirardello 2010) in which similar processes have occurred with regard to nominalizations, an areal influence as a possible trigger for this development cannot be excluded. The study presented here is entirely corpus-based with more than 18 hours of annotated recorded discourse data of different genres. 50 References Comrie, B. (1976). “The syntax of action nominals: A cross-language study”. Lingua 40, 177- 201. Franchetto, B. (2010). “The ergative effect in Kuikuro (Southern Carib, Brazil)”. In: Queixalós/ Gildea (eds.), 121-158. Guirardello-Damian, R. (2010). “Ergativity in Trumai”. In: Queixalós/ Gildea (eds.), 203-234. Koptjevskaja-Tamm, Maria (2003). “Action nominal constructions in the languages of Europe”. In: Plank, Frans (ed.). Noun Phrase Structure in the Languages of Europe. Empirical Approaches to Language Typology EUROTYP 20-7. Berlin/ New York: Mouton de Gruyter, 723-759. Queixalós, F. & S. Gildea (2010) (eds.). Ergativity in Amazonia. Amsterdam, Philadelphia: John Benjamins. The southern clade of Tupi-Guarani languages: adposition issues Eva-Maria Rössler, University of Campinas; Noé Gasparini, DDL/University of Lyon; Swintha Danielsen, University of Leipzig With the latest descriptions of Tupí-Guaraní languages and comparative works, we feel called upon a new analysis of internal structures of the TG language family, concentrating on the two most southern subgroups 1 and 2 (Rodrigues’ 1984/85 classification). A recent survey of Bolivian TG languages with particular focus on Siriono, Yuki, and the before undescribed Jorá language (Danielsen & Gasparini, forthcoming), thus, already engaged in some comparative lexical and morphosyntactic research for southern TG groups. For the here-proposed talk, we now focus on the grammatical category of postposition(s) and their additional function as Differential Object Markers (DOM) in transitive constructions. Our data set is rather extended, including (i) 4 Guaraní variations, namely Mbya, Paĩ Tavyterã/Kaiowa, AvaGuaraní and Paraguayan Guaraní and their understudied sister language Aché (Rössler 2008 and forthcoming), all belonging to TG-subgroup-1 and (ii) to Siriono, Yuki, Guarayu, Jorá and the yet unclassified, but geographically close TG language Pauserna (von Horn Fitz Gibbon 1955), possibly all classifiable within subgroup-2. By further analyzing the functioning mainly of cognates to Proto-Tupí-Guaraní {*-pe}, we intend to shed light on postpositional structures in TG, discussing their multiple uses in locative adjuncts and on direct objects in transitive structure, a yet rather understudied aspect of TG grammar (Bossong 1985, Shain & Tonhauser 2011, Rößler forthcoming). In the centre of analysis are phonological, morphosyntactic and semantic features of these markers. The comparative study is designed to provide further evidence for TG classification. Additionally some of the languages involved have claimed to be grammatically restructured due to language contact. Thus, this research may feed into a recently up-coming debate on language change and language contact within this particular genetic context (Cabral 1995, Michael forthcoming, Rößler forthcoming). References: Bossong, Georg. 1985. Markierung von Aktantenfunktionen im Guaraní. In: Frans Plank (ed.), Relational typology. Berlin: Mouton de Gruyter, 1-29. 51 Cabral, Ana Suelly. 1995. Contact Induced Language Change in the Western Amazon: The NonGenetic Origin of the Kokama languages. PhD thesis, University of Pittsburgh. Danielsen, Swintha & Noé Gasparini. forthcoming. News from the Jorá (Tupí-Guaraní) in the Bolivian Amazonia. In: Wolf Dietrich & Sebastian Drude (eds.), Etnolingüística. Michael, Lev. forthcoming. On the Pre-Columbian Origin of Proto-Omagua-Kokama. Journal of Language Contact, 7(2). Rodrigues, Aryon Dall’Igna. 1984/85. Relações internas na família lingüistica tupi-guarani. Revista de Anthropologia, Vol. 27/28, 33-53. Rose, Françoise. forthcoming. When “you” and “I” mess around with the hierarchy. A comparative study of Tupi-Guarani hierarchical indexing systems. In: Wolf Dietrich & Sebastian Drude (eds), Ethnolingüística. Rößler, Eva-Maria. 2008. Aspetos da Gramática Achê. MA thesis, Universidade Estadual de Campinas. Rößler, Eva-Maria. forthcoming. Inflectional Morphology Restructuring in Aché Discussing Grammar Change and Language Contact in Tupí-Guaraní Subgroup-1. In: Wolf Dietrich & Sebastian Drude (eds), Ethnolingüística. Shain, Cory, & Tonhauser, Judith. 2011. The synchrony and diachrony of differential object marking in Paraguayan Guaraní. Language Variation and Change, 22(3), 321-346. von Horn Fitz Gibbon, Friedrich. 1955. Breves notas sobre la lengua de los indios Pausernas El Üaradu-ñe-e. Sociedad de Estudios Geograficos e Historicos, Santa Cruz de la Sierra. A função das adposições na predicação nominal em Mẽbengokre (Jê) Andrés Pablo Salanova Université d’Ottawa O Mẽbengokre, língua Jê setentrional falada no centro geográfico do Brasil, permite livremente que qualquer lexema de classe aberta seja o núcleo de uma oração independente. Em particular, qualquer substantivo pode sê-lo, e ao sê-lo, toma uma interpretação existencial: (1) (2) ba i-kra eu 1-filho ‘tenho filho(s)’ djori mry? INT caça ‘tem caça?’ Em trabalhos anteriores, propusemos que o mecanismo que permite a interpretação de um substantivo em uma oração matriz é sempre o mesmo: um operador existencial que não se expressa morfologicamente, e que é restringido pelo substantivo e por expressões locativas, em sentido amplo, que se encontrem dentro do sintagma nominal. Neste trabalho, pretendemos examinar uma série de construções que resistem ser reduzidas a construções existenciais. Os seguintes exemplos ilustram algumas destas: 52 (3) (4) (5) ba ami-m okren'ãnh nhõ eu REFL-para galinha POSS ‘estou construindo um galinheiro’ ba Kajtire o inhõ bikwa eu Kajtire com meu parente ‘eu faço Kajtire meu parente’ ba i-bê kubẽ eu 1-em bárbaro ‘sou um bárbaro/branco’ kikre casa No primeiro destes casos, a interpretação de “kikre”, normalmente ‘casa’, é ‘fazer uma casa’ e não ‘existir uma casa’. No segundo, “bikwa”, ‘parente’, é interpretado de forma causativa e não simplesmente existencial. Mesmo que para a segunda frase seja possível tentar derivar a interpretação a partir de uma estrutura existencial com um pequeno malabarismo semântico (‘tenho em Kajtire meu parente’), essa possibilidade não existe para o exemplo (3). E, de fato, mesmo com o malabarismo semântico que propomos para (4) é impossível explicar o sentido incoativo (de “transformação”) que vemos nesse exemplo. Finalmente, no caso de (5), vemos uma predicação equativa, difícilmente reduzível a uma construção existencial. Neste trabalho, relacionamos as interpretações não existenciais dos “predicados nominais” à presença de certos tipos de sintagmas adposicionais na oração. Concretamente, a presença da posposição dativa para introduzir um beneficiário (normalmente reflexivo, como em (3)) acarreta uma modificação na estrutura eventiva do predicado, acrescentando uma componente semântica de “processo de criação”. A presença da posposição instrumental que ocorre em (4) acrescenta ao predicado a componente de “mudança de estado”, ao mesmo tempo que um participante afetado é introduzido. Argumentaremos que, apesar das mudanças induzidas no predicado, os elementos em questão devem continuar sendo considerados adposições, e não, v.g., predicados causativos, como poderia ser o caso de “o” em (4), ou cópulas, como poderia ser o caso de “bê” em (5). [title to be announced] Filomena Sândalo UNICAMP Correlation between language and genetic distances within the Tupi family Eduardo José Melo dos Santos1*, Sergio Meira2, Ana Vilacy Galúcio2, Maria Helena Thomaz Maia1, Louise Yukari Cicalise Takeshita1, Paloma Daguer Ewerton1, Hein van der Voort2, Luciana Storto3, Gessiane Picanço1, Sebastian Drude4, Carmen Rodrigues1, Nilson Gabas Júnior2, Denny Moore2. 1 Universidade Federal do Pará, Brazil, 2Museu Paraense Emilio Goeldi, Brazil, 3Universidade de São Paulo, Brazil, 4Max Planck Institut, Germany A correlation between genetic and linguistic distances among Amerindian populations has been explored for decades. However, most studies, however, have failed to detect any strong and consistent correlation. This kind of investigation has been mostly conducted by geneticists using 53 general and low-resolution linguistic affiliation clustering techniques. Recently, linguistic similarity matrices were obtained for 22 Tupi populations using Swadesh word lists. Additionally, separate high and low stability word sublists were established, leading to separate analysis based on lexical stability. Motivated by such data, we reviewed genetic data for Tupi populations, being able to collect allele frequencies of eleven microsatellite genetic markers for five populations (Guarani, Urubu-Kaapor, Gavião, Zoró, Suruí) belonging to the larger group of 22 populations with available linguistic information. Genetic distance was then estimated (FST) for those five populations and both their genetic and linguistic distance matrices were correlated, with the statistical significance being evaluated via Mantel tests. Genetic distance correlated positively with linguistic distance considering the entire Swadesh list (r=0.518; p=0.092) or the sublists of more stable (r=0.651; p=0.025) and less stable words (r=0.415; p=0.10). However, only the correlation with more stable words was statistically significant. To date, this is the first correlation analysis using high resolution linguistic distances in a South American linguistic stock. The better correlation obtained when using the more stable word list is as should be expected, since it is a more reliable indicator of the prehistoric divisions which are also reflected in the genetic differentiation. Nonverbal predication in Ecuadorian Secoya Anne Schwarz Centre for General Linguistics (ZAS, Berlin) This talk describes the forms and functions of nonverbal predicates in Ecuadorian Secoya (West Tucanoan, around 400 speakers), contributing to the typology of nominal predication, including its pragmatic and diachronic dimensions. The analysis is based on a corpus of about 40 hours of (audioor video-) recorded texts and goes well beyond the description in Johnson and Levinsohn (1990: 8183). The major construction of nonverbal predicates in Ecuadorian Secoya employs a bound particle copula (=a) which combines with underived and derived nouns. With primary nouns it yields equative or attributive semantics (in the sense of Payne 1997) while with derived nouns (in particular participles) generic and habitual readings are achieved. Additional morphological stem extensions can indicate a forward shift in time. As with common verbs, the copula inflects for some persongender-number categories and epistemic-evidential modality. However, despite these basic parallels, the particle copula is also subject to some particularities, such as, among others, a zero morpheme for singular feminines and the possible ommission of the copula element in certain environments. I discuss these paradigmatic gaps, the respective negation patterns (typically employing the "lack of knowledge" marker -ma' or an inherently negative locative-existential-possessive verb, stem p'eo) as well as morphologically related non-predicative forms and functionally complementary (copula) verbs. I further argue that the implicational particle kato "mean, imply" is not a copula verb and study its pragmatic effects. The paper concludes with an areal, genealogical, and typological localization of the discussed nonverbal predication patterns. Johnson, O.E., Levinsohn, S.H. (basada en un borrador elaborado por A. Wheeler). 1990. Gramática Secoya. Instituto Lingüístico de Verano (ILV), Quito, Ecuador. 54 Payne, T.E., 1997. Describing morphosyntax - A guide for field linguistics. Cambridge University Press, Cambridge. Predicação não verbal em Kamaiurá (Tupi-Guarani) Lucy Seki UNICAMP Na língua Kamaiurá (Tupi-Guarani) há dois subtipos estruturais de predicação não verbal: orações não verbais (sem cópula) e orações com predicados não verbais (com cópula). O primeiro tipo constitui o principal foco deste trabalho. Propriedades morfossintáticas permitem distinguir na língua as classes de Pronome, Nome, Verbo, Advérbio, Posposição e Partícula, bem como subgrupos das classes de Nome e Verbo, respectivamente, Nomes não-possuíveis, alienáveis, inalienáveis e Verbos ativos (intransitivos e transitivos) e Verbos não ativos (intransitivos). Há morfemas que são exclusivos de algumas classes ou de subclasses (p. ex. afixos marcadores de pessoa de verbos ativos em orações independentes), e há outros compartilhados por itens identificados como membros de distintas classes (p. ex. uma série de pronomes clíticos que ocorrem com Nomes, com Verbos intransitivos não ativos e com Verbos transitivos, codificando respectivamente o possuidor, o sujeito e o objeto). Nas construções sintáticas os itens recebem marcas morfológicas que assinalam seu estatuto funcional específico e sua correlação com uma determinada categoria lexical, numa dada construção. Em outras palavras, as funções são detectadas no contexto das inter-relações dos componentes estruturais no plano da sintagmática. Ao ocorrerem na sentença os nomes acompanhados de flexões casuais podem preencher diferentes funções sintáticas, tipicamente nominais e também a de adverbiais e predicados. Nesta última função os nomes marcados com os distintos sufixos expressam diferentes tipos de relações, o que resulta em construções que chamamos de orações não verbais: possessivas, equativas, inclusivas, atributivas, locativas e existenciais. Esses tipos se distinguem pela possibilidade de se combinarem com morfemas tipicamente compatíveis com verbais ou com nominais. Os diferentes casos assinalam distinções de natureza semântico-pragmática, expressas em parte pelos verbos ‘ter’, ‘ser’, ‘estar’ e ‘ficar’ em Português. Há na língua um verbo cópula que ocorre em orações não verbais usadas para expressar basicamente os mesmos tipos de relações acima. Contudo, não estão completamente claros os fatores que condicionam o emprego ou não da cópula Nasal Spreading & Morphological Complexity in Tupari Adam Roth Singerman University of Chicago This talk draws upon newly–gathered data to address the question of nasality in Tupari, a Tupian language of Rondônia. In particular, it shows that an enriched understanding of nasal spreading in 55 this language leads to a simpler and more consistent morphological analysis than that suggested in Seki (2001) and Alves (2004). Nasal spreading is a process in which the nasality of a segment may propagate onto other segments, often crossing morpheme boundaries (but consistently respecting the limits of the phonological word). It is widely attested across the Tupian family, though has never been described for Tupari. I provide data showing that spreading is bidirectional and can be triggered by vowels and consonants alike. For example, the addition of the causative prefix m– to eaoɾa ‘you went’ produces the fully nasalized ẽmãõɾã̃ ‘made you go’. Tupari largely respects the typology of nasal spreading (Walker 2000; Piggott 1992, 2003), according to which certain classes of segments are more compatible with nasalization than others. Crosslinguistically, voiceless oral stops either block nasal spreading or behave transparent, but are claimed to never serve as targets. On this point, Tupari diverges markedly from the reported typology: oral stops in Tupari block progressive spreading in onset position but become targets in coda position. For example, the root mak– ‘send’ surfaces as [mã.ka] with the the theme vowel –a, but as [mãŋ] in the bare imperative. Similarly, nik– ‘write’ surfaces as as [nĩ.ka] with the theme vowel, but as [nĩŋ.sã] ‘written’ with the stative –sã. I show that this process can be modeled with a single neutralization rule that nasalizes oral codas following nasal vowels; alternatively, a constraintbased framework can capture this pattern through a highly-ranked markedness constraint penalizing oral codas following nasal nuclei. In addition to exemplifying a counterexample to an otherwise robust crosslinguistic generalization, this system of nasal spreading has three descriptive consequences of interest to Tupianists. First, a host of verbal stems which Alves (2004) records as displaying irregular /k/ ~ /ŋ/ alternations turn out to be fully regular, with no need for extra stipulation nor memorization of unpredictable forms. Second, since the velar nasal, /ŋ/, never appears in onset position, it can always be analyzed as a coda /k/ following a nasal vowel. This environmental predictability in turn indicates that /ŋ/ does not qualify as a separate phoneme in Tupari. Finally, this refined account of nasal spreading allows for a vastly simplified description and analysis of Tupari morphology. As the oral and nasal allomorphs described by Seki (2001) and Alves (2004) are always predictable from the language’s phonological processes, the grammar of Tupari never needs to refer to oral versus nasal environments to select the proper form of a suffix. Alternations such as the determiner –(e)t/–(e)n, nominalizer –p/–m, and evidential –pnẽ/–mnẽ follow automatically if a single, underlyingly oral affix is nasalized under the proper circumstances. Hence, while the language’s phonology must make a distinction between oral and nasal segments, I show that there is no evidence for oral versus nasal suppletive allomorphy in Tupari. References Alves, Poliana. 2004. O léxico do Tupari: proposta de um dicionário bilingue. PhD dissertation, UNESP-Araquara. Piggott, G.L. 1992. ‘Variability in feature dependency: the case of nasality.’ Natural Language & Linguistic Theory, 10(1), 33-77. 56 Piggott, G.L. 2003. ‘Theoretical implications of segment neutrality in nasal harmony.’ Phonology, 20(03), 375-424. Seki, Lucy. 2001. ‘Aspectos morfossintáticos do Nome em Tupari.’ In Cabral and Rodrigues (eds.), Línguas Indígenas Brasileiras: Fonologia, Gramática e História, volume I, pp. 298-308. Belém: UFPA. Walker, Rachel. 2000. Nasalization, neutral segments, and opacity effects. New York: Garland. Amazonian Linguistics — Where we're at and where we're headed Kristine Stenzel Federal University of Rio de Janeiro This talk offers an brief overview of the current ‘state of the art’ in Amazonian Linguistics, recalling the contributions of pioneers in the field, tracing the growth of national and international scholarship over the past five decades, and highlighting some of the ‘hot topics’ in typological, theoretical, historical, and documentary linguistics that research involving Amazonian languages is currently addressing. It will also call attention to existing and developing resources and propose a few questions for discussion related to what’s on the horizon for research in the exciting and expanding field of Amazonian linguistics. To hi or not to hi? Nonverbal predication in Kotiria and Wa’ikhana (East Tukano) Kristine Stenzel Federal University of Rio de Janeiro This presentation looks at three different aspects of nonverbal predication in the Kotiria-Wa’ikhana sub-branch of the East Tukano family of northwestern Amazonia. It begins with a general overview of use of the copula verb hi/ihi, which consistently occurs in the main functional categories of nonverbal predication in both languages. These include nominal predicates expressing ‘identity’ (‘equation’ and ‘proper inclusion’) (1)-(2), as well as locative predicates indicating existence (3) and general location (4). Moreover, adjectival notions are expressed in copula clauses with nominalized complements that can be formed from verbal roots denoting qualities (5) or from nouns suffixed by the ‘attributive’ –ti (6), the same construction also employed to express certain possessive notions (7). Throughout this general profile, the inflectional properties of the copula verb are highlighted and discussed. (1) (2) (3) ~dʉkʉ-~wati-ro hi-a forest-devil-SG COP-ASSERT.PERF ‘(He) was a forest devil.’ KOT yʉ’ʉ-khʉ hi-ha ko-iro 1SG-ADD COP-VIS.IMPERF.1 relative-NOM.SG ‘I too am a relative (Kotiria).’ KOT ~phado-pʉ-re hi-ati-a ~basa-yaka-~ida do/be.before-LOC-OBJ COP-IMPERF-ASSERT.PERF people-steal-NOM.PL 57 (4) (5) (6) (7) ‘In the olden days there were people-stealers.’ KOT ~apʉ dia dʉtʉ-ka'a-pʉ kope-pʉ ihi-de crab river surrounding.area-edge-LOC hole -LOC COP-VIS.IMPERF.2/3 ‘Crabs live in holes along the riverbank.’ WAI ~ke-ro yoa-ri-ro hi-ka dasa beak-SG be.long-NOM-SG COP-ASSERT.IMPERF toucan ‘Toucans have long beaks.’ (lit., ‘A toucan is a long-beaked one.’) KOT kʉʉ-wa'i parape-di-ti-ri-kido ihi-de manioc-fish spot-PL-ATTRIB-NOM-SG COP -VIS.IMPERF.2/3 ‘Manioc-fish have spots /are spotted.’ WAI ti-ro ~dabo-ti-ri-ro hi-ra ANPH-SG wife-ATTRIB-NOM-SG COP-VIS.IMPERF.2/3 ‘He’s married.’ (lit., ‘one-who-has-a-wife.’) KOT Focus then shifts to several copula-construction ‘alternatives’ available to speakers when they want to express more detailed locational, existential, possessive notions. Among these are use of specific positional-locative predicates, such as pisa/pesa ‘be on’ (8), and predicates of nonexistence ~badía (9), possession khʉa/kʉ'o, and nonpossession ~bane. (8) (9) ti-ro to-pʉ pisa-a ANPH-SG REM-LOC be.on-VIS.IMPERF.2/3 ‘He (a disobedient boy) was up/over there (on the roof of the house) . . .’ KOT ~bari-re chʉa ~badía-ra 1PL.INC-OBJ food not.exist-VIS.IMPERF.2/3 ‘There isn’t any food for us.’ KOT Finally, sentences such as (10) show that there is a second copula form ~di(i), employed exclusively in both languages as an auxiliary in the progressive construction. This form, interestingly, is cognate to ~(a)di, the general copula in a number of other East Tukano languages (Tukano, Tuyuka, Desano, Tatuyo), which leads to some final crosslinguistic considerations on the diachronic development of copular forms in the family as a whole. (10) ti-do ~kadi-do ANPH-SG sleep-(3)SG ‘He’s sleeping.’ WAI ~dii-de be.PROG-VIS.PERF.2/3 Neutralization of Tone Patterns in Dâw Sentences Luciana Storto, Jessica Costa & Wallace Andrade Universidade de São Paulo This paper examines sentential tonal patterns in Dâw (Nadahup family, Brazil), showing that the tones of isolated words - described by Martins (2004) as either rising (L͡ H) or falling (H͡ L) in the language - are neutralized in prosodic environments larger than the phonological word. Each 58 phonological phrase has a pattern in which a H tone is assigned to the syllable in a prominent stress position (the rightmost syllable) and L tones are assigned to the other syllables. When a syllable with any type of lexical tone occurs in a stress position inside a phonological phrase, it can be pronounced either with a H or with a contour H͡ L melody. A syllable without a lexical tone in the same position will invariably be H. A phonological word can be left unparsed at the left or right edge of the utterance if there is a pause between this word and the adjacent phonological phrase. Unparsed syllables are L, but may bear a contour if they carry a lexical tone: L͡ H utterance-initially and H͡ L utterance-finally. In 350 declarative sentences recorded three times with each speaker the patterns found were: Each phonological phrase includes at least one phonological word and is formed by at least two and at most three syllables (σ) to which tones are associated: 1. ‘The tapir ran’ Taax ‘ox tapir run (σ ' σ) | | L H 2. ‘The man hunted’ Dâw people (σ | L xut male σ | L suuk hunt 'σ) | H Disyllabic utterances are always parsed as (1), but larger ones may vary depending on the mapping between prosodic and syntactic units. If an SVO sentence has a subject, a causative auxiliary and a verb and they all are monosyllabic, they will be parsed as (2), separate from the object, which will be left unparsed if it is monosyllabic. If the monosyllabic object is followed by an object marker, they will form a phonological phrase as in (1). In a sentence without an auxiliary, monosyllabic subjects and verbs always form a phonological phrase as (1), leaving a monosyllabic object unparsed. To capture these facts we suggest the generalization that the right edge of a verb must align with the right edge of a phonological phrase. Imperative sentences begin with a H tone and otherwise follow the same pattern of phonological phrase formation and tone association described above. Martins, Silvana Andrade. (2004). Fonologia e Gramática Dâw (Tomos I e II). Doctoral Dissertation by Vrije Universiteit Amsterdam. Utrecht: LOT. 59 Predicación No-Verbal en Shiwilu (Kawapana) Pilar Valenzuela Chapman University El shiwilu (familia Kawapana, Perú) es una lengua polisintética, de marcación en el núcleo, con prefijos y sufijos, alineamiento acusativo y orden flexible de constituyentes mayores de la cláusula. El objetivo de esta presentación es ofrecer la primera descripción sincrónica de los predicados noverbales en shiwilu en el marco de las generalizaciones tipológicas propuestas por Stassen (1997), Payne (1997), Dixon (2009), entre otros. Demostraremos que el shiwilu destaca por la inusual variedad de construcciones alternativas disponibles para codificar una misma categoría funcional. Así, la identificación-inclusión, benefacción-posesión y atribución pueden ser expresadas mediante seis construcciones distintas: (1) cópula cero <NP NP>, (2) sufijo predicativo <(NP) NP-sufijo.predicativo>, (3) cópula <(NP) COPsufijo.cópula>, (4) sufijo Predicativo + cópula <(NP) NP-sufijo.predicativo COPsufijo. cópula>, (5) verbo existencial <(NP) NP EXISTIR-sufijo.verbal>, (6) sufijo predicativo + verbo existencial <(NP) NP-sufijo.predicativo EXISTIR-sufijo.verbal>. Las únicas estructuras propiamente verbales son las que involucran el verbo existencial. La cópula recibe, de manera obligatoria y exclusiva, marcadores de sujeto que difieren de los atestiguados en los verbos. Además, las cláusulas con cópula presentan el orden fijo <(NP) NP COP-sufijo.cópula>, mientras que las existenciales tienen un orden flexible <(NP) NP EXISTIR-sufjo.verbal>/<(NP) EXISTIR-sufijo.verbal NP). La función atributiva puede ser codificada por medio de verbos estativos que llevan los mismos marcadores que los verbos intransitivos activos y transitivos. Por otro lado, existe una construcción atributiva similativa que involucra el sufijo -pu ‘ser como’ <(NP) NP-pusufijo. verbal>. Es decir, -pu tiene un efecto verbalizador ya que tras su adhesión al sintagma nominal la base resultante recibe la morfología propia de los verbos. Para codificar la función locativa se emplean la cópula cero, el verbo existencial o diferentes verbos de postura. Para codificar la función existencial se recurre a la cópula cero o al verbo existencial ñi‘haber, existir’. Finalmente, corresponden a la posesión dos estrategias que parecen ser poco comunes a nivel interlingüístico: el empleo de un sufijo verbalizador, -wan, traducible como ‘tener’ <(NP) NPwan-sufijo.verbal> y una forma causativizada del verbo existencial <(NP) NP CAUSEXISTIR-sufijo.verbal>. En esta presentación ilustraremos cada una de las construcciones mencionadas arriba y exploraremos las condiciones gramaticales (negación, tiempo-aspecto-modo) y pragmáticas que determinan o influyen en la selección de ciertas estructuras. Dixon, R.M.W. 2009. Basic Linguistic Theory: Vol 2. Oxford University Press. Payne, Thomas E. 1997. Describing Morphosyntax. Cambridge University Press. Stassen, Leon 1997. Intransitive Predication. Oxford: OUP. 60 Entonación y marcación de foco em Kakataibo (Pano) Daniel Valle Arevalo University of Texas Desde una perspectiva inter-lingüística, las lenguas usan medios fonológicos, morfológicos, sintácticos o una combinación de estos para indicar foco (Büring 2009). Cuando se usa una estrategia fonológica, se explotan generalmente cambios en el F0, el acento o la duración. Sin embargo, la relación entre foco y entonación es uno de los aspectos menos estudiados en las lenguas amazónicas. Este artículo busca contribuir a esta discusión dando una descripción de los correlatos fonológicos del foco en Kakataibo, una lengua pano de la amazonia peruana. El foco estrecho en Kakataibo se indica colocando a este constituyente en la primera posición de la oración, antes del clítico {=ka} (Valle 2011; cf. Zariquiey 2011). Este tipo de oraciones recibe un contorno entonacional down step, caracterizado por mostrar el tono más alto en el constituyente enfocado o en {=ka} y el tono más bajo en la sílaba final del verbo principal, que ocurre al final de la oración. Así, en este tipo de oraciones, el tono más alto de la oración ayudaría a distinguir el foco con respecto al background. Dado este hecho, se podría pensar que el foco estrecho aparece en la primera posición porque es ahí donde se da la mayor prominencia fonológica (f0). Sin embargo, la prominencia fonológica no parece ser un rasgo inherente al foco en Kakataibo. Esto se evidencia por los siguientes hechos. En construcciones multifocales, sólo un constituyente focal puede aparecer en la primera posición, donde recibe un tono alto; mientras que el otro constituyente focal permanece in situ mostrando un contorno entonacional descendiente. En segundo lugar, la posición inicial de la oración puede ser ocupada también por constituyentes no focales (e.g. información ya conocida). En este tipo de construcciones, el contorno entonacional también es down step. Estos datos parecen indicar que {=ka} lleva un tono alto léxico. Sin embargo, este clítico recibe un tono bajo cuando ocurre al inicio de la oración, lo que es un indicador de oraciones de foco en el predicado. Así, estos datos sugieren que el tono más alto de la oración es una pista que tienen los hablantes del Kakataibo para identificar el foco, mas no es un rasgo necesario de este. Esto encaja con nuestro conocimiento tipológico actual de la marcación de foco, pues, las lenguas que utilizan un medio de marcación de foco (e.g. sintaxis) no necesariamente siguen otra estrategia (e.g. fonología). Büring, Daniel. 2009. “Towards a Typology of Focus Realization”. In Zimmermann, Malte and Féry, Caroline. Information Structure: Theoretical, Typological and Experimental Perspectives. Oxford, Oxford University Press, pp.177-215. Valle, Daniel. 2011. Differential subject marking triggered by information structure. Proceedings of CILLA V, The University of Texas at Austin. Zariquiey, Roberto. 2011. A Grammar of Kashibo-Kakataibo. PhD Dissertation, La Trobe University. 61 Correlations between possessive semantic relations and construction types in Kokama Rosa Vallejos University of New Mexico This talk investigates the correlations between possessive semantic relations and construction types in Kokama (Amazon of Peru). Based on Heine’s (1997) typology of semantic possession subtypes and Stassen’s (2009) typology of possession construction types, Croft (In Prep) predicts the following correlations: CONSTRUCTION TYPES Location schema Existence schema (Genitive, Goal, Topic) Companion schema Equation schema SEMANTIC POSSESSIVE RELATIONS physical & temporary possession permanent & inalienable possession physical, temporary & alienable possession very rarely for physical possession Kokama does not have lexical verbs such as ‘have’, ‘belong,’ or a copula to predicate possession. Although the language does not have a dedicated possessive construction, possession can be inferred from the three constructions shown in (1) - (3): (1) (2) (3) ajan wayna mɨmɨra-yara this woman woman’son-owner ‘This woman has a son’ (Lit. ‘This woman is son-owner’) emete-taka ajan wayna ɨkɨ exist-MOD this woman chili ‘This woman might have chili’ (Lit. ‘This woman’s chili might exist’) ta yuwama=ka emete eran kaitsuma 1SG.M daughter.law=LOC exist good yucca.beer ‘My daughter in law has good yucca beer’ (Lit. There is good yucca beer at my daughter in law) The example in (1) consists of two juxtaposed NPs; the possessor is encoded in the first NP, the possessed in the second NP. The second NP includes the clitic -yara ‘owner.’ The example in (2) illustrates an existential construction in which the possessor and possessed elements are expressed within an NP; importantly, the existence of the NP’s referent is being predicated. The example in (3) is a combination of the existential and a locative construction. Here, the new referent’s location is specified; the possessor is expressed in the locative phrase, the possessed element in the NP. An examination of the range of semantic possessive relations encoded by each construction in a text database reveals that Croft’s (In Prep) predictions are only partially confirmed. The equation construction is very rarely used to express temporary, physical possession. But, contrary to Croft’s predictions, the constructions that involve the existential emete are used for physical, temporary, alienable possession. This is summarized below. 62 CONSTRUCTION TYPES Equation schema (1) [NP NP-yara] Existence schema Location schema (2) [emete [POSSESSOR POSSESSED]NP] (3) [LOC emete NP] SEMANTIC POSSESSIVE RELATIONS permanent & inalienable possession physical, temporary & alienable physical & temporary possession References: Croft, William (In Prep). Morphosyntax. Heine, Bernd. 1997. Possession: cognitive sources, forces, and grammaticalization. Cambridge: Cambridge University Press. Stassen, Leon. 2009. Predicative possession. Oxford: Oxford University Press. Orações relativas do Karitiana e a análise tradicional de relativização Karin Vivanco & Ivan Rocha Departamento de Linguística, USP/FAPESP O objetivo da apresentação é avaliar a adoção de uma análise como (1), em que a oração Relativa é um adjunto do núcleo (cf. Alexiadou et al., 2000), para as construções relativas da língua karitiana (TupiArikém; cf. Rodrigues, 2002): (1) I saw [NÚCLEO the soldiers] [ADJUNTO that lost the war]. A metodologia utilizada no trabalho foi a elicitação controlada, experimentação com o uso de desenhos e tradução elicitada. Além disso, utilizaremos dados extraídos de narrativas míticas da língua. Mostraremos que essa análise é inapropriada para o karitiana por três motivos. Primeiramente, Storto (1999) observou que o núcleo recebe o caso atribuído pelo verbo dentro da oração encaixada e não aquele exigido pela matriz: o verbo so’oot exige um argumento interno marcado com o morfema oblíquo {-ty}. Em (2), o núcleo õwã aparece sem esse morfema de caso. Crucialmente, a língua tem morfemas nulos para os casos ergativo e absolutivo e o verbo da oração encaixada é transitivo: (2) Ordem OStiV em relativa de objeto Yn Ø-na-aka-t i-so’oot-Ø 1s 3- DEC-ser-NFUT PAR-ver-CONC.ABS. “Eu vi a criança que o homem machucou.” [õwã taso ti-mĩ]-ty criança homem CFO-bater-OBL Se houvesse um núcleo externo à relativa como (1), ele não estaria em nenhum momento da derivação em uma configuração de atribuição de caso com o verbo dentro da oração encaixada. Outro contraargumento se baseia no morfema {-t}, que marca outras orações adjuntas na língua. Sua presença é agramatical em relativas, indicando que elas não podem ser consideradas um adjunto (Rocha, em prep.): (3) * yn ∅-na-otet-∅ [pikom õwã ti-m-pykyn-a ki]-t macaco criança CFO-CAUS-correr-VT ANTER-ADV eu 3-DECL-cozinhar-NFUT “Eu cozinhei o macaco que a criança não fez correr.” 63 A obrigatoriedade do morfema {-t} em orações adjuntas é confirmada pelo dado em (7), pois a ausência desse morfema torna uma subordinada adverbial agramatical: (4) *[gok o so amang-ã tyka] [macaxeira mulher plantar-VT enquanto] ∅-na-oky-t 3-DECL-matar-NFUT him taso caça homem Finalmente, outro argumento contra uma estrutura como (1) reside no fato de que, em situações experimentais, foram produzidas relativas com o núcleo não frontalizado (Vivanco, em prep.) (5) Relativa de objeto SOtiV Yn 1s Ø-na-aka-t 3-DEC-cópula-NFUT i-pyting-Ø PART-querer-CON.ABS. [Ana [Ana pykyp roupa ti-pipãram-a-]-ty CFO-costurar-VT-]-OBL ‘Eu escolhi a roupa que a Ana costurou.’ Em suma, todos esses fatos nos mostram que (i) a oração relativa da língua não tem morfologia de adjunto e (ii) uma estrutura como (1) não é capaz de explicar a marcação de caso e a distribuição do núcleo da relativa. Dessa forma, argumentaremos que uma análise de adjunção como (1) não pode ser aplicada às relativas da língua, pois ela é incompatível com seu comportamento. Referências ALEXIADOU, A; LAW, P; MEINUNGER; A; WILDER, C. (2000). The Syntax of Relative Clauses. Filadélfia, Amsterdã: John Benjamins. STORTO, L. (1999). Aspects of a Karitiana Grammar. Tese de doutorado. MIT, Estados Unidos da América. RODRIGUES, A. (2002). Línguas Brasileiras: para o conhecimento das línguas indígenas. São Paulo: Edições Loyola, 4ª edição. VIVANCO, K. (em prep.). Orações relativas em Karitiana: um estudo experimental. Ms. ROCHA, I. (em prep.). I Relatório de bolsa doutorado no país apresentado à FAPESP (Processo: 2012/02769-7). São Paulo: Universidade de São Paulo. Glosas: DECL. 1, 2, 3. NFUT. CFO. CAUS. ANTER. VT. OBL. CONC.ABS. PART. ADV. Modo declarativo Concordância de primeira, segunda e terceira pessoa Tempo não futuro Construção de foco do objeto Marca de causativo Marca aspectual de anterioridade Vogal temática Marca de oblíquo Concordância absolutiva de cópula Particípio Adverbializador 64 Zero-verbalisation in Kwaza Hein van der Voort Museu Goeldi Kwaza is an endangered language isolate of the Brazilian Southwestern Amazon. It is a morphologically complex predominantly suffixing language. It has rich verbal inflexional and derivational systems with several mood paradigms, an intricate switch-reference system and an extensive inventory of bound directional and classifying morphemes. Although noun morphology is relatively simple, having a restricted case system and lacking number marking, the various productive nominalisation processes can produce highly complex nouns. The parts of speech of Kwaza are verbs, nouns, adverbs and particles. There is no category of adjectives that is distinct from verbs, so attributive predication does not differ essentially from verbal predication (attributive modification is expressed by nominalisation and juxtaposition). The only obligatory constituent of a Kwaza sentence is the verb, which consists of a root, optional derivational suffixes and obligatory subject and mood inflexions. Kwaza has two copular verbs: a- ‘exist’ for existential expressions and e- ‘have’ for the expression of external possession: (1) (2) ywynwỹ-na nũty a-ki tree-LOC honey exist-DEC ‘There is honey in the tree.’ ywynwỹ nũty e-ki tree honey have-DEC ‘The tree has honey.’ For other types of predication, in this case identity, location and benefactive, Kwaza simply attaches the standard verbal person and mood inflexions to nouns that may bear locative and benefactive oblique case markers: (3) (5) (7) etay-ki woman-DEC ‘It is a woman.’ dilε-du-xa-re who-BEN-2-INT ‘For whom are you doing that?’ ỹ-hỹ-ko-da-ki this-NOM-INSTR-1SG-DEC ‘I’m here.’ (4) (6) joni etay-ki Ione woman-DEC ‘Ione is a woman’ si-du-re I-BEN-INT ‘Is it for me?’ Since this kind of verbalisation does not involve any overt morphological elements, I have called it zero-verbalisation. The recursive faculty of Kwaza morphology may lead to rather complex constructions in which the predicate changes category repeatedly: 65 (8) (9) ũcenãi-he-hỹ-dy-ja-da-ki know-NEG-NOM-CAU-INDEF.OBJ-1SG-DEC ‘I make them not understand.’ jo-kane txitxi-'dy-da-hỹ-ki manioc-CL:oblong fry-CAU-1SG-NOM-DEC ‘They are pieces of manioc which I fried.’ The verbal person and mood inflexions may even be attached to predicates that are already fully inflected for verbal person and mood: in that case one deals with recursive inflexion that expresses direct quotation. In the present talk I will discuss the consequences of Kwaza zero-verbalisation for the analysis of its parts-of-speech system. Nonverbal Predication in Kari’nja (Cariban, Suriname) Racquel-María Yamada University of Oklahoma This paper describes the forms and functions of nonverbal predication in Kari'nja (Cariban, Suriname). Kari'nja has approximately 7,358 speakers worldwide (Lewis, et al., 2013). Since 2005, members of the Konomerume, Suriname community have been working to document, describe, preserve, and revitalize the non-prestige Aretyry dialect as spoken in western Suriname. Since their revitalization project includes formal teaching, community leaders have a need for functionally motivated descriptions that can support their teaching goals. Nonverbal predicate constructions are high frequency forms in Kari'nja. However, there has been no principled examination of formal and functional properties of nonverbal predication in the language. According to Dryer (2007: 224-225), nonverbal predicates are those in which the predicate nucleus is something other than a verb. He further distinguishes clauses with nonverbal predicates (those that include a copula) from nonverbal clauses (those without a copula). Previous descriptions of nonverbal predication in Kari'nja are limited to a single copular form, and make only passing mention of a subset of stative functions. Hoff (1968: 212-213) provides a brief discussion of the structural properties of what he terms the "Defective Verb, wa." Courtz (2007: 91-97) is also limited to the a copular form. In addition to this copula, Kari’nja employs nonverbal clauses (without a copula), as well as a second copular form, e’i.Each of the three nonverbal predicate structures differs in terms of person marking, negation, TAM, number, and interrogative forms. Languages may employ more than one construction type, and different structures may be associated with different functions. Payne (1997) identifies six functional categories of nonverbal predication: equation, category membership, attribution, location, existence, and possession. In Kari’nja, each formal construction type differs in terms of the functional categories it encodes, as well as the types of complements it permits. Furthermore, Kari’nja employs the constructions described here in for additional categories, such as desiderative, beyond those identified by Payne (1997). This paper systematically describes the formal properties and functional motivation for using each available construction type in Kari’nja. It thereby contributes to a more complete understanding of the Kari’nja system specifically. In turn, a functionally motivated description can help teachers to plan communicatively oriented lessons incorporating the range of forms and functions of nonverbal 66 predication in Kari’nja. Furthermore, by expanding on Payne’s nonverbal predicate functions, this paper adds to our understanding of the typological characteristics of nonverbal predication more generally, and the ways in which systems can vary and change. REFERENCES Courtz, Henk. 2008. A Carib Grammar and Dictionary. Toronto: Magoria Books. Dryer, Matthew. 2007. Clause Types. In Timothy Shopen (ed.), Language Typology and Syntactic Description, Volume 1: Clause Structure, Second Edition. Cambridge: CUP. Hoff, Berend. 1968. The Carib Language. The Hague: Martinus Nijhoff. Lewis, M. Paul, Gary F. Simons, and Charles D. Fennig (eds.). 2013. Ethnologue: Languages of the World, Seventeenth edition. Dallas, TX: SIL International. Online version: http://www.ethnologue.com. Payne, Thomas. 1997. Describing Morphosyntax: A Guide for Field Linguists. Cambridge: CUP. 67