CONSTRUC;OES EXISTENClAIS NA FALA E NA ESCRITA Juliana Esposito Marins (UFRJ) Orientador(a): Maria Eugenia Lamoglia Duarte Dia 30 - Local: Corredor IEL- 11:00-13:00 Pesquisas recentes sobre 0 portugues falado do Brasil apontam para sujeito pronominal vem se caracterizando 0 fato de que a posic;ao do pela forma plena. tanto para sujeitos de referencia definida quanta para de referencia indeterminada. A partir dessas evidencias, levantou-se a hip6tese de que as construc;oes existenciais passariam por algum tipo de reestruturac;ao. evitando-se a posic;ao vazia a esquerda de V. seja pelo aparecimento de elementos adverbiais, seja pelo uso de sentenc;as pessoais. ilustradas a seguir com dados da [ala: (1) Voce nao tern urn programa educativo born. (2) Entao a gente tern tarnbem la e ... recreaGao (3) Eu nao tive muitas coisas perigosas assim nao. (4) A vizinhanGa e otima. (Nos)Temos varios comercios, (nos) Lemosmercado, (nos) temos feira, (nos) temos feirinha. (5) La, por exempl0, onde mora minha sogra, ela mora la ha trinta anos. Ela nao tern grade na janela dela. o presente trabalho compara os resultados obtidos para a fala carioca com a escrita padrao veiculada em jornais. 0 objetivo e verificar se as estrategias encontradas na lingua oral ja comeGam a se implementar na escrita. Resultados preliminares apontam 0 carMer conservador da escrita, com uma expressiva ocorrencia de "haver" nas construGoes existenciais, permitem observar a gradual entrada de estruturas mas com "ter" existencial e "ter" pessoal a partir de generos textuais considerados men os formais, como mostram os exemplos (6)-(8): (6) Nao se trata de uma cabine qualquer: ela tera banheiro, cozinha e podera abrigar tres policiais. (0 Globo - Reportagem) (7) 0 fato e que temos diante de nos duas maneiras distintas e ate mesmo antagonicas de fazer politica no PT. (0 Globo - Reportagem) (8) (...) por aquela epoca a cidade do Rio de Janeiro nao contava sequer 1 milhao de habitantes. Hoje (ele) tern em torno de 6 milhoes. (Jomal do Brasil - Opiniao)