Programa Nacional de
Suplementação de Ferro - PNSF
1
PNSF

Principais ações do Ministério da Saúde para a prevenção e o controle
da Anemia por Deficiência de Ferro no Brasil

Apesar da ausência de um levantamento nacional, existe consenso na
comunidade científica de que a Anemia por Deficiência de Ferro é a
carência nutricional de maior magnitude no Brasil, e atinge todas as
classes de renda e principalmente crianças menores de dois anos e
gestantes.

Estudos locais indicam prevalências de Anemia por Deficiência de Ferro em
aproximadamente 50% das crianças, e entre 15% e 30% em gestantes
brasileiras.

Em decorrência das altas prevalências de anemia, em 1999, o governo
brasileiro, a sociedade civil e científica, organismos internacionais e as
indústrias brasileiras firmaram o Compromisso Social para a redução da
Anemia Ferropriva no Brasil.
2
PNSF

Este compromisso, que foi corroborado pela Política Nacional de Alimentação e
Nutrição (PNAN) neste mesmo ano, explicitou a necessidade de implementação
das seguintes estratégias de intervenção em nível nacional:




Fortificação das farinhas de trigo e de milho com ferro,
Suplementação medicamentosa de ferro para grupos vulneráveis (distribuídos,
gratuitamente, nas unidades do SUS em todos os municípios), – e orientação
alimentar e nutricional.
Como parte do compromisso assumido para prevenção da anemia , o MS
implantou o Programa Nacional de Suplementação de Ferro em todos os
municípios.
No ano de 2001, o MS determinou a adição obrigatória de ferro (30% IDR ou
4,2mg/100g) e ácido fólico (70% IDR ou 150µg) nas farinhas de milho e trigo.

Objetivo

Aumentar a disponibilidade de alimentos ricos em ferro e ácido fólico para a população
brasileira e assim contribuir para a redução da prevalência de anemia e defeitos do tubo neural
no Brasil.
3
PNSF

Objetivo Geral


Reduzir a prevalência de Anemia por Deficiência de Ferro em crianças de 6
a 18 meses, gestantes e mulheres no pós-parto em todo o País.
Objetivos Específicos






Distribuir doses semanais de sulfato ferroso para crianças de 6 a 18 meses;
Distribuir doses diárias de sulfato ferroso e ácido fólico para gestantes;
Distribuir doses diárias de sulfato ferroso para mulheres no pós-parto e no
pós-aborto;
Desenvolver atividades de orientação nutricional para as famílias
acompanhadas no Programa, com vistas a fomentar o consumo de
alimentos ricos em ferro e hábitos alimentares saudáveis;
Controlar as formas moderadas e graves da Anemia por Deficiência de
Ferro;
Avaliar o impacto da suplementação de ferro.
4
PNSF

Importância do ferro

Nutriente essencial para a vida e atua principalmente na síntese das
hemácias e no transporte do Oxigênio para todas as células do organismo.

Reduz a incidência de nascimento de bebês prematuros e com baixo
peso;

Reduz o risco de morte materna no parto e no pós-parto imediato;

Melhora a capacidade de aprendizagem da criança;

Melhora a resistência às infecções;

É fundamental para o crescimento saudável.
5
PNSF

Deficiência de Ferro - Pode apresentar-se
em graus variáveis:

Depleção do ferro, sem comprometimentos
orgânicos, supõe uma diminuição dos depósitos
de ferro, mas a quantidade de ferro funcional
pode não estar alterada.

Anemia por deficiência de ferro que afeta vários
sistemas orgânicos.
6
PNSF

Anemia



Concentração de hemoglobina no sangue está anormalmente baixa, em
conseqüência da carência de um ou mais nutrientes essenciais, qualquer
que seja a origem dessa carência.
Contudo, apesar da ausência de vários nutrientes contribuir para a
ocorrência de anemias carenciais como folatos, proteínas, vitamina B12 e
cobre, indiscutivelmente o ferro é, dentre todos, o mais importante.
Possíveis causas da anemia por deficiência de ferro

Tanto em crianças como em gestantes:



Consumo insuficiente de alimentos fontes de ferro e/ou com baixa
biodisponibilidade.
Perda crônica de sangue, especialmente uterina e no trato gastrointestinal,
Na gestante, pode-se destacar também as baixas reservas de ferro préconcepcionais e a elevada necessidade do mineral em função da formação
dos tecidos maternos e fetais.
7
PNSF

Diagnóstico de Anemia por Deficiência de Ferro

Os sinais e sintomas da carência de ferro são inespecíficos e de difícil
detecção, sendo necessário exames de sangue para que seja confirmado o
diagnóstico de Anemia por Deficiência de Ferro.

Os principais sinais e sintomas são: fadiga generalizada, anorexia (falta de
apetite), palidez de pele e mucosas (parte interna do olho, gengivas, palma
das mãos), menor disposição para o trabalho, dificuldade de aprendizagem
nas crianças, apatia (crianças muito "paradas").

O nível de hemoglobina é um dos indicadores que tem sido amplamente
utilizado em inquéritos epidemiológicos, além de ser considerado adequado
num diagnóstico preliminar para levantamentos em campo.

O ponto de corte proposto pela OMS para nível de hemoglobina indicativo
de anemia em crianças de 6 a 60 meses e em gestantes é abaixo de 11,0
g/dl.
8
PNSF

Conseqüências da Anemia por Deficiência de Ferro
 Em crianças a anemia está associada ao retardo do crescimento,
comprometimento da capacidade de aprendizagem
(desenvolvimento cognitivo), da coordenação motora e da
linguagem, efeitos comportamentais como a falta de atenção,
fadiga, redução da atividade física e da afetividade, assim como
uma baixa resistência a infecções.

Nos adultos, a anemia produz fadiga e diminui a capacidade
produtiva.

Nas grávidas, a anemia é associada ao baixo peso ao nascer e a
um incremento na mortalidade perinatal.
9
Biodisponibilidade de ferro

Conceito: “Fração do ferro procedente dos alimentos que pode ser
absorvida e utilizada para fins fisiológicos, tais como a formação de
hemoglobina,mioglobina e outros.”


A absorção é favorecida por:




O Ferro ingerido nos alimentos não é totalmente absorvido.
substâncias redutoras e álcool;
ácidos ascórbico, cítrico e láctico que complexam o ferro (III) e mantém seu
estoque na forma de compostos solúveis;
HCl do estômago.
A absorção é inibida por:
fitatos solúveis (hexafosfatos de inositol em cereais e nozes);

íon fosfato;

cálcio e outros metais divalentes (Mg e Zn).

ácido tânico e soja.
(presentes em café, chá, mate, cereais integrais, leite e derivados):

10
Biodisponibilidade de ferro

Alimentos Ricos em Ferro


São melhores fontes de ferro as carnes vermelhas, principalmente
fígado de qualquer animal e outras vísceras (miúdos), como rim e
coração; Carnes de aves e de peixe; e mariscos crus.


Ferro de origem animal – FERRO HEME é melhor aproveitado pelo
organismo.
Ferro de origem vegetal – FERRO NÃO – HEME
Destacam-se como fonte de ferro os folhosos verde-escuros (exceto
espinafre), como agrião, couve, cheiro-verde, taioba; as leguminosas
(feijões, fava, grão-de-bico, ervilha, lentilha); grãos integrais ou
enriquecidos; nozes e castanhas, melado de cana-de-açúcar, rapadura
e açúcar mascavo.
11
Biodisponibilidade de ferro



Ressalta-se que o leite materno é considerado fator protetor contra Anemia por Deficiência
de Ferro devido à alta biodisponibilidade do ferro existente.
O corpo humano contém 5 – 6 g de ferro; 30% está em estoque para qualquer
eventualidade;
Recomendações para ingestão diária (RDA):

Meninos e meninas






Homens




< 6 meses: 0,27mg
De 7 meses a 1 ano: 11 mg;
De 1 a 3 anos: 7 mg.
De 4 a 8 anos: 10mg
De 9 a 13 anos: 8mg
De 14 a 18 anos: 11 mg;
De 19 até 50 anos: 10 mg.
Acima de 51 anos: 8mg
Mulheres




De 14 a 18anos ou + : 15mg
Acima de 51anos: 8mg;
Grávidas: nos 2 E 3º Trimestres: 27 mg( TEM QUE SUPLEMENTAR)
Lactantes: 15 mg
12
Biodisponibilidade de ferro

Excreção

Não existem mecanismos bioquímicos da
excreção de ferro do corpo humano. O único
caminho é a descamação dos enterócitos do
duodeno e do trato urogenital (menstruação) que
constitui 1-2 mg /dia.
13
PNSF

Obs.1: As gestantes devem ser suplementadas também com ácido
fólico, pois esta vitamina também tem papel importante na gênese da
anemia em gestantes, de acordo com a conduta estabelecida pela
Área Técnica Saúde da Mulher do Ministério da Saúde.

Obs. 2: A suplementação também é recomendada nos casos de
abortos, com a mesma conduta para as mulheres no pós-parto.

Crianças xarope de sulfato ferroso com gosto de fruta cítrica (laranja)
na concentração de 25 mg de ferro para 5 ml do produto.

Para as gestantes e as mulheres até o 3º mês pós-parto serão
disponibilizados comprimidos de sulfato ferroso na dosagem de 60 mg.
No caso das gestantes também serão oferecidos comprimidos de ácido
fólico com a dosagem de 5 mg.
14
Público a ser assistido e conduta de
intervenção

Se a criança não estiver em aleitamento materno
exclusivo, a suplementação poderá ser realizada
dos 4 aos 18 meses de idade.

Crianças de 6 meses até 18 meses





Dosagem: 25 mg de Ferro elementar
1 vez por semana
até completar 18 meses
Sulfato Ferroso
Cobertura populacional: Universal
15

Gestantes a partir da 20ª semana





60 mg de Ferro elementar, 5 mg de ácido fólico
Todos os dias
Até o final da gestação
Sulfato ferroso, ácido fólico
Universal
16

Mulheres no pós-parto e pós-aborto





60 mg de Ferro elementar
todos os dias
até o 3º mês pós-parto e pós-aborto
Sulfato ferroso
Universal
17
PNSF

Lembrando que as orientações nutricionais são fundamentais para reverter o
quadro da deficiência de ferro.

Fornecimento do suplemento para as crianças e mulheres associado às ações
educativas sobre uma alimentação saudável, com ênfase no consumo de alimentos
regionais e ricos em ferro como, por exemplo, carne vermelha, vísceras, folhas verdesescuras, entre outros alimentos.

O consumo de alimentos ricos em vitamina C, como acerola, caju, goiaba, limão e
outras frutas cítricas favorecem a absorção do ferro contido nos alimentos de origem
vegetal.

Outra orientação importante é evitar o consumo de leite e seus derivados (iogurte,
coalhada, sobremesas com leite), mate, chá preto e café junto às refeições principais
(almoço e jantar), pois o cálcio interfere negativamente na absorção do ferro dos
alimentos.

Além das orientações relativas aos alimentos ricos em ferro e formas de consumo para
aumentar a absorção do nutriente, é fundamental estimular a manutenção do
aleitamento materno exclusivo até os seis meses e do aleitamento complementar até
os dois anos.
18
PNSF

Aos responsáveis pelas crianças

Orientá-los a administrar o suplemento no mesmo dia e
hora em todas as semanas, entre as refeições (mínimo de
30 minutos antes da refeição), de preferência com suco e
nunca com leite.

A administração de sulfato ferroso pode causar alguns
efeitos adversos, como por exemplo: Fezes escuras e
diarréia.

Como a dosagem adotada no Programa é a semanal, esse
efeito será minimizado. É importante, no entanto, que os
responsáveis saibam que esses efeitos são esperados, e
que a suplementação não deve ser interrompida caso eles
aconteçam.
19
PNSF

Às gestantes e às mulheres até o 3º mês pós-parto
 O suplemento deve ser administrado no mesmo horário todos os
dias, entre as refeições (mínimo de 30 minutos antes da
refeição), de preferência com suco e nunca com leite.

O uso do sulfato ferroso na gravidez muitas vezes é associado
aos enjôos e às náuseas na gestante, podendo gerar resistência
da gestante em continuar a suplementação.

Portanto, é fundamental que a gestante seja orientada quanto à
importância da suplementação de forma ininterrupta até o final
da gestação.

Em casos de intolerância, orientar a gestante a tomar um
comprimido de 60 mg de ferro elementar pelo menos duas vezes
por semana.
20
PNSF

Importante


As crianças e/ou gestantes que apresentarem doenças que cursam por
acúmulo de ferro, como anemia falciforme, não devem ser suplementadas
com ferro, ressalvadas aquelas que tenham a indicação de profissional
competente.
Havendo suspeita dessas doenças, a suplementação não deverá ser
iniciada até a confirmação do diagnóstico. Os seguintes sintomas e
sinais são comumente observados em pessoas que têm anemia
falciforme:





Anemia crônica;
Crises dolorosas no corpo;
Palidez, cansaço constante, icterícia (cor amarelada, visivelmente
identificada no interior dos olhos);
Feridas nas pernas;
Constantes infecções e febres; e Inchaço muito doloroso nas mãos e nos
pés de crianças.
21
PNSF

Baixo peso ao nascer e prematuridade:

Todo prematuro e recém-nascido com baixo peso,
mesmo em aleitamento materno exclusivo,
deverá receber, a partir do 30º dia após o
nascimento, uma dose de 2mg de ferro
elementar/kg/dia durante 2 meses.

Após este prazo, a criança deverá receber 1mg
de ferro elementar/kg/dia até os 24 meses de
idade.
22
PNSF

O ferro em excesso é tóxico.

O ferro reage com peróxido produzindo radicais livres .

Quando o ferro se encontra nos níveis normais, os mecanismos
antioxidantes do organismo podem controlar este processo.

A dose letal de ferro em crianças de 2 anos é de 3 gramas.
 1 grama pode provocar um envenenamento importante.
 O envenenamento por ferro é denominado hemocromatose.
 O ferro em excesso se acumula no fígado provocando danos
neste órgão.
23
Programa Nacional de Controle dos
Distúrbios por Deficiência de Iodo PNCDDI
24
PNCDDI
•
•
O Pró-Iodo é um Programa coordenado pelo
Ministério da Saúde, em parceria com outros
órgãos e entidades, destinado a promover a
eliminação virtual sustentável dos DDI.
No Brasil, o Ministério da Saúde preconiza a
iodação do sal, assegurando as condições
legais, administrativas e operacionais para a
aplicação sistemática da medida, em parceria
com a ANVISA e com o setor produtivo salineiro.
25
PNCDDI
•
O Pró-Iodo apresenta as seguintes linhas de ação:
–
–
–
–
I - monitoramento do teor de iodo do sal para consumo
humano;
II - monitoramento do impacto da iodação do sal na saúde da
população;
III - atualização dos parâmetros legais dos teores de iodo do sal
destinado ao consumo humano; e
IV - implementação contínua de estratégias de informação,
educação, comunicação e mobilização social.
26
Deficiência de Iodo
•
Adequações à legislação para atender melhor à população na
prevenção dos distúrbios causados pela deficiência de iodo,
ocorreram desde então:
–
•
•
1999 - teores de iodação do sal se adequaram às faixas
de 40 a 100 ppm.
Desde 1953 é obrigatória a iodação (iodato de potássio) do
sal no Brasil, e desde 1974 é obrigatória a iodação de todo o
sal destinado ao consumo humano e animal - Lei no 6.150.
–
2003 - foi aberta consulta pública pela Agência Nacional
de Vigilância Sanitária, onde a faixa de iodação foi
ajustada para 20 a 60 ppm.
Todas as adequações de iodação do sal, realizadas pelo MS,
são feitas de acordo com a recomendação da OMS e
especialistas nacionais no tema.
27
Deficiência de Iodo
•
O PNCDDI no Brasil é uma das ações mais bem sucedidas no combate aos
distúrbios por deficiência de micronutrientes, pela sua condução e
resultado obtido na eliminação do bócio endêmico no país.
–
•
Dentre as ações a iodação universal do sal para consumo humano e o
monitoramento e fiscalização das indústrias salineiras são as principais
responsáveis pelo sucesso do programa.
Para manter a baixa prevalência dos distúrbios causados pela deficiência
de iodo, a iodação universal do sal para consumo humano no Brasil deve
ser mantida sem exceção.
–
A iodação adequada deste produto para consumo humano é a
estratégia mais efetiva, de menor custo e de mais fácil implementação
em quase todos os países.
28
Deficiência de Iodo
•
•
Reconhecendo a importância da prevenção dos DDI, a Assembléia
Mundial de Saúde adotou em 1991 a meta de eliminação da deficiência
de iodo como problema de saúde pública até o ano 2000.
Desde o estabelecimento da obrigatoriedade de adição de iodo no sal na
década de 50, o Ministério da Saúde realizou quatro pesquisas para avaliar
o impacto desta intervenção no Brasil, sendo por meio destas registradas
uma significativa redução nas prevalências de bócio
•
1955 - 20,7%
•
1974 - 14,1%
•
1984 - 1,3%
•
2000 - 1,4% (nulo abaixo de 4,9%)
29
Deficiência de Iodo
•
A partir de 1984 foram selecionadas áreas índices em 13 municípios de
áreas conhecidas de bócio nos estados:
–
–
Maranhão,
–
Bahia,
–
–
•
Pará,
Minas Gerais,
e Goiás,
estabelecendo-se a realização de inquéritos clínicos periódicos em
escolares, com idade entre nove a quatorze anos.
30
Deficiência de Iodo
•
A partir de 1990 a carência de iodo passou a
ser considerada como um dos mais
importantes problemas de saúde pública,
sendo corroborado esse pensamento na
Declaração da ONU sobre Sobrevivência,
Proteção e Desenvolvimento das Crianças e
pela Conferência Internacional Sobre Nutrição
promovida pela FAO / OMS (Roma 1993).
31
Deficiência de Iodo
•
1994 o Programa de Combate ao Bócio
Endêmico é reformulado, passando a chamarse PNCDDI - Programa Nacional de Controle
dos Distúrbios por Deficiência de lodo - e o
Ministério da Saúde através de Portaria
Ministerial no I.806 eleva o teor de 10 a 30 mg
para 40 a 60 mg de iodo metalóide por kg de
sal, de acordo com recomendações
internacionais.
32
Deficiência de Iodo
•
Em março de 1995 a Lei 6.150 é revogada e a
nova Lei vigente no país, a Lei n. 9.005,
determina que o Ministério da Saúde
distribua o insumo a todas as indústrias que
produzam sal para consumo humano.
33
Deficiência de Iodo
•
Monitoramento do impacto da iodação do sal na saúde da população
–
Deverá ser realizado a cada três anos, atendendo, assim, a
determinação da 58ª Assembléia Mundial da Saúde. O objetivo é que
os indicadores de resultado da iodação do sal sejam rigorosamente
monitorados, com o intuito de prevenir e controlar o surgimento de
doenças associadas à deficiência ou ao excesso deste micronutriente.
34
Deficiência de Iodo

Os indicadores de resultado que deverão ser regularmente
monitorados em escolares brasileiros nesta faixa etária são
os seguintes:



Excreção Urinária de Iodo - A excreção urinária é um
excelente indicador para avaliar o nível de ingestão de
iodo, pois 90% da quantidade absorvida é excretada na
urina.
Amostras do sal consumido no domicílio dos escolares
estudados.
Volume da Tireóide (a cada 6 anos) – onde tenha sido
apontada a deficiência e medidas antropométricas - altura
e peso dos escolares estudados,
35
Deficiência de Iodo
36
Deficiência de Iodo
•
•
A meta do pró-iodo é que menos de 50% da
população apresente níveis de iodúria abaixo
de 100μg/l e que menos de 20% da população
apresente níveis de iodúria abaixo de 50 μg/l.
Outra meta é o alcance e a manutenção da
eliminação virtual dos DDI em todo território
nacional (< 5% da população)
37
Metas – resumo
38
Deficiência de Iodo
•
Importância do Iodo
–
–
–
–
Promove o crescimento e o desenvolvimento
normal do organismo como também do cérebro;
Contribui para a saúde, mantendo em equilíbrio as
funções do organismo;
Melhora a resistência às infecções;
Melhora a capacidade física e mental e,
conseqüentemente, a aprendizagem e a produção
no trabalho.
39
Deficiência de Iodo
•
Funções do Iodo
–
–
O Iodo é um micronutriente essencial para o
homem e outros animais.
Existe apenas uma única função conhecida do
Iodo no organismo humano:
•
É utilizado na síntese dos hormônios tireoidianos:
–
Triiodotironina (T4) e a tiroxina (T3).
40
Deficiência de Iodo

Estes hormônios têm dois importantes papéis:


Atuam no crescimento físico e neurológico e na
manutenção do fluxo normal de energia (metabolismo
basal, principalmente na manutenção do calor do
corpo).
São muito importantes para o funcionamento de
vários órgãos como o coração, fígado, rins,
ovários e outros.
41
Deficiência de Iodo

A deficiência de iodo pode causar cretinismo em crianças
(retardo mental grave e irreversível), surdo-mudez,
anomalias congênitas, hipotireoidismo, bem como a
manifestação clínica mais visível – bócio (hipertrofia da
glândula tireóide).

Além disso, a má nutrição de iodo está relacionada com
altas taxas de natimortos e nascimento de crianças com
baixo peso, problemas no período gestacional, e aumento
do risco de abortos e mortalidade materna.
42
Deficiência de Iodo
•
Hipotireoidismo: produção insuficiente dos hormônios tireoidianos,
–
Possíveis consequências:
•
Cansaço, insônia, pele seca, intolerância à temperaturas frias,
depressão, bradicardia (coração bate mais devagar), intestino
preso, ganho de peso, aumento de colesterol no sangue,
menstruação irregular (com parada de ovulação) na mulher,
dentre outros.
•
O hipotireoidismo em crianças pequenas, é causa de retardo
mental e do crescimento, pois os hormônios da tireóide são
essenciais para o desenvolvimento do cérebro e do sistema
nervoso. Nos recém-nascidos, é particularmente grave, uma vez
que produz retardo mental permanente e severo (hipotireoidismo
neonata = crestinismol;
43

Bócio: (conhecido popularmente como
"papo"):

Tamanho maior que o normal da glândula tireóide.

O aumento excessivo da glândula tireóide pode
ocasionar asfixia por compressão da traquéia e também
dificuldades na deglutição (ato de engolir alimentos
sólidos e líquidos);
44

Cretinismo endêmico: consequência do hipotireoidismo que
ocorreu no período fetal.
 O indivíduo cretino apresenta retardo mental severo e
irreversível, surdo-mudez, estatura reduzida e sistema muscular esquelético pouco desenvolvido;

As crianças que realizam diagnóstico precoce através dos
programas de Triagem Neonatal não apresentam qualquer
sintomatologia clínica, desde que a terapia de reposição
hormonal seja iniciada precocemente.

O momento ideal para o diagnóstico do Hipotireoidismo
Congênito é o período neonatal, pois se sabe que a partir de 4
semanas de vida, a deficiência de hormônios tireóideos já pode
causar alguma lesão neurológica
45
Deficiência de Iodo
•
•
Retardo mental por DDI: retardo intelectual e de desenvolvimento que
não é suficientemente severo para ser considerado cretinismo;
Problemas na gravidez: a mulher grávida que apresenta deficiência de
iodo tem um maior risco de aborto espontâneo, nascimento de
natimortos e de crianças com baixo peso, que apresentam taxas de
sobrevivência mais baixas.
–
•
•
A falta de iodo afeta o cérebro do feto ou do recém-nascido, podendo
ocasionar retardo mental, surdez, mudez e cretinismo. A mãe obtendo
quantidade suficiente de iodo, o feto ou o bebê também obterá uma
quantidade ótima de iodo e poderá produzir os hormônios da Tiróide
de que necessita para o seu desenvolvimento.
Problemas na infância: a deficiência de Iodo aumenta a mortalidade
infantil;
Diminuição na capacidade de trabalhar e aprender.
46
Recomendações dietéticas de Iodo
segundo RDA)
Estágio de Vida
Idade
Recomendação
Bebês
0 a 6 meses
40 mg
6 meses a 1 ano
50 mg
1 a 3 anos
70 mg
4 a 6 anos
90 mg
7 a 10 anos
120 mg
Homens
> 11
150 mg
Mulheres
>11 anos
150 mg
Crianças
Gestantes
Lactantes
175 mg
Primeiros 6 meses
200 mg
Segundos 6 meses
200 mg
47
Deficiência de Iodo
–
–
–
Associada a esses problemas, a deficiência de iodo
contribui para o aumento do gasto com atendimento em
saúde e em educação, uma vez que incrementa as taxas de
repetência e evasão escolar, e ainda proporciona a redução
da capacidade para o trabalho.
Portanto, direta ou indiretamente acarreta prejuízos sócioeconômicos ao país.
Conseqüentemente, as estratégias dirigidas a controlar a
deficiência de iodo, devem ser permanentes e
fundamentalmente preventivas, especialmente quando se
destinam às gestantes, nutrizes e crianças menores de dois
anos de idade.
48
Deficiência de Iodo
•
Causas dos Distúrbios por Deficiência de Iodo
–
Consumo de alimentos oriundos de solos pobres
em Iodo:
•
Regiões montanhosas e distantes dos mares - a água
dos oceanos é mais rica em Iodo do que a crosta
terrestre ou porque o solo foi exaurido do nutriente por
práticas inadequadas de agricultura, os alimentos
produzidos nessas terras terão menor teor de Iodo.
49
Deficiência de Iodo
•
Uso de sal não iodado na alimentação:
–
–
Embora não se deva consumir sal em excesso, porque ele
pode trazer prejuízos para a saúde, o seu consumo
moderado e diário é essencial para que a necessidade de
Iodo seja suprida.
Não usar sal iodado (sal enriquecido com Iodo) ou usar o
sal para consumo animal (cujo teor de iodo não atende às
necessidades do homem) pode ocasionar os Distúrbios por
Deficiência
de
Iodo.
50
Deficiência de Iodo
•
Alimentos ricos em Iodo
–
–
–
Os principais alimentos ricos em Iodo são os
alimentos de origem marinha (ostras, moluscos e
outros mariscos e peixes de água salgada);
Leite e ovos também são fontes de Iodo, desde
que oriundos de animais que tenham pastado em
solos ricos em Iodo ou que foram alimentados
com rações que continham o nutriente;
Vegetais oriundos de solos ricos em Iodo também
são boas fontes.
51
Programa Nacional de
Suplementação de Vitamina
A
VITAMINA A MAIS
52
Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

Portaria no 2.160, de 29 de Dezembro de 1994 – Programa de
Vitamina A o Ministério da Saúde vem atuando em ações de
intervenções visando a eliminação da deficiência de Vitamina A
no Brasil.

Desde 2001 o programa foi ampliado para atendimento às
puérperas no pós parto imediato, através de suplementação com
cápsulas de 200.000 UI na maternidade, como estratégia para
garantir a adequação das reservas corporais maternas. Desta
forma, o aporte de Vitamina A, através do leite materno,
garantirá um suprimento suficiente da vitamina, entre as crianças
menores de 6 meses de idade, que estão sendo amamentadas.
53
Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

A deficiência de vitamina A é considerada como uma das mais
importantes deficiências nutricionais do mundo subdesenvolvido
(FAO/VHO, 1992; Vick-Newman, 1993;WHO, 1995).



É a principal causa de cegueira evitável no mundo, estando
também associada a 23% das mortes por diarréias, em crianças.
Estudos promovidos pelo UNICEF, em 1980, indicaram que
cerca de 25% dos sobreviventes à xeroftalmia grave perdem
completamente a visão e que os sinais clínicos da deficiência da
vitamina A estão quase sempre acompanhados de
manifestações de deficiência energético-protéica.
Nos dois casos, as infecções desempenharam papel relevante.
54
Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

Vitamina A como recurso para salvar a vida
de crianças:

Através da possibilidade de reduzir a taxa de
mortalidade e a incidência e severidade das
infecções, em especial, as doenças diarréicas e
infecções respiratórias agudas,
55
Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

Conceito e objetivo

O Vitamina A Mais - é um programa do MS, com apoio dos Estados, que
busca reduzir e erradicar a deficiência nutricional de vitamina A:

Em crianças de 6 a 59 meses de idade e mulheres no pós - parto IMEDIATO
(antes da alta hospitalar **), residentes em regiões consideradas de risco.

No Brasil, são consideradas áreas de risco a região Nordeste (16% a 55%
das crianças apresentaram dosagem de vitamina "A" abaixo de 20 mcg/dl),
Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais e Vale do Ribeira em São Paulo.

**A suplementação de vitamina A à mãe deverá ser realizada ainda na
maternidade, antes da alta hospitalar, para que seja evitado o risco de
teratogenicidade do feto caso haja uma nova gravidez em curso.

Assim, as mulheres não devem receber suplementação em outros locais
(rede básica de saúde, por exemplo) ou em outros períodos de sua vida
reprodutiva.
56
Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

Os objetivos específicos do programa são:
 Garantir a eliminação da deficiência de vitamina A como um
problema de saúde pública em áreas de risco no Brasil;

Assegurar a suplementação com doses maciças de vitamina A
em crianças de 6 a 59 meses de idade e puérperas no pós parto imediato (antes da alta hospitalar), residentes nas áreas de
risco;

Contribuir para o conhecimento das famílias residentes em áreas
de risco sobre a deficiência de vitamina A, incentivando o
aumento do consumo de alimentos ricos em vitamina A;

Estabelecer um sistema de monitoramento que permita a
avaliação do processo e impacto da suplementação.
57
Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

Medidas de prevenção da deficiência de Vitamina A:
 Promoção do aleitamento materno exclusivo até o 6º mês e
complementar até 2 anos de idade, pelo menos;

Garantia da suplementação periódica e regular das crianças de 6
a 59 meses de idade, com doses maciças de vitamina A
distribuídas pelo MS;

Garantia da suplementação com megadoses de vitamina A para
puérperas no pós - parto IMEDIATO, antes da alta hospitalar e;

Promoção da alimentação saudável , assegurando informações
para incentivar o consumo de alimentos ricos em vitamina A pela
população.
58
Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

OMS/UNICEF (1994) definem as concentrações de retinol sérico, de acordo com os
seguintes pontos de corte:



Segundo a OMS (1996), a magnitude da deficiência de vitamina A pode ser caracterizada
como problema de saúde pública, quando a prevalência dos níveis de retinol sérico (<
0,70 μmol/L ou 20mcg/dl) em crianças maiores de um ano assumir as seguintes
proporções:








Leve ≥2,0 - < 10,0%
Moderado ≥10, - 19,9%
Grave ≥ - 20,0%
Critérios propostos pelo interdepartmental Commitee on Nutrition for National Defense
(ICNND -1963)


Baixo (< 0,70 μmol/L) ou 20mcg/dl
Deficiente (< 0,35 μmol/L) ou 10mcg/dl
Deficiente - < 10mcg/dl
Baixo – 10-19mcg/dl
Aceitável – 20-49,9mcg/dl
Alto - ≥ 50mcg/dl
OBS: 1equivalente de retinol=1mcg=0,003491micromol=3,33UI de retinol
OBS: jejum de 8 a 12 horas
59
Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

Importância da vitamina A em quantidade adequada:
 Reduz em 23% a mortalidade infantil e em 40% a mortalidade
materna;

É necessária para o crescimento e o desenvolvimento de
crianças, e para as mulheres grávidas, para permitir o
crescimento do feto;
 Reduz a gravidade das infecções, como a infecção respiratória
aguda e diarréia;

Participa da defesa do organismo, pois ajuda a manter úmida e
saudável as mucosas. As mucosas revestem alguns órgãos por
dentro, como o nariz, a garganta, a boca, os olhos, o estômago,
e representam uma ótima proteção contra as infecções, tais
como diarréia e infecções respiratórias, possibilitando uma
recuperação mais rápida.
60
Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

Mantém a saúde da visão e dos olhos;

É essencial para o bom funcionamento dos olhos. A córnea, parte
transparente do olho,é protegida pela vitamina A. A falta desta vitamina pode
gerar dificuldades de se enxergar em lugares com luz fraca, causar
alterações oculares levando até mesmo à cegueira total;

É fundamental para o crescimento saudável das crianças.

Estudos recentes vêm mostrando que a Vitamina A age como
antioxidante (combate os radicais livres que aceleram o
envelhecimento e estão associados a algumas doenças).

Porém, recomenda-se cautela no uso de vitamina A, mediante o uso de
megadoses por exemplo, uma vez que, em excesso, ela também é
prejudicial ao organismo.
61
Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

Hipovitaminose A = DEFICIÊNCIA DE VITAMINA A.


A Hipovitaminose A é a deficiência de Vitamina A em nível dietético, bioquímico ou
clínico, com repercussões sistêmicas que afetam as estruturas epiteliais de diferentes
órgãos, sendo os olhos os mais atingidos. O termo mais atual, usado em substituição
a Hipovitaminose A, é Deficiência de Vitamina A.
Deficiência de vitamina A







O corpo não pode fabricar vitamina A, portanto, toda vitamina A deve provir dos
alimentos. Contudo o corpo pode armazenar as porções que ingerimos de modo a
termos uma reserva quando necessitamos.
A deficiência da vitamina A é responsável por uma série de problemas de saúde:
O crescimento e o desenvolvimento da criança ficam prejudicados;
Há uma dificuldade de enxergar no escuro (cegueira noturna);
Cegueira irreversível nas crianças;
Aumento da gravidade de infecções comuns, como a diarréia e infecções respiratórias;
Aumento da mortalidade infantil.
62
Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

Conseqüências da deficiência de vitamina A

Um dos primeiros sinais da deficiência de vitamina A pode ser observado quando as
crianças começam a ficar doentes com muita freqüência e quando doenças como a
diarréias se tornam mais graves, podendo levar a criança à morte.

Outro indicador é a cegueira noturna, que é percebida quando a criança não enxerga
em lugares com pouca luz.

Se essa criança não consumir alimentos com vitamina A, seus olhos que eram úmidos,
lisos e brilhantes, ficam secos, ásperos e sem brilho (xeroftalmia).

A falta de tratamento e a não ingestão de alimentos ricos em vitamina A, promoverão o
aparecimento de manchas de cor esbranquiçada (manchas de Bitot) nos olhos.

A partir daí, se a criança não for encaminhada a um médico para o tratamento com
remédios, aparecem nos olhos feridas (úlceras) que escamam e depois formam
cicatrizes nos olhos. Essa doença se chama queratomalácia e causará a cegueira
irreversível nos olhos da criança.
63
Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

Causas da Deficiência:

Falta de amamentação ou desmame precoce: o leite materno é rico em
vitamina A e é o alimento ideal para crianças até seis meses de idade;

Consumo insuficiente de alimentos ricos em vitamina A;

Consumo insuficiente de alimentos que contêm gordura: o organismo
humano necessita de uma quantidade de gordura proveniente dos alimentos
para manter diversas funções essenciais ao seu bom funcionamento. Uma
delas é permitir a absorção de algumas vitaminas, chamadas lipossolúveis
(Vitaminas A, D, E e K);

Infecções frequentes: as infecções que acometem as crianças levam a uma
diminuição do apetite: a criança passa a ingerir menos alimentos podendo
surgir uma deficiência de Vitamina A.

Além disso, a infecção faz com que as necessidades orgânicas de Vitamina
A sejam mais altas, levando a redução dos estoques no organismo e
desencadeando ou agravando o estado nutricional.
64
Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A
• Alimentos ricos em vitamina A

A vitamina A (retinol – pré-formada) é encontrada quase
que exclusivamente em produtos animais, como leite
humano, carnes, fígado, óleos de peixe, gema, leite
integral entre outros.

A provitamina A (carotenóide) é encontrada em vegetais
folhosos verde-escuro (como espinafre, e folhas novas de
vários vegetais), vegetais amarelos (como abóbora e
cenoura) e frutas não cítricas amarelas e laranjas (como
mangas, pêssego e mamão), além de óleos e frutas
oleaginosas (buriti, pupunha, dendê, pequi).

A melhor fonte de vitamina A para o lactente é o leite
materno.
65
Recomendações dietéticas de
vitamina A (segundo RDA)

Bebês


0 a 1 ano - 375 µg
Crianças



1 a 3 anos - 400 µg
4 a 6 anos - 500 µg
7 a 10 anos - 700 µg
66

Homens


Mulheres


> 11 anos - 1.000 µg
> 11 anos - 1.000 µg
Lactantes


Primeiros 6 meses - 1.300 µg
Segundos 6 meses -1.200 µg
67
Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

Se crianças e mulheres não conseguem ter,
por qualquer motivo, uma alimentação que
atenda às necessidades do organismo, elas
devem receber vitamina A através de uma
suplementação medicamentosa, contendo
altas concentrações de vitamina,
denominado suplemento ou megadose de
vitamina.
68
Administração de suplementos de Vitamina A
em crianças de 6 a 59 meses de idade

Passo 1: A partir dos 6 meses, todas as crianças até 59 meses
de idade que residam em área de risco da deficiência, devem
receber doses de vitamina A nos contatos com os serviços de
saúde.

Passo 2: A suplementação de vitamina A deve seguir um
calendário de administração para que essa ação tenha bons
resultados.
 Crianças:



6-11 meses - 100.000 UI
Uma vez a cada 6 meses
Crianças:


12-59 meses - 200.000 UI
Uma vez a cada 6 meses
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Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

Os suplementos de vitamina A devem ser oferecidos à criança
de 6 em 6 meses. O intervalo seguro entre a administração de
duas megadoses é de 4 meses.
 Isto porque o fígado é capaz de armazenar cerca de 90% da
Vitamina A consumida. Assim, forma-se uma reserva corporal da
vitamina que garante o aporte orgânico, em situações quando o
consumo, via alimentação, não é suficiente para suprir as
necessidades diárias da Vitamina.

Via oral e em Unidades Internacionais (UI)
 O rótulo dos frascos que contém os suplementos indica qual a
concentração da vitamina: 100.000 UI (cápsulas amarelas) ou
200.000 UI(cápsulas vermelhas).
70
Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

Não há contra-indicações para a administração de
suplementos de vitamina A para crianças.

Geralmente, não há efeitos colaterais, mas é
possível que a criança coma menos durante um dia,
apresente vômitos ou dor de cabeça. Avise à mãe
que isto é normal, que os sintomas passarão e que
não é preciso nenhum tratamento especifico.
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Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A

Os pais devem ser orientados a levar a
criança para receber a próxima dose de
Vitamina A, no período adequado.

De preferência deve-se anotar no cartão da
criança a data ou fixar um lembrete aos pais
para o retorno.
72
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