II CONGRESSO BRASILEIRO DE TABAGISMO = SBPT = Belo Horizonte: 22-25/Agosto/2007 O que faz as pessoas começarem a fumar? Luiz Carlos Corrêa da Silva Declaração de Atividades do Palestrante : Acadêmicas, Profissionais e Associativas Dr. Luiz Carlos Corrêa da Silva Pavilhão Pereira Filho - Santa Casa de Porto Alegre Coordenador do Programa de Controle do Tabagismo da SC FFFCMPA Fac. Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS Faculdade de Medicina - Universidade de Passo Fundo - UPF Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de P. Alegre – Associação Médica do Rio Grande do Sul – AMRIGS Diretor Científico. Coordenador do Projeto Fumo Zero Clínica de Pneumologia Corrêa da Silva. Clínica dos Fumantes (Tel.: 3221-8522) - Pavilhão Pereira Filho – Santa Casa www.clinicacorreadasilva.com.br - [email protected] Declaração de Atividades do palestrante que podem ser conflitantes Dr. Luiz Carlos Corrêa da Silva Participação em pesquisas ligadas à indústria farmacêutica: -Ensaio clínico multicêntrico, Uplift, “Tiotrópio” (Spiriva®), em pacientes com DPOC, para avaliação de eficácia, mortalidade e perda da função pulmonar no tempo (Boehringer-Pfizer) -Estudo de segurança / eficácia c/ insulina inalatória – avaliação função pulmonar (MannKind) Palestras e atividades de parceria associativa desenvolvidas nos últimos 5 anos, como convidado ou representante de: Pavilhão Pereira Filho, Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, SPTRS, AMRIGS: Altana, Astra-Zeneca, Bayer, Biosintética/Aché, Boehringer, Bristol, Chiesi, Glaxo, Merck SD, Novartis, Pfizer. “ATUALMENTE NÃO PARTICIPO DE ENSAIO CLÍNICO COM MEDICAMENTOS PARA TRATAMENTO DO TABAGISMO” “NÃO TENHO RELAÇÃO PROFISSIONAL OU DE QUALQUER OUTRA NATUREZA COM A INDÚSTRIA DO TABACO!” Regras Fundamentais para a Organização de ONGs e demais iniciativas para Controle do Tabagismo: -Planejamento Estratégico – -objetivos e metas bem definidos; buscar resultados -Representatividade Institucional – -a iniciativa deve ser de instituições e não de pessoas -Liderança – -envolvimento de um grupo “de fé” (pessoas reconhecidas) -Sustentabilidade – -manter e desenvolver o processo -Formação de Multiplicadores – -estimular instituições e setores de diversas naturezas -Custeio – -buscar fontes de sustentação e parcerias -Consistência de Marca - ... Tabagismo: O que faz as pessoas começarem a fumar? Ou seja: Porque as pessoas adquirem a doença tabagismo? ? Não se sabe a(s) causa(s) do tabagismo! Sabemos da existência de fatores de correlação, aos quais podemos atribuir relação de causa-efeito, mas isso não é suficiente para afirmar a evidência causal. O tabagismo é uma doença multifatorial, em que cada um destes fatores, para cada indivíduo pode ter impacto diferente. Fatores que têm correlação/podem favorecer a iniciação no tabagismo ... e muitos outros fatores... bastante individuais... Poder Imitação Melhor Amigo Personagens/Artistas Famosos Propaganda Jovem problemático Festas Desejo de risco Aceitabilidade social Família Genética Uso de outras drogas Baixo preço Facilidade de obtenção Ambiente Estudo de fatores de risco para tabagismo na adolescência (Pelotas,RS) (Malcon, Rev Saúde Pública,2003; 37:1-7) Maior idade Maior número de amigos fumantes Baixa escolaridade Irmãos mais velhos fumantes Mãe fumante Diferença entre sexo masculino e feminino (OR 28,7) (OR 17,5) (OR 3,5) (OR 2,4) (NS) (NS) Quando as pessoas começam a fumar? 90% dos fumantes começam a fumar antes dos 20 anos, predominantemente entre os 12 e os 18 anos! A ADOLESCÊNCIA É O MOMENTO CRÍTICO PARA INICIAÇÃO AO TABAGISMO A dependência à nicotina envolve indivíduos que se encontram em situação de vulnerabilidade, e isto é particularmente importante entre os ADOLESCENTES. As mudanças na vida do jovem deixam-no muito vulnerável para o início de drogas, particularmente da nicotina! (afastamento da família, mudança do grupo de amigos, começo das festas e da vida noturna, questões sexuais, ...os “seus próprios fantasmas”...) Para muitos, é difícil lidar com tudo isso! Diariamente, 100 mil jovens começam a fumar! (OMS, 2004) Na História Natural do Tabagismo... Tabagismo passivo Tabagismo ativo Feto Criança Adolescente Adulto Idoso Este é o momento crucial! Inúmeros fatores favorecem a iniciação... E muitos outros fatores... Melhor Amigo Imitação PersonagensFamosos Propaganda Festas Jovem problemático Desejo de risco Aceitabilidade social Família Ambiente Baixo preço Facilidade de obtenção Genética Estudo sobre fatores que podem associar-se à EXPERIMENTAÇÃO TABÁGICA Total de participantes: 472 Idade mínima: 15 anos Total de fumantes: 198 Total de não-fumantes: 274 Idade: média=37 anos S exo E s c olaridade 35 300 122 255 P rim. Inc ompl. 24 32 217 200 S ec . Inc ompl S ex o S ec . C ompl. 100 106 0 Mas c ulinoF eminino P rim. C ompl 153 Terc . Inc ompl. Terc . C ompl. Estudo sobre fatores que podem associar-se à EXPERIMENTAÇÃO TABÁGICA Cruzamento entre pais (F e Não-F) e filhos (F e Não-F) FUMANTES (n=198) (respondedores - filhos) NÃO-FUMANTES (n=274) (respondedores - filhos) Pai: Não-F: 26% F:74% Não-F:54% F:46% Mãe: Não-F: 63% F: 37% Não-F:72% F: 28% Estudo sobre fatores que podem associar-se à EXPERIMENTAÇÃO TABÁGICA Fumantes: 198 Sexo: Masculino=52% Feminino=48% Categoria: Ativos=43% Ocasionais=15% Idade de início: <15 a=39% No. cig/dia: <10=47% Ex-Fumantes=42% 15-20a=46% 10-20=41% >20a=15% 21-40=10% >40=2% Estudo sobre fatores que podem associar-se à EXPERIMENTAÇÃO TABÁGICA Fumantes: 198 No. de citações (uma por indiv.) Influência de Amigos 150(76%) Modismo / Pressão Social 119(60%) Eventos festivos no passado 118(60%) Desconhecimento malefícios do T 117(59%) Influência dos pais (ou tutores) 98(50%) Efeito da propaganda (pró) 86(43%) Eventos estressantes no passado 81 Influência de outros familiares 76 Influência dos irmãos 74 Preço do produto (na época) 74 Influência de famosos (cinema/TV) 70 Pontuação (de 1 a 5) 492(3,3) 406(3,4) 430(3,6) 312(2,7) 276(2,8) 247(2,9) 191 179 164 166 154 Estudo sobre fatores que podem associar-se à EXPERIMENTAÇÃO TABÁGICA Não-Fumantes: 274 No. de citações (uma por indiv.) Conhecimento dos malefícios do T Influência dos pais (ou tutores) Influência de Amigos Efeito da propaganda (contra) Influência dos irmãos Influência de outros familiares Modismo / Pressão Social Preço do produto (na época) Restrições em locais públicos Eventos estressantes no passado 264(96%) 234(85%) 193(70%) 189(69%) 176(64%) 170(62%) 156(57%) 154(56%) 152(55%) 151(55%) Pontuação (de 1 a 5) 1159(4,4) 905(3,9) 448(2,3) 544(2,9) 511(2,9) 460(2,7) 325(2,1) 245(1,6) 279(1,8) 331(2,2) Pontos vulneráveis em que se pode atuar para reduzir a EXPERIMENTAÇÃO TABÁGICA - Usar processos lúdicos para a iniciação educativa - Organizar com eficácia um processo educativo sistemático - Tornar mais claro o mecanismo de dependência à nicotina - Trabalhar com sutileza o tema “malefícios do tabagismo” - Recriar na mídia a figura do melhor amigo... afinal que “amigo” é esse? -Trabalhar em cima de questões bem práticas: “... as Empresas preferem não-fumantes... - Medidas governamentais (Convenção Quadro): preços, proibição da venda para menores, etc. ENDEREÇOS: www.santacasa.tche.br www.amrigs.com.br www.sbpt.org.br www.inca.gov.br www.who.int Clínica de Pneumologia Corrêa da Silva Clínica dos Fumantes (Tel.: 3221-8522; 3221-3177) Pavilhão Pereira Filho – Santa Casa www.clinicacorreadasilva.com.br - [email protected] ...Saúde... ...Qualidade de Vida... ...Felicidade... Porque não?