29 DE AGOSTO: DIA NACIONAL DE COMBATE AO FUMO
No Dia Nacional de Combate ao Fumo (29 de agosto), o médico oncologista e
membro da Academia Sergipana de Medicina William Eduardo Nogueira Soares
aproveita para fazer um alerta. LEIA......
TABAGISMO: UM VÍCIO MORTAL.
Fumar aumenta em 60% o risco de
infarto do miocárdio e em 30% o
risco de desenvolver os mais
diversos tipos de câncer localizados
na boca, laringe, faringe, esôfago,
estômago,
intestino,
pâncreas,
mama, traquéia, pulmão, rim,
bexiga, útero, mieloma, leucemia,
etc. Oitenta e sete por cento de todos
os cânceres do pulmão estão
relacionados
ao
tabagismo.
Mulheres que fumam têm o dobro
do risco de desenvolver câncer do
colo uterino.
Outras doenças também estão associadas ao tabagismo, a saber: bronquite, enfisema,
osteoporose, doença vascular periférica, aneurismas arteriais, derrame cerebral,
envelhecimento precoce da pele, impotência, úlcera estomacal, aterosclerose, cáries,
doença periodontal, cataratas, complicações na gravidez, etc. Ao parar de fumar o risco
de ter essas doenças vai diminuindo gradativamente e o organismo do ex-fumante vai se
restabelecendo.
O tabagismo é um fator de risco para mais de 50 doenças e é responsável pelo registro
de cinco milhões de mortes que acontecem anualmente no mundo, sendo 200 mil no
Brasil. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o tabagismo como a segunda
maior causa de mortes de fumantes ativos e a terceira de fumantes passivos. Caso as
atuais tendências de expansão do seu consumo sejam mantidas, esses números
aumentarão para 10 milhões de mortes anuais em todo o mundo, por volta do ano 2030,
sendo metade delas em indivíduos em idade produtiva (entre 35 e 69 anos).
Por causa do cigarro 40% dos homens e 25% das mulheres morrem prematuramente.
Os fumantes passivos também sofrem os efeitos imediatos da poluição tabagística
ambiental, tais como, irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaléia, aumento
de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias e aumento dos problemas
cardíacos, principalmente elevação da pressão arterial e angina (dor no peito). Outros
efeitos a médio e longo prazo são a redução da capacidade funcional respiratória (o
quanto o pulmão é capaz de exercer a sua função), aumento do risco de ter
aterosclerose, maior incidência de câncer, aumento do número de infecções respiratórias
em crianças e um risco 5 vezes maior de bebês fumantes passivos morrerem
subitamente sem uma causa aparente (Síndrome da Morte Súbita Infantil).
Devemos considerar ainda que o tabagismo gera uma perda mundial de 200 bilhões de
dólares por ano, sendo que a metade dela ocorre nos países em desenvolvimento. Este
valor, calculado pelo Banco Mundial, é o resultado da soma de vários fatores, como o
tratamento das doenças relacionadas ao tabaco, mortes de cidadãos em idade produtiva,
maior índice de aposentadorias precoces, aumento no índice de faltas ao trabalho e
menor rendimento produtivo.
Por tudo isto é que somos contra o tabagismo e parabenizamos a Câmara Municipal de
Aracaju, na pessoa do seu Presidente Emmanuel Nascimento, e ao Prefeito Edvaldo
Nogueira ao criarem e sancionarem a Lei Anti-Fumo em nossa cidade. Que esta feliz
idéia contamine outros legisladores e se espalhe, proibindo definitivamente este mortal
vício por todo o nosso Estado e por todo o Brasil.
Dr. William E. N. Soares
Médico cancerologista, Diretor do Instituto de Oncologia San Giovanni, Membro da
Comissão Nacional de Combate ao Tabagismo da Associação Médica Brasileira e
Membro da Academia Sergipana de Medicina.
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dia nacional de combate ao fumo tabagismo: um vício mortal.