TROCAS GASOSAS FOLIARES DE EUTERPE EDULIS MARTIUS (MAGNOLIOPHYTA:LILIOPSIDA) CRESCIDAS SOB DIFERENTES DISPONIBILIDADES DE LUZ. Mayana Leandra Souza dos Santos1, Junea Leandro Nascimento1 & Fábio Pinto Gomes2 1 Mestrado em Produção Vegetal – UESC, Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais, Ilhéus-BA, Brasil. 2Departamento de Ciências Biológicas, Ilhéus-BA, Brasil. [email protected] Euterpe edulis ou palmito jussara é uma palmeira conhecida por produzir palmito de melhor qualidade em relação a outras palmeiras, se tornando um componente escasso da Mata Atlântica, que é sua principal área de ocorrência natural, onde a exploração acontece de forma desordenada. A espécie requer certo grau de sombreamento no período inicial de crescimento. Porém, o crescimento é limitado pela baixa quantidade de radiação fotossinteticamante ativa (PAR) que chega ao chão da floresta, podendo ser beneficiado pelo aparecimento de clareiras, já que é uma planta que apresenta plasticidade ao aumento e à diminuição da PAR, embora com limitada capacidade de aclimatar-se a alta PAR. Mudas foram plantadas em três ambientes, a saber: mata em regeneração (MR) e cabrucas (C1) e (C2), diferindo quanto à abertura no dossel e, consequentemente, na disponibilidade de radiação penetrando no dossel. As curvas de saturação de luz - LC foram medidas em folíolos de cinco plantas por ambiente aos 332 dias após o plantio das mudas, com um sistema portátil de medição de fotossíntese Li6400 (Li-Cor, USA) e medidas de altura e diâmetro foram feitas aos 0, 120, 240 e 360 dias após plantio. Dentre os parâmetros derivados da LC, apenas Amax mostrou diferença significativa (p<0,05) entre os ambientes com maiores valores observados na MR e C1. Dentre os demais parâmetros avaliados a eficiência quântica (α) praticamente não variou entre os tratamentos. Respiração no escuro (Rd) e irradiância de saturação (Is) tenderam a ser menores no ambiente em C2. Para ГRFA foi verificado o oposto, menores valores nos ambientes recebendo maior radiação, apesar de não ter havido efeito significativo para esses demais parâmetros. A taxa fotossintética líquida (A) e a condutância estomática (gs) foram significativamente menores na C2. A MR se mostrou o melhor local para o crescimento inicial da espécie devido ao maior ganho de carbono em reposta à maior taxa fotossintética, confirmada pelos maiores valores em altura e diâmetro verificados nesse ambiente. (CAPES) Palavras-chave: Mata Atlântica, palmito, trocas gasosas.