Capítulo 8
Recursos Renováveis: a Floresta
A floresta em Portugal

O sector florestal português é, do ponto
de vista agregado, um dos principais
sectores da economia portuguesa:




O seu peso no PNB é elevado se comparado
com valores internacionais (3º na EU depois da
Finlândia e da Suécia);
O seu peso na população empregada também
é elevado comparativamente a valores
internacionais;
A percentagem no total das exportações tem
sido elevada aio longo dum século;
O sector inclui as poucas actividades em que
Portugal é leader no mercado mundial
(produção e transformação de cortiça).
Gross value added of the forest sector (at current base
prices, in 106 euros)
1995
Forestry
Forest
Sector
(2)
1997
1998
1999
647
598
562
609
641
industries
(except furniture)
1 652
1 388
1 490
1 591
1 611
(1)
2 299
1 986
2 052
2 200
2 252
292
74 844
80 791
87 158
92 813
3,27 %
2,65 %
2,54 %
2,52 %
2,43 %
2000
2001
781
744
99 798
106 169
Forest
All sectors
(1)/(2)
1996
Total
70
•Notes: forestry corresponds to branch 02; forest industries include branches 20 (wood and cork processing industries, except furniture) and 21
(pulp, paper, paperboard, and paper and paperboard products)
•Sources:
a) 1995-99: INE (2003c);
b) Gross value added for all sector in 2000 and 2001: INE (2003c);
c) Gross value added of forestry in 2000 and 2001: INE (2003b).
Employment in forestry and forest industries
(number of employees in equivalent full time workers)
1995
Forestry
Forest
Sector
(2)
1997
1998
1999
10 700
11 000
11 100
11 200
11 600
industries
(except furniture)
72 000
70 400
71 200
73 400
71 500
(1)
82 700
81 400
82 300
84 600
83 100
403 900
4 472 100
4 545 400
4 677 700
4 751 000
1,87 %
1,82 %
1,81 %
1,81 %
1,75 %
Forest
All sectors
(1)/(2)
1996
Total
4
•
Notes:
a)
forestry corresponds to branch 02;
b)
forest industries include branches 20 (wood and cork processing industries, except furniture) and 21 (pulp, paper, paperboard, and paper and paperboard
products)
•
Source: INE (2003c).
Floresta Portuguesa




De facto podemos dizer que existem
três sectores florestais muito
diferentes em termos de espécies,
regime de propriedade e industria e
estrutura de mercado:
o subsector baseado no pinheiro;
o subsector baseado no eucalipto;
O subsector baseado na cortiça.
Composição da floresta em Portugal Continental
1400000
1200000
hectares
1000000
800000
600000
400000
200000
0
1867
1910
1920
1929
1939
1956
1968
1985
years
Maritime pineCork oak
Holm oak
Other broadleaves
Eucalyptus
1995
Valor da Floresta







Madeira: 26, 96 %
Outros produtos e serviços: 73, 04 %
Cortiça: 23, 21%
Outros (resina, mel, frutos, cogumelos,
plantas, pastagem e frutos secos): 25,54
%
caça 7,91 %
recreio: 0,62 %
Serviços ambientais (sequestração de
carbono, protecção do solo, água e
paisagem): 15,76%.
Recreio Florestal Informal

Numero de visitas diárias a áreas florestais:



Não existem estudos de campo que avaliem o
numero dias/visitas a florestas e áreas
florestadas com fins de recreio. Com base nas
estatísticas oficiais de turismo para 2001 (INE,
2002e, 2003f), identificamos a seguinte
informação sobre campismo e turismo rural
- Numero de dias em parques de campismo;
- numero de noites em turismo rural.
Pressupostos de cálculo






O pressuposto é de a motivação da maioria dos campistas é
acampar num lugar com cobertura florestal excepto no
Algarve onde a principal motivação é o acesso à praia. Assim
obtivemos um total de 4 608 078 visitas /dia nas outras
regiões.
O numero de noite em alojamento de turismo rural é em
2001 de 384098.
Esta estimativa não inclui as visitas sem pernoita a partir das
áreas urbanas. Uma estimativa simples assumiu que:
a) A maioria da procura vem das áreas metropolitanas do
Porto e Lisboa, com 1179004 famílias em 2001 (INE, 2003d);
b) assumindo que metade das famílias saem da cidade para
uma visita por ano dá um total de 589502 visitas/dia.
O que somado dá um total estimado de cerca de 6 millions
visitas/dia sem grandes riscos de sobrestimação.
Willingness to pay per visit

A disponibilidade para pagar por dia e visita
baseia-se no único estudo empírico do valor de
recreio da floresta Portuguesa (Loureiro et al.,
1996) calcula o valor que os visitantes da reserva
florestal estariam dispostos a pagar, em 1995, no
caso hipotético do espaço ser vedado. Usando o
método de valorização contingente calcularam a
média de 480 escudos por dia. Baseado neste
estudo assume-se que o valor de recreio em
Portugal é de 2,75 €/dia visita em 2001.
Sequestração de carbono

De acordo com as estimativas
apresentadas pelo Global Forest
Resources Assessment 2000 para Portugal
(UNECE & FAO, 2000), o aumento anual
de carbono sequestrado na biomassa das
florestas Portuguesas é de 1450000 ton
C/year. Valorizando este fluxo ao valor
médio das emissões de carbono de
20€/ton C estimado por Fankhauser
(1995, p. 64) obtivemos para a década de
1991-2000, o valor total de 29000000 €.
Modelo Biológico
Crescimento dum pé de Douglas Fir
A decisão de corte
A Decisão Económica
Decisão económica de corte


Da definição de eficiência temos que o momento
óptimo para o corte é definido pelo máximo do
benefício liquido actualizado;
São tidos em conta dois custos





Custos de plantação -fixos
Custos de corte - variam em função do volume de
madeira
Como é evidente quanto maior for a taxa de desconto
menos tempo vai até à decisão de corte
O momento de corte é independente dos custos de
corte enquanto estes forem inferiores ao preço por
metro cúbico;
A aplicação duma taxa ou imposto na momento do
corte tem um efeito semelhante a um aumento dos
custos de corte.
Legislação USA
Legislação Portuguesa







Criação dos Serviços Florestais em 1824;
Integração dos Serviços Florestais na Direcção
Geral de Agricultura em 1886;
1903- Estabelecimento do Regime Florestal;
1930-Florestação dos Baldios;
1987-95 Plano de Melhoramento Florestal
Lei de Bases da Política Florestal Leinº33/96 de
17 Agosto de 1996
Incentivos comunitários ao investimento florestal



PROAGRI de 1989 a 1993;
2º QCA de 1993 a 1999;
3º QCA de 2000 até 2006.
Lei de Bases da Política Florestal
Leinº33/96




O objectivo é a gestão sustentada
da floresta;
Quem estabelece as normas de
gestão sustentada é o estado;
Os responsáveis pela gestão de
acordo com as normas são os
proprietários;
O estado desempenha o papel de
regulador em parceria com os
proprietários e os principais
stakeholders;
Evolução dos recursos florestais

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




Os factos mais relevantes para as três espécies mais
importantes são:
a) No período 1987-93 a área média de floresta ardida
foi de 55602 hectares por ano, o que é mais do dobro
da área florestada anualmente com financiamento
publico.
b) A área de pinho foi a mais afectada diminuindo de
1252300 hectares em 1980 para 976069 hectares em
1995.
c)A produção de cortiça afectada por um longo período
de sub investimento como o declínio das toneladas
extraídas revela
1968/76: 198111 ton /ano
1977/85: 155756 ton /ano
1986/94: 152044 ton /ano
d) Mesmo no eucalipto a necessidade de renovar um
terço das plantações e de relocalização das menos
produtivas levou à importação de matéria prima.
Legislação açoriana
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Chapter 8-Recursos Renováveis