A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA ALFABETIZAÇÃO NA PERSPECTIVA
DO LETRAMENTO: UMA EXPERIÊNCIA VIVENCIADA NO ESTÁGIO
SUPERVISIONADO II.
Lucélia Lopes Santos (UERN)
Resumo: O presente artigo apresenta a importância da leitura na alfabetização na
perspectiva do letramento para o desenvolvimento cognitivo das crianças do 1° ano do
ensino fundamental da Escola Municipal Raimundo Nonato da Silva na cidade de
Patu/RN. Partindo da observação na escola campo de estágio tive como objetivo geral
estimular o hábito da leitura e o desenvolvimento da escrita. Utilizando de estratégias
de leitura durante a regência do Estágio Supervisionado II para tornar o hábito da leitura
mais significativo para essas crianças. Lendo histórias com linguagens especificas na
concepção do letramento para a construção do sujeito histórico, cultural e social,
fazendo com que as crianças despertassem para o mundo da leitura e da imaginação, e
evoluíssem no processo de escrita. Busquei referência em alguns teóricos como ALVES
(2004), KLEIMAN (1997) e BETTELHEIM (1984) entre outros. A utilização de livros
literários, poesias, letras de músicas e filmes também foram de fundamental
importância para o desenvolvimento cognitivo e para o trabalho coletivo, como também
o uso de outros recursos tais como: confecção de cartazes e elementos artísticos. Os
resultados indicaram que a leitura das histórias em sala de aula além de ser uma
atividade interativa e potencializadora da linguagem da criança no espaço do sujeito
próprio de seu desenvolvimento, é também uma facilitadora no desenvolvimento da
escrita e do imaginário da criança. As crianças enquanto interagiam durante a leitura,
expressavam suas opiniões e curiosidades, diante dessa interação os resultados revelam
que elas se envolvem com as histórias e seus personagens, aumentando assim, o
interesse pela leitura.
Palavras-Chave: Leitura e letramento; Interação; Desenvolvimento da escrita.
INTRODUÇÃO
A educação é sem dúvida um dos fatores mais importantes para a
construção de uma sociedade desenvolvida e democrática. O domínio da língua, nas
suas diferentes formas, oral, escrita e falada, é crucial para a nossa vida individual e
coletiva. A cidadania assim como, as competências profissionais só será alcançada
mediante o domínio da língua portuguesa.
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Dessa forma, consideramos indispensável, realizar um projeto de
intervenção no primeiro ano do Ensino Fundamental para o desenvolvimento da
Linguagem oral e escrita, com o foco na leitura de histórias literárias, isso por acreditar
que é através da leitura que a criança desenvolve suas capacidades e habilidades
cognitivas, como também, de acordo com as observações desenvolvidas na escola lócus
da observação, o envolvimento da turma com as atividades de leitura e senti a
necessidade de aprofundar esse contato direto da criança com o mundo da leitura. Sei
que não é de hoje, que vários autores, vêm pesquisando e estudando sobre a questão
(alfabetização/letramento), como Freire: (1987) que aponta que uma aprendizagem
significativa se dar a partir de um processo que proporcione uma análise crítica da
pratica social dos homens, contribuindo para que estes repensem a forma de atuar no
mundo.
Sendo assim, acreditamos que isso ocorra através do uso da leitura e da escrita,
pois ambas são capazes de transformar todo e qualquer indivíduo positivamente, sei
também que saber ler e escrever somente, não são suficientes para garantir aos alunos
uma completa e dinâmica interação com os mais variados textos produzidos pela
sociedade. É preciso ir além, buscar uma capacitação para não apenas decodificarem os
sons e as letras, mas entender os seus significados nos mais diferentes contextos. A
prática da leitura se faz presente em todos os níveis educacionais.
Partindo desses pressupostos, e tendo em vista os resultados do
diagnóstico da turma em observação, foi definido um plano de trabalho com as metas
gerais a serem desenvolvidas durante duas semanas onde estarei desenvolvendo a
docência em uma turma de primeiro Ano do Ensino Fundamental. Tentarei de forma
eficaz com que haja um pleno exercício das práticas de leitura. Para KLEIMAN (1997,
p. 10),
A leitura é um ato social, entre sujeitos – leitor e autor – que interagem entre
si, obedecendo a objetivos e necessidades socialmente determinados. Essa
dimensão interacional, que para nós é a mais importante do ato de ler, é
explicitada toda vez que a base textual sobre a qual o leitor se apóia precisa
ser elaborada, pois essa base textual é entendida como a materialização de
significados e intenção de um dos interagentes à distância via texto escrito.
Esta reflexão deixa claro que um texto não tem significado exclusivamente por
si mesmo. O seu sentido é construído na interação entre produtor e leitor. A autora
destacada defende que a compreensão do texto parece freqüentemente tarefa difícil uma
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vez que o objeto a ser compreendido é complexo envolvendo conhecimentos como
compreensão de frases e sentenças, de argumentos, de provas formais e informais, de
objetivos, de intenções, de ações e motivações. “Para a compreensão de texto é
necessário também poder relacioná-lo a um todo maior, dando-lhe coerência
KLEIMAN (1997, p.10).”
Assim sendo, ler e produzir textos nas escolas deve estar associado à ação
simbólica sobre o mundo, onde o aluno consiga constituir-se como um sujeito que
pensa, sente e dialoga, interagindo assim com os demais em sala de aula. Para
compreender um texto, portanto, o leitor precisa deter os conhecimentos necessários à
sua interpretação. No momento em que compreendemos o texto, estamos atribuindo-lhe
significado através de uma reconstrução do mesmo. Utilizamos para isso o nosso
repertório de leitura ativando nossas experiências e saberes no processo de
decodificação que podem ser estimulados pelas “pistas de leitura”.
2. A IMPORTÂNCIA DA LEITURA.
Percebemos que há um grande repertório de portadores de textos em nossos dias
e diversos deles são de fácil acesso público como jornais, revistas e mesmo livros, que
podem ser encontrados em bibliotecas públicas e escolas. No entanto, a habilidade de
compreender um texto e interpretá-lo vem ainda representando uma dificuldade para
cada número de crianças. Muitos educadores acreditam que crianças que convivem com
um meio letrado, sendo estimulada a ler, possuem maiores condições de desenvolver
sua criticidade em seu entorno social.
Contudo, numa sociedade onde estão presentes a injustiça, a desigualdade, a
miséria e a fome não é difícil encontrar pessoas que não tem acesso à informação
sistematizada, aos diversos conhecimentos produzidos preferencialmente no interior das
escolas. Se questionados os educadores dirão que atualmente é dever da escola
promover a democratização da leitura. Entretanto faz-se necessário analisar como vem
ocorrendo a circulação dos textos no ambiente escolar e a produção de sentido sobre os
mesmos. Observa-se certa rigidez e controle sobre o ato de leitura e interpretação dos
textos na escola.
A escola, que se pretende democrática, na verdade, também exclui, pois
mesmo os alunos que têm acesso a ela sofrem, muitas vezes, um tipo velado
de exclusão. Isso porque a inscrição do sujeito leitor se faz controlada e
dirigida. Ele é instado a confessar aos outros a sua leitura e a corrigi-la na
direção do consenso. Dessa forma, pode-se observar um controle do
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imaginário que se faz continuamente em nome da aquisição do conhecimento.
Daí resulta um conhecimento construído sem imaginação e sem investimento
pessoal do leitor (PAULINO, et al; 2001,p. 27) ).
A partir do exposto, vemos que devemos respalda no ensino da leitura e da
escrita não devemos em uma cultura “velada” de exclusão, onde a prática de leitura, da
linguagem oral e gráfica são pensadas, trabalhadas e avaliadas a partir de elementos
controladores que ferem o significado das mesmas, enquanto manifestações de livre
expressão dos sujeitos. Historicamente convivemos nos espaços escolares, com sinais
bem marcados que denunciam o ciclo da exclusão: inicialmente, a exclusão se dava
logo na entrada, não havia acesso à escola para todos. Depois a evasão seguida da
retenção passaram a corporificar a exclusão. Segundo BETTELHEIM (1984, p.
17),“Boa parte dos procedimentos cotidianos das escolas são concedidas por causa das
necessidades do sistema educacional estabelecido, e essa necessidade, freqüentemente,
prevalece sobre as necessidades das crianças.”
Caminhando por essa lógica, a capacidade de ler é de importância tão singular
para a vida de uma criança na escola, que a experiência na aprendizagem da leitura
freqüentemente, sela seu destino, uma vez para sempre, em relação à sua vida
acadêmica. Nesse sentido, se a leitura parecer uma experiência interessante e válida,
terá papel fundamental na formação integral do ser humano. Faz-se necessário a
formação de conceitos, sendo esta, por sua vez, dependente dos padrões de
interpretação a ele oferecidos. Segundo CADEMARTORI (1986, p. 22),“as diferentes
manifestações culturais constituem-se em padrões de interpretação. Entre elas,
destaca-se, seja pela alta elaboração própria do código verbal, seja pelo envolvimento
emocional e estético que propicia a literatura.”
O ensino da leitura é um empreendimento de risco se não estiver fundamentado
numa concepção teórica firme sobre os aspectos cognitivos envolvidos na compreensão
do texto. Tal ensino pode desembocar na exigência de mera reprodução das vozes de
outros leitores, mais experientes ou mais poderosos do que o aluno. Acreditando-se,
então, no enriquecimento propiciado pela experiência estética vemos um grande
número de educadores buscando o texto literário, acreditando em suas possibilidades de
aliar o prazer da leitura à produção de sentido pelos educandos. Busco novamente as
contribuições de BETTELHEIM (1984, p.49) acerca da importância da literatura na
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formação do aluno, na significação do seu cotidiano dentro e fora do ambiente escolar.
Para ele,
A observação de como a criança se perde no mundo e esquecem todas as suas
preocupações quando está lendo uma história que fascina como ela vive em
fantasia, o mundo dessa história mesmo bem depois que ela terminou de ler a
história, isto tudo nos mostra como é fácil para as crianças ficarem presas aos
livros, contanto que eles sejam livros apropriados.
Assim, compreendemos que ler é uma atividade de maior significado do
que se pensa, já que imaginação, interesse, curiosidade, observação e estímulo são
condições básicas para que as palavras sejam lidas com um propósito maior do que o de
decifrar códigos, unir letras para saber os significados que elas produzem ou os sons
que emitem juntas. A prática da leitura se faz presente em todos os níveis educacionais,
principalmente no cotidiano da Educação Infantil, por possibilitar o desenvolvimento
cognitivo da criança.
Assim como os livros devem despertar na criança o desejo pela leitura, o
ambiente também deve está propicio, favorecendo espaços aconchegantes e acolhedores
para que o aluno sinta-se a vontade a folhear, ler, recortar, colar, produzir diálogos,
inventar histórias, etc, em fim, este espaço deve promover a interação dinâmica de
todos, considerando que cada um já traz consigo uma cultura própria e que esta precisa
ser respeitada, assim desde cedo as crianças terão uma noção de diversidade cultural,
cidadania e respeito. A escola concebe o livro didático como instrumento básico, como
um complemento primeiro às funções pedagógicas exercidas pelo professor. É por essa
razão que o texto escrito é colocado no centro da vivência professor – aluno,
despontando como mediador dessa relação e veículo para instigar discussões, reflexões
ou novas práticas. Percebemos que a escola dá um enfoque especial nas atividades de
leitura; essa tendência a trabalhar a leitura como uma “ação mecanizada”,
descontextualizada de seu real sentido, compromete a construção de sentido e
significado do texto para os (as) alunos (as). CUNHA (1997, p. 51) defende que,
[...] a idéia de que a leitura vai fazer um bem à criança ou ao jovem leva-nos a
obrigá-los a ler, como lhes impomos à colher de remédio, à injeção, à escova
de dente, à escola. Assim, é comum o menino sentir-se coagido, tendo de
submeter-se a uma avaliação, e sendo punido se não cumprir as regras do jogo
que ele não definiu, nem entendeu. É a tortura sutil e sem mares “observáveis
a olho nu”, de que não nos damos conta.
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Uma das formas de fornecer subsídios para a imaginação da criança e para a
brincadeira de faz de conta é promover o acesso aos contos de fadas, lendas, mitos e
histórias diversas. Ouvi-las possibilita que a criança amplie seu repertório, e que utilize
o conteúdo das histórias nos momentos da brincadeira, incorporando personagens,
aproveitando os enredos e seguindo as características dos contos. RESENDE (1992,
p.17) afirma que:
Ouvir histórias – sobretudo quando ainda não se lê a palavra – de livros ou a
partir deles, inventadas pelos adultos ou adaptadas, alimenta a fantasia infantil.
As crianças guardarão no seu imaginário as melhores imagens, que serão
símbolo em repouso na memória, para interagirem com experiências futuras.
Nesse sentido, é preciso que a escola possibilite o acesso da criança ao mundo
da leitura através de diferentes portadores textuais, para que assim, a mesma possa
vivenciar diferentes práticas literárias que contribuirão para a sua formação de leitora.
No Brasil, o termo letramento não substituiu a palavra alfabetização, mas aparece
associada a ela. Sabemos que, para a formação de leitores e escritores competentes, é
importante a interação com diferentes gêneros textuais, com base em contextos
diversificados de comunicação. Cabe à escola oportunizar essa interação, criando
atividades em que os alunos sejam solicita- dos a ler e produzir diferentes textos.
Por outro lado, é imprescindível que os alunos desenvolvam autonomia para ler
e escrever seus próprios textos. Assim, a escola deve garantir, desde cedo, que as
crianças se apropriem do sistema de escrita alfabético. E pra isso é preciso o
desenvolvimento de um trabalho sistemático de reflexão sobre as características do
nosso sistema de escrita alfabético.
3. QUANDO COMEÇAR A LEITURA?
Com as transformações ocorridas ao longo da vida educacional percebe-se que
quanto mais cedo o homem iniciar, mais cedo germinará bons resultados. Ou seja, a
infância como uma fase especial de evolução e formação do ser, deve despertar-lhe para
este mundo, o mundo da simbologia, o mundo da leitura. Segundo ALVES (2004);
Toda experiência de aprendizagem se inicia com uma experiência afetiva. É a
fome que põe em funcionamento o aparelho pensador. Fome é afeto. O
pensamento nasce do afeto, nasce da fome. Não confundir afeto com beijinhos
e carinhos. Afeto, do latim affetare, quer dizer ir atrás. O “afeto” é o
movimento da alma na busca do objeto de sua fome. É o eros platônico, a
fome que faz a alma voar em busca do fruto sonhado. (p.20)
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Como diz o autor, o aluno precisa ter fome de conhecimento, pois é a partir
dessa fome que ele irá desenvolver seu processo de aprendizagem e é tarefa do
professor despertar essa fome no seu alunado. Dizia ALVES (2004, p. 48) “as crianças
são curiosas naturalmente e têm o desejo de aprender. O seu interesse natural
desaparece quando, nas escolas, a sua curiosidade é sufocada pelos programas impostos
pela burocracia governamental.” Incentivar a leitura através da literatura infantil é um
bom começo para despertar o interesse do aluno pela leitura, é investir na arte, à medida
que se prioriza e acredita-se no potencial subjetivo do estudante, vendo o texto artístico
como meio eficaz de garantir a permanência do leitor.
Há muita sabedoria pedagógica nos ditos populares. Como naquele que diz:
“É fácil levar a égua até o meio do ribeirão. O difícil é convencer ela a beber a
água...”. De fato: se a égua não estiver com sede, ela não beberá água por
mais que o seu dono a surre... Mas, se estiver com sede, ela, por vontade
própria, tomará a iniciativa de ir até o ribeirão. Aplicado à educação: “É fácil
obrigar o aluno a ir à escola. O difícil é convencê-lo a aprender aquilo que ele
não quer aprender. (ALVES, 2004, p. 13).”
O professor deve considerar o livro como um objeto de prazer, despertando no
estudante a curiosidade em lê-lo. O leitor é alguém capaz de sonhar, de criar, de
inventar, de construir pontes para superar cada obstáculo enfrentado, desafiar a si
próprio em busca de seus ideais. Ler não é simplesmente uma ação mecânica, é acima
de tudo um ato de coragem que permitirá ao seu praticante ver a realidade desvelada de
suas impurezas sociais.
4. LETRAMENTO NA ALFABETIZAÇÃO
Alfabetização – é o processo pelo qual o sujeito adquire uma tecnologia, a
escrita alfabética e as habilidades para utilizá-la para ler e escrever; Letramento relaciona-se ao exercício efetivo e competente da tecnologia da escrita; Alfabetizar e
letrar – são duas coisas distintas, mas que deveria se dá de formas inseparáveis para que
o sujeito se tornasse letrado e alfabetizado. A escola representa a instituição responsável
pela promoção do letramento; a prática do letramento vai além do ensino de leitura e
escrita, fundamenta-se na interação do sujeito com o outro, com o conhecimento e com
a vida, no sentido mais amplo, da interação social, vai além da decodificação da escrita,
a leitura apenas. O letramento decorre das praticas sociais e pode ser instigada pelo
professor, a criança letrada é aquela que conhece o mundo a sua volta e interage com
ele. Para SOARES (1998);
Alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao
contrário: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e escrever no
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contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo
se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado (p. 47)
É importante a interação social e a percepção de letramento no espaço para
o desenvolvimento do sujeito como ser histórico e social. O desenvolvimento cognitivo
da criança começa através da interação social e a partir de uma relação mútua entre o
plano individual e o plano social, ou seja, o desenvolvimento lingüístico infantil só
pode ser entendido a partir de suas relações com o outro. É de extrema importância a
interação social para o desenvolvimento cognitivo da criança, através do decorrer das
praticas sociais de leituras e escritas exigidas nos diferentes contextos que envolvem a
compreensão e expressão lógica e verbal, a função social da escrita e da leitura, num
processo que pode iniciar-se a partir do momento que a criança nasce numa sociedade
letrada, rodeada de pessoas que utilizam a leitura ampla de mundo.
A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que posterior leitura
desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e
realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada
por sua leitura critica implica a percepção das relações entre o texto e o
contexto. (FREIRE, 1989, P. 11-12).
Alfabetizar letrando requer: democratizar a vivência de práticas de uso da
leitura e da escrita; ajudar o aluno a, reconstruir essa invenção social que é a escrita
alfabética. Com crianças de 1° ano, por exemplo, o uso diário da leitura foi utilizado
como eixo principal para o letramento, sendo que, a maioria das crianças já conhecia o
próprio nome, mas que ainda desenvolvia a escrita apenas retirando do quadro, e muitas
delas ainda não tinham esse domínio.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estagio supervisionado II contribuiu para meu desenvolvimento em sala
de aula enquanto futura pedagoga, embora não tenha sido uma tarefa fácil, foi um tanto
gratificante poder contribuir para o desenvolvimento de pequenos leitores. Foi uma
experiência um tanto quanto inesquecível e angustiante, mas no final colhi bons frutos e
além de ter passado um pouco do meu conhecimento ganhei também o carinho dessas
crianças, que não queriam que eu fosse embora e os deixasse. A leitura é mesmo um
mundo à parte em nossas vidas. A leitura e a produção de diferentes textos são tarefas
imprescindíveis para a formação de pessoas letradas. No entanto, é importante que, na
escola, os contextos de leitura e produção levem em consideração os usos e funções do
gênero em questão. É preciso ler e produzir textos diferentes para atender a finalidades
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diferenciadas, a fim de que superemos o ler e a escrever para apenas aprender a ler e a
escrever.
5. REFERÊNCIAS
ALVES, RUBEM. O Desejo de Ensinar e a Arte de Aprender/Rubem Alves. Campinas: Fundação EDUCAR Dpaschoal, 2004.
BETTELHEIM, Bruno. Psicanálise da Alfabetização, por Bruno Bettelheim e
KaremZelan. Tad.de José Luiz Caon. Porto Alegre: Artes Médicas, 1984.
CADEMARTORI, Lígia. O que é Literatura Infantil. São Paulo: Brasiliense, 1986.
CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura Infantil Teoria e Prática. São
Paulo: Ática, 1997.
FREIRE, Paulo. Educação da autonomia. Saberes necessários à pratica educativa.13
ed. Paz e terra: São Paulo,1996.
KLEIMAN, Angela. Texto e Leitor: Aspectos Cognitivos da Leitura. Campinas, SP:
Pontes, 1997.
PAULINO, Graça; WALTY, Ivete; FONSECA, Maria Nazareth; CURY, Maria Zilda.
Tipos de Textos, Modos de Leitura. Belo Horizonte: Formato Editorial, 2001.
REZENDE, V. M. Literatura Infanto-Juvenil. São Paulo: Saraiva 1992.
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica,
1998.
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