Avaliação Ambiental Estratégica em Planos e Programas Florestais Lisboa,18 de Fevereiro de 2004 Adelaide Germano Emídio Santos 1 direcção-geral das florestas portugal florestal EVOLUÇÃO DA ÁREA FLORESTAL EM PORTUGAL CONTINENTAL (1902-1995) - crescimento contínuo da área arborizada 3500 - alterações na estrutura dos ecossistemas 3000 (1000 Hectares) - transformações na composição dos povoamentos 2500 2000 Eucaliptais Soutos e Carvalhais Montados 1500 1000 500 Pinhais e outros 0 1902 1912 1922 1932 1942 1952 1962 1972 1982 1992 2 direcção-geral das florestas espaços florestais percorridos por incêndios (médias móveis de 5 anos, entre 1975 e 2002) (hectares) 140000 fonte: dgf (2003) 120000 100000 80000 60000 (matos) 40000 (povoamentos) 20000 19 75 19 77 19 79 19 81 19 83 19 85 19 87 19 89 19 91 19 93 19 95 19 97 19 99 20 01 0 3 direcção-geral das florestas opinião pública: medidas ambientais prioritárias do governo combater a poluição de rios e ribeiras prevenir incêndios/ordenar a floresta combater a poluição do ar reduzir e tratar os lixos urbanos cuidar das áreas protegidas reduzir e tratar os lixos industriais combater a poluição do mar/oceanos incentivar a agricultura respeitadora do ambiente proteger e ordenar o litoral/costa ns/nr combater o ruído combater a falta de ordenamento urbano investir nos transportes rodoviários 0 10 fonte: l. schmidt (2002) – inquérito observa “opinião pública e ambiente” 20 30 40 50 60 % 4 direcção-geral das florestas conceitos - espaços silvestres - possuem grande diversidade de funções, utilizações e actividades; - integram alguns recursos naturais - solo, arvoredo, que se renovam a um ritmo particularmente lento; - são detidos por entidades que agem num quadro de motivações muito específico; - são alvo de uma procura concorrencial, por parte da sociedade, de diversos bens e serviços; - não existe ainda um relacionamento estável entre o uso florestal e os restantes usos silvestres, agrícolas e urbanos; 5 direcção-geral das florestas sistema de planeamento florestal conceito de planeamento florestal aplicação consequente das políticas, no sentido de assegurar, à perpetuidade, a fruição dos benefícios florestais e dos recursos silvestres por parte de toda a sociedade 6 direcção-geral das florestas conceito de ordenamento florestal (tradicional) conjunto de normas, materializado num plano, pelas quais se regulam as intervenções de natureza cultural ou de exploração numa unidade de produção florestal, com vista à obtenção de um objectivo pré-determinado (produção optimizada de material lenhoso à perpetuidade) desenvolvimento: séc. XVIII/XIX; aplicação em Portugal: 1864 (mata nacional da machada) 7 direcção-geral das florestas conceito de ordenamento florestal regional (novo - LBPF) distribuição geográfica das diferentes unidades territoriais florestais, ao nível regional, com definição não só de normas para cada unidade mas também de áreas de intervenção prioritária 8 direcção-geral das florestas SGT • define as orientações estratégicas nacionais para o sector e espaços florestais, em harmonia com outros sectores da economia e no respeito pela conservação dos recursos naturais. PFN • organizam os espaços florestais ao nível regional e estabelecem um enquadramento técnico e normativo para a utilização dos recursos florestais; • asseguram que todos os espaços florestais tenham assistência, vigilância e tratamento permanentes; ENCNB PBH POAP PROT PDM ... PROF • definem zonas de intervenção prioritária e os meios e agentes responsáveis pela execução das acções preconizadas; PMIF • definem normas orientadoras para a elaboração dos PGF. • regulam, no tempo e no espaço, as intervenções de natureza cultural e/ou de exploração, visando a produção sustentada de bens e serviços ao nível das unidades de produção florestal. PGF 9 direcção-geral das florestas planeamento florestal nacional objectivo: definir as orientações estratégicas nacionais para o sector e espaços florestais, em harmonia com outros sectores da economia e no respeito pela conservação dos recursos naturais. exemplos sectoriais: plano de desenvolvimento sustentável da floresta portuguesa, plano de acção para o sector florestal, estratégia nacional de conservação da natureza e da biodiv., exemplos inter-sectoriais: programa de acção nacional de combate à desertificação, programa nacional de políticas de ordenamento do territ., plano nacional para as alterações climáticas; plano nacional de desenvolvimento sustentável. 10 direcção-geral das florestas VALEN ÇA V. N . DE CERVEIRA MELGAÇ O MONÇ ÃO Barroso-Padrela PAR EDES D E C OU RA Alto Minho AR COS DE VALDEVEZ CAMINHA VINH AIS BR AGANÇA PON TE DA BAR CA MONT ALEGR E PO N TE DE LIMA CHAVES TERR AS DE BOURO VIANA DO C ASTELO BOT IC AS VILA VERD E AM ARES VIEIR A D O MINH O VIMIO SO PÓVOA DE LAN HOSO VALPAÇOS ESPOSEND E BR AGA CABECEIR AS D E BASTO BAR CELOS MACEDO DE CAVALEIROS V. P. D E AGUIAR GU IM ARÃES FAFE RIBEIRA DE PEN A MIR ANDELA MIR ANDA DO DOUR O V. N . DE FAMALICÃO MUR ÇA CELORICO D E BASTO PÓVOA DE VAR ZIM MOND IM DE BAST O VIZELA ALF ÂNDEGA DA F É S. T IR SO FELGUEIR AS ALIJÓ V. D O C ONDE TROF A VILA R EAL VILA F LOR MOGADOUR O PAÇ OS DE FER REIR A LOU SADA AM ARANT E SABR OSA MAIA S. M . DE PEN AGUIÃO CARR AZEDA DE AN SIÃES MATOSIN HO S VALON GO PAR EDES P. D A R ÉGU A TORR E DE MONC ORVO MESÃO FR IO S. J . DA PESQU EIR A POR TO BAIÃO PEN AFIEL AR MAMAR FREIXO D E ESPADA À CINTA GON DOMAR MARC O DE CANAVESES TABUAÇO LAM EGO V. N . DE GAIA V. N . DE FOZ CÔA CIN FÃES RESENDE MOIM EN TA DA BEIRA ESPINH O CASTELO D E PAIVA PEN EDONO TAROU CA PROF Nordeste Baixo Minho Sousa e Ribad. AMP e Entre Douro e Vouga critérios para a delimitação das regiões-plano SER NANC ELHE AR OUC A FIG. D E C AST ELO ROD RIGO OVAR VALE DE C AMBRA V. N . DE PAIVA OLIV. DE AZ EMÉIS S. PED RO D O SU L SÁT ÃO TRAN COSO MUR TOSA AGU IAR DA BEIR A EST ARREJ A OLIV. DE FRAD ES SEVER DO VOUGA VOU ZELA ALBER GAR IA-A-V. AVEIRO ÍLHAVO AGU EDA TOND ELA Beira Interior Norte CARR EGAL DO SAL MORT ÁG U A OLIV. DO HOSPIT AL MANT EIGAS S. C OMBA D ÃO SEIA BELM ON TE TÁBUA SABU GAL MEALHADA PEN ACOVA COVILH Ã MONT EM OR-O-V. V. N . DE POIARES COIM BRA FIGU EIR A DA FOZ MIR ANDA DO CORVO 1.º respeito dos limites das regiões agrárias e das regiões NUTS III GU ARD A GOU VEIA AN ADIA ALM EIDA CELO RICO D A BEIR A NELAS VAGOS CANT ANHED E PINH EL VISEU FORN OS DE ALGOD RES PEN ALVA DO CASTELO Dão-Lafões MANG UALD E OLIV. DO BAIRR O MIR A AR GANIL FUN DÃO PEN AMACOR Pinhal Interior Norte LOU SÃ COND EIXA-A-N. GÓIS SOU RE PAM PILHOSA DA SER RA PEN ELA CAST. D E PÊRA AN SIÃO POM BAL ALVAIÁZERE LEIRIA 2.º respeito das áreas com PROT OU RÉM MAÇÃO TOMAR PO R TO DE M ÓS SAR DOAL TORR ES NOVAS V. N . DA BAR QUINHA EN TR ONCAM EN TO ABR ANTES CALDAS D A R AINH A SAN TARÉM Oeste SOBR AL DE MONT E AGRAÇ O AR RU DA D OS VINHOS MAFR A V. F . DE XIR A POR TALEGRE ALT ER DO C HÃO AVIS AR RON CHES FRON TEIR A MONF OR TE CAMPO M AIOR SOU SEL CORU CHE ELVAS MORA BOR BA EST REMOZ AR RAIOLOS VILA VIÇOSA MONT IJ O ALC OCHET E MOIT A AML Alto Alentejo PON TE DE SÔR BEN AVEN TE LO U RES OD IVELAS AM ADORA OEIRAS LISBOA MARVÃO CRAT O CHAM USCA ALPIARÇA CART AXO ALM EIRIM AZ AMBUJ A TORR ES VEDR AS ALEN QUER SALVATER RA DE M AGOS SINT RA CASTELO D E VIDE CONST ÂN CIA Ribatejo RIO MAIOR BOM BAR RAL LOU RINHÃ CADAVAL CASCAIS NISA GAVIÃO ALC ANENA GOLEGÃ ÓBIDOS PEN IC HE PR OENÇA-A-N . V. V. D E R ÓD ÃO V. D E R EI BAT ALHA IDAN HA-A-N. CASTELO BR ANCO SER TÃ Pinhal Interior Sul FERR EIRA DO ZÊZER E ALC OBAÇ A Beira Interior Sul OLEIROS PED RÓGÃO GR AN DE FIG U EIR Ó DOS VINH OS MARINHA GRAND E NAZAR É ALM ADA VEN DAS N OVAS Alentejo Central PALM ELA BAR REIRO SEIXAL REDON DO MONT EM OR-O-N. ALAN DROAL SET ÚBAL ÉVOR A SESIMBRA 4.º desagregação de regiões NUTS III de excessiva dimensão territorial e heterogeneidade ecológica MEDA CASTR O DAIRE S. J . DA MADEIRA Centro Litoral 3.º agrupamento de regiões NUTS III de pequena dimensão Douro S. M . DA FEIR A VIANA DO ALEN TEJO REGUENGOS DE M ONSARAZ ALC ÁCER DO SAL POR TEL MOUR ÃO ALVITO CUBA Alentejo Litoral GR ÂND OLA VIDIGUEIRA MOUR A BAR RANC OS FERR EIRA DO ALEN TEJ O SINES BEJ A SAN TIAGO DO CACÉM SER PA ALJ UST REL Baixo Alentejo CASTR O VERD E OU RIQUE MÉRT OLA OD EMIRA ALM ODÔVAR ALC OUTIM MONC HIQU E ALJ EZU R SILVES Algarve CASTR O MAR IM S. BR ÁS DE ALPOR TEL POR TIMÃO LAGOS VILA D O BISPO V. R . DE S. AN TÓN IO TAVIR A LOU LÉ LAG OA ALBU FEIR A OLH ÃO FARO 11 direcção-geral das florestas PROF conteúdo (dec.-lei 204/99) - Caracterização biofísica e socio-económica da região - Definição dos objectivos gerais e específicos de protecção, conservação e fomento da floresta e outros recursos naturais associados - Identificação dos modelos gerais de silvicultura e de gestão dos recursos mais adequados - Definição de áreas sensíveis - Definição de prioridades de intervenção florestal quanto à sua natureza e repartição no tempo e no território - Dimensão a partir da qual as explorações florestais privadas são sujeitas a PGF 12 direcção-geral das florestas 1.ª função produção protecção 2.ª função conservação ffh 3.ª função silvopast., c.& p. 13 recreio & enq. direcção-geral das florestas planos de bacia/PEOT/PROF/PDM POAP/plano sectorial RN 2000/PROF conservação protecção REN como articular esta Estratégia de Planeamento com a Directiva 2001/42/CE ? produção RN 2000 domínio dfci hídrico protecção arvoredos PROF p. espécies RNAP regime florestal caça cortes pesca prematuros lei baldios silvopast., c. & p. PROF/POAP POAP/PROF/PDM recreio e enquadramento 14 direcção-geral das florestas Quadro Actual do Planeamento Florestal PDSFP aprovado - junho de 1999 internalizou as políticas ambientais execução e monitorização PROF em fase acelerada de elaboração: junho 2004 incorpora as funcionalidades ambientais da floresta validados pelas CMC com representantes na área do ambiente monitorização e avaliação anual, com possibilidade de revisão 15 direcção-geral das florestas Quadro Actual do Planeamento Florestal e sua articulação com Directiva 2001/42/CE A Directiva não obriga a que de imediato o processo de AIA seja aplicado, no presente, ao planeamento florestal, devendo os Estados Membros determinar os planos e programas a que se aplica Contudo, o exercício de planeamento florestal considera e incorpora as preocupações ambientais nos seus vários níveis Valida e garante a transparência do processo nas CMC e discussão pública Mesmo sem a aplicação da Directiva ao domínio florestal, as suas preocupações são garantidas com igual eficácia, com agilização 16 processual e sem custos adicionais direcção-geral das florestas planeamento florestal projecto geral da arborização dos areais móveis de Portugal dunas de Mira - 1928 17 direcção-geral das florestas 18 direcção-geral das florestas MUITO OBRIGADO! 19