EFEITOS DO TREINAMENTO EXCÊNTRICO DOS MÚSCULOS FLEXORES PLANTARES SOBRE A TÉCNICA E A FORÇA DE IMPACTO DURANTE A CORRIDA ANTEPÉ EM JOVENS UNIVERSITÁRIOS Morgana Lunardi (BIC-UCS), Francesca Chaida Sonda, Juliane Berzoini, Mônica de Oliveira Melo (Orientador(a)) INTRODUÇÃO: Tem sido sugerido que quando o contato inicial (CI) do pé com o solo durante a corrida é realizado com a ponta do pé (corrida antepé (AP)) há uma reduzida força de impacto sobre os membros inferiores (MI), predispondo menor risco de lesões. Apesar disto, estudos tem alertado que devido a grandes forças excêntricas geradas pelos músculos flexores plantares durante este tipo de corrida, um treinamento específico precisa ser realizado a fim de não sobrecarregar estruturas musculoesqueléticas periarticulares. OBJETIVO: Verificar os efeitos do treinamento excêntrico dos músculos flexores plantares sobre a técnica e a magnitude da força de impacto durante a corrida AP em jovens universitários. METODOLOGIA: A amostra do presente estudo foi composta por 24 jovens universitários saudáveis (18 a 25 anos de idade, massa corporal média de 60 kg e altura média de 1,67 metros) e sem histórico de lesões músculo esqueléticas. Os sujeitos foram divididos em grupo experimental (GE) (n = 12), que realizou treinamento excêntrico para flexores plantares por 8 semanas e grupo controle (GC) (n = 12), que não foi submetido a nenhum tipo de treinamento e manteve sua rotina habitual de atividades físicas. Os sujeitos realizaram avaliações antropométricas, cinemáticas (ângulos de tornozelo, joelho e quadril) e cinéticas (força de reação ao solo (FRS)) durante a corrida AP. O protocolo de corrida consistiu na realização de passos sobre a plataforma. Para a captura da trajetória tridimensional dos marcadores posicionados no MI dos sujeitos foi utilizado um sistema de cinemetria dotado de 7 câmeras integradas (VICON) e os dados de FRS foram coletados em duas plataformas de força. A análise dos dados foi realizada no Software Polygon. ANOVA de um fator (grupo) com medidas repetidas no tempo foi usada para verificar os efeitos do treinamento sobre as variáveis testadas (p<0,050). RESULTADOS: Somente o GE apresentou aumentos nos ângulos de flexão plantar e flexão do quadril, bem como uma redução da magnitude da FRS. Nenhum outro efeito foi observado. Corredores AP podem fazer uso do treinamento excêntrico visando à eficácia do padrão da técnica AP, bem como a prevenção de lesões, uma vez que a musculatura posterior é extremamente exigida neste tipo de corrida. CONCLUSÃO. O treinamento excêntrico gera mudanças mensuráveis na técnica da corrida AP e reduz o impacto incidente sobre as articulações do MI. Palavras-chave: Corrida Antepé, Treinamento Excêntrico, Força de Impacto Apoio: UCS