Informativo Trimestral • Edição 01 outubro – novembro – dezembro SawluzNET, COM MONTAGEM SEQÜENCIADA, SCANIA PERSONALIZA CABINAS ARQUIVO AGCO O NOVO EDI DA AGCO M V Linha de montagem em Canoas: produção acelerada para atender uma demanda crescente aior fabricante de tratores da América Latina e líder brasileira em exportações no setor, a AGCO do Brasil adotou o SawluzNET como ponto fundamental na sua marcha decidida para continuar acompanhando a expansão do agronegócio dentro e fora do País. Em velocidade coerente à do próprio mercado onde atua, a montadora integrou mais da metade de seus quase trezentos fornecedores de material produtivo direto a essa nova modalidade de EDI, que combina o estado-da-arte do Intercâmbio Eletrônico de Dados, no segmento automotivo, às características que têm feito da Internet uma forma de comunicação igualmente revolucionária. Sua finalidade principal ao implantar o sistema pioneiro da Sawluz, da qual já era cliente, foi agilizar a recepção de peças e componentes críticos fundamentais ao funcionamento ininterrupto das linhas de montagem de Canoas e Santa Rosa, ambas no Rio Grande do Sul, nas quais são produzidas, anualmente, entre tratores e colheitadeiras, mais de 27 mil máquinas agrícolas, um volume de produção que tende a crescer bastante, segundo os planos da empresa. Páginas 4 e 5 Sarbanes-Oxley olante à esquerda ou à direita? Banco com aquecimento? Ar-condicionado a bordo? Quando responde a perguntas como essas, seja numa concessionária no ABC paulista ou do outro lado do mundo, o cliente Scania começa a ter seu veículo montado. A partir desse momento, o chassi já existe virtualmente dentro da fábrica, e todos os itens a ele agregados passam a seguir uma numeração única, o “Pop ID”, que é observado desde a chegada do pedido até o seu completo atendimento. Em linhas gerais, é assim que funciona o seqüenciamento na montagem de cabinas, sistema implantado via EDI para diminuir estoques na montadora e nos seus fornecedores, organizar melhor o fluxo das embalagens ao longo de toda a produção e, principalmente, permitir milhares de combinações nas partes que realmente diferenciam caminhões e carretas no que se refere a conforto e preferências pessoais de cada motorista. Graças a esse alto grau de personalização, a montadora, sediada em São Bernardo do Campo (SP), já exporta para mais de 30 países, seguindo à risca os mais diferentes gostos, costumes e tradições. Página 7 Leia também: O que o EDI tem a ver com a Lei que está mexendo na vida das empresas americanas?.......................................................................................Página 3 Rotamil Fomos ver de perto como um fornecedor da AGCO está seguindo os passos do cliente, ao modificar sua forma de trocar documentos eletrônicos .......... Página 6 Toro Confira como esta metalúrgica está reafirmando sua parceria com a Scania, ao fornecer de forma seqüenciada para a montadora .............................Página 8 “Pop ID”: uma espécie de DNA de cada cabina montada EDITORIAL Novas Histórias M uita coisa mudou de 2002 para cá, tanto no mundo do EDI quanto em nossa própria empresa. O mesmo se aplica à evolução tecnológica do Intercâmbio Eletrônico de Dados, a reboque de necessidades que acabaram surgindo e se multiplicando ao longo da cadeia automotiva e de outros segmentos igualmente importantes de nossa economia, onde clientes e fornecedores precisam se comunicar cada vez mais rápido, melhor e de uma forma economicamente viável. Pois foi dois anos atrás, quando comemorávamos o décimo terceiro aniversário da Sawluz, que resolvemos editar uma publicação reunindo algumas das implantações que, realmente, marcaram época para nós e, esperamos, também tenham sido importantes e inesquecíveis para os nossos clientes. Agora, com indisfarçável satisfação, voltamos a nos comunicar com você através deste Sawluz News, um informativo trimestral com o qual pretendemos não apenas mostrar o resultado de nosso trabalho, em conjunto com os nossos parceiros, mas também contribuir de alguma forma para ampliar a comunicação num setor que está crescendo, na medida em que se propõe a encarar de frente e superar seus novos desafios, matéria-prima básica das novas histórias que pretendemos contar a partir de hoje. Uma boa leitura a todos! Adoniram Judson da Silva e Werter Padilha Cavalcante Revista pioneira agora é jornal trimestral FLASHBACK • Top Of Business ARQUIVO COMDOMINIO A Sawluz recebeu o troféu Top of Business 2004, premiação criada há cinco anos pela empresa gaúcha Montreal Eventos para homenagear veículos de comunicação, profissionais liberais e empresas que obtenham destaque em suas áreas de atuação. Quem indica os nomes dos vencedores são os próprios ganhadores de edições passadas, aos quais a organização do Prêmio envia questionários. A verdadeira fortaleza que hospeda a SawluzNET • Internet Segura Padilha e Adoniram recebendo o troféu Considerada no mercado como uma das principais empresas de datacenter do País, a Comdominio é a parceira da Sawluz na infra-estrutura de web que viabiliza o SawluzNET. Segurança, redundância e serviços de non-stop são alguns pontos altos de suas modernas instalações, que ocupam 5 mil m² na região central de São Paulo. • Matéria-Prima A plataforma de desenvolvimento do SawluzNET foi a Dot.Net, tecnologia na qual a Microsoft já investiu bilhões de dólares, nas busca da chamada interatividade total. Idealizada para aplicações on line B2B e B2C, a solução se baseia no tripé robustez, agilidade e segurança, essenciais quando se usa a rede mundial de computadores para fazer negócios. Expediente Sawluz Metodologia Aplicada em Informática S/C Ltda. • Rua José Secundino da Costa, 245 – Interlagos – CEP 04783-160 – São Paulo/SP • Tel (11) 5668-2400 – Fax (11) 5568-2401 – www.sawluz.com.br • Textos e fotos: Reperkut Comunicação SS. – Telefax (11) 5062-4421 – www.reperkut.com.br • Jornalista responsável: Wagner Fonseca (MTB 15.155) – Assistente de redação: Pâmela Lee Hamer • Produção editorial: Zeppelini Editorial Ltda. PABX (11) 6978-6686 – www.zeppelini.com.br 2 SAWLUZ NEWS Nº 01 AMBIENTE SEGURO Lei SarBox: Outro Campo Fértil Para o SawluzNET O sistema desenvolvido pioneiramente pela Sawluz para a AGCO do Brasil está sendo considerado uma ferramenta com reflexos positivos não apenas sobre a suas áreas de logística e produção, mas também para o cumprimento da lei que determina transparência total frente aos acionistas das corporações de origem norte-americana espalhadas pelo mundo. Segundo Paulo Moog Striebel, gerente de Riscos contratado há um ano e meio pela AGCO, justamente para coordenar a adaptação à nova norma do maior fabricante e exportador de máquinas agrícolas estabelecido no Brasil, a “boa governança corporativa” é um dos pré-requisitos da “SarBox”, nome derivado das iniciais de seus autores, Paul Sarbanes e Michael Oxley. Elaborado com a finalidade de evitar fraudes financeiras como as que ficaram notórias internacionalmente há cerca de dois anos (leia quadro abaixo), o dispositivo se baseia na confiabilidade e disponibilidade das informações. No entender de Striebel, o SawluzNET muito tem a ver com este perfil. “A implantação do sistema e a Lei Sarbanes O QUE DIZ A LEI A falsificação de demonstrativos contábeis, endossada por renomadas empresas de auditoria, acabaria fornecendo o pano de fundo para o estouro dos escândalos Enron e WorldCom, em 2002. Esses fatos também estimularam o democrata de Maryland, Paul Sarbanes, e o republicano natural de Ohio, Michael Oxley, a encaminhar para votação no Senado dos Estados Unidos um projeto que acabaria se transformando em lei. De acordo com o dispositivo, mecanismos de auditoria e segurança, bem como a criação de comissões internas, passariam a acompanhar em detalhes as atividades das empresas norte-americanas, com a intenção de evitar novas fraudes. Um dos pontos centrais da nova ordem no mundo dos negócios envolve a área de sistemas, ao prever a criação de mecanismos para que os acionistas acessem instantaneamente, de forma confiável e confidencial, todas as informações econômico-financeiras das corporações nas quais investem. O não cumprimento de exigências assim submetem os CEO e CFO das organizações a pesadas penas, que incluem prisão de até 20 anos. SAWLUZ NEWS Nº 01 estão diretamente vinculadas ao nosso recebimento de portaria, visando identificar com antecedência se a nota fiscal emitida pelo nosso fornecedor apresenta diferenças com relação ao estipulado no pedido aprovado internamente”, diz ele. “O EDI nos ajuda muito nisto, por estar extremamente ligado ao aspecto compras, principalmente com relação à fidelidade de cada entrega aos preços negociados”, prossegue o especialista. Considerando que uma colheitadeira possui cerca de 7 mil itens e um trator algo ao redor de 1.300, ele aponta a exatidão dos preços em cada entrega, de acordo com os valores acertados com os quase 4 mil fornecedores da montadora, um aspecto dos mais importantes para uma empresa que pretenda informar aos seus acionistas, com velocidade, precisão e a qualquer tempo, o quadro real de suas finanças. “Usaremos, sem dúvida, os benefícios trazidos pelo SawluzNET na nossa certificação pela Sarbanes, diante da segurança que o sistema oferece na área de materiais”, acrescenta Paulo, lembrando que a ausência dessa ferramenta tornaria difícil eliminar problemas nos controles de inventário e portaria. No campo dos benefícios que enxerga com a obediência à “SarBox”, ele coloca a própria capacidade das empresas de captar investimentos internacionais, tendo em vista a clara tendência de valorização das ações de quem obtiver essa certificação. ARQUIVO AGCO Vista aérea da AGCO em Canoas. Com o SawluzNET, logística aprimorada e transparência total, sob-medida para atender à Sarbanes-Oxley. 3 SawluzNET, CASE o novo EDI da AGCO Velocidade, segurança e correção pró-ativa, via detecção antecipada de erros, são as principais características do sistema A o constatar que montaria este ano cerca de 900 máquinas agrícolas além do previsto inicialmente para 2004, a indústria que produz no País tratores e colheitadeiras da marca Massey Ferguson encontrou motivação extra para apressar o passo de uma decisão que já havia tomado bem antes: renovar completamente sua forma de comunicar-se com as fábricas de autopeças, em sintonia com ritmo acelerado do agronegócio dentro e fora do Brasil. Em busca de uma resposta a altura deste grande desafio, optou por conciliar o sucesso do Intercâmbio Eletrônico de Dados no setor automotivo à velocidade da Internet, com o cuidado de assegurar o total sigilo das informações trafegadas por uma via a cada dia mais utilizada por todos. Foi dessa forma que começou a nascer o SawluzNET, projeto implantado em parceria com a Sawluz Metodologia Aplicada em Informática e que hoje já apresenta resultados práticos, com destaque para a agilidade no recebimento de materiais em suas duas portarias, que recebem diariamente, em conjunto, uma média de 150 caminhões, descarregando uma infinidade de itens da qual depende o trabalho ininterrupto das linhas de montagem localizadas nas cidades gaúchas de Canoas e Santa Rosa. “Não podíamos mais tratar as informações em nosso Recebimento como fazíamos há uma década”, resume Ernani Leonel Oliveira, profissional designado pela AGCO para gerenciar essa mudança não só de procedimentos mas, principalmente, de cultura, envolvendo desde os colaboradores internos até parceiros comerciais com os mais diversos perfis, como ele próprio faz questão de frisar. Desde a escolha do sistema pioneiro até a sua fase atual, já reunindo cerca de 150 fornecedores trocando informações através do SawluzNET, mais de quinze workshops foram realizados, durante os quais AGCO e Sawluz vêm demonstrando em detalhes essa forma inovadora de se fazer EDI. Diferenças Na prática, o serviço segue os princípios tradicionais do Electronic Data Interchange, na medida em que a montadora substitui com ele a remessa de suas programações no suporte papel por arquivos eletrônicos, recebendo da mesma forma os avisos de embarque referentes a cada entrega dos seus fornecedores. A grande diferença do SawluzNET, no entanto, é a conferência prévia, via Internet e fora da estrutura da AGCO, de todos os dados referentes a cada nota fiscal emitida, o que afasta a possibilidade de caminhões congestionarem as áreas de recepção da montadora diante de divergências com preços, códigos ou números de pedido, por exemplo. “Quando a entrega se concretiza, o processo está devidamente validado, com todos os erros eventuais previamente detectados, viabilizando assim a pró-atividade nas correções antecipadas, sempre que necessário”, explica o diretor de Tecnologia da Sawluz, Werter Padilha Cavalcante. Realizar tudo com a mesma segurança proporcionada até então pelos links dedicados, que apesar de mais lentos, caros e até mesmo obsoletos nos dias de hoje, sempre ofereceram um ambiente confiável, levaram a EDI Service paulistana a tomar uma série de cuidados. O primeiro deles foi o desenvolvimento em plataforma Dot.Net, última palavra da Microsoft em conectividade, juntamente com a hospedagem na Comdomínio, um dos maiores e mais bem equipados datacenters do País em matéria de segurança, backup e no-break. A confidencialidade ficou por conta do “tunelamento”, conceito que consiste na combinação de tecnologias como SSL, criptografia e WebServices para manter o canal de comunicação utilizado pelo EDI enclausurado numa espécie de túnel virtual. Detalhes das mudanças estão sendo mostrados durante workshops com fornecedores, quando a Sawluz, sempre ao lado da equipe AGCO, explica o que muda a partir de agora na comunicação entre montadora e parceiros 4 SAWLUZ NEWS Nº 01 Trabalho em Equipe OPINIÕES O ser humano tem sido peça fundamental para o bom andamento do processo, dentro e fora da AGCO D edicado normalmente ao desenvolvimento de novas concessionárias Massey Ferguson, Ernani Leonel Oliveira vem utilizando todo o jogo de cintura que esse tipo de atividade requer para fazer a ponte entre EDI Service, público interno e fornecedores, ou seja, toda a comunidade relacionada, direta ou indiretamente, ao sucesso do SawluzNET na AGCO. “No começo achava tudo isso um sonho”, confessa, “mas hoje todos vemos que o projeto é uma realidade”, acrescenta o homem de Marketing, dizendo-se um aprendiz empenhado na tarefa de “transformar o conhecimento dos demais em ferramenta aplicável”. Convicto da importância do treinamento para a assimilação de algo que considera impossível ser implantado da noite para o dia, ele acredita que o êxito obtido até aqui tem tudo para ser mantido, não apenas em virtude da alta tecnologia do sistema, mas também pelo envolvimento consciente de todos ao seu redor. Leonel, durante um dos workshops: em busca de adesão José Antonio Tondo Costa, da área de Planejamento e Suprimento, vai além, seguindo o mesmo raciocínio. “No momento em que eu tenho um processo disciplinado para o envio das informações e o fornecedor trabalha esses dados também com disciplina, tudo se transforma em peças e notas fiscais chegando às nossas portarias, sem os erros, muitas vezes pequenos, mas que acabam causando um tremendo stress em toda a cadeia de suprimento”. Tondo, de Suprimentos: disciplina é fundamental “Eu já passei por outros grandes e bons projetos que estão funcionando até hoje, enquanto outros não tiveram sucesso por absoluta falta de adesão”, concorda João Luis Mayer, responsável pela área de Compras da montadora. Dono de uma atuação que define como recente no SawluzNET, ele participa do que chama de fase final de negociação, na qual afirma estar dando atenção especial ao cuidado de falar a mesma língua dos parceiros, providência que considera básica à obtenção de bons resultados como os colhidos cumulativamente pela empresa a cada novo workshop. Familiarizado com a Sawluz e o EDI desde a fase inicial desta tecnologia dentro da empresa, o gerente de TI, André Iriart Correa, identifica na verificação avançada das informações transmitidas pelos fornecedores um dos maiores diferenciais da ferramenta: “A tecnologia, normalmente, anda mais ligeiro do que a adesão, pois são os benefícios trazidos por ela que atraem os participantes de qualquer processo”, justifica André, ao atribuir boa parte da velocidade com que a novidade está sendo implantada às vantagens que ela proporciona a várias áreas. A título de exemplo, ele menciona a chegada do Aviso de Embarque quando de sua emissão pelo fornecedor. “Com isso, eu consigo informar internamente, com antecedência muito maior, todas as áreas internas que possam evitar previamente qualquer tipo de erro numa entrega”. C Mayer, de Compras: falando a mesma língua André, de TI: visão antecipada CRESCIMENTO MUNDIAL om sede em Duluth, Georgia, e faturamento global de US$ 3,5 bilhões em 2003, a AGCO projeta, fabrica e distribui, em nível global, equipamentos agrícolas e peças de reposição para o setor. Seus produtos são distribuídos em mais de 140 países, cobrindo um linha de produtos que inclui tratores, ceifadeiras, equipamentos para feno e forragem, pulverizadores, implementos e equipamentos para a lavoura. Através de mais de 8.600 concessionários e distribuidores independentes em todo o mundo, seus produtos são distribuídos com as marcas AGCO, Agco Allis, AgcoStar, Challenger, Farmhand, Fendt, Fieldstar, Gleaner, Glencoe, Hesston, LOR*AL, Massey Ferguson, New Idea, Rogator, SISU Diesel, Soilteq, Spra Coupe, Sunflower, Terra-Gator, Tye, White e Willmar. No Brasil, faturou em 2004 cerca de US$ 700 milhões, liderando o setor na América Latina, bem como exportações da área, tendo como principais mercados Estados Unidos, Austrália, Japão, México, Argentina, América Central e Caribe. SAWLUZ NEWS Nº 01 5 Em dia com o cliente Uma das pioneiras na adesão ao SawluzNet, a Indústria Metalúrgica Rotamil Ltda. conciliou o pronto atendimento às novas necessidades sistêmico-logística da AGCO ao aprimoramento de seus controles internos nessa área E a vivência não poderia ser melhor nessa fábrica de autopeças de Caxias do Sul (RS), conforme avalia seu gerente Administrativo, Alcides Dall’ Agnol. “Com o SawluzNET não tem como mandar informação errada para o cliente”, traduzir ele, em poucas palavras, um dos ganhos obtidos no fornecimento para a AGCO através desse sistema, abrangendo cerca de 300 itens, entre tanques de combustível de diversas capacidades, defletores, suportes, conjuntos soldados, coxins, alavancas e tampas. Com a experiência de quem já havia trabalhado com o EDI tradicional, via STM-400, da Embratel, e com a própria AGCO, através do Edifor, solução proprietária adotada antes da implantação do atual sistema, ele assegura: “para nós o SawluzNET veio como uma luva, sendo não Elenita e Alcides: além das expectativas apenas uma ferramenta de tráfego, mas também um importante agregador de valor”. A supervisora de Vendas Elenita Pdot Baue pensa de forma semelhante. “Vamos aproveitar alguns dos seus recursos até mesmo no dia-adia com outros clientes, que ainda não utilizam EDI”, diz ela, ao ilustrar toda a versatilidade identificada no sistema, além da eliminação de uma série de rotinas manuais, antes obrigatórias mediante a chegada de uma nova programação da montadora. Ela valoriza no SawluzAUTOMOTIVO, por exemplo, a capacidade de gerar vários relatórios que já estão substituindo planilhas antes elaboradas pelo seu PCP, o mesmo ocorrendo com os gráficos fornecendo subsídios para ferramentas logísticas como a curva ABC. O alcance de recursos assim, segundo Alcides, extrapolam o campo das rotinas diárias, fornecendo informações como a evolução individual das vendas de cada item, importante recurso para definir estratégias e até mesmo a possível descontinuidade na produção de determinado componente. “Além disso, com o software da Sawluz, importamos arquivos contendo todos os pedidos, com os respectivos atrasos e previsões, o que nos permite uma melhor programação de estoques com base naquilo que vai acontecer nos próximos seis meses”, comenta o gerente. Com esse poder renovado no campo do planejamento, ele afirma ser possível evitar a falta de matérias-primas vitais como chapas de aço inox e ferro galvanizado, itens nem sempre disponíveis para pronta-entrega. “Além disso, conseguimos investir na fábrica com maior segurança, pois sabemos que teremos faturamento garantido para novas aquisições tanto na área de Recursos Humanos quanto em máquinas e equipamentos”, acrescenta. Na opinião de Manfredo Napoli Velho, diretor-cotista da Indústria Metalúrgica Rotamil Ltda., as soluções desenvolvidas pela Sawluz (SawluzNET e SawLuzAUTOMOTIVO) já demonstram, em tempo recorde, seu importante papel no estreitamento de relações com a AGCO, empresa que hoje ocupa posição de destaque dentre os clientes da Rotamil, fornecedor cuja evolução se exprime por conquistas como a certificação pela ISO 9001/2000; além do faturamento que dobrou nos últimos dois anos e a geração de empregos ampliada de 109 para 170 no mesmo período. “Estamos crescendo bastante para acompanhar a evolução desse grande fabricante de tratores e máquinas agrícolas”, afirma o empresário, para quem a decisão estratégica de atualizar a versão do sistema contribui bastante para o alcance dos atuais resultados do EDI praticado com a AGCO. “A migração do SawluzLITE para a versão completa do software trouxe sensível diferença em agilidade, presteza e qualidade das informações”, reconhece. Manfredo: crescendo com o cliente 6 SAWLUZ NEWS Nº 01 Com Montagem Seqüenciada, Scania Personaliza Cabinas B ancos, revestimentos laterais, tetos, paredes traseiras e toda a fiação dos painéis (chicotes) são os itens das cabinas de caminhões que a Scania trata de forma diferenciada em sua linha de montagem. É assim que uma das maiores montadoras de caminhões estabelecidas no País vem conciliado o atendimento de um mercado muito atento a detalhes ao preceito da logística moderna que prevê a quase inexistência de peças e componentes em estoque. Uma tarefa, diga-se de passagem, nada fácil para quem produz um veículo cujas diferenças unitárias permitem nada menos do que 1 milhão de diferentes possibilidades, incluindo acessórios e acabamentos. “Se fôssemos armazenar aqui as peças de todas essas variáveis precisaríamos de pelo menos uma outra unidade do tamanho desta ”, admite Juliano Leite da Silva, responsável pela área de Logística Industrial da fábrica de cabinas, uma das ilhas de São Bernardo do Campo (SP), onde o seqüenciamento já é uma realidade. EDI Diferenciado A solução encontrada, segundo ele, foi vincular cada cliente a um diferente número de chassi através de um código de seis dígitos, conhecido como “Pop ID”, que também é informado à cadeia de fornecimento a cada novo pedido que chega das concessionárias. “O seqüenciado permitiu que, dentro de uma mesma caixa, eu tenha uma peça totalmente diferente da outra, como se fossem kits para veículos com ou sem ar-condicionado, dotados de janela traseira ou lateral e assim por diante”, exemplifica Juliano. O atendimento deste quesito por parte de fornecedores como a Toro (veja matéria na página seguinte) demandou uma solução especial de EDI, desenvolvida pela Sawluz, através dos documentos RND 001 e 012, utilizados para o envio das previsões genéricas de entrega dentro do mês, e também das programações semanais, estas sim já de acordo com o seqüenciamento de montagem, com os respectivos avisos de embarque sendo gerados pelos fornecedores a cada nota fiscal emitida. “Mas além de introduzir o sistema é necessário integrá-lo”, afirma Juliano, aludindo à imprescindível adaptação dos softwares corporativos. Os resultados obtidos até aqui animam Almir Gonsalez, da Administração de Materiais, a planejar ampliações na quantidade de itens da cabina fornecidos seqüencialmente. “Em janeiro próximo deverá ser a vez dos retrovisores e os tapetes, possivelmente, não passam de meados de 2005”, prevê. Na sua opinião, não é apenas a montadora que tem a ganhar com o crescimento dessa tendência dentro das fábricas, pois as autopeças também reduzem seus estoques com isso. “Elas sabem, no nosso caso, que entregarão no máximo em três dias tudo aquilo que produzem ”, justifica Almir, voltando a falar em futuro ao fazer referência a um novo modelo de caminhão que está a caminho, o “Stand 4”. Quando isso acontecer, algumas pré-montagens das cabinas deverão ficar a cargo dos fornecedores, implicando, segundo ele, maior necessidade ainda de seqüenciamento. Além de atender às diferentes exigências dos mercados brasileiro e internacional, sistema viabiliza produção com estoque mínimo Juliano: peças acondicionadas como “kits” SAWLUZ NEWS Nº 01 Almir: olhando para o futuro 7 Just In Time Até de Idéias Acompanhar o seqüenciamento na montagem de cabinas exigiu muito diálogo e entrosamento entre Sawluz, Scania e um dos mais tradicionais parceiros da montadora F ornecedora há mais de 20 anos de revestimentos internos e isolamentos acústicos para cabinas de caminhões, a Toro Indústria e Comércio Ltda. é um exemplo típico de parceiro fortemente envolvido com o processo de montagem seqüenciada, novidade que alterou rotinas em vários dos seus departamentos. Diariamente, essa empresa de Diadema (SP) entrega para a Scania quatro carretas de peças observando em detalhes a seqüência de “Pop ID” recebida nas programações semanais da montadora. Por mais que isso possa parecer simples, a sintonia fina do processo requereu quase dois anos de negociações e uma fase piloto de nove meses, recém-concluída. Segundo o diretor Comercial da empresa, Marco Aurélio Picolo, foi um grande desafio acompanhar, lado-a-lado, todo o pioneirismo da Scania ao introduzir um sistema, já dominado pelo segmento automotivo de uma forma geral, mas que ainda era inédito na área na montagem de caminhões. “Num projeto desses, você sai da categoria de fornecedor puro e simples e passa a ser cúmplice do seu cliente”, diz ele, tentando sintetizar o estreitamento de relações proporcionado pela mudança. O afinamento muito grande na comunicação, para atender a montadora diante de eventuais mudanças de programas, está entre os maiores desafios enfrentados pela Toro. “Nosso tempo de reação é curtíssimo, caso haja qualquer tipo de problema em qualquer etapa da produção ”, frisa Marco Aurélio. Mas ele também identifica no sequenciamento uma oportunidade excelente para o aprimoramento de processos internos, já que é necessário tornar tudo mais rápido e o menos suscetível possível a erros. Isso engloba desde adaptações no EDI até a mudança de procedimentos no chão-de-fábrica, com a introdução de cortes com jato d’água quando o tecido já está colado na armação dos revestimentos. Confira, a seguir, outros depoimentos dos profissionais da Toro sobre essa nova fase em sua parceria histórica com a Scania. Marco Aurélio Picolo: cumplicidade total Gregório Costa Filho, gerente de Contas: “O projeto já existia para bancos de automóveis há muitos anos, mas é pioneiro no mercado de caminhões. Está sendo um desafio pra gente. Esse novo formato de fornecimento é exatamente o mesmo adotado pela Scania na Suécia e nós entendemos que seja uma tendência de mercado que logo será seguida pelas demais montadoras da área”. Sônia Regina Moreno, supervisora de Informática: “Nós recebemos a programação através de EDI e emitimos relatórios da mesma forma que a montadora vai sequenciar a produção. Ou seja, quando a Logística recebe esse documento, já sabe exatamente em que seqüência e quais tipos de veículos serão montados pela Scania”. Marcus Vinícius Pereira Lima, engenheiro: “No EDI estão cadastradas as estruturas e os códigos Toro. Quando surgem novas estruturas, nós executamos o cadastro, as documentações de processo e o auxílio visual para a produção saber exatamente o que deve ser feito. Antes de chegar nesse ponto, nossa Engenharia definiu com a Sawluz tudo que seria possível para aprimorar a logística em cada processo”. Wagner Café da Silva, gestor de Logística: “Quando a Scania trabalhava com estoque você tinha uma margem de erro, que agora não existe mais. Até por isso o começo foi muito atribulado, mas agora tudo está andando bem melhor. Sincronizar as furações dos revestimentos com o tempo das entregas foi uma das maiores dificuldades, mas hoje já estamos três dias na frente”. 8 SAWLUZ NEWS Nº 01