Informativo Trimestral • Edição 01
outubro – novembro – dezembro
SawluzNET,
COM MONTAGEM
SEQÜENCIADA,
SCANIA PERSONALIZA
CABINAS
ARQUIVO AGCO
O NOVO EDI DA AGCO
M
V
Linha de montagem
em Canoas:
produção acelerada
para atender uma
demanda crescente
aior fabricante de tratores da América Latina e líder brasileira em exportações
no setor, a AGCO do Brasil adotou o SawluzNET como ponto fundamental
na sua marcha decidida para continuar acompanhando a expansão do agronegócio
dentro e fora do País.
Em velocidade coerente à do próprio mercado onde atua, a montadora integrou
mais da metade de seus quase trezentos fornecedores de material produtivo direto
a essa nova modalidade de EDI, que combina o estado-da-arte do Intercâmbio
Eletrônico de Dados, no segmento automotivo, às características que têm feito da
Internet uma forma de comunicação igualmente revolucionária.
Sua finalidade principal ao implantar o sistema pioneiro da Sawluz, da qual já
era cliente, foi agilizar a recepção de peças e componentes críticos fundamentais
ao funcionamento ininterrupto das linhas de montagem de Canoas e Santa Rosa,
ambas no Rio Grande do Sul, nas quais são produzidas, anualmente, entre tratores
e colheitadeiras, mais de 27 mil máquinas agrícolas, um volume de produção que
tende a crescer bastante, segundo os planos da empresa.
Páginas 4 e 5
Sarbanes-Oxley
olante à esquerda ou à direita? Banco com
aquecimento? Ar-condicionado a bordo? Quando responde a perguntas como essas, seja numa
concessionária no ABC paulista ou do outro lado
do mundo, o cliente Scania começa a ter seu veículo
montado. A partir desse momento, o chassi já existe
virtualmente dentro da fábrica, e todos os itens a ele
agregados passam a seguir uma numeração única,
o “Pop ID”, que é observado desde a chegada do
pedido até o seu completo atendimento.
Em linhas gerais, é assim que funciona o seqüenciamento na montagem de cabinas, sistema implantado via EDI para diminuir estoques na montadora
e nos seus fornecedores, organizar melhor o fluxo
das embalagens ao longo de toda a produção e,
principalmente, permitir milhares de combinações
nas partes que realmente diferenciam caminhões e
carretas no que se refere a conforto e preferências
pessoais de cada motorista.
Graças a esse alto grau de personalização, a montadora, sediada em São Bernardo do Campo (SP), já
exporta para mais de 30 países, seguindo à risca os
mais diferentes gostos, costumes e tradições.
Página 7
Leia também:
O que o EDI tem a ver com a Lei que está mexendo na vida das empresas
americanas?.......................................................................................Página 3
Rotamil
Fomos ver de perto como um fornecedor da AGCO está seguindo os passos do
cliente, ao modificar sua forma de trocar documentos eletrônicos .......... Página 6
Toro
Confira como esta metalúrgica está reafirmando sua parceria com a Scania, ao
fornecer de forma seqüenciada para a montadora .............................Página 8
“Pop ID”:
uma espécie
de DNA de
cada cabina
montada
EDITORIAL
Novas Histórias
M
uita coisa mudou de 2002 para cá, tanto no mundo do
EDI quanto em nossa própria empresa. O mesmo se aplica
à evolução tecnológica do Intercâmbio Eletrônico de Dados, a
reboque de necessidades que acabaram surgindo e se multiplicando
ao longo da cadeia automotiva e de outros segmentos igualmente
importantes de nossa economia, onde clientes e fornecedores
precisam se comunicar cada vez mais rápido, melhor e de uma
forma economicamente viável.
Pois foi dois anos atrás, quando comemorávamos o décimo
terceiro aniversário da Sawluz, que resolvemos editar uma
publicação reunindo algumas das implantações que, realmente,
marcaram época para nós e, esperamos, também tenham sido
importantes e inesquecíveis para os nossos clientes.
Agora, com indisfarçável satisfação, voltamos a nos comunicar
com você através deste Sawluz News, um informativo trimestral
com o qual pretendemos não apenas mostrar o resultado de nosso
trabalho, em conjunto com os nossos parceiros, mas também
contribuir de alguma forma para ampliar a comunicação num
setor que está crescendo, na medida em que se propõe a encarar
de frente e superar seus novos desafios, matéria-prima básica das
novas histórias que pretendemos contar a partir de hoje.
Uma boa leitura a todos!
Adoniram Judson da Silva e Werter Padilha Cavalcante
Revista pioneira
agora é jornal
trimestral
FLASHBACK
• Top Of Business
ARQUIVO COMDOMINIO
A Sawluz recebeu o troféu Top of Business 2004, premiação criada há cinco anos pela empresa gaúcha
Montreal Eventos para homenagear veículos de comunicação, profissionais liberais e empresas que
obtenham destaque em suas áreas de atuação. Quem indica os nomes dos vencedores são os próprios
ganhadores de edições passadas, aos quais a organização do Prêmio envia questionários.
A verdadeira fortaleza que hospeda a SawluzNET
• Internet Segura
Padilha e Adoniram recebendo o troféu
Considerada no mercado como uma das principais empresas de datacenter do País,
a Comdominio é a parceira da Sawluz na infra-estrutura de web que viabiliza o
SawluzNET. Segurança, redundância e serviços de non-stop são alguns pontos altos
de suas modernas instalações, que ocupam 5 mil m² na região central de São Paulo.
• Matéria-Prima
A plataforma de desenvolvimento do SawluzNET foi a Dot.Net, tecnologia na qual a Microsoft já investiu bilhões de dólares, nas busca da chamada
interatividade total. Idealizada para aplicações on line B2B e B2C, a solução se baseia no tripé robustez, agilidade e segurança, essenciais quando
se usa a rede mundial de computadores para fazer negócios.
Expediente Sawluz Metodologia Aplicada em Informática S/C Ltda. • Rua José Secundino da Costa, 245 – Interlagos – CEP 04783-160
– São Paulo/SP • Tel (11) 5668-2400 – Fax (11) 5568-2401 – www.sawluz.com.br • Textos e fotos: Reperkut Comunicação SS. –
Telefax (11) 5062-4421 – www.reperkut.com.br • Jornalista responsável: Wagner Fonseca (MTB 15.155) – Assistente de redação:
Pâmela Lee Hamer • Produção editorial: Zeppelini Editorial Ltda. PABX (11) 6978-6686 – www.zeppelini.com.br
2
SAWLUZ NEWS Nº 01
AMBIENTE
SEGURO
Lei SarBox:
Outro Campo Fértil Para o SawluzNET
O
sistema desenvolvido pioneiramente pela Sawluz para a
AGCO do Brasil está sendo considerado uma ferramenta
com reflexos positivos não apenas sobre a suas áreas de logística
e produção, mas também para o cumprimento da lei que determina transparência total frente aos acionistas das corporações
de origem norte-americana espalhadas pelo mundo.
Segundo Paulo Moog Striebel, gerente de Riscos contratado há um ano e meio pela AGCO, justamente para
coordenar a adaptação à nova norma do maior fabricante
e exportador de máquinas agrícolas estabelecido no Brasil,
a “boa governança corporativa” é um dos pré-requisitos da
“SarBox”, nome derivado das iniciais de seus autores, Paul
Sarbanes e Michael Oxley.
Elaborado com a finalidade de evitar fraudes financeiras
como as que ficaram notórias internacionalmente há cerca
de dois anos (leia quadro abaixo), o dispositivo se baseia na
confiabilidade e disponibilidade das informações.
No entender de Striebel, o SawluzNET muito tem a ver
com este perfil. “A implantação do sistema e a Lei Sarbanes
O QUE DIZ
A
LEI
A falsificação de demonstrativos contábeis, endossada por renomadas
empresas de auditoria, acabaria fornecendo o pano de fundo para o
estouro dos escândalos Enron e WorldCom, em 2002. Esses fatos também
estimularam o democrata de Maryland, Paul Sarbanes, e o republicano
natural de Ohio, Michael Oxley, a encaminhar para votação no Senado
dos Estados Unidos um projeto que acabaria se transformando em lei.
De acordo com o dispositivo, mecanismos de auditoria e segurança, bem
como a criação de comissões internas, passariam a acompanhar em
detalhes as atividades das empresas norte-americanas, com a intenção
de evitar novas fraudes.
Um dos pontos centrais da nova ordem no mundo dos negócios envolve
a área de sistemas, ao prever a criação de mecanismos para que os
acionistas acessem instantaneamente, de forma confiável e confidencial, todas as informações econômico-financeiras das corporações
nas quais investem.
O não cumprimento de exigências assim submetem os CEO e CFO das
organizações a pesadas penas, que incluem prisão de até 20 anos.
SAWLUZ NEWS Nº 01
estão diretamente vinculadas ao nosso recebimento de portaria, visando identificar com antecedência se a nota fiscal
emitida pelo nosso fornecedor apresenta diferenças com relação ao estipulado no pedido aprovado internamente”, diz
ele. “O EDI nos ajuda muito nisto, por estar extremamente
ligado ao aspecto compras, principalmente com relação à
fidelidade de cada entrega aos preços negociados”, prossegue
o especialista.
Considerando que uma colheitadeira possui cerca de 7 mil
itens e um trator algo ao redor de 1.300, ele aponta a exatidão dos preços em cada entrega, de acordo com os valores
acertados com os quase 4 mil fornecedores da montadora, um
aspecto dos mais importantes para uma empresa que pretenda
informar aos seus acionistas, com velocidade, precisão e a
qualquer tempo, o quadro real de suas finanças.
“Usaremos, sem dúvida, os benefícios trazidos pelo
SawluzNET na nossa certificação pela Sarbanes, diante
da segurança que o sistema oferece na área de materiais”,
acrescenta Paulo, lembrando que a ausência dessa ferramenta tornaria difícil eliminar problemas nos controles de
inventário e portaria.
No campo dos benefícios que enxerga com a obediência
à “SarBox”, ele coloca a própria capacidade das empresas
de captar investimentos internacionais, tendo em vista a
clara tendência de valorização das ações de quem obtiver
essa certificação.
ARQUIVO AGCO
Vista aérea da AGCO em
Canoas. Com o SawluzNET,
logística aprimorada e transparência total, sob-medida para
atender à Sarbanes-Oxley.
3
SawluzNET,
CASE
o novo EDI da AGCO
Velocidade, segurança e correção pró-ativa, via detecção
antecipada de erros, são as principais características do sistema
A
o constatar que montaria este ano cerca
de 900 máquinas agrícolas além do previsto inicialmente para 2004, a indústria que
produz no País tratores e colheitadeiras da
marca Massey Ferguson encontrou motivação
extra para apressar o passo de uma decisão
que já havia tomado bem antes: renovar
completamente sua forma de comunicar-se
com as fábricas de autopeças, em sintonia
com ritmo acelerado do agronegócio dentro
e fora do Brasil.
Em busca de uma resposta a altura deste
grande desafio, optou por conciliar o sucesso
do Intercâmbio Eletrônico de Dados no
setor automotivo à velocidade da Internet,
com o cuidado de assegurar o total sigilo
das informações trafegadas por uma via a
cada dia mais utilizada por todos.
Foi dessa forma que começou a nascer o
SawluzNET, projeto implantado em parceria
com a Sawluz Metodologia Aplicada em
Informática e que hoje já apresenta resultados práticos, com destaque para a agilidade
no recebimento de materiais em suas duas
portarias, que recebem diariamente, em
conjunto, uma média de 150 caminhões,
descarregando uma infinidade de itens da
qual depende o trabalho ininterrupto das
linhas de montagem localizadas nas cidades
gaúchas de Canoas e Santa Rosa.
“Não podíamos mais tratar as informações
em nosso Recebimento como fazíamos há
uma década”, resume Ernani Leonel Oliveira,
profissional designado pela AGCO para gerenciar essa mudança não só de procedimentos
mas, principalmente, de cultura, envolvendo
desde os colaboradores internos até parceiros
comerciais com os mais diversos perfis, como
ele próprio faz questão de frisar.
Desde a escolha do sistema pioneiro até
a sua fase atual, já reunindo cerca de 150
fornecedores trocando informações através
do SawluzNET, mais de quinze workshops
foram realizados, durante os quais AGCO e
Sawluz vêm demonstrando em detalhes essa
forma inovadora de se fazer EDI.
Diferenças
Na prática, o serviço segue os princípios
tradicionais do Electronic Data Interchange,
na medida em que a montadora substitui com
ele a remessa de suas programações no suporte
papel por arquivos eletrônicos, recebendo da
mesma forma os avisos de embarque referentes
a cada entrega dos seus fornecedores.
A grande diferença do SawluzNET, no
entanto, é a conferência prévia, via Internet e
fora da estrutura da AGCO, de todos os dados
referentes a cada nota fiscal emitida, o que
afasta a possibilidade de caminhões congestionarem as áreas de recepção da montadora
diante de divergências com preços, códigos
ou números de pedido, por exemplo.
“Quando a entrega se concretiza, o processo está devidamente validado, com todos
os erros eventuais previamente detectados,
viabilizando assim a pró-atividade nas correções antecipadas, sempre que necessário”,
explica o diretor de Tecnologia da Sawluz,
Werter Padilha Cavalcante.
Realizar tudo com a mesma
segurança proporcionada até
então pelos links dedicados,
que apesar de mais lentos, caros
e até mesmo obsoletos nos dias
de hoje, sempre ofereceram um
ambiente confiável, levaram a EDI
Service paulistana a tomar uma série
de cuidados.
O primeiro deles foi o desenvolvimento em plataforma Dot.Net, última
palavra da Microsoft em conectividade, juntamente com a hospedagem na
Comdomínio, um dos maiores e mais bem
equipados datacenters do País em matéria
de segurança, backup e no-break.
A confidencialidade ficou por conta
do “tunelamento”, conceito que consiste
na combinação de tecnologias como SSL,
criptografia e WebServices para manter
o canal de comunicação utilizado pelo
EDI enclausurado numa espécie de
túnel virtual.
Detalhes das mudanças estão sendo mostrados durante workshops com fornecedores,
quando a Sawluz, sempre ao lado da equipe AGCO, explica o que muda a partir
de agora na comunicação entre montadora e parceiros
4
SAWLUZ NEWS Nº 01
Trabalho em Equipe
OPINIÕES
O ser humano tem sido peça fundamental para o bom
andamento do processo, dentro e fora da AGCO
D
edicado normalmente ao desenvolvimento de novas concessionárias Massey
Ferguson, Ernani Leonel Oliveira vem utilizando todo o jogo de cintura que
esse tipo de atividade requer para fazer a ponte entre EDI Service, público interno e
fornecedores, ou seja, toda a comunidade relacionada, direta ou indiretamente, ao
sucesso do SawluzNET na AGCO.
“No começo achava tudo isso um sonho”, confessa, “mas hoje todos vemos que o projeto
é uma realidade”, acrescenta o homem de Marketing, dizendo-se um aprendiz empenhado
na tarefa de “transformar o conhecimento dos demais em ferramenta aplicável”.
Convicto da importância do treinamento para a assimilação de algo que considera
impossível ser implantado da noite para o dia, ele acredita que o êxito obtido até aqui tem
tudo para ser mantido, não apenas em virtude da alta tecnologia do sistema, mas também
pelo envolvimento consciente de todos ao seu redor.
Leonel, durante um
dos workshops:
em busca de adesão
José Antonio Tondo Costa, da área de Planejamento e Suprimento, vai além, seguindo
o mesmo raciocínio. “No momento em que eu tenho um processo disciplinado para o
envio das informações e o fornecedor trabalha esses dados também com disciplina, tudo
se transforma em peças e notas fiscais chegando às nossas portarias, sem os erros, muitas vezes pequenos, mas que acabam causando um tremendo stress em toda a cadeia de
suprimento”.
Tondo, de Suprimentos:
disciplina é fundamental
“Eu já passei por outros grandes e bons projetos que estão funcionando até hoje,
enquanto outros não tiveram sucesso por absoluta falta de adesão”, concorda João Luis
Mayer, responsável pela área de Compras da montadora.
Dono de uma atuação que define como recente no SawluzNET, ele participa do que
chama de fase final de negociação, na qual afirma estar dando atenção especial ao cuidado
de falar a mesma língua dos parceiros, providência que considera básica à obtenção de bons
resultados como os colhidos cumulativamente pela empresa a cada novo workshop.
Familiarizado com a Sawluz e o EDI desde a fase inicial desta tecnologia dentro da empresa, o
gerente de TI, André Iriart Correa, identifica na verificação avançada das informações transmitidas
pelos fornecedores um dos maiores diferenciais da ferramenta: “A tecnologia, normalmente, anda
mais ligeiro do que a adesão, pois são os benefícios trazidos por ela que atraem os participantes
de qualquer processo”, justifica André, ao atribuir boa parte da velocidade com que a novidade
está sendo implantada às vantagens que ela proporciona a várias áreas.
A título de exemplo, ele menciona a chegada do Aviso de Embarque quando de sua emissão
pelo fornecedor. “Com isso, eu consigo informar internamente, com antecedência muito maior,
todas as áreas internas que possam evitar previamente qualquer tipo de erro numa entrega”.
C
Mayer, de Compras:
falando a mesma língua
André, de TI:
visão antecipada
CRESCIMENTO MUNDIAL
om sede em Duluth, Georgia, e faturamento global de US$ 3,5 bilhões em 2003, a AGCO projeta, fabrica e distribui, em nível global,
equipamentos agrícolas e peças de reposição para o setor. Seus produtos são distribuídos em mais de 140 países, cobrindo um linha
de produtos que inclui tratores, ceifadeiras, equipamentos para feno e forragem, pulverizadores, implementos e equipamentos para a lavoura.
Através de mais de 8.600 concessionários e distribuidores independentes em todo o mundo, seus produtos são distribuídos com as marcas AGCO, Agco Allis, AgcoStar, Challenger, Farmhand, Fendt, Fieldstar, Gleaner, Glencoe, Hesston, LOR*AL, Massey Ferguson, New Idea, Rogator, SISU Diesel, Soilteq, Spra Coupe, Sunflower, Terra-Gator, Tye, White e Willmar.
No Brasil, faturou em 2004 cerca de US$ 700 milhões, liderando o setor na América Latina, bem como exportações da área, tendo como principais
mercados Estados Unidos, Austrália, Japão, México, Argentina, América Central e Caribe.
SAWLUZ NEWS Nº 01
5
Em dia com o cliente
Uma das pioneiras na
adesão ao SawluzNet,
a Indústria Metalúrgica
Rotamil Ltda. conciliou
o pronto atendimento
às novas necessidades
sistêmico-logística da
AGCO ao aprimoramento
de seus controles
internos nessa área
E
a vivência não poderia ser melhor nessa
fábrica de autopeças de Caxias do Sul (RS),
conforme avalia seu gerente Administrativo,
Alcides Dall’ Agnol. “Com o SawluzNET não
tem como mandar informação errada para o
cliente”, traduzir ele, em poucas palavras, um dos
ganhos obtidos no fornecimento para a AGCO
através desse sistema, abrangendo cerca de 300
itens, entre tanques de combustível de diversas
capacidades, defletores, suportes, conjuntos
soldados, coxins, alavancas e tampas.
Com a experiência de quem já havia trabalhado com o EDI tradicional, via STM-400, da
Embratel, e com a própria AGCO, através do
Edifor, solução proprietária adotada antes da
implantação do atual sistema, ele assegura: “para
nós o SawluzNET veio como uma luva, sendo não
Elenita e Alcides: além das expectativas
apenas uma ferramenta de tráfego, mas também
um importante agregador de valor”.
A supervisora de Vendas Elenita Pdot Baue
pensa de forma semelhante. “Vamos aproveitar
alguns dos seus recursos até mesmo no dia-adia com outros clientes, que ainda não utilizam
EDI”, diz ela, ao ilustrar toda a versatilidade
identificada no sistema, além da eliminação de
uma série de rotinas manuais, antes obrigatórias
mediante a chegada de uma nova programação
da montadora.
Ela valoriza no SawluzAUTOMOTIVO, por
exemplo, a capacidade de gerar vários relatórios
que já estão substituindo planilhas antes elaboradas pelo seu PCP, o mesmo ocorrendo com os
gráficos fornecendo subsídios para ferramentas
logísticas como a curva ABC.
O alcance de recursos assim, segundo Alcides,
extrapolam o campo das rotinas diárias, fornecendo informações como a evolução individual
das vendas de cada item, importante recurso
para definir estratégias e até mesmo a possível
descontinuidade na produção de determinado
componente.
“Além disso, com o software da Sawluz,
importamos arquivos contendo todos os pedidos,
com os respectivos atrasos e previsões, o que nos
permite uma melhor programação de estoques
com base naquilo que vai acontecer nos próximos
seis meses”, comenta o gerente.
Com esse poder renovado no campo do
planejamento, ele afirma ser possível evitar a
falta de matérias-primas vitais como chapas de
aço inox e ferro galvanizado, itens nem sempre
disponíveis para pronta-entrega. “Além disso,
conseguimos investir na fábrica com maior segurança, pois sabemos que teremos faturamento
garantido para novas aquisições tanto na área
de Recursos Humanos quanto em máquinas e
equipamentos”, acrescenta.
Na opinião de Manfredo Napoli Velho, diretor-cotista da Indústria Metalúrgica Rotamil Ltda.,
as soluções desenvolvidas pela Sawluz (SawluzNET e SawLuzAUTOMOTIVO) já demonstram, em tempo recorde, seu importante papel no estreitamento de relações com a AGCO,
empresa que hoje ocupa posição de destaque dentre os clientes da Rotamil, fornecedor cuja
evolução se exprime por conquistas como a certificação pela ISO 9001/2000; além do
faturamento que dobrou nos últimos dois anos e a geração de empregos ampliada de 109
para 170 no mesmo período.
“Estamos crescendo bastante para acompanhar a evolução desse grande fabricante de tratores
e máquinas agrícolas”, afirma o empresário, para quem a decisão estratégica de atualizar a
versão do sistema contribui bastante para o alcance dos atuais resultados do EDI praticado
com a AGCO. “A migração do SawluzLITE para a versão completa do software trouxe sensível
diferença em agilidade, presteza e qualidade das informações”, reconhece.
Manfredo: crescendo com o cliente
6
SAWLUZ NEWS Nº 01
Com Montagem Seqüenciada,
Scania Personaliza Cabinas
B
ancos, revestimentos laterais, tetos,
paredes traseiras e toda a fiação dos
painéis (chicotes) são os itens das cabinas
de caminhões que a Scania trata de forma
diferenciada em sua linha de montagem.
É assim que uma das maiores montadoras de caminhões estabelecidas no
País vem conciliado o atendimento de
um mercado muito atento a detalhes
ao preceito da logística moderna que
prevê a quase inexistência de peças e
componentes em estoque. Uma tarefa,
diga-se de passagem, nada fácil para
quem produz um veículo cujas diferenças
unitárias permitem nada menos do que
1 milhão de diferentes possibilidades,
incluindo acessórios e acabamentos.
“Se fôssemos armazenar aqui as peças
de todas essas variáveis precisaríamos
de pelo menos uma outra unidade do
tamanho desta ”, admite Juliano Leite da
Silva, responsável pela área de Logística
Industrial da fábrica de cabinas, uma
das ilhas de São Bernardo do Campo
(SP), onde o seqüenciamento já é uma
realidade.
EDI Diferenciado
A solução encontrada, segundo ele,
foi vincular cada cliente a um diferente
número de chassi através de um código
de seis dígitos, conhecido como “Pop
ID”, que também é informado à cadeia
de fornecimento a cada novo pedido
que chega das concessionárias.
“O seqüenciado permitiu que, dentro
de uma mesma caixa, eu tenha uma peça
totalmente diferente da outra, como se
fossem kits para veículos com ou sem
ar-condicionado, dotados de janela
traseira ou lateral e assim por diante”,
exemplifica Juliano.
O atendimento deste quesito por
parte de fornecedores como a Toro (veja
matéria na página seguinte) demandou
uma solução especial de EDI, desenvolvida
pela Sawluz, através dos documentos
RND 001 e 012, utilizados para o envio
das previsões genéricas de entrega dentro
do mês, e também das programações
semanais, estas sim já de acordo com o
seqüenciamento de montagem, com os
respectivos avisos de embarque sendo
gerados pelos fornecedores a cada nota
fiscal emitida.
“Mas além de introduzir o sistema
é necessário integrá-lo”, afirma Juliano,
aludindo à imprescindível adaptação
dos softwares corporativos.
Os resultados obtidos até aqui animam Almir Gonsalez, da Administração
de Materiais, a planejar ampliações na
quantidade de itens da cabina fornecidos
seqüencialmente. “Em janeiro próximo
deverá ser a vez dos retrovisores e os
tapetes, possivelmente, não passam de
meados de 2005”, prevê.
Na sua opinião, não é apenas a
montadora que tem a ganhar com o
crescimento dessa tendência dentro
das fábricas, pois as autopeças também
reduzem seus estoques com isso. “Elas
sabem, no nosso caso, que entregarão
no máximo em três dias tudo aquilo que
produzem ”, justifica Almir, voltando
a falar em futuro ao fazer referência a
um novo modelo de caminhão que está
a caminho, o “Stand 4”. Quando isso
acontecer, algumas pré-montagens das
cabinas deverão ficar a cargo dos fornecedores, implicando, segundo ele, maior
necessidade ainda de seqüenciamento.
Além de atender às diferentes exigências dos
mercados brasileiro e internacional, sistema
viabiliza produção com estoque mínimo
Juliano: peças
acondicionadas como “kits”
SAWLUZ NEWS Nº 01
Almir:
olhando para o futuro
7
Just In Time Até de Idéias
Acompanhar o seqüenciamento na montagem de cabinas exigiu
muito diálogo e entrosamento entre Sawluz, Scania e um dos mais
tradicionais parceiros da montadora
F
ornecedora há mais de 20 anos de revestimentos internos e isolamentos acústicos para cabinas de caminhões, a Toro Indústria e Comércio Ltda. é um exemplo típico de parceiro fortemente envolvido com o
processo de montagem seqüenciada, novidade que alterou rotinas em vários dos seus departamentos.
Diariamente, essa empresa de Diadema (SP) entrega para a Scania quatro carretas de peças observando
em detalhes a seqüência de “Pop ID” recebida nas programações semanais da montadora. Por mais que
isso possa parecer simples, a sintonia fina do processo requereu quase dois anos de negociações e uma
fase piloto de nove meses, recém-concluída.
Segundo o diretor Comercial da empresa, Marco Aurélio Picolo, foi um grande desafio acompanhar,
lado-a-lado, todo o pioneirismo da Scania ao introduzir um sistema, já dominado pelo segmento automotivo de uma forma geral, mas que ainda era inédito na área na montagem de caminhões. “Num projeto
desses, você sai da categoria de fornecedor puro e simples e passa a ser cúmplice do seu cliente”, diz ele,
tentando sintetizar o estreitamento de relações proporcionado pela mudança.
O afinamento muito grande na comunicação, para atender a montadora diante de eventuais mudanças de programas, está entre os maiores desafios enfrentados pela Toro. “Nosso
tempo de reação é curtíssimo, caso haja qualquer tipo de problema em qualquer etapa da
produção ”, frisa Marco Aurélio.
Mas ele também identifica no sequenciamento uma oportunidade excelente para o
aprimoramento de processos internos, já que é necessário tornar tudo mais rápido e o
menos suscetível possível a erros. Isso engloba desde adaptações no EDI até a mudança
de procedimentos no chão-de-fábrica, com a introdução de cortes com jato d’água
quando o tecido já está colado na armação dos revestimentos.
Confira, a seguir, outros depoimentos dos profissionais da Toro sobre essa
nova fase em sua parceria histórica com a Scania.
Marco Aurélio Picolo:
cumplicidade total
Gregório Costa Filho, gerente de Contas: “O projeto já existia para bancos de automóveis
há muitos anos, mas é pioneiro no mercado de caminhões. Está sendo um desafio pra
gente. Esse novo formato de fornecimento é exatamente o mesmo adotado pela Scania
na Suécia e nós entendemos que seja uma tendência de mercado que logo será seguida
pelas demais montadoras da área”.
Sônia Regina Moreno, supervisora de Informática: “Nós recebemos a programação através
de EDI e emitimos relatórios da mesma forma que a montadora vai sequenciar a produção.
Ou seja, quando a Logística recebe esse documento, já sabe exatamente em que seqüência
e quais tipos de veículos serão montados pela Scania”.
Marcus Vinícius Pereira Lima, engenheiro: “No EDI estão cadastradas as estruturas e os
códigos Toro. Quando surgem novas estruturas, nós executamos o cadastro, as documentações de processo e o auxílio visual para a produção saber exatamente o que deve ser
feito. Antes de chegar nesse ponto, nossa Engenharia definiu com a Sawluz tudo que seria
possível para aprimorar a logística em cada processo”.
Wagner Café da Silva, gestor de Logística: “Quando a Scania trabalhava com estoque
você tinha uma margem de erro, que agora não existe mais. Até por isso o começo foi
muito atribulado, mas agora tudo está andando bem melhor. Sincronizar as furações dos
revestimentos com o tempo das entregas foi uma das maiores dificuldades, mas hoje já
estamos três dias na frente”.
8
SAWLUZ NEWS Nº 01
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SawluzNET