ESTUDO DA DISSOLUÇÃO DESCONTIMUA DE OXIDOS DE URANIO L U I Z A n t o n i o Oliveira B u e n o , Bertha F l o h e J A d r o a U o de Araújo P U B L I C A Ç Ã O l E A 523 lEA Pub 523 DEZEMBRO/1978 1 CONSELHO DELIBERATIVO MEMBROS Klaus Reinach — Presidente Roberto D Utra V a z Helcio Modesto da Costa Ivano Humbert Marchesi A d m a r Cervellinl PARTICIPANTES Regina Elisabete A z e v e d o Beretta Flávio Gori SUPERINTENDENTE Rómulo Ribeiro Pieroni L P U B L I C A Ç / C O l E A 523 lEA Pub DEZEMBRO/1978 523 ESTUDO DA DISSOLUÇÃO DESCONTIMUA DE OXIDOS DE L U I Z A n t o n i o Oliveira Bueno J Bertha F l o h e AdroaidodeAraüJo CENTRO DE ENGENHARIA QUÍMICA CEO AUT 076 INSTITUTO DE ENERGIA ATÔMICA SAO P A U L O - B R A S I L URANIO Série P U B L I C A Ç A O l E A I N I S Catégoriel a n d Descriptors B16 Uranium dioxide F u e l pellets Dissolution Nota A redaçfo ortografia e ooncaitoi ifo de refooniabllIdada doi autoroi. ESTUDO DA DISSOLUÇÃO DESCONTHSIUA DE OXIDOS DE URANIO L u » A n t o n i o Oliveira Bueno Bertha F l o h e J A d r o a l d o de A r a ú j o RESUMO Estudou-se a dissolução de óxidos de uranio (UOj e UsOg) c o m HNOa visándose a coleta de dados experimentais para elaboração e implantação desta fase n o fluxograma de processo para o tratamento de combustíveis ou materiais irradiados. Simulou se a fase de dissolução d o fluxograma utilizando-se p6s e pastiliías de óxidos nSo irradiados. Os experimentos f o r a m realizados à temperatura ambiente e à temperatura de ebulição da solução nítrica com concentrações de I - I N O 3 variando de 1 a 12M e m condições estequiométricas e c o m excesso de ácido (100 a 300%) Os resultados mostraram que c o m H N O 3 6 M dissolvenvse lOg de UO2 o u de UaOg n u m tempo de lOs e 50s respectivamente à temperatura de ebulição Nestas mesmas condições, pastilhas compactas são dissolvidas e m 29mir« (UjOg = 5 g ) e 330 m m (UOj = 2 0 g ) I - INTRODUÇÃO Para a elaboração de f l u x o g r a m a s de processos c o n t í n u o s n o r m a l m e n t e se u t i l i z a m os dados obtidos e m operações descontínuas desenvolvidas a f i m de se conhecer o c o m p o r t a m e n t o das variáveis dos sistemas A s s i m sendo neste trabalho procurou-se simular a fase de dissolução de c o m b u s t í v e i s o u materiais irradiados c o m o objetivo de se acumular dados que p e r m i t a m o estabelecimento d o processo para o t r a t a m e n t o d o u r â n i o irradiado T o d o s os exjjerimentos f o r a m realizados c o m pastilhas n ã o irradiadas de ó x i d o s de urânio O processo de dissolução pode ser elaborado considerando-se a dissolução d o e l e m e n t o combustível o u somente d o c o m b u s t í v e l sem os resvestimentos E m geral dá-se preferencia ao segundo procedimento c o m exceção dos casos e m que o c o m b u s t í v e l é c o n s t i t u í d o p o r placas de ligas urânio-alumínio o n d e se f a z a dissolução total porque o a l u m í n i o irá favorecer a separação d o « actinfdios |3or extração c o m solventes. P a r a ó x i d o s d e u r â n i o u s a m se ácidos minerais c o m o agentes de dissolução mais especificamente o ácido n í t r i c o por sua eficiência e especialmente por ser o m e i o e m que se desenvolve a separação dos actinídios. Diversos pesquisadores'^ 6 7 1 1 ) estudado a dissolução de ó x i d o s de urânio E n t r e t a n t o é problemática a elaboração de u m q u a d r o característico d o desempenho d o s ó x i d o s Esta dificuldade advém d o relacionamento existente entre o processo de fabricação d o material d e partida e a dissolução propriamente dita Isto acontece, m e s m o nos casos o n d e os materiais são o r i u n d o s da mesma batelada A l g u n s Aspectos S o b r e o Mecanismo de Dissolução A s reações de dissolução caracterizam-se peÍQ ataque rápido d o ácida <i pastilha seguindo-se u m p e r í o d o o n d e a velocidade d i m i n u i acentuadamente 0 f e n ô m e n o ê b e m visualizado q u a n d o se observa a Aprovada para pubilcação e m Dazembro/197& diferença entre os valores de velocidade inicial da reação e aqueles d a velocidade média d a r e a ç ã o ' ^ ^ ^ ' Obtém-se u m aumento na velocidade q u a n d o se a u m e n t a m a temperatura e a concentração d o ácido nítrico" A densidade da pastiliia é t a m b é m u m a variável importante o c o r r e n d o u m decréscimo na velocidade á medida e m q u e a densidade a u m e n t a ' ^ ^ H á diferenças na velocidade d e reação c o n f o r m e a pastilha seja o u não irradiada havendo u m decréscimo na velocidade das dissoluções de materiais irradiados. Alguns produtos intermediarios da dissolução ( N O NO2 e HNO2) d e v e m ser considerados. N o caso d e ácido d i l u í d o tem-se principalmente N O c o m o p r o d u t o Utilizando-se ácido concentrado o principal p r o d u t o é NO2 O N O f o r m a d o é o x i d a d o jara ação d o H N O a o u pelo o x i g ê n i o dissolvido, passando a NO2 Este p o r sua v e z dissotve-se e m água d a n d o origem a HNO2 e H N O a Considerando a participação d o NO2 e d o HNO2 na redução de HNO3, observa-se q u e o efeito d o NO2 é insignificante tendo-se verificado q u e e m soluções nítricas o (HNO2) » (N02)'^* S h a b b i r ' ^ * considera -o HNO2 c o m o autO'Catalizador mais provável A p ó s a dissolução o urânio encontra-se n o estado d e oxidação ( V I ) na f o r m a d e f o n uranilo (UO2**) hidratado A s reações globais d e dissolução d o U a O g e U 0 2 ' ^ ' são as seguintes U a O g + S H N O a "* 3U02 (N0a)2 (aq) + 2NO2 + 4H2O UO2 + 4HNO3 A H = - 4 1 , 4 Kcal UO2 (N03)2 + 2NO2 + 2H2O N o s casos de os ' o f f gases' serem oxidados e absorvidos e. ainda reciclados c o n t i n u a m e n t e para o dtssolvedor na f o r m a de HNO3 a equação pode ser representada'^ por UO2 + 2HNO3 + O 5 O2 -»• UO2 mOah * iHjíO ou UO2 + 3HNO3 + O25O2 U O j (N03)2 + NO2 + v 1 5 H 2 O N a recuperação d o HNO3 desenvolvenvse as seguintes reações*^' 2 N O + O2 -* 2NO2 + H2O 3HNO2 à NO2 HNO2 + HNO3 -»• H N O j + 2N0 + H2O Na ausência d e o x i g ê n i o as reações mais prováveis s ã o ' ^ ' fase de equilíbrio heterogêneo UO2 + 4H* U * * + 2H2O fase d o equilíbrio e m fase aquosa U * * + H2O U O H ' * + H* fase d e 0x1 redução U O H ^ * + N O 3 - ^ UO2* + H * + NO2 fase de desproporcionamento d o NO2 2NO2 + H2O N O 3 - + H * + HNO2 fase de propagação da oxi-redução U O H ^ * + HNO2 II - P A R T E UO2* + 2 H * + N O EXPERIMENTAL Arranjo Experimental T o d o s os e x p e r i m e n t o s realizaram-se c o m o m e s m o arranjo experimental m o s t r a d o na F i g u r a 1 Reagentes UO2 - p6 - g r a n u l o m e t n a 100 mesh o b t i d o p o r redução c o m hidrogênio proveniente d o C e n t r o de Metalurgia Nuclear p o r 30 m i n u t o s , a T B O ' C , U3O8 - p õ - g r a n u l o m e t n a 65 mesh o b t i d o p o r calcinação a 750°C durante 9 horas proveniente d o C e n t r o de Metalurgia Nuclear UO2 - pastilha — proveniente d o C e n t r o de Metalurgia Nuclear p o r coi[npactação segundo as s e g u i n g características esforço temperatura tempo compressão 16 t 750'C 4 horas 2160 k g / c m * densidade 9 806 g / c m ^ U3O8 - pastilha - proveniente d o C e n t r o de Metalurgia Nuclear esforço temperatura tempo compressão 251 1000°C 14 horas 2650 k g / c m ' densidade 7 09 g/cm^ compactadas nas seguintes condições Figiml - Esquema d o A r r a n j o E x p e r i m e n t a l para Dissoluçéío de Ó x i d o s de U r â n i o Método Analítico A s concentrações de urânio f o r a m determinadas pelo m é t o d o potenciométrico do titulação d o ácido liberado na formação de p e r ó x i d o de uranio O m é t o d o analítico baseía-se na reação (3) onde o ácido livre é titulado alcalimetricamente' Procedimento Os e x p e r i m e n t o s desenvolveram se a temperatura a m b i e n t e ( ^ 2 5 ° C ) e a temperatura de ebulição (=:100°C) Nas dissoluções dos ó x i d o s sob a f o r m a de pos usaram se massas constantes de 10 g enquanto que as pastilhas tiveram massas de 5 a 20 g A s concentrações de ácido n í t r i c o variaram de 1 a 14M usando se volumes estequiometricos e em excesso de 100 a 300% N a dissolução dos ó x i d o s sob a f o r m a de pos empregou-se agitação magnética III - RESULTADOS Para a caracterização da fase de dissolução dos ó x i d o s de uranio estudaram se as variáveis — concentração e estequiometria d o ácido n í t r i c o temperatura e t e m p o de dissolução A seguir observaranrvse os resultados inicialmente para os pos e e m seguida pastilhas compactadas. Influência da C o n c e n t r a ç ã o e Quantidade de HNO3 e m F u n ^ o d o T e m p o de Dissolução de Pos d e UO2 eUaOg T o d o s os experimentos f o r a m realizados c o m soluções de HNO3 variando de 1 a 14M à temperatura ambiente e ebulição (=; 100°C) usando-se quantidades estequiométricas e excessos d e 100 a 300% ÍHNO3/U A s Tabelas I II e III mostram os resultados notando-se que à temperatura de ebulição a velocidade de dissolução aumenta Observa se igualmente que u m excesso de ácido não altera o t e m p o de dissolução dos pos de UO2 à temperatura ambiente Q u a n t o à copcentração d o ácido yerifica se que açima de 6M o t e m p o para dissolução é constante nas dissoluções de UO2 desenvolvidas temperatura 100°C Para os pos de U s O g nota se c o m o n o caso d o UO2 que a temperatura favorece a dissolução enquanto que o excesso de ácido não interfere c o m os níveis de dissolução O t e m p o d e dissolução á praticamente inalterado nos casos de concentrações d e HNO3 acima de 4 M Para ácidos 1 e 2M c o m quantidades estequiométricas notou-se que as soluções resultantes m o s t r a r a m a presença de u r â n i o - I V Pastilhas de U s O g a) — Dissolução à temperatura ambiente E m temperatura ambiente a velocidade de dissolução de pastilhas de U3O8 é e x t r e m a m e n t e lenta Para tanto estabeleceu-se u m limite de 50 horas após as quais f ê z se a determinação da porcentagem de urânio dissolvido E m todos os casos usou-se u m excesso de 300% de ácido n í t r i c o Tabela I T e m p o de Dissolução d e Pós d e U O i e U s O g Variação da Concentração e Quantidade de H N O s T e m p e r a t u r a A m b i e n t e Massa dos Pós 10 g CONCENTRAÇÃO DE HNO3 ( M ) QUANTIDADE DE HNOs (excesso e m % ) l esteq 100 200 300 2 esteq 100 200 300 4 esteq 100 200 300 esteq 6 100 2fiP 300 R e n d i m e n t o d e Dissolução ( m i n ) UsOg UO2 •420 •420 •420 •420 210 370 •420 •420 •420 50 75 105 120 •420 •420 •42q M2P •420 207 155 40 17 18 18 18 50 75 90 8 7 7 7 25 3,5 esteq 100 200 300 2? pptação 11 11 11 IP 10 esteq 100 200 300 12 esteq 100 200 300 pptação 6,5 65 07 0.7 0.7 0.7 esteq 100 200 300 pptação 4 4 4 0.7 0.7 0.7 0.7 8 14 ( * ) - V a l o r estabelecido por não haver dissolução completa 23 30 22 3.0 7.0 1 5 1.5 1.5 Tabela I I R e n d i m e n t o de Dissolução e m Pós de UO2 Temperatura Ambiente CONCENTRAÇÃO DE H N O s (M) QUANTIDADE DE HNOs (excesso e m % ) esteq 1 ¿ R e n d i m e n t o de Dissolução (%) UsOs UOi 66 6 1000 100 642 1000 200 33,0 143 300 301 81 esteq 96,2 1000 100 965 100,0 200 98,2 100,0 300 98,8 100,0 esteq 94,7 100,0 97 7 1000 100 3 e U s O g T e m p o de Reação 420 m m Massa dos Pós 10 g 200 100,0 100,0 300 100,0 100X) Tabela III T e m p o d e Dissolução de Pós de UO2 e U j O g Variação da Concentração e Quantidade de H N O g T e m p e r a t u r a d e Ebulição (=:100°C) Massa dos Pós 10 g CONCENTRAÇÃO DE HNOs (M) QUANTIDADE D E HNO3 (excesso e m % ) R e n d i m e n t o d e Dissolução ( m i n ) UsOs UO, 1 esteq 100 200 300 150 100 50 50 50 40 35 35 2 esteq 100 200 300 80 45 3,0 30 35 20 1 5 1 5 4 esteq 100 200 300 30 1 5 1 5 1 5 1 5 06 05 05 6 esteq 100 200 300 1 0 08 08 08 05 03 03 03 esteq 200 300 Q3 03 03 0,3 10 esteq 100 200 300 02 02 02 02 0.2 02 02 0.2 12 esteq 100 200 300 02 0.2 02 0.2 02 0.2 02 0.2 14 esteq 100 200 300 0.2 02 02 02 0.2 0.2 02 0.2 8 02 0.2 P2 a? sobre a quantidade estequiométrica utilizando-se injeçSo de ar e de nitrogênio para se p r o m o v e r a agitação n ã o h a v e n d o nestas condições influência sobre o t e m p o de dissolução caso a atmosfera seja o x i d a n t e o u inerte A T a b e l a I V mostra os resultados Tabela I V Dissolução de Pastilhas de U j O g Influencia da Concentração de A c i d o N í t r i c o T e m p e r a t u r a A m b i e n t e T e m p o 50 horas Massa 5 g CONCENTRAÇÃO RENDIMENTO DE DE HNO3(M) D I S S O L U Ç Ã O (%) 1 2 4 6 8 10 12 14 72 47 0 89 0 89 3 931 93 0 94 2 941 b) — Dissolução à temperatura de ebulição Neste caso além da variação da concentração de ácido n í t r i c o estudou-se a influência da relação HNO3/U3O8 N a T a b e l a V tem-se os resultados Vê-se c o m o nos casos já estudados q u e o excesso de ácido não influencia o t e m p o de reação notando-se apenas uma leve redução d o u r â n i o nas soluções obtidas c o m quantidade estequtométrica de ácido N a Figura 2 tem-se a c u r v a representativa da influência da concentração d o ácido e m f u n ç ã o do t e m p o de dissolução de pastilhas de U s O g Utilizou-se HNO3 100% e m excesso sohre o estequiométrico à temperatura de ebulição Pastilhas d e UO2 a) — Dissolução â temperatura ambiente Considerando-se os resultados obtidos na dissolução de pastilhas de U s O g estabeleoeu-se o mesmo t e m p o para a verificação d o c o m p o r t a m e n t o da dissolução á temperatura ambiente o u seja 50 horas. Neste t e m p o f o i estudada a influência da concentração de ácido n í t r i c o usando-se u m a quantidade de ácido correspondente a 300% de excesso sobre o valor estequiométrico e ainda usando-se injeção d e ar N a T a b e l a V I tenvse os resultados. b) - Dissolução à temperatura de ebulição A Tabela V I I e F i g u r a 3, m o s t r a m os valores obtidos na dissolução de pastilhas de UO3 à temperatura de ebulição e m f u n ç ã o d o t e m p o concentração e quantidade de H N O s Para as 10 Tabela V Influência da Concentração e Quantidade de H N O 3 na Dissolução d e Pastilhas de U s O g CONCENTRAÇÃO 1 2 4 6 8 10 12 14 5g T e m p e r a t u r a de Ebulição QUANTIDADE DE DE HNOs Massa (M) HNOs % =Í100°C TEMPO DE DISSOLUÇÃO (mm) esteq 140 100 120 200 120 300 120 esteq 66 100 68 200 66 300 67 esteq 43 100 42 200 43 300 43 esteq 29 100 28 200 26 300 28 esteq 22 100 22 200 22 300 23 esteq 15 100 16 200 16 300 15 esteq 18 100 14 200 13 300 14 esteq 29 100 12 200 11 300 12 11 140 I20 TEMPERATURA 100 o t< o. DE E B U L I p A O ( a < I O O * C ) HNO- « 1 0 0 % DE EXCESSO SOBRE QUANTIDADE ESTEQUIOMETRICA A BO MASSA! 9g 3 o v> m 60 5 o 40 o a. Z tu »- 20 ir •t •t CONCENTRApXO Figura 2 - DE i r HNO3 (M) T e m p o de Dissolução de Pastilhas de U a O g e m F u n ç ã o da Concentração de HNO9 Tabela V I Dados de Dissolução de Pastilhas de UO2 a T e m p e r a t i t f a A m b i e m e . Influência da Concentração de H N O s e m F u n ç ã o da Porcentagem de Urânio Dissolvido T e m p o de Dissolução 50 horas Excesso de 300% de H N O s Sobre o Estequiométrico CONCENTRAÇÃO D E H N O s (M) RENDIMENTO DE D I S S O L U Ç Ã O (%) 1 2 4 6 8 10 12 14 30 73 187 30 3 43 6 602 67 0 69 8 12 Tabela V I I Variação d o T e m p o de Dissolução^de Pastilhas de UO2 Quantidade de H N O j CONCENTRAÇÃO DE HNO, (M) e m F u n ç ã o da Concentração e Massa 20 g T e m p e r a t u r a de Ebulição =:100°C QUANTIDADE DE HNOs (% excesso) TEMPO DE DISSOLUÇÃO (mm) esteq 420 RENDIMENTO DE DISSOLUÇÃO % 100 420 200 420 300 420 41 38 61 47 esteq 420 34 7 100 420 37 0 200 420 331 300 420 401 esteq 420 65 2 100 420 63 2 200 420 69 7 300 420 62 0 330 335 319 326 100 0 6 esteq 100 200 300 240 8 esteq 100 200 300 1 2 4 10 12 14 100 0 100,9 100.0 239 100 0 100 0 1000 100 0 esteq 100 200 300 125 120 123 123 100 100 100 100 esteq 81 1000 100 75 100 0 200 73 1000 300 80 100 0 esteq 70 1000 100 65 1000 200 72 1000 300 68 1000 250 246 0 0 0 0 14 I 2 I O O O TEMPERATURA OE E B U L I Ç Ã O («lOO^C) 6 < HNO3 EM SOBUE 2 • MASSA> EXCESSO O 100 % ESTEOUlOMETRICO 20« 100 TEMPO Figura 3 - OE 200 DE DISSOLUÇÃO 300 400 (minutos) T e m p o de Dissolução de Pastiliías de U O j e m F u n ç ã o da Concentração de H N O , 14 concentrações 1 2 e 4M estabeleceu-se o t e m p o de 7 horas, após o qual se d e t e r m m o u as porcentagens de uranio na solução Dissolução de Pastilhas de UO2 e U s O g R e n d i m e n t o e Dissolução N o reprocessamento é desejável o menor n ú m e r o de fases possíveis Considerando-se que as soluções obtidas na dissolução serão usadas c o m o alimentação d o sistema de separação dos actinídios por e x t r a ç ã o c o m solventes e que neste sistema a acidez livre das soluções depende d o t i p o de f l u x o g r a m a situa-se entre 2 e 3M estudou-se a variação d o temjjo de dissolução a temperatura de ebulição (£:100°C) e m f u n ç ã o d o r e n d i m e n t o de dissolução representado pelos valores de porcentagem de urânio dissolvido Para U a O g usou se concentrações de HNO3 4 6 e 8 M e para UO2 8 10 e 12M A s soluções resultantes apresentaram acidez livre variando de 2 8 a 7 8 satisfatoriamente para o ajuste da concentração e alimentação d o sistema de extração c o m solventes. E m todos os e x p e r i m e n t o s usou-se uma quantidade de HNO3 correspondente a 100% sobre o valor estequiométrico e as operaçõs se desenvolveram na ausência de agitação A s Figuras 4 e 5 representam as curvas resultantes dos experimentos. IV - DISCUSSÃO E CONCLUSÕES Dos experimentos realizados observou-se que para pôs o t e m p o de dissolução é m e n o r para o UO2 e m relação ao U s O g seja a temperatura ambiente seja à ebulição Notou-se q u e à ebulição a concentração de ácido n í t r i c o pode ser inferior àquela usada à temperatura ambiente obtendo-se o mesmo r e n d i m e n t o Para massas iguais o UO2 dissolve-se à temperatura ambiente e m u m t e m p o de 31,5 minutos c o m HNO3 10M e à ebulição neste t e m p o necessita-se de u m HNO3 1M Os estudos referentes ao excesso de ácido mostraram que os valores jDermanecem praticamente inalterados seja e m quantidades estequiométricas seja c o m excesso de 300% E m alguns casos, entretanto o excesso deve existir por uma questão puramente de arranjo pois volumes pequenos são insuficientes para cobrir a massa d o p6 E m relação às pastilhas verif icou-se que são necessários tempos mais longos para a dissolução principalmente d e v i d o à diminuição da superfície de ataquç, O t e m p o para a dissolução d ^ pastilhas coqipactadas d e U s O g é inferior ao necessário à dissolução d ^ pastilha^ compactadas dç UO2 possivelmente d e v i d o à diferença de esforços usados na compactação das amostras. Ç o n ^ MNPi ^ a ipi)^ obténvse condições satisfatórias de t e m p o à temperatura d e ebulição, obtendo-se soluções finais que p e r m i t e m c o m facilidade u m ajuste d e concentração necessário às alimentações d o sistema de separação dos actinídios p o r extração c o m T B P Observou-se que e m concentrações elevadas de H N O s e temperatura de ebulição, o ataque é extremamente intenso e x i g i n d o u m sistema jjerfeito para a captação dos gases de dissolução Verificou-se igualmente, que a dissolução se caracteriza por u m ataque rápido seguido de u m p e r í o d o onde a velocidade de r e a ^ o cai sensivelmente Este f e n ô m e n o ralaciona-se provavelmente aos produtos intermediários de reação c o m velocidades de reação mais lentas. —I— 100 -O - HN03>IOO%OE o SOBRE I< u3 -I O A EXCESSO QUANTIDADE ES- TEQUIOMETRICA TEMPERATURA « DE EBULIÇÃO «lOO^O 30 39 MASSA > 9 « O : A O ' 10 15 TCMPO Figura 4 - 20 ' HNO3 4M HNO, 6M HNO3 8M 29 ( miNMto* ) R a n d i m e n t o de Dissolução de Pastilhas de U s O e 01 Ul Z O Iz Õ M «S o o o 40 100 Figura 5 - 60 100 HNO3 HNO3 ( ninutes) 120 = = HNO3 140 lOM 8 M 12 M 20 g de Dissolução de Pastilhas de U O j TEMPO l^dimento 80 A • O : MASSA> EXCESSO / SOBRE 160 180 E B U L l Ç À 0 ( ^ IOtí°C ) ESTEQUIOMETRICA DE EM QUANTIDADE TEMPERATURA A H N O 3 ' 100 % -o- 200 17 ABSTRACT Dissolution studies of UO2 a n d U3O8, particles and pellets in nitric acid were carried out t o f i n d tlie best flowsheet conditions f o r treatment o f irradiated materials. A l l experiments were accomplished w i t h unirradiated oxides at r o o m and boiling point temperature o f the nitric acid solutions the acid molarity ranging f r o m 1 u p t o 12M in stoichiometric and 100 vvt% u p 300% excess conditions T h e U O j (10 g) and U a O g (10 g) are easily dissoh/ed (10 and 50s) respectively at boiling point o f 6 M nitric acid solution A t the same conditions compacted pellets are dissolved in 29 m m (UaOg = 5 g ) and m 330 m m (UO2 = 2 0 g ) V - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 BARENDREGT T J & COMPRIMO N V FOR ATOMENERGI Reprocessing course organized - 1st September 2 Fuel dissolving and off gas treatment In INSTHUT of fuel from preseik by the Netheríand s-Norwegian and future power Reactor School at reactors Norway advanced 21st August 1967 Kjeller Is d I p 74-86 (KR126) BLAINE, A T Dissolution of power reactor fuel ores. 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