Seminário Internacional GESTÃO DE RISCOS AMBIENTAIS NO SETOR DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS Lucia Maria de Araujo Lima Gaudencio Coordenadora de Meio Ambiente Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis São Paulo – Novembro/2010 Evolução institucional do setor de óleo e gás no Brasil Novo marco regulatório Emenda constitucional nº 9/95 – Fim do monopólio Lei nº 9.478/97 – Criação da ANP & CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) Implementação da ANP 1995 1997 1998 Contratos de concessão Assinados com a Petrobras (Rodada Zero) 1999 2000 2001 Autossuficiência Descoberta do Pré-sal 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Cenário atual (2009) Reservas provadas(*) Óleo – ~13 bilhões bbl Gás – ~366 bilhões m3 (*) sem as reservas do pré-sal Produção Óleo e LGN – 2,03 milhões bbl/dia Gás – 57,9 milhões m3/dia Balanço importação/exportação Empresas Óleo – 132,5 mil bbl/dia Gás – 23,5 milhões m3/dia 39 nacionais 38 estrangeiras Bacias Sedimentares Brasileiras 38 bacias sedimentares 29 bacias principais 7,5 milhões km2 5,0 milhões km2 – onshore 2,5 milhões km2 – offshore Situação Atual Contratos Fase de exploração 383 blocos exploratórios Fase de Desenvolvimento / Produção 372 campos Bacia de Campos ROUND 0 1 2 3 4 A bacia de Campos responde por 83% da produção de óleo no Brasil (~ 115.000 km2) 5 6 7 9 Oil fields Wells Os 10 maiores campos (2009) Os 10 maiores campos representam 75% da produção nacional de petróleo Roncador: 353.742 bbl/d Marlim: 312.970 bbl/d Marlim Sul: 190.348 bbl/d Barracuda: 123.276 bbl/d Albacora Leste: 111.193 bbl/d Marlim Leste: 110.736 bbl/d Albacora: 87.424 bbl/d Caratinga: 58.466 bbl/d Espadarte: 55.605 bbl/d Jubarte: 39.764 bbl/d A área do prépré-sal (~2,3% da área das bacias sedimentares brasileiras brasileiras)) 2-ANP-2-RJS 2-ANP-1-RJS Poço seco Poços em perfuração (Abril/2010) Óleo Óleo e gás Gás Área do Polygon Pré-sal (Bill of Law 5.938/2009) Pre-Salt Campos em desenvolvimento / produção Rodadas de licitação 0 1 2 3 4 5 6 7 9 Reservas Provadas de Petróleo Bilhões de barris 32 Cerca de 30 bilhões bbl Tupi, Iracema, Iara, Guará, Franco,Jubarte, Cachalote, Baleia Franca 28 24 20 16 12 8 4 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Future Operações Brasileiras Offshore Produção de Óleo - 2009 Produção de Gás Gás-- 2009 9% 29% 91% Offshore Offshore Onshore Onshore 71% Plataformas em Operação Operação:: - Produção Produção:: 138 - Perfuração Perfuração:: 60 Produção de óleo por operador Rodadas de Licitação Lei No 9.478, de 6 de Agosto de 1997 Art. 8º A ANP terá como finalidade promover a regulação, a contratação e a fiscalização das atividades econômicas integrantes da indústria do petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis, cabendo-lhe: IX - fazer cumprir as boas práticas de conservação e uso racional do petróleo, gás natural, seus derivados e biocombustíveis e de preservação do meio ambiente. Resolução CNPE nº 08/2003 Conselho Nacional de Política Energética Art. 2°. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP, deverá, na implementação da política nacional de petróleo e gás natural, observar as seguintes diretrizes: Inciso V - Selecionar áreas para licitação, adotando eventuais exclusões por restrições ambientais, sustentadas em manifestação conjunta da ANP, do Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais e do Meio Ambiente (IBAMA) e de Órgãos Ambientais Estaduais. Agentes Envolvidos ANP Seleção e Classificação de Blocos Concessão de Blocos ÓRGÃOS AMBIENTAIS Divulgação Diretrizes Ambientais EMPRESAS Licenciamento Fiscalização Modelo de Licitação de Blocos Exploratórios Modelo de Concessão • Bacias – subdivididas em regiões distintas: Setores • Setor – subdividido em unidades menores: Blocos • Blocos – todos os blocos em determinado setor colocados em licitação – empresas montam seus alvos a partir das unidades básicas de cada bacia Exemplo de Mapa para análise ambiental Bacia Terrestre Exemplo de exclusão de Blocos por restrição ambiental PARNA Lençóis Maranhenses, APA Foz Rio Preguiças, Pequenos Lençóis e Zonas de Amortecimento P .E . M a rinho do P a rc e l de M a nue l Luis B a c ia d e B a rre irin h a s Blocos ofertados P .E c . La goa do J a ns e n P .E . Ita pira c ó P .N . Le nç ois M a ra nhe ns e s .P .A . R e giã o de M a r a ca nã P .E . do B a c anga A .P .A . Upa on-A çu/ M ir itiba / A lto P r e guiça s S ã o L u is A .P .A . Upa on-A çu/ M ir itiba / A lto P r e guiça s 0 25 50 75 k m A .P .A . F oz do R. P r e guiça s, P e que no L e nçois e Re giã o L a guna r A dj a ce nte B a c ia d o C e a rá Diretrizes de Exploração, Produção e Transporte de Óleo e Gás na Amazônia •Realização de Seminário com a participação de especialistas em florestas, representantes dos OEMAs, IBAMA, ICMBio, MMA, MME e empresas •Apresentação de Experiência de empresas na Amazônia e em outras florestas tropicais úmidas •Formação de Grupos de Trabalho •Documento Final com as Diretrizes – Gerais e Específicas Podem ser acessadas na internet: www.anp.gov.br/meioambiente Resolução ANP nº 43/2007 – Sistema de Gestão de Segurança Operacional-SGSO •Marco regulatório para a segurança offshore •Modelo com base em objetivos e performance •Poucos requerimentos prescritivos restritiva à inovação tecnológica Favorece a abordagem não •São definidos requisitos mínimos para: Integridade mecânica, Avaliação de riscos, seleção de contratadas, Auditorias internas, investigação de incidentes, Gerenciamento de mudanças, Práticas de trabalho seguro, etc. •A Agência Reguladora brasileira participa do IRF (International Regulators Forum), juntamente com o Canadá, EUA, Noruega, Holanda, UK, Austrália e Nova Zelândia Resolução ANP nº 43/2007 – SGSO – 17 práticas de gestão Instalações e Tecnologia Liderança, Pessoal e Gestão 1: 2: 3: 4: 5: 6: 7: 8: 9: Cultura de Segurança, Compromisso e Responsabilidade Gerencial Envolvimento do Pessoal Qualificação, Treinamento e Desempenho do Pessoal O ambiente de trabalho e fatores humanos Seleção, Controle e Gerenciamento de Contratadas Monitoramento e Melhoria Contínua do Desempenho Auditorias Gestão da Documentação e Informação Investigação de incidentes 10: 11: 12: 13: 14: Projeto, Construção, Instalação e Desativação Elementos Críticos de Segurança Operacional Identificação e Análise de Riscos Integridade Mecânica Planejamento e Gerenciamento de Grandes Emergências Práticas Operacionais 15: 16: 17: Procedimentos Operacionais Gerenciamento de Mudanças Práticas de Trabalho Seguro e Procedimentos de Controle em Atividades Especiais Resolução ANP nº 43/2007 – Sistema de Gestão de Segurança Operacional-SGSO Metodologia de Verificação da ANP Documentação de Segurança Operacional - DSO Descrição da Unidade Marítima (DUM) Relatório de Informações do Concessionário (RIC), relativas ao projeto Matriz de Correlação (MC) Perfuração - 90 dias de antecedência da data prevista para o início da atividade; Produção - 180 dias antes do posicionamento da Instalação na locação definitiva Auditorias a bordo Ações impositivas Auditorias do SGSO Auditorias do SGSO 2009 2010 Produção 4 33 Perfuração 2 23 Total 6 56 Interdições Recentes P-27 - Identificação e Análise de Riscos (PG12) e Integridade Mecânica (PG13); P-33 - Identificação e Análise de Riscos (PG12) e Integridade Mecânica (PG13); P-35 - Identificação e Análise de Riscos (PG12); Interdições Recentes SS-78 – (Sonda de perfuração) Não dispunha de procedimentos implantados Qualificação, Treinamento e Desempenho do Pessoal (PG3), Fatores Humanos (PG4), Seleção, Controle e Gerenciamento de Contratadas (PG5), Auditorias (PG7), Gestão da Informação e da Documentação (PG8), Elementos Críticos de Segurança Operacional (PG11), Procedimentos Operacionais (PG15), Gerenciamento de Mudanças (PG16). Três dos dez vasos acumuladores de fluidos do BOP estavam indisponíveis A Petrobras estabeleceu um Termo de Compromisso para adequação de todas as suas instalações em um prazo de um ano Acidentes acontecem – Afundamento da P36 em março de 2001 A arquitetura conceitual de resposta a incidentes com vazamento de óleo Moldura legal Agência Reguladora – outorga, permissão e fiscalização das atividades de E&P Órgão Ambiental – concessão da licença ambiental e condicionantes de operação Lei 9.966/2000 • Planos de Emergência Individuais – PEI • Planos de Áreas • Plano Nacional de Contingência – PNC (em construção) Plano de Emergência e Plano de Área PEI • Toda instalação deve ter seu PEI – definição de cenários acidentais, modelagem de dispersão do óleo, dimensionamento da capacidade de resposta para o “pior caso” (recursos próprios ou de terceiros), decorridos 12, 36 e 60 h do vazamento. • O PEI é parte integrante do licenciamento ambiental do empreendimento. Plano de Área • Consolidação dos PEIs, nas áreas de concentração sujeitas ao risco de poluição - elaborado pelos responsáveis pelas instalações • Coordenado pelo órgão ambiental • Deverá garantir a capacidade de resposta definida nos PEIs das instalações, até que estas recuperem plenamente sua capacidade de resposta. A arquitetura efetiva de resposta a incidentes Papel preponderante da Petrobras • PEIs • Planos de Contingência Regionais • Plano de Contingência Corporativo - PCCorp - Nove Centros de Defesa Ambientais – CDAs, 14 embarcações de grande porte dedicadas ao atendimento exclusivo de emergências ambientais, às quais podem se somar outros recursos provenientes de sua frota de mais de 80 aeronaves e 200 embarcações, se necessário; • CDAs equipados com barcos recolhedores, balsas, dispersantes químicos, agentes biorremediadores e até 20 mil metros lineares de barreiras de contenção e absorção de óleo. • Clean Caribbean and Americas -CCA A Estrutura do PNC Autoridade Nacional MMA Comitê Executivo MME, ANP, MT, Portos... Funções • Estabelecer programa de exercícios simulados do PNC; • Organizar, no prazo de 180 dias o Manual do PNC, com procedimentos operacionais Coordenação Coordenação Setorial IBAMA Setorial MB COMISSÃO COORDENADORA Comitê de Suporte (Ministérios, Secretarias, ANP, Órgãos federais, estaduais, municipais...) Comando Unificado Coordenador Operacional Representante da empresa poluidora Representante da ANP A Agência Reguladora e o PNC • Por que a Agência Reguladora tem um papel importante no PNC, a despeito da separação legal entre outorga e licenciamento ambiental? • À ANP cabe também a adoção das melhores práticas da indústria e a preservação do meio ambiente; • A garantia de atividades seguras e amigáveis em relação ao meio ambiente é fundamental para a continuidade da exploração e produção de óleo e gás; • A experiência da Agência será fundamental para o apoio à adoção de eventuais estratégias de contenção de vazamentos offshore. Ativação do Plano Nacional de Contingência Comunicação do incidente Coordenação Setorial correspondente informada Ações restritas ao PEI e ao Plano de Área NÃO Significância nacional? SIM Acionamento do PNC Designação do Coordenador Operacional Comunicação ao Comitê de Suporte Ativação do Plano Nacional de Contingência Ações restritas ao PEI e ao Plano de Área SIM As ações de resposta são suficientes? NÃO Coordenação Setorial acompanha as ações SIM facilitação e ampliação da capacidade de resposta do poluidor mobilização da estrutura do PNC convocação do Comitê de Suporte As ações adotadas são suficientes? NÃO Coordenador Operacional assume a responsabilidade pelas ações de resposta O Comando Unificado adota as ações necessárias Obrigada, www.anp.gov.br Lucia Maria de Araujo Lima Gaudencio [email protected] (021) 2112 8354