Consumidor O Estado do Maranhão - São Luís, 3 de julho de 2010 - sábado Cresce a oferta de produtos para as dietas de restrição Produtos destinados a consumidores com intolerância a determinados alimentos e que adotam dieta de restrição alimentar, aos poucos, começam a ocupar mais espaços nas prateleiras de supermercados Flora Dolores A os poucos, supermercados e o comércio de alimentos de São Luís estão comercializando produtos para consumidores com restrição alimentar. Com uma tabela de preços maior em relação aos demais produtos, a lista inclui biscoitos, leite, sucos, vitaminas, chocolates, entre outros, de marcas variadas. Consumidores com intolerância à lactose e ao glúten são os que mais procuram estes tipos de produtos e alguns reclamam da falta de seções exclusivas em supermercados e lojas em geral. “Nos supermercados, por exemplo, não há um local exclusivo de produtos sem lactose, já que os itens estão misturados numa prateleira com mercadorias light e diet”, comentou a funcionária pública Selene Gomes Santos. Quem também sente dificuldade para adquirir produtos para dietas de restrição é a pedagoga Regina Silva Pereira, que tem doença celíaca ou intolerância ao glúten. O glúten é encontrado em alimentos derivados do trigo, cevada, centelo, aveia, entre outros, como macarrões, bolachas, biscoitos e cereais. As informações da presença do glúten é obrigatória nas embalagens das mercadorias. Para a consumidora, hoje o mercado já teve um significativo aumento na oferta, principalmente de farinhas especiais. “Antes era até mais difícil. Eu lembro que tinha de comprar quan- Leites e pós alimentícios à base de soja e proteína de cabra são uns dos produtos mais vendidos do viajava para outros locais”, observou a pedagoga. Nos supermercados das redes Carone, Mateus e Maciel, localizados em vários bairros de São Luís, há oferta de produtos como leite, sucos, biscoitos e produtos afins, mas ainda falta seção específica para estes tipos de produtos. Para quem tem intolerância à lactose, no supermercado Carone, localizado no Maranhão Novo, a lata de leite Supra Soy, com 300g, é vendida a R$ 11,99. Outra opção de compra é o leite de soja Ades, que custa R$ 3,62 o litro. O leite e os sucos da marca Sollys também são opções para os consumidores que têm restrição alimentar. Os supermercados ainda dispõem de opções de leite em pó, em pacote de 170g, do tipo Supra Soy, no valor de R$ 2,97. Uma das opções de biscoitos sem lactose é do tipo rosquinhas, também livre de gorduras trans, no valor de R$ 3,45 o pacote. No supermercado Mateus, localizado no Tropical Shopping, o leite tipo Supra Soy, lata com 300g, é vendido a R$ 9,99. Outra marca na prateleira é o leite do tipo Soymix, também indicado para consumidores com intolerância à lactose, cuja lata com 300 gramas custa R$ 16,50. Nas lojas Empório Fribal, localizadas em bairros como Cohama e Calhau, há uma variedade de produtos, com destaque para a linha dos orgânicos, integrais, funcionais, diet e outros elaborados especialmente para quem tem intolerância alimentar ou quer se alimentar de forma mais saudável. Segundo a diretora das lojas Empório Fribal, localizadas na Cohama e Calhau, Elaine Kon- zen, além dos produtos já existentes, a loja também está lançando uma linha própria dos produtos especialmente para quem sofre de intolerância alimentar, totalmente isentos de lactose, açúcares e glúten. A procura por esses produtos, segundo ela, é grande. “Percebemos uma carência no mercado. As pessoas, principalmente as que sofrem de algum tipo de restrição alimentar, ou as que procuram simplesmente uma alimentação mais saudável e equilibrada, tinham de trazer produtos de outros estados. Por isso, a Empório Fribal formatou seu mix com uma maior variedade de produtos, procurando sempre se atualizar com o que há de mais novo nesse mercado”, afirma. A Fribal tem bolos e pães fabricados sem a utilização de leite, produtos especiais para consumidores com intolerância à lactose à venda na padaria das lojas Empório. No setor de alimentos funcionais, o consumidor pode encontrar de produtos orgânicos da marca 'Mãe Terra', como: proteína de soja texturizada (R$ 2,70 o pacote c/ 250g); extrato de soja; macarrão orgânico instantâneo e integral, feijão preto orgânico, entre outros. Dos produtos funcionais, a linhaça é o produto que mais é vendido. Bebidas de arroz, de aveia e de soja, óleo de coco e até ração humana light (R$ 36,90) também estão à venda nas lojas Empório Fribal. 7 Termina a exclusividade em máquinas de cartão SÃO PAULO - Desde quinta-feira, os terminais de pagamento passaram a processar cartões de todas as bandeiras. Com a medida, os lojistas poderão optar por uma única máquina para passar todos os cartões, independentemente da bandeira adotada. A mudança era uma reivindicação dos lojistas, que pagam aluguel das máquinas, além da taxa de desconto das credenciadoras. Em média, cada máquina custa ao lojista cerca de R$ 120,00 mensais. A expectativa é que o fim da exclusividade reduza custos para o varejo e para os consumidores. No mês passado, o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Aldo Mendes, avaliou que o fim da exclusividade entre credenciadores e bandeiras é o melhor caminho para a definição "menos poluída de preços" no mercado de cartões de crédito. "A exclusividade tinha um viés anticompetitivo, era um empecilho da eficiência do setor", afirmou Mendes na ocasião. “Para o comércio, temos uma verdadeira ‘Lei Áurea’ que nos libertará dos grilhões do monopólio que existia nesta indústria de enormes distorções e custos ao setor e ao consumidor brasileiro”, afirmou Roque Pellizzaro Jr., presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). As empresas já vinham se preparando para o fim da exclusividade. Em março, a Redecard anunciou que seus terminais passariam a aceitar os cartões com a bandeira Visa. A Cielo (ex-Visanet) também informou que já estava negociando para poder operar com várias bandeiras de cartões de crédito a partir de julho.