ALERGIAS ALIMENTARES
Postado em 09 fevereiro 2012.
Alimentar uma criança pequena e resistente para comer é difícil em qualquer circunstância. Acrescentem-se
a isso alergias alimentares ou problemas para digerir determinados alimentos, e a tarefa se torna ainda mais
árdua. Há uma diferença entre alergia e intolerância alimentar, um problema bastante inconveniente.
Apresentamos, a seguir, algumas orientações para
distinguir uma da outra e ajudar a lidar com elas.
Tudo sobre alergias alimentares Por: Loraine Stern,
Doutora Alimentar uma criança pequena e
resistente para comer é difícil em qualquer
circunstância. Se somamos as alergias alimentares
ou os problemas para digerir determinados
alimentos, a tarefa se torna ainda mais árdua. Há
uma diferença entre alergia e intolerância alimentar,
um
problema
bastante
inconveniente.
Apresentamos, a seguir, algumas orientações para
distinguir uma da outra e ajudar a lidar com elas.
Alergia alimentar: sintomas e causas
As reações alérgicas ocorrem quando o organismo
começa a produzir anticorpos às proteínas
presentes nos alimentos. Uma reação alérgica
grave, com dificuldade respiratória e até mesmo
colapso e choque, pode colocar a vida em risco. Felizmente, a maioria das reações alérgicas são brandas.
Entre os sintomas estão a urticária, outras erupções cutâneas avermelhadas, diarréia, vômitos, secreção
nasal e problemas respiratórios.
O leite é a causa mais comum de reações alérgicas em crianças pequenas. Cerca de três em cada 100
crianças são alérgicas ao leite de vaca, e quase 95% superam a alergia aos quatro anos. Alergias a nozes,
marisco, amendoim e clara de ovo vêm em segundo lugar. As reações a esses alimentos têm menos
probabilidade de desaparecer quanto mais velha for a criança e podem durar a vida inteira.
Amendoim é outra causa freqüente de reações alérgicas. Na verdade, o amendoim não faz parte da
categoria das nozes ? é um legume como a ervilha. Por isso, crianças alérgicas a amendoim não são
necessariamente alérgicas a amêndoas ou a outros tipos de nozes. Lembre-se de que não se deve dar nozes
a crianças com menos de quatro anos, porque elas ainda não conseguem mastigá-las adequadamente.
Podem, também, inalar pedaços que se alojam no pulmão, com risco de sufocamento.
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Intolerância alimentar: sintomas e causas
A intolerância a determinados alimentos é um problema menos grave, mas causa muitas inconveniências. O
tipo mais comum é intolerância à lactose, a dificuldade de digerir o açúcar natural presente no leite. Gases,
distensão abdominal e diarréia surgem após a ingestão do leite. A intolerância à lactose pode surgir em
qualquer idade, sendo comum nos primeiros anos de vida. Em geral, crianças alérgicas sequer toleram
quantidades mínimas do alimento. Muitos derivados de leite, como iogurte ou queijo, não causam
problemas, pois a lactose presente neles é decomposta durante o processamento. Algumas crianças
desenvolvem sintomas ao ingerir pequenas quantidades de leite. Outras, só em grandes quantidades.
A intolerância ao glúten, chamada doença celíaca (incapacidade de digerir uma proteína encontrada no trigo
– gliadina), pode ser bastante grave. Acredita-se que essa intolerância seja um problema imunológico
hereditário que afeta o intestino. Pode interferir na absorção de diversos nutrientes e provocar problemas de
crescimento, redução no ganho de peso, diarréia ou constipação e irritabilidade. A intolerância ao glúten
pode surgir logo após a introdução de produtos à base de trigo, como cereal ou pão, na alimentação do
bebê.
O que fazer
Se você desconfiar que a criança tem alguma intolerância ou alergia alimentar, converse com o pediatra.
Não faça o diagnóstico sozinha. As alergias alimentares podem enganar. Informe-se sempre sobre o
conteúdo de alimentos processados. Por exemplo, se seu filho for alérgico à caseína, uma proteína do leite,
evite alimentos que contenham caseinato de cálcio ou caseína descritos no rótulo. Se ele for alérgico ao
glúten, atenção! Ele pode estar escondido no extrato de baunilha, na proteína vegetal hidrolisada ou no
ketchup. Talvez você precise consultar o médico ou um nutricionista para ajudar a manter uma alimentação
equilibrada e respeitar as restrições necessárias.
Crianças intolerantes à lactose podem tomar leite e laticínios sem lactose. Se não tolerar derivados do leite,
seu filho precisa ingerir cálcio de outras fontes. Suco de laranja fortificado com cálcio, por exemplo, pode ser
um substituto.
Os responsáveis por seu filho devem estar cientes não apenas da alergia, mas também das medidas que
devem ser tomadas, caso ocorra uma reação alérgica. Seu pediatra lhe informará o que fazer no caso de
uma reação alérgica. Guarde as instruções em casa e as forneça para quem cuidar do seu filho.
Prevenção
O risco de alergia aumenta quando há outros casos de alergia na família. Alimentar com leite materno e
evitar trigo, clara de ovo, frutos do mar e produtos derivados do leite de vaca até o primeiro ano do bebê
podem ajudar muito. Na verdade, o leite materno parece oferecer proteção contra alergia a leite ? outro
motivo para pensar em amamentar por mais tempo, pelo menos um ano, como recomenda a Sociedade
Brasileira de Pediatria, SBP.
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