ERROS COGNITIVOS
 Processamento defeituoso da informação.
 São vieses sistemáticos na forma como indivíduos
interpretam suas experiências.
 Se a situação é avaliada erroneamente, essas distorções
podem levar o indivíduo a conclusões equivocadas.
Flexibilidade Cognitiva
 O objetivo da Terapia Cognitiva é corrigir as
distorções do pensamento, ou seja,
modificar os erros cognitivos, promovendo
maior flexibilidade cognitiva, construindo
pensamentos alternativos mais funcionais,
capazes de gerar uma melhora no estado de
humor no paciente.
 As distorções cognitivas tem intersecções e
sobreposições, por isso o paciente provavelmente
irá apresentar, concomitantemente, mais de uma
distorção numa mesma situação.
 Por ex.: “Se eu chegar atrasado minha mulher vai
se separar de mim. Ela não consegue me
compreender.” (catastrofização e vitimização)
CATASTROFIZAÇÃO
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Pensar que o pior de uma situação vai ocorrer, sem levar em
consideração outros desfechos. Acreditar que esse
acontecimento será terrível e insuportável. Eventos negativos
que podem ocorrer são tratados como catástrofes intoleráveis,
em vez de serem vistos em perspectiva.
“Perder o emprego será o fim da minha carreira”
“Não suportarei a separação da minha mulher”
“Se eu perder o controle será o meu fim”
ABSTRAÇÃO SELETIVA
(filtro mental, filtro negativo ou visão em túnel)
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Um aspecto de uma situação complexa é o foco da atenção,
enquanto outros aspectos relevantes da situação são
ignorados. Uma parte negativa de toda uma situação é
realçada, enquanto todo o restante positivo não é
percebido.
Um homem deprimido com baixa autoestima não recebe um
cartão de boas-festas de um velho amigo.
Ele pensa: "Estou perdendo todos os meus amigos;
ninguém se importa mais comigo". Ele ignora as
evidências de que recebeu cartões de vários outros amigos,
que seu velho amigo tem lhe enviado cartões todos os anos
nos últimos 15 anos, que seu amigo esteve muito ocupado
no ano passado com uma mudança e um novo emprego e
que ele ainda tem bons relacionamentos com outros amigos.
INFERÊNCIA ARBITRÁRIA
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Conclusão a partir de evidências contraditórias ou
na ausência de evidências.
Uma mulher com medo de elevador é solicitada a
prever as chances de um elevador cair com ela
dentro. Ela responde que as chances são de 30%
ou mais de o elevador cair até o chão e ela se
machucar. Muitas pessoas tentaram convencê-la de
que as chances de um acidente catastrófico com um
elevador são desprezíveis.
SUPERGENERALIZAÇÃO
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Conclusão sobre um acontecimento isolado é
estendida de maneira ilógica a outras áreas do
funcionamento.
Um universitário deprimido tira nota B em uma
prova. Ele considera insatisfatório e
supergeneraliza com pensamentos automáticos:
"Estou com problemas nessa aula; estou ficando
para trás em todas as áreas da minha vida; não
consigo fazer nada direito".
MAXIMIZAÇÃO E MINIMIZAÇÃO
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A importância de um atributo, evento ou sensação é
exagerada ou minimizada.
Uma mulher com transtorno de pânico começa a sentir
tonturas durante o início de um ataque de pânico. Ela
pensa: "Vou desmaiar; posso ter um ataque cardíaco
ou um derrame".
“Eu tenho um ótimo emprego, mas todo mundo
tem”.
“Obter notas boas não quer dizer que sou
inteligente, os outros obtêm notas melhores do que
as minhas.”
PERSONALIZAÇÃO
Assumir responsabilidade excessiva ou culpa
por eventos negativos, falhando em ver que
outras pessoas e fatores também estão
envolvidos nos acontecimentos.
 O chefe estava nervoso e de cara feia. “Devo
ter feito algo errado.”
 Separando-se da esposa. “Não consegui
manter meu casamento, ele acabou por
minha causa.”
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PENSAMENTO ABSOLUTISTA
(dicotômico ou do tipo tudo-ou-nada)
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Os julgamentos sobre si mesmo, as experiências pessoais ou com os
outros são separados em duas categorias ( totalmente mau ou
totalmente bom, fracasso total ou sucesso, cheio de defeitos ou
completamente perfeito)
Paulo, um homem com depressão, compara-se com Roberto, um amigo
que parece ter um bom casamento e cujos filhos estão indo bem na
escola. Embora o amigo seja muito feliz em sua casa, sua vida está
longe do ideal. Roberto tem problemas no trabalho, restrições
financeiras e dores físicas, entre outras dificuldades.
Paulo está se envolvendo em pensamento absolutista quando diz para
si mesmo:
"Tudo vai bem para Roberto; para mim nada vai bem".
RACIOCÍNIO EMOCIONAL
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Presumir que sentimentos são fatos. “Sinto, logo existo”.
Pensar que algo é verdadeiro porque tem um sentimento
(na verdade um pensamento) muito forte a respeito. Deixar
os sentimentos guiarem a interpretação da realidade.
Presumir que as reações emocionais refletem a situação
verdadeira.
“Eu sinto que minha mulher não gosta mais de mim.”
“Sinto que meus colegas riem às minhas costas”.
“Sinto que estou tendo um enfarto, então deve ser
verdadeiro.”
“Sinto-me desesperado, então a situação deve ser
desesperadora.”
ADIVINHAÇÃO
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Prever o futuro. Antecipar problemas que
talvez não venham a ocorrer.
Expectativas negativas estabelecidas
como fatos.
“Não irei gostar da viagem.”
 “Ela não aprovará meu trabalho.”
 “Dará tudo errado.”
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LEITURA MENTAL
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Presumir, sem evidências, que sabe o que
os outros estão pensando,
desconsiderando outras hipóteses
possíveis.
“Ela não está gostando da minha
conversa.”
 “Ele está me achando inoportuna.”
 “Ele não gostou do meu projeto.”
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ROTULAÇÃO
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Colocar um rótulo global, rígido em si
mesmo, numa pessoa ou situação, em vez
de rotular a situação ou o comportamento
específico.
“Sou incompetente.”
 “Ele é uma pessoa má.”
 “Ela é burra.”
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DESQUALIFICANDO O POSITIVO
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Experiências positivas e qualidades que entram em
conflito com a visão negativa são desvalorizadas
porque “não contam” ou são triviais.
“O sucesso obtido naquela tarefa não importa,
porque foi fácil.”
“Isso é o que esposas devem fazer, portanto, ela ser
legal comigo não conta.”
“Eles só estão elogiando meu trabalho porque estão
com pena.”
IMPERATIVOS
“deveria” e “tenho que”
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Interpretar eventos em termos de como as coisas deveriam ser,
em vez de simplesmente considerar as coisas como são.
Afirmações absolutistas na tentativa de prover motivação ou
modificar um comportamento. Demandas feitas a si mesmo, aos
outros e ao mundo para evitar as consequências do não
cumprimento dessas demandas.
“Eu tenho que ter controle sobre todas as coisas.”
“Eu devo ser perfeito em tudo que faço.”
“Eu não deveria ter ficado incomodado com meu amigo.”
VITIMIZAÇÃO
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Considerar-se injustiçado ou não entendido. A
fonte dos sentimentos negativos é algo ou alguém,
havendo recusa ou dificuldade de se
responsabilizar pelos próprios sentimentos e
comportamentos.
“Minha esposa não entende meus sentimentos.”
“Faço tudo pelos meus filhos e eles não me
agradecem.”
QUESTIONALIZAÇÃO
(E se?)
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Focar o evento naquilo que poderia ter sido
e não foi. Culpar-se pelas escolhas do
passado e questionar-se por escolhas futuras.
“Se eu tivesse aceitado o outro emprego, estaria
melhor agora.”
“E se o novo emprego não der certo?”
“Se eu não tivesse viajado, isso não teria
acontecido.”
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Ela não aprovará meu trabalho.