Endometriose John Luiz Loureiro Maciel Mariana Cardoso da Silva Definição ◦ Presença de tecido endometrial (glândulas e estroma), em localização extra – uterina, sensível a alterações hormonais. ◦ Sítios ectópicos. ◦ Formas de apresentação. Epidemiologia Diagnóstico: entre 25 e 30 anos. 1% - cirurgias ginecológicas. 1 a 7% - laqueadura tubária. 12 a 32 % - videolaparoscopia para estudo da dor pélvica crônica (idade fértil). ◦ 9 a 50% - videolaparoscopia por infertilidade. ◦ 50% - videolaparoscopia para avaliação de dor pélvica crônica ou dismenorréia (adolescentes). ◦ ◦ ◦ ◦ Fatores de risco: ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ História familiar materna Malformações uterinas Menarca precoce Ciclos menstruais curtos (< 27 d) Duração do fluxo menstrual aumentada Fluxo menstrual aumentado Estenoses cervicais Baixos índices de massa corporal Gestação tardia Nuliparidade Raça branca e asiática Etiologia ◦ Teoria da Implantação ou da Menstruação Retrógrada ou do Transplante ou do Refluxo Menstrual ◦ Teoria Imunológica ◦ Metaplasia Celômica ou Teorias Mullerianas e Serosa ◦ Teoria da Indução ◦ Teoria Iatrogênica ◦ Disseminação Linfática Fisiopatologia ◦ ◦ ◦ ◦ Fatores Fatores Fatores Fatores genéticos imunológicos hormonais ambientais: dioxina Sítios de envolvimento ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ Ovários (65%) Fundo de saco posterior (30 a 34%) Fundo de saco anterior (15 a 35%) Ligamento largo (16 a 35%) Ligamentos uterossacros (28 a 60%) Trompas Colón sigmóide Apêndice Menos comuns: vagina, cérvice, septo retovaginal, ceco, íleo, canal inguinal, cicatrizes abdominais ou peritoneais, ureteres, bexiga e umbigo. Anatomopatologia ◦ Macroscopia: Endometriose peritoneal: Lesões típicas: vermelhas > pretas > brancas (7 a 10 anos) Lesões atípicas 47%: curso evolutivo natural Anatomopatologia ◦ Macroscopia: Endometrioma: Conteúdo líquido espesso e achocolatado cercado de áreas de fibrose. Mais comuns no lado esquerdo. 17 a 44% Anatomopatologia ◦ Microscopia: Glândulas e estroma endometriais com o sem macrófagos repletos de hemossiderina. Classificação Acosta: ◦ Leve = lesões disseminadas superficiais, raros implantes superficiais ovarianos, sem cicatrizes, retrações ou aderências periovarianas ou peritubárias ◦ Moderada = afetando um ou ambos ovários com várias lesões superficiais, com formação de cicatriz ou retração ou pequenos endometriomas, aderências periovarianas mínimas, implantes superficiais nos fundos de saco, algumas aderencias peritoneais ◦ Acentuada = endometriomas > 2cm, aderências espessas com envolvimento ovários, tubas, fundos de saco, intestino, ap. urinário Quadro Clínico ◦ Dismenorréia: Caráter progressivo, difuso, de forte intensidade, que irradia. ◦ Dispareunia: Envolvimento do fundo-de-saco e do septo retovaginal. Quadro Clínico ◦ Dor pélvica crônica: Mais comum em implantes profundos infiltrantes Relação paradoxal ◦ Infertilidade: 20 a 40% Diagnóstico NÃO INVASIVO** INVASIVO* *Padrão ouro: Cirúrgico **Como? Quando? Diagnóstico Não invasivo Queixas Clínica •dor pélvica crônica •Esterilidade •TPM •dismenorréia •irregularidade menstrual •dispareunia •dor à evacuação •diarréia •disúria perimenstrual •polaciúria •urgência miccional •Hematúria Diagnóstico Exame Físico •nódulos e dor em fundo de saco posterior •espessamento do ligamento útero sacro •mobilização uterina dolorosa •massas anexiais •retroversão uterina fixa antes da menstruação Diagnóstico Marcadores dosado no 1º 2º 3º dias do ciclo Menstrual positivo > 100 U/ml. > 50 µg/ml comprometimento intestinal. Diagnóstico USG ◦ pélvico ◦ transvaginal •doença ovariana. •doença profunda. •retrocervical. •septo retovaginal. Diagnóstico *Ecocolonoscopia: suspeita de doença profunda e o USG foi limitado. *Limitação do custo e disponibilidade do método Diagnóstico RMN* USG *doença ovariana. *Limitação:não permitir distinguir as camadas intestinais da lesão propriamente dita Diagnóstico Laparoscopia Diagnóstico Anátomo – patológico Estadiamento Prognóstico Tratamento Padrão ouro •videolaparoscopia • visualização: •Pelve •superfície ovariana •fossa ovárica •fundo de saco de Douglas •ligamentos úterosacros Tratamento objetivo terapêutico buscado? Dores Infertilidade Reincidência Mesmo tratamento? Tratamento DOR antálgico antiinflamatórios pílulas contraceptivas Tratamento antálgico antiinflamatórios INFERTILIDADE pílulas contraceptivas CIRURGIA Tratamento USG (-) CA 125 < 50 U/ml 6 a 12 me contraceptivos hormonais orais combinados de baixa dosagem (levonorgestrel) Fragilidade óssea Tratamento USG (+) e/ou CA 125 > 100 U/ml Cirurgia (diag e TTO) Tratamento Procedimento cirúrgico Histectomia •ressecção •coagulação •vaporização dos focos •lise de aderências Clínica de menopausa Tratamento Doença avançada Cirúrgico e Clínico análogos do GnRH efeitos anti-estrogênicos. 4 a 6 meses controle CA 125, SSA, USG