Concorrentes Nívea Cordeiro 2012 Tarefa da aula anterior…. Esboço da pesquisa com os clientes. Tarefa para a próxima aula…. Esboço da pesquisa com os concorrentes. CCE a) Busca de informações; b) Persistência Vejamos essa cena…. Quem são os seus concorrentes: – – diretos e indiretos? Quais são os seus pontos fortes e fracos? Para tanto, vamos usar a metodologia da análise qualitativa (são priorizados questões subjetivas, não havendo preocupação com um elevado volume de entrevistas, mas com a qualidade e profundidade dos dados obtidos); Buscar entrevistas as pessoas certas (pessoas chave) ou usar da técnica de observação (consiste na observação das práticas dos concorrentes, com o propósito de adotar as suas melhores práticas). Fazer o benchmarking, usando o concorrente como fonte de aprendizado; Busque observar: Estratégias; Métodos operacionais; Volume aproximado de vendas; Número médio de funcionários; Vantagens/desvantagens para o consumidor; Localização, vitrine, principais produtos. Quantificar os concorrentes para determinar a clientela potencial do seu negócio Tamanho da sua clientela potencial = quantidade de consumidores da sua região : número total de concorrentes desta região Isso é importante para projetar seu volume total das receitas; Faça um roteiro; – Determine sua vantagem competitiva (procure observar o que os clientes consideram mais importante). – Exemplo: Empresas Concorrentes Empresa “A” Empresa “B” Empresa “C” Empresa “D” Pontos Fortes Pontos Fracos Métodos Operacionais Metas dos Concorrentes Recursos Financeiros Perfil gerencial Moral da equipe Unanimidade da Gerência Poder de barganha Parcerias Estratégicas Posição no mercado Minha Empresa Concorrente “A” Concorrente “B” Lembre-se que: Ao se lançar no mercado, estabelecendo metas, você levará o concorrente a tomar atitudes (retaliação, inovação etc); Lembre-se que: Você pode ser parceiro do seu concorrente (concorrência entre cavalheiros?); deve ser parceiro do seu fornecedor; Lembre-se que: Você deve procurar saber se seu principal concorrente é líder no mercado; se é agressivo enquanto concorrente; como se baseia a liderança dele. Atribua notas de 0 a 10: Com relação a: Qualidade Preço Conveniência Condições de Pagamento Localização Garantias Oferecidas Imagem/estilo Relação com o Cliente Imagem perante a sociedade Minha empresa Concorrente “A” Concorrente “B” Pense que: Qualidade = inerente ao produto (durabilidade, satisfação das necessidades, comodidade da embalagem, imagem no mercado; cores, tamanhos, embalagem, variedade etc.); Pense que: Preço = qual a importância do preço para o cliente? Qual o seu preço em relação à concorrência? Pense que: Conveniência = localização, facilidade de acesso, horário de funcionamento, entrega em domicílio, teleatendimento, assistência técnica; condições de pagamento, prazos concedidos, descontos praticados, etc.; Pense que: Imagem/estilo = valores agregados (design, status, apresentação do produto); Pense que: Relação com o cliente = carteira de clientes atual, fidelidade dos clientes, atendimento ao cliente (equipe de vendas, assistência técnica, pós-venda); garantias oferecidas; Pense que: Imagem perante a sociedade = impressão dos clientes sobre as empresas com relação ao seu compromisso com o público, questões ambientais, sociais etc. Após o levantamento realizado analise se: Sua empresa poderá competir com as outras que já estão há mais tempo no ramo? O que fará com que as pessoas deixem de ir aos concorrentes para comprar de sua empresa? Há espaço para todos, incluindo você? Se a resposta for sim explique Caso os motivos disso. contrário, que mudanças devem ser feitas para você concorrer em pé de igualdade com essas empresas? Lembre-se: a concorrência também deve ser vista como uma situação favorável. Bons concorrentes servem como parâmetro de comparação e de parceria, além de ser uma fonte de estímulo à melhoria. veja Tente e o que está acontecendo ao redor de sua empresa..... Vejamos o texto a seguir, se isso não acontece com você! Vista cansada Otto Lara Resende Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não-vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio. Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer. Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima idéia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos. Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença. Texto publicado no jornal “Folha de S. Paulo”, edição de 23 de fevereiro de 1992.