ANDERSON JOSÉ ROMANO JOSIANE ALVES GOMES INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NA PRÁTICA EMPRESARIAL Londrina, Pr 2011 ANDERSON JOSÉ ROMANO JOSIANE ALVES GOMES INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NA PRÁTICA EMPRESARIAL Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Recursos Humanos: Gestão de Pessoas e Competências do Centro Universitário Filadélfia – UniFil, sob a orientação do professor: Ms. Silas Barbosa Dias. Londrina, Pr 2011 ANDERSON JOSÉ ROMANO JOSIANE ALVES GOMES INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NA PRÁTICA EMPRESARIAL Monografia apresentada à Banca Examinadora do Curso de Especialização em Recursos Humanos: Gestão de Pessoas e Competências do Centro Universitário Filadélfia – UniFil, para obtenção do título de Especialista. Prof. Ms. Silas Barbosa Dias Orientador Prof. Dra. Damares Biazin Membro da Banca Examinadora Londrina, ______ de _____________ de 2011 Londrina, Pr 2011 Aos nossos pais, mestres e amigos, grandes incentivadores de nossa realização profissional e responsáveis por mais essa conquista em nossas vidas, dedicamos. AGRADECIMENTO A Deus. Ao nosso orientador: Ms. Silas Barbosa Dias. A todos os professores que ministraram brilhantemente as disciplinas do curso. A nossa família e nossos amigos. ROMANO, A. J.; GOMES, J. A. Inteligência Emocional na Prática Empresarial. 2011 – F. Monografia (Especialização em Recursos Humanos – Gestão de Pessoas e Competências). Centro Universitário Filadélfia, UniFil. Londrina, Pr, 2011. RESUMO A pesquisa realizada estudou como ocorre a prática da Inteligência Emocional nas empresas, onde a inovação tecnológica e as facilidades da vida moderna fazem com que as pessoas se sintam cada vez mais desvalorizadas e desmotivadas a continuar lutando e desempenhando com êxito suas funções. Desta forma, o advento dos meios de comunicação faz com que cada vez mais as pessoas se vejam obrigadas a trabalhar e a produzir mesmo não estando bem de saúde. Sendo assim, a gestão de recursos humanos nas organizações deve estar atenta e preocupada com o desempenho de seus colaboradores, já que da boa relação entre comportamento e emoção surgirão subsídios para que a organização consiga melhorar sua produtividade. Conceitos de liderança e motivação devem ser trabalhados pelos que almejam os cargos de gestores de recursos humanos, pois sem pessoas motivadas não é possível à organização conseguir resultados satisfatórios. Neste sentido, com um líder motivado, o desenvolvimento pessoal do colaborador será facilitado, permitindo assim a implantação da inteligência emocional de Daniel Goleman na organização. Desta forma, o objetivo central desta obra é tratar as necessidades do trabalhador e sua qualidade de vida com base nas concepções da teoria emocional, já que o cérebro emocional do colaborador deve ser trabalhado de forma a produzir cada vez mais e com maior motivação para tal. Para isso, foram realizadas pesquisas bibliográficas sobre o tema e um estudo de caso em uma organização do setor privado em um pequeno município paranaense, constituindo-se estes, nos objetivos específicos. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica com base em obras que tratam do tema e um estudo de caso onde se pretendeu confrontar a teoria com a prática empresarial. Os principais resultados obtidos direcionaram ao entendimento de que um cérebro emocional equilibrado permite a redução dos níveis de estresse dos colaboradores e inibe o aparecimento de doenças modernas como a ocorrência de obesidade, diabetes mellitus e até mesmo o câncer. No trabalho, o estresse gera resultados extremamente maléficos à organização, que muitas vezes paga caro por não trabalhar antecipadamente com práticas prevencionistas. Diante da pesquisa realizada foi constatado que essa organização pratica mesmo que inconscientemente, parte da inteligência emocional, e que o perfil dos colaboradores permite que um trabalho mais profundo seja realizado nessa área. Porém, o gestor de recursos humanos ainda não está preparado para essa implantação, já que não detém os conhecimentos necessários à prática da inteligência emocional como ela deveria ser. Palavras-Chave: Inovação Tecnológica; Inteligência Emocional; Produtividade. ROMANO, A. J.; GOMES, J. A. Emotional Intelligence in Business Practice. 2011 – F. Monografia (Especialização em Recursos Humanos – Gestão de Pessoas e Competências). Centro Universitário Filadélfia, UniFil. Londrina, Pr, 2011. ABSTRACT The survey studied as is the practice of emotional intelligence in business, where technological innovation and ease of modern life make people feel increasingly undervalued and unmotivated to continue fighting and successfully performing their duties. Thus, the advent of the media makes more people would be forced to work and produce the same not being in good health. Therefore, the management of human resources in organizations must be aware and concerned about the performance of its employees, as the good relationship between behavior and emotion arise subsidies so that the organization can improve its productivity. Concepts of leadership and motivation must be worked by those who aspire to the positions of human resource managers, because without motivated people the organization cannot achieve satisfactory results. In this sense, with a motivated leader, the employee's personal development will be facilitated, thereby enabling the deployment of Emotional Intelligence by Daniel Goleman in the organization. Thus, the central objective of this work is to address the needs of workers and their quality of life based on the concepts of emotional theory, since the brain's emotional employee must be worked to produce more and more motivation for such. For this reason, literature searches were conducted on the subject and a case study in a private sector organization in a small municipality in Paraná, being these, in specific objectives. The methodology used was based on literature research works dealing with the subject and a case study where we intend to confront theory with business practice. The main results directed to the understanding that a balanced emotional brain allows the reduction of stress levels of employees and inhibits the emergence of modern diseases such as the occurrence of obesity, diabetes and even cancer. At work, stress produces results extremely harmful to the organization, which often pay dearly for not working in advance with many prevention practices. Before the survey it was found that the organization practices even if unconsciously, part of emotional intelligence, and that the contributors' profile allows further work is undertaken in this area. However, the human resources manager is not ready for this deployment, as it does not hold the necessary knowledge to the practice of emotional intelligence as it should be. Keywords: Innovation; Emotional Intelligence; Productivity. LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Caracterização do colaborador da empresa pesquisada. Londrina – Pr, 2011. ......................................................................................................................... 36 Gráfico 2 – Práticas Emocionais da empresa pesquisada. Londrina – Pr, 2011. ...... 37 Gráfico 3 – Práticas Empresariais da empresa pesquisada. Londrina – Pr, 2011..... 38 Gráfico 4 – Agentes Estressores da empresa pesquisada. Londrina – Pr, 2011. ..... 40 Gráfico 5 – Prática da Inteligência Emocional da empresa pesquisada. Londrina – Pr, 2011. ......................................................................................................................... 41 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9 2 METODOLOGIA .................................................................................................... 12 3 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 14 3.1 INOVAÇÃO TECNOLÓGICA .............................................................................. 14 3.2 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS ............................................................... 15 3.3 LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO .............................................................................. 18 3.4 DESENVOLVIMENTO PESSOAL ....................................................................... 21 3.5 INTELIGÊNCIA EMOCIONAL DE DANIEL GOLEMAN ...................................... 22 3.6 AS NECESSIDADES DO TRABALHADOR E SUA QUALIDADE DE VIDA ........ 26 3.7 O CÉREBRO EMOCIONAL ................................................................................ 30 3.8 O ESTRESSE E AS DOENÇAS MODERNAS .................................................... 32 3.9 O ESTRESSE NO TRABALHO ........................................................................... 33 4 RESULTADOS ....................................................................................................... 36 5 ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................................. 43 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 48 BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 56 APÊNDICE A – INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS .................................... 59 APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCL. ........................... 60 ANEXO A – OFÍCIO DO CEP. .................................................................................. 61 9 1 INTRODUÇÃO Após as guerras que ocorreram no mundo, as coisas estão mudando com uma velocidade impressionante, sendo que novas tecnologias, meios de comunicação, tendências e hábitos estão surgindo a todo o momento. Isso se aplica a todas as esferas da sociedade, inclusive à empresarial, que para se manter em um mercado extremamente competitivo torna os empresários e seus colaboradores a ficarem cada vez mais estressados, sedentários e sujeitos a várias “doenças modernas”. Neste sentido, este trabalho visa à transformação do estresse ruim em algo bom ao trabalhador, motivando-o a seguir em frente mesmo diante das intempéries da vida, utilizando-se de práticas prevencionistas para que seu organismo se torne apto a suportar os desafios a ele propostos, inclusive com a utilização das emoções para isso. É importante ressaltar que com a utilização de técnicas adequadas à realidade de cada trabalhador, que a observação de conceitos teóricos acumulados por estudiosos ao longo do tempo como as concepções da inteligência emocional de Daniel Goleman, auxiliam sobremaneira neste processo. Assim, uma vida voltada apenas ao trabalho faz com que malefícios sejam atraídos ao trabalhador, já que a prática de atividades físicas, uma alimentação balanceada e o lazer auxiliam de forma promissora na utilização da inteligência emocional nas empresas. Na empresa analisada é possível perceber que há grande possibilidade da implantação das teorias de inteligência emocional, porém, por ser de pequeno porte, a demanda por cuidados administrativos e empresariais é muito grande. Desta maneira, após a Segunda Guerra Mundial a velocidade das mudanças a que o ser humano é submetido vêm crescendo assustadoramente. Em um extremo têm-se um maior conforto e direcionamento dos recursos obtidos pelos cidadãos à sua manutenção, no outro, encontra-se um maior estímulo ao sedentarismo, já que as máquinas substituem praticamente todo trabalho braçal que era praticado antigamente. Desta forma, a necessidade constante de adaptação leva os colaboradores das organizações a agirem sempre com aversão, já que nem todos possuem esse tipo de flexibilidade. É possível perceber portanto, que as pessoas que não se preocupam demasiadamente com detalhes, são as que mais se destacam nas análises de inteligência emocional, conseguindo dessa forma, auferir os postos de 10 chefia e comando de outras pessoas nas organizações. É importante ressaltar que um colaborador bem resolvido emocionalmente no mundo corporativo é alguém que se conecta diretamente à organização e ao correto entendimento de sua necessidade de buscar uma produtividade cada vez maior. O objetivo central deste trabalho é expor quais as necessidades dos trabalhadores que não estão sendo atendidas, e que interferem em sua qualidade de vida, já que as organizações sempre devem direcionar seus colaboradores a produzirem cada vez mais e com maior motivação para tal. Para atingir esse objetivo geral, foram cumpridas etapas, onde se realizou pesquisas bibliográficas pertinentes ao tema e foram feitas suas exposições ao longo dos capítulos. Outra etapa cumprida refere-se à realização de um confronto das informações obtidas teoricamente com a prática empresarial em uma pequena empresa de confecção, realizando-se um estudo de caso, com tabulação e análise dos dados, constituindose estes, nos objetivos específicos. No presente trabalho procurou-se a realização de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema, bem como seu confronto com a prática empresarial de uma empresa, constituindo-se esta, na metodologia adotada. No primeiro capítulo foi realizada a exposição teórica obtida sobre o tema analisado, sendo que houve o embasamento nas concepções de autores renomados nos estudos que estes realizaram. Para isso, foram abordados temas como a inovação tecnológica e qual o seu impacto na vida do trabalhador, como ocorre a gestão de recursos humanos na era da informação e quais as concepções de liderança e motivação devem motivar as relações de trabalho entre empregador e empregado. Após essas exposições, foram elaboradas pesquisas para a busca de um entendimento de como o incentivo ao desenvolvimento pessoal conduz os trabalhos em equipe, sendo que o próximo passo foi a apresentação da teoria da inteligência emocional de Daniel Goleman. Na etapa seguinte, procurou-se abordar quais as necessidades do trabalhador, principalmente as fisiológicas, para que este consiga viver com qualidade de vida, abordando-se para isso, as concepções do que seja o “cérebro emocional” que quando trabalhado de forma incorreta, conduz o indivíduo ao desenvolvimento do estresse e das doenças modernas, inclusive o estresse no trabalho. No próximo capítulo, foram realizadas as exposições dos dados obtidos em pesquisa realizada na empresa analisada com todos os colaboradores. Para a realização desta coleta prática de dados, é importante ressaltar que ninguém foi 11 obrigado a responder, ficando livre a participação ou não. Porém, todos optaram por participar, sendo neste capítulo realizada a exposição detalhada de cada item pesquisado, bem como das respostas obtidas. Neste sentido, o próximo capítulo trata da análise dos resultados obtidos, seguido da elaboração das considerações finais sobre o tema, realizando o confronto entre os dados teóricos e práticos, bem como a exposição logo após das referências bibliográficas e do apêndice elaborado para a realização da coleta dos dados práticos. 12 2 METODOLOGIA Santos (2011, p. 01) define pesquisa bibliográfica como: “a atividade de localização e consulta de fontes diversas de informações escritas, para coletar dados gerais ou específicos a respeito de um tema. Biblio – livro; grafia – descrição, escrita”. Para Silva (2011) pesquisa transversal é um tipo de pesquisa bastante utilizado, de onde se extrai uma ou mais amostras de uma população alvo para se obter informações desejadas de uma só vez, não sendo permitidas a realização de entrevistas com a amostra analisada. Segundo o autor, este tipo de pesquisa é utilizado para verificar mudanças no comportamento de indivíduos ao longo do tempo. Assim, foram realizadas pesquisas bibliográficas na internet, livros e periódicos. O público-alvo para a pesquisa de campo foi o gestor de recursos humanos e os subordinados de uma organização, cujos nomes foram mantidos em sigilo. O questionário, elaborado pelos pesquisadores, foi aplicado a todos os colaboradores que possuem relação hierárquica direta com o líder analisado. Desta forma, o método foi monográfico e estatístico, onde foi realizada pesquisa bibliográfica e transversal; e para sua confrontação com a realidade, foi realizado um estudo de caso. A pesquisa foi realizada em uma empresa do ramo de confecções, localizada na cidade de Uraí – Pr, que conta com 50 colaboradores em sua linha de produção. Segundo Teixeira (2011) população é todo o universo a ser pesquisado. Já Oliveira (2011) define que quando houver impossibilidade da pesquisa ser realizada com toda uma população, pode-se utilizar o método da amostragem, ou seja, trabalhar com uma margem de erro e utilizando-se de apenas uma parte da população total. Para Silva (2011) a coleta de dados é a fase mais importante de uma pesquisa científica, pois é ela quem vai direcionar os resultados que serão obtidos com a realização de sua análise. Neste sentido, Pesce e Ignácio (2011) argumentam que a fase de análise de dados consiste em trabalhar o material coletado, buscando tendências pré-esperadas. Para que haja aspectos éticos na pesquisa, Carrato (2011) expõe que tudo o que envolva experimentações com seres humanos deve seguir determinados padrões, procedimentos, normas e análise da relevância das contribuições sobre o tema estudado. 13 Para a coleta de dados, a intenção foi realizar uma pesquisa, por meio da aplicação de questionário elaborado pelos autores, com a população total a ser analisada, ou seja, a pesquisa foi feita com todos os colaboradores da empresa. A pesquisa foi realizada entre os dias 11 e 15 de julho nas dependências da organização e pelos autores deste trabalho. Nas semanas seguintes foi realizada a tabulação dos dados e a confecção dos gráficos, bem como a exposição e interpretação dos resultados obtidos. Em sua análise foram verificadas as tendências pré-esperadas e as novas que se manifestaram, já que o objetivo era verificar se haveriam surpresas que contradiziam as teorias levantadas anteriormente. Para a realização dessa pesquisa, o questionário foi dividido em categorias, sendo a primeira delas cinco questões que visavam à caracterização do pesquisado, revelando seu gênero, faixa etária, a função que desempenham, o grau de instrução e o tempo de vínculo na empresa. A segunda categoria visava à verificação das práticas emocionais dos colaboradores, sendo para isso elaboradas quatro questões que tinham o objetivo de entender como os colaboradores se comportam com relação às suas emoções. A terceira categoria tratou das práticas empresariais com a abordagem de quadro questões que visavam chegar ao entendimento se a empresa possui a busca e implantação de medidas que visem ao conforto do funcionário em seu local de trabalho. A quarta categoria procurou entender quais são os agentes estressores presentes no local de trabalho segundo o entendimento dos entrevistados. A quinta e última categoria visava à percepção da prática inconsciente da inteligência emocional por parte dos colaboradores, já que o gestor de recursos humanos desconhece as teorias e as concepções dessa metodologia. Portanto, essa pesquisa teve todos os aspectos éticos que um trabalho científico deve contemplar, sendo encaminhada para análise à comissão de ética em pesquisa científica da instituição, cujo ofício de aprovação encontra-se como Anexo A deste trabalho. 14 3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 INOVAÇÃO TECNOLÓGICA O avanço social e das coisas proporcionaram inúmeras transformações na maneira das pessoas viverem, já que as empresas têm a difícil missão de produzir cada vez mais com cada vez menos. As melhorias na tecnologia a serem utilizadas em todos os segmentos ocorrem cada vez mais rápido, onde muitas vezes fica difícil à pessoa comum, cheia de compromissos diários, de absorver todos esses avanços. Diante do exposto, de acordo com a Pesquisa da Atividade Econômica Regional Brasil (2011): [...] inovações tecnológicas correspondem à implementação de produtos e processos tecnologicamente novos e/ou aperfeiçoamentos tecnológicos significativos em produtos e processos. Uma inovação tecnológica pode ser considerada implementada se ela foi introduzida no mercado (inovação de produto) ou efetivamente utilizada no processo de produção (inovação de processo). O produto ou processo deve ser novo (ou significativamente melhorado) para a empresa. Não necessariamente tem que ser novo para o mercado da empresa. Atividades de inovação tecnológica são todos os passos necessários para desenvolver e implementar produtos ou processos tecnologicamente novos ou aperfeiçoados [...] Percebe-se dessa forma, que as inovações são melhorias nos produtos e processos, onde é considerada implementada se for introduzida em um processo onde não conste ela, tendo que ser obrigatoriamente novo na empresa implementada, mas não no segmento à que essa empresa está inserida. Assim, constituem-se em vários passos necessários para as melhorias de produtos, sendo técnicas novas ou aperfeiçoadas. Desta maneira, a exigência do mercado está cada vez maior nesse sentido, onde as empresas que não evoluírem ficam estagnadas e expostas a elevados custos de produção. Portanto, as inovações tecnológicas são atividades científicas e culturais promovidas pelas organizações que querem se manter competitivas no mercado, onde as idéias mais criativas e inovadoras sempre são solicitadas no processo produtivo. Neste sentido, as melhorias constituem-se na concepção de novos produtos, novos processos, agregação de novas funcionalidades, novas características, ou seja, o que implique no incremento de ganhos efetivos em qualidade, quantidade e gere maior competitividade à empresa que o pratica. 15 Diante dessas constatações, onde a tecnologia toma o lugar das atividades operacionais, como ficam as pessoas? No que os recursos humanos das organizações poderão auxiliar? Como os recursos humanos são tratados, já que as concepções de inovação sempre são traduzidas em algo que melhore a competitividade empresarial? Qual o impacto da inovação tecnológica na vida das pessoas? O tópico abaixo visa responder a essas e outras questões. 3.2 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS Chiavenato (2000) defende que deve haver um extremo entrosamento entre os colaboradores e a organização. Para isso, a gestão de recursos humanos parte do pressuposto de que as pessoas passam maior parte de seu tempo dentro das organizações. A produção de bens e serviços não seria possível se não houvesse a presença humana dentro da organização, sendo que para isso, as pessoas nascem, crescem e são educadas a fazer parte de uma sociedade pré-estabelecida, com inúmeras regras e costumes já definidos. Neste contexto, a inovação tecnológica está fazendo com que as pessoas fiquem cada vez mais estressadas e cansadas, onde a correria da vida moderna faz com que elas assumam inúmeros compromissos durante o dia. A educação, por sua vez, é direcionada ao suprimento das necessidades produtivas de forma mecânica e operacional, deixando a desejar quando o assunto é a formação de pessoas conscientes e capazes de provocar grandes transformações. Os meios de comunicação também colaboram para um processo de “emburrecimento” populacional, pois sua programação é geralmente voltada a atividades que só fazem aumentar o consumismo, reduzir a capacidade de pensar e de se comunicar com eficiência. Diante do exposto, Silva, Neves e Mesti (2009) alertam que tudo o que faz parte do mercado está associado direta ou indiretamente à comunicação, pois inúmeros fenômenos comunicativos ocorrem em todos os lugares e a todo instante. Assim, o desenvolvimento da comunicação só é possível à medida que o homem também se desenvolve, já que a comunicação não é algo individual, mas uma partilha, uma interação entre o emissor e o receptor de uma mensagem, e para haver comunicação é necessário que haja o entendimento da mensagem que o emissor quer transmitir. Desta forma, a educação é um processo comunicativo que 16 envolve um aprendiz, um objeto e um aprendizado, mas os processos educativos nem sempre são intencionais. Assim, Administração de recursos humanos representa as organizações e as pessoas que delas fazem parte, pois a partir do crescimento e da complexidade das tarefas organizacionais, a partir do início do século XX, com a revolução industrial, a atividade das organizações começou a perceber as pessoas como seus maiores recursos de produção. Desta maneira, as organizações devem ver seus colaboradores como seres humanos, e não como meros recursos produtivos que fazem parte do processo, onde os funcionários devem atuar como parceiros da organização, sendo capazes de conduzi-las rumo a níveis de excelência. Com o objetivo de abordar a grande complexidade dessa relação, e para conhecer os níveis de comportamento, é necessário uma análise do nível de comportamento social dos funcionários, do nível de comportamento organizacional e do nível de comportamento individual. Ainda segundo Chiavenato (2000) uma organização só existe quando: há pessoas capazes de se comunicar com clareza e estão dispostas a contribuir com ação conjunta para o alcance de um objetivo comum. Há uma enorme variedade de empresas e inúmeras formas de organização, sendo cada uma diferente da outra, pois obedece a valores e culturas diferentes, estes, geralmente o reflexo do mentor intelectual da organização. Para que as empresas chegassem a esse patamar de evolução, um longo processo foi percorrido, desde a industrialização clássica, passando pela neoclássica até a era da informação e por fim a era do conhecimento, conhecida por muitos autores como a 3ª onda. Para completar, Fleury e Fleury (2001) alegam que as pessoas são dotadas de competências, sendo estas, relacionadas ao desempenho obtido pela realização de uma tarefa. Para os autores, a aptidão é um talento natural que quando aprimorado, expõe a habilidade de uma pessoa em realizar algo, levando-as à conquista do conhecimento, ou seja, a busca da melhor forma de desempenhar uma tarefa. Na atualidade, esse processo é extremamente explorado pelas organizações, sendo classificado como qualificação. Para que esse processo torne-se possível, é necessário a constante mobilização da pessoa na busca por melhorias na realização de suas tarefas. Mas para isso, deve haver comunicação e troca de experiências entre as pessoas, por meio de um processo contínuo de compartilhamento de 17 resultados. Isso permite uma visão maior do que se deve executar e o motivo pelo qual se executa. Ainda de acordo com Fleury e Fleury (2001) a competência individual encontra seus limites no momento em que não há mais motivação para a realização de determinado trabalho. Para a resolução desse impasse, as competências devem agregar valor econômico para a organização e valor social para o indivíduo, sendo considerado esse processo, uma relação bilateral, onde as duas partes devem cumprir deveres para obterem assim direitos. Portanto, como competência individual percebe-se um agir responsável e conhecido, implicando na mobilização, integração, transferência de conhecimento, recursos, habilidades, agregando valor à pessoa e à organização. Assim, a onde a tecnologia toma o lugar de atividades operacionais e as pessoas são obrigadas a melhorar seu conhecimento intelectual, a educação assume um papel fundamental, pois as empresas do século XXI não precisam mais de seres operacionais, mas de “cabeças pensantes” para auxiliar nas melhorias que o mercado exige que ocorram. Mas como fazer com que pessoas alienadas pelos meios de comunicação e que receberam uma educação deficiente melhorem sua capacidade de pensar? A resposta a essa pergunta é complexa e demanda tempo para sua elaboração, já que os gestores atuais também estão sendo substituídos por pessoas mais jovens e mais antenadas à realidade tecnológica vivida pelo mundo. Assim, o gestor de recursos humanos deve ser alguém com mente aberta para novas formas de comunicação, estar sintonizado em tudo o que acontece com seus subordinados, tanto em sua vida profissional quanto pessoal, pois o sucesso de uma relaciona-se diretamente ao desenvolvimento da outra. Desta maneira, pessoas que tem sua vida pessoal destruídas conseguem evoluir até determinado patamar, pois de um ponto pra frente seu desequilíbrio emocional toma conta de sua vida. Nestes termos, Chiavenato (1980, p. 17) alerta: o ser humano não vive isoladamente, mas em contínua interação com seus semelhantes. As interações entre organismos diferem profundamente das que existem entre objetos meramente físicos e não biológicos. Nas interações humanas, ambas as partes envolvem-se mutuamente, uma influenciando a atitude que a outra irá tomar, e vice-versa. Em face de suas limitações individuais, os seres humanos são obrigados a cooperarem uns com os outros para alcançar certos objetivos que a ação individual isolada não conseguiria alcançar [...] 18 Percebe-se dessa forma, que para o autor as pessoas não são capazes de viver isoladamente, onde as relações sociais devem ser a base para uma organização de sucesso, pois a cooperação conduz à elevação da produtividade e da obtenção de melhores níveis de produção. Dessa forma, o gestor de recursos humanos deve observar como as pessoas estão sendo tratadas em sua organização, já que as modernas concepções sempre direcionam ao convívio social como o fator de maior sucesso das empresas atuais. Porém, a inovação tecnológica está conduzindo as pessoas à individualidade, onde a busca pela coletividade está cada vez mais comprometida. Diante do exposto, Bergamini (1987, p. 12) expõe: [...] as inovações tecnológicas, o refinamento de políticas e procedimentos da administração financeira e mercadológica, as solicitações de ordem administrativas cada vez mais delicadas propunham-se como solicitantes cada vez mais imperdoáveis de um tipo de mão-de-obra mais especializada e melhor preparada, do que aquela com a qual estavam podendo contar, fruto do acaso e do improviso dos administradores práticos de pessoal. Os recursos humanos, mais do que em qualquer época, não estavam, administrativamente, acompanhando as previsões de demanda a curto, médio e longo prazos feitas pelos demais setores da organização empresarial, e chegavam a comprometer seriamente excelentes planejamentos, que se deixaram transformar em operações efetivas, por falta de elemento humano capacitado. Assim, percebe-se que há uma necessidade cada vez maior de líderes ao invés de chefes, de pessoas que sejam capazes de influenciar e elevar os níveis de motivação dos subordinados ao invés de puni-los de forma a comprometer a qualidade da produção. 3.3 LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO A irreversibilidade do desenvolvimento tecnológico vivido mundialmente induz os gestores, principalmente o de recursos humanos a desafios a serem diariamente superados, onde sua postura deve estar voltada a transformar esses desafios em oportunidades. Dessa maneira, as organizações têm se visto obrigadas a mudar, já que a busca por novas diretrizes mercadológicas induz todas a transformar-se e adequar-se às necessidades vigentes da sociedade. É Importante ressaltar que essas necessidades mudam cada vez mais rápido, onde o canário de mudanças constantes é o responsável pelo cansaço psicológico e pelo stress que atinge às 19 pessoas. Slater (2001) argumenta que para Jack Welch há quatro “Es” para uma liderança bem sucedida, sendo eles: a Energia pessoal que possibilita aceitar e lidar com a velocidade de mudança; a Energização dos outros, que se traduz na capacidade de criação de uma atmosfera; a Emergência, que é a capacidade de tomar decisões difíceis; e Executar, que significa a capacidade de fazer as coisas da maneira como devem ser feitas. Desta forma, ao final dos anos 90 o autor enfatiza que a liderança irá prosperar sendo os líderes divididos em categorias sendo elas: categoria “A”, onde os líderes devem ser estimulados e promovidos; categoria “B”, que deve estimular o líder a melhorar suas práticas diárias; e categoria “C”, que devem ser demitidos. Assim, Bergamini (1987) argumenta que muitas organizações desenvolvem atividades que roubam a auto-estima dos trabalhadores e de sua capacidade de enfrentar desafios. Assim, a maioria deles expressa reações como sintomas de alienação, cansaço e desencanto, já que o absenteísmo é o grande problema que assola a maior parte das organizações atualmente. Assim, de acordo com a autora, a administração deve ser direcionada a proporcionar mudanças nos indivíduos, orientando-os a reagir positivamente às mudanças e aos processos de adequação aos quais são submetidos diariamente. Para isso, o gestor não deve comportar-se como alguém autoritário e alheio aos problemas enfrentados no dia a dia pelos seus subordinados, sendo necessária uma postura de liderança e motivação, onde seus colaboradores doem-se no desempenho de suas funções. É importante ressaltar que somente neste caso os produtos terão a qualidade exigida pelo mercado e serão fabricados com o mínimo possível de recursos. Desta maneira, o gestor de recursos humanos deve ser alguém que incentiva, ao invés de proibir, que conversa, ao invés de mandar, que conduz ao invés de puxar. Assim, é preciso entender que a administração de recursos humanos deve estar voltada ao desenvolvimento da organização por meio das pessoas que dela fazem parte, onde é indispensável seu envolvimento para viabilizar as mudanças que se fizerem necessárias. Neste sentido, à medida que as pessoas entendem os objetivos da organização, as tarefas assumidas por estes serão executadas com o máximo de naturalidade, deixando de ser o trabalho algo penoso e desgastante do cidadão. Desta maneira, a previsão das dificuldades é essencial ao desenvolvimento e promoção de mudanças que devem ser simplesmente gerenciadas após seu 20 início. Neste sentido, a função do gestor de recursos humanos é essencial à organização, pois o cenário competitivo à que ela está submetida, leva à preocupação de planejar e controlar com afinco suas medidas, para que o trabalho seja facilitado, adequado e eficaz quando realizado. A saída de um estado atual para um desejável é a base para a abertura de horizontes e do leque de possibilidades da produção cada vez mais eficiente e direcionada à especialização (BERGAMINI, 1987). Todas essas exposições levam ao direcionamento de uma administração compartilhada, com base nas concepções de liderança, sendo que para Faria (2011) quando o empregado tem confiança e é comprometido com a empresa ela obtém melhores resultados das que mantém seus funcionários vigiados, controlados e mandados. Nestes termos, liderança dentro de uma visão moderna constitui-se e é buscada acirradamente dentro das organizações porque o controle dos funcionários custa caro e não resulta na maior produtividade de cada empregado. Assim, é duplamente ineficaz, pois demanda o emprego de um volume muito grande de recursos e não consegue obter o melhor de cada pessoa. Assim, há uma série de definições para o que seja liderança, sendo que todas conduzem a um pensamento de que é conectar os empregados ao negócio, obtendo o máximo de cada um, pois deve ocorrer de forma a garantir que as pessoas tenham vontade de fazer o que deve ser feito. Para Faria (2011) é possível perceber que liderar é fazer com que as pessoas sintam-se motivadas a dar o melhor de si, trabalhando com afinco como se fossem as proprietárias da empresa, fazendo com que outros empregados também tenham vontade de fazer o mesmo, pois todos se sentem engajados na conquista do objetivo organizacional. Desta forma, é fazer com que o funcionário seja comprometido, que se sinta parte de um grupo e que faça sua parte para ver esse grupo trabalhando no sentido de produzir algo que valha a pena para todos. Entende-se que liderar é dar um significado, ou seja, um sentido ao trabalho que cada pessoa realiza, onde o engajamento voluntário seja propiciado, já que os liderados devem “querer” fazer o que o líder lhes aponta, direciona ou indica. Assim, o líder é alguém que possui seguidores, onde algumas pensam e outras fazem, sendo os dois papéis extremamente importantes, já que um não existiria sem o outro. Portanto, um líder é alguém amado e admirado, onde os seguidores fazem a coisa certa e todos juntos conseguem obter melhores resultados. 21 3.4 DESENVOLVIMENTO PESSOAL Chiavenato (1980) afirma que as organizações são criadas para produzir algo e para isso utilizam a energia humana e não humana para a transformação da matéria prima inicial em produtos ou serviços ofertados ao mercado. As organizações poderão funcionar somente se as pessoas estiverem em seus postos de trabalho desempenhando adequadamente as funções para as quais foram selecionados. Para isso as organizações devem direcionar esforços para participar da vida de seus funcionários, ou seja, desempenhar seu papel social com relação aos seus recursos humanos. Sua força humana de trabalho deverá estar sempre treinada e capacitada para que os melhores resultados possíveis sejam alcançados. Comportamentos inadequados também deverão ser remodelados, para que o funcionário atue na sociedade de acordo com os valores pregados pela empresa. Assim, desenvolvimento é algo que propicia uma mudança entre um estado atual e um futuro, onde o que agora é, depois poderá não o ser. Desta maneira, ao desenvolver-se uma pessoa passa de um estágio onde ela era de uma forma, e algum tempo depois ela se torna diferente, melhor do que era. Cientificamente o desenvolvimento tem permitido que as coisas evoluam que consigam obter patamares que proporcionem o avanço da sociedade como um todo. Desta forma, a inovação tecnológica tem proporcionado esse avanço, onde todos têm acesso a qualquer informação de onde estiverem, basta estar diante de um computador. Inúmeras são as formas de aquisição do conhecimento para o desenvolvimento pessoal do indivíduo, sendo a internet a mais utilizada atualmente. Porém, desenvolver pessoas não é algo tão simples a ser feito, já que o pensamento de todos é complexo e demanda tempo para ser entendido. Desta maneira, a interação entre o sistema empresarial e os recursos humanos que atuam nas organizações, é fator do sucesso alcançados pelas empresas, pois as atividades humanas somente começam a funcionar quando as pessoas cumprem adequadamente sua função e a empresa cumpre com seu papel. Assim, Bergamini (1987) alerta para o fato de que para as pessoas se desenvolverem é necessário que a empresa dê a elas liberdade para fazer as coisas segundo sua maneira. Porém, ao fazer isso sem o direcionamento adequado, as pessoas entendem a liberdade como “libertinagem” onde ao invés de produzir elas se tornam preguiçosas 22 e ociosas. O desenvolvimento pessoal só ocorre com um adequado treinamento, onde há um roteiro a seguir, aplicando algo útil à pessoa e à organização simultaneamente. Para Chiavenato (1980) durante a Teoria Clássica da Administração, os administradores preocupavam-se exclusivamente com a eficiência da máquina, constituindo-se esse meio como o principal responsável pelo aumento da produtividade. Com o passar do tempo, percebeu-se que não somente a máquina era fator de melhoria na produção, mas havia uma segunda variável chamada homem, já que as máquinas, quanto preparadas para o trabalho não apresentavam deficiências. O surgimento da Escola das Relações Humanas reverteu a abordagem das máquinas e começou a direcioná-las ao homem, pois inúmeras perguntas começaram a surgir: como conhecer e medir as potencialidades do homem? Como levá-lo à ampliação de seu potencial? O que leva alguns a serem mais eficientes e produtivos que outros? Quais as forças que impulsionam as ações? Qual a necessidade de manutenção para um bom desempenho? Qual o ambiente mais adequado a cada tipo de pessoa? O tópico a seguir visa responder a essas e outras questões. 3.5 INTELIGÊNCIA EMOCIONAL DE DANIEL GOLEMAN Daniel Goleman nasceu em 07 de março de 1946 nos Estados Unidos e é psicólogo Ph.D em Harvard, onde exerceu a função de jornalista da área da ciência e do comportamento do famoso jornal New York Times, sendo autor do polêmico e revolucionário livro intitulado “Inteligência Emocional”. Suas teorias são fruto de dez anos de pesquisas realizadas nas áreas neurológicas e comportamentais, onde seus estudos direcionam à descoberta de inúmeras teorias sobre a arquitetura emocional do cérebro, o que o fez lançar um novo conceito de inteligência, o Quociente Emocional – QE (PARANÁ, 2011). O uso da Teoria da Inteligência Emocional de Daniel Goleman pode auxiliar as organizações a exercerem a liderança de forma correta, justa e consciente, obtendo o máximo de seus recursos humanos, já que trabalhar com pessoas é o inverso de lidar com máquinas e recursos não pensantes. Assim, essa teoria segundo Ferreira (2011) revela a maneira como a inteligência deve envolver as habilidades para manipular as emoções, tornando-as coadjuvantes no processo de 23 crescimento interno do gestor de recursos humanos, ou seja, fazer com que se a empresa trabalhar adequadamente os recursos pensantes de seu domínio, conseguirá obter resultados únicos e extremamente satisfatórios. Percebe-se desta forma, que através do controle emocional é possível direcionar as energias para o desenvolvimento de pessoas e de grupos, proporcionando melhores resultados na condução dos recursos humanos das organizações. Desta forma, ainda em Ferreira (2011, p. 03): [...] utilizando-se de métodos de pesquisa inovadores que avaliam estados mentais, ondas cerebrais e comportamentos, ele demonstra que pessoas de Quociente de Inteligência - QI elevados podem fracassar, enquanto pessoas que apresentam quociente mais moderado nos testes obtiveram êxito em seus projetos e metas pessoais e profissionais. [...] Um homem com grau desenvolvido de inteligência emocional caracteriza-se pela habilidade e pela capacidade para perceber e controlar as emoções de si mesmo e das outras pessoas. Tal pessoa tem ampliada a sua capacidade de dominar as emoções com inteligência passando a utilizar o fluxo de suas emoções de forma inteligente e construtiva, melhorando seus relacionamentos conjugais, afetivos, sociais e profissionais. Neste sentido, o entendimento e implantação desta teoria nas empresas pode ser de grande valia para que os recursos humanos da organização produzam de maneira otimizada, onde o grande diferencial pode ser a maneira como são conduzidos por seus líderes. O domínio das emoções por meio da inteligência revela uma pessoa autoconsciente, capaz de reconhecer e compreender seus pensamentos, sentimentos e emoções, sendo a Teoria da Inteligência Emocional uma ferramenta de grande importância para os líderes desenvolverem sua capacidade de dominar suas emoções. De acordo com Furlanetto (2011) a inteligência emocional é uma das principais responsáveis pelo sucesso ou insucesso das pessoas, onde as que têm boa qualidade de relacionamento humano como afabilidade, compreensão e gentileza tem maiores chances de obtenção do sucesso. Assim, a inteligência emocional segundo a autora, é a relação de habilidades como motivação a si mesmo, de persistência diante das frustrações, controle de impulsos e canalização de emoções para as situações apropriadas. Desta maneira, tais práticas ajuda as pessoas a lidarem melhor com seus talentos, conseguindo seu engajamento aos objetivos e interesses comuns. A autora afirma ainda, que segundo Daniel Goleman a inteligência emocional atua em cinco áreas de habilidades, sendo a primeira o auto-conhecimento 24 emocional, onde a pessoa tem a capacidade de reconhecer um sentimento logo quando ele ocorre; o controle emocional que relaciona-se com a capacidade de lidar com os sentimentos logo quando ocorrerem, adequando-os imediatamente à situação vivida; a auto-motivação, onde as emoções são dirigidas a serviço de um objetivo, sendo essencial para manter a pessoa caminhando na busca; a capacidade de reconhecer os sentimentos das outras pessoas pela análise de sua expressão corporal, suas reações e maneiras de falar e agir; e a habilidade em relacionamentos inter-pessoais, sendo caracterizada com a capacidade de entender outras pessoas, podendo, entre outros, constatar o que as motiva, como trabalham e como cooperam entre si. Ainda em Furlanetto (2011) as emoções são extremamente importantes para garantir a sobrevivência das pessoas, pois foram desenvolvidas há milhões de anos e vêm sendo aprimoradas com o passar do tempo. Assim, as emoções alertam para as necessidades humanas, ou seja, quando uma pessoa se sente só, ela necessita de relacionar-se com outras pessoas e quando há um sentimento de receio, a necessidade é por segurança, e assim por diante. Neste sentido, as emoções influenciam diretamente na tomada de decisão das pessoas, pois elas são uma fonte valiosa de informação, pois as conexões emocionais dos indivíduos são quem determina a maneira de este ser e agir. As emoções também são responsáveis pelo ajuste de limites, pois elas alertam quando ocorre a necessidade de parar com algo que estava sendo feito. Desta maneira, as sensações ajudam a proteger a integridade física e mental das pessoas, fazendo com que suas ações repercutam em algo que beneficie a pessoa, e não que a prejudique. Assim, percebe-se que a comunicação é fundamental para o ajuste e controle das emoções, onde a análise de expressões como as faciais podem revelar uma grande quantidade de emoções. Neste sentido, caso o indivíduo seja verbalmente hábil, ele poderá, juntamente com suas expressões, ter maiores chances de expressar suas emoções de forma adequada. Porém, é fundamental que se desenvolva em cada um a capacidade de ouvir e entender os outros, dando possibilidade de maior união aos outros membros da espécie humana. No entanto, as diferenças religiosas, culturais e políticas muitas vezes impossibilitam essa união, apesar de as emoções serem universais. Furlanetto (2011) argumenta que segundo Daniel Goleman, para as pessoas se tornarem mais inteligentes emocionalmente é necessário começar a educá-las 25 enquanto ainda são crianças. Neste sentido, diferenças como as religiosas poderão ser amplamente compreendidas e aceitas por todos como sendo algo universal. De acordo com Makiyama (2011, p. 05): [...] para a compreensão da razão de ser do Ensino Religioso é preciso partir de uma concepção de educação que a entenda como um processo global, integral, enfim, de uma visão de totalidade que reúne todos os níveis de conhecimento, dentre os quais está o aspecto religioso. [...] O conhecimento religioso enquanto patrimônio da humanidade necessita estar à disposição na Escola. Em vista da operacionalização deste processo, o Ensino Religioso tem se caracterizado pela busca de compreensão desse sujeito, explorando temas de seu interesse, de forma interdisciplinar, com estratégias que considerem este novo perfil de indivíduos, estimulando, sobretudo, o diálogo. As inúmeras religiões e hábitos existentes são melhor compreendidos pelos alunos quando expostos de maneira clara e natural pelo educador, onde independente da concepção que os pequeninos tragam de suas casas, a escola deve auxiliar em um processo de abertura da mente, de mudanças na maneira de pensar e agir dos alunos, formando na escola, uma convivência pacífica entre todas as religiões existentes. Desta maneira, para que um adulto consiga compreender e melhorar sua inteligência por meio das emoções é fundamental que desaprenda e reaprenda seus hábitos emocionais adquiridos na infância e vividos por ele até agora. Assim, uma das grandes preocupações dos pais atualmente é a formação emocional de seus filhos de maneira correta e equilibrada, onde a principal tarefa é prepará-los para enfrentar os desafios impostos pela vida de forma inteligente, ensinando-os a reagir de forma correta e adequada às situações que vierem a enfrentar. Neste sentido, deve-se tentar desenvolver nas crianças todos os tipos de inteligência, pois ao estimulá-la a agir harmonicamente, os pais estarão prevenindo obstruções e evitando o bloqueio de capacidades, refletindo-se no profissional mais buscado pelo mercado na atualidade. É importante ressaltar que somente dessa forma é que o trabalhador sujeito a boas condições físicas, psicológicas e emocionais serão bem sucedidos nas organizações, já que metade da qualidade de vida do funcionário depende de adequadas condições de trabalho, o que é proporcionado pela empresa, sendo que a outra metade depende de sua maneira de ver e encarar sua vida, refletindo-se isso, em seu comportamento. 26 3.6 AS NECESSIDADES DO TRABALHADOR E SUA QUALIDADE DE VIDA Abraham Maslow é um estudioso que nasceu em 01 de abril de 1908 no Brooklyn em Nova Yorque, sendo o primeiro de uma família com sete filhos. A família de Maslow era judia e tinha pouca educação e imigrantes da Rússia. Para garantir o sucesso dos filhos, os pais de Maslow eram extremamente exigentes com relação aos estudos, o que traduziu em uma infância infeliz relatada em uma de suas obras. Assim, para satisfazer seus pais Maslow direito, e contrariando-os casou-se com uma prima de primeiro grau com quem teve duas filhas. Diante da realidade em que o autor vivia, quando mudou-se de cidade Maslow se interessou por psicologia, melhorando drasticamente seu desempenho escolar. Desta forma, realizou inúmeros estudos nessa área e lecionou por boa parte de sua vida, o que o fez entrar em contato com inúmeros intelectuais de sua época (PREDASSOLI, 2011). Para Predassoli (2011) Maslow foi um pensador surpreendentemente original, pois a maioria dos profissionais de sua época preocupavam-se somente com as doenças e com a anormalidade. Já Maslow preocupava-se com a saúde mental positiva, onde a psicologia humanista guiava a idéia de que as pessoas possuíam todos os recursos internos ao seu crescimento. Criou uma teoria que acredita que o comportamento motivacional é explicado pelas necessidades humanas. Assim, a motivação é o que estimula a ação, que é a resposta do organismo ao recebimento de um estímulo recebido do meio. Porém, quando esse ciclo não se realiza, inúmeras poderão ser as frustrações dos indivíduos que poderão se expressar por meio de várias atitudes, como: comportamento ilógico ou anormal, agressividade, nervosismo, falta de interesse pelas tarefas e resistência a mudanças. Diante do exposto, quando uma necessidade básica não é totalmente satisfeita, não quer dizer que o indivíduo ficará eternamente frustrado, sendo que ela poderá ser transferida ou satisfeita de alguma forma, revelando que o ciclo motivacional é um estado cíclico e constante na vida das pessoas. As teorias de Maslow são extremamente importantes na vida das pessoas, sendo que para ele, as necessidades obedecem a uma hierarquia, onde quando uma necessidade é realizada, surgirá uma nova em seu lugar, fazendo com que as pessoas busquem constantemente meios para satisfazê-las. 27 Assim, para Serrano (2011) a teoria de Maslow alertava que as necessidades das pessoas evoluíam de nível, sendo o primeiro deles e o mais abrangente, as necessidades fisiológicas, que constituem-se na sobrevivência do indivíduo e na preservação da espécie, como alimentação, sono, repouso, abrigo ou vestuário, por exemplo. Como exemplo, Cobra (2002) cita que a primeira regra para se viver com qualidade de vida é respeitar os ciclos do sono, ou seja, respeitar o relógio biológico auxilia na elevação dos níveis de saúde, já que o sono é o elemento mais importante em qualquer atividade profissional, pois é quando o cérebro consegue descansar. Desta forma, o desperdício de horas que poderiam ser aproveitadas dormindo pode ser traduzido em efeitos desastrosos ao corpo, que não dorme o suficiente tanto em qualidade quanto em quantidade. Cada um de nós tem uma necessidade específica de sono, sendo que para a maioria das pessoas essa regra gira em torno de oito horas diárias. Para o autor, ao dormir o organismo entrega a chave administrativa, o controle gerencial do corpo para o sistema autônomo, que restitui as energias e repõe o que foi gasto no dia de trabalho. Já em segundo nível estariam as necessidades de segurança, como a busca de proteção contra ameaça, privação e a fuga diante de um perigo, enquadrando-se nesse nível a necessidade de ter uma casa confortável e segura para morar; no terceiro nível estão as necessidades sociais (afeto) onde há uma necessidade de associação, participação e aceitação por parte de companheiros, em troca de amizade, afeto e amor por parte do semelhante; o quarto nível refere-se às necessidades de status e estima, que envolvem a auto apreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de respeito, revelando uma confiança do indivíduo perante o mundo, por sua independência e autonomia; já o quinto e último nível é a necessidade de auto-realização, conseguida pelo indivíduo somente quando a pessoa atinge seu próprio potencial de desenvolver-se continuamente. Somente quando uma empresa consegue fazer com que seus funcionários tornem-se motivados ao desempenho de suas funções e realizam seu trabalho com prazer é que será possível suprir suas necessidades básicas e levá-los a ter certa qualidade de vida, sendo esta o grande anseio do ser humano. Assim, as empresas estão constantemente buscando meios para proporcionar o bem estar físico e psíquico de seus colaboradores, tornando suas vidas mais compensadoras e satisfatórias. Desta maneira, cabe ao gestor de recursos humanos e à sua equipe 28 proporcionar meios e novas formas de comportamento que visem obter saúde no ambiente de trabalho. Neste sentido, várias condições do meio poderão influenciar na saúde do trabalhador e na manutenção de uma qualidade de vida adequada, onde a melhor relação é o equilíbrio entre os fatores externos e internos do ser humano. Desta forma, percebe-se que pelo fato de as pessoas passarem grande parte de seu tempo dentro das organizações, seu comportamento está sendo cada vez mais estudado e conceituado pelos mais diferentes ramos e estudiosos. Assim, o mercado exige profissionais cada vez mais competitivos e capazes de absorver o grande volume de informações, sendo a geração de qualidade de vida nas organizações o combustível para essa rápida assimilação. Desta maneira, ao viver com qualidade, a pessoa torna-se mais motivada e comprometida com suas funções, exercendo-as da melhor maneira possível e com a vontade constante de produzir cada vez mais. Esse fato é confirmado no momento em que as empresas que se enquadram entre as melhores para se trabalhar não estão na lista das que mais bem pagam, expondo que essa relação não é inversamente proporcional, mas também não caminham simultaneamente. Desta maneira, Lacanna (2011, p. 01) argumenta que: [...] a Qualidade de Vida no trabalho é uma consequência da compreensão comprometida e abrangente das condições de vida no trabalho, incluindo aspectos como bem-estar social, saúde, segurança e capacitação sendo uma poderosa arma de competitividade do mercado, melhorando o desempenho e a produtividade além do aumento da confiabilidade do cliente. [...] A Qualidade é complexa, sendo a busca permanente da autosuperação e do contínuo aperfeiçoamento englobando além dos serviços, produtos e pessoas, um Planejamento pré-estabelecido não se limitando apenas aos avanços tecnológicos, mas a recursos humanos capacitados, treinados, liderados, motivados e conscientes de suas responsabilidades [...] Neste contexto, ao verificar a possibilidade de entrada em uma organização, o funcionário verifica, juntamente com o salário, quais benefícios que o acompanharão, sendo estes muitas vezes, decisivos no momento de o funcionário decidir entre o aceite ou não de uma vaga. Desta maneira, se as empresas utilizarem-se de meios para buscar e manter a saúde física e mental dos trabalhadores, reduzindo seus níveis de stress, sua produtividade aumentará, já que será possível fabricar mais com menos. Porém, para implantar essa nova metodologia de trabalho, o gestor acostumado com concepções antigas deve 29 adaptar sua maneira de ver e entender as coisas, já que esse é um novo setor a ser explorado, sendo que se percebe que ele também está sendo imprescindível à conquista de bons resultados mercadológicos. Desta maneira, é essencial que a organização busque, entre outros valores, o resgate do respeito e da valorização da vida, onde muitas corporações já perceberam essa necessidade e estão adaptando seu gerenciamento a essa nova demanda de mercado. Assim, com uma gerência direcionada ao acompanhamento do colaborador e da avaliação de seu nível de produtividade, as empresas conseguirão obter os melhores resultados, sendo que essa forma de gerir é única e particular a cada um, já que a maneira de tratar as pessoas não é algo totalmente “copiável”. Porém, essa não é uma tarefa fácil, pois se constitui em algo de extrema complexidade, que requer tempo e dedicação dos que a praticam. De acordo com Lacanna (2011, p. 02): [...] a qualidade de Vida no trabalho evidencia os colaboradores como detentores de merecida importância pela Instituição que envolvidos em diversos níveis, são abordados como parceiros e, não mais como recursos humanos, mas integrando indivíduos à organização de forma harmoniosa, mantendo sua integridade física e mental, valorizando-o literalmente como pessoa, considerando fatores psicológicos, políticos, econômicos e sociais do trabalhador. No mundo do trabalho ocorreram inúmeras mudanças não só no processo produtivo devido inovações tecnológicas, mas no impacto causado na saúde do trabalhador tanto na esfera física como psíquica. A autora salienta bem o que é viver com qualidade, onde as empresas que tem aplicam medidas para essa prática reconhecem o valor merecido que seus recursos humanos possuem. Sendo assim, é possível verifica que as organizações de destaque vêem seus colaboradores como parceiros, onde não são tratados como meros recursos produtivos. Diante do exposto, verifica-se que uma convivência pacífica e harmoniosa faz com que os funcionários mantenham sua integridade física e mental, pois ela percebe-se valorizada como pessoa. Desta forma, as mudanças ocorridas no processo produtivo devido às constantes inovações tecnológicas, causam grande impacto na vida do trabalhador, sendo estes, diminuídos à medida que o funcionário se sente motivado e valorizado onde atua. 30 3.7 O CÉREBRO EMOCIONAL Para que os conceitos da Teoria da Inteligência Emocional possam ser compreendidos e implantados nas empresas é fundamental que algumas premissas básicas sejam abordadas, entre elas, o comportamento das emoções no coração e a anatomia das emoções. Assim, a estrutura emocional do cidadão é formada desde que ele nasce até sua morte, sendo que ninguém é capaz de viver sem o afeto dos que o cercam. Neste sentido, com o passar dos anos a experiência conduz o indivíduo a experimentar as diferentes emoções de acordo com cada idade, onde é criada uma relação de independência desta com relação a nós mesmos. Desta maneira, as emoções são os sentimentos que diferenciam um ser humano de outros seres e das máquinas. Portanto, alguns estudiosos como Darwin alegam que há seis emoções comuns a toda humanidade independente de sua cultura, que são a alegria, a tristeza, a surpresa, o medo, o desgosto e a raiva, que são as bases de regulação das relações entre as pessoas (URURAHY; ALBERT, 2005). As emoções no coração além de abordar a estrutura emocional do indivíduo e os sentimentos universais presentes em todas as culturas, trata também da criatividade e capacidade de decisão, onde alguns são capazes de colocar tanta energia no que fazem e outros tratam tudo o que executam com indiferença. Vale lembrar que há algumas drogas que atenuam as emoções, onde os desafios são visualizados como algo maléfico por alguns que recorrem a meios de fugir da realidade, revelando que os sentimentos são baseados em decisões de aceitação ou não da suplantação dos obstáculos que surgem. Desta maneira, percebe-se que as emoções são o combustível da vida, onde os sentimentos devem ser tratados com total responsabilidade, já que são estes que nos fazem perceber quão belas são as coisas que nos cercam. Sendo assim, a emoção é o principal vetor do comportamento de todo ser humano, onde o aspecto educacional nem sempre explicam a personalidade de um indivíduo. Neste sentido, o comportamento e as emoções devem relacionar-se de forma harmônica, de modo que suas manifestações levem o indivíduo a experimentar sensações benéficas ao seu desenvolvimento intelecto-cultural. Desta forma, Ururahy e Albert (2005, p. 24) definem a anatomia das emoções como: 31 A emoção é geralmente definida como uma reação afetiva que se manifesta por diversas alterações fisiológicas (aumento do ritmo cardíaco, palidez, tremores, etc.) e corporais (riso, choro, etc.). É uma reação instintiva ao meio que se manifesta a priori. Compreende-se as coisas antes pelas emoções do que pela inteligência. Por exemplo, sentimos medo antes mesmo de entendermos a natureza do perigo. [...] Hoje ainda temos dificuldade em admitir que nossos sentimentos [...] possam ter uma base física. [...] No entanto, quanto mais a ciência progride, mais se compreende o circuito nervoso, e descobrem-se novas nuances do funcionamento do cérebro [...]. As emoções são manifestações visíveis e detectáveis no organismo [...]. Diante de uma emoção como a alegria, os sintomas físicos podem ser uma aceleração do ritmo cardíaco, excitação ou a sensação de muita energia. [...] A reação do organismo face a uma emoção ou a um estresse é idêntica, pois ambos fazem o mesmo percurso no corpo. Assim, percebe-se que a emoção percorre todo o sistema nervoso até que atinja o cérebro. Isso ocorre porque o impulso nervoso se manifesta como uma corrente elétrica, sendo utilizados neste processo vários neurotransmissores como a acetilcolina e a dopamina, por exemplo. Desta maneira, pode-se constatar que a ação do neurotransmissor é muito fugaz, sendo liberadas inúmeras substâncias no cérebro, que é o responsável por regular as emoções. Pode-se perceber que o ser humano é um ser físico, intuitivo, emocional e intelectual, onde o cérebro humano passa por três camadas durante sua evolução, que é a primitiva, a intermediária e a superior, e as ações do sistema nervoso são as responsáveis por seu comportamento evolutivo durante a vida da pessoa. Para compreender o estresse Ururahy e Albert (2005) alegam que o homem é um ser biológico que necessita de motivação para viver e se desenvolver. Para isso, os desafios são cada vez maiores, onde é preciso preservar a saúde física para poder enfrentar os desafios emocionais com maior capacidade de superação. Neste sentido, um sentimento como o estresse provoca uma redução dessa capacidade, sendo que seu impacto biológico reflete-se em grande dano ao cérebro e ao correto funcionamento do sistema nervoso. Neste sentido, como estresse pode ser entendida uma estimulação pontual produzida pelo organismo que reflete-se no comportamento do indivíduo, sendo que suas principais causas são as modificações de existência da pessoa ao longo de sua vida. Assim, o ideal é esclarecer que as principais causas do estresse são os conflitos gerados em quantidade excessiva, que podem ser físicas ou psíquicas, que podem ocorrer quando a pessoa está rodeada por outras ou quando está sozinha. Sua identificação é traduzida em bloqueios, desequilíbrios, dores, insônias e doenças, podendo-se destacar seus sintomas como emocionais, comportamentais ou físicos, já que o estresse deteriora 32 a vida pessoal e profissional do indivíduo. O estresse se for repetitivo e incessante, libera na corrente sanguínea hormônios gerados e que podem ser traduzidos até mesmo na morte súbita da pessoa, onde uma reação ao meio pode ser traduzida em grandes dificuldade de transformação, acumulando-se os custos de adaptação e maximizando seus efeitos. 3.8 O ESTRESSE E AS DOENÇAS MODERNAS Uma relação entre estresse crônico prolongado, constante e as doenças modernas forma um grande desequilíbrio emocional, onde o cérebro acaba sendo vítima dele mesmo, já que desenvolve a depressão e a ansiedade. Neste sentido, o estresse crônico tem grande impacto negativo no cérebro, onde as pessoas mais velhas tendem a ser mais vulneráveis que as mais jovens, sendo as mulheres as mais acometidas pela depressão, assim como pessoas com nível de instrução superior como professores e profissionais liberais, por exemplo. A estimulação frequente da depressão concentra esforços bem maiores para sua superação, do que os casos onde ela é tratada logo em seu início (URURAHY; ALBERT, 2005). O primeiro passo para o controle da depressão é controlar a ansiedade diária do indivíduo, que começa com o desenvolvimento do estresse, da inquietação e da tensão, sendo difícil a medição do que pode ser normal e do que já é considerado exagerado. Os conhecimentos científicos orientam para a existência do equilíbrio e do bom senso, já que o aumento da violência urbana, dos conflitos familiares e as decepções orientam para uma redução no calibre dos vasos sanguíneos provocando diminuição e comprometimento da qualidade de vida do trabalhador. Todas as patologias que acometem o organismo ocorrem na maioria das vezes em casos onde a imunidade do indivíduo está baixa, sendo que o sistema nervoso central e o sistema imunológico podem se comunicar de forma a suprimir as funções de defesa, o que resulta em inflamações, alergias e a ocorrência de doenças modernas. O sono da pessoa é o responsável por descansar o cérebro e reorganizar as emoções vividas durante o dia pelo indivíduo, onde o estresse crônico influencia no bom desenvolvimento deste processo, fazendo com que haja alterações no desenvolvimento de funções vitais do organismo humano. A ocorrência excessiva do estresse crônico leva o organismo a desgastar-se, ocasionando fadiga, o que leva a pessoa a sentir-se fraca e sem energia. Em muitos casos, a principal causa da 33 ocorrência da fadiga está diretamente relacionada à sobrecarga de trabalho, o excesso de responsabilidades e a falta de motivação à realização das tarefas do dia a dia. O sedentarismo também é uma das causas pelo desenvolvimento das doenças modernas, onde a automação da sociedade prejudicou a prática de atividade física, sendo este, um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de patologias. É importante ressaltar que a prática de atividade física regularmente já combate este fator, já que seus benefícios aumentam os sistemas de defesa do organismo, porém, os limites do corpo devem ser respeitados. Como principais doenças resultantes da ocorrência do estresse crônico aliado a uma prática sedentária de vida pode-se citar: a obesidade, o diabetes e o câncer (URURAHY; ALBERT, 2005). 3.9 O ESTRESSE NO TRABALHO O estresse no trabalho custa muito caro às empresas, já que sua ocorrência conforme citado anteriormente, pode resultar em muitas doenças. Assim, as exigências de competitividade à que as empresas submetem seus funcionários são verdadeiras “fábricas de estresse”. A ocorrência de estresse no local de trabalho traz às empresas grandes perdas com a incidência cada vez maior do absenteísmo e da perda de produtividade, além de internações hospitalares e de indenizações a que são submetidas periodicamente. O estresse profissional reduz a capacidade do indivíduo de lidar com as emoções de forma equilibrada, sendo que a concentração do trabalhador fica comprometida e conseqüentemente, sua capacidade produtiva. Neste sentido, Ururahy e Albert (2005) afirmam que de acordo com várias pesquisas, as mulheres são bem mais estressadas que os homens, os mais velhos são mais estressados que os mais jovens e os diretores são menos estressados que os gerentes e funcionários. Isso porque, cada empresa produz sua própria categoria de estressados, sendo que o estresse na empresa pode ser constatado com uma observação mais atenta ao comportamento dos colaboradores, que podem ser verificadas como a pressa, a agressividade e o isolamento. Assim, para que uma empresa consiga competir no mercado, ela deve saber lidar racionalmente com o estresse de seus colaboradores, onde haverá maior produtividade e será possível produzir cada vez mais com cada vez menos. É importante ressaltar que a organização deve saber gerenciar o estresse profissional 34 de seus colaboradores, de forma a enfrentar e resolver os fatores fundamentais do estresse, onde a utilização de técnicas gerenciais adequadas reduzem sua ocorrência. Neste sentido, a ocorrência constante do estresse causa alterações das capacidades intelectuais do indivíduo, fazendo com que os efeitos da sobrecarga e da fadiga influenciem em sua concentração. Os dirigentes geralmente são selecionados por sua capacidade de gerir o próprio estresse, o que os faz ascender ao cargo que ocupam, porém, em determinados níveis hierárquicos, o dirigente pode vir a sentir-se sozinho, deprimido e desmotivado a continuar. Desta maneira, o cérebro emocional é voltado a harmonizar o indivíduo, fazendo-o a rever seu estilo de vida e a perceber sua necessidade de mudança, reconhecendo também que é necessário cuidar de si mesmo planejando as atividades do dia a dia. O corpo é a única ferramenta que a pessoa possui para a conquista de seus objetivos de vida, sendo que cuidar da saúde deve ser um compromisso permanente e diário do indivíduo para consigo próprio, com sua família, sua empresa e sociedade. Portanto, os efeitos do estresse crônico podem ser extintos ou reduzidos de forma assustadora se a pessoa perceber quais os níveis máximos de estresse que seu corpo suporta. Isso porque, no mundo moderno as mudanças ocorrem muito rapidamente, as exigências de adaptação são gigantescas e tudo é solicitado para ontem. O esforço profissional exagerado, leva a um esgotamento físico e emocional, já que o mundo não pára. Em contrapartida, as empresas devem estar cada vez mais atentas para apoiar seus colaboradores e orientá-los para cuidar de sua saúde, pois neste caso, as duas partes sairão ganhando, já que o indivíduo poderá atingir seus objetivos de forma saudável e a organização continuará lucrando com o desenvolvimento de seu trabalho de forma harmônica e correta (URURAHY; ALBERT, 2005). As empresas estão utilizando-se de métodos e técnicas cada vez mais avançadas para detectar os níveis de estresse de seus funcionários, onde a realização de um check-up médico e da realização de exames periódicos nos colaboradores pode ser traduzido em ganhos de produtividade pela organização. Desta forma, o dito popular que orienta para a prevenção está corretíssimo neste caso, pois uma vez constatada a patologia, sua cura será mais cara que a prática da prevenção. Quando a organização orienta para práticas saudáveis, o indivíduo muda sua forma de viver, fazendo com que haja a preservação de sua saúde acima de tudo. Para que essa prática ocorra de forma menos custosa possível à empresa, a 35 maioria delas utiliza-se de parcerias com outras empresas, em uma política de ganha-ganha. O respeito à vida e a prática de um estilo de vida saudável é hoje sem dúvida a principal dificuldade dos indivíduos, já que as doenças são somente uma resposta emocional ou física do organismo a níveis intoleráveis de estresse. Desta maneira, a principal causa da mortalidade do homem moderno é o seu estilo de vida, e para mudá-lo, é necessário determinação, força de vontade e perseverança, além de saber planejar e gerenciar sua maneira de viver. Neste caso, uma alimentação inadequada é o início da poluição do corpo, já que uma “máquina” mal alimentada não produzirá os resultados esperados, sendo que a principal função do alimento é repor os gastos energéticos que o corpo necessita utilizar para cumprir suas tarefas diárias. As atividades físicas quando praticadas regularmente são grandes aliadas para o alívio de todo tipo de estresse, inclusive o crônico, pois favorece à prevenção de patologias cerebrais, já que o cérebro é um órgão frágil e a perda de neurônios é irreparável. Portanto, apesar de a correria da vida moderna fazer com que as doenças aumentem cada vez mais, é fundamental que as organizações tenham consciência de que a qualidade dos serviços prestados por seus colaboradores relaciona-se diretamente ao que eles praticam em sua vida diária. 36 4 RESULTADOS Como a empresa analisada conta com 50 colaboradores, percebe-se que 76% são mulheres e 24% homens, sendo que 14% destes têm até 20 anos, 56% tem entre 21 e 35 anos e 30% tem mais de 36 anos, conforme mostra o gráfico 1. Gráfico 1 – Caracterização do colaborador da empresa pesquisada. Londrina – Pr, 2011. Assim, é possível perceber também que maior parte do quadro funcional, exatamente por se tratar de uma questão cultural, já que a atividade da empresa é a dedicação ao ramo da confecção, é formado por mulheres, sendo que maior parte delas tem entre 21 e 35 anos. Desta maneira, são colaboradoras em idade produtiva, lutando para conquistar seus objetivos, porém, conforme mencionado anteriormente, as mulheres são mais sujeitas a quadros depressivos e de fadiga no trabalho quando trabalham contrariadas ou em excesso. O gráfico revela ainda que 72% dos colaboradores são costureiros, 20% são auxiliares e 8% se dedicam a outras atividades. A divisão da função explica a presença maciça entre colaboradores do sexo feminino, já que as mulheres tem mais aptidão para a função historicamente. Do total pesquisado, 24% tem apenas o ensino fundamental concluído, 70% concluíram o ensino médio e 6% terminaram o 37 ensino superior. Desta forma, 22% tem menos de um ano na empresa, 68% tem entre 01 e 03 anos e 10% tem mais de três anos. Percebe-se pela análise destes dados que a empresa possui certa rotatividade de pessoal, pois um índice de 22% de funcionários com menos de um ano é alto se comparado com os 10% que têm mais de três anos. Gráfico 2 – Práticas Emocionais da empresa pesquisada. Londrina – Pr, 2011. O gráfico 2 trata das práticas emocionais do colaborador em seu local de trabalho. Da população analisada, é possível perceber que ao serem questionados se suas percepções sobre a empresa ou as funções que executam são boas, 72% disseram que sim, 22% que não e 6% responderam não saber. É importante ressaltar que apesar de a maioria responder que suas percepções são boas, o índice de 22% que respondeu não é altíssimo, sendo que a empresa deve estar pecando em algum quesito com relação a esses funcionários. Já no questionamento sobre o uso da criatividade para a superação de desafios profissionais, 64% responderam que sim, 26% que não e 10% que não sabe. O índice elevado de 26% que respondeu negativamente pode ser explicado pelo fato de que cada um entende o fator criatividade de uma forma, onde o que é criativo para uns pode não o ser para outros. A questão que revela a expressão das emoções no local de trabalho foi respondida afirmativamente por 56% da população analisada, sendo que 32% responderam negativamente e 12% disseram não saber. Tais índices revelam que 38 maior parte dos entrevistados se sente à vontade para expressar suas emoções no local de trabalho, porém, boa parte deles se sentem desconfortáveis com a prática. Os que disseram não saber revelaram informalmente que responderam assim porque há momentos em que as emoções podem e devem ser expressadas, e há momentos em que não. Ao serem questionados sobre a prática de um comportamento contrariado no local de trabalho para não se prejudicar, 76% respondeu que sim, 10% que não e 14% que não sabe. Como a maioria não se sente à vontade para revelar suas emoções no local de trabalho, maior parte dos colaboradores da organização também se comporta de forma contrariada para não se prejudicar. Isso porque, conforme revelação informal durante a aplicação do questionário, maior parte dos colaboradores alegaram que onde trabalham muitas pessoas, mesmo contrariados, alguns comportamentos não podem ser executados, pois prejudicam o andamento das operações da organização. Gráfico 3 – Práticas Empresariais da empresa pesquisada. Londrina – Pr, 2011. Já o gráfico 3 que analisa as práticas empresariais revela que a empresa no geral não dá a devida atenção à saúde do trabalhador, conforme os índices revelam. Ao serem questionados sobre a avaliação da saúde dos colaboradores periodicamente pela empresa, os colaboradores responderam, de acordo com o gráfico 3, que 6% acredita que a empresa avalia os níveis de saúde de seus colaboradores, enquanto que 84% disseram que não, ficando 10% sem saber responder. Isso se deve ao fato de que para a maioria, a avaliação da saúde deve 39 ocorrer por meio da realização de exames de rotina periodicamente, e a organização não o faz. Já sobre a avaliação de desempenho, 78% disseram que a empresa avalia a atuação dos colaboradores periodicamente, 12% responderam que não e 10% que não sabem. A divergência de opiniões é explicada pelos que responderam negativamente, alegando que avaliar o desempenho não é só medir o que o funcionário produz, mas todo o contexto onde ele trabalha. A população analisada ao ser questionada sobre a aplicação de medidas para a eliminação dos agentes estressores no local de trabalho também teve divergência de opiniões, sendo que 10% disseram que sim, 74% que não e 16% que não sabem. Como agentes estressores foi informado aos funcionários no momento da coleta de dados que é a adequação do local de trabalho à maneira de os funcionários atuarem, sendo que maior parte deles não sentem nenhum esforço da empresa para tornar o local de trabalho mais adequado e confortável ao colaborador. A questão sobre a empresa ouvir as necessidades dos funcionários e atendê-las também apontou para opiniões bem divergentes, sendo que 46% responderam que sim, 34% que não e 20% que não sabe. Esse índice que não soube responder é representado pelos funcionários mais novos da empresa, que ainda não tiveram a oportunidade de realizar essa constatação. Porém, entre os mais antigos, 46% disseram que a organização ouve os funcionários e procura atender às suas necessidades, sendo que é necessário que o colaborador tome a iniciativa de procurar a organização para ter suas deficiências profissionais supridas dentro da empresa. O gráfico 4 trata da existência de agentes estressores na empresa analisada, onde questionados sobre a percepção de suas funções serem consideradas desafios diários, 66% dos entrevistados responderam que sim, 24% que não e 10% que não sabem. Esse resultado não é algo de tamanha preocupação se analisado isoladamente, pois com a correria da vida moderna todas as funções são consideradas desafiadoras na atualidade, já que para manter o emprego o funcionário deverá renunciar de estar com a família por longas horas diárias. Das conversas informais ficou evidente que o motivo pelo qual a maior parte dos entrevistados responderam que consideram o desempenho da função um desafio diário é exatamente por ter que deixar filhos em creches durante o dia todo, na companhia de outras pessoas que as substituem em sua criação. A questão sobre se sentir cansado ou fadigado ao final do dia de trabalho foi respondida afirmativamente por 70% dos entrevistados, negativamente por 22% e 8% disseram 40 não saber. Na verdade, as funções desempenhadas em uma fábrica de costura são extremamente maçantes e cansativas, já que são trabalhos operacionais repetitivos. A empresa já optou por fazer dois intervalos diários, sem acréscimos na carga horária diária desempenhada pelo funcionário, sendo que tal prática foi adotada justamente para fazer com que os músculos dos funcionários não fiquem fadigados ao final do dia. No entanto, como a maioria ainda se sente cansada, é possível perceber que tal prática apenas aliviou o problema, mas não o resolveu em definitivo. Gráfico 4 – Agentes Estressores da empresa pesquisada. Londrina – Pr, 2011. A questão que fala sobre a relação do desempenho da função com o correto funcionamento do organismo deve ser analisada com cautela, já que ao final do dia a maioria dos funcionários se sente cansada e/ou fadigada. Do total de funcionários pesquisados, mais da metade, ou seja, 58% responderam que acham que o desempenho de sua função prejudica de alguma maneira o desempenho de seu organismo, sendo que 32% não vêem uma relação entre uma coisa e outra, e 10% disseram não saber responder à questão, pois alegam que isso somente um especialista seria capaz de argumentar mediante a aplicação de medidas e conhecimentos científicos. Ao serem questionados sobre a empresa poder adotar medidas para aliviar o estresse do funcionário, 82% disseram que poderia haver um maior esforço empresarial nessa questão, já que muitas vezes com medidas simples e com custo mínimo o local de trabalho pode ficar mais atrativo e confortável ao funcionário. Uma pequena parte, ou seja, 10% disseram que a empresa já fez tudo o 41 que dava para fazer para que ocorresse o alívio do estresse, sendo que 8% disseram não saber responder à questão, pois alegam não entender muito sobre quais são os agentes estressores presentes em sua prática diária. Gráfico 5 – Prática da Inteligência Emocional da empresa pesquisada. Londrina – Pr, 2011. O gráfico 5 trata da prática da Inteligência Emocional propriamente dita e realizada de forma involuntária pela organização, já que nem o gestor de recursos humanos domina os conceitos teóricos da matéria. Para que a Inteligência Emocional esteja presente na organização, é fundamental que ela incentive a prática de esportes ou de atividades físicas que favoreçam e promovam a saúde de seus colaboradores. Dos entrevistados, 32% disseram praticar alguma atividade física regularmente, porém, 52% disseram que não pratica nenhum tipo de atividade, sendo que 16% disseram não saber se suas atividades diárias já não podem ser consideradas como atividades físicas. Assim, como o quadro funcional é composto basicamente por mulheres, maior parte delas ao saírem da empresa vão pra casa e realizam suas atividades domésticas de lavar, passar e cozinhar, por exemplo. Desta maneira, para elas, essas atividades já se constituem em práticas que melhoram o condicionamento físico. No entanto, é importante ressaltar que uma atividade física deve ser realizada de forma correta e direcionada, e se possível, com o acompanhamento de um profissional de educação física. Dos que responderam que praticam atividades físicas regularmente, maior parte deles é matriculado em uma academia de ginástica existente na cidade e realizam suas práticas físicas com o 42 acompanhamento de um profissional. Ao serem questionados sobre a preocupação com a saúde e o bem estar corporal 42% disse se preocupar, 34% que não se preocupam e 24% que não soube responder. É importante ressaltar que essa falta de preocupação com a saúde do corpo por maior parte dos colaboradores é um fator que pode revelar certo nível de estresse na organização, pois de 100% da população analisada, 34% é um índice muito alto. Assim, dos 42% que disseram se preocupar pode-se perceber que muitos deles apenas se preocupam, mas que não fazem nada para preservar o bom condicionamento e desempenho de seu corpo. A questão sobre a prática de hábitos saudáveis de lazer nos momentos de folga foi respondida afirmativamente por 44% dos entrevistados, sendo que 30% disseram que não e 26% que não saber o que pode ser considerado um hábito saudável. Desta maneira, é importante lembrar que os que responderam afirmativamente consideram que um hábito saudável não se resume à prática de atividades físicas, que pode ser bem mais abrangente que isso, incluindo até mesmo, passar bons momentos na companhia de pessoas agradáveis para a práticas de boas conversas. Sendo assim, como 30% disseram não ter hábitos saudáveis, pode-se perceber que a empresa não realiza campanhas periódicas para a disseminação e implantação da inteligência emocional em suas dependências. Desta maneira, ao serem questionados sobre a preservação dos bons pensamentos e a extinção dos maus, 68% disse que realiza a prática, mostrando que o quadro de colaboradores, mesmo indiretamente, já pratica a inteligência emocional por si só, procurando manter a saúde de sua mente e a qualidade de seus pensamentos. Para os que responderam negativamente, ou seja, 24% essa questão não é algo relevante em suas vidas, mostrando assim, a falta de entendimento dessa parcela da população analisada. Do total pesquisado, 8% disseram não saber responder à questão, pois nunca prestaram a devida atenção nessa questão. 43 5 ANÁLISE DOS RESULTADOS As constatações realizadas no item “exposição dos dados” revelam que a organização não se preocupa com a prática da Inteligência Emocional em suas dependências, reafirmando a tese de que nas cidades menores, a luta pela sobrevivência empresarial é bem maior do que nos grandes centros. A grande competitividade do mercado leva as empresas a focar somente resultados, onde maior parte delas se esquece de cuidar e de tratar bem seu quadro funcional. Além do mais, nos locais menores, devido ao baixo volume de impostos recolhidos, as estratégias governamentais de fiscalização geralmente não contemplam a exigência de boas práticas. Desta maneira, como praticamente não existe fiscalização, as pequenas e médias empresas trabalham em um cenário de grande desigualdade, onde as organizações que tentam fazer o que é correto legalmente, muitas vezes são obrigadas a fechar suas portas devido à existência da concorrência desleal. Assim, como não há fiscalização sobre a maneira de os colaboradores serem tratados no local de trabalho, somente os que se sentem prejudicados e entram na justiça é que são ouvidos e têm seus casos analisados cuidadosamente. Na empresa analisada é possível perceber que há grande vontade de aliar o conforto do funcionário ao desempenho de sua função, porém, a correria diária não permite que isso seja realizado, já que as metas para a sobrevivência empresarial devem ser atingidas. A prática da inteligência emocional nessa organização não ocorre por parte da iniciativa empresarial, porém, com o advento dos meios de comunicação maior parte dos funcionários já se preocupa com a qualidade de seu condicionamento físico para conseguirem desempenhar com êxito suas funções empresariais. Desta forma, é possível perceber que maior parte dos colaboradores é consciente de que da qualidade de seu estilo de vida depende sua eficiência profissional, e que um profissional deve ser alguém que tenha capacidade de lidar com sabedoria com relação a seus sentimentos e emoções. No primeiro item da pesquisa realizada, o questionário foi direcionado a identificar o colaborador, sendo constatado que maior parte do quadro funcional da organização é do sexo feminino, tem entre 21 e 35 anos, desempenham a função de costureiras, possuem o ensino médio completo e tem de 01 a 03 anos na empresa. Percebe-se dessa forma, que a tendência cultural de ocupação da função de 44 costureiro por parte de mulheres ainda está presente na empresa, sendo que os homens que fazem parte do quadro funcional são auxiliares de costura, ou seja, se dedicam a auxiliar as costureiras no desenvolvimento de suas funções. O fato de maior parte dos colaboradores ter entre 21 e 35 anos revela que o quadro funcional é relativamente jovem e que as pessoas estão em plena idade produtiva, já que o esgotamento profissional ocorre após esse período. Por possuírem o ensino médio completo é possível entender que esse pessoal é relativamente instruído, porém, para o desempenho de funções operacionais, muitas das habilidades do colaborador poderão não serem desenvolvidas. O tempo de permanência na empresa é algo fundamental a ser analisado, já que relaciona-se diretamente ao índice de rotatividade de pessoal na organização. O segundo quesito pesquisado se refere às práticas emocionais dos colaboradores, onde maior parte deles disseram que suas percepções sobre a empresa onde trabalham são boas, onde trabalham desempenhando suas funções com criatividade para a superação dos desafios, expressando em seu comportamento suas emoções reais, porém, em maior parte das vezes se comportam de forma contrariada para não se prejudicar no trabalho. Essas respostas revelam que os funcionários gostam da organização e da função que executam, utilizando-se de maneiras criativas para superar os desafios que surgem, se comportando com a expressão de suas emoções reais. No entanto, muitas vezes para não se prejudicar, os colaboradores da organização revelaram que se comportam de forma contrariada, revelando um esforço maior para a convivência em grupo. Já o terceiro quesito analisado que tratou das práticas empresariais revelou que a empresa não realiza em seu quadro funcional exames médicos para avaliação da saúde de seus colaboradores, onde problemas simples de origem profissional poderiam ser constatadas e tratadas logo em seu início. Contraditoriamente, a organização avalia o desempenho do colaborador periodicamente, revelando uma discrepância com relação ao primeiro fator pesquisado, já que se ela não cuida para que a saúde do colaborador esteja em ordem. É importante lembrar que avaliação de desempenho por parte dos funcionários é vista como grande gerador de estresse, já que quem não atinge as metas estipuladas recebe maiores cobranças. Maior parte dos entrevistados disseram que a organização não busca, desenvolve e nem aplica medidas para a redução ou eliminação dos agentes estressores no local de trabalho, 45 revelando que a empresa aparentemente não se preocupa com a qualidade e conforto do ambiente organizacional ao colaborador. Porém, fatores como a competitividade mercadológica citada anteriormente pode explicar tal “despreocupação” já que para se manter as pequenas e médias empresas, principalmente as localizadas nas pequenas e médias cidades se esforçam demasiadamente para se manterem. Ao serem questionados sobre a empresa ouvir e atender às necessidades dos funcionários, maior parte deles respondeu que a empresa ouve e atende às solicitações dos colaboradores, ressaltando assim, que o fator competitividade e falta de tempo são os principais responsáveis pela falta da prática da inteligência emocional na empresa analisada O quarto quesito visava ao entendimento sobre os principais agentes estressores presentes no local de trabalho de acordo com as concepções dos colaboradores, onde questionados sobre a relação da função a um desafio diário, maior parte dos entrevistados disse que trabalhar e manter o emprego em uma confecção é realmente desafiante. Isso pode ser explicado pelo fato de que como a empresa precisa cumprir as metas para conseguir honrar com seus compromissos, ela cobra do colaborador uma produtividade cada vez maior e com a utilização de um volume cada vez menor de recursos. Essa cobrança constante, vale lembrar, com o tempo traz grandes conseqüências na vida emocional do colaborador, sendo traduzida em níveis elevados de estresse e patologias profissionais. O cansaço ou fadiga no final do dia de trabalho que foi respondida afirmativamente pela maioria dos funcionários já é um fator de preocupação, já que se não forem adotadas medidas imediatas para sua redução ou extinção, em longo tempo, esses colaboradores poderão ser acometidos com o estresse crônico ou com a incidência de doenças profissionais, ocasionando gastos à organização que é responsável por sua incidência. Por isso, é importante ressaltar também que maior parte dos entrevistados considera que o desempenho de sua função profissional prejudica o bom funcionamento de seu organismo de alguma forma, onde acreditam que em longo prazo serão acometidos por alguma patologia profissional. Essa percepção ocorre da prática diária do colaborador, onde sua resposta não tem outro fundamento senão nessa base. Para uma alegação de cunho científico, é importante lembrar que haveria a necessidade da contratação de profissionais especializados nessa área, onde estudos e experimentos deveriam ser realizados para dar um diagnóstico 46 preciso sobre essa possibilidade. Assim, maior parte dos colaboradores entrevistados disseram que a empresa pode adotar medidas simples e com um custo mínimo para proporcionar o alívio do estresse funcional, onde apenas um olhar mais atento poderia mostrar aos gestores o que poderia ser feito. Desta forma, é possível perceber que o quadro funcional é consciente que o local de trabalho gera determinado tipo de estresse e que se a organização fosse pouco mais atenta, muitos desses fatores seriam diminuídos ou até mesmo extintos. Sendo assim, o quinto e último quesito analisado buscou verificar se há a prática involuntária da inteligência emocional na organização, já que questionado sobre seu entendimento das teorias relacionadas ao tema, o gestor de recursos humanos disse não conhecê-las. Desta maneira, maior parte dos funcionários não pratica atividade física periodicamente, apesar de desempenharem funções operacionais de quase nenhuma movimentação física. Apesar de não direcionarem parte de seu dia à prática, os colaboradores disseram se preocupar com a saúde e bem estar corporal, revelando que teoricamente eles entendem os benefícios que a prática de atividade física regularmente pode proporcionar. É importante lembrar que a preocupação não é suficiente, já que ela aliada à falta de prática também pode ser traduzida na elevação nos níveis de estresse funcional. Cabe nessa situação à organização praticar ações para motivar os colaboradores à prática regular de uma atividade física para proporcionar seu bem estar físico e mental. Maior parte dos colaboradores entrevistados alegaram que tem hábitos saudáveis em seus momentos de folga, onde para eles, estar com a família ou na companhia de pessoas agradáveis para um simples bate papo é considerado um hábito saudável. Vale ressaltar que para responder à essa questão os colaboradores não relacionaram hábito saudável com atividade física, porém, a relação teórica entre esses dois fatores é evidente, já que de nada adianta ficar com a família todos os finais de semana comendo além do necessário e consumindo bebida alcoólica, mesmo que a conversa seja agradável. Nessa questão a empresa poderia atuar também, mostrando através de dados práticos que quem come somente o necessário e não consome bebidas alcoólicas ou usa drogas tem maiores possibilidades de alcançar o sucesso pessoal e profissional. Neste sentido, uma maioria maciça dos entrevistados disseram que sempre procuram preservar os bons pensamentos e extinguir os maus logo que surgem em suas mentes. Essa consciência é importante e revela que os colaboradores já tem noções de 47 inteligência emocional em sua vivência prática, sendo preciso apenas, um maior direcionamento da empresa para que isso se reflita em resultados positivos e satisfatórios à organização. Assim, é possível verificar que apesar de não aplicar concepções de inteligência emocional com esse nome, a organização é um campo fértil para a prática já que a maioria dos colaboradores tem o perfil adequado à implantação. Cabe à empresa um maior esforço de buscar as concepções teóricas e aliá-las à sua prática diária, onde a busca somente por metas e mais metas impossibilita a vivência do quadro funcional com qualidade de vida e bem estar. Com a implantação de concepções de inteligência emocional a organização estará cumprindo com seu papel social, onde ela devolverá aos que a ela auxiliam, além do salário pago, a possibilidade de viver com qualidade, respeitando o colaborador como ser humano e dependente da satisfação de suas necessidades fisiológicas para obter bons resultados no desempenho de sua função. É importante ressaltar que todos ganham com isso, já que a modernidade e o advento dos meios de comunicação não deixaram outra brecha para que as empresas possam crescer e se manter nesse mercado de extrema competitividade. 48 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante das constatações realizadas foi possível perceber que as mudanças proporcionadas pelo advento dos meios de comunicação e a globalização são extremamente desgastantes pelo trabalhador inflexível. Os que têm dificuldades de implantar alterações em sua maneira de realizar as tarefas têm maior propensão a desenvolver patologias da vida moderna, como o estresse, o diabetes e a obesidade. Desta maneira é possível perceber que a estrutura emocional do indivíduo, quando trabalhada de forma a se flexibilizar durante os períodos de mudança, permite que melhores resultados sejam alcançados pelas organizações, sobretudo na linha produtiva das empresas, onde os níveis de estresse são maiores. Neste sentido, a criatividade e a capacidade de decisão são fundamentais para que o trabalhador consiga superar os obstáculos que sua função exige, já que as emoções são consideradas atualmente como o “combustível da vida”. Assim, é possível constatar que tudo passa por elas, e estas são consideradas por escritores como Daniel Goleman, Gilberto Ururahy e Eric Albert como a principal responsável pelo bem estar cerebral do indivíduo. Esses autores desenvolveram importantes contribuições para a difusão e implantação das teorias de inteligência emocional nas empresas, onde o principal membro corporal a ser trabalhado é o cérebro emocional do indivíduo. Assim, é importante ressaltar que dependendo do comportamento do colaborador é possível entender o que se passa com suas emoções, sendo necessário ao gestor de recursos humanos estar atento e fazer constante relação entre comportamento e emoções entre seus colaboradores. Desta maneira, para que uma organização tenha sucesso, é fundamental que ela entenda qual a anatomia da emoção nas pessoas, quais os caminhos que sentimentos universais como a alegria e a raiva percorrem até causarem efeitos devastadores no organismo humano. Assim, a ciência moderna por meio da física e da química dá noção de como o cérebro emocional se comporta diante dos estímulos recebidos pelo meio onde o indivíduo está inserido. Neste sentido, constitui-se de fundamental importância que as organizações, independente de seu porte, compreendam o estresse, e vençam o desafio de buscar meios para superá-lo. Para isso, é imprescindível compreender também o impacto biológico que os agentes estressores presentes no local de trabalho trazem na vida dos trabalhadores, onde se deve atuar em suas causas e não em suas 49 conseqüências, já que isso por si só já extinguirá o problema. No entanto, independente de como o colaborador se comporta no local de trabalho, é fundamental também que a organização destine parte de sua atenção à vida particular do trabalhador, já que muitos deles são capazes de se estressar por levar uma vida solitária, o que repercute em baixa produtividade profissional. A vida particular do funcionário é parte determinante de seu sucesso empresarial, onde a identificação de fatores de risco poderão ser tratados e solucionados antes que resultados indesejáveis ocorram. Assim, foi possível perceber também que as mudanças às quais as organizações se vêem obrigadas à adequação produzem reações estressantes na maioria das pessoas, inclusive nos gestores e proprietários das empresas. Desta forma, é extremamente perigoso à saúde humana que reações estressantes se repitam por longos períodos, pois o estresse não é considerado uma resposta automática aos estímulos recebidos, mas certa resistência às mudanças impostas pela sociedade. Desta forma, o mecanismo do estresse deve ser compreendido pela organização, em particular pelos gestores de recursos humanos, que deverão entender como ele se comporta e quais seus impactos e reações no organismo e na manutenção da qualidade de vida das pessoas. No entanto, devido à dificuldade de se diagnosticar quais os agentes estressores existentes no local de trabalho, é fundamental que a empresa promova entre seus colaboradores o condicionamento da saúde e uma avaliação dos níveis de estresse de seus funcionários, já que de posse desses dados será possível utilizar-se de meios científicos para sua extinção. Neste sentido, o estresse é considerado atualmente uma das doenças modernas, que quando não tratado em tempo leva a pessoa ao desenvolvimento de patologias mais graves e sérias, como a depressão, a ansiedade, a baixa imunidade, a fadiga, o sedentarismo, a obesidade, o diabetes e doenças do coração. Umas das principais causas da depressão é a ansiedade excessiva, onde o indivíduo não consegue controlar adequadamente suas emoções, fazendo com que seu corpo sinta os impactos desse descontrole. Essas doenças são dificilmente diagnosticadas, já que são desenvolvidas no cérebro e somente uma observação criteriosa na maneira do indivíduo se comportar é que determinará ou não sua ocorrência. Diante do exposto, pode-se considerar o estresse no trabalho como uma das principais causas no aumento dos custos das empresas, já que o que está 50 diferenciando uma organização de outra é sua capacidade de trabalhar de forma adequada com seus recursos humanos. Desta forma, é importante ressaltar que a organização deve estar sempre atenta e evidenciar quem está estressado na empresa, onde já é de conhecimento público que cada um produz sua própria categoria de estressados, seja por comportamento inadequado do gestor, seja pela falta de investimento no diagnóstico e redução dos agentes estressores no local de trabalho. Neste sentido, é fundamental detectar como se manifesta o estresse na empresa, já que esse é o principal desafio de competitividade às organizações modernas, onde seu correto gerenciamento traduz em uma redução no estresse dos dirigentes e conseqüentemente, dos seus subordinados. Sendo assim, para que a teoria da inteligência emocional seja passível de implantação nas organizações e estas consigam promover uma melhor qualidade de vida a seus subordinados, é fundamental entender as patologias modernas, já que estas se manifestam ou não dependendo da maneira que o colaborador vive. Diante do exposto é possível perceber que o estilo de vida do colaborador deve ser conhecido pela empresa, onde os limites do homem moderno devem ser conhecidos, principalmente no que diz respeito à sua mente. Neste sentido, vários estudos, pesquisas e experimentos estão sendo realizados ultimamente para constatar e detectar qual a maneira adequada de uma organização tratar seus recursos humanos, onde a identificação no corpo de comportamentos que levem à manifestação do estresse é fundamental para a conquista de resultados satisfatórios nesses estudos. Assim, o conhecimento da população envolvida no quadro funcional, bem como seu perfil deve ser mantida em um banco de dados pela empresa, onde parcerias com outras instituições poderão ser realizadas para a realização de avaliações e exames complementares periodicamente, a fim de detectar alterações no organismo humano em decorrência dos seus níveis de estresse. Vale lembrar que o corpo sempre dá sinais de que há algo que não está indo bem, onde sua constatação precoce poderá retardar ou até mesmo extinguir o problema ora iniciado. Vários quadros clínicos agudos se não forem tratados adequadamente e em tempo hábil poderão evoluir para doenças que até então não tem cura, como o câncer, por exemplo. Desta maneira, a organização é responsável por promover em seu quadro funcional a saúde e o bem estar, onde o respeito à vida deve estar acima de 51 qualquer meta a ser atingida. É importante ressaltar que a imposição de metas sem o fornecimento de meios adequados ao seu atingimento é por si só um desencadeador de estresse entre os colaboradores. Como o estilo de vida do colaborador é o grande responsável por desenvolver patologias em seu corpo, a organização também deve estar atenta para que isso não se desenvolva, onde fornecer materiais adequados ao colaborador e no momento em que este solicitar já poderá resolver parte dos problemas. Assim, a atividade de planejamento das atividades e de um gerenciamento adequado da qualidade de vida do funcionário, bem como a realização de uma alimentação adequada, sem o uso de estimulantes e com a realização da prática de atividades físicas por si só já reduzem significativamente os níveis de estresse entre os colaboradores. É fundamental que a organização promova entre seus funcionários a prática de esportes, exigindo que estes se mexam, pois assim, uma higiene cerebral será possível, já que as atividades físicas promovem uma maior oxigenação do cérebro, o comandante das funções vitais do organismo. Neste sentido, os cuidados com a memória são essenciais, dormir uma boa noite de sono, rir, conversar, ter amigos sinceros já são medidas que o próprio colaborador poderá adotar para não incidir no erro de levar uma vida conturbada e propensa ao desenvolvimento de doenças. Assim, uma correta gestão das emoções, da família e da atividade profissional garante que o colaborador se sinta útil à organização onde atua, fazendo-o sentir-se fundamental ao desenvolvimento da sociedade e da implantação de melhorias nas áreas que o cercam. Um colaborador consciente é fundamental para que a implantação de teorias com a da inteligência emocional seja realizada com sucesso, pois ao perceber sua necessidade, os funcionários trabalharão de forma mais adequada, promovendo melhorias para sua vida pessoal e conseqüentemente para a organização onde atuam. Na empresa pesquisada, foi possível entender que essa realidade de implantação da teoria da inteligência emocional ainda é uma meta distante a ser alcançada, principalmente em locais de pequeno e médio porte, como no caso da localização da organização analisada. Neste sentido, foi possível entender que há uma tendência para essa implantação, porém, a falta de conhecimento e da busca dele, faz com que a qualidade de vida dos colaboradores fique comprometida, já que são impostas metas e mais metas para que os colaboradores atinjam. As mudanças cada vez mais rápidas e necessidades de adequação da produção fazem com que 52 um estresse seja desenvolvido no colaborador, sendo este o principal responsável pelo desencadeamento de doenças como o diabetes, a depressão e a obesidade entre o quadro funcional das pequenas empresas. No entanto, a necessidade de lutar para conseguir se manter no mercado competitivo faz com que as pequenas organizações nem tenham tempo de buscar melhorar e manter seu quadro funcional com qualidade de vida. Principalmente para os colaboradores mais antigos, é possível perceber que a inflexibilidade é em longo prazo traduzida como abuso de alimentação, que conduz a pessoa à obesidade; abuso de drogas ou álcool, que leva o indivíduo a quadros depressivos; abuso da capacidade corporal, que pode ocasionar várias doenças profissionais modernas, as chamadas atualmente de Distúrbios Ocasionados pela Repetição no Trabalho – D.O.R.T.. Assim, é possível perceber que várias são as conseqüências da empresa não se preocupar com a qualidade de vida do funcionário, onde na organização analisada é possível percebe que há um terreno fértil para a implantação da inteligência emocional, já que na medida do possível a empresa se preocupa em ouvir as necessidades dos funcionários e a solucioná-las. Desta forma, o quadro funcional da organização analisada por ser composto basicamente por mulheres, sendo maior parte destas, donas de casa, mães e esposas, o incentivo à prática de atividade física fica comprometido, já que ao chegar do trabalho a maioria delas ainda vai cuidar das atividades domésticas, dos filhos e do esposo, não sobrando tempo ocioso para essa prática. Assim, é fundamental que seja despertada uma consciência de que quando possível, elas devem realizar uma caminhada, praticar esportes ou em alguns casos onde haja possibilidade, freqüentar uma academia de ginástica. Assim, os benefícios dessa prática e deste despertar poderão ser sentidos pelas empresas no momento em que estas estiverem diante de desafios mercadológicos, já que seu quadro funcional estará sadio e emocionalmente preparado para buscar e implantar as mudanças que se fizerem necessárias. Desta forma, ao gerir suas emoções de forma consciente, com respeito ao próximo e à organização onde atuam, o colaborador se sentirá parte indispensável à empresa para a busca de seus objetivos, percebendo assim uma política de ganha-ganha, onde todos são beneficiados pelo trabalho que executam. Na empresa pesquisada foi possível perceber que maior parte dos colaboradores acham que a empresa lucra muito com seu trabalho, e uma mínima parte é devolvida a eles em forma de salário. 53 Diante do exposto, é importante ressaltar que a competitividade não permite que as organizações atuais aufiram lucros exorbitantes como ocorria antigamente; que a elevada carga tributária presente no país absorve boa parte do preço do produto, sendo necessário que a empresa tenha “jogo de cintura” para conseguir sobreviver em um local onde por outro lado há grande informalidade e pouca fiscalização. Neste sentido, no momento em que o colaborador toma ciência destes fatos, é possível que ele entenda que a empresa também luta para se manter, que seu trabalho bem realizado e sua dedicação são fundamentais para que resultados satisfatórios sejam alcançados por todos. A globalização e a abertura de mercados internacionais trazem maior possibilidade de comercialização entre os países, em contrapartida, promove uma universalização dos produtos e dos serviços, cujos meios produtivos serão distinguidos somente pela utilização de mão-de-obra adequada e direcionada a cada tipo de produto. Desta forma, ao atuar em um mercado de extrema competitividade como no caso do ramo de confecções, as empresas são obrigadas a reduzir seus custos permanentemente, fazendo com que o funcionário seja adequado a novas políticas constantemente. Assim, cuidados simples com o corpo tornará o colaborador mais apto a absorção das mudanças necessárias ao processo produtivo, já que sua adequação deverá ser realizada independente de este aceitar ou não. O ramo de confecções é extremamente competitivo e exige preparo de seus recursos humanos para que não ocorram perdas no processo produtivo, onde uma peça errada que entra na linha produtiva pode comprometer a qualidade de um lote e causar grandes perdas à organização. Desta forma, ao incentivar o colaborador à prática de atividade física, a organização estará proporcionando maior oxigenação dos tecidos nervosos do colaborador, onde o cansaço e a fadiga serão afastados ao final do dia de trabalho. A análise da caracterização do colaborador permitiu verificar que o quadro funcional da empresa analisada é formado por mulheres, sendo estas mais propensas ao desenvolvimento de depressão, sendo que na organização pesquisada maior parte dos colaboradores alegou se comportar contraditoriamente em algumas situações para poder conviver com o restante da equipe e assim manter seu emprego. Vale lembrar que um comportamento contraditório, principalmente por mulheres é um grande estimulador do estresse crônico e do desenvolvimento de depressão, já que mesmo expressando as emoções de forma sincera, na maioria das vezes as colaboradoras responderam se comportar contraditoriamente. 54 Neste sentido, é possível perceber também que na organização estudada ouvir o funcionário é uma das únicas práticas existentes, já que a empresa não realiza em seu quadro funcional exames periodicamente a fim de detectar patologias em seu início. Desta forma, os colaboradores ao perceberem a necessidade da implantação de medidas por parte da organização de medidas preventivas aos agentes estressores, sugeriram que ela poderia direcionar um esforço maior nessa prática. Informalmente e fora da entrevista, alguns funcionários alegaram também, que na cidade onde a organização está inserida, não há muitas opções de trabalho, sendo o ramo de costura um dos que mais empregam. Assim, ao analisar a informação mercadológica sugerida por um colaborador, foi possível entender que nos locais menores não há muita opção de trabalho, sendo que quem não puder ou não quiser trabalhar na roça deve aprender a costurar e trabalhar sentado, mesmo que não tenha aptidão para a função. Neste sentido, é importante lembrar, que por se tratar de uma cidade pequena, onde praticamente não há opções, uma empresa se preocupar com a implantação das teorias de inteligência emocional, apesar de ser algo extremamente relevante à prática empresarial, é algo raro de ser visto. Na organização analisada grande espanto foi causado na constatação de que seria sim, possível implantar a inteligência emocional, pois a cultura empresarial já é voltada inconscientemente à prática e os colaboradores que se mantiveram na organização por mais de um ano possuem o perfil necessário. No entanto, toda mudança deve ser cuidadosamente calculada e planejada para não ser implantada de uma vez e causar mais estresse aos colaboradores devido à grandeza da mudança. Assim, caso o gestor entenda a necessidade de trabalhar os conceitos da inteligência emocional em seu quadro funcional, isso deverá ocorrer de forma gradativa e silenciosa, sem a necessidade de maiores alardes para sua realização. Diante do exposto, é possível perceber que todas as organizações podem e devem trabalhar as concepções de inteligência emocional entre seu quadro funcional, pois um sistema nervoso íntegro permite ao colaborador desempenhar de forma mais correta e direcionada sua função. Aos gestores de recursos humanos, é possível o entendimento de que o trabalho repetitivo por horas ininterruptas pode proporcionar grande sensação de cansaço e fadiga. Os meios para sua extinção ou redução são percebidos pelas organizações no momento em que estas dispõe de práticas para melhorias neuropsíquicas ao colaborador, fazendo com que este mantenha sua mente saudável e livre de pensamentos que podem ocasionar estresse. 55 Um colaborador sadio é alguém disposto a fazer o melhor de si, a doar-se em função de seu trabalho e de sua empresa, onde ações organizacionais aliadas a uma prática diária de atividade física proporcionam resultados imensamente satisfatórios. Assim, é possível perceber que os efeitos positivos da utilização da inteligência emocional nas organizações podem ser medidos em maior produtividade, na possibilidade de produzir cada vez mais com cada vez menos recursos, anunciando assim, a escassez de matérias-primas a que o mundo vive. Crises poderão ser suplantadas de forma mais rápida e harmônica se os colaboradores das organizações se sentirem motivados a buscar melhorias, a praticar e preservar emoções positivas em sua rotina diária. Desta maneira, a atividade física aliada a uma boa noite de sono e práticas hábitos saudáveis de alimentação, por exemplo, podem ser implantados em qualquer organização e entre qualquer tipo de colaborador, onde seu incentivo tende apenas a proporcionar benefícios. Desta forma, o trabalho exagerado e o desequilíbrio entre a aptidão e a ambição de vida trazem inúmeros malefícios à saúde do colaborador, já que ocasiona problemas sérios de ordem emocional nas pessoas. Os pensamentos ruins podem ser traduzidos em práticas desastrosas, como até mesmo o suicídio, já que o funcionário não vê outra alternativa a não ser a retirada da própria vida. Ao perceber que não há como se livrar do problema e sentindo-se sozinho sem o apoio da organização ou da família, o colaborador não produz, comprometendo a qualidade dos produtos fabricados. No caso das confecções, as roupas sairão com defeito sendo necessário grande esforço do departamento de vendas para conseguir vendêlas. Neste sentido, fica evidente que as organizações que se destacam no cenário econômico atual são as que valorizam o colaborador como pessoa humana, que o tratam de maneira justa, respeitosa e adequada. O diferencial entre as organizações está sendo a possibilidade de utilizar com racionalidade o trabalho humano, o que só é possível com comprometimento, motivação e valorização social. 56 BIBLIOGRAFIA BERGAMINI, C. W. Desenvolvimento de Recursos Humanos. Uma estratégia de Desenvolvimento Organizacional. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1987. BRASIL. PAER – Pesquisa da Atividade Econômica Regional: Suplemento Inovação Tecnológica. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/inotec.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2011. CARRATO, M. A. P. Ética na pesquisa científica com seres humanos – a dignidade como meta e como realização do estado democrático de direito. Rev. Ciên. Jur. e Soc. da Unipar. Umuarama. v. 11, n. 1, p. 127-140, jan./jun. 2008. CHIAVENATO, I. Administração de Recursos Humanos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1980. _______. Recursos Humanos. 6ª Ed. São Paulo: Atlas, 2000. COBRA, N. Semente da Vitória. São Paulo: Senac, 2002. FARIA, C. A. Definição de Liderança. Disponível em: http://www.merkatus.com.br/10_boletim/73.htm>. Acesso em: 13 jun. 2011. < FERREIRA, F. Inteligência Emocional. Disponível em: < http://www.acasadoaprendiz.com.br/inteligencia_emocional.html>. Acesso em: 05 jun. 2011. FLEURY, A.; FLEURY, M. T. L. 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Assim, é fundamental à empresa avaliar como estão os níveis motivacionais de seus funcionários, como anda sua saúde e quais práticas poderão ser adotadas para a prevenção de patologias na vida do trabalhador, por isso, pedimos sua colaboração para responder à seguinte pesquisa. 1. Caracterização do colaborador Gênero ( ) Masculino ( ) Feminino Idade ( ) até 20 anos ( ) 21-35 anos ( ) 36 ou mais Categoria ( ) Costureiro ( ) Auxiliar ( ) Outro Grau de Instrução ( ) Ens. Fundament ( ) Ens. Médio ( ) Ens. Superior Tempo de trabalho ( ) Menos de 01 ano ( ) 01 a 03 anos ( ) 03 anos ou mais 2. Práticas emocionais Suas percepções sobre a empresa e/ou função que executa são boas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não Sei Você utiliza-se de criatividade para superar os desafios profissionais? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não Sei Você expressa suas emoções no local de trabalho? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não Sei Você se comporta de forma contrariada constantemente para não se prejudicar no trabalho? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não Sei 3. Práticas empresariais A empresa avalia a saúde de seus colaboradores periodicamente? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não Sei A empresa avalia o desempenho de seus funcionários? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não Sei A empresa aplica medidas para eliminação dos agentes estressores do local de trabalho? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não Sei A empresa ouve os funcionários e atende suas necessidades? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não Sei 4. Agentes estressores Você acredita que sua função é um desafio diário? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não Sei Você se sente cansado ou fadigado ao final do dia de trabalho? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não Sei Você acha que o desempenho de sua função profissional prejudica o funcionamento de seu organismo? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não Sei Você acha que a empresa pode adotar medidas para aliviar o estresse do funcionário? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não Sei 5. Prática da inteligência emocional Você pratica atividade física periodicamente? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não Sei Você se preocupa com sua saúde e com o bem estar do seu corpo? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não Sei Você tem hábitos saudáveis de lazer em seus momentos de folga? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não Sei Você procura preservar seus bons pensamentos e extinguir os maus? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não Sei Agradecemos sua valorosa colaboração!