Triunfo da Independência Nacional JOSÉ MARIA BARRETO JOSÉ MARIA BARRETO Nasceu a 21 de Maio de 1957, em Assomada, Santa Catarina. Licenciou-se em 1985, em Pintura Monumental pela Academia de Belas Artes de S. Petersburgo, com o grau de “Master of Fine Art” pela mesma Academia. Fez diferentes estágios e seminarios de formação em Genève (Suiça), Lisboa (Portugal), Dar-es-Salaam (Tanzània), Dakar (Senegal) e Madrid (Espanha). E já fez mais de duas dezenas de exposições individuais em Cabo Verde e em varios países estrangeiros, da Europa, da África e das Américas. Tendo como fulcro central e fundamental do seu labor o Homem e a Vida, as suas telas constituem como que um canto, ou uma poesia ao e do povo cabo-verdiano. Ou, melhor dizendo, consubstanciam-se como testemunhos de uma saga, ou a epopeia pictórica caboverdiana, em que os aspectos mais significativos dos hábitos e costumes da população, o quotidiano dramático e trágico da vivência ilhoa, bem como uma certa filosofia e postura de vida são captados. Triunfo da Independência Nacional JOSÉ MARIA BARRETO Câmara Municipal de PONTE DE SÔR Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas 46 JOSÉ MARIA BARRETO Nasceu a 21 de Maio de 1957, em Assomada, Santa Catarina. Licenciou-se em 1985, em Pintura Monumental pela Academia de Belas Artes de S. Petersburgo, com o grau de “Master of Fine Art” pela mesma Academia. Fez diferentes estágios e seminarios de formação em Genève (Suiça), Lisboa (Portugal), Dar-es-Salaam (Tanzània), Dakar (Senegal) e Madrid (Espanha). E já fez mais de duas dezenas de exposições individuais em Cabo Verde e em varios países estrangeiros, da Europa, da África e das Américas. Tendo como fulcro central e fundamental do seu labor o Homem e a Vida, as suas telas constituem como que um canto, ou uma poesia ao e do povo cabo-verdiano. Ou, melhor dizendo, consubstanciam-se como testemunhos de uma saga, ou a epopeia pictórica caboverdiana, em que os aspectos mais significativos dos hábitos e costumes da população, o quotidiano dramático e trágico da vivência ilhoa, bem como uma certa filosofia e postura de vida são captados. CATÁLOGO N. 46 Éditions du Festival Sete Sóis Sete Luas 1) El puerto de las Maravillas – Los navios antiguos de Pisa, 2001. T.: Stefano Bruni e Mario Iozzo. Ed.: PT, ES 2) Maya Kokocinsky, Translusion II, 2002. T.: Pinto Teixeira. Introduction de Oliviero Toscani. Ed.: PT, ES. 3) Oliviero Toscani, Hardware+Software=Burros, 2002. Ed.: IT, PT. 4) As personagens de José Saramago nas artes, 2002. Introduction de José Saramago. Ed.: PT. 5) Stefano Tonelli, Nelle pagine del tempo è dolce naufragare (2002). Ed.: IT, PT. 6) Luca Alinari, Côr que pensa, 2003. Ed.: PT, ES. 7) Riccardo Benvenuti, Fado, Rostos e Paisagens, 2003. Ed.: IT, PT. 8) Antonio Possenti, Homo Ludens, 2003. T.: John Russel Taylor et Massimo Bertozzi. Introduction de José Saramago. Ed.: IT, PT. 9) Metropolismo – Communication painting, 2004. T.: Achille Bonito Oliva. Ed.: IT, PT. 10) Massimo Bertolini, Através de portas intrasponíves, 2004. Ed.: IT, PT. 11) Juan Mar, Viaje a ninguna parte, 2004. Introduction de José Saramago. Ed.: IT, PT. 12) Paolo Grimaldi, De-cuor-azioni, 2005. T.: de Luciana Buseghin. Ed.: IT, PT. 13) Roberto Barni, Passos e Paisagens, 2005. T.: Luís Serpa. Ed.: IT, PT. 14) Simposio SSSL: Bonilla, Chafer, Ghirelli, J.Grau, P.Grau, Grigò, Morais, Pulidori, Riotto, Rufino, Steardo, Tonelli, 2005. Ed.: ES, IT, PT. 15) Fabrizio Pizzanelli, Mediterrânes Quotidianas Paisagens, 2006. Ed.: IT, PT. 16) La Vespa: un mito verso il futuro, 2006. T.: Tommaso Fanfani. Ed.: ES, VAL. 17) Gianni Amelio, O cinema de Gianni Amelio: a atenção e a paixão, 2006. T.: Lorenzo Cuccu. Ed.: PT. 18) Dario Fo e Franca Rame, Muñecos con rabia y sentimento – La vida y el arte de Dario Fo y Franca Rame (2007). Ed.: ES. 19) Giuliano Ghelli, La fantasia rivelata, 2008. T.: Riccardo Ferrucci. Ed.: ES, PT. 20) Giampaolo Talani, Ritorno a Finisterre, 2009. T.: Vittorio Sgarbi et Riccardo Ferrucci. Ed.: ES, PT. 21) Cacau Brasil, SÓS, 2009. Ed.: PT. 22) César Molina, La Spirale dei Sensi, Cicli e Ricicli, 2010. Ed.: IT, PT. 23) Dario Fo e Franca Rame, Pupazzi con rabbia e sentimento. La vita e l’arte di Dario Fo e Franca Rame, 2010. Ed.: IT. 24) Francesco Nesi, Amami ancora!, 2010. T.: Riccardo Ferrucci. Ed.: PT, ES. 25) Giorgio Dal Canto, Pinocchi, 2010. T.: Riccardo Ferrucci e Ilario Luperini. Ed.: PT. 26) Roberto Barni, Passos e Paisagens, 2010. T.: Giovanni Biagioni e Luís Serpa. Ed.: PT. 27) Zezito - As Pequenas Memórias. Homenagem a José Saramago, 2010. T.: Riccardo Ferrucci. Ed.: PT. 28) Tchalê Figueira, Universo da Ilha, 2010. T.: João Laurentino Neves et Roger P. Turine. Ed.: IT, PT. 29) Luis Morera, Arte Naturaleza, 2010. T.: Silvia Orozco. Ed.: IT, PT. 30) Paolo Grigò, Il Volo... Viaggiatore, 2010. T.: Pina Melai. Ed.: IT, PT. 31) Salvatore Ligios, Mitologia Contemporanea, 2011. T.: Sonia Borsato. Ed.: IT, PT. 32) Raymond Attanasio, Silence des Yeux, 2011. T.: Jean-Paul Gavard-Perret. Ed.: IT, PT. 33) Simon Benetton, Ferro e Vetro - oltre l’orizzonte, 2011. T.: de Giorgio Bonomi. Ed.: IT, PT. 34) Noé Sendas, Parallel, 2011. T.: Paulo Cunha e Silva & Noé Sendas. Ed.: IT, PT, ENG. 35) Abdelkrim Ouazzani, Le Cercle de la Vie, 2011. T.: Gilbert Lascault. Ed.: IT, PT. 36) Eugenio Riotto, Chant d’Automne, 2011. T.: Maurizio Vanni. Ed.: IT, PT. 37) Bento Oliveira, Do Reinado da Lua, 2011. T.: Tchalê Figueira e João Branco. Ed.: IT, PT. 38) Vando Figueiredo, AAAldeota, 2011. T.: Ritelza Cabral, Carlos Macedo e Dimas Macedo. Ed.: IT, PT. 39) Diego Segura, Pulsos, 2011. T.: Abdelhadi Guenoun e José Manuel Hita Ruiz. Ed.: IT, PT. 40) Ciro Palumbo, Al di là della realtà del nostro tempo, 2011. T.: A. D’Atanasio e R. Ferrucci. Ed.: PT, FR. 41) Yael Balaban / Ashraf Fawakhry, Signature, 2011. T.: Yeala Hazut. Ed.: PT, IT, FR. 42) Juan Mar, “Caín”, duelo en el paraíso, 2012. T.: José Saramago e Paco Cano. Ed.: PT, IT 43) Carlos Macêdo / Dornelles / Zediolavo, Caleidoscópio, 2012. T.: Paulo Klein e C. Macêdo. Ed.: PT, IT. 44) Mohamed Bouzoubaâ, “L’Homme” dans tous ses états, 2012. T.: Rachid Amahjou e A. M’Rabet. Ed.: PT, IT, FR. 45) MOSS, Retour aux Origines, 2012. T.: Christine Calligaro e Christophe Corp. Ed.: PT, IT. 46) José Maria Barreto, Triunfo da Independência Nacional, 2012. T.: Daniel Spínola. Ed.: PT, IT. José Maria Barreto Triunfo da Independência Nacional Festival Sete Sóis Sete Luas Triunfo da Independência Nacional TRIUNFO DA INDEPENDÊNCIA NACIONAL (Cabo Verde) José Maria Barreto Ponte de Sor (Alentejo, Portugal), 21.04.2012 – 19.05.2012, Centrum Sete Sóis Sete Luas Pontedera (Tuscany, Italy), 21.07.2012 – 15.09.2012, Centrum Sete Sóis Sete Luas Promoted Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas Câmara Municipal de Ponte de Sor Comune di Pontedera Coordination Marco Abbondanza (Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas) Câmara Municipal de Ponte de Sor Pedro Gonçalves (Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor) Production Coordination Maria Rolli (Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas) Installation assistants: Ana Clemente (Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas) João Paulo Pita (Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor) Administration Sandra Cardeira (Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas) Translator Ana Tomás Graphic Design Sérgio Mousinho (Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas) Press Office Sara Valente (Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas) Printed Bandecchi & Vivaldi, Pontedera Acknowledgements Bento Oliveira Info www.7sois.eu [email protected] Recebemos José Maria Barreto em Ponte de Sor, na rede do Festival Sete Sóis Sete Luas com enorme carinho, sabendo que o enriquecimento das nossas comunidades neste projecto ímpar a nível europeu será profundamente importante e motivador. Ponte de Sor sente-se feliz em receber no Centrum Sete Sóis Sete Luas / Centro de Artes e Cultura tão importante manifestação, fazendo votos que tal seja do agrado de todos, pois esta multiplicidade cultural permite augurar um futuro cada vez mais promissor. Dr. João José de Carvalho Taveira Pinto Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Sor Triunfo da Independência Nacional CENTRUM SETE SÓIS SETE LUAS Centros para as Artes do Mediterrâneo e do mundo lusófono Os Centrum Sete Sóis Sete Luas: - são portos em terra: espaços estáveis sem fronteiras. Tal como portos são locais de passagem, de encontro e de diálogo intercultural, onde ecoam as ondas da cultura mediterrânica e do mundo lusófono. Tal como portos são abertos, sem fronteiras. Mas estão em terra. Estão ancorados às raízes do território que os viu nascer e os acolheu. São espaços de socialização, confronto e descoberta para a população local. - são oficinas artísticas onde importantes personagens do mundo mediterrânico e lusófono chegam, encontram inspiração, criam, dialogam, partilham e partem rumo a novos portos. - são locais de sinergia entre arte, música, turismo cultural e promoção do território. - são projectos arquitectónicos de recuperação de edifícios antigos, abandonados. Produção, exposição e residências artísticas, laboratórios de criatividade, encontros multiculturais, debates, video-conferências, apresentações, concertos e aperitivos: estas são as principais actividades que animam as “casas” do Festival Sete Sóis Sete Luas. A ampla programação artística, da responsabilidade da associação Sete Sóis Sete Luas, prevê anualmente 7 a 10 projectos de dimensão internacional em cada Centrum SSSL, promovidos de forma coordenada nos portos internacionais SSSL (com a mesma imagem, o mesmo plano de comunicação e o mesmo dia de inauguração) e cujos protagonistas são diversos: os prestigiosos artistas, reconhecidos no seu país de origem, mas não ainda a nível internacional; os jovens talentos; os estudantes que participam nos laboratórios e nos programas de intercâmbio entre as cidades da Rede SSSL. Anualmente 7.500 visitantes e mais de 35 prestigiosos artistas do Mediterrâneo passam pelas casas do Festival SSSL. Elementos em comum são: - o nome: Centrum Sete Sóis Sete Luas; - a imagem do Centrum SSSL: o mosaico de uma onda que se estende sinuosa pela parede externa com os nomes das cidades que fazem parte da Rede dos Centrum SSSL; - a possibilidade de fazer ligações em directo, através da internet, com os diversos Centrum SSSL nos vários países; - um espaço dedicado à colecção permanente, com a memória da actividade local e internacional do Festival SSSL; - uma sala dedicada às exposições temporárias; - um laboratório de criação onde os artistas podem realizar as suas obras durante as residências; - uma art-library e um bookshop onde são apresentados ao público todas as produções culturais, artísticas, editoriais, gastronómicas do Festival Sete Sóis Sete Luas: cd’s, dvd’s, livros, catálogos e os produtos enogastronómicos e artesanais mais representativos dos Países da Rede SSSL; - uma sala de conferências para encontros, apresentações, debates, concertos, inaugurações… - quartos para os jovens estagiários da Rete SSSL e para os artistas; - um jardim mediterrânico e/o atlântico; Estão neste momento activos os Centrum SSSL de Pontedera (Itália), Ponte de Sor (Portugal) e Frontignan (França). O projecto prevê ainda a criação de outros Centrum SSSL no Brasil (em Aquiraz, no estado do Ceará), em Cabo Verde (na Ribeira Grande, ilha de Santo Antão), em Marrocos (Tanger), na Espanha (em Tavernes de la Valldigna, na região de Valencia). Marco Abbondanza Director do Festival Sete Sóis Sete Luas Triunfo da Independência Nacional José Maria Barreto e a Paixão do Grafite O que ressalta logo à primeira vista nos quadros de José Maria Barreto, e que de facto os caracteriza, é a técnica de carvão que ele utiliza e a capacidade comunicativa de que se revestem. Sendo os seus quadros de intensa plasticidade temática e de profunda expressividade, temos a sensação, quando os apreciamos, de que mantem um dialogo coloquial e intimista connosco, criando uma aura de forte empatia e sintonia. Sentimos como se, de repente, tivéssemos adquirido o poder de ubiquidade e da telepatia, diluindo – se o nosso espaço-tempo imanente dos quadros, onde nos integramos e convivemos. Artista de fina sensibilidade, J.M.B. consegue imprimir uma dinâmica e uma dialéctica inusitadas aos seus quadros utilizando com mestria as técnicas de jogo de luz e de sombra e do claro – escuro, através dos seu s traços e esbatidos que se multiplicam, ao mesmo tempo que se contem e se conjugam, criando toda uma de perspectiva, de contornos e de tonalidades que fazem determinadas expressões e movimentos adquirem um significado próprio e uma determinada força sugestiva. Presente-se, lá no fundo, toada uma palpitação latente, mensageira, impulsiva que acaba de ser domada, controlada e equilibrada, em nuances bi cromáticas sobre um fundo multi-cromático de um universo a preto e branco. O carvão assim utilizado catapulta os temas retratados para um ambiente de artística recriação ressumbrando um ambivalente dramatismo, de contida tragédia, e um certo lirismo bucólico e romântico. Tendo como fulcro central e fundamental do seu labor o Homem e a Vida, as telas de J.M:B. constituem como que um canto ou uma poesia ao e do povo cabo – verdiano. Ou melhor dizendo, consubstanciam-se como testemunhos de uma saga, ou a epopeia pictórica cabo- verdiana, em que os aspectos mais significativos dos hábitos e costumes da população, o quotidiano dramático e trágico da vivência ilhéu, bem como uma certa filosofia e postura de vida são captados. Mas essa captação não é passiva, nem um mero instantâneo, ela é sim uma força telúrica, uma explosão de sentimentos , uma teia perceptiva, uma visão intelectiva e uma capacidade imanente, veiculadas por uma paixão e um amor à arte, e é ainda o produto de uma maturidade e de um percurso trilhado, trabalhado e meditado. Há um olhar clinico e uma mão cirúrgica que vão delineando, traçando e descortinando todo um mundo de sonhos e de pesadelos, de vida e de morte, de existência e de vegetação. Há uma sensibilidade ingente e um saber exacto que vão orquestrando toda uma composição de postura, de enquadramentos, de expressões, de linhas e de sombras que projectam uma infinidade de sensações. Há um ritmo próprio, há uma visão particular, há um modo e uma forma certa de sedução e de convivência entre o artista e o seu meio e objecto de expressão que fazem com que haja um estilo próprio e uma marca inconfundível, que relatam um determinado e especifico jeito de estar, de mover, de se sentir e de fazer no mundo da arte. Sendo certo que a maioria dos quadros de J.M.B. se caracteriza por uma sobrevalorização temática, não é menos certo, porem, que essa sobrevalorização acaba por se subordinar ao pendor estético com o qual se harmoniza, evidenciado pela relação ambígua e metafórica que se estabelece entre a realidade e a imagem, fruto de uma criatividade do artista. Triunfo da Independência Nacional Isso é tanto mais certo, quanto mais atentarmos nas linhas fusiformes das figurações, presentes na maioria das telas, e principalmente na impressão de irrealidade perpetuada, propositadamente, às imagens com a recriação de uma realidade de forma tão pouco mecânica e tão distante do realismo clássico, ao ponto de chamar a atenção do espectador sobre uma determinada realidade já agora metamorfoseada, conquanto subjectiva, e portanto estético-artística, que é o mesmo que dizer original e genuína. Daí o ocorrer de um certo abstraccionismo figurativo de um expressionismo que nos subjuga a alma e a vira de avesso, com um crescendo estético dado pela respiração a preto branco de um ambiente necessariamente onírico, transfigurado e distante de uma natural fixação, e, como diria o poeta, “De uma tristeza confrangedora qual infinito dentro do peito ou um rio sem fim metido na alma”. Daniel Spínola Presidente da SOCA- Sociedade Caboverdiana de Autores grafite sobre papel // 77x56 cm 13 grafite sobre papel // 77x56 cm grafite sobre papel // 77x56 cm 15 16 óleo sobre tela // 29,5x79,5 cm óleo sobre tela // 29,5x79,5 cm 17 18 óleo sobre tela // 29,5x79,5 cm óleo sobre tela // 29,5x79,5 cm 19 20 óleo sobre tela // 29,5x79,5 cm óleo sobre tela // 29,5x79,5 cm 21 22 óleo sobre tela // 29,5x79,5 cm óleo sobre tela // 29,5x79,5 cm 23 24 tempera sobre papel // 29,5x79,5 cm tempera sobre papel // 29,5x79,5 cm 25 26 tempera sobre papel // 29,5x79,5 cm tempera sobre papel // 29,5x79,5 cm 27 28 tempera sobre papel // 29,5x79,5 cm tempera sobre papel // 29,5x79,5 cm 29 30 tempera sobre papel // 29,5x79,5 cm tempera sobre papel // 29,5x79,5 cm 31 32 tempera sobre papel // 29,5x79,5 cm CENTRUM SETE SÓIS SETE LUAS Centro per le Arti del Mediterraneo e del mondo lusofono I Centrum Sete Sóis Sete Luas: - sono porti di terra: spazi stabili senza frontiere. Del porto hanno l’essere luoghi di passaggio, d’incontro e di dialogo interculturale in cui riecheggiano le onde delle culture mediterranee e del mondo lusofono. Del porto hanno l’essere aperti, senza frontiere. Ma sono di terra. Sono ancorati alle radici del territorio che li ha visti nascere e li ospita. Sono spazi di aggregazione, confronto e scoperta per la popolazione locale. - sono officine artistiche in cui importanti personaggi del mondo mediterraneo e lusofono trovano ispirazione, sostano, creano, dialogano, condividono e ripartono. - sono luoghi di sinergia tra arte, musica, turismo culturale e promozione del territorio. - sono nati da progetti architettonici di recupero di edifici in disuso. Produzioni, esposizioni e residenze artistiche, laboratori di creatività, incontri multiculturali, dibattiti, video-conferenze, presentazioni, concerti e aperitivi: queste sono le principali attività che animano le “case” del Festival Sete Sóis Sete Luas. L’ampia programmazione artistica, di responsabilità dell’associazione Sete Sóis Sete Luas, prevede 7-10 progetti di dimensione internazionale annui in ogni Centrum SSSL, che vengono promossi in maniera coordinata nei porti internazionali SSSL (con la stessa immagine, lo stesso piano di comunicazione e lo stesso giorno d’inaugurazione) ed i cui protagonisti sono molteplici: i prestigiosi artisti, affermati e quotati nel proprio paese d’origine ma non ancora a livello internazionale; i giovani talenti; gli studenti che partecipano ai laboratori ed ai programmi di scambio tra le città delle Rete SSSL. Annualmente 7.500 visitatori e più di 35 prestigiosi artisti del Mediterraneo passano per le case del Festival SSSL. Triunfo da Independência Nacional Elementi comuni sono: - il nome: Centrum Sete Sóis Sete Luas; - l’immagine simbolo del Centrum SSSL: un’onda mosaico si snoda sinuosa sulla parete esterna con i nomi delle città che fanno parte della Rete dei Centrum SSSL; - la possibilità di collegare in diretta, attraverso internet, i diversi Centrum SSSL nei vari paesi; - uno spazio dedicato alla collezione permanente, depositario della memoria delle attività locali ed internazionali del Festival SSSL; - una sala dedicata alle mostre temporanee; - un laboratorio di creazione dove gli artisti potranno realizzare le loro opere durante le residenze; - un art-library e un bookshop dove vengono presentate al pubblico tutte le produzioni culturali, artistiche, editoriali, gastronomiche del Festival Sete Sóis Sete Luas: cd’s, dvd, libri, cataloghi e i prodotti enogastronomici e artigianali più rappresentativi dei Paesi della Rete SSSL; - una sala conferenze per incontri, presentazioni, dibattiti, concerti, inaugurazioni… - foresterie per i giovani stagisti della Rete SSSL e per gli artisti; - un giardino mediterraneo e/o atlantico; Sono al momento attivi i Centrum SSSL di Pontedera (Italia), Ponte de Sor (Portogallo) e Frontignan (Francia). Il progetto prevede la creazione di altrettanti Centri in Brasile (ad Aquiraz, nello stato del Ceará), a Capo Verde (a Ribeira Grande, nell’isola di Santo Antão), in Marocco (a Tangeri) e in Spagna (a Tavernes de la Valldigna). Marco Abbondanza Direttore del Festival Sete Sóis Sete Luas José Maria Barreto e la Passione della Grafite Quello che subito risalta a prima vista, nei quadri di José Maria Barreto, e che di fatto li caratterizza, è la tecnica del carbone che utilizza e la loro capacità comunicativa. Osservando i suoi quadri, dotati di un’intensa plasticità tematica e di una profonda espressività, abbiamo la sensazione che mantengano un dialogo colloquiale e intimista con noi, creando un’aurea di forte empatia e sintonia. Ci sentiamo come se all’improvviso avessimo ottenuto il potere dell’ubiquità e della telepatia, dissolvendosi il nostro spazio-tempo immanente nei quadri con i quali noi ci integriamo e conviviamo. Artista di fine sensibilità, J.M.B. riesce a dare una dinamica ed una dialettica originali ai suoi quadri, utilizzando con maestria le tecniche del gioco di luce e ombra e di chiaro-scuro attraverso i suoi tratti e sfumature, che si moltiplicano, allo stesso tempo raccontandosi ed unendosi, creando un tutt’uno di prospettive, di contorni e di tonalità che fanno si che determinate espressioni e movimenti acquistino un significato proprio ed una determinata forza suggestiva. Si presenta, lì sul fondo, tutta una palpitazione latente, messaggera, impulsiva che finisce per essere domata, controllata ed equilibrata in sfumature bicromatiche su un fondo multicromatico di un universo in bianco e nero. Il carbone così utilizzato catapulta i temi trattati in un ambiente di ricreazione artistica, stillando un’ambivalente drammaticità di contenuta tragedia ed un certo lirismo bucolico e romantico. Avendo come fulcro centrale e fondamentale del suo lavoro l’Uomo e la Vita, le tele di J.M.B. costituiscono un canto o una poesia al e del popolo capoverdiano. O per meglio dire si configurano come testimoni di una saga Triunfo da Independência Nacional o un’epopea pittorica capoverdiana in cui gli aspetti più significativi degli abiti e costumi della popolazione, il quotidiano drammatico e tragico della vita isolana e una certa filosofia e stile di vita vengono catturati. Ma questa testimonianza non è passiva, né una semplice istantanea ma bensì una forza tellurica, un’esplosione di sentimenti, una tela percettiva, una visione intellettiva e una capacità immanente, veicolate da una passione e un amore per l’arte; ma è ancora di più, è il prodotto di una maturità e di un percorso vissuto, elaborato e meditato. C’è uno sguardo clinico e una mano chirurgica che delineano, tracciano e scoprono tutto un mondo di sogni e di incubi, di vita e di morte, di esistenza e di vegetazione. C’è un’elevata sensibilità e un sapere esatto che vanno orchestrando tutta una composizione di posture, di inquadrature, di espressioni, di linee e di ombre che proiettano un’infinità di sensazioni. C’è un ritmo proprio, c’è una visione particolare, c’è un modo e una forma certa di seduzione e di convivenza tra l’artista e il suo mezzo e oggetto di espressione, che fanno si che abbia uno stile proprio ed una firma inconfondibile, che narra un determinato e specifico modo di stare, di muoversi, di sentire e di fare nel mondo dell’arte. È certo che la maggior parte dei quadri di J.M.B. si caratterizza per una sovra valorizzazione tematica, tuttavia non è meno certo che questa sovra valorizzazione finisca per subordinarsi all’inclinazione estetica con la quale si armonizza, evidenziata dalla relazione ambigua e metaforica che si stabilisce tra la realtà e l’immagine, frutto della creatività dell’artista. Ciò è tanto più evidente quanto più osserviamo le linee fusiformi delle figure, presenti nella maggior parte delle tele e principalmente nell’impressione di irrealtà perpetuata, appositamente, nelle immagini, con la ricreazione di una realtà di forma tanto poco meccanica e tanto distante dal realismo classico, al punto da richiamare l’attenzione dello spettatore su una determinata realtà già ora metamorfizzata, in quanto soggettiva e pertanto estetico-artistica che è come dire originale e genuina. Da ciò il ricorrere di un certo astrattismo figurativo, di un espressionismo che ci soggioga l’anima e la rivolta, con un crescendo estetico dato dalla respirazione in bianco e nero di un ambiente necessariamente onirico, trasfigurato e lontano da una naturale fissazione, e come direbbe il poeta “Di una tristezza angosciante, quale infinito dentro il petto o un fiume senza fine dentro l’anima”. Daniel Spínola Presidente della SOCA- Società Capoverdiana di Autori Triunfo da Independência Nacional José Maria Barreto 1981 1983 1984 1985 1986 1988 1989 1990 1992 1993 1994 1995 1998 1999 2000 2001 2002 mostra colectiva de artes plásticas dos alunos da Academia de Belas Artes de S. Petersburg; Exposição colectiva na Casa de Amizade com os Povos, S. Petersburgo; Exposição na Casa de Amizade com os Povos, Moscovo; Amostra colectiva no Grande Salão de Exposições de S. Petersburgo; Exposição colectiva do fim do curso dos Estudantes de Belas Artes no Museu Russo de Belas Artes, S. Petersburgo; Exposição organizada pelo Movimento Pró – Cultura – Palácio da ANP; Desempenhou ainda as funções de Professor de Liceu de Santa Catarina (Assomada); Exposição organizada pela Direcção Geral da Animação Cultural – Centro Social 1º de Maio; Chefe da divisão de Artes Plásticas da Direcção-Geral de Animação Cultural; Presidente do Júri dos Prémios Culturais “Jaime Figueiredo” e “Fontelima”; Exposição organizada pela Câmara de Arganil – Portugal; Exposição de Pintura em Bruxelas, durante as jornadas Caboverdianas; Presidente do Júri dos Prémios Culturais “Jaime Figueiredo” e “Fontelima”; Exposição organizada pela Associação Médica Internacional – AMI, Lisboa; Exposição colectiva no Palácio do Povo do Mindelo; Presidente do Júri dos Prémios Culturais “Jaime Figueiredo” e “Fontelima”; Participação na Bienal de Arte de Dakar; Participação na 1ª Feira Afro - Árabe em Tunes (Tunísia); Chefe de Departamento de Animação Cultural do INAC; Participação no 1º Congresso da Lusofonia – Lisboa; Exposição colectiva na Assembleia Nacional por altura da realização da XI Conferencia dos Chefes de Estado e de Governo dos Países Membros do CILSS; XI Cimeira dos Chefes de Estado e do Governo dos Países membros do CILSS – Responsável da Sub – Comissão de Cultura/Animação/Embelezamento; IV Mesa Redonda Afro-Luso-Brasileira – Comissão de Exposição, Música e Teatro; Membro da Comissão Organizadora das Comemorações do XX Aniversario da Independência Nacional – OCAI – XX; Amostra colectiva no Clube Náutico da Praia; Exposição colectiva na Câmara Municipal do Tarrafal em Homenagem aos Presos Políticos; Chefe da divisão de Artes Plásticas da Direcção-Geral de Animação Cultural; Exposição em Dakar (Senegal) durante a realização da Semana Cultural Cabo – Verdiana no Senegal; Membro do Júri Internacional do Salão Internacional de Jovens Pintores – Dakar/Senegal; Membro da Comissão Organizadora da Semana Cultural Cabo – Verdiana no Senegal; Director de Artes Plásticas, Artesanato e Audio – Visual do IPC e Coordenador do Palácio da Cultua da Praia; Exposição individual no centro Cultural de Santa Catarina – Museu da Tabanca, aquando da sua inauguração; Membro da Comissão Organizadora da Semana Cultural do Senegal em Cabo verde; Amostra colectiva no Centro Cultural de Santa Catarina – Museu da Tabanca, por altura da elevação da Vila da Assomada a Cidade; Chefe da Delegação Cabo – Verdiana aos IV Jogos da Francofonia realizado no Canadá-Ottawa-Hull onde Cabo Verde conquistou a sua primeira Medalha de Ouro (música); Exposição colectiva em Paris no Centro de Estudos Africanos (CHESS - CURS) -Maison dês Sciences de l´Homme; CATÁLOGO N. 46 Festival Sete Sóis Sete Luas