PLANO DE AMPLIAÇÕES E REFORÇOS NA REDE BÁSICA PERÍODO 2004 A 2006 VOLUME I Operador Nacional do Sistema Elétrico Presidência Rua da Quitanda 196/24º andar, Centro 20091-005 Rio de Janeiro RJ tel (+21) 2203-9594 fax (+21) 2203-9444 © 2003/ONS Todos os direitos reservados. Qualquer alteração é proibida sem autorização. ONS 2.1.036/2003 PLANO DE AMPLIAÇÕES E REFORÇOS NA REDE BÁSICA PERÍODO 2004 A 2006 VOLUME I Aprovado pelo Conselho de Administração em 26 de Maio de 2003 K:\2004-2006\#Documentos\Relatórios\PAR2004-2006_Vol_I.doc Sumário APRESENTAÇÃO 1 Introdução 12 2 Relação das Ampliações e Reforços Propostos para a Rede Básica Ainda sem Concessão – Período 2004 a 2006 15 Ampliações e Reforços na Rede Básica Necessários até 2006 cuja Concessão ainda não foi Equacionada 16 2.1.1 Interligações Inter-Regionais 17 2.1.2 Região Sul 18 2.1.3 Regiões Sudeste/Centro-Oeste 25 2.1.4 Regiões Norte/Nordeste 43 2.2 Resumo da Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica Necessários até 2006 48 Quantitativos de Linhas de Transmissão e Transformadores Previstos no PAR 2004-2006 (relação completa) 48 Quantitativos de Linhas de Transmissão e Transformadores Propostos no Par 2004-2006 que ainda não foram Equacionados junto à Aneel 51 Estimativa de Investimento Associado às Ampliações e aos Reforços Propostos 52 Síntese das Condições de Atendimento do Sistema Interligado Nacional – Horizonte 2006 55 3.1 Introdução 55 3.2 Observações de Caráter Geral 56 3.3 Região Sul 62 3.3.1 Sistema Regional Sul de 525 kV 62 3.3.2 Área Rio Grande do Sul 76 3.3.3 Área Santa Catarina 92 3.3.4 Área Paraná 108 3.4 Região Sudeste 123 2.1 2.2.1 2.2.2 2.2.3 3 ONS PAR 2004-2006 8 3 / 530 3.4.1 Área Rio de Janeiro/Espírito Santo 123 3.4.2 Área Minas Gerais 139 3.4.3 Área São Paulo 168 3.5 Região Centro-Oeste 202 3.5.1 Área Goiás/Distrito Federal 202 3.5.2 Área Mato Grosso 212 3.5.3 Área Mato Grosso do Sul 229 3.6 Região Norte 239 3.6.1 Área Pará 239 3.6.2 Área Maranhão/Tocantins 245 3.7 Região Nordeste 252 3.7.1 Área Oeste 252 3.7.2 Área Norte 257 3.7.3 Área Leste 264 3.7.4 Área Sul 272 3.7.5 Área Centro 279 3.7.6 Área Sudoeste 282 4 Síntese das Condições de Desempenho das Interligações Inter-regionais 4.1 Descrição das Interligações 287 4.1.1 Interligação entre as Regiões Sul e Sudeste 287 4.1.2 Interligação entre as Regiões Norte, Nordeste e Sudeste 289 4.2 Conclusões 292 4.3 Resumo dos Limites de Intercâmbio entre Subsistemas 298 Limites de Intercâmbio entre as Regiões Sul e Sudeste 298 Limites de Intercâmbio entre as Regiões Norte, Nordeste e Sudeste 306 Evolução dos Limites de Intercâmbio das Interligações Inter-regionais 311 4.4 Desempenho das Interligações Inter-Regionais 313 4.4.1 Interligação entre as Regiões Sul e Sudeste 313 4.4.2 Interligação entre as Regiões Norte, Nordeste e Sudeste 322 4.3.1 4.3.2 4.3.3 ONS PAR 2004-2006 286 4 / 530 5 Síntese da Análise da Confiabilidade da Rede Básica 5.1 Aspectos Conceituais 328 5.2 Resultados Globais: Confiabilidade do Sistema Brasileiro 332 Evolução Temporal do Risco Probabilístico Intrínseco da Malha Elétrica 332 5.2.2 Desempenho Esperado por Nível de Tensão 336 5.2.3 Impacto de Contingências Múltiplas de Transmissão 340 5.3 Principais Conclusões 344 6 Condicionantes dos Estudos 6.1 Mercado 347 6.1.1 Contexto 347 6.1.2 Dados 347 6.1.3 Processo 348 6.1.4 Resultados 349 6.1.5 Requisitos Máximos Anuais 375 6.2 Geração 379 6.3 Programa de Obras na Rede Básica 380 6.4 Programa de Obras das Distribuidoras 402 6.4.1 CEEE-D 402 6.4.2 RGE 402 6.4.3 AES 403 6.4.4 CELESC 403 6.4.5 COPEL-D 404 6.4.6 ENERSUL 405 6.4.7 ESCELSA 406 6.4.8 CELG 407 6.4.9 CEB 409 6.4.10 CEMAT 413 6.4.11 SÃO PAULO 415 6.4.12 CEMIG 418 6.4.13 CELPA 418 6.4.14 CELTINS 419 5.2.1 ONS PAR 2004-2006 328 347 5 / 530 6.4.15 COELCE 421 6.4.16 COSERN 421 6.4.17 CELPE 422 6.4.18 ENERGIPE 423 6.4.19 COELBA 423 6.5 Critérios 424 6.5.1 Critérios com Relação aos Níveis de Tensão 425 6.5.2 Critérios para Fator de Potência 426 6.5.3 Critérios de Carregamento de Linhas de Transmissão 426 6.5.4 Critérios de Carregamento de Transformadores 426 6.5.5 Critérios para os Estudos das Interligações Regionais 427 6.5.6 Critérios para os Estudos de Confiabilidade 431 7 Aspectos Relacionados à Fronteira da Rede Básica com a Rede de Distribuição 7.1 Região Sul 443 7.1.1 CEEE 443 7.1.2 RGE 445 7.1.3 AES 447 7.1.4 CELESC 448 7.1.5 COPEL 449 7.2 Região Sudeste 451 7.2.1 RIO DE JANEIRO / ESPÍRITO SANTO 451 7.2.2 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 1 (CLFSC, CPFL PIRATININGA, CSPE, ELEKTRO E ELETROPAULO) 453 7.2.3 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 2 (BANDEIRANTE, CPFL PIRATININGA, EEB, ELEKTRO E CESP) 457 SÃO PAULO – ÁREA DE CONEXÃO 3 (CJE, CLFM, CPEE, CPFL PAULISTA, EEB, E ELEKTRO) 459 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 4 (CAIUÁ, CLFSC E EEVP) 462 7.2.4 7.2.5 ONS PAR 2004-2006 440 7.2.6 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 5 (CAIUÁ, CPFL PAULISTA, EEVP,ELEKTRO E ENERSUL) 463 7.2.7 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 6 (CNEE, CPFL PAULISTA, ELEKTRO E ENERSUL) 464 6 / 530 7.2.8 SÃO PAULO – ELETROPAULO 468 7.2.9 SÃO PAULO – BANDEIRANTES 471 7.2.10 SÃO PAULO – CPFL PAULISTA 472 7.2.11 CEMIG 474 7.3 Região Centro-Oeste 476 7.3.1 CELG 476 7.3.2 CEMAT 479 7.3.3 ENERSUL 481 7.4 Região Norte 482 7.4.1 CELPA 482 7.4.2 CELTINS 484 7.4.3 CEMAR 485 7.5 Região Nordeste 487 7.5.1 CEPISA 487 7.5.2 COELCE 489 7.5.3 COSERN 491 7.5.4 SAELPA 492 7.5.5 CELB e SAELPA 493 7.5.6 CELPE 494 7.5.7 CEAL 497 7.5.8 ENERGIPE 498 7.5.9 SULGIPE 499 7.5.10 COELBA 500 8 Integração de Usinas 504 9 Referências 520 Lista de figuras, quadros e tabelas ONS PAR 2004-2006 522 7 / 530 APRESENTAÇÃO O Plano de Ampliações e Reforços (PAR) apresenta a visão do ONS sobre as ampliações e os reforços da Rede Básica, necessários para preservar o adequado desempenho da rede, garantir o funcionamento pleno do mercado de energia elétrica e possibilitar o livre acesso aos interessados em atuar no MAE, dentro do horizonte 2004-2006. Com este Plano, o ONS cumpre as suas responsabilidades legais, elaborando a proposta anual de ampliações e reforços das instalações da Rede Básica de transmissão do Sistema Interligado Nacional – SIN, da qual resultarão acréscimos de linhas de transmissão, totalizando 10.748 km e de 21.331 MVA na capacidade de transformação, até o ano de 2006. Desse conjunto, cerca de 46% das linhas e 43% dos empreendimentos em subestações já tiveram a concessão equacionada pela Aneel. Para implantação de todas as obras necessárias até 2006, estima-se que será necessário executar um investimento da ordem de 4,7 bilhões de reais, tendo por base os custos de referência disponíveis no setor A magnitude desses números revela a dimensão do esforço requerido de todos que atuam no setor elétrico brasileiro. Para permitir o tratamento das particularidades do Sistema Interligado Nacional, os estudos que resultaram na proposição deste PAR foram realizados de forma descentralizada pelos diversos Grupos Especiais, abertos à participação de todos os Agentes, abrangendo as Regiões Sul, Sudeste/Centro-Oeste e Norte/Nordeste. O ONS agradece aos agentes, em especial aos seus representantes nos Grupos Especiais - Ampliações e Reforços, legítimos co-autores deste PAR, por tornarem possível a sua realização. ONS Mário Fernando de Melo Santos Roberto Gomes Diretor Presidente Diretor de Administração dos Serviços da Transmissão PAR 2004-2006 8 / 530 Para facilitar o entendimento do texto e das tabelas, as siglas usadas, com seus significados, estão listadas a seguir: Tabela 1.1 - Siglas usadas no Texto e nas Tabelas SIGLA ONS DESCRIÇÃO AT autotransformador BC banco de capacitores C1/ C2 circuito 1/ circuito 2 de linha de transmissão CAET Comitê de Acompanhamento dos Empreendimentos Termelétricos CAEX Comitê de Acompanhamento da Expansão (MME) CCPE Comitê Coordenador do Planejamento da Expansão dos Sistemas Elétricos CD circuito duplo CE compensador estático CLP controlador lógico programável CPST contrato de prestação do serviço de transmissão CS circuito simples CT conexão de transformador/autotransformador CTST Comitê Técnico de Sistemas de Transmissão CUST contrato de uso do sistema de transmissão EAT extra alta tensão ECE esquema de controle de emergência ECG esquema de corte de geração EL entrada de linha ERAC esquema regional de alívio de carga FMG fluxo área Minas Gerais FO filtro de onda FRJ fluxo área Rio de Janeiro FSE fluxo região Sudeste FSM fluxo Serra da Mesa FSUL exportação do Sul PAR 2004-2006 (extinto) 9 / 530 SIGLA DESCRIÇÃO GCOI Grupo Coordenador da Operação Interligada (extinto) GCPS Grupo Coordenador do Planejamento do Sistema Elétrico (“) GTCP GT para Estabelecimento de Critérios de Planejamento (“) GTP Grupo de Trabalho de Proteção (“) LT linha de transmissão MAE Mercado Atacadista de Energia PAR Plano de Ampliações e Reforços na Rede Básica PDET Programa Determinativo de Expansão da Transmissão PPS proteção contra perda de sincronismo PPT programa prioritário de termeletricidade RAP relatório de análise de perturbação RSE recebimento pelo Sudeste RSUL recebimento pelo Sul SE subestação SIL potência característica da linha (“surge impedance load”) SIN sistema interligado nacional TC transformador de corrente TP transformador de potencial TR transformador UEO usina eólica UF unidade da federação UHE usina hidrelétrica UNE usina nuclear UTE usina termelétrica Neste documento, as Regiões se compõem dos seguintes Estados, cujos sistemas elétricos estão interligados: ONS PAR 2004-2006 10 / 530 Tabela 1.2 - Regiões Geoelétricas REGIÃO ONS ESTADOS Sul (S) Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná Sudeste (SE) Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo Centro-Oeste (CO) Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul Norte (N) Pará, Tocantins e Maranhão Nordeste (NE) Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia PAR 2004-2006 11 / 530 1 Introdução Este documento relaciona as ampliações e os reforços identificados para a Rede Básica, no período 2004 a 2006. Também integra este documento, um panorama do desempenho elétrico do SIN no período, no qual são destacados os problemas antevistos e as ações necessárias para evitar que esses venham a ocorrer. Ressalta-se que as condições esperadas para a operação no primeiro semestre de 2004 estão detalhadas no Planejamento da Operação Elétrica do Sistema Interligado Nacional - Período janeiro/2003 a abril/2004 [2]. No processo de elaboração do PAR, conforme estabelecido no módulo 4 dos Procedimentos de Rede [1], foram realizados estudos de avaliação elétrica do sistema. Essas análises, conduzidas pelo ONS com a contribuição dos Agentes setoriais, tiveram por base os estudos de planejamento elaborados pelo CCPE/MME, as solicitações de acesso e conexão, bem como as ampliações e reforços propostos pelos Agentes. Buscou-se, além disso, eliminar restrições de transmissão observadas no planejamento e na programação da operação, particularmente aquelas identificadas no Planejamento da Operação Elétrica do Sistema Interligado Nacional - Período janeiro/2003 a abril/2004 [2]. No item 2 deste documento é apresentada a proposta de ampliações e reforços da Rede Básica, relacionando as obras, identificadas como necessárias, de acordo com os critérios adotados nos estudos desenvolvidos, relacionados no item 6. No item 3 são descritas sucintamente as condições gerais de desempenho da Rede Básica observadas nas análises realizadas por região geoelétrica, a partir das premissas e critérios adotados. Destacam-se também determinados pontos do sistema que carecem de realização de estudos específicos a serem desenvolvidos, alguns deles em conjunto com o CCPE, com o objetivo de identificar soluções estruturais para os problemas apontados. A avaliação do desempenho das interligações regionais é apresentada no item 4. Neste item, para a configuração prevista, estão indicados os limites de transmissão, bem como os fatores que restringem a capacidade de intercâmbio entre Regiões, sendo também apontadas medidas referentes à implantação de obras que se destinam a minimizar as restrições existentes e futuras. No item 5 são apresentados os resultados obtidos na avaliação da confiabilidade da Rede Básica. São descritos o estado do desenvolvimento dos trabalhos conduzidos para constituir uma base de dados e os procedimentos e critérios para a avaliação preditiva da confiabilidade da Rede Básica. O item 6 resume os condicionantes que dão suporte à proposta contida neste Plano de Ampliações e Reforços. Apresenta uma descrição sucinta das análises efetuadas no processo de consolidação das previsões de carga adotadas nos estudos, o programa de geração considerado, o programa de obras de referência na Rede ONS PAR 2004-2006 12 / 530 Básica, o programa de obras na distribuição informado pelos Agentes até o presente momento, além dos critérios utilizados. Os aspectos das redes de distribuição que podem afetar o desempenho da Rede Básica estão destacados no item 7. São relacionadas, para as subestações localizadas na fronteira entre a Rede Básica e as redes de distribuição, as situações nas quais os critérios adotados nas análises desenvolvidas não são atendidos, bem como são indicadas as soluções já propostas pelas distribuidoras. A conexão de novos agentes é objeto do item 8, no qual é feito um sumário da situação dos estudos de integração em curso no ONS, no momento da emissão deste PAR. No item 8 também é apresentado, para o horizonte analisado, um sumário das restrições visualizadas ao pleno despacho de usinas. No Volume II deste documento estão apresentados os pareceres técnicos para as instalações sem a concessão equacionada pela Aneel e que ainda não foram encaminhados àquela Agência pelo ONS, bem como o programa de geração utilizado. O conjunto de propostas contidas na presente versão do documento será submetido a um permanente acompanhamento e atualização, visando incorporar mudanças dos condicionantes adotados nos estudos, tais como: contexto de oferta (geração e importação) e demanda (mercado e exportação) sinalizado pelos Agentes, novas solicitações de acesso, proposições de expansão por parte dos Agentes, restrições operativas identificadas no Planejamento da Operação Elétrica e Energética, informações do Mercado Atacadista de Energia - MAE, instrumentos contratuais estabelecidos referentes à compra e venda de energia, ao uso e à conexão ao sistema de transmissão, à autorização e à concessão para produção, à autorização para importação e exportação de energia e aos padrões de desempenho estabelecidos no Módulo 2 dos Procedimentos de Rede. O desenvolvimento dos estudos que resultaram no Plano de Ampliações e Reforços proposto teve como condicionantes os valores de previsão de carga estabelecidos pelos Agentes no quarto trimestre do ano 2002. De maneira geral, os valores de carga previstos no período deste PAR estão abaixo daqueles considerados na elaboração do PAR 2003-2005, representando, com a exceção da Região Norte, um deslocamento de cerca de um ano. A data de necessidade de cada obra, bem como as conclusões concernentes às condições de atendimento do Sistema Interligado Nacional, estão condicionadas a esses valores de previsão do crescimento da carga. Caso a evolução da demanda ocorra em patamares acima daqueles considerados neste PAR, os problemas identificados serão antecipados, reforçando a importância de que todas as providências relacionadas neste documento sejam desenvolvidas com a maior brevidade possível. ONS PAR 2004-2006 13 / 530 Ressalta-se que o adequado desempenho do sistema, como preconizado nos Procedimentos de Rede, só será alcançado com o equacionamento do conjunto de obras aqui proposto, além da finalização daquelas já autorizadas ou licitadas. O eventual atraso na implantação dos empreendimentos previstos implica em risco de corte de carga e elevação do custo de operação, decorrente de restrições ao despacho de usinas ou de limitações de intercâmbio entre Regiões. As obras propostas pela primeira vez neste documento são, em sua maior parte, decorrentes de estudos complementares, em especial os de planejamento de longo prazo, da conexão de novos Agentes geradores ou distribuidores, da avaliação do benefício da expansão de interligações inter-regionais e também da análise das condições de atendimento ao mercado, todos eventos posteriores ao ciclo anterior 2003-2005 do PAR. As obras necessárias à adequação das instalações existentes da Rede Básica aos requisitos mínimos estabelecidos nos Procedimentos de Rede serão tratadas no Projeto “Definição dos Requisitos Mínimos para as Instalações da Rede Básica”. Esse Projeto, que está sendo conduzido pelo ONS dentro do Plano de Ação 2003/2005 aprovado pelo Conselho de Administração, deverá estabelecer os marcos para adequar as instalações existentes aos requisitos mínimos estabelecidos nos Procedimentos de Rede. Os resultados deste trabalho serão incorporados às próximas edições do PAR. ONS PAR 2004-2006 14 / 530 2 Relação das Ampliações e Reforços Propostos para a Rede Básica Ainda sem Concessão – Período 2004 a 2006 Neste item são relacionados as ampliações e os reforços ainda sem concessão necessários para garantir condições adequadas de operação até 2006, visualizados por região geoelétrica, dentro das premissas e de acordo com os critérios adotados ao longo dos estudos desenvolvidos. É também apresentado um resumo do acréscimo de linhas de transmissão, em km, e de transformadores, em MVA, previsto até 2006. Para efeito de apresentação, este item foi organizado em duas partes. O item 2.1 é composto pelo elenco completo das ampliações e reforços necessários para o período 2004/2006, cuja concessão ainda não foi equacionada. Por sua vez, no item 2.2 é apresentado um resumo, em termos de acréscimo de extensão (km) de linhas e capacidade (MVA) de transformação, das ampliações e reforços contidos neste PAR 2004/2006. Cumpre destacar que no item 6.3 deste documento, que trata dos condicionantes para os estudos, são relacionadas as obras, já autorizadas ou licitadas, que se encontram em construção. A entrada em operação das instalações incluídas no item 6.3 foi considerada uma premissa do estudo. É importante que sejam desenvolvidas todas as ações necessárias para garantir o cumprimento dos prazos mostrados no item 6.3, se possível antecipando-os. Dentre os reforços relacionados neste item, incluem-se aquelas instalações de transmissão que não introduzem alterações topológicas, mas cuja ausência provoca limitações à operação do sistema. Ressalta-se que a proposição das ampliações e reforços apresentada neste item tem por base o conceito de Rede Básica estabelecido pela Resolução Aneel n° 433/00. Neste sentido, a necessidade de instalação de transformadores cuja tensão secundária é inferior a 230 kV, bem como de equipamentos de compensação reativa em tensão até 138 kV, não é abordada, exceto aqueles equipamentos já autorizados pela Aneel como integrantes da Rede Básica, até a conclusão deste PAR. Para as instalações da Rede Básica cuja concessão ainda não foi equacionada pela Aneel, através de autorização ou de licitação, estão indicadas nas tabelas as DATAS DE NECESSIDADE, ou seja, as datas a partir das quais os critérios estabelecidos nos Procedimentos de Rede não são atendidos, tanto para condições normais quanto de emergência. As datas físicas serão determinadas nos editais de licitação e nos atos autorizativos, conforme processos conduzidos pela Aneel. As conexões associadas às instalações propostas nas tabelas deste item, entrada de linha, conexão de transformadores, etc, não foram explicitadas por simplicidade de apresentação, devendo ser entendidas como parte integrante dos empreendimentos. ONS PAR 2004-2006 15 / 530 As obras indicadas como “Em análise pela Aneel” já foram indicadas no PAR anterior (2003-2005). 2.1 Ampliações e Reforços na Rede Básica Necessários até 2006 cuja Concessão ainda não foi Equacionada As Tabelas 2.1.1-1, 2.1.2-1, 2.1.3-1 e 2.1.4-1 a seguir resumem a proposta de ampliações e reforços na Rede Básica resultante das análises realizadas para o período 2003 a 2006, incluindo as instalações da Rede Básica: cuja necessidade foi identificada no PAR 2003-2005 e que na presente edição (2004-2006) estão sendo ratificadas como necessárias até 2006. Nesta situação se incluem aquelas já contempladas no Programa de Licitação de Concessão de Linhas Transmissão da Aneel, bem como as que se encontram em análise pela Agência; que não introduzem alterações na topologia da rede, mas cuja ausência impõe restrições à operação do sistema; e indicadas pela primeira vez neste PAR 2004-2006. Nas tabelas, as obras estão apresentadas para as Interligações Inter-regionais e por Região, sendo indicadas as “Novas Instalações” e a transmissora proprietária, no caso de reforços em instalações existentes. Para cada transmissora proprietária, as instalações estão ordenadas alfabeticamente. ONS PAR 2004-2006 16 / 530 2.1.1 Interligações Inter-Regionais Tabela 2.1.1-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Interligações Inter-regionais sem a concessão equacionada LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO LONDRINA – ASSIS – ARARAQUARA kV km ou MVA 500 367 500/ 440 1.500 SP Em licitação DEZ/2004 Nova instalação --- PR Em análise pela Aneel Necessária atualmente FURNAS 336 SP Em análise pela Aneel Necessária atualmente CTEEP UF SITUAÇÃO PR/SP Em licitação DATA DE NECESSIDADE TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO DEZ/2004 Nova instalação circuito simples, incluindo reatores fixos em Araraquara (3x26,6 Mvar) e manobráveis em Assis (3x31,7 Mvar) ASSIS (NOVA) 1 banco de autotransformadores e unidade reserva (obra associada à LT 500 kV Londrina – Assis – Araraquara) IVAIPORÃ 750/ 525/ instalação de sistema de transferência para 69 substituição da fase reserva dos bancos de autotransformadores AT 01 e AT 02 – 1650 MVA ASSIS 2º banco de autotransformadores ONS PAR 2004-2006 440/ 230 17 / 530 2.1.2 Região Sul Tabela 2.1.2-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica na Região Sul e no Mato Grosso do Sul sem a concessão equacionada LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO CAMPOS NOVOS – BLUMENAU C2 kV km ou MVA DATA DE NECESSIDADE TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO UF SITUAÇÃO 525 375 SC Proposta neste PAR DEZ/2004 Nova instalação 525 209 PR Em licitação Necessária atualmente Nova instalação 230 120 PR Proposta neste PAR DEZ/2005 Nova instalação 230 --- RS Proposta neste PAR JUL/2004 Nova instalação 230 25 RS Proposta neste PAR JUL/2004 Nova instalação 230 25 PR Proposta neste PAR JUN/2005 Nova instalação 230 --- PR Proposta neste PAR DEZ/2005 Nova instalação circuito simples, com reator de linha 525 kV – 150 Mvar na SE Blumenau CASCAVEL OESTE – IVAIPORÃ circuito simples CASCAVEL OESTE-FOZ DO IGUAÇU NORTE circuito simples (associada à nova conexão da Copel na SE Foz do Iguaçu Norte) CAXIAS 5 setor de 230 kV (nova conexão da RGE) CAXIAS-CAXIAS 5 circuito simples D.I. SÃO JOSÉ DOS PINHAIS-SANTA MÔNICA circuito duplo, lançamento do 1o circuito FOZ DO IGUAÇU NORTE (NOVA) setor de 230 kV ONS PAR 2004-2006 18 / 530 Tabela 2.1.2-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica na Região Sul e no Mato Grosso do Sul sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO GRALHA AZUL-D.I. SÃO JOSÉ DOS PINHAIS kV km ou MVA DATA DE NECESSIDADE TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO UF SITUAÇÃO 230 31 PR Proposta neste PAR JUN/2004 Nova instalação 525 120 PR Em análise pela Aneel DEZ/2004 Nova instalação 525 50,6 SC Em licitação Necessária atualmente Nova instalação 525 167 PR Em licitação Necessária atualmente Nova instalação 525/ 230 672 SC Proposta neste PAR JUN2005 ELETROSUL 230 0,1 PR Em análise pela Aneel JUN/2004 ELETROSUL 525/ 230 672 RS Proposta neste PAR FEV/2005 ELETROSUL 525/ 230 672 PR Proposta neste PAR JUN/2004 ELETROSUL circuito duplo, lançamento do 1o circuito IVAIPORÃ – LONDRINA C2 circuito simples MACHADINHO – CAMPOS NOVOS C2 circuito simples SALTO SANTIAGO – IVAIPORÃ C2 circuito simples CAMPOS NOVOS substituição do 1o banco de autotransformadores de 336 MVA por outro de 672 MVA CASCAVEL OESTE-GUAÍRA recapacitação de trechos em 636 MCM CAXIAS 3o banco de autotransformadores CURITIBA 3o banco de autotransformadores ONS PAR 2004-2006 19 / 530 Tabela 2.1.2-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica na Região Sul e no Mato Grosso do Sul sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO CURITIBA kV km ou MVA UF SITUAÇÃO DATA DE NECESSIDADE 525 --- PR Em análise pela Aneel Necessária atualmente ELETROSUL 525/ 230 672 RS Proposta neste PAR FEV/2005 ELETROSUL 230 17,1 MS Em análise pela Aneel JUN/2004 ELETROSUL 230 0,8 SC Em análise pela Aneel Necessária atualmente ELETROSUL 525/ 230 672 PR Proposta neste PAR JUN/2005 ELETROSUL 230 --- PR Proposta neste PAR Jun/2004 ELETROSUL conexões para o reator 1 – 150 Mvar (na barra) e o reator 2 – 150 Mvar (na linha para Bateias) GRAVATAÍ 4o banco de autotransformadores GUAÍRA-DOURADOS recapacitação de trechos em 636 MCM JORGE LACERDA B relocação do terminal da LT 230 kV Palhoça – Jorge Lacerda A e implantação de trecho de linha de 230 kV circuito simples, 0,8 km LONDRINA 3o banco de autotransformadores LONDRINA (E) substituição de equipamentos terminais na linha para Londrina (Copel) (Bobinas de bloqueio) ONS PAR 2004-2006 TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO 20 / 530 Tabela 2.1.2-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica na Região Sul e no Mato Grosso do Sul sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO MARINGÁ – ASSIS kV km ou MVA UF SITUAÇÃO DATA DE NECESSIDADE 230 2x23 PR/SP Em análise pela Aneel Necessária atualmente ELETROSUL 230 --- SC Em análise pela Aneel JUN/2004 ELETROSUL 525 --- PR Em análise pela Aneel Necessária atualmente ELETROSUL 525 --- PR Em análise pela Aneel Necessária atualmente ELETROSUL 525/ 230 600 PR Em análise pela Aneel Necessária atualmente COPEL 230 --- PR Em análise pela Aneel Necessária atualmente COPEL 230 17,8 PR Em análise pela Aneel Necessária atualmente COPEL circuito duplo, seccionamento na SE Londrina (Eletrosul) PALHOÇA substituição de equipamento terminal (TC) da linha para Jorge Lacerda B SALTO SANTIAGO – IVAIPORÃ substituição de equipamento terminal (seccionadora e disjuntores) em Ivaiporã e Salto Santiago SALTO SEGREDO – AREIA substituição de equipamento terminal (seccionadora e disjuntores) em Areia BATEIAS 2o banco de autotransformadores BATEIAS entrada de linha (para Campo Comprido) BATEIAS – CAMPO COMPRIDO circuito simples, recapacitação ONS PAR 2004-2006 TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO 21 / 530 Tabela 2.1.2-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica na Região Sul e no Mato Grosso do Sul sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO CAMPO COMPRIDO kV km ou MVA UF SITUAÇÃO DATA DE NECESSIDADE 230 --- PR Em análise pela Aneel Necessária atualmente COPEL 525/ 230 600 PR Em análise pela Aneel Necessária atualmente COPEL 230 11,3 PR Proposta neste PAR JUN/2004 COPEL 230 20,3 PR Em análise pela Aneel Necessária atualmente COPEL 230 --- PR Proposta neste PAR Jun/2004 COPEL 230 2x0,8 PR Proposta neste PAR FEV/2005 COPEL 230 2x9 PR Proposta neste PAR MAI/2005 COPEL 230 17,7 PR Proposta neste PAR JUN/2004 COPEL entrada de linha (para Bateias) CASCAVEL OESTE 2o banco de autotransformadores CASCAVEL–CASCAVEL OESTE C3 circuito duplo, lançamento do 2o circuito LONDRINA – IBIPORÃ C2 circuito duplo, lançamento do 2o circuito LONDRINA (C) substituição de equipamentos terminais na linha para Londrina (Eletrosul) (Bobinas de bloqueio) MARINGÁ – APUCARANA seccionamento na SE Sarandi (associada à nova conexão da Copel na SE Sarandi) PILARZINHO –GOV PARIGOT DE SOUZA seccionamento na SE Santa Mônica (associada à nova conexão da Copel na SE Santa Mônica) PILARZINHO-CAMPO COMPRIDO recondutoramento ONS PAR 2004-2006 TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO 22 / 530 Tabela 2.1.2-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica na Região Sul e no Mato Grosso do Sul sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO SANTA MÔNICA (NOVA) kV km ou MVA DATA DE NECESSIDADE TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO UF SITUAÇÃO 230 --- PR Proposta neste PAR MAR/2005 COPEL 230 --- PR Proposta neste PAR FEV/2005 COPEL 230 --- PR Em análise pela Aneel Necessária atualmente COPEL 230 --- RS Proposta neste PAR JUN/2004 CEEE 230 30 RS Em análise pela Aneel Necessária atualmente CEEE 230 2x0,2 RS Proposta neste PAR JUL/2004 CEEE 230 --- RS Proposta neste PAR JUN/2004 CEEE 230 2x83 RS Proposta neste PAR JUL/2004 CEEE setor de 230 kV (nova conexão da Copel) SARANDI (NOVA) setor de 230 kV (nova conexão da Copel) UMBARÁ entrada de linha (para Gralha Azul) ALEGRETE 2 entrada de linha (para UTE Uruguaiana) GRAVATAÍ 2 – PORTO ALEGRE 6 circuito duplo, lançamento do 2o circuito (C4) PASSO REAL – SANTA MARTA seccionamento na SE Tapera 2 (associada à nova conexão da RGE na SE Tapera 2) SÃO VICENTE setor de 230 kV (adequação) TAPERA 2 (NOVA) Setor de 230 kV (nova conexão da RGE) ONS PAR 2004-2006 23 / 530 Tabela 2.1.2-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica na Região Sul e no Mato Grosso do Sul sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO UTE URUGUAIANA Entrada de linha (para Alegrete 2) kV km ou MVA UF SITUAÇÃO 230 --- RS Proposta neste PAR DATA DE NECESSIDADE TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO JUN/2004 (*) (*) Em andamento tratativas para cessão de uso ou doação desta subestação da AES Uruguaiana para a CEEE Transmissão conforme Ofício Aneel SRT n° 006/2002. ONS PAR 2004-2006 24 / 530 2.1.3 Regiões Sudeste/Centro-Oeste Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO AIMORÉS – MASCARENHAS C2 kV km ou MVA DATA DE NECESSIDADE TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO UF SITUAÇÃO 230 20 MG Em análise pela Aneel FEV/2004 Nova instalação 230 7 SP Proposta neste PAR DEZ/2005 Nova instalação 230 2x25 MT Em licitação Necessária atualmente Nova instalação 230 168 MT Em licitação Necessária atualmente Nova instalação 500/ 230 750 MT Em análise pela Aneel JAN/2005 Nova instalação circuito simples (associada à conexão da UHE Aimorés) CACHOEIRA PAULISTA – SANTA CABEÇA circuito simples (associada à transformação 500/230 kV na SE Cachoeira Paulista) COXIPÓ – CUIABÁ C1/C2 circuito duplo CUIABÁ – RONDONÓPOLIS circuito simples, com compensação série de 60% em Rondonópolis (91 Mvar) CUIABÁ (NOVA) Instalação de SE com 1º banco de autotransformadores ONS PAR 2004-2006 25 / 530 Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO CUIABÁ – RIBEIRÃOZINHO kV km ou MVA DATA DE NECESSIDADE TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO UF SITUAÇÃO 500 364 MT Em análise pela Aneel JAN/2005 Nova instalação 345 66 MG Proposta neste PAR JUN/2004 Nova instalação 230 --- MS Proposta neste PAR DEZ/2005 Nova instalação 500 202 GO Em análise pela Aneel JAN/2005 Nova instalação 500 --- GO Em análise pela Aneel JAN/2005 Nova instalação 345 158 MG Proposta neste PAR AGO/2005 Nova instalação circuito simples (3x954 kcmil), com reator fixo 500 kV – 136 Mvar nas SEs Cuiabá e Ribeirãozinho FURNAS – PIMENTA C2 circuito simples IMBIRUSSÚ (NOVA) setor de 230 kV (nova conexão da Enersul) INTERMEDIÁRIA – ITUMBIARA circuito simples (3x954 kcmil), com reator fixo 500 kV – 95 Mvar nas SEs Intermediária e Itumbiara INTERMEDIÁRIA (NOVA) SE nova, para seccionamento da LT 500 kV Cuiabá - Itumbiara IRAPÉ – MONTES CLAROS circuito simples (associada à conexão da UHE Irapé) ONS PAR 2004-2006 26 / 530 Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO ITAPETI – NORDESTE C1 kV km ou MVA DATA DE NECESSIDADE TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO UF SITUAÇÃO 345 30 SP Proposta neste PAR DEZ/2004 Nova instalação 345 140 MG Proposta neste PAR JUN/2004 Nova instalação 345 90 RJ Proposta neste PAR JUN/2004 Nova instalação 440/ 230 450 SP Proposta neste PAR JUN/2004 Nova instalação 230 190 SP/MS Proposta neste PAR JUN/2004 Nova instalação 440/ 230 450 SP Proposta neste PAR DEZ/2005 Nova instalação 230 300 SP/MS Proposta neste PAR DEZ/2005 Nova instalação circuito duplo, lançamento de um circuito ITUTINGA – JUIZ DE FORA circuito simples MACAÉ – CAMPOS C3 circuito simples PORTO PRIMAVERA 1º banco de autotransformadores e unidade reserva (associada à LT 230 kV Porto Primavera – Dourados) PORTO PRIMAVERA – DOURADOS circuito simples PORTO PRIMAVERA 2º banco de autotransformadores (associada à LT 230 kV Porto Primavera – Imbirussú) PORTO PRIMAVERA – IMBIRUSSÚ circuito simples ONS PAR 2004-2006 27 / 530 Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO RIBEIRÃOZINHO (NOVA) SE nova com 1º banco de autotransformadores (associada à LT 500 kV Cuiabá – Ribeirãozinho – Intermediária - Itumbiara) RIBEIRÃOZINHO – BARRA DO PEIXE C1/C2 km ou MVA UF SITUAÇÃO 500/ 230 400 MT/ 230 2x3 500 242 kV DATA DE NECESSIDADE TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO Em análise pela Aneel JAN/2005 Nova instalação MT Em análise pela Aneel JAN/2005 Nova instalação MT/ Em análise pela Aneel JAN/2005 Nova instalação GO circuito duplo RIBEIRÃOZINHO – INTERMEDIÁRIA circuito simples (3x954 kcmil), com reator fixo 500 kV – 95 Mvar nas SEs Ribeirãozinho e Intermediária TIJUCO PRETO – ITAPETI C3/C4 GO 345 2x23 SP Proposta neste PAR DEZ/2004 Nova instalação 500 --- RJ Em análise pela Aneel Necessária atualmente FURNAS 345 --- RJ Em análise pela Aneel Necessária atualmente FURNAS circuito duplo ADRIANÓPOLIS Instalação de disjuntores no barramento de 500 kV para aumentar a confiabilidade do arranjo em anel ADRIANÓPOLIS seccionar a barra A e instalar um novo vão de disjuntor completo ONS PAR 2004-2006 28 / 530 Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO ADRIANÓPOLIS kV km ou MVA UF SITUAÇÃO DATA DE NECESSIDADE 345 --- RJ Em análise pela Aneel Necessária atualmente FURNAS 500 --- RJ Em análise pela Aneel Necessária atualmente FURNAS 500 --- RJ Em análise pela Aneel Necessária atualmente FURNAS 345 --- RJ Em análise pela Aneel Necessária atualmente FURNAS 500 --- RJ Em análise pela Aneel Necessária atualmente FURNAS seccionar a barra B através de instalação de chave seccionadora e proteção de barras adaptativas ADRIANÓPOLIS “bypass” em Adrianópolis de um dos circuitos da LT Cachoeira Paulista – Adrianópolis para engate na LT Adrianópolis – Grajaú, formando a LT Cachoeira Paulista – Grajaú ADRIANÓPOLIS reator manobrável na LT Cachoeira Paulista – Grajaú – 136 Mvar (associada ao by-pass em Adrianópolis para formar a LT Cachoeira Paulista – Grajaú) ADRIANÓPOLIS – CAMPOS troca de TC, filtro de ondas e chaves seccionadoras na SE Adrianópolis e filtro de ondas na SE Campos ANGRA reator manobrável de barra de 136 Mvar ONS PAR 2004-2006 TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO 29 / 530 Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO CACHOEIRA PAULISTA kV km ou MVA UF SITUAÇÃO DATA DE NECESSIDADE 500 --- SP Em análise pela Aneel Necessária atualmente FURNAS 500/ 230 350 SP Proposta neste PAR DEZ/2005 FURNAS 500/ 345 560 SP Em análise pela Aneel DEZ/2004 FURNAS 345 --- SP Proposta neste PAR Necessária atualmente FURNAS 345 --- SP Em análise pela Aneel Necessária atualmente FURNAS reator manobrável na linha para Adrianópolis (Grajaú) e chaveável na linha para Angra – 136 Mvar (associada ao by-pass em Adrianópolis para formar a LT Cachoeira Paulista – Grajaú) CACHOEIRA PAULISTA banco de autotransformadores (associada à LT 230 kV Cachoeira Paulista – Santa Cabeça) CAMPINAS 2º banco de autotransformadores (associada à LT Londrina – Assis – Araraquara) GUARULHOS substituição de um disjuntor – na saída para Nordeste (para 50 kA) IBIÚNA instalação de disjuntor e mais uma chave seccionadora de 345 kV nos vãos dos transformadores ZA900, ZA901 e ZA902 ONS PAR 2004-2006 TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO 30 / 530 Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO IBIÚNA kV km ou MVA UF SITUAÇÃO DATA DE NECESSIDADE 345 --- SP Em análise pela Aneel Necessária atualmente FURNAS 230 --- GO/ Proposta neste PAR Necessária atualmente FURNAS Em análise pela Aneel Necessária atualmente FURNAS Em análise pela Aneel Necessária atualmente FURNAS Em análise pela Aneel Necessária atualmente FURNAS instalação de dois filtros (3º/5º harmônicos) para o elo de corrente contínua ITUMBIARA substituição de três disjuntores – nas saídas para Rio Verde, C1 e C2, e de interligação (para 40 kA) ITUMBIARA MG 230 --- bancos de compensação série na LT 230 kV Rio Verde - Itumbiara: GO/ MG TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO 30% no C1 (33,9 Mvar) 70% no C2 (183 Mvar) ITUMBIARA 345 --- seccionamento do barramento de 345 kV e instalação de vão de disjuntor completo L. C. BARRETO Instalação de chave seccionadora no vão do disjuntor de interligação de barras ONS PAR 2004-2006 GO/ MG 345 --- MG 31 / 530 Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO L. C. BARRETO kV km ou MVA UF SITUAÇÃO DATA DE NECESSIDADE 345 --- MG Em análise pela Aneel Necessária atualmente FURNAS 500 --- MG Em análise pela Aneel Necessária atualmente FURNAS 345 --- SP Proposta neste PAR Necessária atualmente FURNAS 345 --- MG Em análise pela Aneel AGO/2004 FURNAS 345 --- MG Em análise pela Aneel Necessária atualmente FURNAS substituição de equipamentos terminais (TCs, filtros de onda, chaves seccionadoras e disjuntores) na saída para Volta Grande e vão de interligação MARIMBONDO reator manobrável de barra – 100 Mvar MOGI – ITAPETI adequação de equipamento terminal na SE Mogi OURO PRETO 2 reator manobrável na LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória - 60 Mvar PORTO COLÔMBIA substituição de equipamentos terminais (TCs, filtros de onda, chaves seccionadoras e disjuntores) nas saídas para Itumbiara e Volta Grande e vão de interligação ONS PAR 2004-2006 TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO 32 / 530 Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO RIO VERDE kV km ou MVA UF SITUAÇÃO DATA DE NECESSIDADE 230 --- MT Em análise pela Aneel Necessária atualmente FURNAS 500/ 345 1.075 DF Em análise pela Aneel FEV/2004 FURNAS 500/ 230 400 GO Em análise pela Aneel Necessária atualmente FURNAS 750/ 345 1.500 SP Em análise pela Aneel Necessária atualmente FURNAS 345 --- SP Proposta neste PAR Necessária atualmente FURNAS bancos de compensação série na LT 230 kV Barra do Peixe – Rio Verde: TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO 30% no C1 (37,2 Mvar) 70% no C2 (216,4 Mvar) na LT 230 kV Itumbiara – Rio Verde: 30% no C1 (34 Mvar) SAMAMBAIA 3º banco de autotransformadores SERRA DA MESA 2º banco de autotransformadores TIJUCO PRETO 4º banco de autotransformadores TIJUCO PRETO substituição de seis disjuntores e sete chaves seccionadoras (para 63 kA) ONS PAR 2004-2006 33 / 530 Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO TIJUCO PRETO Inclusão de alimentação para o compensador síncrono da SE Tijuco Preto através do terciário dos autotransformadores AT5 e/ou AT6 TIJUCO PRETO Inclusão de alimentação para os bancos de reatores shunt de terciário 2x180 Mvar – 69 kV através do terciário do autotransformador AT2 TIJUCO PRETO Instalação de sistema de transferência para substituição da fase reserva dos bancos de transformadores AT2 e AT3 – 1.650 MVA, incluindo enrolamento terciário (banco de reatores shunt) TIJUCO PRETO Instalação de sistema de transferência para substituição da fase reserva dos bancos de transformadores AT4, AT5 e AT6 – 1.500 MVA, incluindo enrolamento terciário (compensador síncrono) ONS PAR 2004-2006 km ou MVA UF SITUAÇÃO DATA DE NECESSIDADE 750/ 345/ 20 --- SP Em análise pela Aneel Necessária atualmente FURNAS 750/ 500/ 69 --- SP Em análise pela Aneel Necessária atualmente FURNAS 750/ 500/ 69 --- SP Em análise pela Aneel Necessária atualmente FURNAS 750/ 345/ 20 --- SP Em análise pela Aneel Necessária atualmente FURNAS kV TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO 34 / 530 Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO VITÓRIA kV km ou MVA DATA DE NECESSIDADE TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO UF SITUAÇÃO 345 --- ES Em análise pela Aneel AGO/2004 FURNAS 345 --- ES Em análise pela Aneel JUN/2005 FURNAS 500 --- GO/ Em análise pela Aneel Necessária atualmente EXPANSION reator manobrável na LT 345 kV Ouro Preto 2 Vitória – 60 Mvar VITÓRIA transferência do compensador estático de Campos para a SE Vitória (associada à instalação da LT 345 kV Ouro Preto 2 -Vitória e da UTE Norte Fluminense) ITUMBIARA MG reator manobrável na LT 500 kV Itumbiara Samambaia – 136 Mvar ANASTÁCIO 230 --- MS Proposta neste PAR Necessária atualmente ELETROSUL 230 --- MT Em análise pela Aneel Necessária atualmente ELETRONORTE setor 230 kV (reforma da SE quando da entrada em operação do 2º transformador 230/138 kV) BARRA DO PEIXE ampliação de dois vãos de linha adicionais para a conexão da LT 230 kV Rondonópolis – Rio Verde C1 a ser seccionada em Barra do Peixe ONS PAR 2004-2006 35 / 530 Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO BARRA DO PEIXE kV km ou MVA UF SITUAÇÃO DATA DE NECESSIDADE 230 --- MT Em análise pela Aneel Necessária atualmente bancos de compensação série na LT 230 kV Rondonópolis – Barra do Peixe: TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO ELETRONORTE 30% no C1 (35,1Mvar) 50% no C2 (119,8 Mvar) banco de compensação série de 30% na LT 230 kV Rio Verde – Barra do Peixe C1 (37,2 Mvar) FURNAS ANHANGÜERA (NOVA) 345/ 500 SP Proposta neste PAR Necessária atualmente CTEEP desativação da atual Anhangüera Provisória com instalação de novo transformador 345/230 kV na nova SE Anhangüera 345 kV, conexões 345 kV para Milton Fornasaro, circuito duplo, e conexões em 230 kV para seccionamento da LT 230 kV Edgard de Souza – Centro C1/C2 230 APARECIDA 230 --- SP Proposta neste PAR Necessária atualmente CTEEP 440 --- SP Em análise pela Aneel Necessária atualmente CTEEP substituir 3 seccionadoras de 600 A para maior capacidade no bay para Taubaté ARARAQUARA reator manobrável de barra – 180 Mvar ONS PAR 2004-2006 36 / 530 Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO ASSIS kV km ou MVA UF SITUAÇÃO DATA DE NECESSIDADE 440 --- SP Proposta neste PAR Necessária atualmente CTEEP 230 --- SP Proposta neste PAR Necessária atualmente CTEEP 440 --- SP Proposta neste PAR Necessária atualmente CTEEP 440 --- SP Proposta neste PAR Necessária atualmente CTEEP 440 --- SP Proposta neste PAR Necessária atualmente CTEEP 440 --- SP Em análise pela Aneel Necessária atualmente CTEEP conexões para o reator RE-2 3x33,33 Mvar ASSIS adequação do arranjo da SE de barra principal e transferência para barra dupla a cinco chaves BAURU substituição das seccionadoras (de 2.000 A para 3.000 A) dos travessões dos disjuntores 10524-1 (74, 76, 78, 80, 82 e 84) e 10524-3 (238, 240, 242, 244, 246 e 248) BAURU instalação de medição de corrente nos travessões 10524-1 e 10524-3 BAURU substituição das seccionadoras de barra 1052966 e 10529-68 (de 2.000 A para 3.000 A) CABREÚVA instalação de bay de interligação de barra (Obra associada à instalação do 2º banco de autotransformadores 440/138 kV) ONS PAR 2004-2006 TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO 37 / 530 Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO EDGARD DE SOUZA kV km ou MVA UF SITUAÇÃO DATA DE NECESSIDADE 230 --- SP Em análise pela Aneel Necessária atualmente CTEEP 230 --- SP Proposta neste PAR Necessária atualmente CTEEP 440 2x1,6 SP Em análise pela Aneel Necessária atualmente CTEEP 440 --- SP Em análise pela Aneel Necessária atualmente CTEEP substituição de 3 disjuntores (Obra associada à instalação do 3º banco de autotransformadores 440/230 kV – 750 MVA da SE Cabreúva) EDGARD DE SOUZA instalar by-pass nos bays das linhas e dos trafos EMBU GUAÇU – BAURU C1/C2 (SECCIONAMENTO SE OESTE) TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO construção de dois trechos (4x636 MCM) para efetuar o seccionamento dos dois circuitos da LT Bauru - Embu Guaçu na SE Oeste (incluindo dois bays em 440 kV na SE Oeste) ILHA SOLTEIRA substituição de disjuntores nos circuitos 1 e 2 da LT para Araraquara ONS PAR 2004-2006 38 / 530 Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO ILHA SOLTEIRA kV km ou MVA UF SITUAÇÃO DATA DE NECESSIDADE 440 --- SP Em análise pela Aneel Necessária atualmente CTEEP 440 --- SP Proposta neste PAR Necessária atualmente CTEEP 230 --- SP Em análise pela Aneel Necessária atualmente CTEEP 230 --- SP Proposta neste PAR Necessária atualmente CTEEP 345 --- SP Proposta neste PAR 2004 CTEEP implantação de sistema de comunicação óptica para permitir “transfer trip” direto para alívio de carga no transformador 500/440 kV da SE Água Vermelha ILHA SOLTEIRA Instalação do terceiro disjuntor de interligações de barras INTERLAGOS substituição de disjuntores e equipamentos de 2 bays (Obra associada à 2ª fase da UTE Piratininga) INTERLAGOS adequação do arranjo da SE de barra principal e transferência para barra dupla a cinco chaves (coincidente com a implantação do 2º banco de transformadores 345/230 kV) ITAPETI substituição de disjuntores e equipamentos de 8 bays (associada às LTs Tijuco Preto – Itapeti C3/C4 e Itapeti/Nordeste C1) ONS PAR 2004-2006 TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO 39 / 530 Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO JUPIÁ kV km ou MVA UF SITUAÇÃO DATA DE NECESSIDADE 440 --- SP Em análise pela Aneel Necessária atualmente CTEEP 345 --- SP Proposta neste PAR 2004 CTEEP 440 --- SP Em análise pela Aneel Necessária atualmente CTEEP 345 --- SP Proposta neste PAR Necessária atualmente CTEEP 345 --- MG Em análise pela Aneel Necessária atualmente CEMIG 500 --- MG Em análise pela Aneel Necessária atualmente CEMIG troca de disjuntores nos bays para Taquaruçu, Três Irmãos e paralelo SANTO ÂNGELO substituição de disjuntores e equipamentos de 8 bays (associada às LTs Tijuco Preto – Itapeti C3/C4 e Itapeti/Nordeste C1) SUMARÉ reator manobrável de barra de 90 Mvar XAVANTES Instalação do segundo disjuntor nos bays da LT 345 kV Xavantes – Interlagos BARBACENA substituição de equipamentos terminais (TCs e filtros de onda) na saída para Pimenta EMBORCAÇÃO conexão para reator da LT 500 kV Emborcação – São Gotardo 2 – 91 Mvar ONS PAR 2004-2006 TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO 40 / 530 Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO JAGUARA kV km ou MVA UF SITUAÇÃO DATA DE NECESSIDADE 500 --- MG Em análise pela Aneel Necessária atualmente CEMIG 345 --- MG Em análise pela Aneel Necessária atualmente CEMIG 500 --- MG Em análise pela Aneel Necessária atualmente CEMIG 345 --- MG Em análise pela Aneel Necessária atualmente CEMIG 500 --- MG Em análise pela Aneel Necessária atualmente CEMIG instalação de três disjuntores para conexão dos trafos T11 e T12 – 500/345 kV às barras 1 e 2 (instalação de uma seção – configuração disjuntor e meio) JAGUARA Instalação de vão de disjuntor de barra JAGUARA conexões para os reatores das LTs 500 kV Jaguara – Neves e Jaguara – São Gonçalo do Pará – 2x91 Mvar JAGUARA substituição de equipamentos terminais (TCs e filtros de ondas) nas saídas para Volta Grande, Luiz Carlos Barreto e Pimenta NEVES transposição física de vão de linha e de transformador ONS PAR 2004-2006 TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO 41 / 530 Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO OURO PRETO 2 kV km ou MVA UF SITUAÇÃO DATA DE NECESSIDADE 500 --- MG Em análise pela Aneel Necessária atualmente CEMIG 345 --- MG Em análise pela Aneel Necessária atualmente CEMIG 345 --- MG Em análise pela Aneel Necessária atualmente CEMIG 500 --- MG Em análise pela Aneel Necessária atualmente CEMIG 345 --- MG Em análise pela Aneel Necessária atualmente CEMIG conexão para reator da LT 500 kV Ouro Preto 2 – São Gonçalo do Pará – 91 Mvar PIMENTA Instalação de vão de disjuntor de barra PIMENTA substituição de equipamentos terminais (TCs e filtros de onda) nas saídas para Barreiro, Barbacena SÃO GOTARDO 2 reator manobrável de barra – 91 Mvar VOLTA GRANDE substituição de equipamentos terminais (TCs e filtros de onda) nas saídas para Jaguara, Luiz Carlos Barreto e Porto Colômbia ONS PAR 2004-2006 TRANSMISSORA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO 42 / 530 2.1.4 Regiões Norte/Nordeste Tabela 2.1.4-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Norte e Nordeste sem a concessão equacionada LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO MILAGRES – COREMAS C2 kV km ou MVA DATA DE NECESSIDADE CONCESSIONÁRIA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO UF SITUAÇÃO 230 120 CE/PB Proposta neste PAR DEZ/2005 Nova instalação 230 200 CE Em análise pela Aneel DEZ/2005 Nova instalação 500 102 BA Em licitação Necessária atualmente Nova instalação 230 -- CE Em análise pela Aneel DEZ/2005 Nova instalação 500 581 PI/CE Em licitação JUN/2005 Nova instalação 500 329 PA Proposta neste PAR DEZ/2006 Nova instalação circuito simples MILAGRES – TAUÁ circuito simples (associada à conexão da Coelce na SE Tauá) SAPEAÇU – CAMAÇARI II circuito simples TAUÁ (NOVA) setor de 230 kV (associado à nova conexão da Coelce) TERESINA II – SOBRAL III – FORTALEZA II C2 circuito simples TUCURUÍ - VILA DO CONDE C3 circuito simples, com reator 180 Mvar ONS PAR 2004-2006 43 / 530 Tabela 2.1.4-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Norte e Nordeste sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO MARABÁ 2o banco de autotransformadores TERESINA – PERITORÓ km ou MVA UF SITUAÇÃO DATA DE NECESSIDADE 500/ 230 450 PA Em análise pela Aneel Necessária atualmente ELETRONORTE 230 78 MA Em análise pela Aneel Necessária atualmente ELETRONORTE 500 --- PE Em análise pela Aneel Necessária atualmente CHESF 500 --- PI Em análise pela Aneel Necessária atualmente CHESF 500 --- PI Em análise pela Aneel Necessária atualmente CHESF 230 --- PB Em análise pela Aneel Necessária atualmente CHESF 230 --- PB Em análise pela Aneel Necessária atualmente CHESF kV circuito simples seccionamento na SE Coelho Neto (construção de 78 km de LT 230 kV) ANGELIM II reator manobrável de barra - 150 Mvar BOA ESPERANÇA Instalação de uma interligação de barra BOA ESPERANÇA reencabeçamento da LT Presidente Dutra para o vão do reator de barra CAMPINA GRANDE II substituição dos pára-raios das linhas 04V1, 04V2, 04L3, 04F6 e 04F7 CAMPINA GRANDE II reator manobrável de barra - 30 Mvar ONS PAR 2004-2006 CONCESSIONÁRIA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO 44 / 530 Tabela 2.1.4-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Norte e Nordeste sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO FORTALEZA I kV km ou MVA UF SITUAÇÃO DATA DE NECESSIDADE 230 --- CE Em análise pela Aneel Necessária atualmente CHESF 500/ 230 600 CE Proposta neste PAR JUN/2005 CHESF 500 --- CE Proposta neste PAR JUN/2005 CHESF 230 0,3 CE Proposta neste PAR JUN/2005 CHESF 500/ 230/ 13,8 --- AL Em análise pela Aneel Necessária atualmente CHESF 500 --- AL Proposta neste PAR DEZ/2004 CHESF substituição de um disjuntor na posição 14H1 de manobra de banco de capacitores de 50 Mvar FORTALEZA II 3o banco de autotransformadores (associado à LT 500 kV Teresina II – Sobral III – Fortaleza II C2) FORTALEZA II complementar bay 500 kV – AT 1 FORTALEZA II – FORTALEZA C3 circuito simples (associada ao 3º banco de autotransformadores 500/230 kV da SE Fortaleza II) MESSIAS fechamento do “delta” do banco de autotransformadores 05T3 MESSIAS complementar bays 500 kV ATs 2 e 3 ONS PAR 2004-2006 CONCESSIONÁRIA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO 45 / 530 Tabela 2.1.4-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Norte e Nordeste sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO MIRUEIRA kV km ou MVA UF SITUAÇÃO DATA DE NECESSIDADE 230 --- PE Em análise pela Aneel Necessária atualmente CHESF 230 75 RN Em análise pela Aneel JUN/2004 CHESF 230 --- BA Proposta neste PAR NOV/2005 CHESF 230 --- RN Em análise pela Aneel Necessária atualmente CHESF 230 --- RN Em análise pela Aneel Necessária atualmente CHESF 230 --- RN Em análise pela Aneel Necessária atualmente CHESF instalação de uma entrada de linha na saída para Pau Ferro MOSSORÓ II – AÇU II recapacitação (de 235 MVA para 300 MVA) (associada à UTE Termoaçu) NARANDIBA (NOVA) setor de 230 kV com 2 entradas de linha para Pituaçu (associado à nova conexão da Coelba) NATAL II substituição dos pára-raios dos transformadores 04T1, 04T2 e 04T3 e das LTs 04V2 e 04V3 NATAL II relocação do reator de barra - 10 Mvar para uma das linhas para Campina Grande (04V3 ou 04V4) NATAL II reator manobrável de barra - 30 Mvar ONS PAR 2004-2006 CONCESSIONÁRIA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO 46 / 530 Tabela 2.1.4-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Norte e Nordeste sem a concessão equacionada (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO PAULO AFONSO IV kV km ou MVA UF SITUAÇÃO DATA DE NECESSIDADE 500 --- BA Em análise pela Aneel Necessária atualmente CHESF 230 --- BA Proposta neste PAR NOV/2005 CHESF 230 4 BA Proposta neste PAR NOV/2005 CHESF 230 --- PE Proposta neste PAR DEZ/2004 CHESF 500 --- CE Proposta neste PAR DEZ/2004 CHESF 500 --- PI Proposta neste PAR DEZ/2004 CHESF reencabeçamento da LT Luiz Gonzaga para o vão do gerador 2, conectando o autotransformador T8 à saída do vão do gerador 1 PITUAÇU 2 entradas de linha em 230 kV para Narandiba (associado à nova conexão da Coelba) PITUAÇU – NARANDIBA C2 lançamento do 2o circuito (o circuito C1 é existente e opera atualmente em 69 kV) RECIFE II instalar TP, TC, e proteção própria disjuntores de acoplamento de Barras. SOBRAL III para complementar bay 500 kV da LT Sobral III/ Teresina II TERESINA II complementar bay 500 kV do AT - 2 ONS PAR 2004-2006 CONCESSIONÁRIA PROPRIETÁRIA DA INSTALAÇÃO 47 / 530 2.2 Resumo da Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica Necessários até 2006 As tabelas deste item resumem os acréscimos de linhas de transmissão e de capacidade de transformação resultante da proposta de ampliações e reforços apresentada neste PAR 2004/2006, conforme descrito no item 2.1. Nesse resumo, são contempladas também as instalações cuja concessão já foi equacionada, por meio de autorização ou de licitação, e que estão relacionadas no item 6.3 deste documento. Em função de seu objetivo, as tabelas aqui apresentadas distinguem-se daquelas dos itens anteriores por considerarem como referência de data não mais a “data de necessidade”, mas a data limite de entrada em operação constante do ato autorizativo, do CPST, dos editais de licitação ou, no caso de nenhum destes existir, a data considerada como passível da obra ser concluída. Para os empreendimentos relacionados no Programa de Licitação da Concessão de Linhas de Transmissão da Aneel, o ofício n° 038/2003-SCT/Aneel estima que o prazo para implantação de uma linha de transmissão pode variar de 24 a 36 meses, a partir da publicação do edital de licitação. Esses prazos são derivados da experiência obtida com os processos licitatórios já realizados pela Aneel. Para as instalações ainda não contempladas no Programa de Licitação da Concessão de Linhas de Transmissão da Aneel, na avaliação da data provável de entrada em operação, além desses prazos, foi acrescentado ainda o intervalo correspondente à preparação do edital de licitação, aqui estimado em 6 meses. No caso de reforços em transformação ainda não autorizados, supôs-se um prazo de 24 meses para a entrada em operação após o ato autorizativo. 2.2.1 Quantitativos de Linhas de Transmissão e Transformadores Previstos no PAR 2004-2006 (relação completa) As tabelas a seguir resumem as ampliações e os reforços propostos para o período 2004 a 2006, na forma de acréscimos de quilômetros de linha de transmissão e de MVA de transformadores. Os empreendimentos previstos para 2003 foram também contabilizados. Os números apresentados refletem o conjunto união das ampliações e reforços relacionados nos itens 2.1 - empreendimentos ainda sem concessão - e 6.3 - obras em curso, já autorizadas ou licitadas. ONS PAR 2004-2006 48 / 530 Tabela 2.2.1-1 – Acréscimo em km de Linhas de Transmissão – Relação Completa Tensão kV SUL 2003 500 SE/CO N/NE INT 2004 2005 2006 2003 2004 2005 2006 2003 2004 2005 1 427 495 148 210 180 808 401 200 667 440 345 26 370 238 230 145 699 602 120 720 137 434 TOTAL 145 700 1.029 615 894 717 852 2006 2003 2004 2005 761 517 831 TOTAL 5.646 3 3 342 976 1.153 284 500 162 320 685 700 829 320 4.123 761 517 831 10.748 INT. - Interligações inter-regionais Tabela 2.2.1-2 – Acréscimo em Número de Linhas de Transmissão – Relação Completa Tensão kV SUL 2003 500 SE/CO N/NE INT 2004 2005 2006 2003 2004 2005 2006 2003 2004 2005 1 3 2 1 1 1 1 1 1 3 440 345 1 1 4 230 3 6 18 1 2 1 7 TOTAL 3 7 21 3 4 3 12 2006 2003 2004 2005 3 2 4 TOTAL 24 2 2 5 11 8 6 3 6 2 7 4 9 2 55 3 2 4 92 INT. - Interligações inter-regionais ONS PAR 2004-2006 49 / 530 Tabela 2.2.1-3 – Acréscimo em Capacidade de Transformação na Rede Básica (MVA) – Relação Completa Tensão kV SUL 2003 SE/CO 2005 750 500 2003 2004 1.650 672 4.224 2005 3.160 440 750 450 345 500 500 TOTAL 300 672 2003 2004 INT 2005 2006 1.500 400 230 560 N/NE 2005 1.650 1.200 1.050 600 TOTAL 4.800 1.500 13.366 336 1.536 1.000 90 4.224 2.510 1.650 5.610 2004 90 39 200 1.239 1.250 629 600 1.650 1.836 21.331 INT. - Interligações inter-regionais Tabela 2.2.1-4 – Acréscimo em Número de Transformadores na Rede Básica – Relação Completa Tensão kV SUL 2003 SE/CO 2005 750 500 2003 2004 1 1 7 2005 5 440 1 1 345 1 1 TOTAL 1 1 7 3 2003 2004 INT 2005 2006 1 1 230 1 N/NE 3 8 2004 2005 TOTAL 1 2 2 1 3 1 21 1 3 2 2 1 2 2 3 4 6 1 1 2 INT. - Interligações inter-regionais ONS PAR 2004-2006 50 / 530 35 2.2.2 Quantitativos de Linhas de Transmissão e Transformadores Propostos no Par 2004-2006 que ainda não foram Equacionados junto à Aneel As tabelas a seguir resumem as ampliações e os reforços, propostos para o período 2004 a 2006, ainda sem concessão. Tabela 2.2.2-1 – Acréscimo em km de Linhas de Transmissão ainda não Equacionadas pela Aneel Acréscimo em km na Rede Básica SUL SE/CO Tensão kV 2005 2006 500 427 495 2005 440 345 188 230 562 120 434 TOTAL 989 615 622 N/NE 2006 2005 808 667 INT 2006 2005 367 TOTAL 2.764 3 3 342 530 1153 112 320 779 320 1548 367 4.845 INT. - Interligações inter-regionais Tabela 2.2.2-2 – Acréscimo do Número de Linhas de Transmissão ainda não Equacionadas pela Aneel Acréscimo em Número de Linhas de Transmissão SUL SE/CO Tensão kV 2005 2006 500 3 2 2005 440 345 2 230 16 1 7 TOTAL 19 3 9 N/NE 2006 2005 1 3 INT 2006 2005 2 TOTAL 11 2 2 5 7 8 4 2 7 2 30 2 50 INT. - Interligações inter-regionais ONS PAR 2004-2006 51 / 530 Tabela 2.2.2-3 – Aumento da Capacidade de Transformação ainda não Equacionada pela Aneel Acréscimo em MVA na Rede Básica Tensão kV SUL SE/CO 2005 2005 750 500 2005 INT 2006 2005 1.500 4.224 3.160 440 450 345 500 TOTAL N/NE 4.224 5.610 TOTAL 1.500 1.050 600 1.500 10.534 336 786 500 1.050 600 1.836 13.320 (*) Refere-se à tensão do lado de alta do transformador Tabela 2.2.2-4 – Acréscimo do Número de Transformadores ainda não Equacionados pela Aneel Acréscimo do número de transformadores na Rede Básica Tensão kV SUL SE/CO 2005 2005 750 500 2005 INT 2006 2005 1 7 5 440 1 345 1 TOTAL N/NE 7 8 TOTAL 1 2 1 1 16 1 2 1 2 1 2 20 (*) Refere-se à tensão do lado de alta do transformador 2.2.3 Estimativa de Investimento Associado às Ampliações e aos Reforços Propostos As tabelas 2.2.3-1 e 2.2.3-2, apresentadas a seguir, indicam uma estimativa preliminar do montante de investimento associado às obras propostas neste PAR. Os valores foram calculados tendo por base o documento “Referência de Custos – LTs e SEs de AT e EAT”, emitido pela ELETROBRAS, em Junho de 1999. ONS PAR 2004-2006 52 / 530 Tabela 2.2.3-1 – Estimativa de Investimento Associado ao PAR 2004-2006 – Relação Completa (Valores em Milhões R$) Tensão kV LT/SE 750 SE SUL 2003 2005 2006 2003 2004 34,7 LT 500 2004 SE/CO 2005 345 TOTAL 2003 2004 2005 9,3 161,1 173,5 55,5 75,0 65,6 262,8 100,8 71,8 236,4 2006 74,7 94,4 198,9 45,0 89,1 2003 2004 2005 2006 TOTAL 35,0 109,6 401,8 273,0 369,3 2.255,9 SE 27,9 36,4 129,5 47,3 19,3 27,3 12,3 802,1 Total 27,9 45,7 290,6 173,5 130,2 169,4 264,5 262,8 145,8 160,9 283,7 19,3 401,8 273,0 396,6 12,3 3.058,0 10,1 10,1 SE 4,1 33,1 40,4 9,0 16,3 102,9 Total 4,1 33,1 40,4 19,1 16,3 113,0 LT 2,9 87,8 70,6 98,5 17,4 48,0 SE Total 230 2006 INTERLIGAÇÃO 39,9 LT 440 N/NE 2,9 105,2 118,6 259,8 65,4 98,5 325,2 LT 27,3 140,9 112,1 20,1 91,7 22,4 77,0 50,1 81,6 35,7 50,9 709,8 SE 12,2 46,6 36,6 5,1 27,6 33,8 90,0 10,2 62,1 43,5 10,2 377,9 Total 39,5 187,5 148,7 25,2 119,3 56,2 167,0 60,3 143,7 79,2 61,1 1.087,7 LT 27,3 150,2 273,2 193,6 150,1 185,2 213,2 371,4 150,9 153,4 272,1 50,9 401,8 273,0 369,3 SE 40,1 83,0 90,8 29,5 35,0 43,6 12,3 1.457,9 Global 67,4 233,2 439,3 198,7 291,2 363,9 630,4 380,4 206,1 304,6 362,9 80,4 401,8 308,0 412,9 12,3 4.693,5 166,1 5,1 141,1 178,7 417,2 9,0 55,2 151,2 3235,6 Valores de custo referidos a junho/99 – Taxa de câmbio 1US$=1,76 R$ ONS PAR 2004-2006 53 / 530 Tabela 2.2.3-2 – Estimativa de Investimento Associado ao PAR 2004-2006 – Obras Cuja Concessão ainda não foi Equacionada (Valores em Milhões R$) Tensão kV LT/SE 750 SE SUL 2004 2006 2004 2005 161,1 SE 8,2 129,5 Total 8,2 290,6 173,5 345 2005 2006 2005 2006 173,5 16,3 198,9 16,3 198,9 TOTAL 39,9 262,7 236,4 124,3 958,0 1,9 47,3 19,3 27,4 12,3 461,1 1,9 283,7 19,3 151,7 12,3 1.419,1 10,1 SE 10,0 40,4 9,1 16,3 75,8 Total 10,0 40,4 19,2 16,3 85,9 LT 55,0 98,5 SE 27,4 Total 82,4 98,8 20,1 153,5 27,4 98,5 180,9 77,0 26,1 50,9 272,9 SE 18,2 24,4 5,1 4,0 90,0 2,0 21,7 10,2 175,6 Total 18,2 123,2 25,2 4,0 167,0 2,0 47,8 61,1 448,5 259,9 193,6 262,5 50,9 124,3 LT TOTAL 2004 INT 10,1 LT 230 2006 262,7 LT 440 N/NE 39,9 LT 500 2005 SE/CO 132,0 371,3 1.394,5 SE 26,4 153,9 5,1 30,3 396,6 9,1 3,9 69,0 29,5 43,7 12,3 779,8 Global 26,4 413,8 198,7 30,3 528,6 380,4 3,9 331,5 80,4 168,0 12,3 2.174,3 Valores de custo referidos a junho/99 – Taxa de câmbio 1US$=1,76 R$ ONS PAR 2004-2006 54 / 530 3 3.1 Síntese das Condições de Atendimento do Sistema Interligado Nacional – Horizonte 2006 Introdução Neste item são apresentadas, de maneira sucinta, as condições operativas do Sistema Interligado Nacional, em regime normal e de emergência, visualizadas no período 2004 a 2006. Compondo o painel sobre o desempenho esperado do sistema, são explicitadas as possíveis restrições de transmissão antevistas, o que dá fundamentação ao programa de obras proposto no item 2 deste documento. Além da implementação das ampliações e reforços propostos neste PAR 20042006, as análises desenvolvidas identificaram a necessidade de que sejam empreendidas ações complementares, de modo que as condições desejadas de desempenho da Rede Básica sejam alcançadas no período até 2006. Essas ações envolvem, principalmente, a definição da outorga de concessão para novas instalações da Rede Básica e a execução de estudos complementares para a definição de soluções de natureza conjuntural e/ou estrutural, que, na visão do ONS, devem ser conduzidas por diversos Agentes. As ações complementares estão relacionadas na descrição de cada Área. A avaliação do desempenho elétrico do SIN foi realizada com base nos seguintes parâmetros de controle: estabilidade; controle de tensão; carregamento de equipamentos; linhas de transmissão, transformadores e outros circuitos ou equipamentos singelos; superação da capacidade de interrupção de disjuntores; e geração térmica. São destacadas, ainda, as situações visualizadas na fronteira da Rede Básica com a Rede de Distribuição, em que não são observados os critérios adotados na análise da Rede Básica. Também são incluídos os resultados preliminares da avaliação do impacto de contingências duplas no SIN. As observações relativas ao comportamento do SIN frente a contingências múltiplas têm por base os estudos realizados no âmbito da Atividade I dos Estudos para Melhoria das Condições de Segurança do Sistema Interligado Nacional – SIN, desenvolvida após a ocorrência de 21 de janeiro de 2002. Informações detalhadas sobre as análises efetuadas poderão ser encontradas nos documentos [14], [15], [16], [17], [18] e [19]. ONS PAR 2004-2006 55 / 530 3.2 Observações de Caráter Geral Locais Atendidos por Circuitos Singelos Radiais Cumprindo determinação do Conselho de Administração do ONS, estabelecida em 2002 quando da apreciação do PAR 2003-2005, o ONS, o CCPE e os Agentes diretamente envolvidos, vêm desenvolvendo uma série de ações visando propor alternativas para a evolução do sistema da Rede Básica nos locais atualmente atendidos por meio de circuitos radiais singelos. Dentre as ações realizadas destacam-se as reuniões realizadas em 11/12/2002 e 13/03/2003 cujo objetivo foi nivelar entendimento quanto aos procedimentos e critérios adotados nos estudos de planejamento da expansão, analisar os indicadores de continuidade da Rede Básica - apurados pelo ONS a partir de determinação da Aneel - vis a vis os indicadores de continuidade observados na Rede de Distribuição, bem como estabelecer a forma de trabalho do grupo. Dessas reuniões, que contaram com a presença de representantes da Coelba, Ceal, Cepisa, Cemar, Celpa, Coelce, Chesf, Eletronorte, além do CCPE – Núcleos de Articulação regional Norte e Nordeste, foi elaborado uma minuta do termo de referência das análises, consolidado no documento “Alternativas para Atendimento aos Sistemas Radiais” [3]. Deverá ser também dada seqüência a esse trabalho contemplando as demais Regiões. O trabalho a ser realizado tem por objetivo caracterizar a melhor solução para que o critério (N-1) passe a ser atendido nesses locais, levando em consideração também os Padrões de Qualidade definidos no Módulo 2 dos Procedimentos de Rede, Padrões de Desempenho da Rede Básica e Requisitos Mínimos para suas Instalações, bem como a Resolução da Aneel nº 024 de 27/01/2000. Serão destacadas as obras de geração com influência sobre o atendimento aos locais em questão e avaliadas alternativas de expansão, contemplando reforços na Rede de Distribuição e na Rede Básica. A versão final do termo de referência deverá ser emitida até junho deste ano, prevendo-se a conclusão dos dois primeiros estudos ainda em 2003. Na Tabela 3.2-1, a seguir, são relacionados os locais atendidos por meio de circuitos radiais singelos que estão sendo tratados nessa atividade conjunta ONS/CCPE/Agentes. ONS PAR 2004-2006 56 / 530 Tabela 3.2-1 – Subestações Atendidas por meio de Circuitos Radiais Singelos SUBESTAÇÕES LINHA DE TRANSMISSÃO UF Altamira, Transamazônica e Rurópolis LT 230 kV Tucuruí – Altamira – Transamazônica – Rurópolis (Sistema Tramoeste) PA Porto Franco LT 230 kV Imperatriz – Porto Franco MA LT 230 kV Teresina – Peritoró (Derivação Coelho Neto). MA LT 230 kV São João do Piauí – Picos PI LT 230 kV Milagres – Tauá CE LT 230 kV Milagres – Coremas C2 PB Penedo LT 230 kV Rio Largo II – Penedo AL Brumado II LT 230 kV Funil – Brumado II BA Barreiras LT 230 kV Bom Jesus da Lapa – Barreiras BA Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum. LT 230 kV Nobres – Nova Mutum – Lucas do Rio Verde – Sorriso – Sinop MT Itapaci LT 230 kV Barro Alto – Itapaci GO Palmeiras e Firminópolis LT 230 kV Anhanguera – Palmeiras – Firminópolis GO Parnaíba LT 230 kV Itumbiara – Paranaíba GO LT 345 kV Várzea da Palma – Montes Claros MG LT 230 kV Farroupilha – Garibaldi RS Coelho Neto (1) Picos Tauá (SE nova) Coremas (1) Montes Claros Garibaldi (1) (1) Obs.: (1) Locais para os quais há solução estrutural indicada em estudos de planejamento de longo prazo Avaliação dos níveis de curto-circuito Visando antecipar a necessidade de substituição de disjuntores devido à superação da capacidade de interrupção, o ONS desenvolveu estudos de curto-circuito para o SIN, abrangendo o período 2002 a 2005. Nesses estudos, consolidados no relatório ONS RE 03/343/2002, “Estudos de Curto-Circuito - Período 2002-2005” [4], foram avaliados os níveis de curto-circuito e identificadas as barras do Sistema Interligado Nacional com possíveis problemas de superação de disjuntores. De acordo com as investigações descritas em [4], foi identificado um total de 62 barramentos do SIN que apresentam potenciais problemas quanto à capacidade de interrupção simétrica dos disjuntores. Desse total, 34 correspondem a barramentos com tensão igual ou superior a 230 kV e 28 a barramentos com tensão abaixo de ONS PAR 2004-2006 57 / 530 230 kV. Na obtenção desses resultados, foram observados os seguintes critérios e procedimentos: para uma instalação onde existem diversos disjuntores com capacidades de interrupção simétrica diferentes, para efeito da primeira verificação, ou seja, curto-circuito na barra, considerou-se como capacidade de interrupção da instalação aquela capacidade de menor valor; considerou-se a rede simulada com a sua configuração completa, isto é, com todos seus componentes em operação; foi analisada apenas a possível superação da capacidade de interrupção de disjuntores. Outros equipamentos não foram avaliados; foram monitorados todos os barramentos constantes da Rede Básica. Além disso, foram também calculados os valores para os níveis de tensão abaixo de 230 kV quando existia um transformador definido como Rede Básica e diretamente conectado a esta rede. Não foram monitoradas as barras dos geradores e compensadores síncronos e estáticos; e foi analisado o horizonte 2002-2005 com configuração proposta no PAR 2003-2005. Deste modo, apesar do período não estar compatível com o ciclo em estudo, os resultados permitem, com uma certa antecedência, que as iniciativas para substituição de disjuntores superados sejam encaminhadas. A tabela 3.2-2, a seguir, apresenta esses resultados iniciais, sendo: Alerta: situações em que o nível de curto-circuito calculado foi igual ou superior a 90%, e inferior a 100% da capacidade de interrupção simétrica do menor disjuntor na subestação. Superação: situações em que o nível de curto-circuito obtido foi igual ou superior a 100% da capacidade de interrupção simétrica do menor disjuntor na subestação. Tabela 3.2-2 - Avaliação Preliminar dos Locais com Possíveis Problemas de Superação de Disjuntores Subestação Empresa Tensão Cidade Industrial CEEE Barbacena 2 Ano Alerta Superação 230 kV 2003 2004 CEMIG 138 kV - Já ocorre Jaguara CEMIG 345 kV - Já ocorre Juiz de Fora 1 CEMIG 138 kV 2004 2005 Lafaiete CEMIG 138 kV - Já ocorre ONS PAR 2004-2006 58 / 530 Tabela 3.2-2 - Avaliação Preliminar dos Locais com Possíveis Problemas de Superação de Disjuntores (cont.) Subestação Empresa Tensão Neves CEMIG Angelim Ano Alerta Superação 138 kV 2004 - CHESF 230 kV 2003 2004 Gov. Mangabeira CHESF 230 kV 2005 - Campo Comprido COPEL 230 kV 2004 - Campo Comprido COPEL 69 kV - Já ocorre Cascavel COPEL 138 kV 2005 - Pilarzinho COPEL 69 kV Já ocorre 2003 Uberaba COPEL 69 kV - Já ocorre Umbará COPEL 69 kV 2003 2004 Baixada Santista CTEEP 230 kV 2003 - Baixada Santista A CTEEP 88 kV Já ocorre 2003 Botucatu CTEEP 138 kV Já ocorre 2003 Cabreúva CTEEP 230 kV Já ocorre 2003 Cabreúva CTEEP 440 kV Já ocorre - Edgard de Souza CTEEP 230 kV Já ocorre 2003 Embu Guaçu CTEEP 345 kV Já ocorre 2004 Ilha Solteira CTEEP 440 kV Já ocorre - Interlagos CTEEP 230 kV Já ocorre 2003 Jupiá CTEEP 138 kV - Já ocorre Jupiá CTEEP 440 kV Já ocorre - Milton Fornasaro CTEEP 345 kV 2004 - Mogi CTEEP 230 kV Já ocorre - Oeste CTEEP 88 kV 2003 - Piratininga CTEEP 88 kV - Já ocorre Pirituba CTEEP 88 kV Já ocorre - S. J. dos Campos CTEEP 230 kV Já ocorre - Santa Bárbara CTEEP 138 kV - Já ocorre Santo Ângelo CTEEP 345 kV 2003 - Xavantes CTEEP 345 kV 2004 - ONS PAR 2004-2006 59 / 530 Tabela 3.2-2 - Avaliação Preliminar dos Locais com Possíveis Problemas de Superação de Disjuntores (cont.) Subestação Empresa Tensão Blumenau ELETROSUL Joinville Ano Alerta Superação 138 kV 2003 - ELETROSUL 138 kV Já ocorre - Joinville ELETROSUL 69 kV - Já ocorre Jorge Lacerda A ELETROSUL 69 kV 2004 - Henry Borden EMAE 230 kV 2003 - Henry Borden EMAE 88 kV - Já ocorre Adrianópolis FURNAS 345 kV 2004 - Brasília Sul FURNAS 138 kV - Já ocorre Campos FURNAS 138 kV - Já ocorre Furnas FURNAS 345 kV - Já ocorre Guarulhos FURNAS 345 kV - Já ocorre Itumbiara FURNAS 230 kV - Já ocorre Itumbiara FURNAS 345 kV 2003 - Jacarepaguá FURNAS 138 kV Já ocorre 2003 Luiz C. Barreto FURNAS 345 kV - Já ocorre M. Moraes FURNAS 138 kV Já ocorre - Mogi das Cruzes FURNAS 345 kV Já ocorre 2004 Poços de Calda FURNAS 345 kV Já ocorre 2004 Tijuco Preto FURNAS 345 kV - Já ocorre Pitanga ESCELSA 138 kV - Já ocorre Obs: (1) Existe superação atualmente de disjuntores de 40 kA. A avaliação considerou a capacidade informada de 50 kA. A partir desse levantamento preliminar, estão sendo iniciados estudos detalhados em conjunto com as transmissoras envolvidas, para cada subestação nas quais foram visualizados possíveis casos de superação, visando caracterizar os disjuntores que deverão ser substituídos no horizonte do PAR. Os primeiros resultados dessas análises, apresentados no relatório “Estudos de Curto-Circuito Superação de Disjuntores” [23], já foram incluídos neste PAR e são destacados ao longo deste item 3. À medida que novas conclusões forem sendo consolidadas, contemplando recomendações de substituição de equipamentos, estas serão informadas à Aneel e incorporadas aos próximos ciclos do PAR. ONS PAR 2004-2006 60 / 530 Campos Novos Subestação La a go s do Usina Hidroelétrica s to Pa Usina Termelétrica Usina Eólica Conversora de Frequência EXISTENTE FUTURO LT 765 kV g La ONS PAR 2004-2006 oa M ir im LT 600 kV CC LT 525 kV 61 / 530 3.3 Região Sul 3.3.1 Sistema Regional Sul de 525 kV Descrição do Sistema O sistema de 525 kV da Região Sul constitui o meio de conexão entre as usinas hidrelétricas do Rio Iguaçu e do Rio Uruguai e os maiores centros de carga dos Estados do Sul, que são atendidos por subestações de 525/230 kV, a partir das quais se desenvolve extensa rede de 230 kV. Além do atendimento ao mercado regional, esta malha de EAT serve também à otimização energética. Das usinas do Iguaçu, essa malha conecta-se na subestação de Ivaiporã ao tronco de 750 kV de Itaipu, principal elo de interligação com a Região Sudeste, que foi expandida recentemente com a nova linha de 500 kV entre Bateias e Ibiúna. Na subestação de Itá conecta-se com as usinas do rio Uruguai e com a Interligação Internacional com a Argentina de Garabi. Evolução da Geração e do Mercado na Região Sul A tabela 3.3.1-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda máxima anual na Região Sul no horizonte deste PAR. Tabela 3.3.1-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Região Sul (1) Atual 2004 2005 2006 Capacidade Instalada (MW) 13.442 13.592 13.942 15.686 Demanda Máxima Anual (MW) 9.575 9.902 10.535 11.102 (1) não incluídas pequenas gerações, não incluído Mato Grosso do Sul Sumário das Condições de Atendimento Em condições normais de operação, não são visualizados problemas para a operação do Sistema Regional Sul de 525 kV. a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica para contingências simples no horizonte estudado. b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão Baixo perfil de tensão na barra de 525 kV da SE Londrina A indisponibilidade da LT 525 kV Ivaiporã – Londrina na carga pesada causa afundamento de tensão nas subestações de 230 kV da área de influência da ONS PAR 2004-2006 62 / 530 SE Londrina 525/230 kV, que chega a níveis inferiores a 90% desde 2004, nos dois sentidos de intercâmbio. Esse problema persiste até a duplicação da LT 525 kV Ivaiporã – Londrina, cuja concessão está em análise pela Aneel. Baixo perfil de tensão nas barras de 525 kV de Blumenau e Curitiba Há degradação da tensão nas barras de 525 kV das subestações de Blumenau e de Curitiba na indisponibilidade da LT 525 kV Campos Novos Blumenau, na condição de intercâmbio do Sul para o Sudeste. As tensões em Blumenau atingem níveis inferiores a 90% em 2005, mesmo considerando a operação dos capacitores que serão instalados nesta subestação e na SE Palhoça. A instalação de conexão para manobra no reator de barra (RE1), na SE Curitiba, já recomendada no PAR 2003-2005, permite atenuar esse problema naquela subestação, o mesmo se aplicando para conexão do reator para Bateias (RE2), proposta neste PAR. A tabela 3.3.1-2 mostra a dependência do controle de tensão no leste de Santa Catarina em relação ao despacho da UTE Jorge Lacerda, quando da indisponibilidade da LT 525 kV Campos Novos – Blumenau, no patamar de carga média de verão. Observam-se tensões abaixo de 90% na maior parte dos casos e níveis inferiores a 80% para despachos reduzidos da térmica. Tabela 3.3.1-2: Indisponibilidade da LT 525 kV Campos Novos – Blumenau, na carga média de verão Ano 2005 2005 2005 2005 Geração na UTE Jorge Total Lacerda (MW) (MW) (P)=50 (M)=66 (G)=130 (GG)=fora (P)=50 (M)=66 (G)=130 (GG)=180 (P)=50 (M)=66 (G)=130 (GG)=fora (P)=25 (G)=fora 2005 ONS (M)=33 (M)=33 (G)=80 (GG)=180 Sul Sudeste (MW) 1.100 Tensões (%) Blumenau 525 kV = 86 Curitiba 525 kV = 91 426 1.300 Blumenau 525 kV = 95 Curitiba 525 kV = 97 246 2.500 Blumenau 525 kV =75 Curitiba 525 kV = 86 238 3.100 (GG)=180 (P)=25 PAR 2004-2006 246 Intercâmbio Blumenau 525 kV = 86 Curitiba 525 kV = 90 318 3.500 Blumenau 525 kV = 90 Curitiba 525 kV = 94 63 / 530 Ano 2006 Geração na UTE Jorge Total Lacerda (MW) (MW) (P)=50 (M)=66 (G)=130 (GG)=fora 246 Intercâmbio Sul Sudeste (MW) 1.200 Tensões (%) Blumenau 525 kV = 82 Curitiba 525 kV = 89 Cabe lembrar que a compensação capacitiva nos barramentos de 230 kV de Blumenau e de Palhoça foi dimensionada no ciclo do PAR 2003-2005 para intercâmbio Sul-Sudeste de 3.000 MW e despacho de 318 MW em Jorge Lacerda. Foi considerado também, para correção do fator de potencia para 0,95 nos secundários das subestações de fronteira da Rede Básica, a instalação de compensação na distribuição de 125 Mvar na área leste de Santa Catarina e de 220 Mvar na região metropolitana de Curitiba, dos quais 150 Mvar já constavam do programa de compensação então informado pela Copel - D. O intercâmbio poderá chegar a 3.500 MW quando da entrada das obras já definidas para o sistema de 525 kV, das quais destaca-se a duplicação das linhas de Machadinho -Campos Novos e Salto Santiago Ivaiporã. A prática de transferências mais elevadas para o Sudeste requer a ampliação do sistema de EAT. Os resultados dos estudos de planejamento, antecipados pelo CCPE ao ONS no fechamento deste ciclo do PAR, recomendam uma segunda linha de 525 kV, entre Campos Novos e Blumenau. Esta linha não teria o mesmo traçado da atual, já que passaria próximo á região metropolitana de Florianópolis, onde é prevista pelo planejamento a implantação futura de uma nova subestação 525/230 kV. Quando incluída esta nova linha de 525 na simulação da perda da LT 525 kV Campos Novos – Blumenau a tensão na barra de 525 kV da SE Blumenau pode ser sustentada próximo ao valor nominal para as mesmas condições de despacho térmico registradas na Tabela 3.3.1.2. Baixo perfil de tensão nas barras de 525 kV das subestações de Gravataí e Caxias, no Rio Grande do Sul Na tabela 3.3.1-3 são apresentados os déficits capacitivos verificados no caso de indisponibilidade das linhas de 525 kV que atendem as subestações 525/230 kV de Gravataí e Caxias. Nas simulações foi tomada como base a condição de carga média de verão e geração de 130 MW na UTE Presidente Médici e de 550 MW na UTE Uruguaiana, variando-se o despacho da UTE Canoas (160 MW ou parada), e das usinas hidrelétricas do Rio Jacuí e Passo Fundo conforme a condição hidrológica, para três níveis de intercâmbio com o Sudeste. ONS PAR 2004-2006 64 / 530 O déficit capacitivo indica o montante de compensação reativa que deveria ser instalado, para evitar afundamento de tensão e conseqüente corte de carga, na região atendida pelas subestações de Gravataí e de Caxias. Ressalte-se que na obtenção desses valores já foi considerado fora de operação o reator de Campos Novos de 100 Mvar, bem como a compensação adicional na distribuição para a correção do fator de potência nos barramentos de fronteira da rede básica nessa região, estimada em 140 Mvar. Pelos montantes encontrados de déficit capacitivo, fica evidenciado que esse problema carece de solução estrutural, ainda não definida. Tabela 3.3.1-3: Déficit capacitivo em contingência – SE Caxias Carga média de verão Indisponibilidade Intercâmbio Sul/Sudeste:1300 MW LT 525 kV Itá - Gravataí Sudeste/Sul:4000 MW Sul/Sudeste:3500 MW Sul/Sudeste:1300 MW LT 525 kV Gravataí - Caxias Sudeste/Sul:4000 MW Sul/Sudeste:3500 MW Sul/Sudeste:1300 MW LT 525 kV Itá - Caxias Sudeste/Sul:4000 MW Sul/Sudeste:3500 MW Ano Déficit capacitivo (Mvar) Correção c/ UTE Canoas s/ UTE Canoas FP Caxias Total Caxias Total 2005 2006 2005 2006 2005 2006 123 144 123 144 123 144 90 210 300 385 308 280 213 354 423 529 431 424 160 415 540 410 400 530 283 559 663 554 523 674 2005 2006 2005 2006 2005 2006 123 144 123 144 123 144 0 0 45 230 0 30 123 144 168 374 123 174 130 280 410 480 270 360 253 424 533 624 393 504 2005 2006 2005 2006 2005 2006 123 144 123 144 123 144 0 0 70 160 125 44 123 144 193 304 248 188 110 165 325 380 370 310 233 309 448 524 493 454 Cumpre ressaltar que a deterioração do perfil de tensão que se constata em indisponibilidades na rede de 525 kV é agravada pelo baixo fator de potência verificado na fronteira da Rede Básica com a distribuição, nos principais centros de carga da Região Sul atendidos por subestações de 525/230 kV, conforme é discriminado no item 7 deste relatório. Numa primeira aproximação estima-se que deveriam ser instalados, para atingir fator de potência de 0,95 na fronteira da Rede Básica, montantes de compensação ONS PAR 2004-2006 65 / 530 capacitiva da ordem de 400 Mvar na carga média de verão de 2005 e de 560 Mvar em 2006. Tensões elevadas na rede de 525 kV Após a implantação da interligação em 525 kV Londrina – Assis – Araraquara, da duplicação da LT 525 Ivaiporã – Londrina e da operação das demais linhas de 525 kV previstas para o Paraná, constatam-se tensões elevadas em condição normal de operação na carga leve e mínima, indicando carência de compensação indutiva em Londrina, para controle de tensão. Há necessidade de estudos complementares visando a definição de compensação reativa adicional. Também são necessários estudos específicos para confirmar o dimensionamento da compensação indutiva associada à nova linha de 525 kV entre Campos Novos e Blumenau, tendo em vista sua extensão (375 km), para atender a transitórios de manobra e/ou para controle de tensão em regime permanente, nos patamares de carga fora da ponta. c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos Sobrecarga na LT 525 kV Salto Santiago – Ivaiporã As sobrecargas nesta linha são detectadas na perda da LT 525 kV AreiaSegredo, nos patamares de carga pesada e média, para intercâmbio SulSudeste acima de 2.000 MW, requerendo a atuação de esquemas de emergência, até a duplicação da LT 525 kV Salto Santiago – Ivaiporã, que se encontra em processo de licitação da concessão pela Aneel. Sobrecarga na LT 525 kV Machadinho – Campos Novos As sobrecargas nesta linha são provocadas por contingências em outras linhas de 525 kV (Areia – Segredo, Salto Santiago – Ivaiporã, Itá – Caxias ou Itá – Gravataí) nos patamares de carga pesada e média, para intercâmbio Sul – Sudeste acima de 3.000 MW. Reavaliações dos esquemas de emergência podem ser necessários até a duplicação da LT 525 kV Machadinho – Campos Novos, que se encontra em processo de licitação da concessão pela Aneel. Sobrecarga no autotransformador da SE Cascavel Oeste 525/230 kV Tanto a perda da LT 525 kV Areia - Segredo, como a perda da LT 525 kV Salto Santiago – Ivaiporã provocam sobrecargas nesse autotransformador, que podem atingir níveis acima de 50% em 2005, para intercâmbio SulSudeste superior a 3.000 MW, requerendo a atuação de esquemas de emergência até a duplicação dessa transformação. A indisponibilidade da LT 230 kV Salto Osório – Foz do Chopim na carga pesada de inverno de 2004, num cenário de intercâmbio Sul – Sudeste de 3.500 MW, também provoca sobrecarga de 6% no único transformador da ONS PAR 2004-2006 66 / 530 SE Cascavel Oeste. Nessas condições, a indisponibilidade da LT 525 kV Machadinho – Campos Novos provoca sobrecarga de 10% nesse transformador. A solução para esses problemas é a implantação do 2o banco de autotransformadores 525/230 kV na SE Cascavel Oeste, cuja concessão se encontra em análise pela Aneel. Considerando que a segunda unidade esteja em operação no inverno de 2005, a indisponibilidade de um desses transformadores provoca sobrecarga de 8% no remanescente, no cenário de intercâmbio Sul – Sudeste de 3.500 MW. A implantação da LT 525 kV Cascavel Oeste – Ivaiporã, em fase de licitação da concessão pela Aneel, elimina os problemas decorrentes desta emergência. Sobrecarga num dos autotransformadores da SE Londrina 525/230 kV A SE Londrina conta com dois transformadores 525/230kV – 672MVA. Na indisponibilidade de um transformador, são ultrapassados os valores nominais de carregamento na carga pesada de inverno. A tabela 3.3.1-4 mostra os carregamentos observados na unidade remanescente quando da perda de um transformador e as condições de intercâmbio consideradas. Há ultrapassagem residual em 2004 e a partir de 2005 são observados valores em torno de 10% de sobrecarga, para elevado intercâmbio Sul – Sudeste. Não se verificam sobrecargas nos casos de verão. Nas configurações de junho de 2006, além do reforço da Interligação SulSudeste e das novas linhas de 525 kV, a rede de simulação incorporou mudanças importantes na expansão da rede de 230 kV no norte do Paraná e no Mato Grosso do Sul, bem como diversas obras fora da Rede Básica propostas pela Copel, modificações que influenciam os resultados obtidos para esta transformação. Considerando estes aspectos e o montante de sobrecarga observado, é recomendada a implantação do terceiro autotransformador da SE Londrina. Tabela 3.3.1-4 Carregamento no transformador 525/230 kV Londrina, após perda da outra unidade ONS PAR 2004-2006 ANO INTERCÂMBIO CARREGAMENTO (%) 2005 3600 MW SUL - SUDESTE 109,2 2006 1300 MW SUL - SUDESTE 109,4 2006 3500 MW SUL - SUDESTE 111,4 2006 4000 MW SUDESTE - SUL 116,4 67 / 530 Sobrecarga no autotransformador da SE Bateias 525/230 kV Os carregamentos nos transformadores 525/230 kV das subestações de Curitiba e Bateias são influenciados diretamente pelos despachos das usinas integradas na rede de 230 kV da Região Metropolitana de Curitiba, UHE Gov. Parigot de Souza e UTE Araucária, e pelas condições de intercâmbio com o Sudeste. Verifica-se sobrecarga de 8% em 2004, em condição normal de operação, no transformador da SE Bateias, para intercâmbio Sudeste – Sul de 4.000 MW e no patamar de carga pesada de inverno, considerando que ainda não esteja em operação a segunda unidade. Nas mesmas condições, a perda da LT 525 kV Bateias – Curitiba provoca sobrecarga de 73% nesse transformador, considerando geração de 469 MW na UTE Araucária, e sobrecarga de 98% para geração nula nessa térmica. Este nível de sobrecarga implica no desligamento automático do transformador por sobrecorrente, caracterizando-se portanto como uma restrição à operação nesse montante de intercâmbio com o Sudeste. A perda da LT 230 kV Figueira – Jaguariaíva na carga média de verão de 2005 com intercâmbio Sudeste – Sul de 4.000 MW provoca sobrecarga de 9% nesse transformador. Nessas condições, a perda da LT 230 kV Figueira – Chavante provoca sobrecarga de 3%. A duplicação do transformador da SE Bateias, cuja concessão está em análise pela Aneel, elimina os problemas acima mencionados. Depois da duplicação, é esperado carregamento superior à capacidade nominal nas duas unidades para a indisponibilidade da LT 525 kV Bateias – Curitiba, intercâmbio Sudeste – Sul de 4.000 MW, na carga pesada de inverno. O carregamento é de 115% em 2005 e de 105% em 2006. Ressaltase que os problemas decorrentes da perda da LT 525 kV Bateias – Curitiba carecem de solução estrutural, a ser estabelecida a partir de estudos de planejamento de longo prazo desenvolvidos pelo CCPE. Sobrecarga na transformação da SE Curitiba 525/230 kV Na perda de um dos transformadores da SE Curitiba, nas cargas pesada e média, observam-se sobrecargas de 13% a 19% na unidade remanescente, ao longo do período analisado, considerando despacho de 470 MW na UTE Araucária e a UHE Gov. Parigot de Souza despachada abaixo de 50 MW, para intercâmbios Sudeste-Sul da ordem de 4.000 MW. Na mesma condição de intercâmbio e com a UTE Araucária zerada, ocorrem sobrecargas de até 30% na unidade remanescente da SE Curitiba, para despachos na UHE Gov. Parigot de Souza abaixo de 30 MW. Também são verificadas sobrecargas entre 30% a 40% nessa subestação, para a mesma contingência, considerando-se o intercâmbio Sul-Sudeste acima de 700 MW, a UTE ONS PAR 2004-2006 68 / 530 Araucária zerada e a UHE Gov. Parigot de Souza gerando abaixo de 30 MW. Como a UHE Gov. Parigot de Souza acompanha o regime hidrológico do Sudeste, a combinação de baixa geração nesta usina e intercâmbio do Sul para o Sudeste mostra-se uma hipótese plausível. Esta condição de intercâmbio é mais desfavorável, no caso da UTE Araucária estar fora de operação. Para garantir essas condições de despacho é necessária uma terceira unidade transformadora na SE Curitiba, proposta pela primeira vez neste PAR. Sobrecarga na transformação da SE Campos Novos Além do primeiro banco de autotransformadores de 336 MVA, esta subestação contará com outro banco de 672 MVA a partir de maio/2003. Em 2005 são verificadas sobrecargas no transformador de 336 MVA, quando da indisponibilidade da unidade de maior porte, causada por solicitação da carga local, associada a despachos reduzidos nas hidrelétricas de Salto Osório e Passo Fundo. A partir de 2006, há inversão do sentido de fluxo nessa transformação, que passa a atuar como elevadora, do 230 kV para o 525 kV, para escoar a geração da UHE Campos Novos (880MW) e da UHE Barra Grande (690 MW). Quando estiverem operando três unidades na UHE Barra Grande e duas unidades na UHE Campos Novos, a perda do transformador de 672 MVA pode resultar em sobrecarga da ordem de 80% na unidade de 336 MVA, no caso de carga média de junho/2006, o que significaria a atuação instantânea da proteção para desligamento do remanescente. Observe-se que nessa simulação foi considerada implantada a SE Lages 230/138 kV, para a qual até o momento não houve formalização da solicitação de acesso pela Celesc. Simulando-se a hipótese de sua reprogramação ou cancelamento, a sobrecarga na unidade de menor porte de Campos Novos, na contingência citada, pode atingir 98%. Confirma-se, portanto a necessidade de substituição da unidade de 336 MVA por outra de 672 MVA, como fora previsto quando da definição da modulação da expansão da transformação 525/230 kV da SE Campos Novos. A substituição do transformador de 336 MVA de Campos Novos está sendo proposta pela primeira vez neste PAR. Sobrecarga na transformação da SE Gravataí Na Tabela 3.3.1-5 são apresentados os carregamentos nos transformadores TR2 e TR3 da SE Gravataí 525/230 kV, resultantes da indisponibilidade do TR1. Foram simulados intercâmbios Sul-Sudeste de 1.300 MW e 3.500 MW e Sudeste-Sul de 4.000 MW, na carga média de verão, considerando-se também o despacho de 160 MW na UTE Canoas, ou esta térmica parada. Os resultados mostram que a perda de um dos transformadores de Gravataí provoca sobrecargas de 2% a 25% nos remanescentes. Para eliminar essas ONS PAR 2004-2006 69 / 530 sobrecargas é indicada a instalação de um quarto transformador de 672 MVA nesta subestação, proposta pela primeira vez neste PAR. Tabela 3.3.1-5 – SE Gravataí 525/230 kV-carregamentos na perda do TR-1 da - carga média de verão Ano 2005 2006 2005 2006 2005 2006 2005 2006 2005 2006 2005 2006 Intercâmbio MW S-SE 1300 SE-S 4000 S-SE 3500 S-SE 1300 SE-S 4000 S-SE 3500 UTE Canoas TR-2 TR-3 MW MVA % MVA % 691 103% 646 96% 738 110% 690 103% 766 114% 716 107% 160 812 121% 760 113% 639 95% 597 89% 698 104% 652 97% 736 110% 688 102% 782 116% 732 109% 803 119% 751 112% 0 MW 841 125% 786 117% 686 102% 641 95% 747 111% 698 104% Sobrecarga na transformação da SE Caxias Na Tabela 3.3.1-6 são apresentados os carregamentos no TR1 525/230 kV, 672 MVA da SE Caxias, resultante da indisponibilidade do TR2. Foram simulados intercâmbios Sul – Sudeste de 1.300 MW e 3.500 MW e intercâmbio Sudeste – Sul de 4.000 MW, na carga média de verão, considerando-se também a variação no despacho da UTE Canoas, de 0 e 160 MW. Os resultados mostram que a perda de um dos transformadores provoca sobrecargas de 3% a 24% no transformador remanescente. É mostrado também que a perda da LT 525 kV Caxias – Gravataí causa sobrecarga nos dois transformadores desta subestação, variando de 3% a 16%. Para eliminar essas sobrecargas é indicada a instalação de um terceiro transformador de 672 MVA na SE Caxias, proposta pela primeira vez neste PAR. ONS PAR 2004-2006 70 / 530 Tabela 3.3.1-6 – SE Caxias 525/230 kV - Carregamentos em contingência - carga média de verão Ano 2005 2006 2005 2006 2005 2006 2005 2006 2005 2006 2005 2006 Contingência Perda TR-2 Perda LT Caxias-Gravataí Intercâmbio UTE Canoas TR-1 TR-1 TR-2 MW MW MVA % MVA % MVA % 738 110% 647 96% 636 95% S-SE 1300 776 115% 703 105% 691 103% 761 113% 718 107% 705 105% SE-S 4000 160 811 121% 779 116% 765 114% 692 103% 600 89% 589 88% S-SE 3500 757 113% 672 100% 660 98% 756 113% 636 95% 624 93% 795 118% 703 105% 691 103% S-SE 1300 782 116% 715 106% 702 104% 0 MW 834 124% 779 116% 765 114% SE-S 4000 711 106% 586 87% 576 86% 776 115% 649 97% 638 95% S-SE 3500 d) Problemas relacionados perda do único circuito ou do único transformador Nada a registrar. e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID Nada a registrar f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN Conforme citado no item 3.1, foi realizada uma avaliação do impacto de contingências duplas na Rede Básica do SIN, no que se incluem as linhas de 525 kV do sistema Sul, enfocando violações de limites de capacidade de linhas e transformadores, violação de níveis de tensão, estabilidade dinâmica, cortes de carga e desligamentos em cascata, em condições de fornecimento para o Sudeste pelo Sul de 3.500 MW, no ano de 2005. As contingências foram selecionadas considerando a possibilidade de falha do disjuntor central do módulo de disjuntor e meio, com saída dos terminais correspondentes. Na Região Sul, as linhas de 525 kV em circuito duplo ou que estão na mesma faixa de passagem são os dois circuitos da SE Areia - UHE GBM, com 11 km de extensão, os dois circuitos SE Itá - UHE Itá, com 2 km e os dois circuitos SE Ivaiporã (Eletrosul) - SE Ivaiporã (Furnas), com 800 m. Também foram considerados cruzamentos de linhas nas proximidades das subestações de 525 kV, como Campos Novos e Itá. Para efeito de comparação as contingências foram simuladas tanto sem a nova LT 525 kV Londrina – Assis – Araraquara, como já considerando a nova interligação com o Sudeste. ONS PAR 2004-2006 71 / 530 Sem a LT 525 kV Londrina – Assis – Araraquara As contingências mais graves foram a perda dupla das interligações Ivaiporã (Eletrosul) – Ivaiporã (Furnas) C1 e C2, 525 kV, e das ligações entre Areia – Bateias e Areia – Curitiba 525 kV. A perda das interligações Ivaiporã (Eletrosul) – Ivaiporã (Furnas) C1 e C2, provoca desligamento das linhas Bateias – Ibiúna C1 e C2 e das interligações em 230 kV entre o Sul e o Sudeste, separando os dois sistemas, com elevação da freqüência na Região Sul e subfreqüência na Região Sudeste. A perda das linhas de 525 kV Areia – Bateias e Areia – Curitiba, causa o desligamento do tronco de 750 kV entre Itaberá e Tijuco Preto (3 circuitos), da linha Blumenau – Curitiba 525 kV e das interligações em 230 kV com o Sudeste. Nessa ocorrência, após a perda das linhas Areia – Bateias e Areia – Curitiba 525 kV, o sistema Sul fica interligado à Região Sudeste através das linhas de 525 kV do eixo Campos Novos – Blumenau – Curitiba, daí resultando em acentuado afundamento de tensão nas regiões de Curitiba e no Leste de Santa Catarina, com desligamento da linha de transmissão Blumenau – Curitiba 525 kV. Com a LT 525 kV Londrina – Assis – Araraquara A entrada em operação da interligação Londrina – Assis – Araraquara 500 kV e da transformação 500/440 kV – 1.500 MVA da subestação de Assis, associada à implantação de compensação capacitiva de 300 Mvar nas subestações de Palhoça e Blumenau, possibilita o sistema a suportar as contingências citadas que não eram suportadas sem a consideração desses reforços, ressaltando a importância dessas obras. A perda das interligações Ivaiporã (Eletrosul) – Ivaiporã (Furnas) C1 e C2 de 525 kV, mesmo sem a transformação de Assis 500/440 kV, não levou à separação entre os sistemas Sul e Sudeste, como ocorria antes do reforço da interligação. A contingência mais severa ainda é a perda simultânea das linhas Areia – Bateias 525 kV e Areia – Curitiba 525 kV. Com o reforço na interligação, a duplicação das linhas de transmissão Salto Santiago – Ivaiporã 525 kV e Machadinho – Campos Novos 525 kV e a compensação capacitiva adicional, essa contingência não acarretou desligamentos em cascata no sistema Sul. Entretanto, observa-se superação da ampacidade de 875 A (emergência, verão, diurna) das linhas de 230 kV Areia - Ponta Grossa e Areia – São Mateus, que chegam a 979 A e 929 A, respectivamente, após a contingência. O carregamento do transformador de 525/230 kV, 672 MVA de Areia passa de 47% para 107% do nominal. Pelo exposto, para a prática de elevados intercâmbios no sentido Sul – Sudeste (superiores a 3.000 MW), antes e ONS PAR 2004-2006 72 / 530 mesmo após a implementação do reforço da interligação Sul – Sudeste, justifica-se a avaliação da aplicação de esquemas de controle de emergência para fazer face às contingências duplas mais severas. g) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico Este aspecto acha-se abordado em detalhe no item 3.3.3 adiante. Providências Necessárias a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel) Tabela 3.3.1-5 – Principais Obras propostas para o Sistema Regional Sul ainda sem concessão DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS ONS DATA DE NECESSIDADE LT 525 kV Cascavel Oeste – Ivaiporã, circuito simples, 209 km Necessária atualmente SE Cascavel Oeste: 525/230 kV, 600 MVA autotransformadores Necessária atualmente LT 525 kV Machadinho – Campos Novos C2, circuito simples, 50,6 km Necessária atualmente LT 525 kV Salto Santiago – Ivaiporã C2, circuito simples, 167 km Necessária atualmente SE Bateias: 2º Autotransformador 525/230 kV, 600 MVA Necessária atualmente SE Curitiba: conexões para os reatores 1 (de barra) e 2 (na linha para Bateias), 2x150 Mvar, 525 kV Necessária atualmente SE Curitiba: 3º Autotransformador 525/230 kV, 672 MVA JUN/2004 LT 525 kV Campos Novos - Blumenau C2, circuito simples, 375 km com reator de linha, 525 kV,150 Mvar em Blumenau DEZ/2004 LT 525 kV Ivaiporã -Londrina C2, circuito simples, 120 km DEZ/2004 SE Caxias: 3° banco de autotransformadores, 525/230 kV, 672 MVA FEV/2005 SE Gravataí: 4° banco de autotransformadores, 525/230 kV, 672 MVA FEV/2005 SE Campos Novos: 3° banco de autotransformadores, 525/230 kV, 672 MVA (substituição do banco de 336 MVA) JUN2005 SE Londrina: 3º Autotransformador 525/230 kV, 672 MVA JUN/2005 PAR 2004-2006 2º banco de 73 / 530 b) Desenvolver Ações Complementares Realizar estudos de planejamento de longo prazo para solucionar os problemas de desempenho operativo decorrentes de contingências nas linhas de 525 kV que partem da SE Itá para as subestações de Gravataí e Caxias (CCPE/ONS). Realizar estudos de planejamento de longo prazo para solucionar problemas operativos decorrentes da contingência da LT 525 kV Bateias - Curitiba (CCPE/ONS). Realizar detalhamento da compensação reativa capacitiva na SE Caxias (ONS/CCPE). Realizar estudo de detalhamento da compensação reativa indutiva na SE Londrina (ONS/CCPE). Realizar estudo de detalhamento da compensação reativa indutiva associada á LT 525 kV Campos Novos - Blumenau C2 (ONS/CCPE). c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas no item 6.3 ONS PAR 2004-2006 74 / 530 (20 04 ) Campos Novos (2004) L. Vermelha Santo Ângelo (CEEE) ) 04 ( 20 Tapera 2 (2004) Passo Real Cruz Alta Vacaria Lageado Grande (2003) Passo do Meio São Francisco de Paula (2 00 4) (2004) Canastra Parobé Três Coroas ) 04 (20 Taquara Uruguaiana 50MW Cachoeirinha Santo Antônio Ver detalhe Rivera 70MW La a go do s s to Pa (2004) Basílio Jaguarão g La oa M i rim SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE LEGENDA: Usina Hidrelétrica Usina Eólica Zoológico Pepsi Usina Termelétrica Siderúrgica Pólo Petroquímico Maxprint São Luís 00 4) Canoas 1 (2004) ONS Gravataí G Motor Cidade Industrial P/ Eldorado Subestação UTE Canoas (2 Lansul Cachoeirinha Conversora LT 525 kV LT 230 kV LT 138 kV LT 69 kV P/ Pelotas 3 PAR 2004-2006 75 / 530 3.3.2 Área Rio Grande do Sul Descrição do Sistema A rede de 525 kV que atende ao Rio Grande do Sul é composta por três linhas, das quais duas chegam às subestações de 525/230 kV de Gravataí (3x672 MVA) e Caxias (2x672 MVA), provenientes da SE Itá, e uma terceira que, partindo da SE Campos Novos, é seccionada na SE Caxias, terminando na SE Gravataí. Completa este sistema a subestação de Santo Ângelo (672 MVA, 525/230 kV), atendida pelo seccionamento da linha de 525 kV que serve à conexão do primeiro módulo da conversora de Garabi com a SE Itá. O sistema de 230 kV estadual interliga-se com a Rede Básica por duas linhas de 230 kV oriundas da SE Xanxerê, em Santa Catarina, que se conectam à UHE Passo Fundo e por uma linha de 230 kV, que partindo da SE Siderópolis, em Santa Catarina, chega à SE Farroupilha, passando pela SE Caxias 5. Das hidrelétricas do Rio Jacuí parte um feixe de cinco linhas de 230 kV, interligando estas usinas e a UTE Charqueadas com as subestações de Cidade Industrial e Gravataí 2. Estas duas subestações concentram o atendimento ao principal centro de carga, na área leste, em que se situa a região metropolitana de Porto Alegre e cidades próximas, incluindo a região de Caxias, que sediam a maior parte do consumo industrial do Rio Grande do Sul. As demais áreas do Estado são constituídas de centros de carga de menor porte, atendidas por subestações de 230 kV. As usinas do Rio Jacuí interligam-se com a área oeste do Rio Grande do Sul, por meio de uma linha de 230 kV que chega à subestação de Alegrete 2. Desta subestação saem duas linhas de 230 kV, para a SE Uruguaiana 5 e para a UTE Uruguaiana, respectivamente, que constituem o atual esquema de integração desta termelétrica. Da SE Alegrete 2 partem ainda mais duas linhas de 230 kV, uma para Maçambará e São Borja e outra para Livramento e Bagé, ao sul. A Rede Básica da área norte do Rio Grande do Sul é constituída por linhas de transmissão de 230 kV que derivam da SE Santo Ângelo 525/230 kV, para as subestações distribuidoras de Santo Ângelo 2, Santa Rosa e Guarita, e para a usina de Passo Real. O mais importante ponto da Rede Básica com transformação para a distribuição na área norte é a subestação de Santa Marta, atendida pelo seccionamento de uma linha de 230 kV entre as usinas de Passo Fundo e Passo Real. As subestações distribuidoras de 138 kV da área norte do Rio Grande do Sul são atendidas a partir da SE Santa Marta e da subestação da UHE Passo Fundo. A área sul do Estado é atendida por três subestações de 230 kV: a SE Presidente Médici 230/138 kV, a SE Quinta 230/69 kV e a SE Pelotas 3 230/138 kV, ONS PAR 2004-2006 76 / 530 interligadas à área de Porto Alegre por meio de duas linhas de 230 kV, que também servem ao escoamento da geração da UTE Presidente Médici. Evolução da Geração e do Mercado No Estado A tabela 3.3.2-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda máxima anual na área Rio Grande do Sul no horizonte deste PAR. Tabela 3.3.2-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Rio Grande do Sul Atual Capacidade Instalada (MW) (1) Demanda Máxima Anual (MW) (2) 2.581 (3) 3.899 2004 2.611 4.056 2005 2.841 (4) 4.307 2006 3.585 (5) 4.556 Obs: (1) não incluídas pequenas gerações, incluída UHE Barra Grande (na divisa com Santa Catarina); (2) Carga intermediária de verão; (3) PCH Passo do Meio (30 MW); (4) UHE Barra Grande (230 MW); (5) UHE Monjolinho (67 MW), UHE Montes Claros (130 MW), UHE Castro Alves (87 MW) e UHE Barra Grande (460 MW) Sumário das Condições de Atendimento a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica Problemas de estabilidade associados ao escoamento da UTE Uruguaiana A capacidade instalada da UTE Uruguaiana é superior à carga da região oeste do Rio Grande do Sul, do que resulta o escoamento do seu excedente pela rede de 230 kV. As condições de desempenho operativo do sistema dependem diretamente do nível deste excedente, bem como das próprias características do sistema de controle da termelétrica. Há problemas de estabilidade transitória em contingências e baixo amortecimento de oscilações locais, tanto em condição normal como em contingências. Para corrigi-los houve necessidade de adequação do sistema de excitação dos geradores da UTE Uruguaiana, de ajustes da estabilização suplementar da usina e de um esquema de controle de emergência (ECE) para garantir a estabilidade quando de falhas no sistema de transmissão. Esse esquema requer o desligamento automático do gerador a vapor, que é a máquina de maior porte, no caso de abertura da LT 230 kV UTE Uruguaiana - Alegrete2, que representa a contingência mais crítica. Foi recomendada ainda a implantação de dois ECEs adicionais, um para desligamento de geradores na UHE Dona Francisca, associado à perda da LT 230 kV Itaúba - Dona ONS PAR 2004-2006 77 / 530 Francisca e outro para desligamento de máquinas da UTE Presidente Médici, associado à abertura da LT 230 kV Presidente Médici - Camaquã. Com estas providências será possível despachar a UTE Uruguaiana até 580 MW na carga pesada e 550 MW em carga leve, não estando em operação a UTE Alegrete, nem a importação pelas conversoras de Rivera e de Uruguaiana. Essa limitação perdurará até entrada das novas linhas de 230 kV previstas para o oeste do Rio Grande do Sul, das quais a maior parte foi licitada, tendo conclusão prevista para o segundo semestre de 2004 (LT 230 kV UTE Uruguaiana – Maçambará, LT 230 kV Maçambará – Santo Ângelo e LT 230 kV Santo Ângelo – Santa Rosa C2), além da LT 230 kV Dona Francisca – Itaúba C2, autorizada pela Aneel para a CEEE-T, com data de entrada em operação de fevereiro/2005. b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão Baixo perfil de tensão nas barras de 230 kV de Pelotas 3 e Quinta 230 kV Até a entrada da LT 230 kV Presidente Médici – Pelotas 3, prevista para julho de 2004, a indisponibilidade da LT 230 kV Pres. Médici – Quinta na carga pesada de inverno de 2004, provoca tensões abaixo de 80% nas subestações da região de Pelotas e Rio Grande, com déficit reativo na SE Quinta estimado em 60 Mvar. Baixo perfil de tensão na região de Santa Maria Na condição da UTE Uruguaiana fora de operação, a perda da LT 230 kV Santa Maria 2 – Dona Francisca resulta em afundamento de tensão em Santa Maria 2, com déficit capacitivo da ordem de 15 Mvar em 2005 e 30 Mvar em 2006, estimados para a carga média de verão. A operação de uma máquina em Uruguaiana substitui esta compensação. Para eliminar essa restrição de despacho é necessária uma avaliação específica, visando o atendimento desta carga em contingência, envolvendo tanto a Rede Básica como a rede complementar. c) Problemas relacionados equipamentos a sobrecargas em linhas de transmissão e Sobrecarga no circuito 1 da linha 230 kV Gravataí – Porto Alegre 6 Na Tabela 3.3.2-2 são apresentados os carregamentos nos circuitos C-1 e C2 da linha de circuito duplo 230 kV Gravataí 2 – Porto Alegre 6. Em condição normal de operação o carregamento na linha de circuito duplo existente entre a SE Gravataí 2 e a SE Porto Alegre 6 não passa de 185 MVA por circuito, até 2006. Na perda de um desses circuitos ocorre ultrapassagem da capacidade operativa do remanescente, que cresce de 26% em 2004 a 47% em 2006. Este problema é sanado com o lançamento do segundo circuito da nova linha de circuito duplo entre essas subestações, que anteriormente se mostrava necessário a partir de 2004, conforme o parecer técnico do ONS ONS PAR 2004-2006 78 / 530 que recomendou a implantação desta nova linha. A autorização para implementação do lançamento da LT 230 kV Gravataí – Porto Alegre 6 C4 está em análise pela Aneel. Tabela 3.3.2-2 Carregamento na linha de circuito duplo, 230 kV Gravataí 2 – Porto Alegre 6 Ano Patamar Carga Pesada 2004 Junho Média Leve Fevereiro Pesada Média 2005 Pesada Junho Média Leve Fevereiro Pesada Média 2006 Pesada Junho Média Leve C1 MVA 160 129 58 151 177 154 119 56 158 185 162 124 56 Caso Base C2 % MVA 76% 160 61% 129 27% 58 72% 151 84% 177 72% 154 57% 119 26% 56 75% 158 88% 185 76% 162 59% 124 26% 56 % 76% 61% 27% 72% 84% 72% 57% 26% 75% 88% 76% 59% 26% Emergência C2 C1 MVA % 265 126% 211 100% 78 37% 249 119% 294 140% 254 119% 196 93% 91 43% 262 125% 308 147% 267 125% 202 96% 91 43% Sobrecarga nas linhas de 230 kV Caxias – Farroupilha e Caxias – Campo Bom Na Tabela 3.3.2-3 são apresentados os carregamentos nas linhas em circuito duplo 230 Farroupilha – Caxias, C-1 e C-2, e Caxias - Campo Bom, C-1 e C2, resultantes da indisponibilidade da LT 525 kV Caxias - Gravataí. Tabela 3.3.2-3 – Sobrecargas nas linhas de 230 kV de Caxias – Farroupilha e Caxias – Campo Bom Despacho Ano LT Farroupilha - Caxias UTE C-1 C-2 Canoas MVA % MVA % 160 MW 2005 209,2 100% 209,2 100% 2006 220,8 105% 220,8 105% 0 MW 2005 217,1 103% 217,1 103% 2006 224,4 107% 224,4 107% LT Caxias - Campo Bom C-1 C-2 MVA % MVA % 262,3 125% 262,3 125% 306,8 146% 307 146% 302,7 144% 302,7 144% 362,4 173% 362,4 173% Obs: Intercâmbio Sudeste-Sul de 4000 MW, carga média de verão Esta indisponibilidade provoca sobrecargas de 3% a 7% no trecho Farroupilha – Caxias e 25% a 73% no trecho Caxias – Campo Bom, na carga média de verão de 2005 e 2006, num cenário de intercâmbio Sudeste - Sul ONS PAR 2004-2006 79 / 530 de 4.000 MW. Este problema já tinha sido constatado no PAR 2003-2005, estando ainda pendente a definição de uma solução estrutural. Sobrecarga na linha Farroupilha – Caxias 5 – Lageado Grande – Siderópolis Esta linha apresenta carregamentos elevados em condição normal de operação, principalmente para situações de despacho alto nas usinas do Rio Grande do Sul, conforme indicado na tabela 3.3.2-4. Tabela 3.3.2-4 – Sobrecargas nas linhas de 230 kV Farroupilha – Caxias 5 – Lageado Grande – Siderópolis Ano 2004 2004 2005 2005 Condição Farroupilha - Caxias 5 Caxias 5 - Lageado Grande Lageado Grande-Siderópolis Jun/Pes Fev/Med Jun/Pes Fev/Med Jun/Pes Fev/Med MVA % MVA % MVA % MVA % MVA % MVA % normal 175 82% 140 75% 166 78% 71% conting 280 131% 241 113% 263,4 124% normal 165 78% 125 59% 151 71% conting 271 127% 227,4 107% 250,8 118% Obs: Intercâmbio Sul-Sudeste de 3500 MW A indisponibilidade da LT 525 kV Campos Novos – Blumenau provoca sobrecargas nessas linhas na carga pesada de inverno de 2004 e na carga média de verão de 2005, num cenário de intercâmbio Sul - Sudeste de 3.500 MW. O trecho mais sobrecarregado é entre as subestações de Farroupilha e Caxias 5. Para esse problema foi apontada como solução de planejamento uma nova linha de 230 kV conectando à SE Caxias 525/230 kV à SE Caxias 5. Esta obra está sendo analisada no contexto do parecer de acesso referente à expansão da SE Caxias 5, conforme solicitação formalizada ao ONS pela RGE. Para os trechos restantes dessa linha não há solução estrutural indicada pelo planejamento da expansão de longo prazo. d) Problemas relacionados ao despacho das usinas termelétricas São abordadas a seguir as condições de desempenho do sistema de transmissão da área diretamente relacionadas à operação das usinas térmicas. Neste aspecto cabe distinguir eventuais limitações da rede de transmissão que imponham condicionantes ao despacho pleno das usinas (tratados sob o titulo de Despacho Máximo) daquelas restrições elétricas que impeçam a minimização do despacho térmico e, por conseqüência, a otimização energética do sistema (Despacho Mínimo). UTE Presidente Médici (carvão) A UTE Presidente Médici é composta de duas unidades, A e B, cada uma com dois geradores. A capacidade nominal da unidade A é de 126 MW e de 320 MW da unidade B. O controle de tensão no sistema elétrico da região sul do Rio Grande do Sul é muito dependente das condições de despacho desta ONS PAR 2004-2006 80 / 530 usina, conforme se verifica nos resultados das simulações para condição normal e contingências apresentados na tabela seguinte. Foram avaliadas as gerações mínima e máxima na UTE Presidente Médici nos casos de carga pesada e leve de inverno, de 2004 a 2006, para condição de intercâmbio Sul - Sudeste de 1.300 MW. Nessas simulações foi considerada a LT 230 kV Presidente Médici - Pelotas, obra já licitada e em construção, com operação prevista para julho de 2004. Foi considerada também a correção para 95% do fator de potência no secundário das subestações de fronteira da Rede Básica, que resultou numa compensação adicional de 10 Mvar na SE Quinta. Os resultados são resumidos na tabela 3.3.2-5 a seguir. Tabela 3.3.2-5 – Restrições de despacho na UTE Presidente Médici Intercâmbio sul - sudeste = 1300 MW Ano Caso Condição Despacho Nº Maq. Fator Limitante Total (MW) Normal de operação Mínimo 2 70 Subtensão em Quinta 69 kV e Pelotas 3 138 kV Déficit Reativo = 20 Mvar em Quinta 69 kV UTE P.Médici = 35 MW (1 máquinas) Normal de operação Máximo 4 330 Subtensão em Quinta 69 kV e Pelotas 3 138 kV Déficit Reativo = 10 Mvar em Quinta 69 kV UTE P.Médici = 440 MW (4 máquinas) Contingência na LT 230 kV PMedici-Camaquã Máximo 4 330 Sobrecarga de 9% na LT 230 kV P.Médici - Quint UTE P.Médici = 440 MW (4 máquinas) Mínimo 1 35 Máximo 3 210 Sobrecarga = 7% na LT P.Médici - Quinta UTE P.Médici = 330 MW (4 máquinas) Mínimo 2 70 Déficit Reativo = 10 Mvar em Quinta/Pelotas 3 UTE P.Médici = 35 MW (1 máquina) Máximo 4 440 Mínimo 1 35 Máximo 4 440 Mínimo 2 70 Máximo 4 440 Mínimo 1 35 Máximo 4 440 Junho - Pesada 2004 Junho - Leve Contingência na LT 230 kV PMedici-Pelotas 3 Junho - Pesada 2005 Junho - Leve Contingência na LT 230 kV PMedici-Pelotas 3 Subtensão em Quinta 69 kV e Pelotas 3 138 kV Déficit Reativo = 12 Mvar em Quinta 69 kV UTE P.Médici = 35 MW (1 máquina) Junho - Pesada 2006 Junho - Leve ONS PAR 2004-2006 81 / 530 Despacho Mínimo Em condição normal de operação, na carga pesada de 2004, antes da entrada em operação da LT 230 kV Presidente Médici – Pelotas 3, despachos na UTE Presidente Médici abaixo de 70 MW (duas máquinas com 35 MW) resultam em níveis de tensão inferiores a 92% nos barramentos 230 kV das subestações de Quinta e Pelotas 3. Mesmo considerando a correção do fator de potência para 95%, persiste déficit capacitivo no secundário da SE Quinta da ordem de 20 Mvar. Em 2005, considerando já em operação a LT 230 kV Presidente Médici Pelotas 3, a perda da LT 230 kV Pres. Médici – Quinta na carga pesada provoca tensões abaixo de 90% nos barramentos de 230 kV de Quinta e Pelotas 3. O déficit capacitivo na SE Quinta é de 10 Mvar em 2005, passando para 12 Mvar em 2006. Para eliminar essa violação é necessário manter a UTE Presidente Médici gerando 70 MW, com duas máquinas. No patamar de carga leve, não é necessário despachar nenhuma máquina na UTE Presidente Médici durante todo o período de 2004 a 2006. Despacho Máximo Em condição normal de operação, a geração de 440 MW em quatro máquinas da UTE Presidente Médici na carga pesada de 2004, causa subtensão nas barras de 230 kV das subestações de Quinta e Pelotas 3. A perda da LT 230 kV Presidente Médici - Camaquã, provoca sobrecarga de 9% na LT 230 kV Presidente Médici – Quinta, cuja capacidade operativa é de 239 MVA. Para eliminar essa violação é preciso reduzir o despacho para 330 MW, com quatro máquinas. Essa restrição deixa de existir com a entrada em operação da LT 230 kV Presidente Médici – Pelotas 3. A partir de 2005 a geração máxima da UTE Presidente Médici, de 440 MW (4 máquinas), ocorre sem violações, tanto para a condição normal de operação como em contingências, na carga pesada e na leve. UTE Uruguaiana (gás) A UTE Uruguaiana é composta de dois geradores a combustão de 187,65 MW e de um gerador a vapor de 264,60 MW, totalizando 639,9 MW. Nesta análise foram consideradas as expansões da Rede Básica previstas para a região oeste do Rio Grande do Sul. Das obras indicadas pelos estudos do CCPE e do ONS, já foram licitadas as linhas de 230 kV UTE Uruguaiana – Maçambará e Maçambará – Santo Ângelo, bem como o reator da SE Maçambará, tendo entrada em operação prevista para agosto de 2004, e a LT 230 kV Dona Francisca – Itaúba, autorizada no fechamento deste PAR, com entrada em operação para fevereiro de 2005. Já a adequação da SE São Vicente ainda não teve concessão definida pela ONS PAR 2004-2006 82 / 530 Aneel. Foi assumido nas simulações que tanto esta adequação como a LT 230 kV Dona Francisca – Itaúba estarão disponíveis no inverno de 2005. Recentemente a CEEE informou que foram eliminadas as restrições de transformador de corrente das linhas que derivam de Alegrete 2 (exceto a linha para a UTE Uruguaiana, que não tem esta limitação). Portanto a partir de agora as limitações de capacidade das linhas citadas são determinadas pelo condutor. As linhas para Uruguaiana 5, Maçambará e Livramento passam a ter capacidade de 270 MVA, no patamar de carga média, e a linha para Santa Maria de 290 MVA. A CEEE também informou que formalizará a atualização destes limites junto às áreas de operação e de contratos do ONS. Os resultados da avaliação são descritos a seguir com base nas tabelas 3.3.2-6 e 3.3.2-7. Tabela 3.3.2-6 – Restrições de despacho na UTE Uruguaiana com geração máxima das usinas hidráulicas no Rio Grande do Sul (1123 MW) ANO PATAMAR GERAÇÃO (MW) Mínima 50 MW Sobrecarga de 3% no TR 525/230 kV de S. Ângelo na perda de uma unidade e despacho nulo da térmica Máxima 615 MW Sobrecarga de 3% na LT 230 kV Urug 5 - Aleg 2 e de 3% na Urug - Urug 5 na perda da LT 230 kV Urug - Aleg 2 e despacho de 639 MW na térmica Mínima 0 Máxima 560 MW Sobrecarga de 13% na LT 230 kV Urug 5 - Aleg 2 na perda da LT 230 kV Urug - Aleg 2 e despacho de 639 MW na térmica Mínima 30 MW Sobrecarga de 2% no TR 525/230 kV de S. Ângelo na perda de uma unidade e despacho nulo na térmica Máxima 610 MW Sobrecarga de 2% na LT 230 kV Urug 5 - Aleg 2 e de 4% na Urug - Urug 5 na perda da LT 230 kV Urug - Aleg 2 e despacho de 639 MW na térmica Mínima 0 Máxima 570 MW Fev Med 2005 Jun Pes Fev Med 2006 Jun Pes ONS FATOR LIMITANTE PAR 2004-2006 - Sobrecarga de 12% na LT 230 kV Urug 5 - Aleg 2 na perda da LT 230 kV Urug - Aleg 2 e despacho de 639 MW na térmica 83 / 530 Tabela 3.3.2-7 – Restrições de despacho na UTE Uruguaiana com geração mínima das usinas hidráulicas no Rio Grande do Sul (235 MW) ANO PATAMAR GERAÇÃO (MW) FATOR LIMITANTE Mínima 410 MW Sobrecarga de 31% no TR 525/230 kV de S. Ângelo na perda de uma unidade e despacho nulo da térmica Máxima 590 MW Sobrecarga de 6% na LT 230 kV Urug 5 - Aleg 2 e de 6% na Urug - Urug 5 na perda da LT 230 kV Urug - Aleg 2 e despacho de 639 MW na térmica Mínima 280 MW Sobrecarga de 19% no TR 525/230 kV de S. Ângelo na perda de uma unidade e despacho nulo da térmica Máxima 540 MW Sobrecarga de 17% na LT 230 kV Urug 5 - Aleg 2 na perda da LT 230 kV Urug - Aleg 2 e despacho de 639 MW na térmica Mínima 410 MW Sobrecarga de 31% no TR 525/230 kV de S. Ângelo na perda de uma unidade e despacho nulo da térmica Máxima 580 MW Sobrecarga de 7% na LT 230 kV Urug 5 - Aleg 2 e de 7% na Urug - Urug 5 na perda da LT 230 kV Urug - Aleg 2 e despacho de 639 MW na térmica Mínima 330 MW Sobrecarga de 22% no TR 525/230 kV de S. Ângelo na perda de uma unidade e despacho nulo da térmica Máxima 550 MW Sobrecarga de 17% na LT 230 kV Urug 5 - Aleg 2 na perda da LT 230 kV Urug - Aleg 2 e despacho de 639 MW na térmica Fev Med 2005 Jun Pes Fev Med 2006 Jun Pes Despacho Máximo A condição mais desfavorável para escoamento da energia produzida na região oeste do Estado ocorre com a importação de 2.000 MW da Argentina, pelas conversoras de Garabi, quando o sistema de 525 kV fica mais carregado. Nessa condição, a potência disponibilizada na região oeste tende a escoar pelo sistema de 230 kV em direção aos centros de carga do leste do Estado, notadamente para a região metropolitana de Porto Alegre. Com isso elevam-se os fluxos nas linhas UTE Uruguaiana – Alegrete 2 e Alegrete 2 – Santa Maria, bem como no sistema de distribuição que opera em paralelo com as linhas da Rede Básica. Dependendo do nível de despacho da usina e da situação operativa considerada, podem ocorrer sobrecargas na LT 69 kV Alegrete 2 – Alegrete 1, cuja capacidade é de 48/73 MVA (em condição normal e emergências, respectivamente), no transformador 230/69 kV, da SE Alegrete 2, de 83 MVA, e na transformação 138/69 kV, 2 x 25 MVA, da SE Alegrete. Para suprimir essas sobrecargas, tem sido praticada na operação a abertura do anel de 138 kV entre a UTE Alegrete e a UHE Jacuí. Embora permita contornar o problema, essa medida pode colocar em risco o atendimento à carga da SE Santa Maria 1. Esse problema persiste mesmo depois da implantação das novas linhas de 230 kV no oeste do Rio Grande do Sul. Sem a abertura da rede de 138 kV, são constatadas sobrecargas para despachos da UTE Uruguaiana acima de 350 MW. Não são esperadas violações na Rede Básica em condição normal de operação após a expansão da transmissão, para despacho pleno da UTE Uruguaiana (639 MW). Mesmo depois desta expansão, a contingência mais grave continuará sendo a perda da LT 230 kV Uruguaiana – Alegrete 2, que ONS PAR 2004-2006 84 / 530 sobrecarrega a LT 230 kV UTE Uruguaiana – Uruguaiana 5 e a LT 230 kV Uruguaiana 5 – Alegrete 2. O fator limitante é a capacidade declarada no CPST para a LT 230 kV Uruguaiana 5 – Alegrete 2 (270 MVA), determinada pelo condutor para a condição de verão/dia. A situação mais restritiva resulta da coincidência da importação de 2.000 MW da Argentina por Garabi com o despacho mínimo das usinas hidrelétricas do Rio Jacuí e Passo Fundo (geração total de 235 MW), no patamar de carga pesada de inverno. Se nesta situação ocorrer a contingência citada, haverá ultrapassagem da capacidade operativa dessa linha para despachos na UTE Uruguaiana acima de 540 MW em 2005 e de 550 MW em 2006. No mesmo patamar de carga, com geração total das usinas hidrelétricas (geração hidráulica total de 1.123 MW), haveria um acréscimo nesses números de cerca de 20 MW. Acréscimo similar é obtido quando não se considera a importação da Argentina pelas conversoras de Garabi. Tendo em vista o problema constatado na perda da LT 230 kV UTE Uruguaiana - Alegrete 2, mesmo após a entrada em operação das obras de 230 kV já licitadas ou autorizadas pela Aneel, previstas para a fronteira oeste, é recomendada a instalação de disjuntores na SE Alegrete 2 e na subestação da UTE Uruguaiana, o que permitirá a individualização dos circuitos da linha de circuito duplo, existente entre as duas subestações, atualmente conectados a um mesmo disjuntor em cada extremidade. Considerando a perda de um único circuito desta linha, não haveria violações de capacidade na Rede Básica para despacho pleno da UTE Uruguaiana. Entretanto, persistiria ultrapassagem residual da capacidade operativa na LT 230 kV Santo Ângelo - Passo Real, quando da perda da LT 230 kV Alegrete 2 - São Vicente e na LT 230 kV Alegrete 2 - São Vicente na perda da LT 230 kV Alegrete 2 - Livramento. Na pior condição, para evitar essas ultrapassagens seria necessário restringir o despacho da UTE Uruguaiana a 610 MW. Cabe observar que estão em andamento tratativas para cessão de uso ou doação para a CEEE-T da LT 230 kV UTE Uruguaiana - Alegrete 2, da LT 230 kV UTE Uruguaiana-Uruguaiana 5 e do setor de 230 kV da subestação da UTE Uruguaiana. Dessa maneira essas instalações, que foram construídas pela AES Uruguaiana, passam a compor a Rede Básica, conforme os termos do Ofício Aneel SRT N°006/2002. Não foi simulada a simultaneidade da geração máxima da UTE Uruguaiana com geração na UTE Alegrete ou com a importação de energia via conversoras de Uruguaiana e de Rivera, já que estas fontes concorrem pela utilização do mesmo sistema de 230 kV. ONS PAR 2004-2006 85 / 530 Despacho Mínimo Após a entrada em operação das obras previstas para a região oeste, será possível o desligamento da UTE Uruguaiana, em carga pesada e média, sem violações na Rede Básica em condição normal de operação, não tendo se constatado a necessidade de desligamento de linhas para controle de tensão. A perda de um dos transformadores 525/230 kV da SE Santo Ângelo poderá resultar em sobrecargas no remanescente, quando a parada total de Uruguaiana ocorrer juntamente com a importação de 2.000 MW por Garabi. A condição mais severa é esperada se essa situação coincidir com despacho hidrelétrico mínimo no Rio Grande do Sul, quando a sobrecarga neste transformador atinge 31%. Neste caso, é necessária geração mínima na UTE Uruguaiana de 410 MW em 2005 e 2006, no patamar de carga média, para evitar essa sobrecarga. Para geração total das usinas hidráulicas, a geração mínima necessária seria de 50 MW. Quando não se está importando energia por Garabi, a perda de um desses transformadores não resulta em sobrecarga no remanescente, mesmo sem geração em Uruguaiana. Considerando a simultaneidade dos fatores que levam a essa sobrecarga e a conseqüente baixa probabilidade de ocorrência, a solução indicada para o problema de sobrecarga no transformador remanescente de Santo Ângelo é a utilização do recurso da conversora de Garabi de redução da potência. Com a UTE Uruguaiana fora de operação, a perda da LT 230 kV Santa Maria 2 – Dona Francisca resulta em afundamento de tensão em Santa Maria 2, com déficit capacitivo da ordem de 15 Mvar em 2005 e 30 Mvar em 2006, estimados para a carga média de verão. A operação de uma máquina em Uruguaiana substitui esta compensação. Para eliminar esta restrição é necessária uma avaliação específica, visando o atendimento desta carga em contingência, envolvendo tanto a Rede Básica como a rede complementar, tendo em vista os problemas na distribuição, anteriormente mencionados. UTE Canoas (gás) A UTE Canoas é uma usina termelétrica a gás natural composta de uma unidade a gás com capacidade nominal de 160 MW, conectada à Rede Básica mediante o seccionamento de uma das duas linhas de circuito duplo de 230 kV existentes entre as subestações de Cidade Industrial e Gravataí 2. Os níveis de tensão na área de influência das subestações de Gravataí e Caxias são diretamente influenciados pelo despacho da UTE Canoas, bem como o carregamento nas transformações 525/230 kV destas subestações. Nas tabelas a seguir são apresentados os efeitos da variação de geração nesta térmica nas emergências mais severas na região, no patamar de carga média de verão considerando apenas a unidade ora em operação. ONS PAR 2004-2006 86 / 530 Na indisponibilidade da LT 525 kV Itá – Gravataí, o despacho pleno da UTE Canoas contribui para uma redução do déficit capacitivo na SE Caxias da ordem de 240 Mvar. Na perda de um transformador 525/230 kV da SE Gravataí, a geração de Canoas diminui a sobrecarga nos transformadores remanescentes em cerca de 5% em 2005 e 4% em 2006. Para a transformação 525/230 kV da SE Caxias, a redução da sobrecarga no transformador remanescente para perda de uma unidade é de 3% em 2005 e 2006. No Programa Prioritário de Termelétricas (PPT) estava prevista a implantação da segunda e terceira unidade dessa térmica no segundo semestre de 2004, totalizando 500 MW de potência instalada. Essa ampliação foi cancelada pelo agente de geração. Nas análises do ciclo anterior do PAR, considerando essa expansão, os problemas identificados até 2005 restringiam-se a um déficit de compensação de 50 Mvar na SE Caxias para suportar a perda da LT 525 kV Itá – Gravataí. Tabela 3.3.2-8 – Efeito da variação do despacho da UTE Canoas na indisponibilidade da LT 525 Itá - Gravataí Intercâmbio Ano 2005 SE-S = 4000 MW 2006 2005 S-SE = 3600 MW 2006 2005 S-SE = 1300 MW 2006 ONS PAR 2004-2006 Situação UTE Canoas Sem Com Sem Com Sem Com Sem Com Sem Com Sem Com Violação Déficit Reativo = 540 Mvar em Caxias 230 kV Déficit Reativo = 300 Mvar em Caxias 230 kV Déficit Reativo = 410 Mvar em Caxias 230 kV Déficit Reativo = 385 Mvar em Caxias 230 kV Déficit Reativo = 400 Mvar em Caxias 230 kV Déficit Reativo = 308 Mvar em Caxias 230 kV Déficit Reativo = 530 Mvar em Caxias 230 kV Déficit Reativo = 280 Mvar em Caxias 230 kV Déficit Reativo = 160 Mvar em Caxias 230 kV Déficit Reativo = 90 Mvar em Caxias 230 kV Déficit Reativo = 415 Mvar em Caxias 230 kV Déficit Reativo = 210 Mvar em Caxias 230 kV 87 / 530 Tabela 3.3.2-9 – Efeito da variação do despacho da UTE Canoas na indisponibilidade do TR 01 525/230 kV da SE Gravataí Intercâmbio Ano 2005 SE-S = 4000 MW 2006 2005 S-SE = 3600 MW 2006 2005 S-SE = 1300 MW 2006 Situação UTE Canoas Sem Com Sem Com Sem Com Sem Com Sem Com Sem Com Violação Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 19% / TR-3 = 12% Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 14% / TR-3 = 7% Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 25% / TR-3 = 17% Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 21% / TR-3 = 13% Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 2%/ TR-3 = 0% Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 0%/ TR-3 = 0% Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 11% / TR-3 = 4% Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 4%/TR-3 = 0% Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 10%/ TR-3 = 2% Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 3%/ TR-3 = 0% Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 16% / TR-3 = 9% Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 10% / TR-3 = 3% Tabela 3.3.2-10 – Efeito da variação do despacho da UTE Canoas na indisponibilidade do TR 02 525/230 kV da SE Caxias Intercâmbio Ano 2005 SE-S = 4000 MW 2006 2005 S-SE = 3600 MW 2006 2005 S-SE = 1300 MW 2006 Situação UTE Canoas Sem Com Sem Com Sem Com Sem Com Sem Com Sem Com Violação Sobrecarga Caxias: TR-1 = 16% Sobrecarga Caxias: TR-1 = 13% Sobrecarga Caxias: TR-1 = 24% Sobrecarga Caxias: TR-1 = 21% Sobrecarga Caxias: TR-1 = 6% Sobrecarga Caxias: TR-1 = 3% Sobrecarga Caxias: TR-1 = 15% Sobrecarga Caxias: TR-1 = 13% Sobrecarga Caxias: TR-1 = 13% Sobrecarga Caxias: TR-1 = 10% Sobrecarga Caxias: TR-1 = 18% Sobrecarga Caxias: TR-1 = 15% e) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN São relacionadas na tabela 3.3.2-11 seguinte, contingências duplas, simuladas no verão de 2005, que levaram a violações de limites de capacidade de linhas e transformadores, violações de tensão ou corte de carga, no atendimento à Região Metropolitana de Porto Alegre. ONS PAR 2004-2006 88 / 530 Tabela 3.3.2-11 - Contingências duplas mais severas na região metropolitana de Porto Alegre CONTINGÊNCIAS VIOLAÇÕES LT 230 kV Gravataí – Porto Alegre 6, c1 e c2 Corte de carga estimado em 79 MW na SE Porto Alegre 6 LT 230 kV Gravataí – Cidade Industrial, c1 e c2 Corte estimado de 20 MW de carga nas SEs Cidade Industrial e adjacências LT 230 kV Canoas – Cidade Industrial, c1 e c2 Corte de aproximadamente 106 MW de carga na SE Porto Alegre 9 LT 230 kV Pólo Petroquímico – Cidade Afundamento de tensão em toda a região da SE Pólo Industrial, c1 e c2 Petroquímico LTs 230 kV Eldorado – Porto Alegre 9 e Pelotas Corte de carga nas SEs Eldorado e Guaíba 2 estimado 3 – Cidade Industrial em 62 MW LTs 230 kV Itaúba – Pólo Petroquímico e Itaúba Sobrecarga de 19% na LT – Cidade Industrial 230 kV Itaúba – Passo Real, e de 11% na LT 230 kV Itaúba – Santa Cruz do Sul LT 230 kV P. Alegre 6 – P. Alegre 13 (radial com Perda de toda a carga da SE Porto Alegre 13, da 2 TRs 230/13,8) ordem de 52 MW LT 230 kV Porto Alegre 6 – Porto Alegre 10 – Perda total da carga ligada na SE Porto Alegre 4, Porto Alegre 4, c1 e c2 estimada em 162 MW Providências Necessárias a) equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel, CEEE) Tabela 3.3.2-12 – Principais Obras propostas para o Rio Grande do Sul ainda sem concessão ONS DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS DATA DE NECESSIDADE LT 230 kV Gravataí 2 – Porto Alegre 6 C4, circuito duplo, 30 km, lançamento do segundo circuito Necessária atualmente SE Alegrete 2: módulo de linha para UTE Uruguaiana JUN/2004 SE UTE Uruguaiana: módulo de linha para Alegrete 2 JUN/2004 SE São Vicente: setor de 230 kV JUN/2004 LT Caxias – Caxias 5, 230 kV, circuito simples, 25 km JUL/2004 SE Caxias 5: setor de 230 kV JUL/2004 PAR 2004-2006 89 / 530 DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS DATA DE NECESSIDADE LT Passo Real – Santa Marta, 230 kV, seccionamento para SE Tapera 2, 2x 0,2 km JUL/2004 SE Tapera 2: setor de 230 kV JUL/2004 b) Desenvolver Ações Complementares Definir um programa de compensação reativa na distribuição, para correção do fator de potência nas áreas de influência das subestações de fronteira com a Rede Básica, no Leste (Porto Alegre e Caxias), no Sul e no Oeste do Rio Grande do Sul (CEEE, AES-Sul,RGE). Realizar estudos de planejamento de longo prazo para solucionar sobrecargas observadas nas linhas de 230 kV Caxias - Farroupilha, Caxias Campo Bom e Caxias 5 - Lageado Grande -Siderópolis (CCPE/ONS). Realizar estudos de planejamento visando a melhoria das condições de atendimento da carga da região de Santa Maria, em face de contingências tanto na Rede Básica como na rede de distribuição (CCPE/ONS). c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas no item 6.3 ONS PAR 2004-2006 90 / 530 Salto Osório Pirabeiraba Rigesa São Lorenço d’Oeste Compartilhada Comfio/Dohler Tigre WEG Fund. WEG Quebra Queixo Joinville SC Quilombo Pinhalzinho Ibirama 2 Catanduvas Palmitos Sadia Trombudo Central Brusque Brusque RB Porto Belo Cer. Porto Belo SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL LEGENDA: Usina Hidrelétrica Usina Eólica Usina Termelétrica Subestação Conversora LT 525 kV LT 230 kV LT 138 kV LT 69 kV ONS PAR 2004-2006 91 / 530 3.3.3 Área Santa Catarina Descrição do Sistema O mercado de Santa Catarina é atendido por geração local de pequeno porte conectada ao sistema de distribuição, pela UTE Jorge Lacerda, térmica a carvão com capacidade instalada de 857 MW, e por instalações da Rede Básica nas tensões de 525 kV e 230 kV. O Estado conta com duas subestações de 525/230 kV: a SE Blumenau, 3x672 MVA, atendida por duas linhas de 525 kV, provenientes de Campos Novos e Curitiba, e a SE Campos Novos, 336 MVA. Nesta subestação, que é ponto de confluência das usinas do Rio Uruguai e da importação de energia da Argentina, incidem quatro linhas de 525 kV. A SE Blumenau serve ao atendimento da área leste de Santa Catarina, na qual se concentra a maior parte do consumo industrial, representativo de 60% do mercado de energia elétrica estadual. Esta área é atendida por seis subestações de 230 kV: Canoinhas, Joinville, Blumenau, Itajaí, Palhoça e Jorge Lacerda, interligadas por duas linhas de 230 kV que correm próximas ao litoral do Estado em quase toda sua extensão. A SE Palhoça é um dos principais pontos de atendimento à área leste de Santa Catarina, responsável pelo atendimento da região metropolitana de Florianópolis, e está interligada em 230 kV e em 138 kV à subestação de Blumenau e à UTE Jorge Lacerda. A região sul do Estado é atendida por duas linhas de 230 kV que partem da UTE Jorge Lacerda e pela linha Caxias 5 – Siderópolis também em 230 kV. Das subestações de 230 kV de Siderópolis e Jorge Lacerda derivam linhas de 138 kV e 69 kV para atendimento das subestações distribuidoras da Celesc naquela região. O oeste do Estado é atendido pela rede de 525 kV por meio da SE Campos Novos 525/230/138 kV, pela SE Xanxerê 230/138 kV e parte pela UTE Jorge Lacerda, através de uma linha de circuito duplo de 138 kV, que interliga esta térmica com as subestações de Campos Novos e Xanxerê. A SE Xanxerê está conectada às usinas hidrelétricas de Salto Osório e Passo Fundo, por meio de quatro linhas de transmissão em 230 kV. Evolução da Geração e do Mercado A tabela 3.3.3-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda máxima anual na área Santa Catarina no horizonte deste PAR. ONS PAR 2004-2006 92 / 530 Tabela 3.3.3-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Santa Catarina Atual Capacidade Instalada (MW) (1) Demanda Máxima Anual (MW) (2) 3.447 (3) 2.398 2004 2005 3.567 3.567 2.468 2.605 2006 4.447 (4) 2.741 Obs: (1) não incluidas pequenas gerações, incluída UHE Campos Novos (na divisa com o Rio Grande do Sul) (2) carga pesada de inverno; (3) UHE Quebra Queixo (120 MW); (4) UHE Campos Novos (880 MW) Sumário das Condições de Atendimento a) Problemas relacionados ao Controle de Tensão Baixo perfil de tensão nas barras de 230 kV do leste de Santa Catarina Na tabela 3.3.3-2 estão apresentadas as tensões observadas no caso de indisponibilidade de linhas de transmissão 230 kV na área leste de Santa Catarina, para a condição de carga média de verão e para vários despachos na UTE Jorge Lacerda e intercâmbios entre o Sul e o Sudeste. Esses resultados foram obtidos considerando a retirada do reator de Campos Novos, de 100 Mvar, na linha para Areia, e do reator de Curitiba, de 150 Mvar, na linha para Bateias. A instalação dos bancos de capacitores nas barras de 230 kV da SE Palhoça e da SE Blumenau em 2004, totalizando 300 Mvar, proporciona um resultado satisfatório para as contingências da linha 525 kV Campos Novos – Blumenau e das linhas 230 kV Blumenau – Palhoça e Jorge Lacerda – Palhoça, desde que esteja presente pelo menos uma unidade de cada setor da UTE Jorge Lacerda. Os valores de tensão mostrados na Tabela 3.3.3-2, de até 70% no barramento de 230 kV da SE Palhoça, indicam que haveria um corte de carga natural, na capital e no Sul do estado de Santa Catarina, em uma situação de emergência nas unidades geradoras da UTE Jorge Lacerda. ONS PAR 2004-2006 93 / 530 Tabela 3.3.3-2 – Tensões no Leste de Santa Catarina Ano Intercâmbio Indisponibilidade Sul-Sudeste (MW) 2006 LT 230 kV Blumenau – Palhoça 3.500 2006 LT 230 kV Blumenau – Palhoça 1.300 2005 LT 230 kV Jorge Lacerda A – Jorge Lacerda B 1.300 Despacho da UTE Jorge Lacerda (MW) (P) (M) (G) (GG) 25 33 fora 180 Total=238 MW 50 66 130 fora Total=246 MW 25 33 80 180 Tensões (%) Palhoça 230 kV = 82 Siderópolis 230 kV = 92 Palhoça 230 kV = 70 J.Lac. A 230 kV = 80 Siderópolis 230 kV = 79 Palhoça 230 kV = 82 Palhoça 138 kV = 92 Total=318 MW J.Lac. A 230 kV = 82 J.Lac. A 138 kV = 88 2005 LT 230 kV Jorge Lacerda A – Jorge Lacerda B 3.300 25 33 80 180 Palhoça 230 kV = 77 Palhoça 138 kV = 85 Total=318 MW J.Lac. A 230 kV = 76 J.Lac. A 138 kV = 81 2005 Máquina de Jorge Lacerda C (GG) 1.300 25 33 fora 180 Palhoça 230 kV = 89 Palhoça 138 kV = 95 Total=238 MW J.Lac. A 230 kV = 87 Siderópolis 230 kV = 85 2006 LT 230 kV Jorge Lacerda A – Jorge Lacerda B 1.300 2006 LT 230 kV Jorge Lacerda A – Jorge Lacerda B 1.300 2006 LT 230 kV Blumenau – Palhoça 1.300 ONS PAR 2004-2006 for a 33 80 180 J.Lac. A 230 kV = 88 J.Lac. A 138 kV = 93 Total=293 MW 25 fora 80 180 Total=285 MW 25 33 fora 180 Total=238 MW J.Lac. A 230 kV = 84 J.Lac. A 138 kV = 91 Palhoça 230 kV = 82 Siderópolis 230 kV = 92 94 / 530 Ano Intercâmbio Indisponibilidade Sul-Sudeste (MW) 2006 Máquina de Jorge Lacerda C (GG) 1.300 Despacho da UTE Jorge Lacerda (MW) (P) (M) (G) (GG) 25 33 fora 180 Tensões (%) Palhoça 230 kV = 84 Palhoça 138 kV = 94 Total=238 MW J.Lac. A 230 kV = 86 Siderópolis 230 kV = 84 No PAR/PDET 2002-2005 foi apontada a necessidade de relocação do terminal da LT 230 kV Palhoça – Jorge Lacerda A, para Jorge Lacerda B, que requer a construção de um trecho de linha de 230 kV de 800m em circuito simples. Esta relocação presume que também seja trocado o TC em Palhoça, na linha para Jorge Lacerda, e efetuada troca de relação no TC de Jorge Lacerda B. A concessão dessas obras está em definição pela Aneel. Até que sejam implantadas essas obras, são verificados problemas de tensão caso haja abertura do trecho Jorge Lacerda A – Jorge Lacerda B. Nas simulações deste ciclo do PAR essa obra está sendo considerada a partir de junho/2005, ficando a configuração do sistema elétrico de integração das diversas unidades da UTE Jorge Lacerda conforme representado na Figura 3.3.3-1, a seguir. Essa obra foi proposta para equacionar problemas de sobrecarga na ligação de 230 kV entre Jorge Lacerda A e Jorge Lacerda B, quando da contingência na LT 525 kV Campos Novos – Blumenau, e também para eliminar restrições flexibilidade de despacho no Complexo de Jorge Lacerda (nas unidades 5, 6 e 7). ONS PAR 2004-2006 95 / 530 Figura 3.3.3-1 – Sistema elétrico de integração da UTE Jorge Lacerda, após relocação da linha para Palhoça Curitiba Tijucas Garcia Blumenau Vidal Ramos Jr. Cebrasc Biguaçu Florianópolis Joinville Coqueiros Roçado Ilha Centro São Joaquim Itajaí Orleans Caxias 5 Ilha Norte Siderópolis Forquilinhas Trindade Campos Novos Ilha Sul Palhoça Siderópolis Criciúma Criciúma Flor Palhoça Imbituba Laguna J.Lacerda A J.Lacerda A J.Lacerda B unidades 1 e 2 (P) unidades 3 e 4 (M) unidades 5 e 6 (G) Gravatal J.Lacerda C unidade 7 (GG) Legenda 525 kV 230 kV 138 kV 69 kV Tubarão Os resultados dos estudos de planejamento, antecipados pelo CCPE ao ONS no fechamento deste ciclo do PAR, recomendam uma segunda linha de 230 kV, entre Jorge Lacerda e Palhoça, com 95 km de extensão. Simulando as contingências listadas na tabela 3.3.3-2, com a inclusão dessa linha, verifica-se que, na perda da LT 230 kV Blumenau – Palhoça, o ganho no perfil de tensão em Palhoça só se mostra expressivo quando disponível a maior unidade da UTE Jorge Lacerda (máquina GG). Conclui-se que a inclusão isolada da nova linha não se mostra suficiente para o controle de tensão na rede de 230 kV, que permanece dependente da condição de despacho da UTE Jorge Lacerda. Como essa linha faz parte de um conjunto integrado de obras de transmissão e distribuição, recomendado para o estado de Santa Catarina, essa avaliação deverá ser retomada quando das solicitações de acesso da Celesc relativas às subestações de 230 kV de seu interesse, componentes da solução de planejamento proposta pelo CCPE. Um aspecto que também deverá ser abordado nessa oportunidade diz respeito a possíveis soluções para restrições localizadas na rede de conexão das diversas unidades do complexo Jorge Lacerda, de forma a possibilitar maior flexibilidade de despacho entre as máquinas deste complexo, bem como a redução da dependência desta termelétrica no atendimento de Santa Catarina. ONS PAR 2004-2006 96 / 530 b) Problemas relacionados a sobrecargas em linhas e equipamentos Sobrecarga nas linhas de 230 kV entre Salto Osório e Xanxerê A subestação 230/138 kV de Xanxerê é interligada à UHE Salto Osório por duas linhas de 230 kV, um delas seccionada em Pato Branco, e interligada à UHE Passo Fundo também por dois circuitos em 230 kV. O carregamento nestas linhas é influenciado diretamente pela condição de despacho das usinas das bacias dos rios Iguaçu, Uruguai e as hidrelétricas do Rio Grande do Sul, bem como a condição de intercâmbio com a Argentina. Historicamente tem ocorrido simultaneidade hidrológica entre as usinas das bacias do rio Iguaçu, do rio Uruguai e dos rios Jacuí e Passo Fundo, resultando em despachos equilibrados entre as três bacias. A tabela 3.3.3-3 mostra resultados das simulações da indisponibilidade da LT 230 kV Salto Osório – Xanxerê, considerando estas premissas de despacho e a condição de intercâmbio nulo com a Argentina. Os carregamentos obtidos nas simulações foram cotejados com a capacidade declarada pela Eletrosul no CPST para essas linhas, que é de 240 MVA (602 A), correspondente à condição de verão/dia (carga média). Também foram comparados com os limites praticados na operação, conforme informados pela Eletrosul no MPO, que são de 278,8 MVA para inverno/dia na LT Salto Osório - Pato Branco, e de 319 MVA para condição noturna nas duas linhas, sendo este também o valor para sobrecargas de curta duração, determinado pelas bobinas de bloqueio, em ambos os casos. Os resultados apresentados na tabela apontam carregamentos acima do valor do CPST, para a LT 230 kV Salto Osório – Pato Branco, em situações de intercâmbios elevados do Sudeste para o Sul, sem intercâmbio com a Argentina e com a UTE Uruguaiana em operação. Se adicionalmente a UTE Uruguaiana estiver parada, possibilidade explicitada contratualmente para o inverno, os valores de carregamento podem se aproximar e até mesmo ultrapassar os limites admitidos no MPO. Portanto, dependendo da condição operativa, estes circuitos podem se constituir em fator limitante para o recebimento pelo Sul (RSUL), ou mesmo para a exportação de energia elétrica para a Argentina através dos conversores de freqüência de Garabi, embora até o momento esta exportação tenha sido autorizada apenas em caráter excepcional e temporário e caracterizada como interruptível. Esta questão requer solução estrutural a ser definida em estudos de planejamento de longo prazo. ONS PAR 2004-2006 97 / 530 Tabela 3.3.3-3 Carregamentos na LT 230 kV Salto Osório - Pato Branco Contingência na LT 230 kV Salto Osório - Xanxerê Ano Caso Intercâmbio Sudeste - Sul Junho Pesada 2004 Junho Média Rio Grande do Sul 2005 Junho Pesada Junho Média 437 MW (37%) 2570 MW (46%) 1280 MW (45%) 4500 MW s/ Uruguaiana 321 MVA 4000 MW c/ Uruguaiana 281 MVA 2080 MW (37%) 590 MW (35%) 4500 MW s/ Uruguaiana 317 MVA 4100 MW c/ Uruguaiana 310 MVA 518 MW (44%) 2955 MW (52%) 1233 MW (44%) 4800 MW s/ Uruguaiana 355 MVA 4000 MW c/ Uruguaiana 284 MVA 479 MW (40%) 2870 MW (51%) 1380 MW (49%) 4600 MW s/ Uruguaiana 315 MVA 4000 MW c/ Uruguaiana 282 MVA 2400 MW (42%) 990 MW (35%) 4600 MW s/ Uruguaiana 314 MVA 4000 MW c/ Uruguaiana 245 MVA 650 MW (45%) 2006 Bacia do Uruguai Carregamento LT 230 kV S.Osório - P.Branco 283 MVA 390 MW (33%) Junho Média Bacia do Iguaçu 4000 MW c/ Uruguaiana 340 MW (29%) Fevereiro Média Despachos 1630 MW (30%) 1890 MW (43%) 4800 MW s/ Uruguaiana 300 MVA c) Problemas relacionados ao despacho das usinas termelétricas São abordadas a seguir as condições de desempenho do sistema de transmissão da área diretamente relacionadas à operação das usinas térmicas. Neste aspecto cabe distinguir eventuais limitações da rede de transmissão que imponham condicionantes ao despacho pleno das usinas (tratados sob o titulo de Despacho Máximo) daquelas restrições elétricas que impeçam a minimização do despacho térmico e, por conseqüência, a otimização energética do sistema (Despacho Mínimo). ONS PAR 2004-2006 98 / 530 • UTE Jorge Lacerda (carvão) A UTE Jorge Lacerda é composta de sete unidades, designadas por A1, A2, A3, A4, B5, B6 e C7. A geração máxima das unidades A1 e A2, denominadas na operação por máquinas P, é de 50 MW cada; das unidades A3 e A4, máquinas M, é de 66 MW cada; das unidades B5 e B6, máquinas G, é de 131 MW cada e da unidade C7, máquina GG, é de 363 MW. Despacho Mínimo Na situação atual os níveis de tensão nas regiões leste e sul de Santa Catarina são muito dependentes do despacho da UTE Jorge Lacerda. A época mais crítica do ano ocorre em geral no período de carga média de verão. Simulações na carga média de fevereiro de 2005, com intercâmbio Sul para Sudeste de 1.300 MW, iniciando os casos com a geração mínima de uma máquina em cada grupo da UTE Jorge Lacerda, apontaram os resultados descritos a seguir: - a saída da LT 525 kV Campos Novos – Blumenau provoca violações nos carregamentos da linha 230 kV Jorge Lacerda A – Jorge Lacerda B e dos transformadores 230/138 kV – 79 MVA de Jorge Lacerda. Para eliminar as violações é necessário elevar o despacho da unidade do grupo A1-A2 (P) ou da unidade do grupo A3-A4 (M). A geração no grupo (P) deve aumentar em 21 MW a partir do mínimo ou a do grupo (M) deve aumentar em 19 MW; - a indisponibilidade de geração no grupo (P) provoca sobrecarga nos transformadores 230/138 kV – 79 MVA de Jorge Lacerda A, pois de Jorge Lacerda A saem linhas em 138 kV para o planalto catarinense (São Joaquim e Lages), e para o leste do Estado (Imbituba, Laguna e Palhoça); - a saída da LT 230 kV Jorge Lacerda A – Jorge Lacerda B provoca subtensão nas barras 230 kV de Jorge Lacerda A e Palhoça e sobrecarga na transformação 138/69 kV-25 MVA de Jorge Lacerda A, necessitando de pelo menos duas máquinas M; - a geração do grupo B5-B6 (G) é necessária para atender à contingência de perda da geração de Jorge Lacerda C (GG), que provoca afundamento das tensões, atingindo 89% do nominal na barra de 230 kV de Palhoça, 87% em Jorge Lacerda A 85% em Siderópolis. - a geração de Jorge Lacerda C (GG) é necessária para evitar colapso de tensão com conseqüente corte de carga, em face de contingência da LT 525 kV Campos Novos – Blumenau. Portanto, a configuração mínima de máquinas sincronizadas em Jorge Lacerda no verão de 2005, necessária para suportar a contingência da LT ONS PAR 2004-2006 99 / 530 525 kV Campos Novos – Blumenau ou da linha 230 kV Jorge Lacerda A – Jorge Lacerda B é de: 1P + 2M + 1G + 1GG, totalizando 440 MW. Para fevereiro de 2006, carga média, intercâmbio Sul para Sudeste de 1.300MW, já considerando a relocação do terminal da LT 230 kV Palhoça – Jorge Lacerda A para Jorge Lacerda B, chegou-se aos requisitos mínimos de despacho descritos a seguir: - a geração de pelo menos uma máquina (P) é necessária para atender à emergência da LT 525 kV Campos Novos – Blumenau e evitar sobrecarga na transformação 230/138 kV de Jorge Lacerda A; - sem a geração de pelo menos uma máquina (M) não é possível proporcionar tensões adequadas (95%) no 138 kV de Jorge Lacerda A, no caso de indisponibilidade da LT 230 kV Jorge Lacerda A – Jorge Lacerda B; - a geração de pelo menos uma máquina (G) é necessária para suportar a perda da máquina (GG), que provoca afundamento das tensões, atingindo 84% no 230 kV de Palhoça, 86% em Jorge Lacerda A e 84% em Siderópolis; - a ausência de geração na máquina (GG) provoca colapso de tensão e corte carga no leste e sul de Santa Catarina, em caso de saída da LT 525 kV Campos Novos – Blumenau. Portanto para o verão de 2006 persiste a necessidade de despacho mínimo da UTE Jorge Lacerda em: 1P + 1M + 1G + 1GG, nos seus mínimos operativos, totalizando 318 MW. Os resultados das simulações sinalizam que as restrições de despacho mínimo sobre as máquinas A1 e A2, que são integradas diretamente à rede de 138 kV, poderiam ser resolvidas com reforços localizados e compensação reativa. O equacionamento dessa questão torna-se premente, tendo em vista que essas unidades encontram-se no limite de vida útil, não havendo portanto na sua operação a mesma expectativa de disponibilidade das demais unidades do Complexo de Jorge Lacerda. Despacho máximo Para avaliação de desempenho no período que antecede a relocação do terminal da LT 230 kV Palhoça – Jorge Lacerda A para Jorge Lacerda B, foram adotados os valores de capacidade das linhas de transmissão em análise expressos na Tabela 3.3.3-4. ONS PAR 2004-2006 100 / 530 Tabela 3.3.3-4 – Capacidade das linhas de 230 kV do leste de Santa Catarina Capacidade Elemento Limite do condutor (MVA) Limitante (MVA) Jorge Lacerda A – Palhoça 191 TC 223 Jorge Lacerda B – Palhoça 223 LT 223 Jorge Lacerda B – Blumenau 212 TC 223 Jorge Lacerda B - Jorge Lacerda A 223 LT 223 Linha Após a relocação do terminal da LT 230 kV Palhoça – Jorge Lacerda A para Jorge Lacerda B, a linha Jorge Lacerda B – Palhoça ficará com capacidade operativa de 223 MVA para longa duração, com a troca do TC de Palhoça, e troca de relação de TC em Jorge Lacerda B. Para curta duração o limite é de 319 MVA. Foram executadas simulações para o período que antecede esta relocação, admitindo-se intercâmbio da Região Sul para o Sudeste de 3.000 MW, UTE Jorge Lacerda com despacho de 840 MW, maximização do despacho hidráulico na Região Sul, térmicas a gás com despacho pleno e modulação da importação por Garabi. A Tabela 3.3.3-5 resume os resultados em condição normal, com a rede completa, antes da relocação. Tabela 3.3.3-5 – Resultados com rede completa, antes da relocação da linha para Palhoça, em regime permanente Carregamento da Carregamento da Carregamento da linha J. Lacerda A linha J. Lacerda B linha J. Lacerda B – Palhoça - Blumenau - J. Lacerda A JUNHO/2004 – C.Pesada 191,8 MVA 113,2 MVA 291,7 MVA Hidráulicas: 93% 96,1% 51,1% 125,1% JUNHO/2004 – C.Média 182,5 MVA 121,7 MVA 271,2 MVA Hidráulicas: 85% 91,1% 54,7% 116,4% JUNHO/2004 – C.Leve 197,3 MVA 180,6 MVA 243,1 MVA Hidráulicas: 55% 98,9% 81,5% 104,3% FEVEREIRO/2005 – C.Pesada 209,2 MVA 107,2 MVA 304,9 MVA Hidráulicas: 90% 104,6% 48,2% 130,5% Configuração / Despacho Hidráulico ONS PAR 2004-2006 101 / 530 Carregamento da Carregamento da Carregamento da linha J. Lacerda A linha J. Lacerda B linha J. Lacerda B – Palhoça - Blumenau - J. Lacerda A FEVEREIRO/2005 – C.Média 190,8 MVA 101,7 MVA 281,4 MVA Hidráulicas: 95% 95,7% 45,9% 120,8% Configuração / Despacho Hidráulico Nota: Os carregamentos percentuais são calculados em relação ao valor de longa duração para corrente. Após a relocação, a linha Jorge Lacerda B – Palhoça fica com capacidade operativa de 223 MVA para longa duração, com troca do TC de Palhoça, e troca de relação de TC em Jorge Lacerda B. Para curta duração o limite é de 319 MVA. A Tabela 3.3.3-6 resume os resultados, de regime permanente com a rede completa, para o período após a relocação. Tabela 3.3.3-6- Resultados com rede completa, em regime permanente, após a relocação Carregamento da Carregamento da Carregamento da linha J. Lacerda B linha J. Lacerda B linha J. Lacerda B – Palhoça - Blumenau - J. Lacerda A JUNHO/2005 – C.Pesada 195,6 MVA 103,2 MVA 102,7 MVA Hidráulicas: 95% 84,0% 46,6% 44,1% JUNHO/2005 – C.Média 186,2 MVA 112,7 MVA 87,6 MVA Hidráulicas: 88% 79,8% 50,8% 37,6% JUNHO/2005 – C.Leve 201,0 MVA 174,9 MVA 91,5 MVA Hidráulicas: 57% 86,2% 78,9% 39,2% FEVEREIRO/2006 – C.Pesada 214,7 MVA 104,9 MVA 79,6 MVA Hidráulicas: 89% 91,6% 47,1% 34,0% FEVEREIRO/2006 – C.Média 200,8 MVA 107,8 MVA 57,8 MVA Hidráulicas: 95% 85,8% 48,5% 24,7% JUNHO/2006 – C.Pesada 209,2 MVA 120,2 MVA 66,3 MVA Hidráulicas: 88% 89,8% 54,2% 27,1% Configuração / Despacho Hidráulico ONS PAR 2004-2006 102 / 530 Carregamento da Carregamento da Carregamento da linha J. Lacerda B linha J. Lacerda B linha J. Lacerda B – Palhoça - Blumenau - J. Lacerda A JUNHO/2006 – C.Média 201,6 MVA 131,9 MVA 56,0 MVA Hidráulicas: 79% 86,9% 59,8% 24,1% JUNHO/2006 – C.Leve 208,2 MVA 182,9 MVA 76,8 MVA Hidráulicas: 50% 89,3% 82,5% 32,9% Configuração / Despacho Hidráulico Nota: Os carregamentos percentuais são calculados em relação ao valor de longa duração para corrente. Ao simular a indisponibilidade da LT 230 kV Jorge Lacerda B – Blumenau, antes da relocação observou-se os carregamentos mostrados na Tabela 3.3.3-7, para as linhas mais afetadas. Tabela 3.3.3-7 – Resultados quando da indisponibilidade da LT 230 kV Jorge Lacerda B – Blumenau, antes da relocação Carregamento da Carregamento da linha J. Lacerda A linha J. Lacerda B - Palhoça - J. Lacerda A JUNHO/2004 – C.Pesada 231,0 MVA 369,3 MVA Hidráulicas: 93% 116,2% 159,0% JUNHO/2004 – C.Média 224,9 MVA 332,7 MVA Hidráulicas: 85% 112,7% 152,4% JUNHO/2004 – C.Leve 261,0 MVA 360,8 MVA Hidráulicas: 55% 131,4% 155,6% FEVEREIRO/2005 – C.Pesada 246,7 MVA 378,8 MVA Hidráulicas: 90% 123,8% 162,7% FEVEREIRO/2005 – C.Média 227,0 MVA 352,0 MVA Hidráulicas: 95% 114,3% 151,7% Configuração Nota: Os carregamentos percentuais são calculados em relação ao valor de longa duração para corrente. Os carregamentos resultantes da mesma indisponibilidade simulada após a relocação são mostrados na Tabela 3.3.3-8. ONS PAR 2004-2006 103 / 530 Tabela 3.3.3-8 – Resultados quando da indisponibilidade da LT 230 kV Jorge Lacerda B – Blumenau, após a relocação Carregamento da Carregamento da linha J. Lacerda B linha J. Lacerda B - Palhoça - J. Lacerda A JUNHO/2005 – C.Pesada 231,7 MVA 138,0 MVA Hidráulicas: 95% 99,9% 59,5% JUNHO/2005 – C.Média 225,0 MVA 125,6 MVA Hidráulicas: 88% 96,9% 54,1% JUNHO/2005 – C.Leve 264,2 MVA 129,8 MVA Hidráulicas: 57% 113,7% 55,9% FEVEREIRO/2006 – C.Pesada 251,9 MVA 119,9 MVA Hidráulicas: 89% 107,9% 51,4% FEVEREIRO/2006 – C.Média 239,7 MVA 100,1 MVA Hidráulicas: 95% 102,8% 42,9% JUNHO/2006 – C.Pesada 250,9 MVA 108,5 MVA Hidráulicas: 88% 108,2% 46,8% JUNHO/2006 – C.Média 247,0 MVA 104,8 MVA Hidráulicas: 79% 107,0% 45,4% JUNHO/2006 – C.Leve 274,4 MVA 125,9 MVA Hidráulicas: 50% 118,1% 54,2% Configuração Nota: Os carregamentos percentuais são calculados em relação ao valor de longa duração para corrente. Portanto a relocação do terminal da LT 230 kV Palhoça - Jorge Lacerda A em Jorge Lacerda B, elimina as restrições para escoamento da geração da UTE Jorge Lacerda em condições normais de operação, com a rede completa, em todo o período do PAR 2004-2006. No entanto, ocorrem violações de até 18% sobre o limite do CPST, quando da indisponibilidade da LT 230 kV Jorge Lacerda B – Blumenau. Quando considerado o valor admissível para carregamento de curta duração, de 319 MVA, a relocação do terminal da LT 230 kV Palhoça - Jorge Lacerda A em Jorge Lacerda B é suficiente para escoamento da geração da UTE Jorge Lacerda, em todo o período do PAR ONS PAR 2004-2006 104 / 530 2004-2006. Fica caracterizado, portanto, a importância do deslocamento proposto da linha para Palhoça. d) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN São relacionadas, na tabela 3.3.3-9 seguinte, contingências duplas, simuladas no verão de 2005, que levaram a violações de limites de capacidade de linhas e transformadores, violações de tensão ou corte de carga, no atendimento à Região Metropolitana de Florianópolis. Observa-se grande dependência do atendimento de Florianópolis à subestação de Palhoça e às linhas de 230 kV que chegam a esta subestação. Tabela 3.3.3-9 Contingências duplas mais severas no atendimento a Florianópolis CONTINGÊNCIAS VIOLAÇÕES LTs 230 kV Palhoça – Blumenau e Palhoça – Subtensão em Palhoça, exigindo corte estimado de 95 MW Jorge Lacerda A na carga de atendida pela SE Palhoça, com risco de desligamentos em cascata LTs 230 kV J. Lacerda A – J. Lacerda B e Subtensão em Palhoça, exigindo corte estimado de 90 MW Palhoça – Jorge Lacerda A na carga de atendida pela SE Palhoça e sobrecarga de 35% na linha 138 kV Itajaí - Tijucas SE Palhoça – Transformadores 2 e 3 (único Corte estimado dede 43 MW nas cargas atendidas pela SE disjuntor na alta) e Transformador 1 Palhoça e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID A tabela 3.2.3 sinaliza problemas de superação da capacidade de disjuntores fora da Rede Básica nas SEs Blumenau, Joinville e Jorge Lacerda A. Providências Necessárias a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel) Tabela 3.3.3-10 – Principais Obras propostas para Santa Catarina ainda sem concessão DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS ONS DATA DE NECESSIDADE SE Jorge Lacerda B: relocação do terminal da LT 230 kV Palhoça – Jorge Lacerda A e implantação de trecho de linha de 230 kV, circuito simples, 0,8 km Necessária atualmente SE Palhoça: Substituição do TC para Jorge Lacerda B JUN/2004 PAR 2004-2006 105 / 530 b) Desenvolver Ações Complementares Definir um programa de compensação reativa na distribuição, para correção do fator de potência nas áreas de influência das subestações de fronteira com a Rede Básica, no Leste de Santa Catarina (Celesc). Realizar estudos de planejamento de longo prazo para solucionar problemas operativos decorrentes de contingências na rede de 230 kV do oeste de Santa Catarina (Salto Osório - Xanxerê) (CCPE/ONS). Realizar avaliação da implementação da solução integrada de longo prazo para a rede transmissão de Santa Catarina, quando das solicitações de acesso da Celesc (ONS/Celesc/Eletrosul). Na SE Jorge Lacerda B, trocar a relação do TC para Palhoça (Eletrosul). Realizar avaliação da implementação da solução de longo prazo para solucionar restrições de despacho sobre as máquinas do Complexo Jorge Lacerda (CCPE/ONS). c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas no item 6.3 ONS PAR 2004-2006 106 / 530 l Su Rosana Assis to (2005) Cianorte Londrina (Eletrosul) Siqueira Campos (2005) Apucarana ) 06 Barbosa Ferraz Campo Morão Ibiuna Goio-erê Mourão Jaguariaíva i Itaberá Pisa Ibiuna (2 003) Telêmaco Borba Ivaiporã Palotina Assis Chateaubriand Inpacel Figueira Faxinal Mamborê Paragu a São Paulo (2005) J. Alvorada Sarandi Arapongas Mandaguari Chavantes C. Procópio Ibiporã Londrina (Copel) (2 0 Ma ) Horizonte Altônia Ubiratã Frigobrás 05 (2 0 ) Paraná Pitanga ) Pinheiros ( 20 05 Olímpico Cascavel Realeza Sabará Pato Branco Clevelândia Gov. Parigot de Souza Pilarzinho Uberaba Bateias Irati Socorro Santa Clara Fundão (2005) (2003) Posto Fiscal Curitiba Lapa Rio Azul Areia Xisto Guaratuba União da Vitória Palmas Joinville Blumenau Canoinhas Faz. Eólica de Palmas Santa Catarina Itá Xanxerê Campos Novos REGIÃO DE LONDRINA REGIÃO DE CURITIBA (2003) Dixie Toga Bateias Londrina (Copel) Itambé Palermo Pilarzinho Ibiporã Vera Cruz R. Davids (2004) Campo Largo Campo Comprido Distr. Ind.C. Largo C. Ind. Londrina (Eletrosul) CSN (2003) (2004) Uberaba (2003) Sid. UEG Araucária Guaíra J. Bandeirante S. Mônica Hubner Umbará Distr. Ind. Gralha S. J. dos Azul Campo do Pinhais Assobio Fazenda Curitiba Iguaçú Paranaguá Praia de Leste Matinhos São Mateus do Sul Tafisa Gov. Bento Munhoz Francisco Beltrão CCPRB Belém Palmeira ) Canteiro Segredo DETALHE DA REGIÃO DE CURITIBA Ponta Grossa Sul Guarapuava 05 ) 05 Dois Vizinhos Salto Santiago (2 0 Ar ge nt in a Madeireira Sta. Maria Foz do Chopim Salto Caxias Ponta Grossa Norte Vila Carli Coop. Agrária Laranjeiras Entre Rios do Sul Quedas do Salto Iguaçu Osório Céu Azul Medianeira Foz do Iguaçu Oeste Portal Vila Yolanda (2005) (2 0 Cascavel 6) 00 Oeste (2 Castro Batavia Oc Atlâ eano ntic o Toledo Foz do Iguaçu (Furnas) Foz do Iguaçu Maringá Cidade Gaúcha Andirá 05 Gr os so Astorga Santos Dumont Mal. Cândido Rondon Bandeirantes DETALHE DA REGIÃO DE LONDRINA Alto Paraná Guaira Itaipu Salto Grande Bela Vista do Paraíso Paranavaí ( 20 do Loanda Umuarama Eldorado Dourados Acaray Florestópolis Colorado SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL LEGENDA: Usina Hidrelétrica Usina Eólica Usina Termelétrica Subestação Conversora LT 600 kV CC LT 765 kV LT 525 kV LT 230 kV LT 138 kV LT 69 kV ONS PAR 2004-2006 107 / 530 3.3.4 Área Paraná Descrição do Sistema O sistema de 525 kV que atende ao Estado do Paraná interliga-se na subestação de Ivaiporã ao tronco de 750 kV de Itaipu, que constitui o elo principal de ligação entre as regiões Sul e Sudeste. Desta subestação partem três linhas de 525 kV para as hidrelétricas de Salto Santiago e Gov. Bento Munhoz, no Rio Iguaçu, e para a subestação de Londrina, 525/230 kV, que constitui o principal ponto de atendimento ao norte do Paraná. Da SE Londrina 525/230 kV saem linhas em 230 kV para as subestações de Ibiporã, Figueira, Apucarana e Maringá. Uma parcela menor do intercâmbio de energia com a Região Sudeste é realizada por meio de linhas de 230 kV que interligam três subestações da área norte do Estado (Maringá, Londrina e Figueira) às subestações de Assis e Chavantes, na fronteira de São Paulo. A partir do segundo trimestre do ano em curso a capacidade da interligação com o Sudeste foi expandida, com a entrada em operação de uma linha de 500 kV, em circuito duplo, que conecta a subestação de Bateias, na Região Metropolitana de Curitiba, com Ibiúna, no estado de São Paulo. A LT 230 kV Salto Osório – Campo Mourão interliga a área norte do Paraná com a UHE Salto Osório. Desta usina saem mais quatro linhas de 230 kV, para as subestações de Areia, Pato Branco e Cascavel. Esta subestação conecta-se à SE Cascavel Oeste, 525/230 kV – 600 MVA, que é ponto de recepção da geração da UHE Salto Caxias e principal pólo de atendimento à área oeste do Paraná, juntamente com a UHE Salto Osório. Da UHE Gov. Bento Munhoz saem duas linhas de 525 kV para as subestações de Bateias (672 MVA) e Curitiba (2x672 MVA), que atendem a área metropolitana de Curitiba, onde se concentra a maior parte do consumo industrial do Paraná. O principal centro de carga do Estado é atendido em 230 kV pela UHE Gov. Parigot de Souza e por seis subestações de 230/69 kV, que se interligam, formando um anel de 230 kV em torno da área metropolitana. Evolução da Geração e do Mercado A tabela 3.3.4-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda máxima anual na área Paraná no horizonte deste PAR. ONS PAR 2004-2006 108 / 530 Tabela 3.3.4-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Paraná Atual 2004 Capacidade Instalada (MW) (1) 7.414 7.414 Demanda Máxima Anual (MW) (2) 3.278 3.378 2005 7.533 (3) 3.623 2006 7.562 (4) 3.805 Obs: (1) incluídas as usinas do Rio Iguaçu, não incluídas pequenas gerações (2) carga pesada de inverno; (3) UHE Santa Clara (119 MW); (4) UHE Fundão (119 MW) Sumário das Condições de Atendimento Do fechamento do ciclo anterior do PAR ao presente ocorreram importantes definições no que se refere à expansão da Interligação Sul-Sudeste e da Rede Básica de 525 kV associada às usinas do Rio Iguaçu, ao que se soma o cancelamento do programa de expansão de geração térmica a gás no Mato Grosso do Sul. Essas mudanças deverão influir direta ou indiretamente no desempenho operativo do sistema elétrico no Paraná, particularmente no Norte e no Oeste do Estado. a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica Problemas de estabilidade associados ao escoamento da UTE Araucária O ponto de conexão da UTE Araucária à Rede Básica é a barra de 230 kV da SE Gralha Azul. Na configuração inicialmente proposta para integração da usina ao sistema essa subestação ligava-se à SE Cidade Industrial e à SE Campo Assobio por meio de um novo trecho de linha de 230 kV em circuito duplo, a ser construído entre a SE Gralha Azul e a SE Umbará. Desta linha um dos circuitos é ligado ao trecho de linha entre a SE Umbará e a SE Cidade Industrial. O outro circuito da nova linha é ligado ao trecho de linha existente entre a SE Umbará e a SE Campo do Assobio. O disjuntor da SE Umbará no qual se conecta o circuito Umbará – Campo do Assobio seria mantido aberto, sendo fechado apenas durante emergências, como a perda da LT 230 kV Gralha Azul - Cidade Industrial (ou Gralha Azul - Campo Comprido, antes da implantação da SE Cidade Industrial). Considerando essa configuração, constatou-se que na perda da LT 230 kV Gralha Azul – Campo Comprido praticamente toda a geração da usina fluiria pelo circuito de 230 kV Gralha Azul - Campo do Assobio. Nesta situação não há como escoar integralmente a potência da UTE Araucária, devido à sobrecarga no trecho de linha entre Umbará e Campo do Assobio. Para contornar o problema, foi elaborado um esquema de controle de emergência ONS PAR 2004-2006 109 / 530 (ECE), que conectará a LT 230 kV Gralha Azul - Campo do Assobio na SE Umbará se ocorrer a perda da LT 230 kV Gralha Azul – Campo Comprido, abrindo a seguir a outra extremidade deste circuito no terminal de Campo do Assobio. Este esquema deveria atuar para despachos líquidos da térmica acima de 300 MW. Entretanto, na análise de desempenho transitório mostrou-se necessário reduzir o despacho da usina, para evitar esforços inadmissíveis sobre os eixos das máquinas da UTE Araucária, provocados pela atuação do ECE. Por este motivo, a Copel-G assumiu a implantação de um esquema de corte de geração (ECG) de uma máquina a gás da térmica, que será ativado antes da alteração topológica a ser efetuada pelo ECE, para despachos líquidos da usina superiores a 340 MW. A atuação dos esquemas acima descritos constitui solução provisória para fazer frente a essa contingência, até que seja implantada uma nova entrada de linha na SE Umbará, para conexão permanente da SE Gralha Azul, atualmente em análise pela Aneel. Com isso também voltaria a ser ligado diretamente nesta subestação o circuito para Campo do Assobio. b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão Baixo perfil de tensão nas barras de 230 kV do norte do Paraná A indisponibilidade da LT 230 kV Apucarana – Londrina causa decréscimo no perfil de tensão nas subestações de Maringá e Apucarana, a níveis inferiores a 90% na carga pesada de inverno, desde 2004, nos dois sentidos de intercâmbio. Este problema persiste até o seccionamento da LT 230 kV Maringá – Assis para a SE Londrina, cuja concessão está em análise pela Aneel. Baixo perfil de tensão na barra de 230 kV da SE Guaíra A perda da LT 230 kV Cascavel Oeste – Guaíra provoca baixo perfil de tensão na região de Guaíra, cuja severidade depende da condição de intercâmbio entre as regiões Sul e Sudeste e da geração despachada no Mato Grosso do Sul. Para exportação de 3.500 MW para o Sudeste e geração de 90 MW na UTE W. Arjona, o déficit capacitivo estimado é de 40 Mvar em 2004 e 47 Mvar em 2005, elevando-se para 91 Mvar em 2004 e 118 Mvar em 2005 quando se considera despacho nulo nesta térmica. A entrada em operação da LT 230 kV Porto Primavera – Dourados, proposta pela primeira vez neste PAR e prevista para 2006, eliminará os problemas causados por esta contingência. Baixo perfil de tensão na barra de 230 kV da SE Cascavel Oeste A perda do único transformador 525/230 kV da SE Cascavel Oeste provoca tensões inferiores a 90% na região oeste do estado, principalmente em Cascavel Oeste, no inverno de 2004, no cenário de intercâmbio de 4.000 MW do Sudeste para o Sul. Até a instalação do segundo transformador nesta ONS PAR 2004-2006 110 / 530 subestação, em análise pela Aneel, e da LT 525 kV Cascavel Oeste – Ivaiporã, em fase de licitação, será necessário redespacho de geração na UHE Salto Osório, de maneira a garantir geração mínima superior a 800 MW durante esta indisponibilidade para evitar colapso de tensão. Baixo perfil de tensão na rede de 138 kV da região de Foz do Iguaçu Atualmente a região de Foz do Iguaçu está sendo atendida de forma radial através de duas linhas em 138 kV que partem da SE Cascavel 230/138 kV. Também são atendidos por estas linhas outros centros de carga situados entre Foz do Iguaçu e Cascavel (Vila Yolanda, Céu Azul e Medianeira). O desempenho desta configuração apresenta restrições de tensão e carregamentos. Para resolver estes problemas recentemente a Copel solicitou acesso à Rede Básica através de uma nova subestação 230/138 kV, 150 MVA, denominada Foz do Iguaçu Norte, que será atendida a partir da SE Cascavel Oeste por uma nova linha de 230 kV, com 115 km. Baixo perfil de tensão na barra de 230 kV da SE Pilarzinho A linha de 230 kV de circuito simples existente entre a SE Campo Comprido e a SE Pilarzinho apresenta elevados carregamentos em condição normal, que chegam à ultrapassar o valor de 276 MVA, limite de carregamento contínuo para o qual esta linha foi recapacitada, para despachos da UTE Parigot de Souza abaixo de 80 MW. A perda desta linha implica em que o atendimento à SE Pilarzinho passe a ser feito radialmente a partir da UHE Gov. Parigot de Souza, que é o ponto de controle de tensão mais próximo Daí resultam tensões baixas na SE Pilarzinho e na rede de 69 kV da área de influência desta subestação. Com a entrada da SE Santa Mônica, que seccionará a LT 230 kV Pilarzinho - Gov. Parigot de Souza, este problema tende a se agravar. A implantação da LT 230 kV D. I. S. José dos Pinhais – Santa Mônica melhorará o suporte de tensão na barra de 230 kV da SE Santa Mônica e, indiretamente, na SE Pilarzinho. Mesmo assim mostra-se indispensável a implantação do capacitor de 69 kV, 30 Mvar, programado pela Copel-D para o secundário da SE Pilarzinho. Compensação do mesmo porte está prevista pela Copel-D para as subestações de Umbará, Uberaba e Cidade Industrial de Curitiba, cuja necessidade é ditada pelo crescimento da carga, ativa e reativa, na Região Metropolitana de Curitiba. A necessidade de compensação capacitiva no secundário da SE Santa Mônica deverá ser avaliada na análise das condições de acesso desta nova subestação, para a qual a Copel-D solicitou acesso durante este ciclo do PAR. ONS PAR 2004-2006 111 / 530 c) Problemas relacionados equipamentos a sobrecargas em linhas de transmissão e Sobrecarga na LT 230 kV Cascavel – Cascavel Oeste As subestações de Cascavel Oeste e Cascavel são conectadas por duas linhas de transmissão: uma delas de circuito duplo, condutor 795 MCM, com um circuito em operação, e a outra linha de circuito simples, condutor 636 MCM. Em condição normal de operação não são esperadas sobrecargas nestas duas linhas no período em análise, ocorrendo inclusive redução de carregamento em 2006, para a condição de intercâmbio Sul – Sudeste, após a implantação da LT 525 kV Cascavel Oeste – Ivaiporã. Entretanto a perda de um dos circuitos de 230 kV entre as duas subestações causa sobrecarga no circuito remanescente. Na tabela seguinte registram-se os carregamentos resultantes da indisponibilidade de um dos circuitos, para diversos patamares de carga e cenários de intercâmbio de energia com a Região Sudeste. Pode ser observado que a entrada em operação da LT 525 kV Cascavel Oeste – Ivaiporã em 2006 aliviará a sobrecarga na condição de intercâmbio Sul – Sudeste. Entretanto não se mostra efetiva para intercâmbio no sentido inverso, no qual persiste sobrecarga de 35% em fevereiro de 2006 e de 69% em junho do mesmo ano. Tabela 3.3.4-2 - Fluxos na LT 230 kV Cascavel Oeste – Cascavel na perda de um circuito ANO 2004 2005 2006 PATAMAR RSUL Jun Pes FLUXOS (MVA) circuito 1 circuito 2 -3300 MW 0 305 Jun Pes +4000 MW 0 357 Fev Med -3000 MW 0 278 Fev Med +4000 MW 0 281 Jun Pes -3500 MW 0 390 Jun Pes +4000 MW 0 361 Fev Med -4000 MW 0 99 Fev Med +4000 MW 0 331 Jun Pes -3500 MW 0 155 Jun Pes +4000 MW 0 415 Também ocorrem sobrecargas nestes circuitos quando da perda da LT 525 kV Salto Caxias – Salto Santiago, que variam conforme a geração da UHE Salto Caxias, que nesta contingência tende a escoar totalmente pelo transformador da SE Cascavel Oeste e pela rede de 230 kV associada. Com geração de 1.200 MW nesta hidrelétrica, a sobrecarga atinge 75% em junho de 2005. A entrada em operação da LT 525 kV Cascavel Oeste – Ivaiporã, atualmente em fase de licitação, eliminará as sobrecargas entre Cascavel ONS PAR 2004-2006 112 / 530 Oeste e Cascavel para esta indisponibilidade. Antes dessa ampliação será requerida a atuação de esquema de alívio de geração na UHE Caxias. Na compatibilização do PAR 2003-2005 com o PDET 2002-2006 foi proposta a recapacitação para 350 MVA das duas linhas entre Cascavel e Cascavel Oeste. Entretanto, o recente cancelamento do programa de expansão térmica no Mato Grosso do Sul teve impacto marcante na distribuição de fluxos na rede de 230 kV do Oeste do Paraná. Pela tabela anterior pode-se concluir que a recapacitação para 350 MVA não resolverá as sobrecargas na perda de um dos circuitos Cascavel Oeste – Cascavel, o que é atendido com o lançamento do terceiro circuito de 230 kV entre Cascavel Oeste e Cascavel. A perda da LT 525 kV Salto Caxias - Salto Santiago provoca sobrecargas nesta linha mesmo com o terceiro circuito, o que será resolvido com a entrada da LT 525 kV Cascavel Oeste – Ivaiporã, atualmente em processo de licitação. Antes dessa ampliação será requerida a atuação de esquema de alívio de geração na UHE Caxias. Portanto não se caracteriza a necessidade da recapacitação anteriormente proposta, bastando o lançamento do terceiro circuito. Sobrecarga na LT 230 kV Cascavel Oeste – Salto Osório A perda da LT 525 kV Cascavel Oeste – Salto Caxias provoca sobrecarga na LT 230 kV Cascavel Oeste – Salto Osório, no patamar de carga média de verão. A sobrecarga esperada é de 23% em 2005, com intercâmbio Sul – Sudeste de 3.000 MW. Este problema deixa de existir com a entrada do segundo transformador de Cascavel e da LT 525 kV Cascavel Oeste – Ivaiporã. Antes dessas obras será requerida a atuação de esquema de alívio de geração na UHE Caxias. Sobrecarga nas linhas de 230 kV Cascavel Oeste – Guaíra e Guaíra – Dourados A análise de desempenho destas linhas está documentada no item 3.5.3, referente ao Mato Grosso do Sul, devido à sua vinculação ao atendimento daquela área. Sobrecarga nas LT 230 kV Londrina – Ibiporã e LT 230 kV Londrina (Eletrosul) – Londrina (Copel) O fluxo na LT 230 kV Londrina (E) – Londrina (C) na perda da LT 230 kV Londrina – Ibiporã é de 413 MVA, no patamar de carga pesada de inverno de 2004 e intercâmbio Sul – Sudeste de 3.400 MW. Nas mesmas condições, a perda da Londrina (E) – Londrina (C) provoca fluxo de 337 MVA na linha Londrina – Ibiporã. O limite de transmissão da Londrina (E) – Londrina (C) é de 319 MVA, determinado por bobina de bloqueio no terminal Londrina; o limite declarado no CPST para a LT 230 kV Londrina – Ibiporã é de 227 MVA ONS PAR 2004-2006 113 / 530 e a limitação física neste patamar de carga é definida por transformador de corrente na SE Ibiporã, de 310 MVA. A indisponibilidade da LT 230 kV Apucarana – Londrina, na carga pesada de inverno de 2004, com intercâmbio Sul – Sudeste de 3.500 MW, causa carregamentos de 257 MVA na Londrina – Ibiporã e de 343 MVA na Londrina (E) – Londrina (C). O lançamento do segundo circuito da linha de circuito duplo entre Londrina e Ibiporã, em análise pela Aneel, estimado nesta análise para 2005, elimina as violações na Rede Básica para as contingências acima mencionadas. Sobrecarga na LT 230 kV Maringá – Londrina Mesmo depois do seccionamento da LT 230 kV Maringá – Assis em Londrina (E), persiste sobrecarga de 9% em 2005 e 17% em 2006 nessa linha na indisponibilidade da LT 230 kV Apucarana – Londrina, na carga pesada de inverno, para intercâmbio Sudeste – Sul de 4.000MW. Sobrecarga na LT 230 kV Apucarana – Sarandi (após seccionamento da LT 230 kV Apucarana – Maringá) Ocorre sobrecarga de 7% em 2006 neste trecho de linha, na indisponibilidade da LT 230 kV Maringá – Londrina (após seccionamento da LT 230 kV Maringá – Assis), na condição de intercâmbio Sudeste – Sul de 4.000 MW e patamar de carga pesada de inverno. Sobrecarga na LT 230 kV Chavante – Figueira Ocorre sobrecarga de 3% nesta linha em 2005 na indisponibilidade da LT 230 kV Apucarana – Figueira, na condição de intercâmbio Sudeste – Sul de 4.000 MW e patamar de carga média de verão. Nesses três casos, considerando o montante de sobrecarga observada, essa questão deverá ser acompanhada para posterior avaliação da necessidade de implantação de reforços. Sobrecarga na LT 230 kV Londrina – Apucarana Constata-se a violação da capacidade operativa na LT 230 kV Londrina – Apucarana em condição normal de operação, no cenário de intercâmbio Sudeste – Sul de 4.000 MW. No patamar de carga pesada de inverno os fluxos simulados são de 370 MVA em 2004, 327 MVA em 2005 e 363 MVA em 2006. O limite declarado no CPST para esta linha é de 325 MVA, enquanto o limite operativo neste patamar de carga é de 390 MVA, determinado pelo transformador de corrente no terminal de Apucarana. Nas mesmas condições de intercâmbio e carga, contingências como a perda das linhas Maringá – Assis, Londrina (Eletrosul) – Londrina (Copel) ou Londrina – Ibiporã aumentam o fluxo na LT 230 kV Londrina – Apucarana, ONS PAR 2004-2006 114 / 530 que chega a valores acima de 390 MVA. A contingência mais severa é a perda da LT 230 kV Maringá – Assis, a ser seccionada para a SE Londrina 230 kV em 2005, que resulta em carregamentos de 423 MVA em 2004, 413 MVA em 2005 e 455 MVA em 2006. Na carga média de verão e intercâmbio Sudeste – Sul de 4.000 MW, a indisponibilidade da LT 230 kV Figueira – Chavante provoca carregamentos na LT 230 kV Londrina – Apucarana de 347 MVA em 2005 e de 377 MVA em 2006. A perda da LT 230 kV Bateias – Jaguariaíva provoca fluxos de 338 MVA nesta linha em 2006. Neste patamar de carga, o limite determinado por condutor é de 325 MVA. Essas elevadas solicitações associadas direta ou indiretamente à LT 230 kV Apucarana – Londrina demonstram a necessidade de expansão da Rede Básica do norte do Paraná para solução do problema. A alternativa apontada pelo planejamento consiste no lançamento de uma linha de 230 kV entre a SE Londrina (Eletrosul) e a nova subestação de Sarandi, para a qual a Copel-D acaba de solicitar acesso à Rede Básica. Esta solução não se mostrou inteiramente satisfatória para resolver o problema citado na presente análise. Conforme informado pela Copel-T, essa alternativa deverá ser revista, tendo em vista que nos estudos que a definiram estava associada a integração da UHE São Jerônimo, cuja data de implantação está indefinida, devido a problemas ambientais. Sobrecarga na LT 230 kV Umbará – Uberaba A maior parte das linhas de 230 kV que atendem à Região Metropolitana de Curitiba apresenta carregamentos elevados em condição normal e mesmo sobrecarga em contingência, dependendo do despacho da UHE Governador Parigot de Souza, das condições de intercâmbio regional e do nível de geração da UTE Araucária. A tabela 3.3.4-3 mostra os carregamentos num dos circuitos da linha de circuito duplo existente entre a SE Umbará e a SE Uberaba, quando da perda do circuito paralelo, para intercâmbio de 3.500 MW do Sul para o Sudeste e 4.000 MW no sentido oposto, com despacho variável na UHE G. Parigot de Souza e na UTE Araucária. Para despachos reduzidos na UHE Gov. Parigot de Souza verifica-se a ultrapassagem sistemática do limite de carregamento contínuo, de 298,9 MVA, para o qual esta linha foi recapacitada recentemente pela Copel-T, e mesmo a ultrapassagem do limite de curta duração, de 343 MVA. A solução para este problema, consiste na construção de uma linha de 230 kV de 31 km entre a SE Gralha Azul e a SE D.I.S.José dos Pinhais. ONS PAR 2004-2006 115 / 530 Tabela 3.3.4-3 – Fluxos na LT 230 kV Umbará – Uberaba na perda do circuito paralelo INTERCAMBIO ANO 2004 2005 2006 UTE Araucária 470 MW 0 470 MW 0 470 MW 0 Sul =>Sudeste UHE GPS 194 MW 80 MW 20 MW 254 298 322 251 294 319 272 311 338 268 306 333 293 326 352 288 322 348 Sudeste=>Sul UHE GPS 194 MW 80 MW 20 MW 253 282 300 250 279 298 257 295 321 253 291 309 287 319 337 283 314 333 Sobrecarga na LT 230 kV Pilarzinho – Campo Comprido A tabela 3.3.4-4 mostra os carregamentos em condição normal de operação na linha de 230 kV de circuito simples existente entre a SE Campo Comprido e a SE Pilarzinho, considerando a atual configuração do anel de 230 kV de Curitiba. Constata-se a ultrapassagem do valor de 276 MVA, limite de carregamento contínuo para o qual esta linha foi recapacitada, para despachos da UTE Parigot de Souza abaixo de 80 MW. Tabela 3.3.4-4 - Fluxos na LT 230 kV Campo Comprido – Pilarzinho em condição normal- configuração atual INTERCAMBIO Sul =>Sudeste UHE GPS UTE 80 MW 20 MW ANO Araucária 194 MW 470 MW 182 231 259 2004 0 186 242 276 470 MW 237 289 325 2005 0 243 295 331 470 MW 231 285 316 0 237 291 322 2006 Sudeste=>Sul UHE GPS 194 MW 80 MW 20 MW 221 260 286 224 264 290 254 306 344 260 319 353 267 317 346 273 323 352 Estas sobrecargas se agravam ao serem simuladas contingências nas linhas de 230 kV do anel de Curitiba e persistem mesmo quando considerada a implantação das novas expansões propostas pelo CCPE para a Região Metropolitana, como a LT 230 kV Gralha Azul - D.I. São José dos Pinhais e a LT 230 kV D.I. São José dos Pinhais - Santa Mônica, como mostra a tabela seguinte. ONS PAR 2004-2006 116 / 530 Tabela 3.3.4-5 Fluxos na LT 230 kV Campo Comprido – Pilarzinho com expansões no anel de Curitiba INTERCAMBIO UTE Araucária Condição 470 MW 0 Normal 470 MW 0 Contingência Sul =>Sudeste UHE GPS 194 MW 80 MW 20 MW 177 211 229 193 227 246 202 242 265 221 260 282 Sudeste=>Sul UHE GPS 194 MW 80 MW 20 MW 223 254 272 239 270 288 249 285 306 266 302 306 A solução indicada pelo planejamento, que é o recondutoramento desta linha, atualmente em detalhamento pela área de engenharia da Copel –T, deve ser equacionada levando em conta os riscos operativos associados à intervenção numa instalação constantemente solicitada. Pelos carregamentos observados nas simulações, prevêem-se grandes dificuldades para viabilizar o desligamento da LT 230 kV Campo Comprido – Pilarzinho de modo a efetuar a troca do condutor. Sobrecarga na LT 230 kV Uberaba – Gov. Parigot de Souza Na condição de despacho reduzido da UHE Parigot de Souza verificam-se carregamentos elevados na linha citada, no patamar de carga média, quando da perda da LT 230 kV Campo Comprido - Pilarzinho, a partir de junho de 2005, depois da entrada da nova SE Santa Mônica, para a qual a Copel-D solicitou acesso neste ciclo do PAR, chegando à ultrapassagem da capacidade operativa no verão de 2006. Esta situação deve se agravar com a entrada em operação da SE Posto Fiscal 230/138 kV, que será conectada à Rede Básica por seccionamento da LT 230 kV Uberaba - Gov.Parigot de Souza, para atendimento às cargas do litoral do Paraná. A implantação da LT 230 kV São José dos Pinhais - Santa Mônica, proposta neste PAR, resolve este problema, possibilitando um caminho alternativo para o escoamento de fluxo para SE Santa Mônica, nesta contingência. Sobrecarga na LT 230 kV Bateias – Campo Comprido (C3) Este circuito está limitado em 175 MVA e opera no mesmo disjuntor do circuito C1, conforme informação da Copel. Os circuitos 1 e 2 têm capacidade de 328 MVA. Na carga pesada de inverno e intercâmbio Sudeste – Sul de 4.000 MW, são esperados fluxos de 178 MVA em 2005, para geração de 469 MW na UTE Araucária, e de 220 MVA para geração nula nesta térmica. Em 2006, o fluxo é de 214 MVA para despacho nulo de Araucária. A indisponibilidade do circuito C2 provoca fluxos de 220 MVA em 2004, 305 MVA em 2005 e 295 MVA em 2006, com geração nula em Araucária, ou de 244 MVA em 2005 e de 234 em 2006, com geração de 469 MW. ONS PAR 2004-2006 117 / 530 A recapacitação do circuito C3 para 325 MVA (80°C), visando equilibrar as capacidades dos três circuitos, e a individualização dos circuitos 1 e 3, com instalação de disjuntores nas subestações terminais, são as obras indicadas para solucionar os problemas acima mencionados. Entretanto, a perda da LT 525 kV Bateias – Curitiba, que se constitui em caminho de fluxo paralelo a esta rede de 230 kV, ainda provocará sobrecargas acima do limite a ser recapacitado (325 MVA). Para geração de 469 MW em Araucária, o fluxo esperado em 2004 é de 267 MVA no circuito C3; em 2005, é de 360 MVA nos circuitos 1 e 2 e de 331 MVA no C3; em 2006, de 288 MVA no C3. Para geração nula, o fluxo esperado em 2004 é de 348 MVA nos circuitos 1 e 2 e 320 MVA no circuito C3; em 2005, é de 424 MVA nos circuitos 1 e 2 e de 391 MVA no C3; em 2006, de 380 MVA nos circuitos 1 e 2 e 350 MVA no C3.Os problemas decorrentes da perda da LT 525 kV Bateias – Curitiba carecem de solução estrutural, a ser estabelecida a partir de estudos de planejamento de longo prazo desenvolvidos pelo CCPE. d) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN São relacionadas na tabela seguinte contingências duplas, simuladas no verão de 2005, que levaram a violações de limites de capacidade de linhas e transformadores, violações de tensão ou corte de carga, no atendimento à Região Metropolitana de Curitiba. Observa-se que o atendimento a Curitiba é bastante dependente das linhas que derivam da SE Umbará. Tabela 3.3.4-6 Contingências duplas mais severas no atendimento a Curitiba CONTINGÊNCIAS VIOLAÇÕES LTs 230 kV C. do Assobio – D.S.J. dos Pi- Sobrecarga de 28% na linha 230 kV Campo Comprido – nhais e Umbará – Uberaba Pilarzinho, sendo necessário corte de carga de 90 MW na região de Curitiba LTs 230 kV Umbará – Campo do Assobio e Sobrecarga de 43% na LT 230 kV Umbará – Uberaba Campo Comprido – Pilarzinho, sendo necessário corte de carga de 280 MW para eliminar as sobrecargas e restaurar as tensões LTs 230 kV D.S.José dos Pinhais – Uberaba e Sobrecarga de 24% na LT 230 kV Umbará – Uberaba Campo Comprido – Pilarzinho, exigindo corte de carga de 80 MW na região de Pilarzinho e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID A tabela 3.2.3 sinaliza problemas de superação da capacidade de disjuntores na subestação Campo Comprido 230 kV. Estudos detalhados deverão confirmar o diagnóstico e detalhar as medidas a serem adotadas. Foram ONS PAR 2004-2006 118 / 530 identificados, ainda, potenciais problemas de superação de disjuntores fora da Rede Básica nas SEs Campo Comprido, Cascavel, Pilarzinho, Uberaba e Umbará. Providências Necessárias a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel) Tabela 3.3.4-7 – Principais Obras propostas para o Paraná ainda sem concessão DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS DATA DE NECESSIDADE LT 230 kV Londrina – Ibiporã, circuito duplo, lançamento do 2º circuito, 20,3 km Necessária atualmente LT 230 kV Maringá – Assis, seccionamento em Londrina da Eletrosul, circuito duplo, 2x23 km Necessária atualmente LT 230 kV Bateias – Campo Comprido C3, 17,8 km, circuito simples, recapacitação Necessária atualmente SE Bateias Necessária atualmente Entrada de linha do circuito C3 para Campo Comprido SE Campo Comprido Necessária atualmente Entrada de linha do circuito C3 para Bateias SE Umbará: entrada de linha para SE Gralha Azul LT 230 kV Cascavel – Cascavel lançamento do 2º circuito, 11,3 km ONS duplo, JUN/2004 LT 230 kV Cascavel Oeste – Guaíra, recapacitação dos trechos em 636 MCM JUN/2004 LT 230 kV Gralha Azul – D.I.São José dos Pinhais, 31 km, circuito duplo, lançamento do primeiro circuito JUN/2004 LT 230 kV Maringá – Apucarana, seccionamento para SE Sarandi, 0,8 km, circuito duplo FEV/2005 SE Sarandi: setor de 230 kV FEV/2005 LT 230 kV Pilarzinho – Parigot de Souza, seccionamento para SE Santa Mônica, 9 km, circuito duplo FEV/2005 SE Santa Mônica: setor de 230 kV FEV/2005 PAR 2004-2006 Oeste, circuito Necessária atualmente 119 / 530 DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS DATA DE NECESSIDADE LT 230 kV Campo Comprido-Pilarzinho, 17,7 km circuito simples recondutoramento MAI/2005 LT 230 kV D.I.São José dos Pinhais – Santa Mônica, 25 km, circuito duplo, lançamento do primeiro circuito JUN/2005 LT 230 kV Cascavel Oeste – Foz do Iguaçu Norte, 120 km, circuito simples DEZ/2005 SE Foz do Iguaçu Norte: setor de 230 kV DEZ/2005 b) Desenvolver Ações Complementares Detalhar análise de viabilidade técnica da solução para aumento da capacidade operativa da LT 230 kV Campo Comprido – Pilarzinho (Copel-T). Realizar avaliação específica da eliminação de restrições por equipamentos terminais nas seguintes linhas: LT 230 kV Londrina – Apucarana; LT 230 kV Londrina – Ibiporã (Copel-T); Avaliar necessidade de compensação capacitiva no secundário da SE Santa Mônica quando da elaboração do Parecer de Acesso desta nova subestação (ONS/Copel-D). Detalhar o atendimento à SE Sarandi através do circuito Londrina – Sarandi quando da elaboração do Parecer de Acesso desta subestação (ONS/CopelD) c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas no item 6.3 ONS PAR 2004-2006 120 / 530 ONS PAR 2004-2006 121 / 530 ONS PAR 2004-2006 122 / 530 3.4 3.4.1 Região Sudeste Área Rio de Janeiro/Espírito Santo Descrição do Sistema O sistema de transmissão que atende à área Rio de Janeiro e Espírito Santo é constituído por dois troncos principais, um formado por dois circuitos de 345 kV e outro com tensão de 500 kV com quatro circuitos. O sistema de 345 kV chega à subestação de Adrianópolis de onde segue para Jacarepaguá e Campos e daí para Vitória. O sistema de 500 kV deriva da subestação de Cachoeira Paulista, sendo que um dos três circuitos parte para a subestação Angra dos Reis no litoral sul. Do complexo nuclear derivam dois circuitos de 500 kV que se dirigem às subestações terminais de Grajaú e São José. A partir de Cachoeira Paulista seguem dois circuitos de 500 kV para a subestação de Adrianópolis localizada na baixada fluminense, que se interliga por outros dois circuitos a São José e Grajaú. A partir dessas subestações se realiza a distribuição de energia aos centros de carga. O sistema de 345 kV interliga esta área com as usinas do rio Grande, enquanto o de 500 kV, por onde transita cerca de 75% da potência transmitida à área, interligase com o sistema de escoamento da usina de Itaipu 60 Hz e com o sistema em 500 kV derivado da usina de Marimbondo. Existem ainda duas linhas de transmissão de 230 kV, circuito simples, que interligam as áreas SP e RJ/ES sendo que uma delas atravessa o Vale do Paraíba do Sul e se conecta a subestação de Nilo Peçanha e outra que interliga as áreas MG e RJ/ES através de ligação entre as SEs Mascarenhas e Governador Valadares. A importação de energia elétrica pela área RJ/ES por meio dos troncos de transmissão mencionados é variável em função do despacho das usinas nela localizadas e pode, para diversas condições de carga e geração, se situar na faixa de 2.500 até 5.000 MW no caso de despacho nulo nas usinas térmicas à óleo e gás. Entretanto, parcela significativa desse mercado pode ser atendida pela geração localizada na própria área que é constituída por usinas hidrelétricas, com cerca de 1.387 MW de capacidade, e por usinas térmicas a óleo, gás e nuclear da ordem de 4.114 MW previstos até 2004. O sistema de 345 kV com dois circuitos derivados da SE Adrianópolis passa pelas SEs Macaé e Campos e chega à SE Vitória onde há transformação para 138 kV, alimentando a distribuição de energia ao centro de carga local. Em Campos há transformação para 138 kV para atendimento às cargas locais e do sul do Espírito Santo. ONS PAR 2004-2006 123 / 530 Evolução da Geração e do Mercado A tabela 3.4.1-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda máxima anual na área Rio de Janeiro/Espírito Santo no horizonte deste PAR. Tabela 3.4.1-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Rio de Janeiro e Espírito Santo Atual 2004 2005 2006 1.126 1.126 1.126 Capacidade Instalada no RJ (MW) UHE 1.126 UTE 4.114 Capacidade Instalada no ES (MW) UHE 261 261 261 261 UTE - - - - Área RJ/ES (MW) Total 5.501 7.251 7.769 7.769 Demanda Máxima e crescimento Anual (MW) RJ 5.958 6.210 6.448 6.648 ES 1.257 1.291 1.309 1.341 Total 7.215 7.348 7.617 7.848 --- 1,8 3,6 3,0 (%) 5.864 (1) 6.382 (2) 6.382 Nota: novas usinas térmicas (1) N. Fluminense (772 MW) e Termorio (978 MW); (2) Paracambi (518 MW) Sumário das Condições de Atendimento Até início de 2005, espera-se que todos empreendimentos de geração com Contratos de Uso do Sistema de Transmissão assinados junto ao ONS estejam concluídos, desta forma está previsto o acréscimo ao sistema de cerca de 2.268 MW. O desempenho do sistema de transmissão é influenciado diretamente pelo despacho de geração dessas usinas que poderá variar consideravelmente e, com isso, proporcionar diferentes condições de operação dos sistemas de transmissão. Em condições normais de operação, não são visualizados problemas para a operação Rede Básica da Área RJ/ES. Entretanto, para algumas condições de despacho, foram observadas sobrecargas em condições normais de operação em transformadores de fronteira entre a Rede Básica e de Distribuição. ONS PAR 2004-2006 124 / 530 a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica para contingências simples no horizonte estudado. b) Problemas relacionados ao controle de tensão Elevado perfil de tensão nas linhas de 500 kV e 345 kV que convergem para o Rio de Janeiro. Com a implantação de novas usinas térmicas na área Rio de Janeiro, os sistemas de transmissão em 500 kV e 345 kV tendem a operar com carregamentos mais baixos, acarretando aumento do perfil de tensão nesses sistemas, inclusive na condição de carga pesada, podendo levar à superação dos valores máximos admissíveis e ao esgotamento da capacidade de absorção de potência reativa das usinas da área. O impacto das usinas térmicas na área Rio de Janeiro é mais acentuado que nas demais áreas do sistema em razão de sua localização, havendo, contudo, reflexos nas áreas Minas Gerais e São Paulo. Contribuem também para essa condição a implantação das obras referentes ao 3º circuito da LT 500 kV Cachoeira Paulista - Adrianópolis, o 2º circuito da LT 500 kV Tijuco Preto - Cachoeira Paulista e a LT 500 kV Itumbiara - Marimbondo. Neste contexto e também com respeito aos estudos e procedimentos de recomposição do sistema, este PAR reforça a necessidade de instalação de reatores nos troncos em 345 kV e 500 kV que atendem à área Rio de Janeiro e Espírito Santo: SE Campinas - reator manobrável de barra de 136 Mvar – 500 kV em substituição ao existente de 73 Mvar,.SE Marimbondo – reator manobrável de barra de 100 Mvar – 500 kV, SE Itutinga – reator manobrável de barra de 60 Mvar – 345 kV e SE Angra – reator manobrável de barra de 136 Mvar – 500 kV. Baixo perfil de tensão em Vitória 345 kV A entrada em operação das usinas térmicas Macaé Merchant e ainda em 2003 da UTE Norte Fluminense reforçam o controle de tensão no tronco de 345 kV, principalmente na área de Campos, onde existe instalado um compensador estático para permitir, temporariamente, que fosse suportada a contingência de um dos circuitos de 345 kV Adrianópolis – Campos. Com a implantação dessas obras e principalmente após a instalação da LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória, esse CE poderá ser transferido para a SE Vitória que passa a apresentar níveis mínimos de tensão na contingência de um circuito 345 kV Campos – Vitória. Na contingência de um dos circuitos da LT 345 kV Campos – Vitória observam-se tensões que podem chegar a 94% em 2004 e 91% em 2006, em Vitória 345 kV, para a carga prevista e com todos os recursos de compensação disponíveis utilizados. A operação desse ONS PAR 2004-2006 125 / 530 compensador estático em Vitória, cuja transferência está em análise pela Aneel, propicia um desempenho satisfatório (tensões de 1.0 p.u) para essa contingência. Observa-se, entretanto, que os bancos de capacitores de 120 Mvar/345 kV, que foram instalados juntamente com o CE, devem ser mantidos na subestação de Campos. Deve-se ressaltar que, na ponta do sistema da área Espírito Santo em 2004 e no período que antecede à instalação da LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória, podem ocorrer restrições à capacidade de atendimento a essa área quando de contingências no eixo 345 kV Campos-Vitória. Observa-se que despachos de geração térmica nas usinas ligadas à SE Macaé melhoram o desempenho da rede, mas não a ponto de eliminar os problemas operativos verificados. Com relação à futura LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória é importante ressaltar as condições verificadas quando da rejeição de um de seus terminais. Nesses casos, foram observadas tensões sustentadas no terminal em vazio superiores aos limites estabelecidos de 110% (379,5 kV) da tensão nominal. Ressalta-se que o sistema existente do lado de Ouro Preto possui recursos limitados para reduzir essas tensões ao patamar satisfatório, que permita o fechamento do terminal aberto dentro das condições estabelecidas para os equipamentos de manobra. Desse modo, reforça-se neste PAR a necessidade da inserção de reatores manobráveis em ambos os terminais dessa linha de transmissão, de valor igual a 60 Mvar/ 345 kV, atualmente em análise pela Aneel. c) Problemas relacionados equipamentos. a sobrecarga em linhas de transmissão e Nos cenários de despacho reduzido de geração das usinas térmicas presentes nessa área, a contingência na LT 500 kV Tijuco Preto – Cachoeira Paulista pode provocar carregamento elevado acima da capacidade operativa da LT 500 kV Tijuco Preto – Taubaté. A medida operativa adotada nesse caso é a elevação de despachos de geração térmica e/ou a redução do recebimento Sudeste. A entrada em operação do 2º circuito Tijuco Preto Cachoeira Paulista, já licitada e prevista para dezembro de 2004, elimina esse problema. A contingência de um dos circuitos do tronco de 345 kV Macaé – Campos apresenta fluxos elevados no circuito restante antes da entrada em operação da LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória. Esses fluxos são agravados a partir da operação conjunta das usinas térmicas Macaé Merchant e Norte Fluminense quando despachadas. A presença dessa LT reduz esses fluxos que, entretanto podem permanecer acima do limite operativo (limite de regime contínuo) para despachos de geração acima de aproximadamente 20% (300 MW) nessas usinas. A implantação da LT 345 kV Macaé – Campos C3, proposta neste PAR, elimina essa restrição. ONS PAR 2004-2006 126 / 530 d) Problemas relacionados perda do único circuito ou do único transformador Nada a registrar. e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID Observa-se superação da capacidade de interrupção de corrente máxima de curto-circuito de disjuntores nos sistemas de 138 e 345 kV decorrente da entrada em operação de usinas térmicas no Estado do Rio de Janeiro. Além de medidas necessárias na Rede de Distribuição, é necessário implementar o “bypass” de um dos circuitos da LT 500 kV Cachoeira Paulista – Adrianópolis para engate na LT 500 kV Adrianópolis – Grajaú, formando a nova LT 500 kV Cachoeira Paulista – Grajaú. Associado à formação desta linha em 500 kV, deverá ser instalado um reator manobrável na LT Cachoeira Paulista – Grajaú – 136 Mvar/500 kV. A tabela 3.2.3 sinaliza problemas de superação da capacidade de disjuntores na subestação de Adrianópolis 345 kV. Estudos detalhados deverão confirmar o diagnóstico e detalhar as medidas a serem adotadas. Foram identificados, ainda, potenciais problemas de superação de disjuntores fora da Rede Básica nas SEs Campos, Jacarepaguá e Pitanga. f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN Para todos os casos analisados o sistema apresenta-se estável. A abertura das LT`s 345 kV Campos – Vitória C1 e C2 implica em corte de carga para controle de tensão e carregamento no sistema de Distribuição da Escelsa. As contingências envolvendo as LT`s 500 kV entre Cachoeira Paulista, Adrianópolis, Angra, Grajaú e São José, com destaque para a contingência envolvendo a perda simultânea das LT`s 500kV Cachoeira Paulista – Grajaú e Angra – Grajaú, implicam em necessidade de corte de carga no sistema de Distribuição da Light para controle de carregamentos e de tensão no mesmo. A abertura das LT`s 345 kV Macaé – Campos C1 e C2 implica na necessidade de corte de carga, para controle de tensão, no sistema da Cerj a partir de sua barra de 138 kV na SE Rocha Leão. g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição Nos diversos cenários analisados no período 2004-2006, observa-se que a transformação de Vitória 345/138 kV (4X225 MVA) encontra-se bastante solicitada já em regime normal de operação, com carregamento em torno do nominal e estando em operação a LT 345 kV Ouro Preto - Vitória e a UHE Aimorés. Para ano de 2004, cabe ressaltar que devido ao atraso no início das obras da LT 345 kV Ouro Preto – Vitória, a usina de Aimorés deverá entrar em ONS PAR 2004-2006 127 / 530 operação antes desse empreendimento, configurando uma situação mais favorável para o carregamento da transformação da SE Vitória. A Escelsa informou a intenção de alterar o defasamento do transformador da SE Mascarenhas quando da entrada em operação da LT 345 kV Ouro Preto – Vitória, mudança essa que tem influência sobre o carregamento da transformação da SE Vitória. Com o defasamento atual de 30º, a perda de um dos transformadores da SE Vitória pode sobrecarregar as demais unidades em cerca de 33%. Com defasamento zero (0º elétricos) a sobrecarga mencionada cai para 15%. A solução de referência de planejamento e indicada pela distribuidora Escelsa para esse problema é a implantação da SE Areinha 345/138 kV, prevista quando da elaboração do PAR 2003-2005 para junho de 2005, mas que pode vir a ser adiada para 2006, por decisão da distribuidora, tendo em conta as condições de mercado e de sistema previstas (vide tabela 3.4.1.4). Ressalta-se que a mudança da defasagem de Mascarenhas para 0º elevaria os carregamentos das linhas de 230 kV da área leste de Minas Gerais para emergências nessa área, implicando em riscos de corte de carga quando da perda de linhas de 500 kV no eixo Neves - Vespasiano – Mesquita e para cenários de baixa hidraulicidade das usinas existentes nessa área, conforme mostrado na tabela 3.4.2-18. Desta forma, a partir da entrada em operação da LT 345 kV Ouro Preto – Vitória, terá que ser implementada uma solução que evite sobrecarga em condições normais na transformação da SE Vitória, resultante de alterações estruturais que aconteceram no sistema. Os dois circuitos de 138 kV Campos - Cachoeiro do Itapemirim operam com elevado carregamento, entretanto sem superação do limite normal de 141 MVA. Nas situações de contingência de um desses circuitos, ou na contingência de um dos circuitos de 345 kV entre Campos e Vitória, esse carregamento pode chegar a cerca de 86% se for considerado o limite de 166 MVA para emergências, o qual consta do estudo CCPE/CTET/047/2002 – Estudo da Expansão do Sistema de Transmissão da Região Sudeste de dezembro/2002. Considerando-se os limites adotados, nos diversos cenários analisados no período 2004-2006 verifica-se que a LT 138 kV São José – Magé apresenta carregamento elevado, podendo superar o limite normal de 146 MVA para cenários de geração térmica elevada na usina Termorio e reduzido nas usinas Macaé Merchant e Norte Fluminense. Essa condição é agravada em situações de contingências se for desconsiderado o limite de emergência. A transformação de Jacarepaguá 345/138 kV - 4x225 MVA pode apresentar carregamento da ordem de 112%, para cenários de geração térmica reduzida nas usinas Eletrobolt, Santa Cruz e Termorio e elevado nas usinas ONS PAR 2004-2006 128 / 530 Macaé Merchant e N. Fluminense para a contingência da LT 500 kV Cachoeira Paulista – Grajaú ou em um de seus bancos de transformadores. Para limitar a solicitação de curto circuito, a partir da 7ª máquina da UTE Termorio, deverão ser seccionados os barramentos de 138 kV das subestações de São José. h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico São abordadas a seguir as condições de desempenho do sistema de transmissão da área diretamente relacionadas à operação das usinas térmicas. Neste aspecto cabe distinguir eventuais limitações da rede de transmissão que imponham condicionantes ao despacho pleno das usinas (tratados sob o titulo de Despacho Máximo) daquelas restrições elétricas que impeçam a minimização do despacho térmico e, por conseqüência, a otimização energética do sistema (Despacho Mínimo). Despacho Mínimo Até a entrada em operação da LT 500 kV Tijuco Preto – Cachoeira Paulista, C2, já licitada pela Aneel, poderá ser necessário despachar usinas térmicas na área para evitar carregamento acima da capacidade operativa da LT 500 kV Tijuco Preto – Taubaté, quando da contingência da LT 500 kV Tijuco Preto – Cachoeira Paulista existente e com elevados recebimentos pelo Sudeste. No período que antecede a energização da LT 345 kV Ouro Preto – Vitória e a substituição dos equipamentos terminais nos circuitos em 345 kV entre Adrianópolis e Campos, poderá ser necessário despachar as UTEs Macaé Merchant e/ou Norte Fluminense para evitar sobrecarga em linhas de transmissão quando de contingências simples. Após a entrada em operação da LT 500 kV Tijuco Preto – Cachoeira Paulista C2, LT 345 kV Ouro Preto – Vitória, além da LT 500 kV Cachoeira Paulista – Adrianópolis C3 e da substituição dos equipamentos terminais no eixo em 345 kV Adrianópolis – Campos, não será necessário despachar térmicas para resolver problemas elétricos decorrentes de contingências simples. Despacho Máximo Até a entrada em operação da LT 345 kV Macaé – Campos C3, a geração nas UTEs Macaé Merchant e Norte Fluminense poderá ficar limitada para evitar que, no caso de indisponibilidade de linha entre Macaé e Campos, o circuito remanescente entre em sobrecarga. Com a implantação do 3o circuito entre Macaé e Campos, não haverá restrição ao despacho pleno de usinas termelétricas na área. ONS PAR 2004-2006 129 / 530 Providências Necessárias a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel) Tabela 3.4.1-2 – Principais Obras propostas para o Sistema Regional Sudeste ainda sem concessão DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS DATA DE NECESSIDADE LT 345 kV Adrianópolis – Campos: troca de TC, filtro de ondas e chaves seccionadoras na SE Adrianópolis e filtro de ondas na SE Campos Necessária atualmente SE Angra: reator manobrável de barra de 136 Mvar / 500 kV Necessária atualmente SE Adrianópolis Necessária atualmente instalação de disjuntores nos barramentos de 500 kV para aumentar a confiabilidade do arranjo em anel reator manobrável na LT 500 kV Cachoeira Paulista– Grajaú – 136 Mvar “bypass” em Adrianópolis de um dos circuitos da LT Cachoeira Paulista – Adrianópolis para engate na LT Adrianópolis – Grajaú, formando a LT Cachoeira Paulista – Grajaú seccionar a barra A e instalar um novo vão de disjuntor completo (345 kV) seccionar a barra B através de instalação de chave seccionadora e proteção de barras adaptativas (345 kV) ONS SE Cachoeira Paulista: reator manobrável na linha para Adrianópolis (Grajaú) e chaveável na linha para Angra – 136 Mvar / 500 kV (associada ao by-pass em Adrianópolis para formar a LT Cachoeira Paulista – Grajaú) Necessária atualmente LT 230 kV Aimorés – Mascarenhas C2 (Associada à conexão da UHE Aimorés) FEV/2004 LT 345 kV Macaé – Campos C3, circuito simples, 90 km JUN/2004 PAR 2004-2006 130 / 530 DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS DATA DE NECESSIDADE SE Vitória reator manobrável na LT 345 kV Ouro Preto 2 - Vitória – 60 Mvar transferência do compensador estático de Campos para a SE Vitória (associada à instalação da UTE Norte Fluminense e da LT 345 kV Ouro Preto 2 -Vitória) AGO/2004 JUN/2005 b) Desenvolver Ações Complementares Viabilizar a implantação da SE Areinha 345/138 kV (Escelsa) c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas no item 6.3 ONS PAR 2004-2006 131 / 530 Descrição Complementar das Condições de Desempenho no Período 20042006 a) Análise do carregamento do eixo 345 kV Adrianópolis – Macaé – Campos - Vitória As usinas térmicas de Macaé Merchant e Norte Fluminense poderão gerar juntas um total de até 1.630 MW. Essas duas usinas solicitaram acesso à Rede Básica no mesmo ponto – a SE Macaé 345 kV, que secciona os dois circuitos da LT 345 kV Adrianópolis - Campos. Para o ano 2004, estando a LT 345 kV O. Preto 2 – Vitória em operação e de acordo com o mercado previsto, verifica-se que o carregamento no tronco de 345 kV entre Macaé e Campos, durante as condições de carga pesada e média em condições normais de operação deverá variar de 360 MW, em situação de despacho nulo nas usinas térmicas supracitadas, até cerca de 640 MW, com essas usinas despachadas em 100% (1.630 MW) de suas capacidades, tendo sido considerada nesses casos duas máquinas em operação na usina de Aimorés. Na contingência de um desses circuitos, e a partir da instalação da LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória, verificam-se carregamentos na linha remanescente que dependem, fundamentalmente, do despacho de geração nessas usinas, com uma menor influência de cenários energéticos que envolvam o sistema Sudeste/Centro-Oeste. Para valores reduzidos de despacho nessas duas usinas, da ordem de 20%, ocorrem carregamentos em torno de 800 MVA, para despachos da ordem de 60% (980 MW), esses carregamentos atingem cerca de 1.000 MVA e para geração total das UTEs são atingidos valores em torno de 1.150 MVA, conforme gráfico 3.4.4-1 a seguir. Ressalta-se que o limite operativo (CPST) dessa instalação é de 766 MVA (valor de projeto, referente à longa duração sem restrição operativa em seus terminais). O valor limite considerado para carregamentos de emergência historicamente utilizado pela área de planejamento é de 1.132 MVA, conforme consta do estudo CCPE/CTET/047/2002 – Estudo da Expansão do Sistema de Transmissão da Região Sudeste de dezembro/2002. A tabela a seguir mostra os limites operativos de linhas de transmissão utilizados no tronco de 345 kV, desde a SE Adrianópolis até a SE Vitória. ONS PAR 2004-2006 132 / 530 Tabela 3.4.1-3 – Capacidade Operativa das LTs 345 kV Adrianópolis – Campos - Vitória Linha de Transmissão Condutor [kcmil] Capacidade Operativa [CPST] (A) (MVA) LT 345 kV Adrianópolis – Macaé c1, c2 2X954 1282 766 LT 345 kV Campos – Macaé c1, c2 2X954 1282 766 LT 345 kV Campos – Vitória c1, c2 2X954 1200 717 No gráfico abaixo se pode ainda observar o impacto da ausência da LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória no carregamento do circuito remanescente, que se eleva de 150 a 230 MW de acordo com o despacho das usinas térmicas citadas. Cabe ressaltar também que, estando em operação a LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória, foram observados, em contingência, carregamentos superiores a 1.100 MVA para cenários mais críticos de geração térmica e intercâmbio elevado na interligação Norte/Sul. Como exemplo, tem-se que, para o ano de 2006, com intercâmbio Norte/Sul em torno de 2.000 MW, sentido Norte, Recebimento pelo Sudeste em 9.000 MW, e as usinas térmicas da área Rio 100% despachadas, o fluxo no circuito restante pode atingir 1.240 MVA. Nas condições de operação estudadas verifica-se que para valores a partir de 80% da capacidade instalada nas usinas térmicas ligadas à SE Macaé, podese atingir o limite de 1.132 MVA na contingência de um circuito 345 kV, com –30º graus elétricos na SE Mascarenhas e, no caso de mudança na defasagem para 0º graus, este valor de carregamento no circuito remanescente seria atingido para valores a partir de 90% (ou 1.470 MW) de despacho nessas usinas térmicas. Conclui-se que os carregamentos elevados e próximos da capacidade de curta duração resultantes de contingência no eixo Macaé - Campos, no circuito remanescente, podem ser controlados por essa mesma geração e só deverão ocorrer para altos valores de despacho nessas usinas térmicas, a partir de 80% da Capacidade Instalada ONS PAR 2004-2006 133 / 530 Figura 3.4.1-1 – Carregamento no Circuito Remanescente 345 kV Macaé – Campos em caso de Contingências Fluxo circuito restante (MVA) Perda de um circuito da LT 345 kV Macaé-Campos N-S=1000 MW, sem Angra II 1300 1250 1200 1150 1100 1050 1000 950 900 850 800 750 700 N-S=1000 MW, sem Angra II e sem LT OP-VITÓRIA S-N=1500 MW,s/ Angra II S-N= 1500 MW, com Angra II 0 20 40 60 80 100 Geração Térmica UTEs Macaé e NorteFlu (%) (Gttotal= 1630 MW) Das condições analisadas de operação do tronco de 345 kV Adrianópolis – Macaé - Campos para o ano de 2004, com as usinas térmicas Macaé e Norte Fluminense constata-se o seguinte: em condições normais de operação, os fluxos observados neste troco de transmissão são da ordem de 360 a 640 MVA (este último no trecho Macaé – Campos) por circuito, inferiores à capacidade operativa de 766 MVA para regime contínuo nessas linhas de 345 kV, após a entrada em operação da LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória. No horizonte de 2006 não se vislumbra a possibilidade de superação desse limite operativo. Nos períodos que antecedem à entrada em serviço da LT Ouro Preto 2 – Vitória, os fluxos são mais elevados, mas permanecem abaixo dos limites, situando-se entre 500 MVA por circuito entre Adrianópolis e Macaé até 650 MW por circuito no trecho Macaé – Campos quando de despachos de geração térmica de 100%; em condições de emergência de circuitos de 345 kV, os fluxos observados são próximos ou superiores ao limite de 766 MVA e variam, significativamente, de acordo com o despacho nessas usinas. No trecho crítico entre Macaé e Campos o carregamento do circuito restante varia entre 650 MVA quando de despacho nulo de geração até cerca de 1.150 MVA para despacho de 100% nas térmicas, estando em operação a LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória; e no transcorrer de 2004, após a entrada da usina Norte Fluminense e antes da entrada dessa LT, cujo cronograma está atrasado, os fluxos no circuito ONS PAR 2004-2006 134 / 530 remanescente atingem valores elevados e podem ir de 900 a 1.240 MVA. Esses carregamentos elevados para contingência de circuitos de 345 kV deverão ser contornados com a atuação de ECE local existente em Macaé para corte de geração. Após a entrada da LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória, os fluxos acima observados na contingência simples de um dos circuitos de Macaé – Campos, se reduzem de 150 a 250 MVA e irão depender do despacho de geração nessas usinas térmicas, ou seja: para baixos despachos de geração entre zero e 60% (0 a 980 MW) será possível manter o carregamento do circuito restante abaixo de 1.000 MVA e para valores superiores a este de geração, o fluxo poderá atingir cerca de 1.150 MVA. b) Análise da transformação 230/138 kV da SE Mascarenhas A área leste de Minas Gerais é interligada à área RJ/ES pela LT 230 kV Governador Valadares – Conselheiro Pena – Mascarenhas. O fluxo nesta linha é limitado pela defasagem angular de -30º do transformador 230/138 kV da subestação de Mascarenhas, que propicia fluxos adequados nessa interligação, mesmo após a entrada da usina de Aimorés que deverá estar em operação (1ª unidade) a partir de novembro de 2003. Observa-se que essa usina deverá entrar em operação antes da LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória (invertendo-se a ordem anterior desses eventos), o que será benéfico para o controle do carregamento da transformação de Vitória 345/138 kV em condições normais de operação. A implantação e a integração ao sistema da UHE Aimorés requerem a execução de algumas obras já propostas, tais como: a recapacitação da LT 230 kV Governado Valadares – Conselheiro Pena – Aimorés e a duplicação da capacidade da transformação da SE Mascarenhas 230/138 kV – 150 MVA. Cabe ressaltar que a Escelsa, proprietária da SE Mascarenhas, está adquirindo um novo transformador de 300 MVA para essa subestação, capacitado para operar com defasamento angular de +/-30º e zero graus elétricos, para substituição do atualmente em operação. Segundo aquela distribuidora, o transformador entrará em operação com defasamento –30º, mantendo o valor atual, que será alterado para 0º quando da energização da LT 345 kV Ouro Preto – Vitória. Cabe lembrar que a capacidade de 300 MVA para essa transformação foi determinada no estudo de integração da UHE Aimorés, realizado no ano de 1999, onde não se cogitou a possibilidade da defasagem nula, uma vez que a SE Areinha 345/138 kV tinha então a operação prevista para o ano de 2003, junto com a linha Ouro Preto - Vitória. Mesmo assim essa transformação suportaria a defasagem nula antes da entrada da usina de Aimorés, conforme relatado no estudo do PAR 2003-2005. ONS PAR 2004-2006 135 / 530 A Tabela 3.4.1-4, a seguir, resume os resultados obtidos para o carregamento nos transformadores das SEs Vitória e Mascarenhas, além do fluxo na LT 230 kV Aimorés – Mascarenhas para as diversas condições estudadas. Tabela 3.4.1-4 – Carregamento na Transformação da SE Mascarenhas e na SE Vitória TR Mascarenhas 230/138 kV TR Mascarenhas 230/138 kV com -30º com 0º TR Vitória Perda de 345/138 k um V TR Vitória (T3) (T3) Cenário 1 (2004) 100% 131% Perda da LT 500 kV Vesp - Mesq 104% 2- Perda da LT 345 kV O Preto - Vitória TR Masc TR Vitória Perda de TR Masc LT 345/138 k um V TR Vitória (T3) (T3) 50% 88% 115% 90% --- --- 37% 94% --- 70% --- 88% --- 76% 80% --- 112% 86% 3- Com 330 MW em Aimorés 95% 123% 66% 84% 109% 108% --- 3.1- Perda da LT 345 kV O Preto - Vitória 83% --- 94% 76% --- 132% 104% Cenário 2 (2006) 102% 137% 57% 91% 119% 100% --- 1- Perda da LT 500 kV Vesp - Mesq 108% --- 43% 97% --- 75% --- 2- Perda da LT 345 kV O Preto - Vitória 88% --- 89% 79% --- 127% 97% 3- Com 330 MW em Aimorés 97% 130% 74% 86% 112% 117% --- 3.1- Perda da LT 345 kV O Preto - Vitória 84% --- 105% 77% --- 146% 112% Cenário 3 (2006) 111% 146% 9% 97% 126% 43% --- 1- Perda da LT 500 kV Vesp - Mesq 118% --- 18% 105% --- 19% --- 2- Perda da LT 345 kV O Preto - Vitória 109% --- 10% 98% --- 42% 32% 3- Com 330 MW em Aimorés 105% 137% 20% 92% 118% 61% --- 3.1- Perda da LT 345 kV O Preto - Vitória 104% --- 23% 92% --- 59% 47% 230/138 k V 230/138 k V 230 kV Aimo Masc Da tabela acima, observa-se que: o cenário mais crítico verificado para a transformação de Vitória 345/138 kV foi o cenário 3, ano de 2006, com defasagem de –30º em Mascarenhas. Nesse cenário, o carregamento do transformador de menor impedância (T3) ONS PAR 2004-2006 136 / 530 encontra-se em torno de 111% na situação de regime normal de operação, subindo para 146% na contingência de um dos trafos dessa SE. Ainda neste cenário, a contingência da LT 500 kV Mesquita – Vespasiano provoca carregamento de 118% na referida transformação. Observa-se que esses carregamentos são reduzidos com defasamento de 0º na referida transformação.; a alteração da defasagem angular da SE Mascarenhas 230/138 kV, de -30º para 0 grau, provoca sensível redução no carregamento da transformação da SE Vitória e conseqüente elevação no carregamento da SE Mascarenhas. No caso de despacho de 3 unidades da UHE Aimorés, o carregamento do transformador da SE Mascarenhas pode chegar ao valor de 108% de seu nominal. Ainda nesse cenário, em 2004, a contingência da LT 345 kV Ouro Preto – Vitória pode provocar carregamento de cerca de 112% do nominal da transformação da SE Mascarenhas; no cenário mais crítico analisado para a SE Mascarenhas – o cenário 2 em 2006 – o carregamento dessa transformação fica em torno do nominal, em condições de regime normal de operação para defasamento de 0º na transformação de Mascarenhas. Esse valor se eleva para 117% do nominal ao se despachar plenamente as três unidades da usina de Aimorés na condição de carga média, simultaneamente ao despacho nulo na UTE Macaé Merchant e reduzido na UTE Norte Fluminense. Nessas condições, a contingência na LT 345 kV Ouro Preto – Vitória provoca carregamento de cerca de 146% na citada transformação, além de elevação no fluxo da LT 230 kV Aimorés – Mascarenhas, que passa a operar com carregamento de cerca de 12% superior ao limite de 195 MVA (CPST); o problema de esgotamento da transformação de Vitória em condições normais de operação, que se intensifica com a entrada da LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória e é agravado com despachos elevados nas usinas térmicas do norte fluminense, pode ser contornado no curto prazo com a adoção de defasagem de 0º graus na transformação de Mascarenhas. A médio e longo prazos, entretanto, será essencial a implantação da solução de referência planejada que é a construção da SE Areinha 345/138 kV, novo ponto de atendimento às cargas dessa região; e por outro lado, cabe ressaltar que a mudança da defasagem de Mascarenhas para 0º eleva os carregamentos das linhas de 230 kV da área leste de Minas para emergências nessa área, principalmente quando da perda da LT 500 kV Neves - Vespasiano – Mesquita e para cenários de baixa hidraulicidade das usinas existentes nesta área, conforme análise mostrada na área Minas Gerais. Todos esses aspectos deverão ser ainda mais detalhados no parecer de acesso da UHE Aimorés, que está sendo finalizado pelo ONS. ONS PAR 2004-2006 137 / 530 ONS PAR 2004-2006 138 / 530 3.4.2 Área Minas Gerais Descrição da Área O sistema de transmissão que atende a área Minas Gerais é constituído por um eixo principal de 500 kV composto por três circuitos, uma malha de 345 kV e também por um sistema de 230 kV. Essas linhas de transmissão têm sua origem no próprio estado e chegam às áreas central, sul, norte, leste, triângulo mineiro e oeste do estado. O sistema de 500 kV responde por cerca de 40% da potência destinada à área e interliga-se com o sistema de escoamento das usinas do rio Paranaíba, enquanto o sistema de 345 kV, por onde transita cerca de 25% da potência dirigida a essa área, interliga a área Minas Gerais com as usinas do rio Grande. A região leste de Minas é atendida por um circuito em 500 kV derivado da subestação Neves até a subestação Mesquita e desta até Governador Valadares em 230 kV, onde chega a linha de transmissão de 230 kV que parte da área RJ/ES e interliga essas áreas. O Vale do Aço é atendido por três circuitos de 230 kV que partem da subestação Taquaril e se interligam à subestação Mesquita. O atendimento à maior parcela do mercado de energia elétrica de Minas Gerais é proveniente das usinas das bacias dos rios Grande e Paranaíba localizadas na própria área ou na divisa com as áreas São Paulo e Goiás / Distrito Federal. A região central concentra cerca de 80% da demanda, e tem problemas de atendimento durante contingências simples de circuitos de 500 kV, 345 kV e 230 kV, que podem levar ao corte de cargas na região metropolitana de Belo Horizonte e nas áreas leste e norte em Várzea da Palma e Montes Claros. A região sul da área Minas é atendida principalmente pelas subestações de Poços de Caldas e Itajubá 500/138 kV e mais recentemente também pela usina hidrelétrica de Funil situada no rio Grande, que proporcionam um desempenho satisfatório desse sistema. As demais regiões, triângulo mineiro e oeste, são atendidas principalmente por sistemas de distribuição de 138 kV interligados às usinas do rio Grande e Paranaíba. Evolução da Geração e do Mercado na Área Minas Gerais A tabela 3.4.2-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda máxima anual na área Minas Gerais no horizonte deste PAR. ONS PAR 2004-2006 139 / 530 Tabela 3.4.2-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Minas Gerais Capacidade Instalada UHE (MW) Capacidade Instalada UTE (MW) Atual 2004 2005 2006 5.648 6.247(1) 6.657(2) 6.777(3) 345 345 324 345 (4) Total 5.972 6.592 7.002 7.122 Demanda Máxima e 6.303 6.446 6.579 6.804 --- 2,2 2,0 3,4 crescimento Anual (MW) (%) Nota: novas usinas hidroelétricas: (1) Aimorés (220 MW), Candonga (46 MW); (2) Picada (50 MW), Irapé (240 MW) e Murta (120 MW); (3) Irapé (120 MW) e Baú I (73,4 MW); (4) nova usina térmica J. de Fora (21 MW) Sumário das Condições de Atendimento Em condições normais de operação, não são visualizados problemas para a operação da Área Minas Gerais. a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica para contingências simples no horizonte estudado. Observa-se que o sistema de transmissão em 500 kV de escoamento das usinas dos rios Paranaíba e Grande será mais solicitado a partir da entrada em operação da interligação Norte/Sul II, ficando sujeito a problemas de instabilidade eletromecânica para algumas condições do sistema. Esse problema será solucionado com a LT 500 kV Itumbiara - Marimbondo que se encontra em construção, estando prevista sua operação para fins de 2004, bem como duas novas obras que são a duplicação da LT 345 kV Furnas – Pimenta e a LT 345 kV Itutinga – Juiz de Fora, indicadas pela primeira vez neste PAR. Na região norte de Minas Gerais, está previsto para o final do ano de 2005 a entrada em operação da UHE Irapé (3x120MW), localizada no rio Jequitinhonha, que se interligará à SE 345kV Montes Claros. Essa região é atendida por um radial singelo de 345 kV que parte de Três Marias, passa por Várzea das Palmas e chega a Montes Claros. Verificou-se preliminarmente que na contingência do trecho entre Três Marias e Várzea das Palmas poderá ocorrer perda de sincronismo da usina de Irapé, ONS PAR 2004-2006 140 / 530 dependendo do número de unidades em operação e da condição de carga da região. b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão O sistema de Minas Gerais é muito influenciado pelo fluxo da interligação Norte-Sul, por despachos nas usinas do Paranaíba e, a partir de 2004, também pelo despacho das térmicas no Rio de Janeiro, com reflexo no fluxo da linha de 345 kV Ouro Preto – Vitória. Essa característica introduz os problemas para o controle de tensão, relacionados a seguir: - risco de corte de cargas de até 300 MW na região metropolitana de Belo Horizonte quando de contingências simples no sistema de transmissão de 500 kV derivado das SEs Jaguara e Emborcação, agravado com a implantação da interligação Norte/Sul II e pela instalação da LT 345 kV O. Preto – Vitória; - elevada solicitação de potência reativa nas unidades geradoras da UHE Emborcação; e - dificuldades no controle de tensão devido à reduzida flexibilidade operativa, havendo necessidade de desligamento de linhas para inserção ou retirada de reatores que diminuem a segurança operativa do SIN. Neste contexto, faz-se necessário que alguns reatores de linha sejam dotados de possibilidade de chaveamento para, juntamente com a subestação de Bom Despacho, aumentar a confiabilidade do sistema da área Minas Gerais, permitindo um adequado controle de tensão em situações de cenários energéticos adversos. Tais conexões de reatores já foram propostas em estudos anteriores do PAR e no momento se encontram em processo de autorização pela Aneel. São elas: - SE Ouro Preto 2 - Conexão para reator 91 Mvar - 500 kV da LT Ouro Preto 2 – São Gonçalo do Pará (1) - SE Jaguara - Conexão para reatores nas LTs Jaguara – Neves e Jaguara – São Gonçalo do Pará (2x91 Mvar - 500 kV) (2) - SE Emborcação - Conexão para reator 91 Mvar - 500 kV na LT São Gotardo 2 (3) - Conexão do reator de Neves da LT 500 kV S.Gotardo – Neves já foi autorizada para a Cemig e está prevista para maio de 2003. - SE São Gotardo 2 -reator manobrável de barra de 91 Mvar - 500 kV (4) Obs: (1) solicitada autorização recentemente pela Cemig à Aneel para Set/04, (2) para Jun/05, (3) para Abr/05 e (4) para Jul/05. ONS PAR 2004-2006 141 / 530 Sobretensão sustentada nos terminais da LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória quando de rejeição em um dos terminais desta linha de transmissão. Simulações efetuadas mostram tensões sustentadas no terminal em vazio superiores aos limites estabelecidos de 110% (379,5 kV) da tensão nominal, quando de abertura dessa linha de transmissão em um de seus terminais. O sistema existente do lado de Ouro Preto possui recursos limitados para reduzir essas tensões ao patamar satisfatório que permita o fechamento do terminal aberto em Vitória dentro das condições estabelecidas para os equipamentos de manobra. As simulações mostram que para rejeição no terminal de Vitória, as tensões sustentadas na ponta da linha atingem patamares de até 115% (396,75 kV). Por outro lado, para rejeição no terminal de Ouro Preto 2 observam-se tensões sustentadas no terminal em vazio que podem atingir 120,9% (417,1 kV) da nominal. Desse modo, conclui-se que é importante a inserção de reatores manobráveis nessa linha de transmissão na faixa de 50 a 60 Mvar, atualmente em análise pela Aneel, sendo 60 Mvar o ideal tendo em vista as condições observadas em ambos os terminais, em qualquer condição de carga, e sendo este o módulo existente na subestação de Vitória. Sobretensão sustentada nos terminais da LT 500 kV Itumbiara – Samambaia, quando de rejeição em um dos terminais dessa linha de transmissão. As simulações mostram elevadas tensões sustentadas no terminal em vazio superiores aos limites estabelecidos de 110% (550 kV) da tensão nominal quando de rejeição ou abertura no terminal de Itumbiara. Os sistemas existentes nos dois lados dessa linha de transmissão, em muitas condições operativas, não possuem recursos suficientes para reduzir essas tensões ao patamar satisfatório que permita o fechamento do terminal aberto dentro das condições estabelecidas para os equipamentos de manobra. Essas simulações mostram que para abertura somente do terminal de Itumbiara, as tensões sustentadas na ponta da linha atingem patamares de até ou superiores a 120% (600 kV), estando duas máquinas em operação na usina de Serra da Mesa. É determinante, para isso, o nível de tensão em Samambaia, sempre muito elevado, principalmente quando de baixos fluxos nessa interligação. Da mesma forma, para abertura no terminal de Samambaia, observam-se tensões elevadas no terminal em vazio que podem atingir 115% (575 kV) da nominal, estando três máquinas sincronizadas na usina de Itumbiara. Ressalta-se que o número mínimo de máquinas determinado para a operação nesta usina é de uma unidade e na usina de Serra da Mesa de duas unidades, que são as usinas mais influentes para o controle de tensão dessa linha de transmissão. Desse modo, a inserção de reatores nessa linha de transmissão é necessária. Nesse sentido, as simulações efetuadas indicam que um reator ONS PAR 2004-2006 142 / 530 no terminal de Itumbiara de cerca de 136 Mvar, atualmente em análise pela Aneel, é satisfatório no caso de abertura em Itumbiara. Sobretensão sustentada nos terminais da LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo, quando de rejeição em um dos terminais dessa linha de transmissão. As simulações mostram que para abertura no terminal de Itumbiara, as tensões sustentadas na ponta da linha atingem patamares de até 115% (575 kV) estando três máquinas em operação na usina de Marimbondo. Por outro lado, para abertura no terminal de Marimbondo, observam-se tensões também elevadas no terminal em vazio de Marimbondo que podem atingir 113% (565 kV) da nominal, estando três máquinas sincronizadas na usina de Itumbiara. Ressalta-se que o número mínimo de máquinas determinado para a operação na usina de Marimbondo é de três unidades e de uma unidade na usina de Itumbiara, que são as usinas mais influentes para o controle de tensão dessa linha de transmissão. Entretanto, considerando a capacidade plena das unidades geradoras da UHE Itumbiara, verifica-se que é possível a utilização dessas máquinas para a obtenção de tensões satisfatórias no terminal aberto de Marimbondo, não sendo o mesmo possível para a usina de Marimbondo com três máquinas. Desse modo, conclui-se que é indispensável a inserção de reator no sistema que abrange essa linha de transmissão. As simulações efetuadas indicam que um reator no terminal de Marimbondo de cerca de 200 Mvar/500 kV é satisfatório no caso de abertura em Marimbondo e que, para abertura em Itumbiara não há necessidade de reator tendo em vista a presença de reator no terminal oposto de Marimbondo. Tendo em conta às condições de operação previstas para essa linha de transmissão com possibilidade de elevados fluxos, o reator da LT 500 kV Marimbondo - Itumbiara deve ser manobrável, devendo ser inserido no terminal desta LT em Marimbondo cerca de 100 Mvar e o restante na barra. O reator de linha foi licitado juntamente com a LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo, e tem a operação prevista para agosto de 2004. O reator de barra, por sua vez, está em análise pela Aneel. Elevado perfil de tensão com risco de sobretensões no sistema de transmissão de 500 e 345 kV de atendimento às áreas Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro em regime normal de operação, quando de despachos elevados nas usinas térmicas instaladas no Rio de Janeiro e quando da recomposição desses sistemas após distúrbio. A geração térmica prevista para o Rio de Janeiro reduz os fluxos de potência nas linhas de 500 kV desde a subestação de Marimbondo, em Minas Gerais, até a subestação de Adrianópolis, no Rio de Janeiro. Neste cenário são observadas dificuldades para o controle de tensão nas regiões envolvidas, ONS PAR 2004-2006 143 / 530 com o risco de ocorrer sobretensões em condição normal de operação, mesmo considerando a utilização plena dos recursos existentes. Desta forma, foram solicitados no ciclo anterior do PAR (2003-2005), novos reatores manobráveis no sistema de transmissão de 500 e 345 kV de atendimento às áreas Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Estes reatores além de contribuírem para melhorar o controle de tensão das regiões também são necessários para agilizar o processo de recomposição desses sistemas após distúrbios. As regiões Leste e Norte da Cemig apresentam problemas de controle de tensão quando em contingências da rede básica. A primeira, na perda do tronco 500 kV Neves-Mesquita, cujo impacto será minimizado após a entrada em operação da usina de Aimorés (3x110 MW) no final de 2003. Já na região norte, a entrada da usina de Irapé (3X120 MW), no final de 2005, contribuirá para minimizar os problemas de controle da região quando de contingências no tronco de 345 kV Três Marias - Montes Claros. c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos Superação da capacidade operativa da LT 345 kV Furnas – Pimenta em determinados cenários energéticos que levam a restrição de geração nas usinas da bacia do rio Grande, quando de contingência simples de linhas de 345 kV que interligam as usinas do rio Grande ou de 500 kV do rio Paranaíba. A maior parte das usinas da bacia do Rio Grande é interligada por um sistema de transmissão de 345 kV. Esse sistema de transmissão diante de um cenário energético de despacho mais elevado nas usinas do rio Grande bem como de fluxos acima de 1.000 MW na interligação Norte-Sul, na direção norte, é submetido a elevados fluxos em suas linhas, principalmente em Furnas - Pimenta e L. C. Barreto - Jaguara, em regime normal de operação, o que implica em restrições de geração neste sistema e conseqüentemente nas interligações. A emergência de uma dessas linhas levará a outra a operar em sobrecarga. O estudo CCPE/CTET/047/2002 propôs duplicar a linha Furnas-Pimenta para evitar tais problemas. Esta ampliação foi analisada e ratificada no estudo deste PAR 04-06. Risco de corte de cargas atendidas pelas subestações de Juiz de Fora, Itutinga e Barbacena devido a sobrecargas em linhas de 138 kV dessas áreas principalmente quando da perda de uma das linhas de 345 kV Barbacena – J. Fora e Furnas - Pimenta. O estudo CCPE/CTET/047/2002 recomenda a instalação da LT 345 kV Itutinga – Juiz de Fora, circuito simples, 140 km para resolver os problemas da área de Juiz de Fora. Esta ampliação foi analisada e ratificada no estudo deste PAR 04-06. Risco de sobrecarga inadmissível no trecho de LT 230 kV entre Aimorés e Mascarenhas com conseqüente restrição do escoamento da capacidade total ONS PAR 2004-2006 144 / 530 da usina de Aimorés, quando da perda de trechos da LT 230 kV Mascarenhas - Aimorés – C. Pena - Gov.Valadares. A solução para esse problema é a implantação da LT 230 kV Aimorés – Mascarenhas C2, 20 km., atualmente em análise pela Aneel, bem como a recapacitação da LT 230 kV Aimorés – Governador Valadares, em construção. As linhas de transmissão da malha de 230 kV da região leste da área Minas Gerais poderão apresentar carregamentos acima da capacidade operativa em contingências do tronco de 500 kV Neves - Mesquita, caso seja alterada a defasagem da transformação de Mascarenhas dos atuais –30º para a defasagem de zero graus. Os piores cenários para essa região ocorrem para fluxos na interligação Norte/Sul no sentido do Sudeste, geração baixa de usinas térmicas na área RJ/ES e despachos abaixo de 70% nas usinas da região. Esse problema de sobrecarga poderia ser resolvido com reforço na malha de 230 kV como, por exemplo, a recapacitação de vãos críticos das linhas Taquaril - Itabira2 C1 e C2, Taquaril - Barão de Cocais2 e Barão de Cocais2 – CSBM, cuja viabilidade está sendo avaliada pela Cemig. Essa região não apresenta nenhum problema de carregamento nas linhas em regime normal de operação. d) Problemas relacionados perda do único circuito ou do único transformador A região norte de Minas Gerais é atendida por um circuito singelo de 345 kV, que liga a UHE Três Marias à SE Montes Claros. Atualmente, a perda de um dos circuitos deste tronco leva a cortes de carga nessa região. Com a entrada da usina de Irapé (3x120 MW), em 2005, que se interligará à SE Montes Claros, esses problemas serão minimizados. e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID A tabela 3.2.3 sinaliza problemas de superação da capacidade de disjuntores nas subestações Jaguara 345 kV, Furnas 345 kV, Luiz C. Barreto 345 kV e Poços de Caldas 345 kV. Estudos detalhados deverão confirmar o diagnóstico e detalhar as medidas a serem adotadas. Foram identificados, ainda, potenciais problemas de superação de disjuntores fora da Rede Básica nas SEs Barbacena 2, Juiz de Fora 1, Lafaiete, Neves e Mascarenhas de Moraes. f) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição A transformação de Ipatinga 230/161/kV – 1x150MVA e 161/138 kV – 120 MVA apresentarão carregamentos acima do nominal na ponta de carga do sistema de Minas Gerais em regime normal de operação, com valores de 104% em 2004, podendo chegar a 116% em 2006. Estes carregamentos poderão ser reduzidos para 74 e 85% respectivamente nos anos de 2004 e 2006 se as PCHs Pipoca (2x12,5MW) e Areia Branca (2X10MW), previstas para a região de Caratinga, entrarem em operação no ano de 2004. ONS PAR 2004-2006 145 / 530 Ressalta-se que essas usinas ainda não possuem licença de operação e não foram consideradas no estudo do PAR. A solução, em fase de implantação pela Cemig, é a instalação de um novo transformador 230/138 kV – 225 MVA que, além de eliminar as sobrecargas verificadas anteriormente, aumentará a confiabilidade da região eliminando o corte de carga durante contingências nas transformações existentes. g) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico Despacho Mínimo Até a entrada em operação da SE Bom Despacho, das usinas hidrelétricas previstas para se integrarem à área central, além das conexões para tornar manobráveis reatores em circuitos de 500 kV, poderá ser necessário despachar as usinas termelétricas de Igarapé e Ibiritermo para evitar corte de carga após contingências simples nas LTs 500 kV São Gotardo 2 – Emborcação e Nova ponte – Jaguara. Após a entrada dos reforços citados, a necessidade de geração adicional ao despacho mínimo da UTE Igarapé se limita a situações, na condição de carga pesada, onde são praticados fluxos da ordem de 2.000 MW na interligação Norte/Sul, sentido Norte→Sudeste, simultaneamente a geração elevada na bacia do Paranaíba. Nessas condições, será necessário gerar 100 MW, além do despacho mínimo da UTE Igarapé, para evitar corte de carga em contingências simples. Despacho Máximo Não há restrição ao despacho pleno das usinas termelétricas da área Minas Gerais. Providências Necessárias a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel) Tabela 3.4.2-2 – Principais Obras propostas para a Área Minas Gerais ainda sem concessão ONS DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS DATA DE NECESSIDADE SE Emborcação: conexão para reator 91 Mvar - 500 kV na LT São Gotardo 2 Necessária atualmente SE Jaguara: conexão para reatores nas LTs Jaguara – Neves e Jaguara – São Gonçalo do Pará (2x91 Mvar - 500 kV) Necessária atualmente PAR 2004-2006 146 / 530 DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS DATA DE NECESSIDADE SE Ouro Preto 2: conexão para reator 91 Mvar - 500 kV da LT Ouro Preto 2 – São Gonçalo do Pará Necessária atualmente SE São Gotardo 2: reator manobrável de barra de 91 Mvar 500 kV Necessária atualmente SE Marimbondo: reator manobrável de barra de 100 Mvar 500 kV Necessária atualmente LT 230 kV Aimorés – Mascarenhas C2, circuito simples, 20 km FEV/2004 LT 345 kV Furnas – Pimenta C2, circuito simples, JUN/2004 LT 345 kV Itutinga – Juiz de Fora, circuito simples, 140 km JUN/2004 LT 345 kV Montes Claros – Irapé, circuito simples, reator manobrável de barra de 60 Mvar – 345 kV AGO/2005 SE Irapé 345 kV e conexões associadas AGO/2005 b) Desenvolver Ações Complementares Tendo em vista a característica da carga da região norte de Minas Gerais, é conveniente que seja realizado um estudo mais detalhado do comportamento dessa carga, para que se possa avaliar melhor as condições de atendimento à região, não somente em regime permanente, mas também por meio de análises de estabilidade transitória. Dessa forma, será possível estabelecer a necessidade de novos equipamentos de controle de tensão, mesmo com a presença da usina de Irapé. (ONS/Cemig). Fazer levantamento para caracterizar os fatores limitantes das LTs 230 kV Taquaril - Itabira2 C1 e C2, Taquaril - Barão de Cocais2 e Barão de Cocais2 - CSBM, com vistas a recapacitação de trechos desses circuitos (Cemig). Realizar estudos de planejamento de longo prazo com o objetivo de caracterizar a solução estrutural para o atendimento à área leste de Minas Gerais (CCPE/ONS). Avaliar a viabilidade de implantação de ECE – Esquema de Controle de Emergência, na UHE Aimorés, para segregação de unidades geradoras dessa usina para a linha para Governador Valadares, a fim de eliminar sobrecarga nas linhas de 230 kV da área Leste de Minas Gerais, quando de contingências no eixo de 500 kV Neves – Vespasiano – Mesquita. Este esquema, de caráter temporário, tem por objetivo minimizar os efeitos da mudança do defasamento angular do transformador de 230/138 kV da SE Mascarenhas de –30º para 0º, proposta pela Escelsa como recurso para ONS PAR 2004-2006 147 / 530 eliminar sobrecargas na SE Vitória, no período entre a entrada em operação da LT 345 kV Ouro Preto – Vitória e a SE Areinha 345/138 kV, ou da solução estrutural para a área leste que venha a ser determinada no estudo de planejamento de longo prazo. (Cemig). c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas no item 6.3 ONS PAR 2004-2006 148 / 530 Descrição Complementar das Condições de Desempenho no Período 20042006 a) As previsões de demanda para a área Minas Gerais, mostram uma retração em relação às previsões anteriores conforme a análise detalhada do item 6.1 deste documento. b) O desempenho do sistema de transmissão de atendimento a Minas Gerais no período 2004-2006 será bastante influenciado pelos seguintes aspectos: retração de demanda causada pelo racionamento de energia de 2001/2, novas usinas hidrelétricas que se encontram em construção e por novas obras de transmissão também em construção. Entre as obras previstas, destacam-se a LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo, que beneficia o sistema inclusive quanto a problemas de instabilidade eletromecânica na perda da LT 500 kV S. Simão – Itumbiara, e a interligação Norte-Sul II, que impacta significativamente o sistema de atendimento a Minas Gerais. Quanto a esta interligação, verifica-se que elevados intercâmbios reduzem os limites de atendimento à carga. No período 2004 a 2006 está previsto um acréscimo total de 891,1 MW de potência instalada em novas usinas, onde de destacam as usinas UHE Aimorés com 330 MW e a UHE Irapé com 360 MW, representando cerca de 77,4% desse total conforme tabela a seguir. Tabela 3.4.2-3 – Usinas hidrelétricas e térmicas previstas para a Área Minas Gerais até 2006 Usina UHE Candonga Potência Instalada [MW] 2004 2005 46,7 UHE Picada 50 UHE Aimorés 220 UTE J. Fora 21 UHE Irapé 240 UHE Murta 120 UHE Baú I TOTAL 2006 120 73,4 287,7 410 193,4 c) No horizonte 2004 – 2006 não são esperados cortes de carga para contingências simples no sistema de 500 kV, nem geração de térmicas por razões elétricas. Ressalta-se que as contingências nas LTs 500 kV São ONS PAR 2004-2006 149 / 530 Gotardo 2 – Emborcação e Nova Ponte – Jaguara são muito influenciadas pelo fluxo na interligação Norte – Sul. Em cenários com importação superior a 1.500 MW pelo Sudeste, assim como com geração do Paranaíba elevada, é necessário efetuar o desligamento de reatores e ajustar as tensões terminais de algumas usinas, para alcançar um perfil de tensão minimamente adequado. Estas condições poderão ser ainda agravadas com a elevação do fluxo na LT 345 kV Ouro Preto Vitória, o qual tem relação direta com os despachos das usinas térmicas instaladas no Rio de Janeiro. Para fluxos na interligação Norte/Sul da ordem de 2.000 MW, no sentido Sudeste, e nas condições de geração do Paranaíba já mencionadas poderá haver necessidade de despacho de geração térmica adicional da ordem de 100 MW em carga pesada, além da geração mínima na UTE Igarapé, para evitar corte de carga no caso das contingências mencionadas. d) A usina de Irapé–360MW (3x120MW) será localizada no rio Jequitinhonha na região norte de Minas Gerais e se interligará à subestação de Montes Claros 2 por meio de uma linha de circuito simples em 345 kV, integrante da Rede Básica, que deverá ser licitada no 1º semestre de 2003. Esta integração se dará primeiramente com duas máquinas, em fins de 2005, complementada no início de 2006 com uma terceira unidade. Esta usina trará grande benefício ao sistema de transmissão atual dessa região, que consiste em um único circuito derivado da UHE Três Marias passando por Várzea da Palma e daí a Montes Claros 2. Este sistema apresenta atualmente dificuldades de controle de tensão em regime normal de operação para determinadas condições de carga. A integração da usina de Irapé a SE Montes Claros 2 significa uma injeção de potência na extremidade desse sistema radial, contribuindo significativamente para a redução dos fluxos na linha de transmissão existente que deriva da SE Três Marias, bem como em uma nova fonte de controle de tensão, beneficiando significativamente o desempenho do sistema, principalmente em contingência de linhas de 345 kV. A presença dessa usina também resolve em parte as emergências de linhas de 345 kV da região com exceção da perda da LT Três Marias Várzea da Palma para a qual deverá continuar o risco de corte de carga na região. Em contingências no tronco de 345 kV entre as subestações de Três Marias e Montes Claros, as linhas de 138 kV Montes Claros 2 – Montes Claros1, Montes Claros1 – Várzea da Palma, Três Marias – Várzea da Palma, além de Várzea da Palma - Minas Liga, poderão operar com sobrecarga. Um aspecto importante é quanto à presença do reator manobrável de 50Mvar – 345 kV em Montes Claros na linha para a SE Irapé e quanto ao despacho da usina de Irapé. Preliminarmente, verifica-se que na emergência da linha de 345 kV Várzea da Palma – Três Marias para que não haja corte de carga ou o mesmo seja minimizado, é necessário que o reator mencionado esteja ONS PAR 2004-2006 150 / 530 desligado e Irapé despachada no máximo. Já na emergência de Várzea da Palma – Montes Claros será necessário desligar pelo menos uma máquina em Irapé se a mesma estiver com despacho total. Essa análise sugere a necessidade de instalação de ECE a partir da implantação da usina de Irapé para atendimento satisfatório às cargas dessa área. Entretanto, deve-se registrar que essa análise pode se modificar em função de novas previsões de carga para essa região, tendo em vista a curva de carga atípica estudada. É necessário um estudo mais detalhado do comportamento da carga dessa região para que se possa concluir pela necessidade de novos equipamentos de controle de tensão mesmo com a presença da usina de Irapé. O diagrama a seguir ilustra essa região do norte de Minas Gerais. Figura 3.4.2-1 – Região Norte da Área Minas Gerais M.Claros (05) S.Gotardo G UH Irapé Região Norte 138 kV S.Gotardo 500 V.Palmas G Neves T.Marias Legenda 345 kV Neves 500 e) Sistema de Transmissão de 345 kV das usinas do Rio Grande Eixo Furnas – Pimenta A interligação Norte – Sul II e as obras relacionadas influenciam significativamente o sistema da área Minas Gerais e acrescentam uma importância elétrica e energética significativa para o sistema interligado nacional, pois através deste sistema será possível aumentar o intercâmbio de energia entre regiões geo-elétricas além de aumentar a confiabilidade do SIN. Entretanto, este intercâmbio poderá sofrer limitações de fluxos devido a restrições de transmissão na malha de 345 kV do rio Grande, fundamental para o escoamento das usinas dessa bacia. O diagrama a seguir mostra de forma simplificada uma parte dos sistemas de transmissão de 500 e 345 kV ONS PAR 2004-2006 151 / 530 onde estão indicados os principais pontos de restrição para o escoamento dos fluxos: Figura 3.4.2-2 – Diagrama Simplificado dos Sistemas de 345 kV e 500 kV da Área Minas Gerais N/NE Samambaia Itumbiara Emborcação Região Central - MG S.Simão BACIA DO PARANAÍBA Jaguara (5) Barbacena L.C.Barreto Marimbondo Pimenta 2 A.Vermelha BACIA DO GRANDE 2 Furnas 2 Itutinga Região Mantiqueira 138 kV J. de Fora Área Rio Os fatores que mais influenciam o carregamento do tronco de 345 kV, em especial as linhas Furnas - Pimenta e L.C.Barreto - Jaguara, são a geração das usinas dos rios Grande e Paranaíba, o intercâmbio na Norte-Sul II (influenciado pelas usinas de Serra da Mesa, Cana Brava e Lajeado), o despacho das usinas térmicas na área Rio de Janeiro e ainda o recebimento pelo Sudeste oriundo do sistema sul. Desta forma, o cenário energético considerado tem grande influência nos carregamentos das linhas de transmissão como, por exemplo, os cenários nos quais o intercâmbio na interligação Norte-Sul é superior a 1.000 MW, no sentido para o Norte, a geração é alta na bacia do rio Grande e baixa no Paranaíba, além das térmicas na área Rio estarem com despachos elevados, têm como conseqüência uma forte elevação nos carregamentos das linhas Furnas Pimenta e L. C. Barreto - Jaguara, mencionadas anteriormente. A linha de 500 kV Itumbiara – Marimbondo, que tem previsão para entrar em operação até dezembro de 2004, é uma ampliação importante para o sistema interligado e que, além de outros benefícios, contribuirá para atenuar os ONS PAR 2004-2006 152 / 530 carregamentos das linhas de 345 kV, em condição normal de operação ou emergências no tronco de 500 e 345 kV. Mesmo com a pouca possibilidade desta linha vir a estar em operação durante a ponta de carga do sistema Sudeste no ano de 2004, foi analisado qual a influência que esta linha teria nos fluxos das principais linhas do sistema de 345 kV, em condição normal de operação e em emergências. Para isso considerou-se um cenário mais desfavorável para o sistema de 345 kV, onde um dos fatores é o intercâmbio de 2.000 MW no sentido Norte da interligação Norte-Sul. A tabela 3.4.2-4, a seguir, apresenta os dados principais do cenário considerado nesta análise e as tabelas 3.4.2-5 a 3.4.2-7 mostram o efeito da presença da linha ItumbiaraMarimbondo nos fluxos das linhas mais carregadas do sistema de 345 kV, em condição normal de operação e em emergências. Para efeito de comparação, na Tabela 3.4.2-5 também são mostrados os limites de transmissão que constam no CPST e usados nesta análise. Tabela 3.4.2-4 – Análise do Carregamento da LT 345 kV Furnas – Pimenta: Descrição do Cenário Analisado CENÁRIO - 2004 Sudeste exportador para o Norte/NE Geração Grande 73% GER Furnas 1.150 MW Geração Paranaíba 58% GER LC Barreto 1.000 MW Geração Paraná 81% Térmicas Rio 100% RSE 7.500 MW FMG 3.600 MW Fluxo N-S (SE→N) 2.000 MW Fluxo para Samambaia (*) 1.850 MW Geração de S. da Mesa +Lajeado + C.Brava 1.170MW Fluxo LT345 Ouro PretoVitória 120 MW (*) LT 500 kV Itumbiara – Samambaia + LT 500 kV Emborcação – Samambaia Tabela 3.4.2-5 – Carregamentos das Linhas e 345 kV em Condições Normais de Operação Condição Normal de Operação - 2004 (Carregamentos em MVA) Linhas de 345 kV Furnas – Pimenta L C Barreto - Jaguara Marimbondo - P. Colômbia ONS PAR 2004-2006 LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo Limites do CPST (MVA) Sem Com 856 806 916 1.000 897 1.065 390 236 598 153 / 530 Tabela 3.4.2-6 – Carregamentos das Linhas de 345 kV em emergência (Sem a LT Itumbiara – Marimbondo) Carregamento das linhas de 345 kV (MVA) - 2004 Emergência em linhas de 345 e 500 kV Sem a LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo Furnas-Pimenta L C BarretoJaguara Marimbondo – P. Colômbia - 1.513 437 1.185 - 428 Emborcação - Itumbiara 890 1.068 392 S. Simão - A. Vermelha 981 1.284 613 Furnas - Pimenta L C Barreto -Jaguara Tabela 3.4.2-7 – Carregamentos das Linhas de 345 kV em emergência (Com a LT Itumbiara – Marimbondo) Carregamento das linhas de 345 kV (MVA) - 2004 Emergência em linhas de 345 e 500 kV Com a LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo Furnas-Pimenta L C BarretoJaguara Marimbondo – P. Colômbia - 1.360 262 1.085 - 248 Emborcação -Itumbiara 857 1.000 272 S.Simão - A. Vermelha 848 996 292 Furnas - Pimenta L C Barreto - Jaguara Nas tabelas anteriores observa-se o efeito da linha Itumbiara - Marimbondo nas linhas de 345 kV, que provoca reduções significativas nos fluxos das mesmas, tanto em condição normal quanto em emergências. Observa-se também que essa linha é fundamental para evitar sobrecarga nas linhas de 345 kV quando de contingências no 500 kV, mas não é suficiente para resolver a sobrecarga existente nas linhas Furnas - Pimenta e L. C. Barreto Jaguara quando de contingências nas mesmas. Este fato evidencia a necessidade de reforço no sistema de 345 kV para equacionar este problema. O estudo CCPE/CTET/0.47/2002 propõe a duplicação da linha Furnas-Pimenta como um reforço necessário para o sistema de 345 kV. Tomando com base este estudo e considerando a possibilidade desta duplicação ainda no ano de 2004, a tabela 3.4.2-8 a seguir mostra qual seria o efeito desta duplicação nos fluxos das linhas Furnas - Pimenta e L. C. ONS PAR 2004-2006 154 / 530 Barreto - Jaguara nas condições mais severas analisadas anteriormente sem a linha Itumbiara - Marimbondo. Tabela 3.4.2-8 - Carregamentos das Linhas de 345 kV em emergência – Efeito da duplicação da LT Furnas – Pimenta Carregamento das linhas de 345 kV (MVA) - 2004 Emergência no 345 kV Com a LT 345 kV Furnas – Pimenta C2 Sem a LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo Furnas – Pimenta C1 Furnas – Pimenta C2 L C Barreto Jaguara Furnas – Pimenta C1 - 856 1.000 L C Barreto - Jaguara 707 707 - A tabela anterior mostra que a duplicação da LT 345 kV Furnas-Pimenta reduz em cerca de 40% o carregamento nesta linha na emergência da LT 345 kV L. C. Barreto - Jaguara (de 1.185 para 707 MVA) e em cerca de 34% o carregamento da linha L. C. Barreto – Jaguara, na perda da LT 345 kV Furnas-Pimenta C1, passando de 1.513 para 1.000 MVA. Em ambas as linhas, os valores de fluxo estão abaixo do limite de carregamentos estabelecidos no CPST. Os resultados mostram que essa duplicação resolveria o problema de sobrecarga nas linhas Furnas - Pimenta e L. C. Barreto - Jaguara e que a mesma seria necessária já a partir do ano de 2004. Estes fluxos seriam ainda menores com a presença da linha Itumbiara - Marimbondo. Considerando a possibilidade da não realização desta duplicação nos anos de 2004 e 2005, pelo pouco tempo disponível para os trâmites necessários para a sua implantação, foram realizadas análises mais detalhadas da duplicação de Furnas-Pimenta no ano de 2006, considerando já em operação a linha Itumbiara - Marimbondo. As conclusões desta análise são válidas também para os anos de 2004 e 2005. Foram considerados alguns cenários nessa análise, com destaque para a interligação Norte-Sul, a qual foi estudada com fluxos em ambos os sentidos. O caso de referência usado para gerar os cenários a seguir apresentados foi o de carga pesada de junho de 2006. A tabela 3.4.2-9 mostra estes cenários ONS PAR 2004-2006 155 / 530 Tabela 3.4.2-9 – Cenários Considerados na Avaliação dos Carregamentos das Linhas em 345 kV, antes da Duplicação da LT Furnas – Pimenta Descrição Cenário: Sudeste exportando para o Norte Cenário: Sudeste importando do Norte 1 2 3 4 5 Geração Grande 72% 50% 58% 63% 63% Geração Paranaíba 74% 45% 45% 55% 70% Geração Paraná 82% 78% 78% 81% 82% RSE 7.113 MW 9.422 MW 9.422 MW 7.088 MW 6.027 MW Norte-Sul (SE→N=+ e N→SE=-) 2.177 MW 2.000 MW 1.976 MW -1.930 MW -2.350 MW Geração de S. da Mesa +Lajeado + C.Brava 1.910MW 1.440 MW 840 MW 1.910 MW 1.910MW Ger Furnas 900 MW 600 MW 1.000 MW 600 MW 600 MW Ger L C Barreto 920 MW 600 MW 900 MW 800 MW 800 MW Térmicas Rio Geração baixa 100% 100% Geração baixa Geração baixa FMG 3.911 MW 3.456 MW 3.443 MW 4.067 MW 4.306 MW Fluxo p/ Samambaia (*) 1.462 MW 1.599 MW 2.056 MW -1.136 MW -1.456 MW 122 MW 114 MW Fluxo LT345 Ouro Preto - Vitória 115 MW 426 MW 541 MW (*) LT 500 kV Itumbiara – Samambaia + LT 500 kV Emborcação – Samambaia Esta tabela apresenta os cenários energéticos selecionados para essa análise, destacando os fatores mais importantes que afetam os carregamentos das linhas de transmissão. Nos cenários de 1 a 3 o fluxo na interligação Norte-Sul está no sentido Sudeste→Norte, o qual tem se mostrado ser mais severo para os carregamentos das linhas Furnas Pimenta e L. C. Barreto - Jaguara, e nos cenários 4 e 5 o fluxo naquela interligação está no sentido contrário, ou seja, do Norte para o Sudeste. Considerando os cenários apresentados anteriormente, a tabela 3.4.2-10 a seguir mostra os fluxos nas linhas Furnas - Pimenta e L. C. Barreto - Jaguara em condição normal de operação. Conforme anteriormente mencionado, os maiores carregamentos nestas linhas acontecem para os cenários 1, 2 e 3, ONS PAR 2004-2006 156 / 530 sendo estes os mais importantes para analisar o efeito da duplicação da linha Furnas-Pimenta. Tabela 3.4.2-10 – Carregamentos das Linhas e 345 kV, em Condições Normais de Operação, nos Cenários Analisados Condição Normal de Operação – 2006 (Carregamentos em MVA) Linhas de 345 kV Cenários Limites do CPST (MVA) 1 2 3 4 5 Furnas - Pimenta 676 796 923 350 246 916 L C Barreto - Jaguara 737 814 1.087 108 289 1.065 É importante observar na tabela anterior que o sentido do fluxo na interligação Norte-Sul é um importante fator para determinar o carregamento nas linhas de 345 kV, mas outros aspectos, como os despachos das usinas do rio Grande, em especial Furnas e L.C.Barreto, do rio Paranaíba e das térmicas da área Rio, são também relevantes para explicar o comportamento dos fluxos nas linhas Furnas - Pimenta e L. C. Barreto - Jaguara. O cenário 3 é considerado o mais severo de todos, onde o baixo despacho considerado nas usinas de Serrada mesa, Cana Brava e Lajeado teve grande influência no aumento dos fluxos nos sistemas de 345 e 500 kV. O fluxo na linha Furnas - Pimenta ficou ligeiramente superior ao limite de 916 MVA. Considerando somente os cenários 1, 2 e 3, a tabela 3.4.2-11 a seguir apresenta os fluxos nas linhas em condição normal de operação com a linha Furnas-Pimenta duplicada. Tabela 3.4.2-11 – Carregamentos das Linhas e 345 kV, em Condições Normais de Operação, nos Piores Cenários, Considerando a duplicação da LT Furnas – Pimenta Condição Normal de Operação – 2006 (Carregamentos em MVA) Linhas de 345 kV ONS Cenários 1 2 3 Furnas – Pimenta C1 379 499 578 Furnas – Pimenta C2 379 499 578 L. C. Barreto - Jaguara 408 695 950 PAR 2004-2006 157 / 530 O segundo circuito Furnas-Pimenta proporciona no cenário 3 uma redução de 37% no carregamento deste circuito e 12,6% na linha L. C. Barreto Jaguara, em regime normal de operação. Os fluxos nos circuitos remanescentes, para a emergência de um desses circuitos, estão apresentados na tabela 3.4.2-12 a seguir, onde, para efeito de comparação, os resultados são mostrados com e sem a duplicação de Furnas-Pimenta. Tabela 3.4.2-12 – Carregamentos das Linhas e 345 kV, em emergências, no Pior Cenário, Considerando a duplicação da LT Furnas – Pimenta Carregamento em MVA - 2006 Cenários 1 2 3 Emergência 345 kV S/ Furnas – Pimenta C2 C/ Furnas Pimenta C2 FU-PI C1 FU-PI C2 LCBJG FU-PI C1 FU-PI C2 LCBJG Furnas – Pimenta C1 - - 845 - 676 737 L.C.Barreto - Jaguara 756 - - 453 453 - Furnas – Pimenta C1 - - 1.273 - 796 814 L.C.Barreto - Jaguara 1.050 - - 629 629 - Furnas – Pimenta C1 - - 1.624 - 923 1.087 L.C.Barreto - Jaguara 1.256 - - 758 758 - Os valores da tabela anterior vêm confirmar os resultados obtidos na análise realizada para o ano de 2004, ou seja, mesmo no cenário mais pessimista (cenário 3), a presença do segundo circuito Furnas-Pimenta contribui com grande eficácia para a redução dos carregamentos das linhas FurnasPimenta e L. C.Barreto - Jaguara, sendo, portanto, um reforço necessário para o tronco de 345kV. É importante registrar que o limite atual da linha L. C. Barreto - Jaguara é de 860 MVA, devido à capacidade dos TCs na saída das SEs L.C Barreto e Jaguara. Tal restrição deverá ser eliminada de forma que o limite volte ao valor normal de 1.165 MVA. f) Eixo Barbacena - Juiz de Fora – Itutinga O objetivo principal da análise anterior foi o de avaliar o efeito da duplicação da linha Furnas - Pimenta no carregamento das demais linhas do sistema interligado, em especial Furnas - Pimenta e L. C. Barreto – Jaguara, já verificado na análise de 2004 e no relatório CCPE/CTET/.47/2002. Porém durante a análise observou-se que, dependendo do cenário considerado, ONS PAR 2004-2006 158 / 530 algumas linhas do subsistema de transmissão de 138 kV da região da Mantiqueira da área Minas, tiveram seu carregamento elevado e, em alguns casos, o limite de transmissão ultrapassado em regime normal de operação ou em emergências de linhas 345 kV. Essa região é basicamente atendida pelo radial Barbacena 2 – Juiz de Fora, pela subestação de Itutinga 345/138 kV e por algumas usinas locais ligadas a malha de distribuição de 138 kV. A tabela 3.4.2-13 a seguir mostra os fluxos em regime normal de operação nas principais linhas desta região, para cada cenário considerado, e os limites de transmissão das linhas de 138 kV. Tabela 3.4.2-13 – Carregamentos em Linhas de 138 kV da Região da Mantiqueira, em Condições Normais de Operação Condição Normal de Operação (Carregamentos em MVA) Linhas de 138 kV Região da Mantiqueira-MG Cenários - 2006 Limites (MVA) 1 2 3 4 5 (1) Itutinga 2 – S. J. del Rey 85 152 162 45 27 125 (2) S. J. del Rey - Barbacena 58 110 116 27 7 125 (3) S. J. del Rey - Lafaiete 49 91 98 21 2 125 (4) S. J. del Rey – Itutinga 1 64 93 97 47 36 120 (5) S. Dummont – J. Fora 7 15 19 20 17 13 95 (6) Piau – Juiz de Fora 13 15 16 13 11 96 (7) Juiz de Fora – J. Fora 7 17 13 12 15 7 95 Observa-se, na tabela anterior, que nos cenários 1,2 e 3 os fluxos nas linhas que partem da transformação de Itutinga 345/138 kV-2x225 MVA (linhas 1,2,3 e 4 na tabela) são maiores que nos cenários 4 e 5. Isto se deve principalmente aos seguintes fatores: o fluxo na interligação Norte-Sul no sentido Sudeste→Norte e o despacho das térmicas na área Rio. Nos cenários 2 e 3, o maior despacho das térmicas na área Rio contribui para elevar ainda mais os carregamentos destas linhas. Para cada cenário da tabela anterior, foram selecionados os resultados de duas emergências no sistema de 345 kV: Furnas - Pimenta e Barbacena Juiz de Fora. A primeira é mais severa para as linhas atendidas pela SE Itutinga e a segunda para as linhas atendidas pela SE Juiz de Fora 345/138 kV-2x150 MVA (linhas 5,6 e 7 na tabela), uma vez que esta subestação é atendida pelo radial derivado de Barbacena. As tabelas 3.4.2ONS PAR 2004-2006 159 / 530 14 e 3.4.2-15 apresentam os fluxos obtidos nas linhas da malha de 138 kV nestas emergências. Tabela 3.4.2-14 – Carregamentos em Linhas de 138 kV da Região da Mantiqueira, em Condições de Emergência da LT Furnas – Pimenta Emergência: Furnas-Pimenta (Carregamentos em MVA) Linhas de 138 kV Região da Mantiqueira-MG Limites (MVA) Cenários - 2006 1 2 3 4 5 (1) Itutinga 2 – S. J. del Rey 124 203 222 66 42 125 (2) S. J. del Rey - Barbacena 90 153 167 44 22 125 (3) S. J. del Rey - Lafaiete 70 119 131 32 12 125 (4) S. J. del Rey – Itutinga 1 81 115 123 55 44 120 (5) S. Dummont – J. For a 7 18 24 27 15 16 95 (6) Piau – Juiz de Fora 15 18 19 13 12 96 (7) Juiz de Fora – J. Fora 7 16 13 14 14 9 95 Tabela 3.4.2-15 – Carregamentos em Linhas de 138 kV da Região da Mantiqueira, em Condições de Emergência da LT Barbacena – Juiz de Fora Linhas de 138 kV Região da Mantiqueira-MG ONS Emergência: Barbacena-Juiz de Fora (Carregamentos em MVA) Cenários - 2006 Limites (MVA) 1 2 3 4 5 (1) Itutinga 2 – S. J. del Rey 94 162 172 52 40 125 (2) S. J. del Rey - Barbacena 73 125 132 40 29 125 (3) S. J. del Rey - Lafaiete 46 88 95 17 1 125 (4) S. J. del Rey – Itutinga 1 68 97 102 50 42 120 (5) S. Dummont – J. Fora 7 133 140 144 132 140 95 (6) Piau – Juiz de Fora 97 103 106 97 103 96 (7) Juiz de Fora – J. Fora 7 129 138 142 128 138 95 PAR 2004-2006 160 / 530 Observa-se nas tabelas anteriores que a emergência da linha Furnas Pimenta é mais grave nos cenários 2 e 3, com maior geração térmica na área Rio, e a emergência da linha Barbacena - Juiz de Fora é grave em todos os cenários considerados. Além das linhas observadas nas tabelas anteriores, algumas transformações da região poderão ter problemas de carregamentos acima do nominal, como a transformação de Itutinga 345/138kV-2x225MVA, na perda de um dos transformadores, onde o carregamento no remanescente atingirá 116% no cenário 3, e a transformação de Barbacena 345/138 kV-2x150MVA, cujo carregamento atinge cerca de 107% no cenário 2, no caso de indisponibilidade da linha Barbacena 2 - Juiz de Fora. Tendo em vista que os carregamentos das linhas e transformações da malha de 138 kV da região da Mantiqueira podem sofrer grandes variações dependendo do cenário energético considerado, tanto em condição normal de operação quanto em emergências no sistema de 345 kV, o estudo CCPE/CTET/047/2002 propôs interligar as subestações de Itutinga e Juiz de Fora através de um novo circuito de 345 kV, com aproximadamente 140 km, fechando o anel Furnas – Pimenta – Barbacena. Considerando este circuito nos casos analisados anteriormente, observou-se que além de reduzir significativamente os fluxos nas linhas da região, eliminando as sobrecargas existentes, contribui também para reduzir os fluxos nas linhas Furnas – Pimenta, em cerca de 13%, e L. C. Barreto – Jaguara, em 7%. É importante destacar que se considerarmos somente a duplicação do circuito Furnas Pimenta, os problemas da região Mantiqueira seriam amenizados, mas não resolvidos. O quadro a seguir apresenta, para o cenário 3, o mais severo, um resumo das análises anteriores, mostrando o efeito do segundo circuito Furnas – Pimenta e da linha Itutinga – Juiz de Fora nos fluxos das linhas de 345 e 138 kV. Neste quadro é possível observar a redução nos carregamentos das linhas em condição normal de operação e em emergências. ONS PAR 2004-2006 161 / 530 Tabela 3.4.2-16 – Carregamentos em linhas de 345 kV e de 138 kV, Considerando a Duplicação da LT Furnas – Pimenta Linhas de Transmissão CENÁRIO 3 - 2006 (Carregamento em MVA) Reg. Normal de operação 345 kV A Fur-Piment C1 923 Fur-Piment C2 - LCB-Jaguara B C Emergência: Furnas-Pimenta Lim Emergência: LCB-Jaguara A B C A 578 506 - - - 578 506 - 923 795 - 1087 950 892 1624 1087 1005 - B C 1266 758 665 758 665 - - Emergência: MVA Barb-J.deFora A B C 924 579 523 916 - 579 523 916 1092 953 905 1165 138 kV Ituting2-SJRey 162 147 93 222 162 101 189 164 104 172 156 104 125 SJRey-Barbac 116 103 50 167 116 56 136 116 55 132 119 58 125 SJRey-Lafaiet 98 89 69 131 98 74 115 101 77 95 86 74 125 SjRey-Ituting1 97 91 69 123 97 72 109 98 73 102 95 73 120 Sdum-JFora7 20 19 16 27 20 18 24 21 18 144 141 43 95 Piau-JFora 16 15 9 19 16 11 17 16 11 106 103 29 96 Jfora-Jfora7 12 12 27 14 12 27 13 11 26 142 139 46 95 Legenda: A: Configuração atual; B: Com o 2º circuito Furnas-Pimenta; C: Com o 2º circuito Furnas-Pimenta + LT Itutinga Juiz de Fora O quadro anterior mostra que as soluções propostas para ampliação sistema de 345 kV da Rede Básica, são eficazes para contornar problemas de sobrecarga observados no sistema de 345 kV e na malha 138 kV da região da Mantiqueira. Mas para que estas obras tragam resultados esperados, dois pontos importantes devem ser equacionados: do os de os - troca do TC na saída de L. C. Barreto para Jaguara e vice-versa de modo que o limite da linha L. C. Barreto - Jaguara passe dos atuais 860 MVA para o valor de 1.165 MVA ou acima; e - em recente correspondência Furnas informou que deseja alterar o limite operativo da linha Furnas - Pimenta para 728 MVA, diferente do atual CPST que é de 916 MVA. Na hipótese do valor de 728 MVA como limite para condição normal de operação e para emergências, os resultados da tabela anterior mostram que no cenário 3 e na contingência de um dos circuitos de Furnas-Pimenta, o carregamento no circuito remanescente seria 795 MVA, ou seja, cerca de 9% acima desse novo limite. ONS PAR 2004-2006 162 / 530 Foi analisada, ainda, outra forma de interligar as subestações Itutinga e Juiz de Fora. Trata-se de uma ligação em “loop” num dos circuitos entre Itutinga e Adrianópolis, passando por Juiz de Fora, seccionando uma das linhas Itutinga - Adrianópolis em dois novos trechos: Itutinga - Juiz de Fora e Juiz de Fora - Adrianópolis. Esta alternativa proporciona resultados semelhantes à anterior com relação às reduções nos carregamentos das linhas Furnas Pimenta, L. C. Barreto - Jaguara e na malha de 138 kV da região da Mantiqueira de Minas Gerais. Mas essa configuração apresenta a desvantagem de aumentar o carregamento na transformação de Adrianópolis 500/345 kV, para alguns cenários considerados. Finalmente, destaca-se que a presença das linhas Furnas - Pimenta C2 e Itutinga - Juiz de Fora contribuem para elevar o nível de curto circuito, principalmente nas subestações de Barbacena e Juiz de Fora 345 kV e Juiz de Fora 138 kV. Em análise preliminar, pode-se observar uma elevação no curto circuito de 24, 60 e 37% nesses barramentos, respectivamente. Ressalta-se que simulações mostraram que o nível de curto-circuito da subestação de Juiz de Fora 138 kV se encontra atualmente próximo do limite. g) A região Leste de Minas Gerais é atendida principalmente pelas transformações de Mesquita 500/230 kV – 3X400 MVA e Taquaril 345/230 kV – 3X225 MVA, além de geração local da ordem de 500 MW de potência instalada nas usinas de G.Amorim, Salto Grande, Sá Carvalho e Porto Estrela. Na perda das LT 500 kV Neves - Vespasiano ou Vespasiano – Mesquita, o atendimento a essa área passa a ser feito pela transformação de Taquaril 345/230 kV e pela interligação com o Espírito Santo, através da LT 230 kV Gov. Valadares - Mascarenhas. A conseqüência dessa contingência é o afundamento de tensão e a elevação dos carregamentos na malha de 230 kV e na transformação de Taquaril. Atualmente, nessa condição é necessário efetuar cortes de carga para operação satisfatória do sistema. Em regime normal de operação não são esperados problemas para essa região. A partir de novembro de 2003 está prevista a entrada em operação da primeira máquina da usina de Aimorés (3x110 MW), localizada na interligação com o Espírito Santo próximo à subestação de Mascarenhas. Com a usina completa em abril de 2004, os problemas de carregamentos elevados e de afundamento de tensão na região leste serão significativamente minimizados. Entretanto, esse panorama será alterado com a troca da defasagem angular dos transformadores 230/138 kV-(2x150 MVA) da SE Mascarenhas que atualmente propicia fluxos adequados nessa interligação. A defasagem “nula”, pretendida pela Escelsa, teria o objetivo de minimizar os problemas ONS PAR 2004-2006 163 / 530 de elevados carregamentos observados na transformação de Vitória 345/138 kV-4x225 MVA após a entrada em operação da LT 345 kV Ouro Preto – Vitória e o adiamento da SE Areinha 345/138 kV. Os problemas de carregamentos elevados e afundamentos de tensão na malha 230 kV da região leste somente acontecem na contingência da LT 500 kV Neves – Vespasiano - Mesquita, como dito anteriormente, e são mais severos para cenários onde os fluxos na interligação Norte/Sul ocorrem no sentido do Sudeste e com baixa geração de térmicas na área RJ/ES. Um outro fator agravante seria o baixo despacho das usinas dessa região. Foram então analisados duas condições de despacho, que estão mostradas na tabela 3.4.2-17. A tabela 3.4.2-18, seguinte, mostra o efeito da alteração da defasagem do TR de Mascarenhas nos carregamentos das linhas de 230 kV da região leste da Cemig. Tabela 3.4.2-17 – Cenários Considerados na Análise do Efeito da Defasagem do Trafo da SE Mascarenhas Cenários Descrição 1 (2004) 2 (2006) 1.317 MW 1.384 MW Fluxo N-S (sentido SE) 610 MW 1.770 MW Fluxo O. Preto - Vitória 384 MW 426 MW UHE Aimorés 220 MW 220 MW 80% 80% UTE Norte Fluminense 386 MW (50%) 386 MW (50%) UTE Macaé Merchant 0 0 Carga Escelsa Ger. região leste ONS PAR 2004-2006 164 / 530 Tabela 3.4.2-18 – Carregamentos nas Linhas de 230 kV no Leste de Minas Gerais, em função da Defasagem do Trafo da SE Mascarenhas Carregamentos em linhas de 230 kV e transformador da região Leste (%) TR Mascarenhas TR Mascarenhas 230/138 kV 230/138 kV com –30 graus com defasagem “Nula” Perda da LT 500 kV Vespasiano - Mesquita L1 L2 L3 TR L1 L2 L3 TR (1) Caso Base 69 69 64 66 87 84 79 84 (2) Ger leste=50% 91 87 82 89 112 104 99 109 (3) Ger leste=50% Aimorés=330 MW 83 80 75 80 101 94 90 98 (4) Ger leste=70% 74 73 68 71 93 88 83 89 (5) Caso Base 77 77 71 74 96 92 87 92 (6) Aimorés=330 MW 70 71 65 66 88 85 80 83 (7) Ger leste e Aimorés = 50% 107 100 95 104 136 125 119 130 (8) Ger leste=50% 102 96 91 99 125 116 110 121 (9) Ger leste=50% Aimorés=330 MW 94 90 85 90 113 105 100 109 (10) Ger leste=70% 85 83 77 81 104 98 93 100 Cenário 1 (2004) Cenário 2 (2006) Legenda: L1: Taguaril – Itabira L2: Taquaril – B. Cocais L3: CSBM – B. Cocais TR: Transformação de Taquaril 345/230 kV A tabela anterior mostra que, mesmo em cenários desfavoráveis para a região Leste, praticamente não há problemas de sobrecarga nas linhas, considerando a defasagem atual de (–30º). Somente nos casos 7 e 8, são observados carregamentos ligeiramente acima do nominal no cenário 2, mais severo que o cenário 1, sendo que esse apresenta fatores agravantes que são os despachos das usinas da região leste e a UHE Aimorés com 50% da capacidade instalada. Considerando a defasagem “nula” na transformação de Mascarenhas, os resultados observados são mais severos do que com a defasagem atual, principalmente quando se considera o despacho das usinas da região Leste inferior a 70%. No caso 10, onde o despacho das usinas da região é igual a 70% e Aimorés está gerando 220 MW, os carregamentos estão praticamente ONS PAR 2004-2006 165 / 530 no limite. Para cenários com despachos inferiores a esses valores poderão ocorrer carregamentos elevados nas linhas da malha 230 kV. Os casos 7, 8 e 9 retratam essa situação. É importante ressaltar que nessa contingência do 500 kV, o afundamento de tensão na região é esperado mesmo nos casos em que os fluxos nas linhas não ultrapassam o limite de carregamento. Em geral essas tensões ficam abaixo de 1,0 pu podendo chegar a valores inferiores a 0.90 pu no eixo Ipatinga - Itabira no caso mais severo (caso 7). Com a defasagem “nula” na transformação de Mascarenhas, essa região poderá necessitar de um controle de tensão mais adequado e de recapacitação de vãos críticos de alguns trechos na malha 230 kV como, por exemplo, das linhas Taquaril Itabira2 C1 e C2, Taquaril - Barão de Cocais2 e Barão de Cocais2 - CSBM. Destaca-se ainda que está prevista para o final do ano de 2006, no rio Jequitinhonha, a entrada em operação da usina hidráulica de Murta, com 120 MW (3X40 MW), que se interligará no radial de 138 kV originado em Governador Valadares, na região Leste. A presença dessa usina reduzirá os carregamentos das linhas na malha de 230 kV da região Leste em cerca de 7%. h) Está consignada em contrato de concessão da Aneel, com novos agentes concessionários de usinas licitadas em fins de 2002, a implantação de sistema de integração ao sistema interligado nacional. Esse sistema, segundo estudos de integração dos aproveitamentos hidrelétricos na região sudeste de Goiás, consiste de uma nova subestação denominada Cachoeira Alta II que irá se conectar à SE São Simão 500 kV em novembro de 2006. O sistema de integração ainda carece de solução definitiva. As usinas em questão são: Olho d’Água, Salto do Rio Verdinho, Caçu e Barra do Coqueiro, Salto e Itaguaçu esta ainda não licitada, que juntas (descontada Itaguaçu) perfazem 389 MW de capacidade instalada. Ressalta-se que, para cumprimento desse prazo, as obras desse sistema de integração de usinas deverão ser licitadas em breve, após o que deverá ser formalizada a solicitação de acesso à Rede Básica. ONS PAR 2004-2006 166 / 530 ONS PAR 2004-2006 167 / 530 3.4.3 Área São Paulo Descrição da Área O sistema de transmissão que atende à área São Paulo é constituído principalmente, por três circuitos em 750 kV, circuitos em 500 kV, uma malha em 440 kV, circuitos em 345 kV e pelo sistema em corrente contínua de 600 kV de uso exclusivo da UHE Itaipu 50 Hz. Algumas regiões são atendidas em tensão de 230 kV. Os três circuitos de 750 kV provenientes da UHE Itaipu 60 Hz atendem à grande São Paulo pela transformação 750/345 kV de Tijuco Preto e se ligam ao sistema em 500 kV que atende à área Rio de Janeiro pela transformação 750/500 kV de Tijuco Preto. Esses três circuitos em 750 kV são também ligados ao sistema Sul pela transformação 750/500 kV de Ivaiporã. Uma parte do sistema em 500 kV provém das usinas da bacia do Paranaíba e da UHE Marimbondo no rio Grande, atravessando o Estado de São Paulo até a subestação de Cachoeira Paulista. Nesse ponto interliga-se às linhas em 500 kV provenientes da subestação de Tijuco Preto. O sistema em 500 kV está ligado à malha de 440 kV pelas transformações de Água Vermelha e de Taubaté e ao sistema em 345 kV na subestação de Campinas. A malha de 440 kV, que atravessa toda essa área, tem origem nas usinas dos rios Paraná e Paranapanema, e atende aos centros de carga no interior do Estado, chegando até as subestações terminais de 440 kV de Embu Guaçu, Cabreúva e Santo Ângelo, próximas à capital São Paulo. O sistema em 345 kV provém das usinas do rio Grande, atende às cargas no interior nas regiões de Franca e Campinas e conecta-se ao sistema em 345 kV na grande São Paulo nas subestações de Guarulhos e Mogi. O sistema em corrente contínua de 600 kV, de uso restrito da usina de Itaipu 50 Hz tem seu terminal receptor na subestação de Ibiúna, por onde a potência dessa usina se interliga à malha em 345 kV. Os pontos de suprimento à distribuição na região metropolitana de São Paulo são interligados por uma malha de 345 kV receptora do sistema em 440 kV (subestações de Santo Ângelo e Embu Guaçu), do sistema em 345 kV, nas subestações de Guarulhos e Mogi, do sistema em 750 kV, na subestação de Tijuco Preto, do sistema em corrente contínua de Itaipu 50 Hz, na subestação de Ibiúna e, ainda mais recentemente, da interligação Sul – Sudeste entre Bateias e Ibiúna. Um sistema em 230 kV que tem origem na subestação de Assis 440/230 kV interliga usinas do rio Paranapanema aos centros de carga no interior, chegando até à SE Cabreúva 440/230 kV de onde partem linhas em 230 kV que, interligadas também pela transformação 345/230 kV de Anhangüera, atende ao centro de carga na capital. Esse sistema em 230 kV interliga-se com o sistema da região Sul do Brasil nas subestações de Assis e Chavantes. ONS PAR 2004-2006 168 / 530 O Vale do Paraíba do Sul é atendido principalmente por um sistema em 230 kV que tem origem nas subestações de Mogi e Itapeti 345/230 kV, conecta-se ao sistema em 440 kV na subestação de Taubaté, passa por Aparecida e Santa Cabeça e segue em direção à área Rio de Janeiro até a subestação de Nilo Peçanha. Um sistema em 230 kV interligando as subestações 345/230 kV de Interlagos e Baixada, contando também com as usinas UHE Henry Borden (parte) e UTE Piratininga, atende cargas da capital e Baixada Santista. Evolução da Geração e do Mercado na Área São Paulo A tabela 3.4.3-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda máxima anual na área São Paulo no horizonte deste PAR. Tabela 3.4.3-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área São Paulo Atual 2004 2005 2006 Capacidade Instalada UHE (MW) 17.076 17.076 17.076 17.076 Capacidade Instalada UTE (MW) 1.116 1.116 1.116 1.116 Total 18.192 18.192 18.192 18.192 Demanda Máxima Anual (MW) 16.513 17.060 17.446 18.088 +3,3% +2,2% +3,6% Variação (%) Sumário das Condições de Atendimento Nas simulações realizadas para a Área São Paulo, foram identificadas situações, em condições normais de operação, em que se verificam sobrecargas em linhas ou em equipamentos da Rede Básica e em transformadores de conexão entre a Rede Básica e os sistemas de distribuição. Para eliminar essas sobrecargas foi necessário restringir o despacho de usinas ou o intercâmbio inter-regional. a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica para contingências simples no horizonte estudado. b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão Com a entrada em operação das usinas térmicas do Rio de Janeiro foi verificado um elevado perfil de tensão, em regime normal de operação, com ONS PAR 2004-2006 169 / 530 risco de sobretensões, no sistema de transmissão em 500 kV que atende às áreas São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Contribuem também para isso a implantação do 3º circuito da LT 500 kV Cachoeira Paulista Adrianópolis, do 2º circuito da LT 500 kV Tijuco Preto - Cachoeira Paulista e da LT 500 kV Itumbiara - Marimbondo. Para alguns cenários de geração, a partir de 2004, existem problemas de controle de tensão apenas com os recursos existentes, não permitindo desta maneira, condições satisfatórias sem o desligamento de linhas de transmissão. Por outro lado, estudos de recomposição do sistema de 500 kV identificaram a necessidade de reatores adicionais que foram compatibilizados com as necessidades para controle de tensão. Assim, este PAR reforça a necessidade de instalação de reatores no sistema em 500 kV: 136 Mvar / 500 kV na SE Cachoeira Paulista e a substituição do reator 73 Mvar / 500 kV da SE Campinas por outro de 136 Mvar, atualmente em análise pela Aneel. Para cenários com despachos de geração elevados (88%) nas usinas ligadas ao sistema em 440 kV e alto carregamento nas linhas de transmissão em 440 kV, verifica-se elevada queda de tensão entre os barramentos de 440 kV dessas usinas e os das subestações de Ribeirão Preto, Santa Bárbara, Sumaré, Bom Jardim e Cabreúva em regime normal de operação. Na contingência da LT Água Vermelha – Ribeirão Preto 440 kV, em carga pesada, são verificadas tensões inferiores a 0,90 pu no barramento de Ribeirão Preto já a partir do ano de 2004. Módulos para tornar manobráveis dois reatores 440 kV na SE Bauru (90 e 180 Mvar) e um na SE Araraquara (180 Mvar) estão previstos para entrar em operação em abril de 2004. Para cenários de baixa geração nas usinas ligadas ao sistema em 440 kV foi verificado elevado perfil de tensão durante os períodos de carga leve e mínima nesse sistema. Para o controle da tensão em condições de carga mínima, é necessário desligar linhas de transmissão de 440 kV em função do esgotamento dos recursos de controle de tensão existentes na área. Para evitar esses desligamentos é necessário acrescentar compensação reativa indutiva em derivação no sistema em 440 kV. Por outro lado, estudos de recomposição desse sistema identificaram a necessidade de reatores adicionais que foram compatibilizados com as necessidades para controle de tensão. Assim são propostos dois reatores manobráveis em 440 kV: 180 Mvar na SE Araraquara e 90 Mvar na SE Sumaré, cuja concessão está sendo analisada pela Aneel. A conexão em derivação da SE Oeste 440/88 kV – 3 x 400 MVA está em desacordo com os Requisitos Mínimos dos Procedimentos de Rede. A partir da solicitação de acesso da CBA, para 130 MW no barramento de 88 kV da SE Oeste 440/88 kV, considerando-se o seccionamento de apenas um circuito da LT 440 kV Bauru – Embu Guaçu em Oeste, são verificadas tensões muito baixas na área quando da perda do circuito Oeste – Embu ONS PAR 2004-2006 170 / 530 Guaçu, havendo risco de colapso de tensão com perda de cerca de 800 MW de carga. Como solução, propõe–se o seccionamento dos dois circuitos da LT 440 kV Bauru – Embu em Oeste, em análise pela Aneel. O sistema em 230 kV que atende a área do Vale do Paraíba apresenta restrições de carregamentos de linhas de transmissão em condições de emergência entre Mogi e São José. Além disso, a perda da LT 230 kV Taubaté – Aparecida implica em níveis de tensão inadmissíveis em Aparecida e Santa Cabeça a partir de 2006. Como solução propõe-se a instalação de transformador 500/230 kV – 350 MVA na SE Cachoeira Paulista, construção da LT 230 kV Cachoeira Paulista – Santa Cabeça, desativação da SE Itapeti 345/230 kV, além da implantação da SE Itapeti 345/88 kV – 2x400 MVA e construção linha em 88 kV, de 15 km, estas não integrantes da Rede Básica, para permitir remanejamento de carga das SE São José dos Campos, Nordeste e Mogi. c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos Há superação da capacidade operativa da LT 230 kV Edgard de Souza – Pirituba quando da contingência de um dos circuitos e esgotamento da capacidade operativa nas transformações 230/88 kV das subestações Edgard de Souza e Pirituba em emergências, com risco de corte de carga na zona oeste da cidade de São Paulo. Essas restrições serão eliminadas após a implantação da SE Anhangüera 345/88 kV – 2 x 400 MVA. Essa transformação, prevista para dezembro de 2004, está em fase de contratação e tem prazo estimado em 18 meses para entrada em operação após a assinatura do contrato. Cabe observar também que em condições de elevados despachos em Itaipu 50 e 60 Hz associados a altos fluxos do sistema Sul para o Sudeste, com menores despachos de geração nas usinas ligadas ao sistema em 440 kV, há sobrecarga no transformador 345/230 kV de Anhangüera Provisória já em condição normal de operação. A atual SE Anhangüera Provisória, construída em caráter emergencial, não tem condições de ampliação e não atende aos requisitos mínimos dos Procedimentos de Rede. Segundo informações da Cteep, essa subestação tem sido objeto de questionamentos dos órgãos de fiscalização ambiental do Estado de São Paulo devido ao nível de ruído provocado pelo transformador. A futura SE Anhangüera 345/230 – 500 MVA, proposta neste PAR, resolverá esse problema. Existe o risco de corte de carga superior a 500 MW nas subestações Edgard de Souza e Pirituba e no consumidor CBA quando da perda de um dos dois transformadores de 750 MVA da subestação Cabreúva 440/230 kVA ou da perda do transformador 345/230 kV da SE Anhangüera Provisória. A obra prevista para a área é a implantação do terceiro transformador 440/230 kV – ONS PAR 2004-2006 171 / 530 750 MVA na SE Cabreúva, já autorizado e com data de entrada em operação de julho de 2004. Há superação da capacidade operativa no tronco em 500 kV entre Tijuco Preto e Cachoeira Paulista, principalmente na contingência da LT Tijuco Preto - Cachoeira Paulista 500 kV, em cenários de elevados recebimentos pelo Sudeste com baixa geração térmica e nuclear na área do Rio de Janeiro. Essa restrição é eliminada com a entrada em operação da LT 500 kV Tijuco Preto – Cachoeira Paulista (circuito 2), já licitada, com previsão de entrada em operação em dezembro de 2004. Há elevadas sobrecargas em emergências, em todas as condições de carga, nos transformadores 345/230 kV de Interlagos e de Baixada Santista e na LT 230 kV Piratininga – Henry Borden, com despachos máximos nas UTEs Piratininga e Nova Piratininga e na UHE Henry Borden (230kV). Por outro lado, com essas térmicas fora de operação e com despacho mínimo na UHE Henry Borden (230 kV), também há superação de equipamentos em emergências no sistema em 230 kV. Esses problemas são solucionados com a entrada em operação do segundo transformador 345/230 kV – 500 MVA na SE Interlagos, já autorizado, em dezembro de 2003. A elevação dos limites de intercâmbio entre as regiões Sul e Sudeste acarreta também o aumento do fluxo através dos autotransformadores 750/345 kV – 3 x 1.500 MVA da SE Tijuco Preto em condição normal de operação, fluxos esses próximos ao limite nominal e de até 140% na contingência de um de seus bancos. A solução é a instalação da quarta unidade 750/345kV – 1.500 MVA na SE Tijuco Preto já proposta no PAR 2003-2005 e atualmente em análise pela Aneel. Devem-se observar os efeitos nessa subestação resultantes dos níveis de curto-circuito com a instalação do 4º banco, tendo em vista que o nível de curto monofásico no barramento de 345 kV (51 kA) é superior à capacidade dos disjuntores (50 kA). A expansão da interligação Sul – Sudeste através da LT 500 kV Londrina – Assis – Araraquara acarreta a elevação dos fluxos nos sistemas derivados da SE Araraquara 500 kV, bem como na transformação da SE Campinas 500/345 kV. Para fluxos do Sul para o Sudeste mais elevados (RSE = 9000 MW), esta transformação pode atingir a capacidade nominal em regime normal ou apresentar sobrecarga na contingência da LT 500 kV Campinas – Cachoeira Paulista. A solução é a implantação, em conjunto com a nova interligação Sul – Sudeste, da duplicação da transformação 500/345 kV da SE Campinas, atualmente em análise pela Aneel. Em condições de intercâmbios elevados do sistema Norte para o Sudeste (2.000 MW) e do Sudeste para o Sul (4.000 MW), combinados com despachos hidráulicos altos e térmicos e nucleares baixos no Sudeste, ONS PAR 2004-2006 172 / 530 quando da perda de um dos circuitos da LT 500 kV Marimbondo – Araraquara, o carregamento no restante é superior ao seu nominal (7% em 2004 a 32% em 2006). Essas linhas são limitadas em 1.559 MVA por seus equipamentos terminais. A troca desses equipamentos elevaria o limite para 1.665 MVA, verificando-se nessa condição ainda fluxo 24% superior ao nominal em emergências. Na condição de carga pesada, há a superação da capacidade operativa de linhas de transmissão de 230 kV na região do Vale do Paraíba entre Mogi e São José. A contingência de uma das linhas acarreta sobrecargas na remanescente com risco de corte de carga de até 120 MW. Com a instalação de transformador 500/230 kV – 350 MVA na SE Cachoeira Paulista, a construção da LT 230 kV Cachoeira Paulista – Santa Cabeça e a desativação do transformador 345/230 kV de Itapeti, o sistema opera no limite em emergências, podendo ainda ocorrer carregamentos superiores aos nominais. A solução proposta pelo CCPE para a área é a implantação de transformação 345/88 kV – 2 x 400 MVA na SE Itapeti, prevista para além do período de análise deste PAR (2009), possibilitando a transferência de carga das SEs São José dos Campos, Nordeste e Mogi. A SE Sul 345/88 kV – 4 x 400 MVA é atendida em 345 kV pelas SEs Embu e Baixada. O trecho de linha de Embu até o ponto de derivação para a SE Sul (Alto da Serra) possui capacidade de 896 MVA, inferior ao limite do trecho de Baixada até Sul (1.076 MVA). Assim, quando da perda do circuito Baixada – Sul há sobrecarga no trecho Embu – Sul (de 109% em 2004 a 112% em 2006). Esse problema carece de solução estrutural. A LT 345 kV circuito duplo Tijuco Preto – Itapeti irá apresentar carregamentos mais elevados, em condição normal de operação, quando da expansão da interligação Sul – Sudeste para cenários com elevados recebimentos pelo sistema Sudeste (RSE=9.000 MW) e despachos de geração térmica e nuclear elevados na área Rio de Janeiro. A perda de um dos circuitos da LT 345 kV Tijuco Preto – Itapeti provoca elevada sobrecarga no circuito restante impondo restrição à operação e a otimização energética para intercâmbios entre as regiões Sul e Sudeste em cenários com Angra I e II despachadas, nos patamares de carga pesada com recebimento pelo Sudeste a partir de 5.900 MW e carga média com recebimento pelo Sudeste acima de 6.300 MW. Em um cenário de máximo recebimento pelo Sudeste, 9000 MW, e despacho das usinas de Angra I e II mais as térmicas do Rio de Janeiro, o carregamento nesta linha de transmissão na emergência poderá chegar a 153% para o ano de 2006. Note-se que a presença do quarto banco de transformadores de Tijuco Preto 750 / 345 kV agrava o problema. A solução proposta é a construção de nova LT 345 kV, circuito duplo, Tijuco Preto – Itapeti (C3 e C4) associada à substituição de disjuntores 345 kV e equipamentos associados em 8 “bays” em Itapeti e em 8 “bays” em Santo ONS PAR 2004-2006 173 / 530 Ângelo, que estão sendo propostas neste PAR. Ressalta-se também a superação de disjuntores em T. Preto 345 kV cuja solução ainda está sendo analisada. Existem restrições ao despacho pleno das UHEs Porto Primavera, Taquaruçu e Capivara em função de carregamentos acima do nominal, em condição normal e em emergências, nos transformadores 440/138 kV – 150 MVA de Capivara e 440/230 kV – 336 MVA de Assis e, em emergências, nas linhas em 440 kV Taquaruçu – Capivara, Capivara – Assis e Assis – Bauru. As restrições nos transformadores são solucionadas com a entrada em operação do segundo transformador 440/230 kV – 336 MVA de Assis (data estimada, dezembro de 2004) e da substituição do transformador 440/138 kV – 150 MVA de Capivara por outro de 300 MVA (junho de 2006). As restrições em linhas de transmissão em 440 kV são provocadas por seus equipamentos terminais e serão solucionadas com a troca da relação dos TCs de 1500 A para 3000 A, que está sendo providenciada pela Cteep para o 2º semestre de 2003. Com essa troca a limitação dessas linhas passará a ser de 2000 A. Há esgotamento da capacidade operativa da LT Guarulhos – Nordeste 345 kV, na contingência da LT Mogi – Nordeste 345 kV e vice-versa, por restrição de equipamentos terminais nos patamares de carga pesada. A solução proposta é a construção de nova LT 345 kV Itapeti – Nordeste, circuito duplo, com lançamento de um circuito. d) Problemas relacionados perda do único circuito ou do único transformador Nada a registrar e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID A tabela 3.2.3 sinaliza problemas de superação da capacidade de disjuntores nas SEs Cabreúva 440 kV e 230 kV, Jupiá 440 kV, Ilha Solteira 440 kV, Embu Guaçu 345 kV, Santo Ângelo 345 kV, Xavantes 345 kV, Milton Fornasaro 345 kV, Tijuco Preto 345 kV, Guarulhos 345 kV, Mogi 345 kV, Henry Borden 230 kV, Interlagos 230 kV, Baixada Santista 230 kV, Edgard de Souza 230 kV, Mogi 230 kV e São José dos Campos 230 kV. Estudos detalhados deverão confirmar o diagnóstico e detalhar as medidas a serem adotadas. Foram identificados, ainda, potenciais problemas de superação de disjuntores fora da Rede Básica nas SEs Botucatu, Jupiá, Santa Bárbara, Henry Borden, Baixada Santista A, Oeste, Pirituba, e Piratininga. Ressalta-se a SE Tijuco Preto, cujo setor de 345 kV conta com seis disjuntores de 40 kA e trinta de 50 kA, na qual a corrente calculada de curto circuito monofásico evolui dos atuais 41,5 kA para 51 kA, após a entrada em operação do 4º banco de autotransformadores 750/345 kV. Nessa ONS PAR 2004-2006 174 / 530 subestação estão instaladas sete chaves seccionadoras de 40 kA, que já se encontram superadas. Da mesma forma, estudos detalhados já realizados [23] indicam que o disjuntor 345 kV da SE Guarulhos na saída para Nordeste já se encontra superado atualmente. Esse disjuntor tem capacidade de interrupção (16 kA) inferior aos demais da subestação. f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN A perda dos dois circuitos da LT 345 kV Interlagos – Xavantes, circuito duplo, provoca o desligamento de cerca de 1.700 MW de carga, inclusive no centro da cidade de São Paulo. A propagação desse defeito poderá levar a um corte total de cerca de 3.500 MW. Na indisponibilidade permanente desses dois circuitos, os cortes atingiriam cerca de 1.900 MW na carga pesada, 1.400 MW na média e 370 MW na leve. A desativação da SE Anhangüera Provisória com a transferência do seu transformador para a nova SE Anhangüera e a instalação nessa subestação de conexões para a LT 345 kV, circuito duplo Milton Fornasaro – Anhangüera (existente) de forma a possibilitar fechamento do anel na nova SE Anhangüera, evita as conseqüências da perda dos dois circuitos da LT 345 kV Interlagos – Xavantes. Outra ressalva é quanto à situação de perda múltipla de circuitos duplos de 440 kV que restringe o despacho de geração. Essa condição será alterada, significativamente, com a implantação da LT 500 kV Londrina – Assis – Araraquara que melhora o acoplamento entre as redes de 440 e 500 kV permitindo ainda a elevação de limites de transmissão entre essas regiões. g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição Na área São Paulo verificam-se que cinco subestações – Botucatu, Jurumirim, Campinas, Bom jardim e Cabreúva - apresentam superação da capacidade operativa de suas unidades transformadoras em regime normal de operação. Outras 26 subestações apresentam superação da capacidade operativa no caso de contingência de uma de suas unidades ou de linhas de transmissão ou transformadores da região. O eventual atraso na implantação da SE Anhangüera 345/88 kV – 2 x 400 MVA, prevista para dezembro de 2004, agrava as sobrecargas em emergências nas SEs 230/88 kV Edgard de Souza e Pirituba e na LT 230 kV Edgard de Souza – Pirituba, aumentando as restrições ao atendimento das cargas na zona oeste da cidade de São Paulo. Existe o risco de cortes de carga nas áreas de Capão Bonito e Jurumirim quando da perda da LT 230 kV Botucatu – Capão Bonito. Nessas condições há superação das capacidades nominais da LT 138 kV, circuito duplo, Jurumirim – Capão Bonito e dos transformadores 230/138 kV de Jurumirim e ONS PAR 2004-2006 175 / 530 Botucatu. Esses transformadores já operam acima do nominal em condição normal. As obras propostas para a área são a substituição dos transformadores 230/138 kV de Botucatu de 75 MVA por outros de 150 MVA (dois em dezembro de 2004 e um em dezembro de 2006), a instalação do terceiro transformador 230/138 kV – 75 MVA em Jurumirim em dezembro de 2004, a implantação de transformação 230/138 kV – 180 MVA na SE Itararé II em dezembro de 2005 e a recapacitação da LT 138 kV, circuito duplo, Jurumirim – Capão Bonito (Itaí) em dezembro de 2004. Com respeito à solução apontada para atendimento à área Mato Grosso do Sul, com a construção da LT 230 kV P. Primavera – Dourados, pode-se mencionar preliminarmente que essa instalação poderá minimizar/evitar corte de geração na usina de Rosana por sobrecarga inadmissível na LT 138 kV Rosana – P. Primavera – Ivinhema, quando da perda da LT 138 kV Rosana – Loanda. h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico Há restrições ao despacho das UTEs Piratininga e Nova Piratininga e da UHE Henry Borden (230 kV), em todos os patamares de carga, devido a elevadas sobrecargas no transformador 345/230 kV – 500 MVA de Baixada Santista e na LT 230 kV Piratininga – Henry Borden, quando da perda do transformador 345/230 kV – 500 MVA de Interlagos e elevadas sobrecargas no transformador 345/230 kV – 500 MVA de Interlagos quando das perdas do transformador 345/230 kV – 500 MVA de Baixada Santista ou da LT 230 kV Piratininga – Henry Borden. Essas restrições são reduzidas substancialmente após e entrada em operação do segundo transformador 345/230 kV – 500 MVA em Interlagos prevista para dezembro de 2003, restando alguma restrição em carga leve, e eliminadas após a energização da SE Piratininga II 230/88 kV – 3 x 150 MVA, prevista para dezembro de 2004. Providências Necessárias a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel) Tabela 3.4.3-2 – Principais Obras propostas para a área São Paulo ainda sem concessão ONS DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS DATA DE NECESSIDADE LT 345 kV Itapeti – Mogi: substituição de equipamentos terminais em Mogi Necessária atualmente PAR 2004-2006 176 / 530 ONS DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS DATA DE NECESSIDADE SE Anhangüera (nova): desativação da SE Anhangüera Provisória com transformador 345/230 kV – 500 MVA para a SE Anhangüera e instalação das conexões em 345 kV para a LT 345 kV Milton Fornasaro – Anhangüera CD, além de conexões em 230 kV para seccionamento da LT 230 kV Edgard de Souza – Centro C1/C2 Necessária atualmente SE Araraquara: reator manobrável 440 kV / 180 Mvar Necessária atualmente SE Assis: segundo banco de autotransformadores 440/230 kV – 336 MVA Necessária atualmente SE Cachoeira Paulista: reator manobrável 500 kV / 136 Mvar Necessária atualmente SE Edgard de Souza: substituição de disjuntores e equipamentos de 3 “bays” 230 kV (obra associada ao terceiro banco de autotransformadores 440/230 kV – 750 MVA de Cabreúva) Necessária atualmente SE Oeste: seccionamento dos dois circuitos da LT 440 kV Bauru - Embu Necessária atualmente SE Sumaré: reator manobrável 440 kV / 90 Mvar Necessária atualmente SE Tijuco Preto: quarto 750/345 kV – 1500 MVA autotransformadores Necessária atualmente SE Tijuco Preto: substituição de seis disjuntores 345 kV e sete chaves seccionadoras 345 kV (1) Necessária atualmente SE Guarulhos: substituição de um disjuntor 345 kV (na saída para Nordeste) (1) Necessária atualmente banco de LT 230 kV Porto Primavera - Dourados JUN/2004 SE Porto Primavera: banco de autotransformadores 440/230 kV – 450 MVA (associado à LT 230 kV Porto Primavera – Dourados) JUN/2004 LT 345 kV Itapeti - Nordeste CD (C1) DEZ/2004 LT 345 kV Tijuco Preto – Itapeti CD (C3 e C4) DEZ/2004 LT 500 kV Londrina – Assis - Araraquara DEZ/2004 PAR 2004-2006 177 / 530 DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS DATA DE NECESSIDADE SE Assis (nova): banco de autotransformadores 500/440 kV – 1500 MVA e fase reserva (associado à LT 500 kV Londrina – Assis – Araraquara) DEZ/2004 SE Campinas: 2o banco de autotransformadores 500/345 kV – 560 MVA DEZ/2004 SE Itapeti: substituição de disjuntores 345 kV e equipamentos associados em 8 “bays” (obra associada às LTs 345 kV CD Tijuco Preto – Itapeti e Itapeti – Nordeste) DEZ/2004 SE Santo Ângelo: substituição de disjuntores 345 kV e equipamentos associados em 8 “bays” (obra associada às LTs 345 kV CD Tijuco Preto – Itapeti e Itapeti – Nordeste) DEZ/2004 LT 230 kV Cachoeira Paulista – Santa Cabeça DEZ/2005 SE Cachoeira Paulista: 500/230 kV– 350 MVA DEZ/2005 banco de autotransformadores Obs: A superação de disjuntores em T. Preto 345 kV e Guarulhos poderá estar associada à necessidade de troca de outros equipamentos – estudo não concluído. b) Desenvolver Ações Complementares Os Agentes de distribuição do Estado de São Paulo devem avaliar a possibilidade de desligar uma parcela dos capacitores instalados na sub transmissão nos períodos de carga leve e mínima, de forma a minimizar a necessidade de desligamentos de linhas de transmissão para controle de reativos. Continuar a fazer gestões junto à Aneel no sentido de viabilizar alternativas para o equacionamento da implantação dos reforços vinculados às resoluções 433/00 e 489/02, em especial na área São Paulo (ONS) Avaliar as soluções para os problemas de sobrecarga na LT 345 kV Embu – Sul em condições de contingência na LT 345 kV Baixada - Sul (CCPE/ONS). Viabilizar a implantação da SE Itapeti 345/88 kV – 2x400 MVA (Bandeirante). Analisar a viabilidade de recapacitar as LT 230 kV Chavantes – Botucatu C1 (Cteep). Finalizar os estudos referentes à superação de disjuntores na SE T. Preto 345 kV e na SE Guarulhos 345 kV (ONS/Furnas) ONS PAR 2004-2006 178 / 530 Efetivar a troca de relação de TCs prevista para o 2º semestre de 2003 nas linhas de 440 kV do Pontal do Paranapanema. (Cteep/ETEO) Consolidar estudo da aplicação de dispositivos limitadores de curto circuito na área São Paulo indicando a eventual necessidade de substituição de equipamentos. (Cteep/ONS) c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas no item 6.3 ONS PAR 2004-2006 179 / 530 Descrição Complementar das Condições de Desempenho no Período 20042006 A análise das condições de desempenho do sistema de transmissão responsável pelo atendimento à área São Paulo levou em conta as usinas termelétricas, previstas no PPT, que possuem pareceres de acesso à Rede Básica expedido pelo ONS. Assim, foram consideradas as usinas termelétricas - Nova Piratininga (400 MW) e Três Lagoas (240 MW), além da 14ª unidade (110 MW) na UHE Porto Primavera. Sistema em 750 kV Os autotransformadores 750/345 kV – 3 x 1.500 MVA de Tijuco Preto operam no limite em condição normal, no ano 2004, para FSE (fluxo nas três LTs 750 kV Ivaiporã – Itaberá) da ordem de 7.100 MW em carga pesada e de 7.200 MW em carga média. Nessas condições estão despachadas as usinas Angra 1 e 2, termelétricas em São Paulo (Piratininga e Nova Piratininga, em um total de 145 MW) e no Rio de Janeiro (Santa Cruz, Termorio e Norte Fluminense, em um total de 647 MW). As usinas Eletrobolt e Macaé estão desligadas. O despacho na UHE Itaipu 60 Hz é de 6.300 MW em ambas as condições de carga. Nessas mesmas condições, quando da perda de uma unidade 750/345 kV de Tijuco Preto, as restantes apresentam sobrecargas de 41% em carga pesada e 42% em carga média. Os limites de intercâmbio do Sul para o Sudeste, após a entrada em operação da LT 525 kV circuito duplo Bateias – Ibiúna, implicam em um FSE máximo estimado na faixa de 7.300 a 7.500 MW em 2004. Dessa forma, o carregamento das unidades transformadoras 750/345 kV de Tijuco Preto em condições de emergência impõe alguma restrição ao intercâmbio do sistema Sul para o Sudeste. É importante observar que: - com a ampliação da interligação Sul – Sudeste após a construção da LT 500 kV Londrina – Assis – Araraquara e do autotransformador 500/440 kV-1500 MVA em Assis, nas mesmas condições descritas acima, os carregamentos nos três autotransformadores 750/345 kV de Tijuco Preto em carga pesada, em 2006, são reduzidos a 90% em condição normal de operação e 126% quando da perda de uma unidade. Nessas condições, o fluxo pelas três LTs 750 kV Ivaiporã – Itaberá (FSE) é de 6.900 MW e o despacho de geração na área do RJ/ES da ordem 905 MW; - a sobrecarga na transformação 750/345 kV de Tijuco Preto em emergência pode ser reduzida com redespacho de geração no sistema Sudeste para permitir a diminuição da geração na UHE Itaipu 60 Hz. Para geração em Itaipu de 60 Hz correspondente a 8, 7 e 6 máquinas (5.600 MW, 4.900 MW e 4.200 MW respectivamente), ONS PAR 2004-2006 180 / 530 as sobrecargas são de 28%, 15% e 3%, no ano 2004 em carga pesada; e - geração térmica adicional à já referida na área Rio de Janeiro, acarreta a diminuição do fluxo pelos autotransformadores 750/500 kV de Tijuco Preto e o conseqüente aumento no carregamento da transformação 750/345 kV que, dependendo dos novos montantes de geração e do FSE, podem apresentar sobrecarga em condição normal de operação. Sistema em 500 kV Os autotransformadores 440/500 kV – 717 MVA e 750 MVA de Água Vermelha poderão apresentar carregamentos elevados em condição normal de operação e sobrecargas em emergência das LTs 440 kV Água Vermelha – Ribeirão Preto e Água Vermelha – Araraquara e em um dos dois autotransformadores 440/500 kV, que é a pior condição. Os valores das sobrecargas em emergências dependem de: - diferença entre os despachos de geração nas usinas das bacias dos rios Paraná, Tietê e Paranapanema em relação aos das bacias dos rios Paranaíba e Grande; e - sentido e valor dos intercâmbios entre as regiões Sul, Sudeste e Norte / Nordeste. Tabela 3.4.3-3 – Carregamento nos Autotransformadores 500/440 kV de Água Vermelha Paraná + Paranap Ano + Tietê Grande+ Paranaíba UTE SP+ RSE RJ SE p/ N Mir-Col Norma l (1) (1) MW MW MW MW MVA 2004 9.372 10.300 876 6.800 1.800 554 77,3 1.000 139,5 2005 9.419 10.559 1.941 6.800 1.800 490 68,3 123,0 PAR 2004-2006 MVA Observações MW ONS % Emergência 882 % S/ LT Itumb.Marimb. 500 kV C/ LT Itumb.Marimb. 500 kV 181 / 530 Paraná + Paranap Ano + Tietê Grande+ Paranaíba UTE SP+ RSE RJ SE p/ N Mir-Col Norma l (1) Emergência (1) Observações MW MW MW MW MW MVA % MVA % 9.495 10.818 1.564 6.800 1.800 429 59,8 772 107,7 C/ LT Itumb.Marimb. 500 kV C/ P.Primavera 9.495 10.818 1.564 6.800 1.800 418 58,3 752 104,9 440/230 e LT 230 kV p/Dourados 2006 C/ LT P Prim 9.495 10.818 1.564 6.800 1.800 336 46,9 597 83,3 Dourados e Londr-AssisAraraq 9.273 7.403 2.482 9.200 2.000 691 96,4 1.230 171,5 Idem 9.273 7.403 708 9.200 400 470 65,6 117,0 Idem 839 1) Percentuais calculados para a unidade de 717 MVA. Fluxos na transformação 440/500 kV de Água Vermelha sempre do sistema 440 para o 500 kV Em situações de fluxos do sistema Sul para o Sudeste (RSE=6.800 MW) e do Sudeste para o Norte/Nordeste (1.800 MW de Miracema para Colinas), com despachos de geração de 88% nas usinas dos rios Paraná e Paranapanema e de cerca de 75% no Grande e 72% no Paranaíba, o fluxo nos transformadores 440/500 kV de Água Vermelha é no sentido do sistema 440 kV para o 500 kV. Nessas condições, quando da perda de um dos dois autotransformadores 440/500 kV de Água Vermelha o fluxo no restante (unidade de 717 MVA) é de 1.000 MVA / 139,5% em 2004, 882 MVA / 123,0% em 2005 e de 597 MVA / 83,3% em 2006. A presença da LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo em 2005 e da interligação em 500 kV Londrina – Assis – Araraquara, em 2006, contribuem para a diminuição desse fluxo de Água Vermelha. Para despachos de geração menores nos rios Grande (59%) e Paranaíba (44%), combinados com um fluxo maior do sistema Sul para o Sudeste (RSE = 9.200 MW), poderão ocorrer sobrecargas elevadas no autotransformador de 717 MVA quando da perda da outra unidade, cerca de 117,0% no ano 2006. Nessa última condição, com fluxo de 2.000 MW de Miracema para Colinas, o carregamento nas unidades de Água Vermelha já é elevado em condição normal de operação (2 x 691 MVA). ONS PAR 2004-2006 182 / 530 Tabela 3.4.3-4 - Carregamento nos Autotransformadores 500/440 kV de Água Vermelha com Despachos Reduzidos no Paranaíba e no Grande Paraná + Parana Ano p.+ Tietê 2004 Grand e+ UTE Paran SP+RJ RSE SE p/ N Mir-Col Norma l (1) Emergência (1) Observações aíba MW MW MW MW MW MVA % MVA % 5.732 7.504 4.770 2.700 2.000 505 70,4 905 126,2 5.967 7.791 5.270 3.700 1.500 483 67,4 866 120,8 S/ Itumb. – Marimb. 500 kV Com P.Prim 440/230 Com P Prim 5.967 7.791 5.270 3.700 1.500 462 64,4 822 114,6 440/230 e LondrAssis-Araraq 2006 6.910 7.791 5.270 2.700 1.500 414 57,7 743 103,6 Com P Prim 440/230 Com P Prim 6.910 7.791 5.270 2.700 1.500 403 56,2 717 100,0 440/230 e LondrAssis-Araraq (1) Percentuais calculados para a unidade de 717 MVA. Fluxos na transformação 440/500 kV de Água Vermelha sempre do sistema 500 para o 440 kV. Em situações de intercâmbios do sistema Norte/Nordeste para o Sudeste (da ordem de 2000 MW) e do Sudeste para o Sul, com despachos de geração relativamente baixos no Sudeste, maiores no Paranaíba (70%) do que no Grande (35%) e Paraná (60%), os fluxos nos autotransformadores 440/500 kV de Água Vermelha são no sentido do sistema em 500 kV para o 440 kV. Quando da perda de um AT há sobrecarga no restante: fluxos de 905 MVA / 126,2% em 2004 e 822 MVA / 114,6% em 2006 na unidade de 717 MVA. Nessas condições, a presença da interligação em 500 kV Londrina – Assis – Araraquara contribui para a diminuição no carregamento dessaa transformação. Para um maior despacho de geração no Paraná (73%) o fluxo na unidade de 717 MVA, quando da emergência do outro banco, é reduzido para 100,0% em 2006. ONS PAR 2004-2006 183 / 530 Em situações com elevados intercâmbios do sistema Norte para o Sudeste (cerca de 2.000 MW de Gurupi para Serra da Mesa) e do sistema Sudeste para o Sul (RSUL = 4.000 MW), despacho hidráulico elevado no Sudeste (cerca de 80% nos rios Grande, Paranaíba, Paraná, Tietê e Paranapanema) e baixos despachos de geração térmica e nuclear (apenas Angra 1 em operação), há elevados fluxos através do sistema em 500 kV em condição normal de operação, e restrições no sistema em emergências: - na perda da LT 500 kV Araraquara – Poços é superado o limite da LT 500 kV Araraquara – Campinas (limite do CPST = 1.732 MVA) em 2005 (fluxo de 1.818 MVA / 105%). Em 2006, com a entrada da interligação em 500 kV Londrina – Assis – Araraquara, esse carregamento cai ao limite da linha (fluxo de 1.713 MVA/ 99%) nessa emergência; - na perda da LT 500 kV Araraquara – Campinas, a LT 500 kV Araraquara – Poços (limite do CPST = 1.732 MVA) opera no limite em 2005 (fluxo de 1.701 MVA / 98%). Em 2006, com a entrada da interligação em 500 kV Londrina – Assis – Araraquara, o fluxo nessa emergência é menor (1.500 MVA/ 87%); e - na perda de uma das duas LTs 500 kV Araraquara – Marimbondo há superação da capacidade operativa (CPST) no circuito restante (1.673 MVA / 107% em 2004, 1.857 MVA / 119% em 2005 e 2.058 MVA / 132% em 2006). Esse carregamento é agravado com a presença da interligação em 500 kV Londrina – Assis – Araraquara. No ano 2006, considerando-se a redução no intercâmbio do sistema Norte para o Sudeste e nas gerações no sistema Sudeste, o circuito remanescente opera no limite para fluxos do sistema Sudeste para o Sul da ordem de RSUL = 2.000 MW atingindo valores da ordem de 1.539 MVA / 99%. Os dois circuitos da LT 500 kV Araraquara – Marimbondo estão limitados a 1.800 A / 1.559 MVA por seus equipamentos terminais. A troca desses equipamentos eleva o limite para 1.665 MVA. A perda da LT 500 kV Tijuco Preto – Cachoeira Paulista provoca a superação dos limites operativos na LT 500 kV Cachoeira Paulista – Taubaté, devido a problemas de superação de equipamentos terminais em Taubaté. O desempenho do sistema é adequado após a entrada em operação da segunda LT 500 kV Tijuco Preto – Cachoeira Paulista, licitada pela Aneel para a Cachoeira Paulista Transmissora de Energia Ltda., prevista para entrar em operação em dezembro de 2004. Sistema em 440 kV A LT 440 kV Capivara – Assis opera, em condição normal, durante todo o período 2004-2006, com carregamento próximo ao seu limite (1.143 MVA), ONS PAR 2004-2006 184 / 530 podendo este ser ultrapassado dependendo do despacho de geração na área e do fluxo entre os sistemas Sudeste e Sul. Quando da perda da LT 440 kV Taquaruçu – Assis esse limite de carregamento da LT Capivara – Assis é excedido em cerca de 40%. Nessa emergência, poderá ser também excedido o limite da LT 440 kV Taquaruçu – Capivara (1.143 MVA). Essas condições podem ser agravadas para despachos superiores ao considerado de 88% nas usinas dessa área, ou no caso da motorização da UHE Porto Primavera acima de 14 máquinas. Esse problema poderá ser solucionado com a adequação dos equipamentos terminais dessas LTs 440 kV Taquaruçu – Capivara e Capivara - Assis. No período anterior à entrada em operação da interligação em 500 kV Londrina – Assis – Araraquara, o limite da LT 440 kV Assis – Bauru (1.143 MVA) poderá ser excedido quando da perda da LT 440 kV Assis Sumaré em situações de despachos de geração elevados nas usinas da área (88%) e dependendo do fluxo do sistema Sul para o Sudeste. Os fluxos verificados nessa emergência são de 114% em 2004, 106% em 2005 e 77% em 2006. O autotransformador 440/230 kV de 336 MVA da subestação de Assis opera próximo ao seu limite em condição normal para despachos de geração de 88% nas usinas da área do pontal do Paranapaneme e para fluxos superiores a 1.400 MW do Sudeste para o Sul. Na contingência da LT 440 kV Assis – Bauru, esse transformador fica submetido a sobrecargas inadmissíveis da ordem de 50%, estando a usina Porto Primavera com 14 máquinas despachadas. Considerando-se, adicionalmente, a medida operativa de abertura do barramento 230 kV isolando – se a transformação 440/230 kV de Assis e a LT 230 kV Maringá – Assis das demais linhas, o fluxo pelo transformador é reduzido a valores aceitáveis. Mas, nessa nova condição, o fluxo pela LT 230 kV Maringá – Assis é superior ao máximo admissível. A perda da LT 440 kV Assis – Bauru é a emergência mais severa para o autotransformador 440/230 kV de Assis, mas, no entanto, há outras que levam esse equipamento a sobrecargas, como a perda da LT 440 kV Assis – Sumaré ou a contingência da LT 500 kV Ivaiporã – Londrina. Essa situação deverá ser agravada na eventual motorização da UHE Porto Primavera além da décima quarta máquina. Essas condições verificadas apontam para a instalação do segundo autotransformador 440/230 kV de 336 MVA em Assis que eliminaria esse problema. Observa-se que com duas unidades 440/230 kV em Assis podem ocorrer carregamentos superiores aos nominais nesses equipamentos, em emergências para despachos elevados nas usinas da área (88%) e fluxos do sistema Sudeste para o Sul (RSUL superior a 1.300 MW). A ampliação da interligação Sul – Sudeste mediante a construção da LT 500 kV Londrina – Assis – Araraquara (figura a seguir) e autotransformador 500/440 kV de ONS PAR 2004-2006 185 / 530 1.500 MVA em Assis reduzem o carregamento na transformação 440/230 kV de Assis, eliminando os problemas indicados. Figura 3.4.3-1 – Interligação S/SE em 500 kV Londrina – Assis – Araraquara Itumbiara Água Vermelha Marimbondo Araraquara Poços de Caldas Itajubá C. Paulista G Araraquara I. Solteira Campinas Bauru 2 I. Solteira S. Ângelo 2 Jupia 2 Cabreúva 2 Embu Guaçu S. Barbara M. Mirim III Taubaté Oeste Capivara Londrina Assis Ibiúna Tijuco Preto Batéias Legenda 765 kV 440 kV 500 kV 345 kV 230 kV Itaberá A SE Oeste 440/88 kV – 3 x 400 MVA é atualmente atendida em “tap” da LT 440 kV, circuito duplo, Bauru – Embu. Essa configuração não está de acordo com os Procedimentos de Rede. No PAR 2003-2005 foi proposto o seccionamento dos dois circuitos da LT 440 kV Bauru – Embu na SE Oeste. Com o seccionamento dos dois circuitos há aumento na potência de curto – circuito trifásico no barramento de 88 kV de Oeste de 24,3 kA para 30,1 kA, atingindo 96% da capacidade dos disjuntores (31,5 kA). Com o seccionamento de apenas um circuito o nível de curto – circuito no 88 kV (24,3 kA) é cerca de 77% da capacidade dos disjuntores e o desempenho do sistema é adequado, notando-se que, na perda da LT 440 kV Oeste – Embu, na condição de carga pesada de 2006, é verificada tensão de 0,909 no barramento de 440 kV de Oeste. A tensão no barramento de 88 kV é adequada. A partir da solicitação de acesso da CBA para uma carga de 129,5 MW no barramento de 88 kV de Oeste, considerando-se o seccionamento de apenas um circuito da LT 440 kV Bauru – Embu em Oeste, quando da perda da LT 440 kV Oeste – Embu, são verificadas tensões inferiores a 0,900 pu no ONS PAR 2004-2006 186 / 530 barramento de 440 kV da SE Oeste: 0,912 pu em 2004, 0,890 pu em 2005 e 0,858 pu em 2006, em carga pesada. O desempenho do sistema é sempre adequado quando se considera o seccionamento dos dois circuitos Bauru – Embu em Oeste. A CBA solicitou acesso para ampliação de sua unidade industrial a partir de 2002. De uma importação total de 530 MW, na ponta e fora de ponta, 400,5 MW são supridos em 230 kV a partir da SE Cabreúva. Os demais 129,5 MW são atendidos em 88 kV a partir da SE Oeste. O aumento de carga solicitado pela CBA, associado ao atraso na implantação da nova SE Anhangüera 345/88 kV – 2 x 400 MVA, esgotou a capacidade do sistema em 230 kV na região da cidade de São Paulo. Em 2004, na carga pesada, em condições de despacho de geração elevados no sistema em 440 kV (cerca de 88%), o carregamento na transformação 440/230 kV – 2 x 750 MVA de Cabreúva é alto em condição normal de operação (88%). Quando da perda de uma de suas unidades há elevada sobrecarga na restante (62%). Transferindo-se carga da CBA do sistema em 230 kV para o de 88 kV até um montante total de 294,4 MW e cortando-se o restante, o carregamento na unidade remanescente de Cabreúva é ainda de 117%, mostrando a necessidade de cortes de carga adicionais na cidade de São Paulo para reduzir esse valor ao nominal. Em 2004, em outro cenário de geração, com despacho hidráulico mais baixo no Sudeste, geração térmica alta no Rio de Janeiro e em São Paulo, com Angra 2 despachada e fluxo do sistema Sul para o Sudeste, mais solicitante para a SE Anhangüera Provisória 345/230 kV – 500 MVA, na carga pesada, há sobrecarga nessa subestação já em condição normal de operação (9%) e quando da perda de um transformador 440/230 kV em Cabreúva (26%). Na perda de uma unidade em Cabreúva há também sobrecarga na restante (39%). Mesmo transferindo-se para o 88 kV todo o montante de carga da CBA possível de ser atendido por esse sistema (294,4 MW) e cortando-se o restante da carga da CBA, permanece sobrecarga de 6% na transformação de Anhangüera Provisória quando da perda de um transformador 440/230 de Cabreúva, indicando a necessidade de cortes de carga adicionais na cidade de São Paulo para reduzir o carregamento ao seu valor nominal. A instalação do terceiro autotransformador 440/230 kV – 750 MVA e obras associadas na SE Cabreúva foi autorizada pela Aneel à Cteep com prazo previsto para 31/07/2004. Mesmo após a implantação desse reforço, permanece a sobrecarga em condição normal de operação no transformador 345/230 kV – 500 MVA de Anhangüera Provisória (fluxo de 103%). Após a entrada em operação da nova SE Anhangüera 345/88 kV – 2 x 400 MVA, prevista para dezembro de 2004, o desempenho do sistema é adequado. ONS PAR 2004-2006 187 / 530 Na carga pesada de junho de 2006 o transformador 345/230 kV – 500 MVA de Anhangüera Provisória tem carregamento elevado em condição normal (95%) e opera no limite (100%) quando da perda de um transformador 440/230 kV de Cabreúva. A partir de 2006 está prevista a instalação de uma novo eixo para atendimento à área do Mato Grosso do Sul, com a instalação de um banco de autotransformadores 440/230 kV – 450 MVA na SE Porto Primavera e a construção de uma LT 230 kV, circuito simples, entre Porto Primavera e Dourados (ver item 3.5.3 – área de Mato Grosso do Sul). Sistema em 345 kV A perda de um dos dois circuitos da LT 345 kV Tijuco Preto – Itapeti (2 x 1.076 MVA) provoca sobrecarga no circuito remanescente em situações com Angra 1 e 2 em operação e com fluxos do sistema Sul para o Sudeste. Em 2004, para recebimentos pelo Sudeste de cerca de 6.800 MW, o circuito restante opera no limite sem Angra 2 e há sobrecargas de 8% em carga pesada e 11% em carga média, com Angra 2 despachada. Para maiores valores do recebimento pelo Sudeste essas sobrecargas em emergências atingem valores mais elevados (para recebimentos da ordem de 9.300 MW, 48% em carga pesada em 2004 e 35% em 2006). Dessa forma, esse problema poderá restringir a operação e a otimização do sistema, considerando que as condições de fluxo e despacho de geração mencionados podem ocorrer com freqüência. Os reforços propostos pelo CCPE no sistema em 345 kV a partir de Tijuco Preto são os seguintes: - construção de nova LT 345 kV, circuito duplo, 21 km, Tijuco Preto – Itapeti; - construção de nova LT 345 kV, circuito duplo, 30 km, Itapeti – Nordeste, com lançamento de um circuito; - substituição de disjuntores 345 kV e equipamentos associados em 8 “bays” na SE Itapeti e 8 “bays” na SE Santo Ângelo; e - ressalta-se também a superação de disjuntores na SE Tijuco Preto 345 kV a partir da entrada em operação do 4º banco de autotransformadores 750/345 kV. Após a entrada em operação do quarto autotransformador 750/345 kV – 1.500 MVA de Tijuco Preto e apenas da nova LT 345 kV, circuito duplo, Tijuco Preto – Itapeti C3 e C4, e implantada a solução de atendimento ao Vale do Paraíba que prevê a retirada do autotransformador 345/230 kV – 500 MVA de Itapeti, a eventual perda de um dos circuitos da LT 345 kV Itapeti – Mogi acarreta sobrecargas no circuito restante que vai de 109% (circuito 2 com limite de 717 MVA, para FSE = 5.800 MW, sem Angra 2) a ONS PAR 2004-2006 188 / 530 135% (circuito 2 com limite de 717 MVA) e 104% (circuito 1 com limite de 932 MVA) para FSE = 7.200 MW estando Angra 2 despachada. Em condições de elevado fluxo do sistema Sul para o Sudeste (FSE = 7.200 MW com Angra 2) é aumentada a superação da unidade restante na perda de um dos dois transformadores 345/440 kV de Santo Ângelo, de 6% sem a retirada do transformador de Itapeti, para 10% com a retirada. A subestação Sul 345/88 kV – 4 x 400 MVA é atendida por um ramal em 345 kV, circuito duplo, derivado de um dos dois circuitos da LT 345 kV Embu – Baixada, constituindo-se os circuitos Embu – Sul e Baixada - Sul. O circuito de Embu Guaçu até o ponto de derivação para a SE Sul (Alto da Serra) apresenta capacidade de 896 MVA e fica submetido a sobrecargas da ordem de 9% quando de contingência na LT 345 kV Baixada - Sul em 2004, chegando a 1.004 MVA (12%) em 2006, próximo aos limites das demais linhas (1.076 MVA). No momento, alternativas de solução de planejamento estão em estudo. No horizonte 2006 pode-se observar que o seccionamento adicional do circuito Alto da Serra II – Baixada na SE Sul, passando essa subestação a ser atendida por duas linhas entre Embu Guaçu e Baixada, resolve satisfatoriamente esse problema levando a carregamentos da ordem de 830 MVA, 77% da capacidade do circuito remanescente na perda de um dos circuitos Baixada - Sul e a melhores e satisfatórias condições de tensão. Entretanto, essa possível solução pode não ser viável pela dificuldade de entrada das linhas na subestação Sul, podendo ser adotada outra solução ainda em estudo -subestação seccionadora e recondutoramento do trecho de linha de entrada na SE Sul- ou a recapacitação do trecho até Alto da Serra. Quando da perda da LT 345 kV Mogi – Nordeste a LT 345 kV Guarulhos – Nordeste opera no limite, no ano 2006, na condição de carga pesada, e vice – versa. No PAR 2003 - 2005 foram verificadas sobrecargas nessas linhas em emergências. Os carregamentos destas linhas em emergências dependem apenas da carga da SE Nordeste cujos valores previstos neste ciclo do PAR são inferiores aos do ciclo anterior. A solução proposta pelo CCPE para a área, ainda dependente de análise de viabilidade técnica, é a construção de nova LT 345 kV, circuito duplo, 30 km, Itapeti – Nordeste. A LT 345 kV, circuito duplo, Itapeti – Mogi 345 kV tem capacidade de 1.076 MVA, mas está limitada em 932 MVA (circuito 1) e 717 MVA (circuito 2) em função de restrições nos “bays” em Mogi. A solução de planejamento proposta pelo CCPE para a área prevê, além do quarto transformador 750/345 kV – 1.500 MVA em Tijuco Preto, a construção de nova LT 345 kV, circuito duplo, Tijuco Preto – Itapeti, nova LT 345 kV, circuito duplo, Itapeti – Nordeste e substituição de equipamentos 345 kV em Itapeti e Santo Ângelo. A LT 345 kV, circuito duplo, Ibiúna – Guarulhos tem um limite de 1.532 MVA por circuito. Em condições de elevado fluxo do sistema Sul para o Sudeste ONS PAR 2004-2006 189 / 530 (RSE = 9.000 MW), despacho de 6.300 MW em Itaipu 50 Hz, despacho de 449 MW nas UTEs Piratininga e Nova Piratininga e com Angra 2 fora de operação, quando da perda de um dos circuitos, o fluxo no outra supera o seu limite: 1.553 MVA / 101% em 2004 e 1.659 MVA / 108% em 2005. Em 2005 está presente a SE Anhangüera 345/88 kV – 2 x 400 MVA. Considerando-se a hipótese de fechamento do anel entre as SEs Guarulhos, Anhangüera e Milton Fornasaro, com a desativação da SE Anhangüera Provisória, o carregamento do circuito restante passa a ser adequado: 1389 MVA / 91% em 2004 e 1380 MVA / 90% em 2005. A indisponibilidade dos dois circuitos da LT 345 kV, circuito duplo, Interlagos – Xavantes provoca o desligamento total das SEs 345/88 kV Bandeirantes e Milton Fornasaro, que atendem cerca de 1.700 MW de carga na área da Grande São Paulo, responsáveis, inclusive, pelo centro da cidade de São Paulo. Há o risco de propagação do defeito para a rede de 230 kV, através da SE Anhangüera Provisória 345/230 kV, levando ao desligamento também das SEs Centro, Edgard de Souza e Pirituba e do consumidor CBA, em um total de cerca de 3.500 MW. Considerando-se a indisponibilidade permanente desses dois circuitos, cortes de carga nas SEs Bandeirantes, Milton Fornasaro, Centro, Edgard de Souza, Pirituba e CBA atingiriam cerca de 1.900 MW na carga pesada, 1.400 MW na média e 370 MW na leve. Por outro lado, a SE Anhangüera Provisória, construída em caráter emergencial não atende aos requisitos mínimos dos Procedimentos de Rede e, devido ao seu nível de ruído, a Cteep foi notificada por órgãos ambientais para a retirada de serviço dessa subestação. Dessa forma, propõem-se a desativação dessa subestação com a transferência do seu transformador para a nova SE Anhangüera e a instalação nessa subestação de conexões para a LT 345 kV, circuito duplo Milton Fornasaro – Anhangüera (existente) de forma a possibilitar fechamento do anel na nova SE Anhangüera, o que também evitará as conseqüências da perda dos dois circuitos da LT 345 kV Interlagos – Xavantes. Sistema em 230 kV – Vale do Paraíba O atendimento às cargas da região do Vale do Paraíba é realizado através das transformações de Mogi 345/230kV (2 x 500MVA), Itapeti 345/230kV (1 x 500MVA), Taubaté 440/230kV (1 x 330 MVA) e pela interligação com o Rio de Janeiro através da subestação de Nilo Peçanha 230/138kV (1 x 200 MVA). As usinas de Jaguari, Paraibuna e Santa Branca com capacidade instalada de 172 MW completam o atendimento pela rede de 88kV. A subestação de Nilo Peçanha é um ponto de intercâmbio entre as áreas Rio de Janeiro e São Paulo. Os fluxos normalmente estão no sentido de São Paulo para Rio de Janeiro e são variáveis de acordo com o despacho das usinas de Nilo Peçanha, Fontes, Pereira Passos, Angra I e II e térmicas do Rio de Janeiro. ONS PAR 2004-2006 190 / 530 Condição normal A carga prevista na região do Vale do Paraíba tem o atendimento garantido em condição normal de operação para os diversos cenários analisados no período 2004-2006. Observam-se carregamentos em torno de 77% no autotransformador de Itapeti 345/88 kV-1 x 500 MVA no patamar de carga pesada. Contingências na rede de 230 kV A perda da LT 230 kV Mogi (Furnas) – São José (com “tap” para Itapeti) causa sobrecarga na LT 230 kV Mogi (Furnas) – São José (expressa) e viceversa, conforme tabela 3.4.3-5. Devido a diferença de limites operativos, a perda da LT 230 kV Mogi (Furnas) – São José (expressa) causa sobrecarga mais elevada na LT 230 kV Mogi (Furnas) – São José (com “tap” para Itapeti). Figura 3.4.3-2 Sistema principal de atendimento ao Vale do Paraíba 358MVA / 50 km Mogi - Furnas Mogi - CTEEP 230kV 440kV 41,7 km 1 x 330 MVA Taubaté 230kV 138kV 266,7 + j 17,5 230kV Aparecida 3 x 60MVA Carga prevista para o ano 2006 pesada. 1 x 500MVA 230kV 230kV Santa Cabeça 126,4 km Nilo Peçanha ONS PAR 2004-2006 2 x 60MVA 230kV 88kV 89 + j 14,5 345kV 88kV 82,1 + j 33,5 Itapeti 230kV 88kV 38,7 km 2 x 150MVA 88kV 1 x 60MVA 4 x 150 MVA 310 MVA / 50 km 31,2 km 230kV 359MVA / 0,5 km 172,9 + j 7,8 345kV 359MVA / 6,5 km 2 x 500MVA Mogi_Q 2 x 315 MVA 359MVA / 4,7 km 514,7 + j 107,4 São José dos Campos 191 / 530 Tabela 3.4.3-5 – Sobrecarga nos Circuitos 230 kV Mogi – São José (com tap para Itapeti) e Mogi – São José (expressa) Contingência LT 230 kV Mogi – São José dos Campos (expressa) LT 230 kV Mogi – São José dos Campos (Tap) Ano Sobrecarga no circuito remanescente Carga Pesada Carga Média 2004 125% 112% 2005 128% 112% 2006 129% 111% 2004 107% 98% 2005 112% 97% 2006 114% 96% Obs: com Angra I, sem Angra II e GT (RJ) =835 MW Vale ressaltar que esses carregamentos são influenciados pelo despacho das usinas térmicas da área RJ/ES assim como nas usinas nucleares de. Angra I e II. No caso acima caso essas usinas estejam despachadas na sua totalidade a sobrecarga verificada na linha expressa de 129% cai para 109%, o que vale dizer menos 2 MW no carregamento para cada 100 MW de geração adicional. Em outro trecho do sistema de transmissão de 230 kV dessa área, observase que a contingência da LT 230 kV Taubaté – Aparecida cujas cargas de Aparecida e Santa Cabeça passam a ser atendidas radialmente pela transformação de Nilo Peçanha é suportada até o ano 2005, a partir do qual se verifica acentuada queda de tensão e risco de corte de carga. A solução de planejamento proposta pelo CCPE para essa área (relatório CCPE/CTET/GTET-059/2002 de outubro de 2002), indica as seguintes obras para o início do período: - implantação de módulo Geral em 230 kV na SE Cachoeira Paulista; - instalação de transformador 500/230 kV Cachoeira Paulista e vãos associados; – 350 MVA na SE - instalação de LT 230 kV Cachoeira Paulista – Santa Cabeça, 7 km, e vãos associados; - desativação do transformador 345/230 kV – 500 MVA da SE Itapeti após a conclusão das obras anteriores; - eliminação das restrições de carregamento nas LTs 230 kV provocadas por equipamentos terminais na SE Aparecida; e ONS PAR 2004-2006 192 / 530 - construção da SE Itapeti 345/88 kV – 2x400 MVA em 2009 e desativação da SE Mogi 230/88 kV. Considerando-se a implantação dessas obras indicadas observa-se que: - a emergência em um dos transformadores 345/230 kV da SE Mogi (já sem a transformação de Itapeti) implica em carregamento da ordem de 101% no remanescente; - a emergência na LT 230 kV Mogi (Furnas) – São José (expressa) implica em um carregamento de 104% na LT 230 kV Mogi (Furnas) – São José (com “tap” para Itapeti); e - o desempenho do sistema é adequado quando da perda da LT 230 kV Taubaté – Aparecida. Comentários: - a solução proposta de construção de novo ponto de atendimento a partir da SE Cachoeira Paulista e conexão à SE S. Cabeça, resolve os problemas verificados no eixo Taubaté – Aparecida – S. Cabeça. Já os elevados carregamento no eixo Mogi - São José do Campos terão como possível solução o remanejamento de cargas das SEs São José dos Campos 230/88 kV, Nordeste 345/88 kV e Mogi 230/88 kV (que será desativada), mediante a construção, de responsabilidade da distribuidora Bandeirante, da SE Itapeti 345/88 kV e de linha em 88 kV, com extensão aproximada de 15 km, para conexão à LT 88 kV existente, permitindo a transferência de blocos de carga dessas subestações. É importante ressaltar que nesse estudo do CCPE verificou-se a inviabilidade da ampliação da rede de 230 kV entre Mogi e São José dos Campos, devido à dificuldade de chegada em São José, tendo a distribuidora concluído pelo esgotamento dessa subestação que ficará limitada ao atendimento de cargas da ordem de 450 MW após o remanejamento de cargas mencionado. Também se deve observar que a transferência do AT 345/230 kV – 500 MVA de Itapeti para outro local não está mais sendo contemplada neste PAR. Sistema em 230 kV – Paranapanema A instalação da segunda LT 230 kV Chavantes – Botucatu foi licitada à Cteep com data para energização em meados de 2003. Antes da energização do segundo circuito Chavantes – Botucatu 230 kV, em situações com despachos de geração elevados (88%) nas usinas dos rios Paranapanema e recebimentos pelo Sudeste de 6.800 MW, as LTs 230 kV Chavantes – Botucatu (limite de 192 MVA, fluxo de 193 MVA) e Piraju – Jurumirim (limite de 319 MVA, fluxo de 312 MVA) operam no limite já em condição normal. Para maiores intercâmbios do sistema Sul para o Sudeste ONS PAR 2004-2006 193 / 530 há sobrecargas já em condição normal de operação (LT 230 kV Chavantes – Botucatu com 112% e LT 230 kV Piraju – Jurumirim com 108% para RSE = 8.900 MW). A LT 230 kV Chavantes – Botucatu apresenta sobrecargas nas emergências das LTs 230 kV Chavantes – Piraju (159%), Piraju – Jurumirim (175%), Jurumirim – Avaré (145%) e Avaré – Botucatu (140%). Quando da perda da LT 230 kV Chavantes – Botucatu há sobrecarga nas LTs 230 kV: Chavantes – Piraju (110%), Piraju – Jurumirim (131%) e Jurumirim – Avaré (103%). Em 2004, após a energização do segundo circuito Chavantes – Botucatu 230 kV o desempenho do sistema em 230 kV, a partir de Chavantes e até Botucatu, é adequado em condição normal de operação verificando-se que, quando de elevados despachos (88%) de geração na área o fluxo no circuito 1 da LT 230 kV Chavantes – Botucatu atinge cerca de 154 MVA (80%), quando de recebimentos pelo Sudeste da ordem de 8.900 MW. No entanto, para cenários com geração elevada (88%) nas usinas do Rio Paranapanema associados a fluxos do sistema Sul para o Sudeste, há sobrecargas em emergências para RSE a partir de cerca de 6.800 MW: - na perda da LT 230 kV Chavantes – Botucatu C2 há sobrecargas nas LTs 230 kV Chavantes – Botucatu C1 e Piraju – Jurumirim; e - também há sobrecargas na LT 230 kV Chavantes – Botucatu durante as perdas das LTs 230 kV Chavantes – Piraju, Piraju – Jurumirim e Jurumirim – Avaré. A partir de dezembro de 2004 está prevista a implantação de um conjunto de obras entre a Rede Básica e o sistema de distribuição na área: substituição de dois transformadores 230/138 kV de 75 MVA por dois de 150 MVA na SE Botucatu (dezembro de 2004), terceiro transformador 230/138 kV – 75 MVA na SE Jurumirim (dezembro de 2004) e transformador 230/138 kV – 180 MVA na SE Itararé II (dezembro de 2005). Implantado esse conjunto de obras não são mais verificados carregamentos acima dos nominais nas LT 230 kV Chavantes – Botucatu C1 e Piraju – Jurumirim em emergências, em situações de despachos elevados nas usinas da área, com fluxos do sistema Sul para o Sudeste (RSE de até 9.100 MW). Em 2005, após a entrada em operação do 2º autotransformador 440/230 kV – 336 MVA de Assis, em situações de intercâmbio elevado do sistema Sudeste para o Sul (RSUL = 4.000 MW), associado a despachos reduzidos de geração (60% na condição de carga pesada) nas usinas de Jurumirim, Piraju, Chavantes, Ourinhos, Salto Grande e Canoas I e II, o limite da LT 230 kV Assis – Chavantes (319 MVA) é superado quando da perda das LTs 230 kV Assis – Londrina (Copel) ou Assis – Londrina (Eletrosul). Nesse cenário, despachos de geração mais baixos nessas usinas levam a sobrecargas em condição normal de operação nos autotransformadores ONS PAR 2004-2006 194 / 530 440/230 de Assis. A nova interligação em 500 kV Londrina – Assis – Araraquara alivia o sistema em 230 kV a partir da SE Assis, permitindo uma maior exploração do mesmo para despachos reduzidos nessas mesmas usinas. A perda da LT 230 kV Botucatu – Capão Bonito, circuito simples, provoca sobrecargas nas transformações 230/138 kV de Jurumirim (143% em 2004) e Botucatu (123% em 2004) e na LT 138 kV circuito duplo Jurumirim – Capão Bonito. As transformações de Jurumirim e Botucatu operam com carregamentos acima do normal já em condição normal. As obras propostas para a área são a substituição dos transformadores 230/138 kV de Botucatu de 75 MVA por outros de 150 MVA (dois em dezembro de 2004 e um em dezembro de 2006), a instalação do terceiro transformador 230/138 kV – 75 MVA em Jurumirim em dezembro de 2004, a implantação de transformação 230/138 kV – 180 MVA na SE Itararé II em dezembro de 2005 e a recapacitação da LT 138 kV, circuito duplo, Jurumirim – Capão Bonito (Itaí) em dezembro de 2004. Sistema em 230 kV – Baixada Santista A perda do autotransformador 345/230 kV – 500 MVA de Interlagos, em cenários com as UTEs Piratininga e Nova Piratininga fora de operação e com despacho de geração mínimo na UHE Henry Borden 230 kV (15 MW), provoca sobrecarga no transformador 345/230 kV – 500 MVA de Baixada Santista (na carga pesada, carregamento de 100% em 2004 e 149% em 2006) e na LT 230 kV Henry Borden – Piratininga (na carga pesada, carregamento de 104% em 2004 e 180% em 2006). Ressalta-se que foi considerada em operação a partir de dezembro de 2004 a SE Piratininga II 230/88 kV – 3 x150 MVA e, portanto nos resultados apresentados para o ano 2006. Por outro lado, a perda do transformador 345/230 kV de Baixada Santista, para esse mesmo cenário de geração, provoca sobrecarga no transformador 345/230 kV de Interlagos (na carga pesada, carregamento de 137% em 2006), a partir da entrada em operação da SE Piratininga II 230/88 kV - 3 x 150 MVA. Na carga leve, com despacho máximo de geração nas UTEs Piratininga (470 MW) e Nova Piratininga (378 MW), há carregamentos acima do nominal em condição normal de operação no AT 345/230 kV – 500 MVA de Interlagos para despachos de geração superiores a 230 MW na UHE Henry Borden 230 kV. Para despacho mínimo na UHE Henry Borden 230 kV (15 MW) quando da perda do transformador 345/230 kV de Interlagos há sobrecarga na LT 230 kV Piratininga – Henry Borden (701MVA / 226% em 2004 e 617 MVA / 199% em 2006 com a SE Piratininga II 230/88 kV), e quando da perda da LT 230 kV Piratininga – Henry Borden há sobrecarga no ONS PAR 2004-2006 195 / 530 autotransformador 345/230 kV de Interlagos (699 MVA/140% em 2004 e 612 MVA/122% em 2006). A solução para os problemas verificados na área é a instalação do segundo autotransformador 345/230 kV – 500 MVA na SE Interlagos, já autorizado pela Aneel à Cteep, com data limite para operação comercial de 31/12/2003. Convém salientar que a presença da SE Piratininga II 230/138 kV é benéfica para a operação da Rede Básica, uma vez que permite melhor distribuição de fluxo. A Carbocloro S. A. Indústrias Químicas solicitou acesso para alimentação total de sua carga, atualmente suprida em 88 kV entre as SEs Henry Borden e Baixada, mediante seccionamento do circuito 1 da LT 230 kV, circuito duplo, Henry Borden – Baixada, a partir de junho de 2003. Sua demanda máxima atual, na ponta e fora de ponta, é de 106 MW. Estão previstos aumentos de demanda para 126 MW em janeiro de 2004 e 161 MW em junho de 2005. Sistema em 230 kV – Grande São Paulo Na perda de um dos circuitos da LT 230 kV Edgard de Souza – Pirituba há carregamento superior ao nominal no circuito restante (117% na condição de carga pesada em 2004). Há também carregamentos acima dos nominais nas unidades restantes das transformações 230/88 kV de Edgard de Souza (117% em 2004 na carga pesada) e Pirituba (122% em 2004 na carga pesada), quando da perda de um de seus transformadores. Essas restrições são eliminadas após a implantação da nova SE Anhangüera 345/88 kV – 2 x 400 MVA prevista para dezembro de 2004. Descrição complementar das análises realizadas sobre o Controle de Tensão Sistema em 500 kV Com relação ao sistema em 500 kV que atende à área São Paulo, o elevado perfil de tensão observado em alguns cenários de geração a partir do ano de 2004 acarretou problemas de controle de tensão com os recursos existentes, não permitindo condições satisfatórias sem o desligamento de linhas de transmissão, mesmo já com a inserção dos reatores em Marimbondo. Portanto, devem ser adicionados reatores manobráveis no sistema de 500 kV que deriva da usina de Marimbondo até à área RJ/ES e na SE Itutinga, tendo como base evitar/minimizar, ao menos em carga leve, o desligamento de LTs para controle de tensão e tornar a operação do sistema mais flexível. Desse modo, os pontos do sistema de 500 kV situados na área SP identificados para reforço, além de Marimbondo, foram: Campinas 500 kV - 1x136 Mvar e Cachoeira Paulista 500 kV - 1x136 Mvar. ONS PAR 2004-2006 196 / 530 Sistema em 440 kV Desligamentos de linhas de 440 kV para controle de tensão são mais freqüentes em situações como as de baixa geração nas usinas do Paraná e de acordo com um certo número de unidades geradoras sincronizadas para absorção de potência reativa. Quando necessário são desligados um dos circuitos duplos das linhas de transmissão que derivam das usinas Ilha Solteira e Jupiá e/ou o desligamento de linhas que chegam às estações terminais de Cabreúva, Embu Guaçu e Santo Ângelo para controle do perfil de tensão no 440 kV. Verifica-se no período 2004-2006 que o controle de tensão em carga leve requer a disponibilidade de todos os recursos existentes do sistema, inclusive de unidades geradoras para absorção de potência reativa pelas usinas de Ilha Solteira, Jupiá, Três Irmãos e Água Vermelha principalmente, para propiciar condições satisfatórias de operação que possam evitar o desligamento de circuitos. Entretanto, podem ocorrer tensões próximas ao limite máximo de tensão do sistema de 440 kV mesmo com as máquinas sincronizadas bastante sub-excitadas. Desse modo, para dotar o sistema de maior flexibilidade operativa com o objetivo de reduzir os desligamentos de circuitos na rede de 440 kV, pelo menos um reator manobrável de 180 Mvar/440 kV deve ser adicionado ao sistema, preferencialmente na subestação de Araraquara, o que propiciaria reflexos no perfil de tensão e na absorção de potência reativa das usinas dessa área. Nesse sentido deve ser considerada adicionalmente, pelas concessionárias dessa área do sistema, a possibilidade de desligamento de capacitores da sub transmissão em 138 kV durante as cargas leve e principalmente mínima que permanecem normalmente ligados. Em condições de carga mínima (carga mais baixa que ocorre nas madrugadas de segunda-feira, Natal e Ano Novo) do sistema, é impraticável com os reatores disponíveis nesse sistema evitar o desligamento de linhas de transmissão de 440 kV devido a redução expressiva de carga. Para operar o sistema de forma adequada é necessária a abertura de pelo menos dois circuitos em 440 kV, e nessas condições e também para um número maior de desligamentos, esse sistema opera satisfatoriamente. Observa-se que a recomposição das cargas de Bom Jardim e Taubaté pelo sistema de transmissão de 440 kV é feita pelo corredor que parte da usina de Ilha Solteira e chega à SE Santo Ângelo. A tomada de carga nessas subestações poderia ser realizada em menos tempo caso fosse possível efetuá-la através de um novo corredor (Porto Primavera – Taquaruçu – Assis – Sumaré) que, nas condições atuais, apresenta tensões elevadas em Sumaré para energização até Bom Jardim. Em cenários com despachos de geração elevados (88%) nas usinas conectadas ao sistema em 440 kV, com altos carregamentos nas linhas em ONS PAR 2004-2006 197 / 530 440 kV (cerca de 800 MW), há elevada queda de tensão em condição normal de operação entre os barramentos de 440 kV das usinas e os das subestações de Ribeirão Preto (-9,0%), Santa Bárbara (-7,6%), Sumaré (7,2%), Bom Jardim (-5,5%) e Cabreúva (-5,5%). A tensão no barramento de 440 kV de Ribeirão Preto é de 0,95 pu. Esses resultados correspondem à carga pesada de 2006 e são obtidos considerando-se desligados todos os reatores manobráveis do sistema em 440 kV, inclusive os de Bauru e Araraquara cujos módulos de conexão para manobras estão autorizados à Cteep pela resolução Aneel 591/2002 com data limite para operação comercial em 30/04/2004. Em todo o período 2004 –2006, em emergências de linhas de transmissão em 440 kV são verificadas tensões inferiores a 95% nos barramentos de 440 kV de Ribeirão Preto, Santa Bárbara, Sumaré e Mogi Mirim 3. As tensões nos barramentos de 138 kV dessas subestações são sempre adequadas. A perda da LT 440 kV Água Vermelha – Ribeirão Preto provoca sobrecarga na transformação 345/138 kV – 150 MVA de Mascarenhas de Moraes e tensões inferiores a 0,90 pu no barramento de 440 kV de Ribeirão Preto já a partir de 2004. Entretanto, a tensão no barramento de 138 kV dessa subestação é controlável dentro da faixa desejável. A sobrecarga na transformação de Mascarenhas de Moraes poderá ser reduzida através de redespacho de geração nas UHEs Mascarenhas de Moraes e Porto Colômbia e de abertura de circuitos em 138 kV. Essas medidas combinadas com um reajuste de tensão nos barramentos de 138 kV de Araraquara e Ribeirão Preto poderão melhorar também o nível de tensão no barramento de 440 kV de Ribeirão Preto. Recomenda-se às Distribuidoras a realização de estudos para a área de Mascarenhas de Moraes e de compensação reativa capacitiva no sistema de distribuição na área da SE Ribeirão Preto 440/138 kV, de forma a eliminar os problemas apontados e evitar a necessidade de medidas operativas em emergências. Descrição complementar das análises realizadas sobre a Conexão Rede Básica - Distribuição As cinco subestações a seguir apresentam superação da capacidade operativa de suas unidades transformadoras em regime normal de operação Botucatu 230/138 kV – 3 x 75 MVA, Jurumirim 230/138 kV – 2 x 75 MVA, Campinas 345/138 kV – 4 x 150 MVA, Bom Jardim 440/138 kV – 1 x 150 MVA e Cabreúva 440/138 kV – 1 x 150 MVA. ONS PAR 2004-2006 198 / 530 As vinte e seis subestações a seguir apresentam superação da capacidade operativa de suas unidades transformadoras, na perda de uma das unidades ou em contingências de linhas de transmissão da região. Baixada Santista 345/88 kV – 2 x 400 MVA, Baixada Santista 230/138 kV – 2 x 150 MVA, Capão Bonito 230/138 kV – 2 x 75 MVA, Embu Guaçu 440/138 kV - 2 x 300 MVA, Oeste 440/88 kV – 3 x 400 MVA, Bom Jardim 440/88 kV – 2 x 300 MVA, Santo Ângelo 440/138 kV – 1 x 300 + 2 x 150 MVA, Araraquara 440/138 kV – 3 x 300 MVA, Mogi Mirim III 440/138 kV – 2 x 300 MVA, Ribeirão Preto 440/138 kV – 2 x 300 MVA, Santa Bárbara 440/138 kV – 3 x 300 MVA, Sumaré 440/138 kV – 2 x 300 MVA, Assis 230/88 kV – 2 x 38 MVA, Chavantes 230/88 kV – 2 x 40 MVA, Água Vermelha 440/138 kV – 1 x 300 MVA, Bauru 440/138 kV – 2 x 150 MVA, Jupiá 440/138 kV – 1 x 150 MVA Três Irmãos 440/138 kV – 1 x 300 MVA, Bandeirantes 345/88 kV – 3 x 400 MVA, Piratininga 230/88 kV – 4 x 100 MVA, Edgard de Souza 230/88 kV – 1 x 100 MVA + 3 x 150 MVA, Pirituba 230/88 kV – 4 x 150 MVA, Sul I 345/88 kV – 2 x 400 MVA, Sul II 345/88 kV – 2 x 400 MVA, Santa Cabeça 230/88 kV – 2 x 60 MVA e São José 230/88 kV – 4 x 150 MVA. A implantação da LT 345 kV circuito duplo Guarulhos – Anhangüera e das instalações em 345 kV da nova SE Anhangüera 345/88 kV estão autorizadas pela Aneel à Cteep com prazo de dezembro de 2003. Por outro lado, a implantação dos transformadores 345/88 kV – 2 x 400 MVA nessa subestação, sob a responsabilidade da Eletropaulo, está prevista para dezembro de 2004. Essa nova subestação assume parte da carga das SEs Edgard de Souza e Pirituba 230/88 kV evitando carregamentos acima dos nominais nos transformadores dessas subestações quando da perda de uma de suas unidades e na LT 230 kV Edgard de Souza – Pirituba quando da perda de um dos seus dois circuitos. O eventual atraso na implantação da SE Anhangüera agrava as sobrecargas em emergências na SE Edgard de Souza que evoluem de 117% em 2004 até 125% em 2006, na SE Pirituba de 122% em 2004 at 131% em 2006 e na LT 230 kV Edgard de Souza – Pirituba de 116% em 2004 para 124% em 2006, aumentando as restrições ao atendimento das cargas na zona oeste da cidade de São Paulo. A implantação da SE Itararé II 230/138 kV – 180 MVA, como solução de referência de planejamento para atendimento à SE Capão Bonito, tem data informada no plano de obras da Elektro para dezembro de 2005. Associada a essa obra, há a construção de uma nova linha de transmissão em 230 kV, circuito simples, entre Jaguariaíva e Itararé II. Observa-se que esta subestação ainda não possui solicitação de acesso à Rede Básica, o que pode acarretar atrasos nas obras de responsabilidade da transmissora por falta de autorização para início das providências necessárias. ONS PAR 2004-2006 199 / 530 O fator de potência global, calculado do lado de alta dos transformadores, para a área São Paulo, em todas as condições de carga, varia de 0,979 a 0,987 no período 2004 – 2006. Em alguns pontos foram verificados valores inferiores a 0,98 que não atendem aos Procedimentos de Rede. O detalhamento deste assunto encontra-se disponível no item 7 deste relatório. ONS PAR 2004-2006 200 / 530 ONS PAR 2004-2006 201 / 530 3.5 3.5.1 Região Centro-Oeste Área Goiás/Distrito Federal Descrição da Área O sistema tronco para atendimento às cargas do Distrito Federal e de grande parte da área Goiás é constituído por três circuitos em 345 kV provenientes da UHE Itumbiara, por três circuitos em 500 kV provenientes da UHE Serra da Mesa, e também por dois circuitos em 230 kV, que escoam parte da potência gerada pela UHE Cachoeira Dourada. Além de atender às cargas dessa área, este sistema tronco é parte integrante da rede que interliga as Regiões Norte/Nordeste à Região Sudeste/Centro-Oeste e, por isso, tem o seu desempenho fortemente influenciado pelo intercâmbio – valor e sentido – praticado na interligação Norte/Sul. O sul da área Goiás é atendido a partir de três circuitos de 230 kV que derivam da UHE Itumbiara e se estendem até o Mato Grosso e por um sistema de 138 kV proveniente da UHE Cachoeira Dourada que se interliga com a área Minas Gerais, no Triângulo Mineiro, pelas duas linhas de 138 kV Cachoeira Dourada – Avatingüara. A área norte de Goiás é atendida por uma LT 230 kV proveniente da SE Brasília Sul, além de duas linhas de 230 kV derivadas da UHE Cana Brava, até a SE Serra da Mesa, onde se conectam à interligação Norte-Sul por um transformador 500/230 kV – 400 MVA. Derivado ainda da SE Serra da Mesa, está em operação um sistema em 138 kV que se estende até a SE Gurupi, que atende uma pequena parcela das cargas da CELTINS no Tocantins em situações de contingência no sistema da mesma. A capacidade de geração hidráulica instalada nessa área atinge 2.822 MW distribuída pelas usinas de Serra da Mesa (1.293 MW), Corumbá I (381 MW), Cachoeira Dourada (652 MW), Paranoá (25 MW) e Cana Brava (471MW), além da geração térmica de 10 MW na UTE Brasília. É ainda prevista a conclusão das obras em 2004 da UHE Corumbá IV (127 MW) a ser conectada na rede 138 kV de atendimento ao Distrito Federal. Há ainda o conjunto das seguintes usinas hidrelétricas na área sudeste de Goiás, previstas para o final de 2006: Olho d’Água, Salto do Rio Verdinho, Caçu, Barra dos Coqueiros, Salto e Itaguaçu, esta ainda não licitada, que juntas (descontada Itaguaçu) perfazem 389 MW de capacidade instalada. O sistema coletor dessas usinas será conectado ao sistema 500 kV da UHE São Simão. Sob o aspecto elétrico, as usinas em questão foram consideradas no âmbito da área de Minas Gerais. Evolução da Geração e do Mercado na Área Goiás/Distrito Federal A tabela 3.5.1-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda máxima anual na área Goiás/Distrito Federal no horizonte deste PAR. ONS PAR 2004-2006 202 / 530 Tabela 3..5.1-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Goiás e Distrito Federal 2003 2004 (1) 2006 2.949 2.949 UHE 2.822 UTE 10 10 10 10 Total 2.832 2.959 2.959 2.959 Demanda Máxima e crescimento Anual CELG 1331 1429 1541 1653 CEB 698 730 758 787 Total 2.029 2.159 2.299 2.440 (MW) (%) --- 6,4 6,5 6,1 Capacidade Instalada (MW) 2.949 2005 Obs.: nova UHE Corumbá IV (127 MW) Sumário das Condições de Atendimento Em condições normais de operação, não são visualizados problemas para a operação da Área Goiás/Distrito Federal. a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica Observa-se que a análise de estabilidade do sistema de transmissão da área Goiás/ Distrito Federal está inserida no desempenho dinâmico das interligações N/SE e SE/NE como um todo. Em particular, são importantes os condicionantes para o escoamento da geração das UHEs de Serra da Mesa, Cana Brava, Lajeado e a partir de janeiro de 2006 da usina Peixe Angical, tendo em conta os diferentes níveis dos intercâmbios entre as regiões Norte/NE – Sudeste, nos cenários de importação e exportação pelo Sudeste. Esse aspecto é abordado no item 4 deste relatório, que trata do desempenho e limites de transmissão das interligações regionais. A eventual perda do único autotransformador 500/230 kV-400 MVA de Serra da Mesa acarreta em problema de perda de sincronismo das máquinas da usina de Cana Brava com o sistema interligado. Até a entrada em operação do 2º banco de autotransformadores nessa subestação, proposto no PAR 2003-2005, mas ainda sem autorização da Aneel, o ECE de corte de geração implantado nessa usina elimina o problema de perda de sincronismo com o restante do sistema. b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão Com a implantação da interligação Norte-Sul II, nota-se um elevado perfil de tensão nas linhas de transmissão entre as subestações Serra da Mesa e Samambaia em diversas condições de fluxo nessa interligação, ONS PAR 2004-2006 203 / 530 principalmente em Samambaia, o que deverá acarretar em necessidade de maior controle pela UHE Serra da Mesa. Os níveis de tensão ficam na faixa entre 107 e 110% na maioria dos casos analisados, independente da condição de carga. Normalmente, na área Goiás e Distrito Federal não são necessários desligamentos de linhas de transmissão para controle de tensão. Para propiciar o adequado controle de tensão na área de Serra da Mesa – Samambaia, além de eliminar a sobretensão verificada quando da rejeição sobre Itumbiara, é importante a instalação do reator manobrável de 136 Mvar - 500 kV em Itumbiara, no terminal da LT 500 kV Samambaia – Itumbiara, já recomendado no PAR 2003-2005 e que se encontra em fase de autorização pela Aneel. A análise da necessidade da inserção de outro reator no eixo S. da Mesa – Samambaia, visando propiciar uma maior flexibilidade no controle de tensões nessa área do sistema, deverá ser objeto de análise complementar, tendo em conta o elevado perfil de tensão observado nessa área. c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos Há necessidade de revisão dos limites de carregamento das linhas de transmissão em relação aos valores que constam do CPST, de modo a se poder reavaliar os diversos casos de sobrecargas resultantes da análise, antes que soluções de natureza estrutural sejam sugeridas. Os casos em que ocorreram superações dessas capacidades no período 2004-2006 referem-se às seguintes LTs: LT 500 kV Serra da Mesa – Samambaia, LT 345 kV Samambaia – Brasília Sul, LT 230 kV Bandeirantes – Xavantes, LT 230 kV Anhanguera – Goiânia Leste e LT 230 kV Xavantes – Pirineus, conforme a seguir descrito: • Superação de capacidade operativa de CPST nos circuitos da LT 500 kV Serra da Mesa – Samambaia. A saída de um dos três circuitos Serra da Mesa – Samambaia leva aos seguintes resultados: - considerando os limites de carregamento indicados nos CPSTs (1.665 MVA / 1.923 A para as 3 LTs) verificou-se que não há sobrecargas até um valor do fluxo total que sai de Serra da Mesa (fluxo F4 indicado na Figura 3.5.1-1) da ordem de 3.270 MW (FSM= 3.500 MW, definido na Figura 3.5.1-1); - considerando para o circuito 2 um limite de 1.410 MVA (1.628 A), conforme informação mais recente de Furnas, poderá ocorrer sobrecarga nesse circuito para saída de um dos demais para fluxos F4 maiores ou iguais a 2.800 MW (FSM= 3.030 MW). Até a revisão dos limites de carregamento ou a caracterização da solução estrutural, será necessário atualizar/implantar um esquema de corte de ONS PAR 2004-2006 204 / 530 geração em Serra da Mesa - Cana Brava - Lajeado para fluxos FSM acima de 3.500 MW. • • • • ONS Superação de capacidade operativa de CPST nos circuitos da LT 345 kV Samambaia – Brasília Sul. Na configuração de junho/2004, a saída de um dos circuitos das LTs 345 kV Samambaia – Brasília Sul (limite de 639 MVA) provoca sobrecarga da ordem de 14% (730 MVA) no circuito remanescente. A eliminação da restrição dos equipamentos terminais (TCs), elevará o limite de carregamento para 766 MVA. Adicionalmente, com a entrada da UHE Corumbá IV (2 unidades de 63.5 MW, previstas para dezembro de 2004 e março de 2005), a ser conectada na rede 138 kV entre Samambaia e Brasília Sul, conforme mostrado na Figura 3.5.1-1, os fluxos nas transformações 345/138 kV de Samambaia e de Brasília Sul deverão cair, e, em conseqüência, a sobrecarga durante a citada contingência deixará de ocorrer, como verificado na análise das configurações de 2005 e 2006. Observa-se que a contingência de um dos circuitos da LT 230 kV Anhanguera – Bandeirantes, na carga pesada, pode resultar em carregamentos no circuito remanescente na faixa de 310 a 410 MVA. O limite existente para essa instalação é de 382 MVA (900 A) devido ao TC no terminal de Bandeirantes e pode ser superado em cerca de 7% quando dessa contingência. Ressalta-se que o limite de CPST dessa linha (239 MVA) necessita ser atualizado considerando os valores mencionados. Superação de capacidade operativa de CPST nas LTs 230 kV Bandeirantes – Xavantes. A saída da LT 230 kV Anhanguera – Goiânia Leste provoca sobrecargas nos dois circuitos da LT 230 kV Bandeirantes – Xavantes (limite de 219 MVA) que variam de 8% a 20% (224 a 266 MVA) no período 2004-2006, sendo mais intensas no caso de altos intercâmbios de exportação do Sudeste/Centro-Oeste para o Norte. Permanece, nesse caso, a observação acima quanto às restrições causadas pelos equipamentos terminais. Observa-se que a saída de um dos circuitos das LTs 230 kV Bandeirantes – Xavantes também provoca sobrecargas no circuito remanescente, porém de intensidade relativamente menor que a causada pela saída da LT 230 kV Anhanguera – Goiânia Leste acima descrita; Superação de capacidade operativa de CPST na LT 230 kV Anhanguera – Goiânia Leste. A saída de um dos circuitos das LTs 230 kV Bandeirantes – Xavantes provoca sobrecargas na LT 230 kV Anhanguera – Goiânia Leste (limite de 219 MVA) que variam de 6% a 24% (232 a 272 MVA) no período 2004-2006, sendo mais intensas no caso de altos intercâmbios de exportação do Sudeste/Centro-Oeste para o Norte. Permanece neste caso PAR 2004-2006 205 / 530 a mesma observação já feita quanto à eliminação das restrições de carregamento. A LT 230 kV Anhanguera – Goiânia Leste também fica sobrecarregada no caso de saída da LT 230 kV Brasília Geral – Brasília Sul. Nesse caso as sobrecargas resultaram de 7% a 11% (234 a 242 MVA) no período 20042006, independentemente do sentido dos intercâmbios entre o SE/C.Oeste e o Norte. • Superação de capacidade operativa de CPST na LT 230 kV Xavantes – Pirineus. A saída da LT 230 kV Brasília Geral – Brasília Sul provoca também sobrecargas no trecho em 230 kV Xavantes – Pirineus (limite de 204 MVA), a qual é maior no ano 2004 (22%, 250 MVA), reduzindo-se para 10% (225 MVA) em 2005 e 2006. Vale neste caso a mesma observação anterior quanto à eliminação das restrições de carregamento. Sobrecarga na transformação 500/345 kV de Samambaia (2x1.050 MVA). Foram analisadas as sobrecargas decorrentes da saída de um dos bancos de transformadores, considerando-se os casos mais críticos de altos fluxos de importação do Norte pelo Sudeste. Verificou-se que o nível de sobrecarga ultrapassa 40% para fluxos F4 acima de aproximadamente 3.270 MW (FSM= 3.500 MW). Por outro lado, para que tal sobrecarga não atinja 20%, os fluxos F4 não devem ultrapassar valores da ordem de 2.500 MW (FSM= 2.720 MW). As sobrecargas deixam de ocorrer para valores reduzidos de fluxo e para qualquer fluxo no sentido contrário, ou seja, de exportação do Sudeste para o Norte. A solução desse problema é a instalação do 3º banco em Samambaia em 2005, conforme já proposto no PAR/PDET 2003-2005 e ainda sem autorização da Aneel. d) Problemas relacionados perda do único circuito ou do único transformador Nada a registrar além do caso do transformador 500/230 kV da SE Serra da Mesa mencionado no tópico a). e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID A tabela 3.2.3 sinaliza problemas de superação da capacidade de disjuntores na SE Itumbiara 345 kV e 230 kV. Estudos detalhados deverão confirmar o diagnóstico e detalhar as medidas a serem adotadas. Foram identificados, ainda, potenciais problemas de superação de disjuntores fora da Rede Básica na SE Brasília Sul. f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN Para todos os casos o sistema apresenta-se estável. violação de limites térmicos: destacam-se somente a abertura das duas interligações em 230 kV, com cerca de 100 m de extensão, entre as SE`s Bandeirantes (FCE) e Anhangüera (Celg) que ocasiona a violação térmica ONS PAR 2004-2006 206 / 530 das LT`s 230 kV Bandeirantes – Xavantes C1 e C2 e a abertura da barra 8A - 345 kV da SE Bandeirantes que resulta em sobrecarga no autotransformador 345/230 kV remanescente. g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição Foram observadas sobrecargas nas transformações 230/138 kV de Anhanguera (2x100 MVA), Cachoeira Dourada (1x120 MVA), Xavantes (3x150 MVA), Rio Verde (2x100 MVA), Planalto (2x42 MVA) e Itapaci (2x50 MVA), conforme descrito no Item 7. h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico Nada a registrar. Providências Necessárias a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel) Tabela 3.5.1-2 – Principais Obras propostas para a área Goiás/Distrito Federal ainda sem concessão DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS DATA DE NECESSIDADE SE Itumbiara: reator manobrável 136 Mvar - 500 kV Necessária atualmente SE Serra da Mesa: 500/230 kV, 400 MVA Necessária atualmente 2º banco de autotransformadores SE Samambaia: 3º Autotransformador 500/345 kV, 1.050 MVA FEV/2004 b) Desenvolver Ações Complementares Avaliar os fatores limitantes da capacidade operativa, visando eliminar eventuais restrições causadas por equipamentos terminais, vãos críticos etc. das LTs 345 kV Samambaia – Brasília Sul, LTs 230 kV Bandeirantes – Xavantes, LT 230 kV Anhanguera – Goiânia Leste, LT 230 kV Xavantes – Pirineus – Brasília Geral. (ONS/Furnas/Celg) Analisar o impacto da inserção de outro reator no eixo 500 kV S. da Mesa – Samambaia, visando propiciar uma maior flexibilidade no controle de tensão nessa área do sistema. (ONS). Definir sistema de transmissão para integração das usinas já licitadas para o sul de Goiás (CCPE/ONS). c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas no item 6.3 ONS PAR 2004-2006 207 / 530 Descrição Complementar das Condições de Desempenho no Período 20042006 A Figura 3.5.1-1 ilustra esquematicamente a rede de transmissão da área Goiás/Distrito Federal, podendo-se destacar, para efeito de análise da rede, os seguintes subsistemas: subsistema em 500 kV de escoamento dos intercâmbios da interligação Norte-Sul e da geração das UHEs Serra da Mesa e Cana Brava. A potência escoada pode ser caracterizada pela soma dos fluxos F4, F5 e F6 indicados na figura; tal soma foi definida como FSM. A potência chegando em Serra da Mesa através da Norte-Sul é representada pelo fluxo F10. Os fluxos FNE-SE e F N-S indicam, respectivamente, a potência exportada para o Nordeste, medida em Serra da Mesa, e a importada pelo Sudeste/C.Oeste, medida em Miracema; interligação em 500 kV entre a área de Samambaia e as usinas da bacia do Paranaíba, através das LTs 500 kV Samambaia – Emborcação e Samambaia – Itumbiara, cujas potências escoadas são caracterizadas pelos fluxos F8 e F9, respectivamente; em paralelo a estas linhas há a rede em 345 kV constituída pelas LTs Samambaia – Bandeirantes – Itumbiara e Samambaia– Brasília Sul – Corumbá – Itumbiara, a qual possibilita o suprimento das cargas da área do Distrito Federal e da região central de Goiás. Tais cargas são complementarmente supridas pela rede em 230 kV que interliga as subestações de Cachoeira Dourada, Anhanguera, Goiânia, Xavantes, Bandeirantes e Brasília Sul; interligação em 230 kV entre as subestações de Brasília Sul e Serra da Mesa, através da qual são atendidas as cargas da região norte de Goiás. Essa região é complementarmente atendida pelo sistema em 138 kV derivado da SE Serra da Mesa; a potência total injetada pelos subsistemas acima descritos para o suprimento das cargas do Distrito Federal e das regiões central e norte de Goiás pode ser caracterizada pela soma dos fluxos F1, F2, F3, F5, F6 e F7. Tal suprimento é complementado pela geração das usinas localizadas junto aos centros de carga, Paranoá (não indicada na figura) e Corumbá IV; interligação entre as áreas Goiás e Mato Grosso, constituída pelos 3 circuitos de LTs em 230 kV derivadas de Rio Verde e direcionadas para Rondonópolis, via Barra do Peixe (2 circuitos) e Couto Magalhães (1 circuito). Tal interligação será ampliada com a instalação da LT em 500 kV entre Cuiabá e Itumbiara, prevista, neste relatório, para junho de 2005; ONS PAR 2004-2006 208 / 530 Figura 3.5.1-1 - Área Goiás e Distrito Federal – Diagrama esquemático – 2004 – 2006 NORTE B.Jesus da Lapa 500kV Sapeaçu 500kV Colinas 500kV NE F N-SE Lajeado Miracema ~ Gurupi S.Mesa 500kV Peixe (2006) F10 ~ Emborcação 500kV S. Gotardo ~ N. Ponte Itumbiara 500kV 2x300 MVA FSE-NE F8 Samambaia 500kV 138kV ~ Marimbondo F9 ~ (ago/04) Bandeirantes F4 F7 Samambaia 345kV F2 Uberlândia (Jun/05) Itumbiara 345kV ~ S.Simão (3) 2 x1050MVA 3x560MVA Corumbá IV ~ B.Sul 345kV B.Norte 138kV Bandeirantes 230kV S.Mesa 230kV Niquelândia Cana Brava B.Alto F3 B.Sul 230kV ~ MT 3x225MVA Corumba 345kV P.Colombia C. Dourada 230kV ~ (2x) 400MVA 3x225MVA 1x276MVA Rio Verde 230kV Itumbiara 230kV Anhanguera F1 Carajás 138kV ~ 2x225 MVA ~ F5 Miranda Planalto F6 S.Mesa 138kV 3x50MVA B.Geral Firminópolis Xavantes Goiânia Leste Pirineus FSM = F4+F5+F6 A título exemplificativo, a tabela 3.5.1-3 mostra os valores dos fluxos indicados na Figura 3.5.1-1 para a condição de junho / carga pesada dos anos 2004, 2005 e 2006, considerando os casos base de despacho de geração e dois dos casos alternativos analisados (2006A e 2006B), estes últimos com aumento dos intercâmbios de exportação e importação de potência pelo Sudeste/C.Oeste através da interligação Norte-Sul. Da análise dessa tabela, verificam-se os seguintes aspectos: no escoamento da potência proveniente da interligação Norte-Sul, nos casos em que há importação de potência pelo SE/C.Oeste, os fluxos provenientes de Serra da Mesa 500 kV são majoritariamente direcionados para a rede 345 kV (F7) e para a LT 500 kV Samambaia – Emborcação (F8), resultando valores relativamente baixos de fluxos na LT 500 kV Samambaia - Itumbiara (fluxo F9). O suprimento do Distrito Federal e das áreas centro e norte de Goiás, nesses casos, é predominantemente feito através da transformação 500/345 kV de Samambaia (F7); ONS PAR 2004-2006 209 / 530 já no caso de exportação de potência pelo SE/C.Oeste, ocorrem fluxos relativamente maiores na LT 500 kV Samambaia – Itumbiara (fluxo F9 invertido) em comparação com a LT Samambaia – Emborcação (F8). O suprimento do Distrito Federal e do centro/norte de Goiás é predominantemente feito, nesse caso, através das LTs 345 kV Itumbiara – Bandeirantes – Samambaia (fluxo F2), reduzindo-se o fluxo na transformação 500 / 345 kV de Samambaia (F7); nos diversos casos analisados a soma dos fluxos F1, F2, F3, F5, F6 e F7 resultou na faixa 1900 – 2000 MW. A soma desses fluxos corresponde, aproximadamente, a 90% das cargas do Distrito Federal e das áreas centro e norte de Goiás, sendo o saldo remanescente suprido pelas usinas locais (Paranoá, em operação, Corumbá IV, com entrada prevista para março/2004 e julho/2004, 1ª e 2ª unidade de 63.5 MW cada). As perdas de transmissão dessa área resultaram da ordem de 2% da carga total da CEB e Celg. Tabela 3.5.1-3 – Área Goiás e Distrito Federal – Fluxos (MW) Casos de referência Fluxos, MW Casos alternativos 2004 2005 2006 2006A 2006B F1 243 216 204 173 318 F2 328 326 266 122 789 F3 102 83 39 -38 315 F4 1468 1496 1947 2768 -839 F5 -142 -152 -147 -131 -200 F6 330 335 346 346 346 FSM = F4+F5+F6 1656 1679 2146 2983 -693 F7 1043 1082 1270 1507 436 F1+F2+F3+F5+F6+F7 1904 1890 1978 1979 2004 F8 407 406 529 827 -477 F9 6 -5 128 393 -802 F10 1088 1029 1274 1913 -1113 F N-S 527 462 395 1066 -1988 F SE-NE 478 410 343 146 795 Foram analisadas contingências em regime permanente em LTs 500 kV, LTs 230 kV, em transformadores da Rede Básica e da fronteira com a Rede Complementar, cujas principais conclusões foram anteriormente apresentadas no sumário das condições de atendimento. ONS PAR 2004-2006 210 / 530 ONS PAR 2004-2006 211 / 530 3.5.2 Área Mato Grosso Descrição da Área O sistema de transmissão de energia elétrica que atende à área do Mato Grosso é constituído basicamente por um sistema radial principal em 230 kV que parte da subestação de Rio Verde, com três circuitos até Rondonópolis no Mato Grosso, além de um circuito simples em 138 kV entre estas subestações. Um deles tem seu traçado via Couto Magalhães e outros dois via Barra do Peixe, havendo seccionamento e transformação 230/138 kV apenas em um desses dois últimos. Os trechos B. do Peixe – Rondonópolis e C. Magalhães – Rondonópolis têm 217 km e 178 km de comprimento, respectivamente. De Rondonópolis, com extensão de 188 km, partem dois circuitos em 230 kV para a subestação Coxipó localizada na capital Cuiabá, onde se concentra cerca de 45% da demanda do Mato Grosso e de onde se realiza a distribuição de energia aos centros de carga regionais. A área norte do MT é atendida radialmente por um único circuito de 230 kV a partir da SE Coxipó, com comprimento de 105 km até a SE Nobres, ponto de seccionamento e entroncamento com o sistema de transmissão (66 km) associado à UHE Manso, e mais 335 km até a subestação terminal de Sinop. Nesse último trecho, são atendidas por derivação as subestações de Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e Sorriso. Com a implantação de novas usinas, a área do MT tornou-se auto-suficiente em termos de energia elétrica e a rede em 230 kV passou a ser utilizada como um sistema exportador da energia excedente para o SIN. Considerando as obras que estarão sendo licitadas e autorizadas durante o ano de 2003, deverá haver expansão e reforço da rede de transmissão no período 20042006, ocorrendo a instalação de um elo adicional em 230 kV entre as áreas de Coxipó/Cuiabá e Rondonópolis, adição de compensação série em trechos de linhas 230 kV entre Cuiabá e Itumbiara e, ainda, a instalação de um circuito em 500 kV (808 km) entre essas duas últimas subestações. Evolução da Geração e do Mercado na Área Mato Grosso A tabela 3.5.2-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda máxima anual na área Mato Grosso no horizonte deste PAR. ONS PAR 2004-2006 212 / 530 Tabela 3.5.2-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Mato Grosso Capacidade Instalada (MW) Demanda Anual (MW) Crescimento (%) 2003 2004 2005 UHE 680 680 855 (1) PCH 104 324 (3) UTE 492 492 492 492 Total 1.276 1.432 1.671 1.740 Máxima 601 653 682 715 Mínima 384 416 435 455 4,4 4,8 -- 260 8,7 (2) (*) 2006 855 393 (4) (*) Inclui incorporação de mercados isolados da área norte do Estado. Notas: novas usinas (1) UHE Ponte de Pedra (175 MW); (2) PCHs 156 MW; (3) PCHs 64 MW; (4) PCHs 69 MW Sumário das Condições de Atendimento Nas análises realizadas, ficou evidenciada a existência de restrição estrutural do sistema de transmissão quanto à capacidade para escoar a totalidade da geração disponível no Mato Grosso. a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica A partir da instalação de usinas na área Mato Grosso, o sistema de transmissão passou a apresentar problemas de instabilidade eletromecânica quando de contingências de linhas de 230 kV no eixo Coxipó - Rondonópolis – Rio Verde, havendo com isso necessidade de restrição elevada de geração local. A exportação máxima para o SIN a partir de Rondonópolis, considerando os fluxos nas LTs 230 kV e 138 kV, resultou na faixa 270-350 MW, dependendo das condições de carga. Desse total aproximadamente 230300 MW correspondem ao fluxo nas LTs 230 kV, sendo o valor inferior referente à configuração de junho/2004. Para valores acima deste haveria necessidade de esquemas de corte de geração. Com a entrada em operação das obras previstas de transmissão nessa área (LT 230 kV Coxipó – Cuiabá – Rondonópolis, Compensação série no eixo em 230 kV entre Coxipó e Itumbiara e LT 500 kV Cuiabá – Ribeirãozinho – Intermediária – Itumbiara, mostradas nas Figuras 3.5.2-2 e 3.5.2-3), esse problema será solucionado para o parque gerador previsto até 2006. ONS PAR 2004-2006 213 / 530 b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão Contingências de linhas de 230 kV na área MT acarretam quedas excessivas de tensão no tronco 230 kV Rondonópolis – Barra do Peixe – Rio Verde. Com isso, há necessidade de restrição de geração local, diminuindo-se a potência exportada a partir de Rondonópolis. Esse problema será contornado com a instalação de compensação série nos dois circuitos Rondonópolis – Barra do Peixe – Rio Verde conforme mostrado mais adiante na Figura 3.5.2-2 e reforçado posteriormente com a instalação da LT 500 kV Cuiabá – Itumbiara, indicada na Figura 3.5.2-3. A subestação de Sinop, localizada na ponta de sistema radial a cerca de 335 km da SE Nobres, apresenta problemas de controle de tensão, havendo inclusive dificuldades de operação do banco de capacitores existente nessa subestação em função do baixo nível de curto-circuito local (da ordem de 240 MVA no lado 230 kV). A instalação de equipamento de controle de tensão é importante nesse ponto do sistema, conforme recomendado nos dois últimos ciclos do PAR, já autorizado pela Aneel, com entrada em operação prevista para junho de 2004. c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos O sistema de transmissão existente em 230 kV do Mato Grosso tem problemas de sobrecargas em linhas remanescentes quando de contingência simples de circuitos no eixo Rondonópolis – Rio Verde. As limitações da rede se manifestam basicamente por sobrecargas no trecho Coxipó Rondonópolis 230 kV no caso de contingência em um dos circuitos, indicativas da necessidade de ampliação do número de circuitos em 230 kV nesse trecho, e por queda acentuada de tensão no trecho Rondonópolis Barra do Peixe, indicativa da necessidade de reforço através de compensação reativa capacitiva nessa área do sistema. d) Problemas relacionados perda do único circuito ou do único transformador A perda da LT 230 kV Nobres-Sinop pode levar a desligamentos de cargas na área centro-norte do estado, na faixa aproximada de 30 a 60 MW, dependendo da condição de carga e do despacho de geração local considerado. Observa-se, por outro lado, que essa área terá um aumento de capacidade geradora instalada (PCHs), diminuindo sua dependência das demais áreas. e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID Nada a registrar ONS PAR 2004-2006 214 / 530 f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN Até que ocorram os reforços estruturais previstos, indicados nas Figuras 3.5.2-2 e 3.5.2-3, a ocorrência de contingências duplas no eixo Coxipó Rondonópolis – Barra do Peixe - Rio Verde pode levar ao ilhamento da rede do Mato Grosso em relação ao sistema interligado Sudeste/Centro Oeste. A geração local é suficiente para atender a carga, havendo necessidade de um esquema de corte de geração para manter a operação estável. g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição Conforme tratado no Item 7, foram observadas sobrecargas ou queda de tensão nas LTs 138 kV Coxipó – Rondonópolis e Rondonópolis-Couto Magalhães (74/86 MVA em condição normal/emergência), as quais operam em paralelo com a rede 230 kV. Por outro lado, observa-se que tais problemas ficarão bastante atenuados com a instalação de compensação série nos dois circuitos Rondonópolis – Barra do Peixe – Rio Verde, incluindo o seccionamento do circuito C1 e sua conexão na SE Barra do Peixe, conforme mostrado na Figura 3.5.2-2. Ressalta-se, porém, que no caso da perda de um dos transformadores da SE Coxipó 230/138 kV pode ser verificada sobrecarga elevada nas unidades remanescentes. O plano de obras da Cemat indica um total da ordem de 900 km de LTs 138 kV a serem instaladas no período 2004-2006, de responsabilidade própria e de outros agentes. Grande parte dessas linhas é voltada à integração de sistemas isolados e/ou de novas PCHs (algumas muito distantes do sistema e ainda sem contrato) nas áreas sudoeste e centronorte do estado e caso sejam concretizadas irão atenuar a dependência, principalmente da área centro-norte, da importação de potência através da LT 230 kV Nobres – Sinop. h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico Despacho Mínimo Na configuração atual, verifica-se que pode ser necessário despachar a UTE Cuiabá por razões de desempenho dinâmico do sistema, dependendo do despacho local de geração das usinas hidrelétricas. A evolução do sistema, a partir da entrada de novas usinas e das obras propostas para a área MT, irá eliminar a necessidade de despacho mínimo em Cuiabá. Despacho Máximo As restrições da rede 230 kV descritas nos itens (a), (b) e (c) anteriores impossibilitam o escoamento da totalidade da geração disponível, havendo necessidade de restringir o despacho global das usinas para valores na faixa de 60-65% da capacidade instalada no ano 2004. Sendo que a UTE Cuiabá (480 MW) representa aproximadamente 37% da potência total nesse ano, a ONS PAR 2004-2006 215 / 530 mesma poderá sofrer restrições de despacho juntamente com as demais usinas hidrelétricas do estado. i) Problemas relacionados ao desempenho operativo de instalações Os registros de proteção e a estatística do setor indicam que o desempenho médio da LT 230 kV Coxipó – Nobres - Sinop em termos de freqüência de falhas, tem sido bastante inferior ao desempenho anual das linhas de mesmo nível de tensão do SIN, com freqüência média 8 vezes superior à média das linhas de 230 kV. É importante caracterizar as causas dos desligamentos bem como o(s) trecho(s) de sua maior incidência na rota Coxipó - NobresNova Mutum-Rio Verde-Sorriso-Sinop com extensão total de 440 km. Providências Necessárias a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel) Tabela 3.5.2-2– Principais Obras propostas para o sistema do Mato Grosso ainda sem concessão ONS DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS DATA DE NECESSIDADE Seccionamento da LT Rondonópolis – Rio Verde - Itumbiara C1 em Barra do Peixe para conexão na SE 230/138 kV de Barra do Peixe Necessária atualmente Compensação série nos circuitos C1 e C2 dos trechos de linhas entre Rondonópolis e Itumbiara Necessária atualmente Nova subestação seccionadora 230 kV em Cuiabá Necessária atualmente LT 230 kV Coxipó-Cuiabá, circuito duplo (25 km), Necessária atualmente LT 230 kV Cuiabá-Rondonópolis, circuito simples (168 km), compensada em série (60%) Necessária atualmente LT 500 kV Cuiabá -Itumbiara, circuito simples (808 km), com seccionamentos em Riberãozinho e Intermediária JAN/2005 SEs Cuiabá e Ribeirãozinho 500/230 kV JAN/2005 LT 230 kV Ribeirãozinho - Barra do Peixe, circuito duplo (3 km) JAN/2005 PAR 2004-2006 216 / 530 b) Desenvolver Ações Complementares Avaliar os fatores limitantes da capacidade operativa das três LTs 230 kV entre as subestações de Rondonópolis e Itumbiara, particularmente dos trechos Barra do Peixe – Rio Verde C1 e Rio Verde – Itumbiara C1, visando eliminar eventuais restrições causadas por equipamentos terminais, vãos críticos etc.(ONS/Empresas envolvidas da área). Verificar necessidade de compatibilizar o dimensionamento dos bancos de capacitores série localizados nos citados trechos de linhas com os efetivos limites de carregamento, depois de eliminadas as eventuais restrições (CCPE/Furnas). Investigar as causas de desligamentos da LT 230 kV Coxipó – Nobres – Nova Mutum – Lucas Rio Verde – Sorriso – Sinop, com 440 km de extensão, identificando os trechos de maior incidência, e estabelecer ações que possam reduzir a freqüência de saídas da mesma, considerando particularmente as causas de origem interna (descargas atmosféricas, por exemplo) e outras ignoradas, as quais, segundo os registros, têm tido influência significativa no desempenho dessa LT (ONS/Eletronorte). c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas no item 6.3 ONS PAR 2004-2006 217 / 530 Descrição Complementar das Condições de Desempenho no Período 20042006 a) Antes da entrada da LT 500 kV Cuiabá - Itumbiara (junho/2004 a fevereiro/2005) A Figura 3.5.2-1 ilustra, de forma simplificada, a rede de transmissão para a área Mato Grosso e sua interligação com Goiás no seu estágio atual. Está previsto que a configuração do tronco transmissor principal se mantenha até o final de 2004 ou início de 2005, quando ocorrerão ampliações e reforços na rede 230 kV (Figura 3.5.2-2). Figura 3.5.2-1 - Área Mato Grosso – Configuração para os anos 2003 e 2004 Sinop Sorriso 138kV Itumbiara 500kV L. R. Verde N. Mutum UHE Manso Nobres UHE Guaporé UHE Jauru Coxipó B. do Peixe Rondonópolis 230kV Jauru 230kV R. Verde 138kV #2 #2 #2 #1 #1 #1 345kV #2 #1 Itumbiara 230kV C. Magalhães C. Dourada 138kV 138kV 138kV UTE Cuiabá UHE Itiquira 1 e 2 No período dezembro/2004 a fevereiro/2005 foi considerado que o sistema evolua para a configuração mostrada na Figura 3.5.2-2, incorporando ampliações e reforços, os quais contemplam a conexão da UHE Ponte de Pedra e, adicionalmente, os seguintes: Seccionamento da LT Rondonópolis –Rio Verde - Itumbiara C1 em Barra do Peixe e conexão da mesma na SE transformadora 230/138 kV de Barra do Peixe, ficando ambos os circuitos dessa linha conectados na referida subestação; Compensação série nos circuitos C1 e C2 dos trechos de linhas entre Rondonópolis e Itumbiara, com os seguintes graus de compensação: ONS PAR 2004-2006 218 / 530 - C2: 50% no trecho Rondonópolis-Barra do Peixe e 70% nos trechos Barra do Peixe-Rio Verde e Rio Verde-Itumbiara; - C1: 30% no trecho Rondonópolis-Barra do Peixe e 2x30% nos trechos Barra do Peixe-Rio Verde e Rio Verde-Itumbiara; Nova subestação seccionadora 230 kV em Cuiabá, conectada através de um circuito duplo (25 km) com a SE Coxipó e de um circuito simples (168 km) com a SE Rondonópolis, estabelecendo-se assim um 3o elo em 230 kV entre as áreas de Coxipó e Rondonópolis. O trecho Cuiabá-Rondonópolis terá 60% de compensação série, concentrada no terminal de Rondonópolis. Figura 3.5.2-2 - Área Mato Grosso – Configuração para fevereiro/2005 – Entrada da LT Coxipó-CuiabáRondonópolis e da compensação série na rede 230 kV Sinop Sorriso 138kV Itumbiara 500kV L. R. Verde N. Mutum UHE Manso Nobres Cuiabá UHE Guaporé Coxipó B. do Peixe Rondonópolis 230kV Jauru 230kV 60% R. Verde 50% #2 #2 #1 #1 70% 30% 345kV #2 #2 30% UHE Jauru 70% 138kV 30% 30% #1 30% Itumbiara 230kV #1 C. Magalhães C. Dourada 138kV 138kV 138kV UTE Cuiabá UHE P.Pedra UHE Itiquira 1 e 2 A área Mato Grosso que, a partir da entrada da UTE Cuiabá (480 MW) e da UHE Manso (210 MW), passou a ter excedentes de geração para exportação ao SIN, tem essa característica exportadora ampliada a partir de 2003 com a entrada de novas fontes geradoras. Na configuração de junho/2004 estarão presentes as hidrelétricas de Itiquira I (60,8 MW), Itiquira II (95,2 MW), Jauru (110,1 MW) e Guaporé (120 MW). Em relação a junho/2003, está ainda prevista a implantação de um montante ONS PAR 2004-2006 219 / 530 1 adicional de 36 MW de PCHs na região sudoeste , totalizando 1312 MW de capacidade instalada de geração. Em fevereiro/2005 foram consideradas em operação as 2 primeiras das 3 unidades da UHE Ponte de Pedra (3x58.7 MW). A configuração correspondente a junho/2004 é a mostrada na Figura 3.5.2-1. Para dezembro/2004 foi considerada a possibilidade de estar instalada a compensação série prevista para a rede 230 kV, mostrada na Figura 3.5.2-2, sem, contudo, a presença das linhas Coxipó-Cuiabá e Cuiabá-Rondonópolis, constituindo um 3º elo entre as áreas de Coxipó e Rondonópolis, o qual foi considerado na configuração de fevereiro/2005. Dada a topologia da conexão das novas fontes de geração nessa área, os fluxos dos excedentes de geração se concentram na SE Coxipó e são direcionados para Rondonópolis, através dos dois circuitos Coxipó Rondonópolis 230 kV e da LT Coxipó – Jaciara - Rondonópolis 138 kV que opera em paralelo à rede 230 kV. Em Rondonópolis há a adição da geração proveniente de Itiquira I/II e da UHE Ponte de Pedra, aumentando o fluxo exportador, o qual se direciona para Rio Verde através dos três circuitos 230 kV (dois deles via Barra do Peixe e um via Couto Magalhães) e da LT 138 kV Rondonópolis-Couto Magalhães -Rio Verde que opera em paralelo à rede 230 kV. A tabela a seguir resume os principais resultados para as configurações analisadas do ano de 2004 e de fevereiro/2005: Tabela 3.5.2-3– Resultados da análise do estado do Mato Grosso – Ano 2004 e fevereiro/2005 C. Pesada Cap. Instalada, MW UTE UHE PCH Carga, MW C. Leve 492,0 679,6 140,4 Total Geração máxima, MW % 2004 Junho C. Média Dezembro C. Pesada 2005 Fevereiro C. Pesada C. Média 492,0 679,6 143,6 492 796,9 143,6 1315,2 1432,5 1044,5 72,9% 941,5 71,8% 1312,0 919,5 70,1% 765,5 58,3% 908,5 69,1% 1034,5 72,2% 576,5 595,1 438,7 527,3 530,3 Perdas, MW 61 50,4 40,8 70,2 76,2 70,7 % 6,5% 5,5% 5,3% 7,7% 7,3% 6,8% 296 49 345 272 45 317 261 57 318 311 37 348 438 46 484 445 43 488 Exportação, MW (de Rondonópolis) 230 kV 138 kV Total 522,8 1 Nesse montante consideraram-se apenas as PCHs que têm contrato firmado com a Cemat, a serem instaladas em 2003 e 2004 . Caso se considere todas as PCHs listadas no programa de metas do MME e/ou previstas pela Cemat, incluindo aquelas que ainda não tem contrato, o montante adicional em junho/2004, em relação a junho/2003, seria de 156 MW, sendo 41 MW na área centro-norte e 115 MW na área sudoeste do estado, elevando para 1432 MW o total de capacidade instalada. ONS PAR 2004-2006 220 / 530 Os valores de geração despachada e os fluxos a partir de Rondonópolis indicados na tabela acima são os máximos possíveis para que não ocorram sobrecargas em regime permanente, em situações de contingências na rede. Para valores acima dos indicados, haveria necessidade de esquemas de corte de geração. As emergências mais críticas foram as seguintes: saída de um dos dois circuitos Coxipó -Rondonópolis 230 kV, a qual tende a provocar sobrecargas no circuito remanescente (limite de 307 MVA, para condição de emergência) e na LT Coxipó -Jaciara-Rondonópolis 138 kV (limites de 86 MVA para condição de emergência); saída do trecho de LT 230 kV Rondonópolis –B. do Peixe C2, a qual sobrecarrega a LT 230 kV Rondonópolis-B. do Peixe-Rio Verde C1 (287 MVA), e tende a causar queda acentuada de tensão no sistema 230 kV e ao longo da LT 138 kV Rondonópolis-Couto Magalhães. A presença da compensação série na rede 230 kV (dezembro/2004) melhora o desempenho da rede na segunda das contingências acima, porém, conforme se poderia antecipar, não soluciona a limitação de transmissão decorrente da primeira das contingências citadas, o que só ocorrerá com a instalação do 3º elo em 230 kV entre Coxipó e Rondonópolis. Dessa forma, o fluxo máximo exportável a partir de Rondonópolis resultou da mesma ordem de grandeza (350 MW em carga pesada e 315 MW em carga média e leve) nas configurações de junho e dezembro/2004. Com a presença das linhas Coxipó - Cuiabá e Cuiabá - Rondonópolis e da compensação série anteriormente referida, o que ocorre na configuração de fevereiro/2005 mostrada na Figura 3.5.2-2, esse fluxo se eleva para aproximadamente 485 MW. Nesse caso, a segunda das contingências anteriormente descritas passa a ser a mais crítica, sendo igualmente severa a saída do trecho em 230 kV Barra do Peixe – Rio Verde C2, a qual sobrecarrega o trecho em paralelo B. do Peixe - Rio Verde C1. Sob o aspecto de exportação de energia, conclui-se que a rede de transmissão prevista para 2004 é compatível com um despacho máximo da geração da ordem de 70% em condições de carga pesada e média e da ordem de 58% na carga leve. Em fevereiro de 2005, com a instalação de compensação série na rede 230 kV, um despacho máximo de 72% da geração permanece sendo possível, mesmo com o aumento da capacidade instalada devido à entrada das duas primeiras unidades da UHE Ponte de Pedra. Procurou-se confirmar os valores de exportação indicados na tabela anterior através de estudos dinâmicos. Para a configuração de junho/2004, constatou-se que limite dinâmico de transmissão é inferior ao indicado na tabela. O sistema permanece estável para curto monofásico e abertura de um circuito Coxipó – Rondonópolis para uma exportação a partir de Rondonópolis de até aproximadamente 270 MW, sendo 230 MW pelas linhas 230 kV e da ordem de ONS PAR 2004-2006 221 / 530 40 MW pelo sistema 138 kV. Na configuração de dezembro/2004 e de fevereiro/2005 foram confirmados os valores anteriores. Observa-se que no caso de fevereiro/2005, não se buscou investigar o limite dinâmico de transmissão, o qual deverá ser ligeiramente superior ao indicado na tabela anterior. Constatou-se também que os recursos de controle de tensão no tronco transmissor em 230 kV disponíveis são suficientes para atender situações operativas, em carga leve, com menores níveis de geração despachada, até aproximadamente 40% da capacidade instalada em junho/2004. Abaixo desse valor, há elevação dos níveis de tensão ao longo da rede 230 kV, podendo ultrapassar o limite de 105% em B. do Peixe. Devem ser observados os seguintes aspectos quanto aos limites de carregamento das LTs 230 kV nas quais será adicionada a compensação série, particularmente dos trechos B.Peixe-Rio Verde C1 e Rio Verde- Itumbiara C1, ambos de Furnas: O limite para condições de emergência considerado nos estudos para esses dois trechos foi de 290 MVA / 730 A, o qual é compatível com o condutor dessas LTs (1x556 MCM por fase) e ligeiramente inferior ao adotado nos 2 estudos de dimensionamento dos capacitores série 310 MVA / 780A . Por outro lado, o CPST indica uma capacidade operativa de 197 MVA / 495 A para os citados trechos3. A prevalecer este último valor haveria necessidade de redução no despacho de geração da ordem de 150 MW, caindo de 72% para 62% o nível de geração máxima e reduzindo de 485 MW para 345 MW o fluxo máximo de exportação a partir de Rondonópolis. Ou seja, ficaria praticamente anulado o ganho proporcionado pela introdução da compensação série em fevereiro/2005, antes da entrada da LT CuiabáItumbiara em 500 kV. Ademais, resultariam sobredimensionados os bancos de capacitores série, projetados para 30% de sobrecorrente em condições de emergência (durante 30 minutos). Esse aspecto merece consideração detalhada, visando caracterizar os fatores que restringem a capacidade operativa dos citados trechos de LTs, bem como estabelecer as possíveis soluções. b) Após a entrada da LT 500 kV Cuiabá-Itumbiara (junho/2005 a dezembro/2006) A partir de junho/2005 foi considerada a entrada em operação da LT 500 kV Cuiabá-Itumbiara, conforme ilustrado na Figura 3.5.2-3, com acréscimo significativo da capacidade de transporte e de exportação de energia do Mato Grosso para a Região Sudeste. 2 Ref. relatório CCPE/CTET.052.2002 “Definição da compensação série nos circuitos existentes de 230 kV entre a subestações de Cuiabá e Itumbiara”, de dezembro/2002. 3 Ref. relatório ONS-2.1/005/2001 “Análise das capacidades das linhas de transmissão informadas nos CPST e nos documentos existentes na ANEEL, relativos às prorrogações das concessões das empresas de transmissão” ONS PAR 2004-2006 222 / 530 As ampliações indicadas na Figura 3.5.2-3 referem-se às seguintes instalações: Linha de transmissão em 500 kV circuito simples entre Cuiabá e Itumbiara (808 km) e reatores shunt associados, com trechos Cuiabá – Ribeirãozinho (364 km), Ribeirãozinho – Intermediária (242 km) e Intermediária – Itumbiara (202 km); e Transformações 500/230 kV em Cuiabá (1x750 MVA) e Ribeirãozinho (1x400 MVA) e conexão de Ribeirãozinho a Barra do Peixe, através de LT 230 kV em circuito duplo (3 km). Figura 3.5.2-3 - Área Mato Grosso – Configuração prevista a partir de junho/2005 Sinop Sorriso 138kV L. R. Verde Itumbiara 500kV Ribeirãozinho 500kV N. Mutum UHE Manso Intermediária 500kV Nobres 230kV Cuiabá UHE Guaporé Coxipó Rondonópolis 230kV Jauru 230kV R. Verde B. do Peixe 60% #2 #2 #1 #1 30% 345kV #2 70% #2 30% UHE Jauru 70% 138kV 50% 30% 30% #1 30% Itumbiara 230kV #1 C. Magalhães C. Dourada 138kV 138kV 138kV UTE Cuiabá UHE P.Pedra UHE Itiquira 1 e 2 Em termos de expansão da capacidade de geração, foi agregada na configuração de junho/2005 a 3ª unidade de 58.7MW da UHE Ponte de Pedra, cuja instalação é prevista para março/2005. Visando analisar a capacidade de transporte da rede, considerou-se também um montante adicional em relação a fevereiro/2005 de 180 MW em junho/2005 e mais 69 MW em fevereiro/2006, correspondentes a PCHs, listadas no programa de metas do MME e nas previsões da Cemat. As tabelas 3.5.2-4 e 3.5.2-5 resumem os principais resultados para as configurações analisadas dos anos 2005 e 2006. ONS PAR 2004-2006 223 / 530 Tabela 3.5.2-4– Resultados da análise do estado do Mato Grosso – Ano 2005 (junho e dezembro) Ano 2005 Junho C. Pesada Cap. Instalada, MW Dezembro C. Média C. Leve C. Pesada UTE 492.0 UHE 855.6 855.6 PCH 323.9 337.9 Total 492.0 1685.5 1671.5 Geração, MW 1503 1502 1354.6 1501.2 % 89.9% 89.9% 81.0% 89.1% 551.2 Carga, MW Exportação (MW) a partir de 671.5 622.9 459.2 Cuiabá 500 kV 324 345 353 369 Rondonópolis 230 kV 431 454 455 490 Rondonópolis 138 kV Total 47 45 41 48 802 844 849 907 Perdas, MW 89.5 94.1 94.4 97 % 6.0% 6.3% 7.0% 6.5% Tabela 3.5.2-5– Resultados da análise do estado do Mato Grosso – Ano 2006 Ano 2006 Fevereiro C. Pesada Cap. Instalada, MW Junho C. Média C. Pesada UTE 492.0 UHE 855.6 PCH 392.9 Total 1740.5 Dezembro C. Média C. Leve C. Pesada Geração, MW 1511.5 1520.5 1561.5 1560.5 1373.1 1550.7 % 86.8% 87.4% 89.7% 89.7% 78.9% 89.1% 555.2 547.4 703.6 651.6 480.3 580.5 Cuiabá 500 kV 372 388 336 356 345 374 Rondonópolis 230 kV 480 484 438 465 451 495 Carga, MW Exportação (MW) a partir de Rondonópolis 138 kV 50 46 49 48 42 49 902 918 823 869 838 918 Perdas, MW 109.3 110.1 102.9 110.9 121.8 162.2 % 7.2% 7.2% 6.6% 7.1% 8.9% 10.5% Total Os valores de geração despachada e os fluxos a partir de Rondonópolis indicados nas tabelas acima são os máximos possíveis para atender os critérios operativos em situações de contingências na rede. Para valores acima dos indicados, haveria necessidade de esquemas de corte de geração. As emergências mais críticas passam a ser a perda de um dos trechos da nova LT 500 kV Cuiabá – Itumbiara, ou seja: ONS PAR 2004-2006 224 / 530 perda do trecho Cuiabá – Ribeirãozinho, a qual provoca aumento do carregamento das LTs 230 kV que saem de Cuiabá. O fator limitante é a tensão mínima em Rondonópolis 230 kV, a qual é verificada antes que se atinjam os limites de capacidade dessas linhas; perda do trecho Ribeirãozinho – Intermediária ou Intermediária – Itumbiara, a qual provoca aumento do carregamento das LTs 230 kV que saem de Barra do Peixe. O fator limitante resultou ser a tensão máxima no lado linha dos bancos de capacitores série 230 kV de Rio Verde, na LT B. do Peixe – Rio 4 Verde C2, admitida igual a 1.20 p.u. . Sob o aspecto de exportação de energia, conclui-se que com a entrada da LT 500 kV Cuiabá – Itumbiara, em adição à compensação série anteriormente mencionada para a rede 230 kV, o sistema de transmissão do Mato Grosso possibilitará uma exportação da ordem de 480 a 530 MW através das LTS 230 e 138 kV que saem de Rondonópolis, e na faixa de 320 a 390 MW pela citada LT 500 kV, totalizando um montante da ordem de 800 a 900 MW. Nessas condições aproximadamente 90% da capacidade geradora prevista poderá ser escoada nas condições de carga pesada e média dos anos 2005 e 2006. Em condições de carga leve esse valor cai para aproximadamente 80%. Os valores de exportação a partir de Rondonópolis indicados nas tabelas anteriores foram confirmados pelos estudos dinâmicos. Não se buscou investigar os limites dinâmicos de transmissão, os quais deverão ser superiores aos anteriormente mencionados. Constatou-se também que os recursos de controle de tensão disponíveis nos troncos transmissores em 500 kV e 230 kV são suficientes para atender situações operativas, em carga leve, com menores níveis de geração despachada, até aproximadamente 30% da capacidade instalada em junho/2005. No que se refere à questão dos limites de carregamento das linhas 230 kV, objeto da observação apresentada anteriormente, particularmente dos trechos Barra do Peixe - Rio Verde C1 e Rio Verde - Itumbiara C1, verificou-se que, mesmo com a entrada da LT 500 kV Cuiabá – Itumbiara, permanece a ocorrência de sobrecarga no primeiro dos trechos citados, cujo limite é de 197 MVA / 495 A, para contingências simples de circuitos de transmissão (saída do trecho em 500 kV Ribeirãozinho – Intermediária ou Intermediária – Itumbiara), havendo necessidade de redução da ordem de 150 MW de geração para eliminar a referida sobrecarga. Ademais, caso esse limite não venha a ser alterado, também permanece a observação anterior quanto ao 4 Ref. relatório citado na nota no. 2. Os estudos do CCPE, com base na tensão máxima operativa ditada pela suportabilidade do isolamento ou por restrições de corona, admitiram os seguintes valores máximos de tensão nas linhas 230 kV para o dimensionamento dos bancos de capacitores série: 1.10 p.u nas LTs B. do Peixe-Rio Verde C1 e Rio Verde-Itumbiara C1; 1.15 p.u. na LT Rondonópolis-B. do Peixe C1; 1.20 p.u. nas LTs Rondonópolis-B. do Peixe C2, B. do Peixe-Rio Verde C2 e Rio Verde-Itumbiara C2. ONS PAR 2004-2006 225 / 530 sobredimensionamento dos bancos de capacitores série localizados nessas LTs nos terminais de Barra do Peixe, Rio Verde e Itumbiara. c) Atendimento da área centro-norte do MT A área centro-norte do estado é atendida através da LT 230 kV Coxipó – Nobres – Sinop, circuito simples, com capacidade operativa de 239 MVA. Essa linha atende em derivação as subestações de Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e Sorriso bem como a subestação terminal de Sinop. Os registros indicam que o desempenho médio dessa LT, em termos de freqüência de falhas, tem sido bastante inferior ao desempenho anual das linhas de mesmo nível de tensão do SIN, com freqüência média 8 vezes superior à das LTs 230 kV. Destaca-se que essa área terá um aumento de capacidade geradora instalada (PCHs), diminuindo sua dependência das outras áreas, conforme mostrado na tabela a seguir. Observa-se que uma parte da geração, da ordem de 34 MW, não computada na tabela, é injetada na área de Sorriso e o restante na área norte. Considerando um despacho de 90% dessa capacidade, é também apresentado o fluxo no trecho Sorriso – Sinop da LT 230 kV Nobres – Sinop, o qual caracteriza o montante de potência importada para fechar o balanço cargageração da área norte na condição de carga pesada. Tabela 3.5.2-6– Capacidade de geração e intercâmbios da área centro-norte do Mato Grosso Geração e intercâmbios da área norte Cap. Instalada de PCHs, MW Importação (MW) c/ contrato s/ contrato jun/04 jun/05 jun/06 29.5 13.0 29.5 22.0 43.5 77.0 total 42.5 51.5 120.5 Considerando só geração c/ contrato Considerando a geração total 41.6 30.3 61.0 41.5 54.6 -4.8 Verifica-se que, se forem consideradas todas as PCHs relacionadas no acompanhamento da expansão realizado pelo MME e/ou previstas pela Cemat, incluindo aquelas que ainda não tem contrato, há tendência de auto-suficiência de geração da área centro-norte, a qual seria atingida em 2006. Por outro lado, em 2004 e 2005, e mesmo em 2006 caso não seja instalada toda a geração prevista, a saída da LT 230 kV Nobres – Sinop provoca a necessidade de corte de cargas na faixa aproximada de 30 a 60 MW, dependendo das condições de carga e despacho de geração consideradas. Julga-se importante investigar as causas de desligamentos da LT 230 kV Coxipó – Nobres – Sinop e estabelecer ações que possam reduzir a freqüência de saídas da mesma, considerando particularmente as causas de origem interna (descargas atmosféricas, por exemplo) e outras ignoradas, as quais, ONS PAR 2004-2006 226 / 530 segundo os registros têm tido influência significativa no desempenho dessa linha de transmissão. ONS PAR 2004-2006 227 / 530 (2004) 6) 00 (2 (2006) LEGENDA: Usina Hidrelétrica José Abrão Cuiabá Almoxarifado Industrial P/ São Gabriel Usina Termelétrica Scaffa P/ Aquidauana Imbirussu M. Couto Usina Eólica C. Grande Subestação P/ Mimoso Conversora UTE W.Arjona (2006) P/ Porto Primavera P/ Sidrolândia P/ Rio Brilhante LT 230 kV LT 138 kV LT 69 kV ONS PAR 2004-2006 228 / 530 3.5.3 Área Mato Grosso do Sul Descrição do Sistema A Rede Básica que atende ao Mato Grosso do Sul é constituída por duas linhas de transmissão na tensão de 230 kV. A primeira linha conecta a SE Guaíra, na fronteira do Paraná, com a SE Dourados 230/138 kV, 2x75 MVA, no sul do estado. A segunda linha interliga esta subestação com a SE Anastácio, 230/138 kV, 75 MVA, que se conecta à rede de 138 kV na SE Aquidauana, no oeste do Mato Grosso do Sul. O restante do sistema é constituído por linhas de 138 kV e subestações distribuidoras nesta tensão. Duas linhas de circuito duplo de 138 kV chegam a Campo Grande provenientes da UHE Jupiá, na fronteira com São Paulo, e uma linha nesta tensão provém da UHE Rosana, em São Paulo, chegando até a subestação de Dourados. A SE Imbirussú, em Campo Grande, interliga-se em 138 kV com a subestação de Aquidauana. O oeste do Mato Grosso é atendido por uma linha radial em circuito duplo de 138 kV que, partindo da SE Aquidauana se conecta à SE Miranda e daí à SE Corumbá. Os principais centros de carga do Estado estão localizados na capital do Estado, Campo Grande, em Dourados, na área sul e Corumbá, no oeste. Com essa configuração, o sistema de transmissão do Mato Grosso do Sul fecha um elo fraco de interligação entre o oeste do Paraná e São Paulo. Dessa forma, o carregamento nas linhas de 230 kV, nos transformadores 230/138 kV das subestações de Dourados e Anastácio e nas linhas de 138 kV entre Dourados, Campo Grande e Jupiá, depende não apenas das solicitações do mercado local, mas também das condições de intercâmbio entre as Regiões Sul e Sudeste e do montante de geração local, conectada à rede de 138 kV. O parque gerador do estado é constituído pela UHE Mimoso, 30 MW, e pela UTE William Arjona, 5 x 35 MW, das quais duas máquinas estão associadas ao Programa Termelétrico Emergencial (CBEE). Evolução da Geração e do Mercado no Estado A tabela 3.5.3-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda máxima anual na área Mato Grosso do Sul no horizonte deste PAR. Tabela 3.5.3-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Mato Grosso do Sul Atual 2004 2005 2006 Capacidade Instalada (MW)(1) 135 135 135 135 Demanda Máxima Anual (MW) 540 557 576 595 Obs: (1) Não incluídas pequenas gerações; nem unidades 4 e 5 da UTE William Arjona ONS PAR 2004-2006 229 / 530 Sumário das Condições de Atendimento Historicamente, o atendimento ao mercado do Mato Grosso do Sul tem sido baseado na expansão de geração térmica local. O Programa Prioritário de Termelétricas (PPT) previa, para o segundo semestre de 2002, a integração da UTE Termocorumbá (88 MW) e a importação de 88 MW da UTE San Marcos, na Bolívia, e, para dezembro de 2003, a conexão da UTE Campo Grande, com 237 MW de potência instalada. Nas análises do PAR 2003-2005, que consideraram estas térmicas conectadas à rede de 138 kV, não foram identificados problemas de atendimento ao estado até 2005 e a expansão do sistema de 138 kV e da transformação de fronteira com a Rede Básica mostravam-se suficientes para o escoamento desta geração. Como a implantação destas novas usinas foi cancelada, por decisão dos empreendedores, o atendimento ao estado continuará sendo realizado predominantemente pela LT 230 kV Cascavel – Guaíra – Dourados e pelas linhas Jupiá – Mimoso, em 138 kV, até que seja realizada a expansão do sistema de transmissão, proposta no estudo de planejamento recentemente emitido pelo CCPE. A solução indicada consiste na implantação de transformação 440/230 kV, 2x450 MVA, junto à UHE Porto Primavera, de duas linhas de 230 kV partindo de Porto Primavera para a SE Dourados e para a nova SE Imbirussú, 230/138 kV, 2x150 MVA, junto à cidade de Campo Grande. Esta nova subestação foi objeto de solicitação de acesso pela distribuidora Enersul, pouco antes do encerramento dos estudos deste ciclo do PAR. Para efeito de análise, a entrada em operação destas obras foi estimada neste ciclo do PAR para meados de 2006. Considerados estes condicionantes, a simulação das condições de atendimento no período que precede a entrada das novas obras em 230 kV indica que são esperados baixos perfis de tensão, além de sobrecargas em linhas de transmissão e em transformadores de fronteira, em condições normais de operação, dependendo do intercâmbio entre as Regiões Sul e Sudeste, bem como da geração despachada na UTE William Arjona. a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica para contingências simples no horizonte estudado. b) Problemas relacionados ao controle de tensão Baixo perfil de tensão no sistema de 138 kV da Enersul, com cortes de carga na distribuição. Na condição de elevado intercâmbio aumenta o carregamento nas linhas provocando sobrecargas neste eixo e condição normal de operação. Para ONS PAR 2004-2006 do Sudeste para o Sul (4.000 MW) de 138 kV entre Jupiá e Mimoso, causando baixo perfil de tensão em geração nula, na carga pesada de 230 / 530 inverno de 2004, é necessário corte de carga de 10 MW para restabelecer as tensões no sistema de distribuição para 90%. Em 2005, este corte sobe para 29 MW. Este quadro implica em restrições para que seja efetuado o intercâmbio pretendido entre as regiões Sul e Sudeste, com conseqüente não cumprimento das metas de otimização energética. A perda da LT 230 kV Guaíra – Dourados é a contingência mais severa para o atendimento ao estado do Mato Grosso do Sul no período em análise, resultando em corte de carga devido a subtensão. A gravidade desta emergência pouco depende do intercâmbio praticado entre as Regiões Sul e Sudeste, sendo mais diretamente influenciada pelo montante de geração interna no Estado. A tabela seguinte mostra os cortes de carga estimados para restabelecer as tensões no sistema de distribuição em 90%, esgotados outros recursos de controle de tensão, durante a indisponibilidade da LT 230 kV Guaíra – Dourados. Estes valores correspondem ao patamar de carga pesada de inverno, considerando 29 MW de geração na UHE Mimoso, e cenários variados de geração térmica em Arjona e intercâmbio com a região Sudeste. Tabela 3.5.3-2 – Cortes de Carga Estimados na Indisponibilidade da LT 230 kV Guaíra – Dourados ANO 2004 2005 RSUL Despacho da UTE Willian Arjona 90 MW 60 MW 30 MW 0 MW -1300 MW 14 MW 46 MW 62 MW 94 MW -3360 MW 17 MW 51 MW 69 MW 103 MW +4000 MW 7 MW 35 MW 85 MW 151 MW -1300 MW 21 MW 52 MW 75 MW 106 MW -3500 MW 30 MW 58 MW 79 MW 113 MW +4000 MW 16 MW 77 MW 99 MW 145 MW Como a solicitação de acesso para a SE Imbirussú 230/138 kV ocorreu no final dos estudos do PAR, inicialmente foi considerada na análise apenas a implantação em 2006 da LT 230 kV Porto Primavera – Dourados, que não dependia da manifestação da distribuidora quanto à um novo ponto de conexão à Rede Básica e num segundo momento a implantação da LT 230 kV Porto Primavera – Imbirussú, associada à nova subestação. Desse modo foi avaliada isoladamente a influência de cada um destes empreendimentos sobre o desempenho do sistema. A implantação da LT 230 kV Porto Primavera – Dourados em 2006, considerada isoladamente, elimina o risco de corte de carga na indisponibilidade da LT 230 kV Guaíra – Dourados, para os níveis de ONS PAR 2004-2006 231 / 530 intercâmbio com a Região Sudeste que foram simulados, mesmo considerando geração térmica nula no Mato Grosso do Sul. O mesmo se aplica caso se considere apenas a operação da LT 230 kV Porto Primavera – Imbirussú. Já na indisponibilidade da LT 230 kV Dourados – Anastácio, a LT 230 kV Porto Primavera – Dourados mostra-se efetiva somente para intercâmbio do Sudeste para o Sul, como pode ser observado na tabela abaixo. Para intercâmbios no sentido Sul – Sudeste permanecem problemas de atendimento, principalmente na região de Corumbá, para geração inferior a 30 MW na UTE Arjona. Tabela 3.5.3-3 – Cortes de Carga Estimados na Indisponibilidade da LT 230 kV Dourados – Anastácio ANO 2004 2005 2006 RSUL Despacho da UTE Willian Arjona 90 MW 60 MW 30 MW 0 MW -1300 MW - - - 10 MW -3360 MW - - - 15 MW +4000 MW - - 22 MW 65 MW -1300 MW - - - 13 MW -3500 MW - - - 15 MW +4000 MW - - 46 MW 90 MW -1300 MW - - - 24 MW -3500 MW - - - 59 MW +4000 MW - - - 8 MW Caso fosse apenas a LT 230 kV Porto Primavera – Imbirussú a ser implantada em 2006, não haveria cortes de carga por subtensão para esta indisponibilidade mesmo para geração térmica nula no MS. Considerando a implantação isolada de apenas uma das linhas em 2006, na perda da própria linha são esperados problemas de atendimento ao Estado apenas para um cenário de intercâmbio Sudeste – Sul de 4.000 MW com geração nula na UTE W. Arjona, no qual persiste corte de carga de 18 MW nesta indisponibilidade. Portanto, para equacionar os problemas de atendimento ao estado do MS em condição normal de operação ou na condição de indisponibilidade de um outro elemento de transmissão, independentemente do nível de geração térmica interna ao estado, faz-se necessária a implantação da transformação 440/230 kV, 2x450 MVA em Porto Primavera, da LT 230 kV Porto Primavera – Dourados e da LT 230 kV Porto Primavera – Imbirussú, associada à Imbirussú, 230/138 kV, 2 x 150 MVA, para a qual a Enersul solicitou acesso. ONS PAR 2004-2006 232 / 530 A avaliação dos requisitos de compensação indutiva necessária para controle de tensão, considerando a operação conjunta das duas linhas em patamares de carga fora da ponta, e/ou quando da abertura de um dos terminais da LT 230 kV Porto Primavera – Imbirussú, será objeto de análise no Parecer técnico do ONS relativo às condições de acesso da SE Imbirussú. c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos controle de tensão Sobrecarga nas linhas de 230 kV Cascavel – Guaíra e Guaíra – Dourados Estas linhas são constituídas, na sua maior extensão, de condutores de alta capacidade de transmissão (126 km com 4 x 636 MCM e 209 km com 1113 MCM). Entretanto há um trecho de aproximadamente 17 km de condutor 1 x 636 MCM, dos quais 4 km sobre o lago da usina de Itaipu, que restringe sua capacidade de transmissão. Atualmente o controle do carregamento nestas linhas é realizado com redespacho de geração, principalmente na UTE Willian Arjona, na UHE Rosana, no estado de SP e nas usinas de Salto Caxias e Salto Santiago, localizadas na malha de 525 kV da Região Sul, implicando em redução do intercâmbio pretendido com a Região Sudeste. Portanto estas linhas representam um gargalo para o intercâmbio de energia do Sul para o Sudeste e para o atendimento ao mercado do estado do Mato Grosso do Sul, no período anterior à expansão da transmissão de 230 kV neste Estado. Para o período em análise são esperadas sobrecargas nestas linhas em condição normal de operação. Na carga média de verão de 2005 há ultrapassagem do limite declarado no CPST para o condutor da LT 230 kV Cascavel Oeste – Guaíra (202 MVA) com intercâmbio Sul – Sudeste de cerca de 3.000 MW. Esta sobrecarga é de 4% para despacho de 90 MW na UTE Arjona e 14% para geração nula nesta térmica. Na LT 230 kV Guaíra – Dourados ocorre sobrecarga residual de 2% em relação ao limite determinado por transformador de corrente (239 MVA) no patamar de carga pesada de inverno de 2005, para a condição de intercâmbio Sul – Sudeste de 3.500 MW e geração térmica nula no MS. Não há ultrapassagem do limite determinado pelo condutor. A integração das linhas Porto Primavera – Imbirussú e Porto Primavera – Dourados, estimada para o inverno de 2006, reduz os fluxos nas linhas de 230 kV em análise, eliminando as sobrecargas em condição normal de operação no horizonte do PAR. A indisponibilidade do circuito duplo Jupiá – Mimoso, 138 kV, no período anterior à operação das linhas de 230 kV provenientes de Porto Primavera, aumenta os carregamentos verificados na rede de 230 kV em condição ONS PAR 2004-2006 233 / 530 normal de operação. Nesta contingência ocorrem ultrapassagens na LT 230 kV Cascavel Oeste – Guaíra na carga média de verão, com a sobrecarga atingindo até 23%, na pior situação. Também ocorre ultrapassagem do limite do condutor na LT 230 kV Guaíra – Dourados, na carga média de verão, e do limite de equipamento terminal (TC) da mesma linha, na carga pesada de inverno. Eliminando-se a restrição de equipamento terminal, a maior violação é de 8%. Após a expansão da transmissão em 230 kV, esta indisponibilidade não provoca mais sobrecargas nas linhas Cascavel Oeste – Guaíra e Guaíra – Dourados. Com esta nova configuração, a perda da LT 230 kV Porto Primavera – Imbirussú, na pior situação, provoca sobrecarga de 4% na LT 230 kV Cascavel Oeste – Guaíra sobre o limite declarado no CPST, porém abaixo do limite determinado pelo condutor. d) Problemas relacionados perda do único circuito ou do único transformador Nada a registrar. e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID Nada a registrar f) Problemas relacionados ao sistema de distribuição Controle de tensão Em cenários de intercâmbio Sudeste – Sul elevado (4.000 MW) e geração térmica nula no Mato Grosso do Sul, ocorrem sobrecargas e subtensões na rede de 138 kV da Enersul em condição normal de operação. Os cortes seriam de 10 MW em 2004, elevando-se para 29 MW em 2005. A implantação das duas novas linhas de 230 kV elimina este problema. Sobrecarga na transformação de fronteira Conforme informado pela Enersul, está prevista a expansão da SE Dourados 230/138 kV, 2 x 75 MVA, para dezembro de 2003, com a instalação de um terceiro transformador de mesma capacidade. Caso este reforço ainda não esteja implementado até o inverno de 2004, a perda de uma unidade implicará em sobrecarga de até 54% na unidade remanescente para intercâmbio Sul – Sudeste de 3.400 MW. Este nível de carregamento pode implicar no desligamento automático do equipamento pela proteção, resultando em corte de carga de 45 MW. A expansão da SE Anastácio, atualmente com um transformador de 75 MVA, 230/138 kV, está prevista pela Enersul para dezembro de 2003. Caso este reforço ainda não esteja disponível até o inverno de 2004, poderá ocorrer sobrecarga em condição normal de operação na unidade existente, para cenários de intercâmbio Sul – Sudeste elevado. A sobrecarga esperada é de ONS PAR 2004-2006 234 / 530 6% para geração de 60 MW na UTE Arjona ou de 25% para geração nula nesta térmica. Mantendo-se esta configuração na fronteira da Rede Básica após a entrada em operação das duas novas linhas de 230 kV, a perda de uma unidade na SE Dourados causa sobrecarga de 3% nas remanescentes, para intercâmbio Sul – Sudeste de 3500 MW, com geração térmica nula na UTE W. Arjona. A solução de planejamento para resolver este problema é a implantação da quarta unidade na SE Dourados. g) Restrições Associadas ao Despacho de Usinas Termelétricas UTE William Arjona (Gás) A UTE Willian Arjona é composta de cinco máquinas de capacidade nominal de 32 MW. Destas, duas máquinas estão associadas ao Programa Termelétrico Emergencial, sendo despachadas somente por razões energéticas, com autorização da Aneel. Despacho Mínimo O atendimento ao estado do Mato Grosso do Sul é bastante dependente desta térmica, situação que persistirá até a expansão da Rede Básica, sendo necessário manter despachadas as unidades 1, 2 e 3 da UTE Arjona em carga pesada e média, para atenuar as seguintes problemas: - diminuir cortes de carga em emergências, principalmente da LT 230 kV Cascavel – Guaíra – Dourados; - diminuir sobrecargas em condição normal de operação na LT 230 kV Cascavel – Guaíra – Dourados; - diminuir sobrecargas em condição normal de operação na transformação de fronteira da Rede Básica e na rede de 138 kV; e - diminuir restrições ao intercâmbio entre as regiões Sul e Sudeste. Depois da entrada em operação das referidas linhas, da recapacitação da LT 230 kV Cascavel – Guaíra – Dourados e do reforço da transformação de fronteira com a Rede Básica, não será mais necessária geração na UTE Arjona por razões elétricas, para os níveis esperados de intercâmbio de energia entre as regiões Sul e Sudeste. As cargas previstas no Mato Grosso do Sul no patamar de carga leve de junho são de 294 MW em 2004, 304 MW em 2005 e 314 MW em 2006. Pelos resultados das simulação conclui-se que é possível o atendimento ao Estado sem despacho térmico, em condição normal e contingência. Ressalva-se, entretanto, a maior demanda do Mato Grosso do Sul na carga leve não ocorre no mês de junho. Portanto, pode ser necessária a sincronização de uma ou mesmo duas unidades em Arjona para níveis mais elevados de ONS PAR 2004-2006 235 / 530 demanda na carga leve, para suportar a perda da LT 230 kV Cascavel – Guaíra ou LT 230 kV Guaíra – Dourados, no período anterior à entrada em operação da linhas de 230 kV para Imbirussú e Dourados. Despacho Máximo No horizonte analisado, não foram observadas restrições ao despacho pleno da UTE William Arjona. d) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN São relacionadas na tabela seguinte contingências duplas, simuladas para verão de 2005, que levaram a violações de limites de capacidade de linhas e transformadores, violações de tensão ou corte de carga, no atendimento à Região Metropolitana de Campo Grande. Nota-se que as linhas provenientes de Jupiá são vitais para o atendimento a Campo Grande até a implantação das novas linhas de 230 kV. Tabela 3.5.3-4 Contingências duplas mais severas no atendimento a Campo Grande CONTINGÊNCIA VIOLAÇÕES LT 138 kV Jupiá – Mimoso, c1 e c2 – UTE W.Arjona Sobrecarga de 33% nos demais circuitos, exigindo com geração de 30 MW, RSUL=4000 MW corte de carga de 58 MW na região Providências Necessárias a) Equacionar a Concessão das Seguintes Instalações (Aneel) Tabela 3.5.3-5 – Principais Obras propostas para o sistema do Mato Grosso do Sul ainda sem concessão ONS DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS DATA DE NECESSIDADE LT 230 kV Guaíra – Dourados: recapacitação dos trechos em 636 MCM (travessia) e ajuste e/ou substituição do transformador de corrente no terminal de Dourados (Eletrosul). JUN/2004 LT 230 kV Porto Primavera – Dourados, circuito simples, 190 km JUN/2004 SE Porto Primavera 440/230 kV,1° e 2º bancos autotransformadores, 450 MVA, mais unidade reserva JUN/2004 de LT 230 kV Porto Primavera – Imbirussú, circuito simples, 300 km DEZ/2005 SE Imbirussú: setor de 230 kV DEZ/2005 PAR 2004-2006 236 / 530 b) Viabilizar a Implantação dos Seguintes Reforços (Enersul) Tabela 3.5.3-6 - Obras Necessárias de Responsabilidade da Enersul DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS SE Anastácio, 2° transformador 230/138 kV, 75 MVA SE Dourados, 3° transformador 230/138 kV, 75 MVA Nota: A Enersul informou, no fechamento deste PAR, que a expansão da SE Anastácio poderá ser feita com a substituição do transformador de 75 MVA por uma unidade de 150 MVA, sendo remanejado o transformador de menor capacidade para Dourados. c) Desenvolver Ações Complementares Avaliar a necessidade de compensação reativa indutiva associada à LT 230 kV Porto Primavera – Dourados e LT 230 kV Porto Primavera – Imbirussú (ONS/CCPE). Viabilizar a implantação do 2º transformador 230/138 kV na SE Anastácio (Enersul/ Eletrosul/ Copel/ONS/Aneel). ONS PAR 2004-2006 237 / 530 ONS PAR 2004-2006 238 / 530 3.6 Região Norte 3.6.1 Área Pará Descrição do Sistema A Área Pará do Sistema Norte, que compreende especificamente o Estado do Pará, é atendida através de linhas de transmissão da Rede Básica em 500 kV e 230 kV. Do ponto de vista da Rede Básica, o Estado do Pará pode ser dividido geoeletricamente nas áreas nordeste e oeste. Na área nordeste localiza-se a região metropolitana de Belém e a na área oeste a rede de transmissão em 230 kV denominada Tramoeste. A área nordeste do Estado do Pará é atendida atualmente por dois circuitos em 500 kV entre a UHE Tucuruí e a SE Vila do Conde, com 329 km de extensão. Na SE Vila do Conde 500/230/69 kV, estão instalados três autotransformadores de 750 MVA. É importante destacar que esse tronco de transmissão da Rede Básica é responsável pelo atendimento a aproximadamente 80% de todo o mercado do Estado do Pará, incluindo o complexo Albrás/Alunorte, com uma demanda atual da ordem de 750 MW. A partir da subestação de Vila do Conde, derivam dois circuitos em 230 kV que passam pela SE Guamá e chegam a SE Utinga que se liga à SE Santa Maria através de um elo singelo em 230 kV. O restante do mercado do Estado do Pará (20%) é atendido a partir de sistemas radiais derivados da UHE Tucuruí onde se destaca o sistema Tramoeste, com 662 km de extensão, formado por um circuito em 230 kV, partindo da UHE Tucuruí e passando por Altamira, Transamazônica, chegando até Rurópolis, no extremo oeste do Estado. A integração dessa malha de transmissão da Rede Básica com o sistema de distribuição da Celpa é feita nas subestações 500/230/69 kV Tucuruí, Marabá e Vila do Conde, nas subestações 230/69 kV Guamá, Utinga e Altamira, na subestação 230/138 kV Rurópolis, na subestação 230/138/69 kV Santa Maria e na subestação 230/34,5 kV Transamazônica. Evolução da Geração e do Mercado na Área Pará A tabela 3.6.1-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda máxima anual na área Pará no horizonte deste PAR. ONS PAR 2004-2006 239 / 530 Tabela 3.6.1-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Pará Atual Capacidade Instalada UHE (MW) Demanda Máxima Anual (MW) Obs.: 4.028 (1) 1.799 2004 6.653 (2) 1.840 2005 2006 7.778 8.153 1.902 1.967 (1) UHEs Tucuruí I (3960 MW), Auxiliar (38 MW) e Curua-Una (30 MW) (2) Tucuruí II (4125 MW) Sumário das Condições de Atendimento Em condições normais não são visualizados problemas para a operação da Área Pará. a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica para contingências simples no horizonte estudado. b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão Baixo perfil de tensão no nordeste do Pará (SEs Vila do Conde, Guamá, Utinga e Santa Maria), na contingência de uma das linhas em 230 kV Vila do Conde – Guamá. Nessa contingência, verifica-se problema de controle de tensão no barramento 69 kV da SE Santa Maria que chega a 0,90 p.u. A solução para esse problema é a implantação da LT 230 kV Vila do Conde – Santa Maria, licitada pela Aneel, e com previsão para entrada em operação, em agosto/2004. Para determinadas condições de intercâmbio, em que as linhas de 500 kV das interligações Norte/Nordeste e Norte/Sul estão relativamente descarregadas, observa-se elevado perfil de tensão no tronco Tucuruí – Presidente Dutra, podendo ser necessário desligar linhas para possibilitar o controle de tensão. Não há solução de referência para esse problema. c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos Na contingência da LT 500 kV Tucuruí II – Vila do Conde de maior capacidade (TCVC02), na condição de carga pesada em 2006, o circuito remanescente (TCVC01) chega a atingir o seu limite de carregamento. Para evitar sobrecarga nesse circuito, está sendo recomendada neste PAR a implantação do terceiro circuito 500 kV no eixo Tucuruí II – Vila do Conde. ONS PAR 2004-2006 240 / 530 d) Problemas relacionados a perda do único circuito ou do único transformador A perda do único autotransformador 500/230 kV – 450 MVA na SE Tucuruí, provoca corte temporário de toda a carga das SEs Tucuruí, Altamira, Transamazônica e Rurópolis. Após a substituição do banco monofásico defeituoso pelo reserva, que dura 4 horas, recompõe-se o atendimento à carga dessas subestações. A perda do único autotransformador 500/230 kV – 300 MVA na SE Marabá, provoca corte temporário de toda a carga da subestação (250 MW em 2004, chegando a 265 MW em 2006) e deixa indisponível o compensador síncrono, elemento de grande importância para operação das interligações NorteNordeste e Norte-Sul. Após a substituição do banco monofásico defeituoso pelo reserva, que dura 4 horas, recompõe-se o atendimento à carga dessa subestação. A solução para esse problema é a implantação do 2° autotransformador 500/230 kV – 450 MVA na SE Marabá, em paralelo com o existente, cuja autorização encontra-se em análise pela Aneel. Perda de toda a carga da Celpa, atendida pelo sistema radial Tramoeste, na contingência do único circuito 230 kV entre Tucuruí e Altamira. A contingência da única LT 230 kV Altamira – Transamazônica provoca perda das cargas atendidas pelas SEs Transamazônica e Rurópolis. A contingência da única LT 230 kV Transamazônica - Rurópolis provoca perda da carga atendida pela SE Rurópolis. A solução para o sistema radial Tramoeste, integrante da Rede Básica, está sendo discutida no âmbito de um Grupo de Trabalho, com a participação do CCPE, ONS e Distribuidoras. A perda do único circuito 230 kV Utinga – Santa Maria provoca corte permanente de toda a carga da SE Santa Maria. A solução para esse problema é a implantação da LT 230 kV Vila do Conde – Santa Maria, licitada pela Aneel, e com previsão para entrada em operação, em agosto/2004. e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID Nada a registrar. f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN Contingência dupla em LTs 230 kV A contingência do circuito duplo Vila do Conde – Guamá provoca corte total da carga da região nordeste do Pará, até a data de implantação da LT 230 kV Vila do Conde – Santa Maria, licitada pela Aneel, e com previsão para entrada em operação, em agosto/2004. Mesmo considerando a obra acima mencionada, ainda na contingência dos dois circuitos 230 kV existentes entre Vila do Conde e Guamá, verificam-se problemas de afundamentos de tensão resultando em corte de carga parcial em toda a região nordeste do Pará, que inclui a Capital do Estado. ONS PAR 2004-2006 241 / 530 Contingência dupla em LTs 500 kV A perda dos dois circuitos Tucuruí – Vila do Conde, provoca corte permanente de toda a carga derivada da SE Vila do Conde que representa aproximadamente 80% do mercado de energia do Estado do Pará. No cenário Norte exportador, a contingência dupla no trecho 500 kV Tucuruí – Vila do Conde provoca instabilidade entre os subsistemas Norte, Nordeste e Sudeste, resultando em atuação do ERAC da Região Nordeste e subfreqüência na Região Norte. No cenário Nordeste exportador, a contingência dupla no trecho 500 kV Tucuruí – Vila do Conde provoca instabilidade entre os subsistemas Norte, Nordeste e Sudeste, levando a subfreqüência na Região Norte. g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição Necessidade de compensação reativa – baixo fator de potência: a tabela 3.6.1-2 mostra os locais onde foram observados fatores de potência inferiores a 0,95. Tabela 3.6.1-2 – Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Pará SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA UTINGA - 230/69 kV 0,93 2004 a 2006 TRANSAMAZÔNICA - 230/34,5 kV 0,89 2004 a 2006 0,75, 0,71 e 0,74 2004 a 2006 RURÓPOLIS - 230/138 kV Obs.: Fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da subestação Sobrecarga em transformadores em condições normais de operação. Nada a registrar. Sobrecarga em contingências, transformadores remanescentes. com risco de desligamento dos A perda de um dos dois transformadores 230/69 kV – 150 MVA na SE Guamá provoca carregamentos no transformador remanescente que variam de 124% em 2004 a 138% em 2006. No Plano de Obras encaminhado pela Celpa não estão previstos reforços que eliminem a sobrecarga verificada. ONS PAR 2004-2006 242 / 530 Contingências em subestações com apenas um transformador de potência. A perda do único transformador 230/69 kV – 150 MVA na SE Santa Maria provoca corte temporário de toda a carga da subestação. Mesmo após transferência pela distribuição para a SE Utinga, ainda haverá corte permanente. Após a substituição da unidade monofásica defeituosa pela reserva regional localizada em Guamá, que dura 15 dias, recompõe-se o atendimento à carga total da subestação. No Plano de Obras encaminhado pela Celpa não estão previstos reforços que eliminem a perda de carga temporária. A perda do único transformador 230/138 kV – 100 MVA na SE Santa Maria provoca corte temporário de toda a carga da subestação. Após a energização do transformador reserva existente na subestação, que dura 15 minutos, recompõe-se o atendimento à carga total da subestação. No Plano de Obras encaminhado pela Celpa não estão previstos reforços que eliminem a perda de carga temporária. h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico Nada a registrar. Providências Necessárias a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel) Tabela 3.6.1-3 – Principais Obras propostas para a Área Pará ainda sem concessão DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS DATA DE NECESSIDADE SE Marabá: 2° banco de autotransformadores, 500/230 kV 450 MVA Necessária atualmente LT 500 kV Tucuruí – Vila do Conde – C3 – 329 km DEZ/2006 b) Desenvolver Ações Complementares Verificar a solução para o atendimento às cargas derivadas das SEs Guamá e Santa Maria, no caso de contingência nos transformadores existentes (Celpa). Desenvolver estudo visando avaliar a necessidade da instalação de compensação reativa adicional no tronco em 500 kV Tucuruí – Presidente Dutra (ONS/Eletronorte) ONS PAR 2004-2006 243 / 530 ONS PAR 2004-2006 244 / 530 3.6.2 Área Maranhão/Tocantins A Área Maranhão/Tocantins do Sistema Norte, que compreende o Estado do Maranhão e a região norte do Estado do Tocantins, é atendida através de linhas de transmissão da Rede Básica em 500 kV e 230 kV. O atendimento ao Estado do Maranhão por sua vez, é basicamente realizado através de três subestações de 500 kV, Imperatriz, Presidente Dutra e São Luís II e de três linhas de transmissão em 500 kV que saem de Tucuruí e passam por Imperatriz e Presidente Dutra. Da subestação de Presidente Dutra partem dois circuitos, também em 500 kV, até a subestação São Luís II, com 301 km de extensão. A subestação São Luís II 500/230 kV, com três autotransformadores de 600 MVA, é responsável pelo atendimento a aproximadamente 77% de todo o mercado do Estado, incluindo o consumidor Alumar, com uma demanda atual de 670 MW. Na SE São Luís II, chega um circuito em 230 kV vindo da SE Teresina, no Estado do Piauí, com 390 km de extensão, e que passa pelas SEs Peritoró e Miranda. Ainda da SE São Luís II derivam duas linhas de transmissão em 230 kV, com 19 km de extensão, para atender à área metropolitana de São Luís. O atendimento a SE Coelho Neto é efetuado por meio de uma derivação da LT 230 kV Teresina – Peritoró, com 78 km de extensão. O atendimento ao norte do Estado do Tocantins, é efetuado em 69 kV a partir da SE Imperatriz 500/230/69 kV e em 138 kV a partir da SE Porto Franco 230/138/69 kV, ambas as subestações localizadas no Estado do Maranhão. Dessas subestações derivam duas linhas de transmissão, respectivamente em 69 kV e 138 kV, que convergem para as SEs São Miguel e Tocantinópolis da CELTINS, no Estado do Tocantins. A integração dessa malha de transmissão da Rede Básica ao sistema de distribuição das concessionárias Cemar e CELTINS é efetuada através das SEs 500/230/69 kV Imperatriz e Presidente Dutra, da subestação 500/230 kV São Luís II e das subestações 230/69 kV São Luís I, Peritoró e Coelho Neto e das subestações 230/138/69 kV de Miranda II e Porto Franco. Além dessas subestações localizadas no Estado do Maranhão, as subestações Teresina II e Boa Esperança, também da Rede Básica e localizadas no Estado do Piauí, atendem cargas da Cemar localizadas nos municípios de Timon, Caxias e Paraibano. Evolução da Geração e do Mercado na Área Maranhão /Tocantins A tabela 3.6.2-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda máxima anual na área Maranhão/Tocantins no horizonte deste PAR. ONS PAR 2004-2006 245 / 530 Tabela 3.6.2-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Maranhão/Tocantins Atual Capacidade Instalada UHE (MW) Demanda Máxima Anual (MW) Obs.: 900 (1) 1382 2004 2005 2006 900 900 900 1531 1725 1717 (1) Inclui a UHE Lajeado e a UHE Miracema (50 MW), sendo esta nos estudos abatida da carga Sumário das Condições de Atendimento Em condições normais, não são visualizados problemas para a operação da Área Maranhão/Tocantins. a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica para contingências simples no horizonte estudado. b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão A contingência na interligação Sudeste/Nordeste, no cenário Sudeste exportador, com fluxos da ordem de 900 MW nesta interligação, resulta em afundamentos de tensão nas interligações Norte/Sul e Norte/Nordeste, afetando as áreas Oeste e Norte da Região Nordeste, onde se verificam tensões abaixo de 0,90 p.u. no eixo em 500 kV Presidente Dutra até a SE Sobral, e tensões abaixo de 0,80 p.u. em Fortaleza 230 kV. A solução para a área Maranhão/Tocantins é a implantação do Compensador Estático 230 kV (-100, +150) Mvar, na SE São Luís II, já autorizado pela Aneel e previsto para entrar em operação em agosto/2004. Mesmo após a entrada em operação da LT 230 kV Presidente Dutra – Peritoró, verificou-se que o sistema de transmissão da Rede Básica não atende contingência simples no eixo 230 kV São Luís – Teresina, pois, na perda da LT 230 kV São Luís II – Miranda observa-se subtensão na SE Miranda (0,90 p.u.). Na contingência mais crítica, a perda de uma das LTs 500 kV Presidente Dutra – São Luís, mesmo considerando a presença do Compensador Estático de (-100, +150) Mvar – 230 kV, na SE São Luís II, verificam-se problemas generalizados de controle de tensão em todo o eixo 230 kV São Luís - Teresina. Das simulações realizadas, foi observada a necessidade de instalação, em 2004, de banco de capacitores totalizando 190 Mvar para evitar o afundamento de tensão na área, com conseqüente corte de carga, nas ONS PAR 2004-2006 246 / 530 contingências citadas. Desses 190 Mvar, 70 Mvar deveriam ser instalados em São Luís 230 kV, 60 Mvar na SE Miranda II 230 kV e o restante seria alocado nos regionais de Peritoró, São Luís e Miranda de modo a corrigir o fator de potência a 0,95. Ressalta-se que, no caso de indisponibilidade da LT 230 kV São Luís – Miranda, a manobra de um banco de capacitor de 20 Mvar no 230 kV da SE Miranda resulta em variação de tensão de 5,7%, indicando que nesta SE devem ser instalados módulos pequenos. Na carga pesada de 2006, a necessidade de compensação capacitiva aumenta para um total de 200 Mvar na SE São Luís II, já considerando o CE previsto para esta subestação, e de 80 Mvar na SE Miranda. O valor de déficit capacitivo encontrado sinaliza que a instalação de banco de capacitores seria ineficiente e que o problema requer uma solução que contemple reforços na rede de transmissão. Devido a esses problemas, o ONS solicitou ao CCPE uma análise conjunta com a Cemar, no sentido de identificar as causas, ou até mesmo, reavaliar o estudo de planejamento que respaldou a proposta de expansão contida no relatório CCPE/CTET.031.2001, ”Estudo de Alternativas de Atendimento às Cidades de Miranda, Peritoró e Coelho Neto no Maranhão”. Para determinadas condições de intercâmbio, em que as linhas de 500 kV das interligações Norte/Nordeste e Norte/Sul estão relativamente descarregadas, observa-se elevado perfil de tensão no tronco Tucuruí – Presidente Dutra, podendo ser necessário desligar linhas para possibilitar o controle de tensão. Não há solução de referência para esse problema. c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos Nada a registrar. d) Problemas relacionados à perda do único circuito ou do único transformador A perda do único autotransformador 500/230 kV – 600 MVA na SE Imperatriz, provoca corte temporário de toda a carga derivada dessa subestação (143 MW, em 2004), além de deixar indisponíveis os três compensadores síncronos, de grande importância para a operação das interligações Norte-Nordeste e Norte-Sul. Após a substituição do banco monofásico defeituoso pelo reserva, que dura 4 horas, recompõe-se o atendimento à carga dessa subestação. A perda do único circuito 230 kV que atende a SE Coelho Neto, em derivação da LT 230 kV Teresina – Peritoró, ou a perda da LT 230 kV Teresina – Peritoró, provoca corte de toda a carga derivada da SE Coelho Neto que, em 2004, é da ordem de 22,3 MW. A solução para este problema é a implantação da complementação do seccionamento em Coelho Neto, através da construção da LT 230 kV Derivação Coelho Neto (na LT 230 kV ONS PAR 2004-2006 247 / 530 Teresina – Peritoró) – Coelho Neto, com 78 km de extensão. Esta solução foi indicada pelo CCPE no relatório CCPE/CTET.031.2001, ”Estudo de Alternativas de Atendimento às Cidades de Miranda, Peritoró e Coelho Neto no Maranhão” e encaminhada à Aneel no PAR 2003-2005. Perda temporária de toda a carga da CELTINS e perda permanente de toda a carga da Cemar, na contingência do único circuito 230 kV entre Imperatriz e Porto Franco. A solução para este sistema radial, na Rede Básica, está sendo discutida no âmbito de um Grupo de Trabalho, com a participação do CCPE, ONS e Distribuidoras. e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID Nada a registrar. f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN Contingência dupla em LTs 230 kV A perda do circuito duplo São Luís II – São Luís I, provoca corte permanente de toda a carga da região metropolitana de São Luís. Contingência dupla em LTs 500 kV A perda dos dois circuitos Presidente Dutra - São Luís II, provoca corte permanente de toda a carga da região metropolitana de São Luís e do consumidor industrial ALUMAR, além de provocar problemas generalizados de regulação de tensão no eixo 230 kV Teresina – São Luís. Para o cenário Norte Exportador, a contingência em dois circuitos 500 kV Imperatriz – Presidente Dutra leva a sobrecarga do Compensador Síncrono de Presidente Dutra. A alternativa disponível para contornar esse problema é a redução no intercâmbio do Norte para o Nordeste. A contingência nos dois circuitos 500 kV Presidente Dutra – Teresina leva a perda de estabilidade entre os subsistemas Norte, Nordeste e Sudeste, implicando na atuação do ERAC do Nordeste, ativação de esquema que desliga linhas do Norte e subfreqüência no Norte, indicando a necessidade de reavaliação de esquema de desligamento de máquinas por subfreqüência em Tucuruí. Ainda para o cenário Norte Exportador, a saída simultânea dos circuitos 500 kV Presidente Dutra – Teresina e Presidente Dutra – Boa Esperança, provoca perda de estabilidade entre os subsistemas Norte, Nordeste e Sudeste, levando a atuação do ERAC do Nordeste. A perda da interligação Norte-Sul provoca instabilidade entre os subsistemas Norte, Nordeste e Sudeste, levando a sobretensão e subfreqüência no Norte e atuação do ERAC do Nordeste. Para o cenário Nordeste Exportador, a perda da interligação Norte-Sul provoca instabilidade entre os subsistemas Sudeste e Nordeste. ONS PAR 2004-2006 248 / 530 Considerando o cenário Sudeste Exportador, a perda da interligação NorteSul provoca instabilidade entre os subsistemas Sudeste e Nordeste. Ocorre atuação do ERAC do Norte e do Nordeste. Neste cenário, dependendo do número de máquinas em Tucuruí, ocorrerá também instabilidade entre os subsistemas Norte e Nordeste. g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição Necessidade de compensação reativa – baixo fator de potência: a tabela 3.6.2-2 mostra os locais onde foram observados fatores de potência inferiores a 0,95. Tabela 3.6.2-2 – Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Maranhão/Tocantins SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA 0,89 a 0,90 2004 a 2006 MIRANDA – 230/69 kV 0,89 2004 a 2006 SÃO LUÍS – 230/69 kV 0,83 2004 a 2006 IMPERATRIZ – 230/69 kV 0,86 2004 a 2006 PORTO FRANCO 230/69 kV 0,87 a 0,89 2004 a 2006 PRESIDENTE DUTRA 230/69 kV 0,86 a 0,84 2004 a 2006 PERITORÓ – 230/69 kV Obs.: Fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da subestação Sobrecarga em transformadores em condições normais de operação. Nada a registrar. Sobrecarga em contingências, transformadores remanescentes. com risco de desligamento dos A perda de um dos dois transformadores 230/69 kV – 100 MVA na SE Imperatriz provoca carregamentos no transformador remanescente que variam de 131% em 2004 a 139% em 2006. A Cemar informou que a solução a ser adotada é interagir junto a Eletronorte para que esta viabilize a aquisição de transformadores para reserva regional. Contingências em subestações com apenas um transformador de potência. A perda do único transformador nas SEs Coelho Neto 230/69 kV – 65 MVA, Peritoró 230/69 kV – 100 MVA, Porto Franco 230/138 kV – 100 MVA, Presidente Dutra 230/69 kV – 50 MVA e Miranda 230/138 kV – 100 MVA provoca corte de toda a carga da subestação. A Cemar informou que a ONS PAR 2004-2006 249 / 530 solução a ser adotada é interagir junto a Eletronorte para que esta viabilize a aquisição dos seguintes equipamentos para reserva regional: um transformador 230/69 kV – 100 MVA, um transformador 230/69 kV – 50 MVA, um transformador 230/138 kV – 100 MVA. A perda do único autotransformador 500/138/13,8 kV – 180 MVA na SE Miracema, provoca corte temporário de toda a carga da subestação. Após a substituição do banco monofásico defeituoso pelo reserva, que dura 4 horas, recompõe-se o atendimento à carga dessa subestação. A CELTINS informou que, durante o período de substituição do banco monofásico defeituoso pelo reserva, existe a possibilidade de remanejar sua carga para a SE Porto Franco, da Eletronorte, e para a SE Porangatu, de Furnas. h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico Nada a registrar. Providências Necessárias a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel) Tabela 3.6.2-3 – Principais Obras propostas para a Área Maranhão/Tocantins ainda sem concessão DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS DATA DE NECESSIDADE LT 230 kV Teresina – Peritoró, circuito simples seccionamento na SE Coelho Neto (construção de 78 km de linha) Necessária atualmente b) Desenvolver Ações Complementares Equacionar o atendimento às cargas derivadas das SEs Imperatriz, Coelho Neto, Peritoró, Presidente Dutra e Miranda em caso de contingência nos transformadores existentes (Cemar). Reavaliar o estudo de expansão CCPE/CTET.031.2001 “Estudo de Alternativas de Atendimento às Cidades de Miranda, Peritoró e Coelho Neto no Maranhão” (CCPE/ONS). Desenvolver estudo visando avaliar a necessidade da instalação de compensação reativa adicional no tronco em 500 kV Tucuruí – Presidente Dutra (ONS/Eletronorte) c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas no item 6.3 ONS PAR 2004-2006 250 / 530 ONS PAR 2004-2006 251 / 530 3.7 Região Nordeste 3.7.1 Área Oeste A Área Oeste do Sistema Nordeste, que compreende basicamente o Estado do Piauí e às cargas da SE Sobral, localizada ao oeste do Estado do Ceará, é atendida através de linhas de transmissão da Rede Básica em 500 kV e 230 kV. A área metropolitana de Teresina é atendida por duas linhas de transmissão em 230 kV vindas da UHE Boa Esperança até a SE Teresina, com 199 km de extensão, e duas linhas de transmissão em 230 kV, com 25 km de extensão, vindas da SE Teresina II que, por sua vez é suprida por dois circuitos em 500 kV oriundos da SE Presidente Dutra. Da subestação de Teresina segue uma linha de transmissão em 230 kV, com 155 km de extensão, até a SE Piripiri, ao norte do Estado do Piauí, interligando-se com a SE Sobral II, a 166 km, localizada no Estado do Ceará. A região dos baixões agrícolas piauienses, onde se localiza a SE Picos, é atendida por um único circuito em 230 kV, com 167 km de extensão, vindo da SE São João do Piauí. As áreas do Vale do Gurguéia e dos Cerrados Piauienses, localizadas ao sul do Estado, são atendidas pela LT em 230 kV São João do Piauí - Canto do Buriti - Eliseu Martins, com 170 km de extensão, que opera atualmente na tensão de 69 kV. A integração dessa malha de transmissão da Rede Básica com o sistema de distribuição da Cepisa é efetuada nas subestações 230/69 kV Boa Esperança, Teresina, Picos, São João do Piauí e na subestação 230/138/69 kV Piripiri e com o sistema de distribuição da Coelce, através da subestação 230/69 kV Sobral II. Evolução da Geração e do Mercado na Área Oeste A tabela 3.7.1-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda máxima anual na área Oeste no horizonte deste PAR. Tabela 3.7.1-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Oeste Atual Capacidade Instalada UHE (MW) Demanda Máxima Anual (MW) Obs.: ONS 225 (1) 550 2004 2005 2006 225 225 225 585 630 668 (1) UHE Boa Esperança (225 MW) PAR 2004-2006 252 / 530 Sumário das Condições de Atendimento Em condições normais de operação, não são visualizados problemas para a operação da Área Oeste. a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica para contingências simples no horizonte estudado. b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão Na perda das LTs 230 kV Teresina – Piripiri ou Cauípe – Sobral, verificam-se cortes de carga nas SEs Sobral e Piripiri da ordem de 10 MW, em 2005, em qualquer das contingências mencionadas. A solução para esse problema é a implantação da transformação 500/230 kV – 600 MVA na SE Sobral III e LTs 230 kV Sobral III – Sobral II, C1/C2, autorizadas pela Aneel, com prazo para implantação de março de 2005. c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos Nada a registrar d) Problemas relacionados a perda do único circuito ou do único transformador A perda do único autotransformador 500/230 kV – 300 MVA na SE São João do Piauí, provoca corte temporário de toda a carga das SEs São João do Piauí e Picos. Após a substituição do banco monofásico defeituoso pelo reserva, que dura de 2 a 6 horas, recompõe-se o atendimento à carga dessas subestações. Perda total de toda a carga da SE Picos, na contingência do único circuito 230 kV entre São João do Piauí e Picos. A solução para este sistema radial, na Rede Básica, está sendo discutida no âmbito de um Grupo de Trabalho, com a participação do CCPE, ONS e Distribuidoras. e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID Nada a registrar. f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN Para o cenário Norte exportador, a contingência dos dois circuitos 500 kV Presidente Dutra – Teresina leva a perda de estabilidade entre os subsistemas Norte, Nordeste e Sudeste. Ainda neste cenário, a perda simultânea dos circuitos 500 kV Presidente Dutra – Teresina e Presidente Dutra – Boa Esperança, provoca perda de estabilidade entre os subsistemas Norte, Nordeste e Sudeste. Nessas contingências ocorre atuação do ERAC do Nordeste. ONS PAR 2004-2006 253 / 530 g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição Necessidade de compensação reativa – baixo fator de potência: a Tabela 3.7.1-2 mostra os locais onde foram observados fatores de potência inferiores a 0,95. Tabela 3.7.1-2 – Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Oeste SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA 0,89 2004 0,90 a 0,89 2004 a 2006 0,93 2004 a 2006 TERESINA – 230/69 kV PICOS – 230/69 kV BOA ESPERANÇA – 230/69 kV Obs.: Fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da subestação Sobrecarga em transformadores em condições normais Os transformadores 230/69 kV da SE Boa Esperança, em 2004 atingem 100% da capacidade nominal, chegando a atingir 109% em 2006. Sobrecarga em contingências, transformadores remanescentes. com risco de desligamento dos A perda de um dos três transformadores 230/69 kV – 100 MVA existentes na SE Teresina provoca carregamentos nos transformadores remanescentes que variam de 134% em 2004 a 146% em 2006. A Cepisa ainda não encaminhou ao ONS o Plano de Obras da empresa. A perda do transformador 230/69 kV – 33 MVA na SE São João do Piauí, provoca carregamentos no transformador de 30 MVA remanescente que variam de 132% em 2004 a 152% em 2006. A Cepisa ainda não encaminhou ao ONS o Plano de Obras da empresa. Contingências em subestações com apenas um transformador de potência. A perda do único transformador 230/138 kV – 55 MVA na SE Piripiri provoca corte de toda a carga da subestação, atendida em 138 kV. A Cepisa ainda não encaminhou ao ONS o Plano de Obras da empresa. h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico Nada a registrar. ONS PAR 2004-2006 254 / 530 Providências Necessárias a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel) Tabela 3.7.1-3 – Principais Obras propostas para a Área Oeste ainda sem concessão DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS LT 500 kV Teresina II – Sobral III – Fortaleza II C2, circuito simples, 581 km DATA DE NECESSIDADE JUN/2005 b) Desenvolver Ações Complementares Equacionar o atendimento às cargas derivadas das SEs Boa Esperança, Teresina, São João do Piauí e Piripiri, em caso de contingência nos transformadores existentes (Cepisa). c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas no item 6.3 ONS PAR 2004-2006 255 / 530 ONS PAR 2004-2006 256 / 530 3.7.2 Área Norte Descrição da Área A Área Norte da Região Nordeste, que compreende basicamente o Estado do Ceará, além das cargas da SE Bom Nome, Coremas e Mossoró, respectivamente no sertão dos Estados de Pernambuco e da Paraíba e oeste do Estado do Rio Grande do Norte, é atendida através de linhas de transmissão da Rede Básica em 500 kV e 230 kV que partem das usinas hidroelétricas de Luiz Gonzaga e do Complexo de Paulo Afonso, além da interligação com a Região Norte, através das LTs 500 kV Presidente Dutra – Teresina II C1/C2 e Teresina II – Sobral III – Fortaleza II. A região metropolitana de Fortaleza é atendida a partir do complexo hidrelétrico de Paulo Afonso por meio de três circuitos em 230 kV no eixo Paulo Afonso – Bom Nome – Milagres – Banabuiú – Fortaleza, com 655 km de extensão e de um circuito em 500 kV entre Luiz Gonzaga e Milagres. Existem também dois circuitos em 230 kV, transformáveis em um circuito simples de 500 kV, no eixo Milagres – Banabuiú – Fortaleza, que atualmente encontram-se fora de operação para possibilitar a conversão para 500 kV que deverá ser concluída ainda neste ano de 2003. Outro tronco de transmissão liga Fortaleza à rede de 500 kV da interligação Norte/Nordeste, através das LTs 500 kV Presidente Dutra – Teresina II C1/C2 e Teresina II – Sobral III – Fortaleza II, com 745 km de extensão. É importante ressaltar que a área metropolitana de Fortaleza atualmente concentra cerca de 70% da carga do Estado. Da subestação de Fortaleza parte um circuito duplo em 230 kV, com 7 km de extensão, até a SE Delmiro Gouveia. Atualmente um desses circuitos está conectado a LT 230 kV Banabuiú – Fortaleza, formando a LT Banabuiú – Delmiro Gouveia. Ainda da subestação de Fortaleza segue uma linha de transmissão, também em 230 kV e com 219 km de extensão, que passando pela SE Cauípe chega a SE Sobral II, a oeste do Estado, interligando-se com a SE Piripiri, a 166 km, localizada no Estado do Piauí. Ressalta-se que as SEs Sobral II e Sobral III, apesar de estarem localizadas no Estado do Ceará, geoeletricamente pertencem à área Oeste. O atendimento à subestação de Icó é feito pela derivação de uma das linhas de circuito duplo em 230 kV, existentes entre as subestações de Milagres e Banabuiú, aproximadamente a 123 km da SE Milagres. Da subestação de Milagres segue uma linha de transmissão, em 230 kV, com 120 km de extensão, até a SE Coremas, localizada no Estado da Paraíba. Da subestação de Banabuiú segue uma linha de transmissão, em 230 kV, com 110 km de extensão, até a SE Russas II, ao nordeste do Estado, interligando-se com a SE Mossoró II, a 75 km, localizada no Estado do Rio Grande do Norte. ONS PAR 2004-2006 257 / 530 A integração dessa malha de transmissão da Rede Básica com o sistema de distribuição de energia nessa área é realizada pela Coelce, através das subestações 230/69 kV Fortaleza e Delmiro Gouveia que atendem a área metropolitana de Fortaleza, Cauípe, Milagres, Icó, Banabuiú e Russas, pela Celpe, através da subestação 230/138/69 kV Bom Nome, pela Saelpa, através da subestação 230/69 kV Coremas e pela Cosern, através da subestação 230/69 kV Mossoró II. Evolução da Geração e do Mercado na Área Norte A tabela 3.7.2-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda máxima anual na área Norte no horizonte deste PAR. Tabela 3.7.2-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Norte Atual Capacidade Instalada UTE (MW) Capacidade Instalada UEO (MW) Demanda Máxima Anual (MW) Obs.: (1) (2) (3) (4) 220,0 15 (1) (3) 1193 2004 530,7 90 (2) (4) 1393 2005 2006 530,7 530,7 90 90 1491 1619 UTE UTCJ - Carlos Jereissati (220 MW) UTE Fortaleza (310,7 MW) UEOs Prainha (10 MW) e Taíba (5 MW) UEOs Mel I (18 MW), Mel II (17 MW), Mel III (40MW) Sumário das Condições de Atendimento Em condições normais de operação, não são visualizados problemas para a operação da Rede Básica na Área Norte. Entretanto, nas análises realizadas, foram identificados problemas de carregamento acima da capacidade nominal em transformadores de fronteira entre a Rede Básica e a Rede de Distribuição, em condições normais de operação. a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica para contingências simples no horizonte estudado. b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão em contingência Baixo perfil de tensão no eixo 230 kV Paulo Afonso - Bom Nome – Milagres – Banabuiú – Fortaleza na condição de carga pesada, na contingência da LT ONS PAR 2004-2006 258 / 530 500 kV Luiz Gonzaga – Milagres, considerando o cenário Nordeste exportador, com o intercâmbio do Nordeste para o Norte da ordem de 700 MW. Neste cenário, de baixa probabilidade de ocorrência, verificam-se tensões abaixo de 0,9 p.u. nas SE Bom Nome, Milagres, Coremas, Banabuiú, Fortaleza e Cauípe, exceto na condição em que as usinas térmicas conectadas na SE Cauípe (UTE Carlos Jereissati e UTE Fortaleza) estão despachadas. A solução para esse problema é a Implantação do 2º circuito 500 kV Teresina II – Sobral III - Fortaleza II, em fase de licitação pela Aneel. Para intercâmbios da ordem de 1.900 MW no sentido Norte para o Nordeste ou da ordem de 700 MW no sentido do Nordeste para o Norte, na condição de carga pesada, verificam-se tensões baixas nas subestações da área Norte, chegando a valores da ordem de 0,80 p.u. nas subestações da Região Metropolitana de Fortaleza, na perda de um dos circuitos de 500 kV Boa Esperança – Presidente Dutra ou Teresina II – Sobral III. Essa situação se agrava ainda mais, quando da ausência das UTEs Carlos Jereissati e Fortaleza, conectadas à Rede Básica na SE Cauípe. A solução para esse problema é a implantação do segundo circuito 500 kV Teresina II – Sobral III - Fortaleza II, em fase de licitação pela Aneel. c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos Considerando intercâmbio da ordem de 1.900 MW do Norte para o Nordeste, na condição de carga pesada, e sem a presença das usinas térmicas conectadas à SE Cauípe (UTEs Carlos Jereissati e Fortaleza), na perda de um dos autotransformadores 500/230 kV - 600 MVA da SE Fortaleza II, verifica-se sobrecarga da ordem 40% no autotransformador remanescente. Esta sobrecarga pode chegar a 62% considerando o aumento de carga proporcionado pela implantação de uma siderúrgica no estado do Ceará (250 MW), na região do Pecém. A solução para esse problema é a implantação do terceiro autotransformador 500/230 kV - 600 MVA da SE Fortaleza II. Quando da contingência em um dos circuitos de 500 kV Milagres – Quixadá ou Quixadá – Fortaleza, na condição de carga pesada, no cenário Nordeste exportador, com o intercâmbio do Nordeste para o Norte da ordem de 700 MW e sem a presença das usinas térmicas conectadas à Rede Básica na SE Cauípe, verifica-se sobrecarga no autotransformador 500/230 kV de Milagres da ordem de 8%. Esta sobrecarga pode chegar a 30% considerando o aumento de carga proporcionado pela implantação de uma siderúrgica no estado do Ceará, na região do Pecém. A solução para esse problema também é a implantação do segundo circuito 500 kV Teresina II – Sobral III Fortaleza II, já citada anteriormente. ONS PAR 2004-2006 259 / 530 d) Problemas relacionados a perda do único circuito ou do único transformador A contingência da LT 230 kV Milagres – Coremas, único circuito da Rede Básica que atende a SE Coremas, provoca o corte temporário de toda a carga alimentada por esta subestação. É possível remanejar pelo sistema de distribuição aproximadamente 40 MW, mas mesmo assim estima-se um corte de carga da ordem de 70%, em 2004. Recentemente, o CCPE concluiu o estudo de planejamento CCPE/CTET – 002/2003 “Estudo de Atendimento aos Sistemas Regionais de Coremas e Campina Grande II”, onde se recomenda, como solução para este problema, a implantação de um segundo circuito em 230 kV no trecho Milagres - Coremas, com 120 km de extensão. e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID Nada a registrar. f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN Para o cenário Norte e Sudeste exportador, a perda da interligação Norte-Sul e a contingência dupla no trecho Sobradinho – Luiz Gonzaga 500 kV provoca a atuação do ERAC da região Norte e Nordeste, implicando em corte de carga na área Norte da Região Nordeste, mesmo considerando o segundo circuito 500 kV Teresina II - Fortaleza II. g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição Necessidade de compensação reativa – baixo fator de potência: a tabela 3.7.2-2 mostra os locais onde foram observados fatores de potência inferiores a 0,95. Tabela 3.7.2-2 – Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Norte SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA 0,92 2004 0,91 a 0,90 2004 a 2006 DELMIRO GOUVEIA – 230/69 kV 0,92 2004 MILAGRES – 230 kV 0,93 2005 a 2006 RUSSAS – 230/69 kV 0,93 2004 a 2006 BOM NOME – 230/69 kV 0,90 a 0,91 2004 a 2006 MOSSORÓ II – 230/69 kV 0,92 a 0,93 2005 e 2006 0,93 2004 a 2006 FORTALEZA – 230/69 kV PICI – 230/69 kV COREMAS – 230/69 kV Obs.: ONS Fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da subestação PAR 2004-2006 260 / 530 Sobrecarga em transformadores em condições normais Ressalta-se que, caso não seja possível retomar a construção da LT 230 kV Fortaleza – Pici com a maior brevidade, permitindo a energização da SE Pici 230/69 kV, os transformadores 230/69 kV da SE Fortaleza ficarão em sobrecarga em condições normais de operação a partir de setembro deste ano. Além disso, prevê-se também o esgotamento da rede de distribuição derivada da SE Fortaleza, até que a SE Pici esteja em operação. Com a SE Pici, os transformadores 230/69 kV dessa subestação apresentam carregamento da ordem de 113%, em 2004, chegando a 128%, em 2006. A Coelce informou que a solução é a implantação do 3º transformador 100 MVA ainda em 2004. Os transformadores 230/69 kV da SE Bom Nome, em 2004 atingem 100% da capacidade nominal, chegando a atingir 110% em 2006. Está prevista no Plano de Obras da Celpe a implantação do segundo transformador 230/138 kV – 100 MVA, nesta subestação, para 2003, que possibilitará remanejamento da carga do 69 kV para o 138 kV, solucionando assim, esse problema. Sobrecarga em contingências, transformadores remanescentes. com risco de desligamento dos Os dois transformadores 230/69 kV – 16,7 MVA da SE Russas, na contingência do transformador de 100 MVA, existente nessa subestação, ficam submetidos a sobrecargas de 222% em 2004, 239% em 2005, e 259% em 2006. A Coelce informou que a solução é a implantação do 2º transformador 100 MVA em 2006. A perda de um dos dois transformadores 230/69 kV – 33 MVA na SE Banabuiú provoca carregamentos no transformador remanescente da ordem de 174% em 2004, 187% em 2005, e 202% em 2006. A Coelce informou que a solução é a implantação do 3º transformador 50 MVA em 2006. A perda de um dos dois transformadores 230/69 kV – 100 MVA na SE Coremas provoca carregamento no transformador remanescente de até 139%, em 2006. O estudo de planejamento desenvolvido pelo CCPE recomenda que, em 2005, além do segundo circuito 230 kV Milagres – Coremas, seja implantado também o terceiro transformador 230/69 kV – 100 MVA na SE Coremas. Contingências em subestações com apenas um transformador de potência. A perda do único transformador 230/138 kV – 100 MVA na SE Bom Nome provoca corte de toda a carga da subestação suprida através do barramento de 138 kV. A solução para esse problema será a energização, em 2003, do transformador existente na subestação, para o qual o ONS já emitiu parecer, dependendo apenas de autorização da Aneel. ONS PAR 2004-2006 261 / 530 A perda do único transformador 230/69 kV – 100 MVA na SE Icó provoca corte temporário de toda a carga da subestação. A Coelce informou que a solução é a implantação do 2º transformador 100 MVA em 2004. A perda do único transformador 230/69 kV – 100 MVA na SE Cauípe provoca corte temporário de toda a carga da subestação. A Coelce informou que a solução é a implantação do 2º transformador 100 MVA em 2005. h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico Nada a registrar. Providências Necessárias a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel) Tabela 3.7.2-3 – Principais Obras propostas para Área Norte ainda sem concessão DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS DATA DE NECESSIDADE SE Fortaleza II: 3o banco de autotransformadores 500/230 kV – 600 MVA JUN/2005 LT 230 kV Fortaleza II – Fortaleza C3, circuito simples, 0,3 km JUN/2005 LT 230 kV Milagres – Tauá, circuito simples, 200 km DEZ/2005 LT 230 kV Milagres – Coremas C2, circuito simples, 120 km DEZ/2005 b) Desenvolver Ações Complementares Equacionar o atendimento às cargas derivadas das SEs Russas, Banabuiú, Icó e Cauípe, em caso de contingência nos transformadores existentes (Coelce). c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas no item 6.3 ONS PAR 2004-2006 262 / 530 ONS PAR 2004-2006 263 / 530 3.7.3 Área Leste A Área Leste do Sistema Nordeste, que compreende grande parte dos estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, é atendida através de linhas de transmissão da Rede Básica em 500 kV e 230 kV que partem das usinas hidroelétricas de Luiz Gonzaga, Xingó e do Complexo de Paulo Afonso. Atendimento ao Estado do Rio Grande do Norte O atendimento à área metropolitana de Natal é efetuado por quatro circuitos em 230 kV, sendo dois com 215 km e os outros com 187 km de extensão, todos provenientes da SE Campina Grande II, no Estado da Paraíba. A área centro do Estado, polarizada pela subestação Açu II, é atendida por uma linha de transmissão em 230 kV, com 75 km de extensão, vinda da SE Mossoró II, localizada ao oeste do Estado, a qual interliga-se por uma linha de transmissão, em 230 kV, com 75 km de extensão, com a SE Russas II, localizada no Estado do Ceará. Ressalta-se que a SE Mossoró, apesar de estar localizada no Estado do Rio Grande do Norte, geoeletricamente pertencente à área Norte. Atendimento ao Estado da Paraíba O sistema de transmissão da Rede Básica que atende ao Estado é composto de sete circuitos em 230 kV. Destes, quatro destinam-se a atender à área agreste, onde se localiza a cidade de Campina Grande, sendo dois provenientes de Tacaimbó, com 121 km de extensão, um vindo da subestação Mirueira (Pau Ferro), este um circuito duplo, com 127 km extensão, lançado apenas de um lado, e o último vindo da subestação Goianinha, com 99 km de extensão, todos provenientes do Estado de Pernambuco. Da subestação de Campina Grande II partem, atualmente, quatro circuitos em 230 kV para o Estado do Rio Grande do Norte. A capital do Estado, João Pessoa, é atendida por um circuito duplo em 230 kV vindo da subestação Goianinha, com 51 km de extensão, também no Estado de Pernambuco. A área do alto sertão paraibano, onde se localiza a SE Coremas, é atendida radialmente, por um único circuito em 230 kV, com 120 km de extensão, vindo da subestação Milagres, no Estado do Ceará. Ressalta-se que a SE Coremas, apesar de estar localizada no Estado da Paraíba, geoeletricamente pertencente à área Norte. Atendimento ao Estado de Pernambuco O atendimento ao Estado é constituído por três eixos de transmissão que partem das UHEs Paulo Afonso, Luís Gonzaga e Xingó. O primeiro eixo chega a Pernambuco pela SE Angelim II, com dois circuitos de 500 kV, e quatro circuitos de 230 kV. Da SE Angelim II partem dois circuitos em 500 kV e três em 230 kV para a SE Recife II. ONS PAR 2004-2006 264 / 530 O segundo eixo sai da UHE Xingó e chega a SE Recife II, na área metropolitana da capital, passando pela SE Messias no Estado de Alagoas, e é constituído por uma linha de transmissão em 500 kV com 400 km de extensão. Por fim, um terceiro eixo de transmissão em 230 kV, que atende às áreas central e do sertão do Estado, é constituído por três circuitos em 230 kV partindo do complexo hidrelétrico de Paulo Afonso até a SE Bom Nome, com 170 km de extensão. De Bom Nome, esses circuitos seguem para a subestação de Milagres, no Estado do Ceará, a 84 km de distância. Ressalta-se que a SE Bom Nome, apesar de estar localizada no Estado de Pernambuco, geoeletricamente pertencente à área Norte. Da subestação de Recife II, o atendimento à região metropolitana da capital Recife é realizado por meio de circuitos em 230 kV que alimentam as subestações 230/69 kV, Pirapama II (dois circuitos com 29 km de extensão), Mirueira (três circuitos com 32 km de extensão) e Bongi (três circuitos com 14 km de extensão), que são responsáveis pelo atendimento ao sistema de distribuição de energia elétrica a essa região. Também da subestação de Recife II, partem dois circuitos em 230 kV para Goianinha, com 71 km de extensão. Da subestação de Mirueira parte um circuito em 230 kV também para Goianinha, com 66 km de extensão. Esses três circuitos são responsáveis pelo atendimento às cargas da zona da mata norte do Estado. A área agreste do Estado é atendida por três circuitos em 230 kV vindos de Angelim II até SE Tacaimbó, com 65 km de extensão, interligando-se com Campina Grande II, a 121 km, no Estado da Paraíba. Atendimento ao Estado de Alagoas O atendimento a esse Estado é efetuado por um circuito em 500 kV partindo da UHE Xingó até Messias, com 220 km de extensão, que segue para Recife, a 180 km, e três circuitos em 230 kV vindos de Angelim II para Messias, com 74 km de extensão. Da subestação de Messias derivam três circuitos em 230 kV para a SE Rio Largo II, com 15 km de extensão, que atendem parte das cargas da área metropolitana de Maceió. O atendimento à capital do Estado e parte da área metropolitana de Maceió é efetuado por dois circuitos em 230 kV, com 26,5 km de extensão, provenientes da SE Messias. A área do litoral sul do Estado é atendida radialmente por um único circuito em 230 kV, com 127 km de extensão, conectando às subestações de Rio Largo II e Penedo. A integração da malha de transmissão da Rede Básica com o sistema de distribuição de energia elétrica, nessa área, é realizada pelas empresas Ceal, através das subestações 230/69 kV Rio Largo II, que atende à área metropolitana de Maceió, e Penedo que é responsável pelo atendimento ao litoral sul do Estado ONS PAR 2004-2006 265 / 530 de Alagoas e parte das cargas do norte de Sergipe, pela Celpe, através das subestações 230/69 kV Bongi, Mirueira e Pirapama II, que atendem à área metropolitana de Recife, Angelim II, Tacaimbó, Goianinha e Ribeirão, que atendem às áreas do agreste e das matas norte e sul, do Estado de Pernambuco, pela Saelpa e Celb, através das subestações 230/69 kV Mussuré II, que atende à área metropolitana de João Pessoa e Campina Grande II, que atende às áreas centro e norte do Estado da Paraíba e pela Cosern através das subestações 230/69 kV Natal II, que atende à área metropolitana de Natal, Mossoró II, que atende à área oeste, e pela SE Açu II 230/138/69 kV, que atende às áreas centro e norte do Estado do Rio Grande do Norte. Evolução da Geração e do Mercado na Área Leste A tabela 3.7.3-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda máxima anual na área Leste no horizonte deste PAR. Tabela 3.7.3-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Leste Atual Capacidade Instalada UTE (MW) Capacidade Instalada UEO (MW) Demanda Máxima Anual (MW) Obs.: 2004 2005 2006 - 807,7 (1) 807,7 807,7 - 127,0 (2) 127,0 127,0 3.189 3.330 2.819 3.047 (1) UTE Termopernambuco (496,7 MW) e Termoaçu (311 MW) (2) Guamaré (16 MW), Guamaré II (19 MW), Pitangui (41 MW), Rio do Fogo I (28 MW), Rio do Fogo II (14 MW) e Gameleira (9 MW) Sumário das Condições de Atendimento Em condições normais não são visualizados problemas para a operação da Rede Básica na Área Leste. Entretanto, nas análises realizadas, foram identificados problemas de carregamento acima da capacidade nominal em transformadores de fronteira entre a Rede Básica e a Rede de Distribuição, em condições normais de operação. a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica para contingências simples no horizonte estudado. ONS PAR 2004-2006 266 / 530 b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão Tensões altas na área Leste, principalmente no eixo Angelim - Campina Grande – Natal. Foram observadas dificuldades para o controle de tensão, na condição de carga leve, devido às baixas previsões de mercado afetadas, principalmente pelo racionamento ocorrido no ano de 2001. Aliado a esse fato, a implantação da LTs 500 kV Xingó – Angelim e 230 kV Angelim – Campina Grande II, previstas para janeiro/2004, aumentam ainda mais as tensões no sistema, o que suscita a necessidade de uma compensação indutiva adicional de 210 Mvar, distribuída entre as SEs Natal II (30 Mvar – 230 kV), Campina Grande II (30 Mvar – 230 kV) e Angelim II (150 Mvar – 500 kV), já recomendada pelo ONS e em fase de análise pela Aneel, para contornar os problemas de tensões elevadas na condição de carga leve, evitando dessa forma a necessidade de desligamento de linhas de transmissão da Rede Básica para possibilitar o controle de tensão na área Leste. c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos Como o mercado da área Leste apresenta valores muito reduzidos, devido, principalmente, aos efeitos do racionamento ocorrido em 2001, verifica-se em junho/2004, na condição de carga leve, e considerando a operação plena da UTE Termopernambuco, uma pequena sobrecarga da ordem de 2% no circuito remanescente, quando da contingência em um dos circuitos 230 kV Recife II – Pirapama II. Todavia, esse problema não desperta preocupações por duas razões: primeiramente, porque o valor da sobrecarga é muito pequeno e depois porque esse problema deverá deixar de ocorrer com o crescimento do mercado. É importante destacar que, conforme descrito no Parecer de Acesso da UTE Termopernambuco, a Celpe assumiu o compromisso de manter o atendimento às cargas das SEs 69/13,8 kV Jussaral, Vitória, Escada, Prazeres I e II e Setúbal (futura) pelo regional de Pirapama, para evitar que haja restrições ao despacho da UTE Termopernambuco, quando da ocorrência dessa contingência. Considerando o despacho máximo da UTE Termoaçu (311 MW), na contingência da LT 230 kV Paraíso – Açu II verifica-se sobrecarga da ordem de 3%, em 2004, na LT 230 kV Açu II - Mossoró II, podendo chegar 16% considerando os parques eólicos com parecer de acesso na distribuição. A solução para esse problema é a recapacitação da LT 230 kV Açu II – Mossoró II (de 235 MVA para 300 MVA), 75 km, proposta no Parecer de Acesso da UTE Termoaçu, emitido em fevereiro/2001, e constante do PAR 2003/2005. É importante destacar que, até a entrada em operação dessa obra, o despacho da UTE Termoaçu ficará limitado à capacidade de transmissão da LT 230 kV Açu II – Mossoró II (235 MVA). ONS PAR 2004-2006 267 / 530 d) Problemas relacionados a perda do único circuito ou do único transformador Perda temporária de toda a carga da Ceal e Energipe, atendida pela SE Penedo, na contingência do único circuito 230 kV entre Rio Largo e Penedo. A solução para este sistema radial, na Rede Básica, está sendo discutida no âmbito de um Grupo de Trabalho, com a participação do CCPE, ONS e Distribuidoras. e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID Nada a registrar. f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN Contingência dupla em LTs 230 kV A perda do circuito duplo Messias - Maceió provoca corte temporário de toda a carga de Maceió, capital do Estado de Alagoas. Mesmo considerando transferência de carga para o regional de Rio Largo ainda haverá corte permanente de parte da carga da região metropolitana de Maceió. A perda do circuito duplo Goianinha - Mussuré provoca sobrecarga no circuito remanescente, acarretando corte temporário de toda a carga de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba. Mesmo considerando transferência de carga para o regional de Goianinha ainda haverá corte permanente de parte da carga. g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição Necessidade de compensação reativa – baixo fator de potência: a tabela 3.7.3-2 mostra os locais onde foram observados fatores de potência inferiores a 0,95. Tabela 3.7.3-2– Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Leste SUBESTAÇÃO Obs.: ONS FATOR DE POTÊNCIA DATA CAMPINA GRANDE – 230/69 kV 0,92 2004 a 2006 BONGI - 230/13,8 kV 0,77 a 0,78 2004 a 2006 RIO LARGO II - 230/69 kV 0,78 a 0,83 2004 a 2006 MACEIÓ - 230/69 kV 0,91 a 0,90 2004 a 2006 PENEDO – 230/69 kV 0,94 a 0,93 2004 a 2006 Fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da subestação PAR 2004-2006 268 / 530 Sobrecarga em transformadores em condições normais Os transformadores 230/69 kV da SE Bongi apresentam uma sobrecarga da ordem de 3% em dezembro/2004 que será eliminada, com a entrada em operação da SE Várzea 230/69 kV, com dois transformadores de 150 MVA, prevista no Plano de Obras da Celpe, para 2004. Ressalta-se que a Celpe ainda não encaminhou Solicitação de Acesso ao ONS. O transformador 230/13,8 kV da SE Bongi (04T6) atinge 100% do carregamento nominal em 2004 e a partir desta data começa a apresentar sobrecarga em condição normal de operação. Para solucionar esse problema a Celpe está transferindo carga para o transformador (04T7). Sobrecarga em contingências, transformadores remanescentes. com risco de desligamento dos A perda de um dos dois transformadores 230/69 kV – 100 MVA na SE Angelim provoca carregamentos no transformador remanescente que variam de 138% em 2004, 146% em 2005 e 153% em 2006. A solução para esse problema é a implantação da terceira unidade transformadora, prevista no Plano de Obras da Celpe para 2003. A perda de um dos dois transformadores 230/69 kV – 100 MVA na SE Pau Ferro provoca carregamentos no transformador remanescente de 187%, em 2004, 193% em 2005 e em 2006, considerando a SE Limoeiro, 137%. Está prevista no Plano de Obras da Celpe a implantação da terceira unidade transformadora, nesta subestação, para 2006, solucionando, assim, esse problema. A perda de um dos dois transformadores 230/69 kV – 100 MVA na SE Goianinha provoca carregamentos no transformador remanescente de 133% em 2004, 140% em 2005, e 145% em 2006. Está prevista no Plano de Obras da Celpe a implantação da terceira unidade transformadora, nesta subestação, para 2004, solucionando assim, esse problema. Contingências em subestações com apenas um transformador de potência. Nada a registrar. h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico Nada a registrar. ONS PAR 2004-2006 269 / 530 Providências Necessárias a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel) Tabela 3.7.3-3 – Principais Obras propostas para Área Leste ainda sem concessão DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS DATA DE NECESSIDADE SE Angelim II: reator manobrável de 150 Mvar – 500 kV Necessária atualmente SE Campina Grande II: reator manobrável de 30 Mvar – 230 kV Necessária atualmente SE Natal II: reator manobrável de 30 Mvar – 230 kV Necessária atualmente Recapacitação da LT 230 kV Açu II – Mossoró II (de 235 MVA para 300 MVA) JUN/2004 b) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas no item 6.3 ONS PAR 2004-2006 270 / 530 ONS PAR 2004-2006 271 / 530 3.7.4 Área Sul A Área Sul do Sistema Nordeste, que compreende ao Estado de Sergipe e ao atendimento a cerca de 90% do consumo de energia elétrica ao Estado da Bahia, é atendida através de linhas de transmissão da Rede Básica em 500 kV e 230 kV que partem das usinas hidroelétricas de Luiz Gonzaga, Xingó e do Complexo de Paulo Afonso e da linha de interligação Sudeste-Nordeste (LT 500 kV Serra da Mesa – Rio das Éguas – Bom Jesus da Lapa – Ibicoara – Sapeaçu). Atendimento ao Estado de Sergipe O atendimento a esse Estado é efetuado por um circuito em 500 kV partindo da UHE Xingó até a SE Jardim, com 159 km de extensão, que prossegue para a SE Camaçari II, a 251 km, no Estado da Bahia, e dois circuitos em 230 kV provenientes do complexo de Paulo Afonso para a SE Itabaiana, com 163 km de extensão. Da SE Itabaiana derivam dois circuitos em 230 kV para a SE Jardim, com 44 km de extensão. A SE Jardim 500/230 kV é responsável pelo atendimento às cargas da região metropolitana de Aracaju e a grandes consumidores industriais. Além disso, existe uma linha em 230 kV entre as SEs Itabaiana e Catu (BA), seccionada na SE Itabaianinha, a 77 km da SE Itabaiana, que atende às cargas do litoral sul do Estado. As cargas do litoral norte do Estado são atendidas pela SE Penedo que fica localizada no Estado de Alagoas. Atendimento ao Estado da Bahia Do ponto de vista da Rede Básica, o sistema de transmissão da área Sul que atende o Estado da Bahia pode ser dividido geoeletricamente nas áreas metropolitana de Salvador, e extremo Sul. O atendimento de energia elétrica à área onde se encontra a capital do Estado e que concentra quase 90% do consumo de energia, é realizado pelas linhas de transmissão em 500 kV e 230 kV ligadas ao complexo de geração de Paulo Afonso, Luiz Gonzaga e Xingó. Dessas usinas partem três circuitos em 500 kV que convergem para a SE Camaçari II 500/230 kV, respectivamente com 352 km, 396 km e 410 km de extensão. A subestação de Camaçari II é responsável pelo atendimento das cargas de toda a área metropolitana de Salvador, além das cargas do Pólo Petroquímico e do Complexo Industrial de Aratu. Chegam à subestação de Catu três circuitos de 230 kV oriundos de Paulo Afonso, tendo como pontos intermediários as SEs 230/69 kV de Cícero Dantas e Itabaianinha, esta última no Estado de Sergipe, que distam, respectivamente, 335 km e 307 km. Da subestação de Catu partem dois circuitos em 230 kV para Camaçari II, com 25 km de extensão, e um terceiro circuito para a SE Governador Mangabeira, com 77 km de extensão. O extremo sul do Estado da Bahia é atendido a partir das subestações de Camaçari II e Catu por meio três circuitos em 230 kV, sendo dois de Camaçari II para Governador Mangabeira, com 85 km de extensão, e um partindo de Catu para ONS PAR 2004-2006 272 / 530 Governador Mangabeira, com 77 km de extensão. Da subestação Governador Mangabeira partem três circuitos em 230 kV para Sapeaçu, com 22 km de extensão, e daí até Funil, com 199,5 km de extensão. De Funil, segue um circuito 230 kV para SE Brumado, com 263 km de extensão, e dois circuitos, também em 230 kV, para a SE Itapebi, com 200 km de extensão, e daí para a SE Eunápolis, com 45 km de extensão, última subestação da Rede Básica no extremo sul da Bahia. A SE 500/230 kV Sapeaçu, com dois transformadores de 600 MVA, é a subestação de integração da Interligação Sudeste/Nordeste que se encontra a 1054 km da SE Serra da Mesa, no Estado de Goiás. A integração da malha de transmissão da Rede Básica com o sistema de distribuição de energia elétrica, nessa área, é realizada pelas empresas Coelba, através da subestação 500/230/69 kV Camaçari II, e das subestações 230/69 kV Catu, Governador Mangabeira, Santo Antônio de Jesus, Tomba, Brumado, Jacaracanga, Cotegipe, Pituaçu e Matatu, estas três últimas na área metropolitana de Salvador, além da subestação 230/138/69 kV Funil e da SE 230/138 kV Eunápolis no Estado da Bahia, e pela Energipe e Sulgipe, no Estado de Sergipe, através da subestação 500/230/69/13,8 kV Jardim, que atende às cargas da área metropolitana de Aracaju e consumidores especiais 69 kV e 230 kV, além de parte das cargas da área sul do Estado, da SE 230/69/13,8 kV Itabaiana que atende parte das cargas das áreas norte e sul do Estado e da subestação 230/69 kV Itabaianinha, que também atende parte das cargas da área sul do Estado. Evolução da Geração e do Mercado na Área Sul A tabela 3.7.4-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda máxima anual na área Sul no horizonte deste PAR. Tabela 3.7.4-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Sul Atual Capacidade Instalada UHE (MW) Capacidade Instalada UTE (MW) Demanda Máxima Anual (MW) Obs.: ONS 500 (1) 237,4 (3) 2279 2004 500 537,4 2005 680 (3) 2562 (2) 2006 680 537,4 537,4 2658 2729 (1) UHEs Funil (30 MW), Pedra (20 MW) e Itapebi (450 MW) (2) UHE Pedra do Cavalo (180 MW) (3) UTEs Camaçari (50 MW atualmente e 350 MW total) Termobahia (187,4 MW) PAR 2004-2006 273 / 530 Sumário das Condições de Atendimento Em condições normais não são visualizados problemas para a operação das instalações da Rede Básica da Área Sul. Entretanto, caso não seja possível implementar a solução em negociação entre a Chesf e a Coelba para reforçar a transformação da SE Catu, será observada sobrecarga nesta subestação, estando o sistema íntegro. a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica para contingências simples no horizonte estudado. b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão Tensões altas na área Sul, mais especificamente no extremo sul da Bahia. Foram observadas dificuldades de controle de tensão, na condição de carga leve, mesmo contando com os recursos disponíveis do compensador estático de Funil, da UHE Itapebi, da UTE Termobahia e dos compensadores síncronos de Camaçari II. Além disso, ressalta-se que, na indisponibilidade de metade do compensador estático de Funil, as tensões do sistema ultrapassarão os limites definidos nos Procedimentos de Rede, apresentando valores elevados, especialmente na SE Brumado II. A solução visualizada para o problema de regulação de tensão nessa área é a implantação de um reator manobrável de 10 Mvar no barramento de 230 kV da SE Brumado II, autorizado pela Aneel através da Resolução 143/2003, com entrada em operação prevista para abril/2004. Destaca-se que a implantação deste reator, além de melhorar significativamente o controle de tensão na condição de carga leve, agiliza o processo de recomposição do sistema. c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos Na contingência de uma das LTs 230 kV Camaçari II – Jacaracanga, na condição de carga média, sem a presença da UTE Termobahia, verificam-se sobrecargas no circuito remanescente que variam de 20% em 2004 a 24% em 2006. Também na contingência da LT 230 kV Camaçari – Cotegipe C1, verifica-se sobrecarga no circuito remanescente da ordem de 7% em 2006. É importante destacar que o sistema de transmissão da Rede Básica que atende a região metropolitana de Salvador encontra-se atualmente acima do seu limite de capacidade para o atendimento ao critério N-1, visto que, contingências simples de linhas de transmissão em 230 kV, nessa área, provocam sobrecarga nos circuitos remanescentes. Dessa forma, como ainda não se dispõe de uma solução de planejamento para resolver esses problemas, é de extrema importância à presença da UTE Termobahia para possibilitar o atendimento ao critério de contingência simples no horizonte do ONS PAR 2004-2006 274 / 530 PAR. Entretanto, verifica-se a necessidade de um estudo de planejamento do CCPE, com a participação da Coelba e do ONS, para indicar a melhor alternativa de expansão da Rede Básica, na região metropolitana de Salvador, considerando um horizonte de longo prazo. Considerando a ocorrência simultânea de carregamentos elevados na interligação Sudeste/Nordeste (da ordem de 900 MW) e de despacho pleno da UHE Itapebi (aproximadamente 450 MW), na condição de carga leve, a perda de um dos circuitos 230 kV Camaçari II – Governador Mangabeira, provoca sobrecarga da ordem de 110% no circuito 230 kV Catu - Governador Mangabeira. Estudos recentes indicaram a necessidade de complementação da interligação Sudeste/Nordeste, com a construção da LT 500 kV Sapeaçu Camaçari II. A implantação dessa obra, atualmente em fase de licitação, soluciona o problema de sobrecarga apresentado. Para evitar problema de sobrecarga em contingências de transformadores 230/69 kV nas subestações da área metropolitana de Salvador, além do esgotamento físico da SE Matatu, no que diz respeito à expansão do barramento de 69 kV desta subestação, a Coelba solicitou acesso para 2005 na futura SE 230/69 kV Narandiba, conforme preconiza a Resolução Aneel 433/00. Ainda de acordo com essa Resolução o barramento de 230 kV da SE Narandiba e o lançamento do 2º circuito 230 kV Pituaçu – Narandiba é de responsabilidade da Rede Básica, enquanto que a transformação 230/69 kV e as conexões associadas são de responsabilidade da Coelba. d) Problemas relacionados à perda do único circuito ou do único transformador Perda temporária de toda a carga da SE Brumado II na contingência do único circuito 230 kV entre Funil e Brumado. A solução para este sistema radial, na Rede Básica, está sendo discutida no âmbito de um Grupo de Trabalho, com a participação do CCPE, ONS e Distribuidoras. e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID Nada a registrar. f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN Para o cenário Norte exportador, a contingência dupla das LTs 500 kV Presidente Dutra – Teresina C1/C2 leva ao desligamento da UHE Itapebi por perda de estabilidade. Para o cenário Nordeste exportador a perda do barramento de Governador Mangabeira 230 kV, provoca instabilidade entre o Norte, Nordeste e Sudeste. Este problema não se verifica após a entrada em operação da LT 500 kV Sapeaçu – Camaçari. ONS PAR 2004-2006 275 / 530 g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição Necessidade de compensação reativa – baixo fator de potência: a tabela 3.7.4-2 mostra os locais onde foram observados fatores de potência inferiores a 0,95. Tabela 3.7.4-2 – Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Sul SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA 0,93 2004 a 2006 0,89 a 0,86 2004 a 2006 OLINDINA – 230/13,8 kV 0,86 2004 a 2006 CAMAÇARI II – 230/69 kV 0,91 2004 a 2006 GOV. MANGABEIRA – 230/69 kV 0,92 2004 a 2006 MATATU – 230/11,9 kV 0,91 2004 a 2006 ITABAIANA – 230/69 kV ITABAIANINHA – 230/69 kV Obs.: Fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da subestação Sobrecarga em transformadores em condições normais Caso não seja possível implementar a solução em negociação entre a Chesf e a Coelba para reforçar a transformação da SE Catu, será observada sobrecarga nesta subestação, estando o sistema íntegro, já a partir de 2003. Sobrecarga em contingências, transformadores remanescentes. com risco de desligamento dos A perda de um dos transformadores 230/69 kV – 100 MVA na SE Jardim provoca carregamentos elevados nos transformadores remanescentes, variando de 129% em 2004 a 148% em 2006. A solução apresentada pela Energipe é a implantação do 4º transformador 230/69 kV – 100 MVA na SE Jardim, em dezembro de 2005. Para o ano de 2004 a solução é a transferência de carga para os regionais Itabaianinha e Itabaiana. A perda de um dos transformadores 230/11,9 kV – 40 MVA na SE Matatu provoca carregamento elevado no transformador remanescente, variando de 167% em 2004 a 157% em 2006, ocasionando o desligamento da subestação pela proteção. A solução informada pela Coelba para ser considerada no horizonte do PAR é transferência de carga, através do sistema de distribuição em 11,9 kV. ONS PAR 2004-2006 276 / 530 Contingências em subestações com apenas um transformador de potência. A perda do único transformador 230/69 kV – 100 MVA na SE Governador Mangabeira provoca corte de toda a carga da subestação até a transferência de carga, através do sistema de distribuição, para as SEs Tomba e Santo Antônio de Jesus. Esta foi a solução informada pela Coelba para ser considerada no horizonte do PAR. A perda do único transformador 230/69 kV – 100 MVA na SE Santo Antônio de Jesus provoca corte temporário de toda a carga da subestação até a transferência, através do sistema de distribuição para as SEs Governador Mangabeira e Irecê (para possibilitar a transferência para o regional de Governador Mangabeira é necessário construir a LT 69 kV São Felipe – Santo Antônio, prevista para 2006). Esta foi a solução informada pela Coelba para ser considerada no horizonte do PAR. A perda do único transformador 230/13,8 kV – 40 MVA na SE Olindina provoca corte de toda a carga da subestação. A solução informada pela Coelba é a implantação de um segundo transformador na subestação, previsto no seu plano de obras para DEZ/2008. h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico Nada a registrar. Providências Necessárias a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel) Tabela 3.7.4-3 – Principais Obras propostas para área Sul ainda sem concessão DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS DATA DE NECESSIDADE LT 500 kV Sapeaçu – Camaçari II, circuito simples, 102 km Necessária atualmente LT 230 kV Pituaçu – Narandiba, lançamento do 2o circuito, 4 km NOV/2005 SE Narandiba (Nova): Barramento de 230 kV NOV/2005 b) Desenvolver Ações Complementares Realizar estudos de planejamento de longo prazo visando definir a solução estrutural para a expansão do sistema que atende à Região Metropolitana de Salvador (CCPE/ONS). c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas no item 6.3 ONS PAR 2004-2006 277 / 530 ONS PAR 2004-2006 278 / 530 3.7.5 Área Centro Descrição da Área A Área Cento do Sistema Nordeste, que compreende a região onde estão localizadas as usinas hidroelétricas de Sobradinho, Luiz Gonzaga, Xingó e do Complexo de Paulo Afonso, localizadas nos Estados de Pernambuco, Alagoas e Bahia, além das subestações 230/69 kV da Rede Básica, Abaixadora e Cícero Dantas, localizadas no Estado da Bahia. Destaca-se que integração da malha de transmissão da Rede Básica com o sistema de distribuição de energia elétrica, nessa área, é realizada pelas empresas Celpe, Ceal, Energipe e Coelba. Evolução da Geração e do Mercado na Área Centro A tabela 3.7.5-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda máxima anual na área Centro no horizonte deste PAR. Tabela 3.7.5-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Centro Atual Capacidade Instalada UHE (MW) Demanda Máxima Anual (MW) 9.395 (1) 2004 2005 2006 9.395 9.395 9.395 72 75 78 60 Obs.: (1) UHEs Sobradinho (1050 MW), Luiz Gonzaga (900 MW), Apolônio Sales (400 MW), Xingó (3162 MW) e Complexo de Paulo Afonso (3883 MW) Sumário das Condições de Atendimento Em condições normais de operação, não são visualizados problemas para a operação da Área Centro. a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica para contingências simples no horizonte estudado. b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão Nada a registrar c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos Nada a registrar ONS PAR 2004-2006 279 / 530 d) Problemas relacionados à perda do único circuito ou do único transformador Nada a registrar. e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID Nada a registrar. f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN Para o cenário Norte exportador a perda das duas LTs 500 kV Sobradinho Luiz Gonzaga resulta em perda de estabilidade entre os subsistemas Norte, Nordeste e Sudeste, provocando atuação do ERAC do Nordeste e subfreqüência na área Norte. A mesma contingência dupla, no cenário Nordeste exportador, provoca perda de estabilidade entre os subsistemas Norte e Nordeste e entre o Nordeste e o Sudeste, ocasionando atuação do ERAC do Nordeste e tensões elevadas na área Norte. g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição Necessidade de compensação reativa – baixo fator de potência. Nada a Registrar. Sobrecarga em transformadores em condições normais de operação. Nada a registrar. Sobrecarga em contingências, transformadores remanescentes. com risco de desligamento dos Nada a registrar. Contingências em subestações com apenas um transformador de potência. A perda do único transformador 230/69 kV – 100 MVA na SE Abaixadora provoca corte temporário de toda a carga das empresas Celpe, Ceal, Energipe e Coelba atendida por essa subestação. A solução informada pela Coelba é a implantação do transformador 230/69 kV – 100 MVA, previsto para DEZ/2006, conforme plano de obras da empresa. h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico Nada a registrar. Providências Necessárias Nada a registrar. ONS PAR 2004-2006 280 / 530 ONS PAR 2004-2006 281 / 530 3.7.6 Área Sudoeste Descrição da Área A Área Sudoeste do Sistema Nordeste, que compreende a região oeste Estado da Bahia, é atendida através de um longo sistema em 230 kV, com cerca de 926 km de extensão, passando por Juazeiro, Senhor do Bonfim, Irecê, Bom Jesus da Lapa e chegando a Barreiras. Duas pequenas usinas hidráulicas, Alto Fêmeas e Correntina, que juntas fornecem uma geração máxima de 18 MW, complementam o suprimento de energia nessa área. Recentemente foi energizada a linha de interligação Sudeste-Nordeste, LT 500 kV Serra da Mesa – Rio das Éguas – Bom Jesus da Lapa II – Ibicoara – Sapeaçu, com 1054 km de extensão, com dois autotransformadores 500/230 kV – 300 MVA na SE Bom Jesus da Lapa II. A integração da malha de transmissão da Rede Básica com o sistema de distribuição de energia elétrica, nessa área, é realizada pela empresa Coelba, através das subestações 230/69 kV Juazeiro, Senhor do Bonfim, Bom Jesus da Lapa e Barreiras e da subestação 230/138/69 kV Irecê. Evolução da Geração e do Mercado na Área Sudoeste A tabela 3.7.6-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda máxima anual na área Sudoeste no horizonte deste PAR. Tabela 3.7.6-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Sudoeste Atual Capacidade Instalada UHE (MW) Demanda Máxima Anual (MW) Obs.: 18 2004 2005 2006 18 18 18 350 363 378 (1) 315 (1) Alto Fêmeas (10 MW) e Correntina (8 MW) Sumário das Condições de Atendimento Em condições normais não são visualizados problemas para a operação da Área Sudoeste. a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica para contingências simples no horizonte estudado. ONS PAR 2004-2006 282 / 530 b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão Nada a registrar. c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos Nada a registrar. d) Problemas relacionados à perda do único circuito ou do único transformador Perda de toda a carga da SE Barreiras na contingência do único circuito 230 kV entre Bom Jesus da Lapa e Barreiras. A solução para este sistema radial, na Rede Básica, está sendo discutida no âmbito de um Grupo de Trabalho, com a participação do CCPE, ONS e Distribuidoras. e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID Nada a registrar. f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN Nada a registrar. g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição Necessidade de compensação reativa – baixo fator de potência: a tabela 3.7.6-2 mostra os locais onde foram observados fatores de potência inferiores a 0,95. Tabela 3.7.6-2 – Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Sudoeste SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA 0,90 2004 a 2006 IRECÊ – 230/69 kV Obs.: Fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da subestação Sobrecarga em transformadores em condições normais de operação. Nada a registrar. Sobrecarga em contingências, transformadores remanescentes. com risco de desligamento dos A perda de um dos transformadores 230/69 kV – 100 MVA na SE Juazeiro provoca carregamentos no transformador remanescente da ordem de 143% em 2004, 148% em 2005, e 155% em 2006. A solução informada pela Coelba é a implantação do terceiro transformador na subestação, previsto no seu plano de obras para JUL/2006. ONS PAR 2004-2006 283 / 530 A perda de um dos transformadores 230/69 kV – 40 MVA (04T2) na SE Bom Jesus da Lapa provoca carregamentos no transformador (04T3) da ordem de 110% em 2004, 133% em 2005, e 141% em 2006. A solução informada pela Coelba é a implantação da transformação 230/138 kV – 55 MVA em MAI/2008 e a substituição do transformador de 33 MVA (04T1) por outro de 50 MVA, previsto no seu plano de obras para DEZ/2009. Contingências em subestações com apenas um transformador de potência. A perda do único transformador 230/138 kV – 55 MVA na SE Irecê provoca corte de carga temporário até a substituição da unidade defeituosa pelo transformador reserva. A solução informada pela Coelba é a implantação de um segundo transformador na subestação, previsto no seu plano de obras para JUL/2007. A perda do único transformador 230/69 kV – 100 MVA na SE Barreiras provoca corte temporário de toda a carga e atendimento de até 33 MW após a substituição pelo transformador reserva. A solução informada pela Coelba é a implantação de um transformador 230/138 kV – 100 MVA, previsto para MAI/2004, e um segundo transformador 230/69 kV - 39 MVA, previsto para JUL/2007, conforme plano de obras da empresa. h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico Nada a registrar. Providências Necessárias Nada a registrar. ONS PAR 2004-2006 284 / 530 Figura 3.7.6-1 – Configuração das Interligações Iner-regionais e Principais Pontos de Medição de Intercâmbio N Imperatriz P. Dutra P. Dutra Teresina Boa Esperança NE Correntina SE/CO S.Mesa Assis SUL Itaberá Itaberá Londrina Ibiúna Ivaiporã AR Garabi Bateias Uruguaiana Livramento UR ONS PAR 2004-2006 Interligações entre Subsistemas Interligações Internacionais FUTURAS 285 / 530 4 Síntese das Condições de Desempenho das Interligações Interregionais A experiência brasileira tem demonstrado que a operação de forma coordenada do sistema interligado, aproveitando-se as diversidades observadas entre regiões, no que tange à hidrologia e ao comportamento da carga, proporciona maior disponibilidade de energia do que a operação de cada subsistema isoladamente. Para tal, existem instalações de transmissão pelas quais é realizada a troca de energia entre bacias hidrográficas. Estas instalações constituem as interligações inter-regionais. Como parte das análises desenvolvidas visando a identificação da necessidade de ampliações e reforços na Rede Básica, o ONS tem realizado estudos sobre o desempenho das interligações entre os diversos subsistemas. Neste PAR 2004-2006, foram efetuadas análises em regime permanente e dinâmico sobre o desempenho das interligações, buscando-se avaliar também os impactos sobre os sistemas receptores. Ressalta-se, porém, que o principal produto deste trabalho é a determinação dos limites de intercâmbio entre subsistemas. Nos estudos de limites de intercâmbio entre os subsistemas, procura-se maximizar as trocas de energia entre os subsistemas envolvidos, levando em conta a manutenção dos níveis de segurança e as restrições de equipamentos. No cálculo dos limites são considerados cenários energéticos, caracterizados a partir da diversidade hidrológica entre as bacias hidrográficas. Para cada cenário energético, os intercâmbios entre os subsistemas são aumentados até que seja encontrada alguma violação no sistema, podendo esta violação ser de regime permanente ou dinâmico. Os limites de intercâmbio são utilizados no planejamento da operação energética, além de fornecerem subsídios para a indicação da necessidade de ampliações e reforços no sistema. No desenvolvimento dos estudos envolvendo as interligações inter-regionais foram adotados os critérios descritos no item 6.5. deste documento. Em função das necessidades do planejamento da operação energética, a determinação dos limites máximos de intercâmbio contempla o horizonte de 2007. Para efeito de apresentação, este item, referente aos estudos das interligações, está dividido em três partes. No item 4.1 é apresentada uma descrição sucinta das interligações inter-regionais, onde se busca caracterizar, para cada uma delas, a configuração atual e sua evolução. No item 4.2 é mostrado um resumo dos limites de intercâmbio obtidos, enquanto que o item 4.3 contém uma descrição dos principais aspectos que caracterizam o desempenho das interligações no período estudado. ONS PAR 2004-2006 286 / 530 4.1 Descrição das Interligações Tradicionalmente, o Sistema Interligado Nacional (SIN) tem sido dividido em quatro subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Todos estes subsistemas estão operando de forma interligada, tornando bastante complexas as análises de avaliação do desempenho da rede elétrica nacional. 4.1.1 Interligação entre as Regiões Sul e Sudeste Atualmente, a interligação entre as regiões Sul e Sudeste é feita, principalmente, pelo sistema de transmissão em 750 kV que escoa a energia da usina de Itaipu 60 Hz. Os pontos desse sistema onde são efetuadas as conexões são as subestações de Ivaiporã 750/500 kV, localizada no Estado do Paraná e Tijuco Preto 750/500345 kV, localizada no Estado de São Paulo. Além dessa rede de transmissão em 750 kV existem outras redes de menor capacidade que conectam o sistema de transmissão do Estado de São Paulo à área norte do Estado do Paraná (em 230 kV e 88 kV) e ao Estado do Mato Grosso do Sul (em 138 kV). No início de 2003, entrou em operação a LT 500 kV Bateias - Ibiúna, circuito duplo, com compensação série, que proporcionou um aumento na capacidade de intercâmbio entre estas regiões. A expansão da interligação Sul/Sudeste, após a entrada em operação da LT 500 kV Bateias/Ibiúna, será realizada através da LT 500 kV Londrina - Araraquara, passando por Assis para futura transformação 500/440 kV. Estudos realizados pelo ONS concluíram que além do aspecto de integração energética das regiões Sul e Sudeste, a implantação desta LT agregando a transformação 500/440 kV na SE Assis, se mostrou bastante efetiva para melhorar as condições de segurança do SIN quando da ocorrência de contingências múltiplas na rede de 440 kV [14]. A Figura 4.1.1-1 e a Tabela 4.1.1-1 apresentam as principais linhas de transmissão que compõem a interligação Sul/Sudeste, bem como os pontos de medição dos fluxos que melhor caracterizam o desempenho dessa interligação. ONS PAR 2004-2006 287 / 530 Figura 4.1.1-1 - Configuração da interligação Sul/SE no Horizonte do ano 2006 e os principais pontos de medição de intercâmbio Araraquara 500 kV SUDESTE FSE Assis 440 kV Ibiúna 500 kV Assis 500 kV Itaberá 750 kV Ivaiporã 750 kV Itaipu 60 Hz Tijuco Preto 750 kV ~~ Ivaiporã 525 kV Cascavel Oeste 525 kV Londrina 525 kV Salto Caxias 525 kV Salto Santiago 525 kV SUL ONS PAR 2004-2006 FLUXO SUL(FSUL/RSU) Bateias 525 kV FLUXO PARANÁ – PA ÃULO 288 / 530 Tabela 4.1.1-1 – Descrição dos Intercâmbios Considerados INTERCÂMBIOS DESCRIÇÃO FSE Somatório do fluxo de potência ativa nas LTs 750 kV Ivaiporã Itaberá C1, C2 e C3 Somatório do fluxo de potência ativa nas seguintes instalações: LT 230 kV: Fluxo Norte Paraná Guaíra - Dourados; Londrina - Assis; Maringá - Assis; São Paulo Figueira – Chavantes LT 138 kV Loanda - Rosana. LT 88kV Andirá - Salto Grande. RSE FSE + (Fluxo Norte Paraná⇒São Paulo)+ Fluxo na LT 500 kV (Recebimento do Bateias – Ibiúna C1 e C2 + Fluxo na LT 500 kV Londrina - Assis Sudeste) Somatório do fluxo de potência ativa nas seguintes instalações: Transformadores de Ivaiporã: 3x750/500 kV; SUL SE (FSUL: Exportação do Sul) e SE SUL (RSUL: Recebimento do Sul) LT 500 kV: Bateias - Ibiúna C1 e C2; Londrina - Assis. LT 230 kV: Guairá - Dourados; Londrina - Assis; Maringá – Assis; Figueira – Chavantes. LT 138 kV Loanda - Rosana. LT 88kV Andirá - Salto Grande. 4.1.2 Interligação entre as Regiões Norte, Nordeste e Sudeste Atualmente, a interligação entre as regiões Norte e Nordeste é feita, principalmente, pelo sistema de transmissão em 500 kV, que conecta a subestação de Presidente ONS PAR 2004-2006 289 / 530 Dutra, localizada no Estado do Maranhão, às subestações de Teresina II e Boa Esperança, localizadas no Estado do Piauí. Além dessa rede de transmissão em 500 kV existe uma outra de pequena capacidade em 230 kV, que interliga a subestação de Peritoró, no Maranhão, à subestação de Teresina, no Piauí. A interligação Norte/Nordeste foi bastante reforçada nesse início de 2003, com a entrada em operação das LTs 500 kV, Açailândia - Presidente Dutra C1 e Presidente Dutra – Teresina II C2. No futuro, a essa interligação serão agregadas as LTs 500 kV Tucuruí – Marabá C4 e Marabá – Açailândia C2, já licitadas, além da LT 500 kV Teresina II – Sobral III – Fortaleza II C2, em fase de licitação pela Aneel. A interligação entre as regiões Norte e Sudeste é feita, na configuração atual, pela linha de transmissão em 500 kV que conecta a subestação de Imperatriz, no Estado do Maranhão, à subestação de Serra da Mesa, no Estado de Goiás. Esta linha possui três subestações intermediárias: Colinas, Miracema e Gurupi, todas localizadas no Estado do Tocantins. Este sistema de transmissão, que interliga as subestações de Imperatriz e Serra da Mesa, em 500 kV, é denominado de Interligação Norte – Sul. Em Fevereiro de 2004 prevê-se completar a duplicação da LT 500 kV Serra da Mesa - Imperatriz (Norte/Sul II) e a implantação de um conjunto de reforços no sistema receptor Sudeste. Destaca-se nesse grupo o 3º circuito da LT 500 kV Serra da Mesa - Samambaia e a compensação série, não só nesse 3º circuito como também nos circuitos existentes. Além disso, a região do rio Paranaíba será interligada à região do rio Grande pela LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo, cuja operação está prevista para dezembro de 2004. Hoje os subsistemas Sudeste e Nordeste estão interligados diretamente pela LT 500 kV Serra da Mesa - Rio das Éguas – Bom Jesus da Lapa II- Ibicoara – Sapeaçu. A Figura 4.1.2-1 e a Tabela 4.1.2-1 apresentam as interligações da Região Sudeste com as regiões Norte e Nordeste, além da interligação entre o Norte e o Nordeste, no horizonte considerado. Nessa figura são destacados os principais pontos de medição das grandezas que melhor caracterizam o desempenho das interligações. ONS PAR 2004-2006 290 / 530 Tabela 4.1.2-1 – Descrição dos Intercâmbios Considerados INTERCÂMBIOS SE N (Fluxo SE/N) N SE (Fluxo N/SE) DESCRIÇÃO Somatório do fluxo de potência ativa nas LT 500 kV Miracema Colinas C1 e C2. Somatório do fluxo de potência ativa nas LT 500 kV Miracema – Gurupi C1 e C2. Somatório do fluxo de potência ativa nas LT 500 kV: N NE e NE N (Fluxo N/NE) - Presidente Dutra - Boa Esperança; - Presidente Dutra - Teresina C1 e C2. SE NE e NE SE Fluxo de potência ativa na LT 500 kV Serra da Mesa – Rio das Éguas. (Fluxo SE/NE) EXPORTAÇÃO DO NORTE e RECEBIMENTO DO NORTE Somatório do fluxo de potência ativa nas LT 500 kV: - Presidente Dutra - Boa Esperança; - Presidente Dutra - Teresina C1 e C2; - Miracema - Colinas C1 e C2. Somatório do fluxo de potência ativa nas LT 500 kV: RECEBIMENTO DO NORDESTE FLUXO SERRA DA MESA (FSM) ONS PAR 2004-2006 - Serra da Mesa – Rio das Éguas; - Presidente Dutra - Boa Esperança; - Presidente Dutra - Teresina C1 e C2. Somatório do fluxo de potência ativa nas seguintes instalações: - LT 500 kV Serra da Mesa – Samambaia C1/C2/C3. 291 / 530 Figura 4.1.2-1 - Configuração da interligação N/NE/SE no Horizonte 2007 e os principais pontos de medição de intercâmbio FLUXO N-NE AÇAILÂNDIA 500 FORTALEZA 500 TUCURUÍ 500 TERESINA 500 NORTE BOA ESPERANÇA 500 P. DUTRA IMPERATRIZ 500 S. J. PIAUÍ SOBRADINHO COLINAS FLUXO SE-N NORDE STE MIRACEMA 500 UHE LAJEADO FLUXO N-SE GURUPI UHE PEIXE 350MW UHE SERRA DA MESA FLUXO SE-NE IBICOARA CORRENTINA X S. DA MESA 500 B J LAPA UHE CANA BRAVA CAMAÇARI SAPEAÇU FSM S. MESA 230 SAMAMBAIA 500 SAMAMBAIA 345 ITUMBIARA 500 EMBORCAÇÃO 500 USINAS DO RIO PARANAÍBA MARIMBONDO 500 USINAS DO RIO GRANDE 4.2 Conclusões Neste item é apresentado um resumo das principais conclusões obtidas nas análises realizadas para as interligações inter-regionais. Com relação às Oscilações Inter-Área Verificou-se que, após a entrada da interligação Sudeste/Nordeste e do segundo circuito da interligação Norte/Sul, a freqüência de oscilação entre os subsistemas ONS PAR 2004-2006 292 / 530 Sudeste e Norte/Nordeste, que antes era de aproximadamente 0,2 Hz, fica em torno de 0,35 Hz. Com relação às Oscilações de Tensão Um dos critérios de estabilidade adotados nos estudos considera que a variação máxima da oscilação de tensão, após 10 s da aplicação do defeito, não deve ser superior a 2%. Este critério foi o que mais restringiu os intercâmbios em todos os subsistemas. No subsistema Sudeste a barra de Tijuco Preto 750 kV foi a que mais apresentou oscilação de tensão, já nos subsistemas Norte/Nordeste as barras críticas foram Bom Jesus da Lapa II 500 kV, Presidente Dutra 500 kV e São Luís 500 kV. Com Relação ao Colapso de Tensão em Samambaia A tendência ao colapso de tensão na região de Samambaia, sistema receptor da interligação N/S no Sudeste, ocorre no cenário “Sudeste Importador” em todo horizonte do estudo, em função de defeitos do tronco de 750 kV que são seguidos do desligamento de uma máquina de Itaipu 60 Hz. Após a expansão da interligação Sul/Sudeste com a implantação da LT 500 kV Londrina - Araraquara, o colapso de tensão em Samambaia fica menos acentuado pelo fato da falta no tronco de 750 kV tornar-se menos severa, no que diz respeito ao consumo de reativo e conseqüente afundamento de tensão do próprio tronco de 750 kV. Para defeitos na região de Samambaia não se verificou esta tendência ao colapso de tensão e sim oscilações pouco amortecidas para os patamares de carga pesada e média, piorando no patamar de carga leve. Com Relação ao FSE O FSE, que representa o somatório dos fluxos dos circuitos do tronco de 750 kV entre Ivaiporã e Itaberá, tem sido um dos sinalizadores do intercâmbio máximo do Sul para o SE, nos cenários “Sul e Sudeste Exportadores” e “Sudeste Importador”. Verificou-se que 7.500 MW seria o valor máximo de FSE para ser considerado em todo horizonte do estudo. Valores acima podem acarretar sobrecarga nas transformações de Tijuco Preto, em decorrência da perda de uma unidade, e sobrecarga no tronco de 750kV entre Ivaiporã e Itaberá, na perda de um circuito do trecho mesmo considerando-se o desligamento de uma máquina de Itaipu 60Hz. Nos casos estudados este valor máximo ocorreu somente no ano 2006, patamar de carga pesada e caso base referente à contingência simples. Com Relação à 10a máquina de Itaipu 60 Hz Esta máquina está prevista para entrar em operação no ano 2005. O aumento da geração total decorrente de sua entrada está limitado pela capacidade da transformação de Foz 500/750 kV 4x1650 MVA (6600 MVA), agregando basicamente potência sincronizada ao sistema. ONS PAR 2004-2006 293 / 530 Expansão da interligação Sul/Sudeste – LT 500 kV Londrina – Assis Araraquara A LT 500 kV Londrina – Assis – Araraquara, com transformação 500/440 kV em Assis, apresenta-se como um importante reforço na Interligação Sul/Sudeste. Esta linha, cuja entrada em operação está prevista para Junho de 2005, redistribui o fluxo Sul/Sudeste, aliviando a LT 500 kV Bateias – Ibiúna, o tronco de 750 kV e a transformação 750/525 kV de Ivaiporã. Tudo isto resulta em aumentos no intercâmbio Sul/Sudeste, sobretudo quando se considera a contingência dupla da LT 500 kV Bateias – Ibiúna. Esta expansão, conjuntamente com os reforços no Sul, proporciona um ganho no RSE da ordem de 1.000 MW para os casos de perda simples e de 1.800 MW para os casos de perda dupla. No ano 2006, com o reforço do trecho entre Ivaiporã e Londrina, os ganhos para os casos de perda simples e dupla, com relação ao ano 2005, são de aproximadamente 1.000 MW e 500 MW, respectivamente. Recebimento pelo Sudeste – RSE A tabela 4.2-1 apresenta o máximo recebimento pelo Sudeste, no período 2004 a 2006 e nos três patamares de carga, considerando os critérios de contingências simples e contingências de circuitos duplos que compartilham a mesma estrutura. Tabela 4.2-1 - Valores máximos de recebimento pelo Sudeste (RSE) RSE (MW) CRITÉRIO Perda Simples Perda Dupla ANO Patamar de Carga 2004 2005 2006 Pesada 9500 10200 10900 Média 9200 10300 11300 Leve 9000 9800 10800 Pesada 8400 10200 10600 Média 8000 10000 10300 Leve 7700 9300 10000 Na tabela 4.2-1 acima, os valores em negrito na tabela indicam que o limite foi determinado por outras restrições, não relativas à estabilidade do sistema. No ano de 2005 foi atingida a capacidade instalada na Região Sul e, no ano 2006, o máximo valor de exportação apresentado na tabela foi aquele que resultou no FSE limite (7.500MW). ONS PAR 2004-2006 294 / 530 Exportação do Sul – FSUL A tabela 4.2-2 apresenta a exportação máxima da Região Sul, no período 2004 a 2006 e nos três patamares de carga, correspondente ao máximo RSE mencionado na tabela 4.2-1, considerando os critérios de contingências simples e contingências de circuitos duplos que compartilham a mesma estrutura. Tabela 4.2-2 - Valores máximos de exportação do Sul (FSUL) FSUL (MW) CRITÉRIO Perda Simples Perda Dupla ANO Patamar de Carga 2004 2005 2006 Pesada 4000 4600 5300 Média 4300 5400 6500 Leve 4200 5000 6000 Pesada 3000 4600 5000 Média 3100 5000 5400 Leve 2900 4500 5100 Os valores em negrito na tabela 4.2-1 acima indicam que o limite foi determinado por outras restrições, não relativas à estabilidade do sistema. No ano de 2005 foi atingida a capacidade instalada na Região Sul e, no ano 2006, o máximo valor de exportação apresentado na tabela foi aquele que resultou no FSE limite (7.500MW). Importação do Sul – RSUL A tabela 4.2-3 apresenta o máximo recebimento do Sul, no período 2004 a 2006 e nos três patamares de carga. Na referida tabela são também indicados os fatores limitantes. ONS PAR 2004-2006 295 / 530 Tabela 4.2-3 - Valores máximos de importação do Sul (RSUL) FATOR LIMITANTE Patamar de Carga Trafo de Ivaiporã 750/525 kV (na contingência de uma unidade – sem utilização de esquemas) Trafo de Ibiúna 525/345 kV (na contingência de uma unidade) Pesada e Média Trafo de Assis 440/230 kV 1x122MVA RSUL (MW) 2004 2005 2006 - 6.000 6.000 3.600 - - 2.900 - - (regime permanente) 50% da Carga (ERAC Sul) Pesada 5.100 5.200 5.500 50% da Carga (ERAC Sul) Média 4.500 4.600 5.000 50% da Carga (ERAC Sul) Leve 3.000 3.100 3.200 Duplicação dos circuitos 500 kV Teresina II – Sobral III – Fortaleza II – Ano 2005 A duplicação dos circuitos Teresina – Sobral - Fortaleza tem como principal impacto o aumento da confiabilidade no atendimento às cargas da região metropolitana de Fortaleza à qual, a partir da incorporação dessa obra, convergirão três circuitos em 500 kV. Observa-se também um ganho nos limites de transmissão no cenário Norte exportador para a Região Nordeste. Estima-se um ganho de 300 MW para todas as condições de carga. Com relação à interligação Norte/Sul A capacidade da interligação Norte/Sul, em regime permanente, está limitada pelos equipamentos de compensação série cuja capacidade nominal é de 1.500 A. Logo, no ano 2004, pode-se transportar até 3.000 A através dos dois circuitos. Entretanto, as simulações mostraram que o fluxo máximo admissível na interligação é inferior a este e, foi determinado pela estabilidade eletromecânica do sistema. Para a determinação do fluxo máximo, primeiramente, verificou-se que defeitos internos à interligação com perda de um dos circuitos e o “bypass” dos capacitores série no circuito remanescente, dependendo do fluxo nesta, apresentavam uma tendência de perda de estabilidade entre os sistemas Norte e Sudeste. Desta forma, foi pesquisado o fluxo na interligação durante este defeito que apresentasse um desempenho aceitável, reduzindo a partir daí cerca de 100 MW, chegando-se a um valor máximo de 2.200MW nos dois sentidos da interligação Norte/Sul. ONS PAR 2004-2006 296 / 530 Posteriormente, admitiu-se esquema de corte de geração (ECG), chegando-se a um valor máximo de 2500 MW no sentido NorteÞSul, condicionados a corte de unidades geradoras de Tucuruí. O defeito que balizou este limite foi emergência da LT 500 kV Imperatriz - Colinas. Para fluxos no sentido inverso, SulÞNorte, o valor máximo manteve-se em 2.200 MW devido à ineficácia do corte de geração, de unidades da UHE Serra da Mesa. Os defeitos que balizaram este limite foram a emergência da LT 500 kV Serra da Mesa – Gurupi e a perda da interligação Sudeste/Nordeste. Principais Contingências que Balizaram os Intercâmbios N/NE/SE Cenário Norte Exportador a) Perda de circuitos no trecho Boa Esperança – São João do Piauí: esta contingência limitou o recebimento do Nordeste, cujas conseqüências são oscilações de tensão pouco amortecidas violando os critérios, principalmente em Presidente Dutra, e abertura das interligações Norte/Nordeste e Sudeste/Nordeste com conseqüente atuação do ERAC; b) Perda de um dos circuitos no trecho Tucuruí – Vila do Conde: esta contingência limita a exportação do Norte, ocasionando a perda da estabilidade, em função do aumento do nível de curto com a entrada em operação das máquinas de Tucuruí II, entre todos os subsistemas, sendo necessário o desligamento de três máquinas de Tucuruí; c) Perda um dos circuitos no trecho no Tucuruí – Marabá: limitou a exportação do Norte, pois acarreta oscilações de tensão pouco amortecidas, principalmente em Presidente Dutra, sendo necessário o desligamento de duas máquinas de Tucuruí. Cenário Sudeste Exportador d) Perda de um dos circuitos no trecho Serra da Mesa – Rio das Éguas: limitou a exportação do Sudeste, gerando oscilações de tensão pouco amortecidas, principalmente em Presidente Dutra e São Luiz, ou até perda de sincronismo entre subsistemas. Cenário Nordeste Exportador e) Perda de circuitos no trecho Boa Esperança – São João do Piauí: esta contingência limitou a exportação do Nordeste, cujas conseqüências são oscilações de tensão de baixo amortecimento, principalmente em Bom Jesus da Lapa. Máxima Exportação e Recebimento das regiões N/NE/SE A tabela 4.2-4 apresenta os valores máximos de exportação e de recebimento das Regiões Norte, Nordeste e Sudeste, através das interligações Norte/Sul, Sudeste/Nordeste e Norte/Nordeste, no período 2004 a 2006 e nos três patamares de carga. ONS PAR 2004-2006 297 / 530 Tabela 4.2-4- Valores máximos de exportação e de recebimento das regiões Norte/Nordeste/Sudeste ANO 2004 2005 2006 MÁXIMA PATAMAR DE EXPORTAÇÃO CARGA DO NORTE MÁXIMO RECEBIMENTO DO NORDESTE MÁXIMA EXPORTAÇÃO DO SUDESTE MÁXIMA EXPORTAÇÃO DO NORDESTE Pesada 3300(*) 2200 3000 1000 Média 3300(*) 2100 3000 1150 Leve 3600 1500 2700 1150 Pesada 4400 2400 3100 1100 Média 4400 2400 3100 1000 Leve 4200 2000 3000 1150 Pesada 4400 2400 3000 850 Média 4400 2400 3000 900 Leve 4200 2000 2700 1100 (*) ESGOTOU A GERAÇÃO DE TUCURUÍ 4.3 Resumo dos Limites de Intercâmbio entre Subsistemas As tabelas a seguir apresentam um resumo dos limites de intercâmbio entre subsistemas. Nessa síntese, são apresentados os valores obtidos para cada interligação, considerando diversos cenários energéticos. Ressalta-se a influência do programa de obras de transmissão e de geração nos limites de intercâmbio, bem como das premissas adotadas. 4.3.1 Limites de Intercâmbio entre as Regiões Sul e Sudeste 4.3.1.1 Configurações Analisadas Para a interligação Sul/Sudeste, são apresentados os limites de intercâmbio considerando os empreendimentos apresentados nos itens 2 e 6. Para a configuração de cada ano estudado e para os cenários energéticos considerados, foram simuladas contingências simples e duplas, considerando-se geração de Itaipu “ALTA” e “BAIXA”. 4.3.1.2 Cenários Energéticos Os limites de intercâmbio entre as regiões Sul e Sudeste foram estabelecidos para os seguintes cenários energéticos: ONS PAR 2004-2006 298 / 530 Sudeste Importador N NE SE Sul Sul Importador e Norte Exportador; N NE SE Sul Sul e Sudeste Exportadores. N NE SE Sul 4.3.1.3 Premissas Básicas Na determinação desses valores foram consideradas as premissas básicas descritas no item 6.5. ONS PAR 2004-2006 299 / 530 4.3.1.4 Limites Considerando Perda Simples A seguir são apresentados os limites de intercâmbio entre as Regiões Sul e Sudeste, obtidos considerando-se contingências que resultam na perda de um único elemento no sistema. Cenário Sudeste Importador Com a entrada dos reforços no sistema receptor de Samambaia e a consideração do desligamento de no máximo uma máquina de Itaipu 60 Hz, em função de faltas no tronco de 750 kV, o colapso de tensão em Samambaia passa a ter menos influência na determinação do intercâmbio Sul/Sudeste para o Cenário “Sudeste Importador”. A Tabela 4.3.1-1 apresenta os Limites de Intercâmbio para o Cenário ”Sudeste Importador”, no patamar de carga pesada. Ressalta-se que para os patamares de carga média e leve não é possível atingir a condição de máximo intercâmbio nos sentidos NorteÞSudeste e SulÞSudeste de forma coincidente. Isso acontece devido à restrição de inércia mínima admissível para as usinas hidrelétricas da Região Sudeste. Em todo horizonte do estudo, o defeito em Foz, seguido da abertura da LT 750 kV Foz - Ivaiporã C1 e do desligamento de uma máquina de Itaipu 60Hz, apresenta-se como o mais grave, podendo acarretar colapso de tensão em Samambaia. Entretanto, este defeito restringiu o intercâmbio S⇒SE somente no ano 2004. Tabela 4.3.1-1 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no “Cenário Sudeste Importador”, considerando Contingências Simples e Itaipu com despacho “BAIXO” Ano 2004 2005 Patamar Conseqüência LT Foz/Ivaiporã 750 kV c/ “trip” 1 maq. Itaipu 60 Hz Tendência ao colapso de tensão em Samambaia - Inércia mínima no SE 4.650 - Esgotou a geração do Sul e tendência ao colapso de tensão em Samambaia - - Inércia mínima no SE 5.350 - FSE máximo e tendência ao colapso de tensão em Samambaia - - Inércia mínima no SE RSE FSM FSUL Pesada 9.350 3.600 3.800 Média/Leve - - - Pesada Pesada Média/Leve ONS Defeito Carga Média/Leve 2006 Intercâmbio (MW) PAR 2004-2006 10.200 3.600 - - 10.900 3.600 - - 300 / 530 No ano 2005, Itaipu “BAIXO” e patamar de carga pesada, foi possível esgotar a geração do Sul sem que os critérios fossem violados. Já no ano 2006 o fator que limitou o intercâmbio do Sul para o Sudeste foi o valor do FSE máximo admissível, que é de 7.500 MW, de forma a evitar sobrecargas devido a contingências nas transformações de Tijuco Preto e no tronco de 750kV. O limite de recebimento pelo Sudeste (RSE) correspondente ao ano 2007 não foi analisado, pois os fatores que limitaram os intercâmbios no ano 2006 foram restrições nos subsistemas Sul, de transmissão e geração, e não há previsão de reforço de transmissão nem geração adicional para estas regiões no ano 2007. Estes limites estarão muito próximos aos encontrados para o ano 2006. Tabela 4.3.1-2 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no “Cenário Sudeste Importador”, considerando Contingências Simples e Itaipu com despacho “ALTO” Ano Patamar Intercâmbio (MW) Carga RSE FSM FSUL 2004 Pesada 8900 3600 2700 2006 Pesada 10800 3600 4600 Defeito Conseqüência LT Foz/Ivaiporã 750 kV c/ TRIP 1 maq. Itaipu 60 Hz Tendência ao colapso de tensão em Samambaia - FSE Cenário Sul e Sudeste Exportadores Os valores de RSE para este cenário são bastante parecidos com os valores do cenário “Sul Importador” devido ao fato da rede de transmissão dos sistemas receptores no Sudeste terem sido reforçadas. Com isto a restrição do intercâmbio Sul/Sudeste em conseqüência do colapso de tensão em Samambaia foi praticamente eliminada. ONS PAR 2004-2006 301 / 530 Tabela 4.3.1-3 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no “Cenário Sul e Sudeste Exportadores” considerando Contingências Simples e Itaipu 60Hz com despacho “BAIXO” Ano Patam ar Carga Pesada 2004 Intercâmbio (MW) RSE FSE FSUL 9.500 7.100 3.950 Defeito Conseqüência LT Foz/Ivaiporã 750 kV c/ TRIP Oscilação de tensão no tronco de 750 kV 1 maq. Itaipu 60 Hz LT Areia/Bateias 525 kV Média 9.200 6.700 4.300 LT C.Novos/Machadinho 525 kV LT S.Santiago/Ivaiporã 525 kV 2005 2006 Oscilações de tensão pouco amortecidas S/SE Leve 9.050 6.350 4.200 LT Foz/Ivaiporã 750 kV c/ TRIP 1 maq. Itaipu 60 Hz Oscilação de tensão no Tronco de 750 kV Pesada 10.200 7.250 4.650 - Esgotou a geração do Sul Média 10.300 7.000 5.400 LT Ivaiporã/Londrina 525 kV Oscilações de tensão pouco amortecidas S/SE Leve 9.850 6.300 4.950 LT Ivaiporã/Londrina 525 kV Oscilações de tensão pouco amortecidas S/SE Pesada 10.900 7.500 5.350 - Viola FSE máximo Média 11.350 7.350 6.500 LT Londrina/Assis 525 kV Oscilação de tensão no tronco de 750 kV Leve 10.850 6.600 5.950 LT Londrina/Assis 525 kV Oscilação de tensão no tronco de 750 kV No ano 2004, as faltas mais severas ocorrem no tronco de 750 kV e no subsistema Sul. Isto se deve ao fato dos reforços previstos para o subsistema Sul ocorrerem somente a partir de 2005. Já nos anos 2005 e 2006, nos patamares de carga média e leve, o fator que limita o intercâmbio é a perda da LT 525 kV Ivaiporã - Londrina. Nos patamares de carga pesada e média esgotou a geração do subsistema Sul. No patamar de carga pesada, o esgotamento da geração do subsistema Sul limita o intercâmbio Sul/SE para o ano de 2005. Já em 2006, a limitação ocorre em função do elevado fluxo no troco de 750 kV. Valores acima de 7500 MW podem provocar sobrecarga nas transformações de Tijuco Preto, em decorrência da perda de uma unidade. Além disso, a perda de um circuito de 750 kV Ivaiporã - Itaberá, poderá levar os dois circuitos remanescentes a operarem em sobrecarga, mesmo considerando-se o desligamento de uma máquina de Itaipu 60 Hz. ONS PAR 2004-2006 302 / 530 Tabela 4.3.1-4 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no Cenário “Sul e Sudeste Exportadores”, considerando Contingências Simples e Itaipu com despacho “ALTO” Ano Patamar Intercâmbio (MW) Defeito Conseqüência 2.950 LT Foz/Ivaiporã 750 kV c/ TRIP 1 maq. Itaipu 60 Hz Oscilação de tensão no Tronco de 750 kV 7.400 4.000 LT Ivaiporã/Londrina 525 kV Oscilações de tensão no Tronco de 750 kV 7.500 4.600 - Viola FSE máximo Carga RSE FSE FSUL 2004 Pesada 9.150 7.100 2005 Pesada 10.200 2006 Pesada 10.800 Cenário Sul Importador Este cenário é caracterizado pelo despacho reduzido das máquinas do Sul, levando este subsistema a operar com baixa inércia, e conseqüentemente apresentar comportamento oscilatório. A Tabela 4.3.1-5 apresenta uma evolução do Recebimento do Sul (RSUL) para o Cenário ”Sul Importador”. Tabela 4.3.1-5 – Máximo Recebimento do Sul (RSUL) para o cenário Sul Importador FATOR LIMITANTE Patamar de Carga Trafo de Ivaiporã 750/525 kV (na contingência de uma unidade – sem utilização de esquemas) Trafo de Ibiúna 525/345 kV (na contingência de uma unidade) Pesada e Média Trafo de Assis 440/230 kV 1x122MVA RSUL (MW) 2004 2005 2006 - 6.000 6.000 3.600 - - 2.900 - - (regime permanente) 4.3.1.5 50% da Carga (ERAC Sul) Pesada 5.100 5.200 5.500 50% da Carga (ERAC Sul) Média 4.500 4.600 5.000 50% da Carga (ERAC Sul) Leve 3.000 3.100 3.200 Limites Considerando Perda Dupla Segundo o item 8.3.3 do submódulo 23.3 - “Diretrizes e Critérios para Estudos Elétricos” – dos Procedimentos de Rede, a perda dupla poderá ser adotada no caso ONS PAR 2004-2006 303 / 530 de circuitos localizados em uma mesma torre ou na mesma faixa de passagem quando, em função de dados estatísticos ou da relevância destes. No caso das LTs de Interligações, somente a LT Bateias - Ibiúna enquadra-se nesta categoria. Devido à redução observada no valor do máximo RSE, em relação àquele obtido considerando apenas contingências simples, foi considerado um ECE, que desliga uma máquina de Itaipu, como forma de reduzir o impacto sobre o limite de intercâmbio. Ressalta-se que as simulações com o ECE, para o qual ainda não foi feita nenhuma avaliação da viabilidade técnica da sua aplicação, devem ser encaradas como considerações preliminares. As questões relativas ao correto ECE a ser implementado, foram estudadas no âmbito dos estudos pré-operacionais da LT 500 kV Bateias/Ibiúna. Cenário Sudeste Importador O limite de recebimento pelo Sudeste (RSE) correspondente ao ano 2007 foi considerado o mesmo do ano 2006. Isso decorre de não haver obras previstas para as regiões onde são observadas restrições nos intercâmbios no ano 2006. As principais restrições são nos subsistemas Sul podendo, entretanto, ocorrer para algumas situações, restrições também no sistema receptor Sudeste (região de Samambaia). A Tabela 4.3.1-6 apresenta uma evolução do recebimento do Sudeste (RSE) para o Cenário ”Sudeste Importador”. Tabela 4.3.1-6 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no “Cenário Sudeste Importador”, considerando Contingências Duplas e Itaipu com despacho “BAIXO” Ano 2004 2005 2006 ONS Patamar Intercâmbio (MW) Carga RSE FSM FSUL Pesada 8.550 3.600 3.000 Média/Leve - - - Pesada 10.200 3.600 4.650 Média/Leve - - - Pesada 10.600 3.600 5.050 Média/Leve - - - PAR 2004-2006 Defeito Conseqüência LT Bateias/Ibiúna 525 kV C1 & C2 Oscilação de tensão no tronco de 750 - Inércia mínima no SE LT Bateias/Ibiúna 525 kV C1 & C2 Oscilação de tensão no tronco de 750 kV - Inércia mínima no SE LT Bateias/Ibiúna 525 kV C1 & C2 Atuação do limitador da corrente de campo de Itaipu 60 Hz - Inércia mínima no SE 304 / 530 Cumpre destacar que para os patamares de carga média e leve não é possível atingir a condição de máximo intercâmbio nos sentidos Norte→Sudeste e Sul→Sudeste de forma coincidente, devido à restrição de inércia mínima admissível para as usinas hidrelétricas da Região Sudeste. Cenário Sul e Sudeste Exportadores O limite de recebimento pelo Sudeste (RSE) correspondente ao ano 2007 foi considerado o mesmo do ano 2006. Isso porque o fator que determinou o limite foi o critério para oscilação de tensão devido à contingência da LT Bateias – Ibiúna, e a expectativa é que ocorra o mesmo desempenho no ano 2007. Além disso, existe a possibilidade dos limites para o ano 2007, principalmente no patamar de carga pesada, serem inferiores ao informado por não haver geração suficiente na Região Sul. Tabela 4.3.1-7 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no “Cenário Sul e Sudeste Exportadores” considerando Contingências Duplas e Itaipu 60Hz com despacho “BAIXO” Ano Patama r RSE FSE FSUL Pesada 8.400 6.550 2.900 Média 7.950 6.050 3.100 Leve 7.700 5.650 2.850 Pesada 10.200 7.250 4.650 Média 9.950 6.850 5.000 Leve 9.300 6.100 4.450 Pesada 10.600 7.350 5.050 Média 10.300 6.900 5.450 Leve 10.000 6.200 5.150 Carga 2004 2005 2006 ONS Intercâmbio (MW) PAR 2004-2006 Defeito Conseqüência LT 500 kV Bateias - Ibiúna Oscilação de tensão no tronco de 750 kV C1 & C2 LT 500 kV Bateias - Ibiúna C1 & C2 LT 500 kV Bateias - Ibiúna C1 & C2 LT 500 kV Bateias - Ibiúna C1 & C2 LT 500 kV Bateias - Ibiúna C1 & C2 LT 500 kV Bateias - Ibiúna C1 & C2 LT 500 kV Bateias - Ibiúna C1 & C2 LT 500 kV Bateias - Ibiúna C1 & C2 LT 500 kV Bateias - Ibiúna C1 & C2 Oscilação de tensão no tronco de 750 kV Oscilação de tensão no tronco de 750 kV Oscilação de tensão no tronco de 750 kV Oscilação de tensão no tronco de 750 kV Oscilação de tensão no tronco de 750 kV Atuação do Limitador da Corrente de Campo de Itaipu 60 Hz Oscilação de tensão no tronco de 750 kV Oscilação de tensão no tronco de 750 kV 305 / 530 4.3.2 Limites de Intercâmbio entre as Regiões Norte, Nordeste e Sudeste 4.3.2.1 Cenários Energéticos Os limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste foram estabelecidos para os seguintes cenários energéticos: Norte Exportador: N NE SE Sul Nordeste Exportador: N NE SE Sul Sudeste exportador: N NE SE Sul ONS PAR 2004-2006 306 / 530 4.3.2.2 Premissas Básicas Na determinação dos limites de intercâmbio foram consideradas as premissas básicas descritas no item 6. 4.3.2.3 Limites de Intercâmbios Cenário Norte Exportador Na Tabela 4.3.2-1 estão resumidos os limites obtidos para o período 2004 a 2006, quando a interligação Norte/Sul contará com dois circuitos. São apresentados, para cada patamar de carga, os valores calculados para duas condições: maximizando o recebimento do Nordeste e maximizando o fluxo para o Sudeste. Tabela 4.3.2-1 –Limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste, cenário Norte Exportador Patamar Ano Carga N→SE SE→NE Fator Limitante Conseqüência LT S.Mesa / R. Éguas LT BEA / S.J.do Piauí Abertura da N / NE - ERAC N→NE 1.700 650 1.600 2.500 150 700 1.700 600 1.500 2.500 200 700 LT Tucuruí / V. Conde Perda de sincronismo N / NE / SE 2.000 550 1.500 LT BEA / S.J. do Piauí Abertura da N/NE - ERAC 2.450 350 1.150 LT Tucuruí / V. Conde Perda de sincronismo N / NE / SE 2.450 400 1.900 LT Tucuruí / V. Conde Perda de sincronismo N / NE / SE 2.450 400 1.900 LT Tucuruí / V. Conde Perda de sincronismo N / NE / SE 2.500 450 1.950 LT BEA / S.J. do Piauí Abertura da N / NE – ERAC 2.500 450 1.950 LT BEA / S. J. do Piauí Oscilação de tensão 2.350 450 1.900 LT BEA / S.J.do Piauí Oscilação de tensão 2.500 400 1.800 LT BEA / S.J.do Piauí Oscilação de tensão Pesada 2.500 400 2.000 Média 2.500 450 2.000 LT BEA / S.J. do Piauí Abertura da N / NE – ERAC Leve 2.500 400 1.900 LT BEA / S.J. do Piauí Oscilação de tensão Pesada 2004 Intercâmbio (MW) Média LT Tucuruí / V. Conde LT S.Mesa / R. Éguas LT BEA / S.J. do Piauí Leve Pesada 2005 Perda de sincronismo N / NE / SE Abertura da N / NE - ERAC Média Leve 2006 LT Tucuruí / V. Conde Oscilação de tensão (*) para contingência da LT 500kV Tucuruí/Vila do Conde foi considerado desligamento de até três unidades da UHE Tucuruí. ONS PAR 2004-2006 307 / 530 Cenário Sudeste Exportador Na Tabela 4.3.2-2 são resumidos os limites obtidos para o cenário Sudeste Exportador. Tabela 4.3.2-2 –Limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste, cenário Sudeste Exportador Patamar Ano 2004 2005 2006 Intercâmbio (MW) Carga SE→N SE→NE N→NE Pesada 2.200 750 850 Média 2.200 800 900 Leve 2.100 700 650 Pesada 2.200 950 1.450 Média 2.200 950 1.250 Leve 2.200 800 900 Pesada 2.150 850 1.200 Média 2.050 850 1.200 Leve 2.000 850 1.000 Fator Limitante Conseqüência LT S. Mesa / Gurupi Perda de sincronismo LT S. Mesa / Rio das Éguas Oscilação de tensão em P.Dutra LT S. Mesa / Rio das Éguas Oscilação de tensão em P.Dutra LT S. Mesa / Rio das Éguas Oscilação tensão em P.Dutra Cenário Nordeste Exportador A tabela 4.3.2-3 resume os limites obtidos para o período 2004 a 2006, para o cenário Nordeste Exportador. Ressalta-se que na determinação desses limites, não foram admitidos corte de carga por atuação do ERAC, nem devido à atuação da proteção de subtensão. Tabela 4.4.3.2-3 –Limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste para o cenário Nordeste Exportador Ano 2004 ONS Intercâmbio (MW) Patamar Carga N→SE Pesada 2.500 350 Média 2.500 Leve 2.500 PAR 2004-2006 Fator Limitante Conseqüência 650 LT BEA / S. João do Piauí Oscilação de tensão em B.J.Lapa 350 800 LT Sobradinho/ S.J. do Piauí Oscilação de tensão em B. J.Lapa 350 800 LT BEA / S. João do Piauí Oscilação de tensão em B.J.Lapa NE→SE NE→N 308 / 530 Ano 2005 2006 Intercâmbio (MW) Patamar Carga N→SE Pesada 2.350 400 Média 2.200 Leve Fator Limitante Conseqüência 700 LT BEA / S. João do Piauí Oscilação de tensão em B. J.Lapa 300 700 LT Sobradinho/ S.J. do Piauí Oscilação de tensão em B. J.Lapa 2.200 400 750 LT BEA / S. João do Piauí Oscilação de tensão em B. J.Lapa Pesada 2.300 350 500 LT Sobradinho/S.J. do Piauí Oscilação de tensão em B.J.Lapa Média 2.200 300 600 LT Sobradinho/S.J. do Piauí Oscilação de tensão em B.J.Lapa Leve 2.400 400 700 LT BEA/São João do Piauí Oscilação de tensão em B.J.Lapa NE→SE NE→N 4.3.2.4 Avaliação Preliminar de Restrições ao Despacho da UHE Tucuruí Com o objetivo de identificar situações onde possa haver restrição ao despacho pleno das UHEs Tucuruí e Tucuruí II, em função de limitação da capacidade de transmissão nas interligações, foi feita uma análise de balanço de carga x geração. A avaliação, basicamente elétrica, buscou quantificar a geração na Região Norte que, atendidos os mercado desse subsistema, leva ao esgotamento da respectiva capacidade de exportação através de interligações inter-regionais. Ou seja, procurou-se avaliar o montante de excedente, em termos de percentual da geração local, que poderia ser despachado atendendo o mercado local e exportando o excedente, sem que fossem atingidos os limites de transmissão. Nesta análise simplificada, os valores de geração no Norte que poderiam ser exportados, foram obtidos como se segue: Geração Tucuruí = Mercado Norte + Capacidade Norte-Nordeste + Capacidade Norte-Sul Excedente de Tucuruí Capacidade Norte-Nordeste N NE 850 MW UHE Lajeado 450 MW ~ ~ Capacidade Norte-Sul UHE Peixe Angical SE ONS PAR 2004-2006 309 / 530 A capacidade Norte-Sul é determinada pelo fluxo que chega em Serra da Mesa que é resultante da composição da potência oriunda da Região Norte com a geração na UHE Lajeado. O que pode ser exportado de Tucuruí através da interligação Norte/Sul depende, portanto, do despacho da UHE Lajeado. No sentido de fixar um dos parâmetros, considerou-se a UHE Lajeado gerando 850 MW em todos os anos analisados e a UHE Peixe Angical com 450 MW a partir de 2006.O limite dinâmico de intercâmbio determinado para a interligação Norte-Sul foi de 2.200 MW no sentido Sul -> Norte e 2.500 MW no sentido inverso, ambos medidos em Miracema. No caso do limite no sentido Norte->Sul, de 2.500 MW, irá requerer um esquema de corte de geração de Tucuruí de até 3 máquinas Nesta análise, ao mercado do Norte foi acrescentado 5% para representar as perdas. Os valores de geração obtidos foram comparados com a capacidade instalada nas UHEs Tucuruí e Tucuruí II. Ressalta-se que para fins desta análise, não foram considerados fatores limitantes ao despacho das usinas e interligações internacionais, seja por questões hidrológicas, seja por questão de indisponibilidade de unidades geradoras. A figura 4.3.2-1 resume os resultados obtidos. Figura 4.3.2-1 – Avaliação preliminar de restrições ao despacho da UHE Tucuruí Despacho em Tucuruí para atingir limite de exportação do Norte (Considerando UHE Lajeado com 850 MW e UHE Peixe com 450 MW) Cap. Instalada: UHE Tucurí I (12 x 350 MW) e UHE Tucuruí II (11 x 375 MW) 100,0% 90,0% 80,0% 70,0% 60,0% % da capacidade 50,0% instalada 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% 2004 2005 Pesada 2006 Média 2007 Leve Observa-se que no cálculo da capacidade instalada a UHE Tucuruí foi considerada com 12 x 350 MW e a UHE Tucuruí II com 11 x 375 MW (sendo a 2ª, 3ª e 4ª unidades em 2003, 5ª, 6ª e 7ª em 2004, 8ª, 9ª e 10ª em 2005 e a 11ª unidade em 2006). Os seguintes aspectos podem ser destacados da análise da figura: ONS PAR 2004-2006 310 / 530 (a) os valores de despacho na UHE Tucuruí, que levam ao aproveitamento integral da capacidade de transmissão para as Regiões Nordeste e Sudeste, situam-se em torno de 90% da capacidade instalada na usina, ao longo de todo o horizonte analisado, sendo os montantes de geração mais baixos observados no patamar de carga leve; (b) a conclusão da interligação Norte/Sul II, em 2004, permite escoar praticamente toda a capacidade instalada da UHE Tucuruí, inclusive contando com as primeiras unidades da UHE Tucuruí 2, sendo necessário despacho superior a 86% para provocar o esgotamento da capacidade de exportação do Norte; (c) a continuação da motorização da UHE Tucuruí 2 leva ao aproveitamento maior da capacidade de transmissão nas interligações, podendo haver restrição significativa ao despacho daquela usina a partir de 2006, que deve ser acentuada já em 2007 com a entrada em operação das usinas hidrelétricas previstas para o Tocantins; e (d) ressalta-se que esses valores foram obtidos considerando geração de 850 MW na UHE Lajeado e 450 MW na UHE Peixe Angical, esta em 2006. Despachos menores nessas usinas proporcionam maior capacidade de escoamento da energia gerada na UHE Tucuruí. Da análise das condições de escoamento da UHE Tucuruí, recomenda-se que sejam agilizados os estudos de planejamento da expansão de longo prazo, conduzidos pelo CCPE, visando estabelecer a evolução estrutural das interligações Norte/Sul, Norte/Nordeste e Sudeste/Nordeste, além dos reforços associados nos subsistemas receptores. A necessidade de caracterizar a expansão dessas interligações fica também evidenciada quando se considera o Programa de Licitação da Concessão de Usinas Hidrelétricas, sob responsabilidade da Aneel, o qual contempla diversas usinas a serem instaladas nessa Região. 4.3.3 Evolução dos Limites de Intercâmbio das Interligações Inter-regionais As figuras 4.3.3-1 e 4.3.3-2 apresentam a síntese da evolução da capacidade de transmissão nas interligações inter-regionais, respectivamente, para perda dupla e perda simples, considerando os principais eventos previstos no horizonte analisado. Observa-se que por simplicidade de representação, não foram destacados diversos empreendimentos necessários para garantir os intercâmbios indicados na figura. Os valores indicados representam a média dos limites de transmissão para os patamares de carga pesada, média e leve, ponderada pela duração de cada patamar. ONS PAR 2004-2006 311 / 530 Figura 4.3.3-1 – Evolução dos Limites de Intercâmbio das Interligações Inter-regionais, considerando o despacho “Baixo” da UHE Itaipu (contingências simples) EXPORTAÇÃO DO NORTE 3.400 MWmed Fev/2004 4.300 Mwmed- 2005 Tucurui/Açailândia C2 + CE S.Luis N NE FLUXO Sul ->Norte 2.200 MWm ed - Fev 2004 Miracema/Imperatriz 500kV 2.500 Mwm ed - Fev 2004 Miracema/Imperatriz 500kV PAR 2004-2006 FNS SE Itaip 3.700 MWmed - 2004 5.000 Mwmed - 2005 Londrina - Araraquara 500kV + Trafo T. Preto 750/500 kV 5.300 MW med – 2006 Ivaiporã/Londrina 500kV RECEBIMENTO DO SUL ONS RECEBIMENTO DO NORDESTE Laje ado FLUXO Norte->Sul Valores considerando contingência simples FSN 2.100 Mwmed- Fev /2004 2.250 Mwmed-2005 Teresina/Fortaleza 500kV + C.Serie BEA/SJI/USB S RECEBIMENTO DO SUDESTE 9.200 MWmed- Fev/2004 Miracem a/Imperatriz 500kV 10.100 MWm ed - 2005 Londrina- Araraquara 500kV 11.000 MWm ed – Jun / 2006 Ivaiporã/Londrina 525kV + C.Oeste/Ivaiporã 525kV + 2005 S.Santiago/Ivaiporã 525kV 4.200 Mwmed - 2004 5.100 MWmed- 2005 Londrina- Arar aquara 500kV 6.000 MW med – 2006 Ivaiporã/Londrina 500kV EXPORTAÇÃO DO SUL 312 / 530 Figura 4.3.3-2 – Evolução dos Limites de Intercâmbio das Interligações Inter-regionais, considerando o despacho “Baixo” da UHE Itaipu (contingência dupla com ECE) EXPORTAÇÃO DO NORTE 3. 400 MWmed Fev/2004 4.300 Mwm ed - 2005 Tucurui/Açailândia C2 + CE S. Luis N NE FLUXO Sul ->Norte FSN 2. 200 MWm ed - Fev 2004 Miracema/Imperatriz 500kV 2.500 MWmed - Fev 2004 Mi racema/ Imperatriz 500kV FNS SE Itaip 3.700 MWmed - 2004 5.000 Mwmed- 2005 Londr ina - Araraquara 500kV 5.300 MW med – 2006 Ivaiporã/Londrina 500kV RECEBIMENTO DO SUL 4.4 RECEBIMENTO DO NORDESTE Laje ado FLUXO Norte->Sul Valores considerando con tin gênc ia du pla com ECE 2.100 Mwmed - Fev/2004 2.250 MWmed- 2005 Teresina/Fortaleza 500kV + C.Serie BEA/SJI/USB S RECEBIMENTO DO SUDESTE 7. 900 MWmed- Fev/2004 Miracem a/Imperatriz 500kV 9. 800 MWmed- 2005 Londrina- Araraquara 500kV 10.100 MW med – Jun / 2006 Ivaiporã/Londri na 525kV + C.Oeste/I vaiporã 525kV + 2005 S.Santiago/Ivai porã 525kV 3.000 Mwmed - 2004 4. 800 MWmed - 2005 Londrina- Araraquara 500kV 5.200 MW med – 2006 I vaiporã/Londrina 500kV EXPORTAÇÃO DO SUL Desempenho das Interligações Inter-Regionais Para cada interligação Inter-regional, a análise do desempenho é apresentada em três partes: primeiramente são identificados os fatores que acarretam restrições para os intercâmbios, a seguir é apresentada uma síntese do comportamento da interligação para cada cenário analisado e, por fim, são descritas análises adicionais realizadas nas avaliações efetuadas sobre as interligações. 4.4.1 Interligação entre as Regiões Sul e Sudeste 4.4.1.1 Fatores que Influenciam os Intercâmbios Despacho de Itaipu 60 Hz no RSE (Recebimento do Sudeste) O despacho da usina de Itaipu 60 Hz, apresentado no item.6, somente tem influência no valor do Recebimento pelo Sudeste (RSE) no ano 2004, onde a LT 500 kV Londrina – Assis - Araraquara ainda não está em operação, e para o critério de perda simples. Nestes casos o despacho reduzido de Itaipu garante valores de RSE mais elevados. A partir do ano 2004, com a entrada da a LT 500 kV Londrina – Assis - Araraquara, a influência do despacho da usina de Itaipu no RSE mostra-se inexpressiva. ONS PAR 2004-2006 313 / 530 Despacho de Itaipu 60 Hz no FSUL (Exportação pelo Sul) A exportação pelo Sul compete com a geração de Itaipu através do tronco de 750 kV. Sendo assim, o montante de energia transferida do Sul para o Sudeste é maior para os casos com despacho de Itaipu reduzido. Como conseqüência, estes casos possuem fluxo na LT 500 kV Bateias - Ibiúna mais elevado. Restrições no Subsistema Sul Nos Cenários em que o subsistema Sul exporta energia para o subsistema Sudeste, “Sul e SE Exportadores” e “SE Importador”, os limites de intercâmbio estão condicionados ao plano de obras considerado neste trabalho. Tanto para os casos base de fluxo de potência de perda simples como para os de perda dupla, verificouse ainda que: (b) é necessário manter os esquemas de corte de geração das usinas do Iguaçu; (c) em 2006 ocorre sobrecarga de 20% no transformador de Campos Novos 525/230kV quando do despacho pleno das UHEs Barra Grande e Campos Novos; (d) para a prática dos intercâmbios apresentados, nos casos de fluxo de potência de perda simples, faz-se necessário ECG de 2 ou 3 máquinas de Itá para a falta Salto Santiago - Itá 525 kV, para que os critérios de oscilação de tensão sejam atendidos. Uma outra opção, proposta pelo estudo pré-operacional da LT Bateias - Ibiúna, a ser estudada, é o ajuste dos PSS de Itá e Machadinho. Restrições no Subsistema Sudeste (e) Sistema receptor da área São Paulo A partir do ano 2004 verificaram-se algumas restrições no sistema receptor de São Paulo, no patamar de carga pesada, agravando-se para a condição de Itaipu 60Hz “Alto”, para os casos de fluxo de potência de perda simples e para os anos futuros. Um sinalizador importante de problemas no sistema receptor da interligação Sul/SE, em Tijuco Preto, é o FSE (somatório dos fluxos dos três circuitos entre Itaberá e Tijuco Preto). As seguintes restrições foram verificadas nos casos de fluxo de potência correspondentes aos limites de intercâmbios: - em todos os anos ocorreu sobrecarga em torno de 40% no circuito remanescente quando da perda da LT 345kV Tijuco Preto - Itapeti; - o sistema receptor Sudeste, na região de Tijuco Preto, pode apresentar sobrecarga para valores de FSE a partir de 7.400MW, em certas condições de despacho das usinas da Região Sudeste; - No ano 2004, na perda de um dos transformadores 750/345 kV de Tijuco Preto ocorre sobrecarga de cerca de 20% nas transformações remanescentes. A partir do ano 2005, quando está previsto a quarta unidade, este problema é solucionado; ONS PAR 2004-2006 314 / 530 - nos anos 2005 e 2006, no patamar de carga pesada, na perda de um dos transformadores 500/345 kV de Campinas a transformação remanescente fica no limite de carregamento; - a perda do trecho da interligação Sul/SE entre as SEs de Assis e Araraquara pode acarretar sobrecarga na LT Assis - Bauru 440 kV. No ano 2006, patamar de carga pesada, caso de perda simples, a sobrecarga foi de 5%; (f) Sistema da área de Brasília No ano 2004, quando a expansão da interligação Norte/Sul é concluída e utilizada plenamente, i.é., intercâmbios entre os Subsistemas Norte/Nordeste e o Sudeste (entre Miracema e Gurupi) da ordem de 2.500 MW, verificou-se que na carga pesada o FSM máximo é da ordem de 3.600 MW. Deste modo o critério de oscilações de tensão, para defeitos na região são respeitados. O defeito que balizou o FSM máximo foi o curto em Samambaia com abertura da LT 500 kV Samambaia - Emborcação e a barra crítica foi Samambaia 345 kV. Na situação de carga leve estes defeitos agravam estas oscilações. Ainda no ano 2004 e carga pesada observaram-se sobrecargas nas LT’s 500kV Itumbiara - Emborcação e 345kV Itumbiara - Porto Colômbia, respectivamente de 15% e 10%, para o referida defeito. A partir de 2005 estas sobrecargas são eliminadas em virtude da entrada em operação da LT 500 kV Itumbiara - Marimbondo, prevista para Dezembro de 2004, ainda que as referidas LT’s apresentem carregamentos elevados. Para o cenário em que o Sudeste exporta energia, da ordem de 2.900 MW, para as regiões Norte e Nordeste, no ano de 2004, a emergência da LT 500 kV Samambaia - Itumbiara (1x1.665 MVA) acarreta sobrecarga de 10% na LT 500 kV Samambaia - Emborcação quando se tem as UHE’s Serra da Mesa e Cana Brava operando com apenas uma máquina. Do mesmo modo a perda da LT 500 kV Samambaia - Emborcação (1x 1665 MVA) causa os mesmos 10% de sobrecarga na LT 500 kV Samambaia - Itumbiara nas condições acima mencionadas. Para um despacho de S. Mesa de 600 MW estas sobrecargas são eliminadas. Nos anos de 2005 e 2006, apesar do aumento de 300 MW de exportação para o Norte/Nordeste, não foram constatadas sobrecargas uma vez que a LT Itumbiara - Marimbondo já se encontra operando. 4.4.1.2 Desligamento de Máquinas da UHE Itaipu 60 Hz X Limite de Intercâmbio Sul⇒Sudeste (RSE) X FSM Em todo o horizonte do estudo, para todos os cenários e patamares de carga, verificou-se que o desligamento de mais de uma máquina de Itaipu 60Hz, em decorrência de defeitos no tronco de 750 kV, não apresenta ganhos consideráveis no RSE. ONS PAR 2004-2006 315 / 530 Para o cenário “Sudeste Importador” o valor do FSM ainda limita o numero de máquinas de Itaipu a serem desligadas, isto é, para os casos com FSM próximo do máximo (Fluxo na interligação Norte/Sul de 2500 MW e despacho alto nas UHEs de Serra da Mesa e Cana Brava) o “TRIP” de duas máquinas de Itaipu acarreta colapso de tensão em Samambaia. Porém, como já foi mencionado acima, não se observam ganhos significativos no RSE para “TRIP” de mais de uma máquina de Itaipu. 4.4.1.3 Perda Dupla da LT 500 kV Bateias – Ibiúna Nos cenários em que o Sudeste recebe energia do Sul, na ocorrência desta contingência dupla, considerou-se um esquema de corte de geração que desliga uma unidade da usina de Itaipu, reduzindo o impacto da falta. Constata-se que para o ano de 2004, o impacto da contingência dupla é maior que nos anos posteriores. Isto porque, a partir de 2005, a interligação Sul/Sudeste é reforçada pela LT 500 kV Londrina - Araraquara. Para os casos em que o Sul importa energia do Sudeste, nenhum esquema foi considerado e a perda dupla da LT 500 kV Bateias -Ibiúna não resulta em problemas mais graves no que tange à estabilidade eletromecânica e de tensão. Para a configuração de 2004, o caso se mostra oscilatório (0,66 Hz no Sul) e a falta pode provocar sobrecarga na transformação 750/525 kV de Ivaiporã. Para os anos seguintes, essa falta não impõe limitações para este cenário. 4.4.1.4 Sumário dos Fatores Restritivos aos Intercâmbios entre Subsistemas A seguir são relacionados os fatores restritivos descritos anteriormente, referente à interligação Sul/Sudeste: ONS - ERAC da Região Sul, para o cenário Sul Importador; - inércia mínima na Região Sudeste, nos patamares de carga leve e média, para o cenário SE Importador; - falta de suporte de tensão (Compensação reativa adicional) na Região Sul, no leste de Santa Catarina e Paraná, nos patamares de carga pesada e média, no cenário Sul exportador; l. - geração disponível na Região Sul no cenário Sul exportador. Ocorreu somente no ano 2005 nos patamares de carga pesada e média; - transformação de 750/345 kV de Tijuco Preto, em regime permanente, nos Cenários “Sudeste Importador” e “Sul e Sudeste Exportadores” no ano 2004; - LT 345 kV Tijuco Preto - Itapeti, nos Cenários “Sudeste Importador” e “Sul e Sudeste Exportadores”; - perda dupla da LT 500 kV Bateias - Ibiúna com ou sem a presença do ECE; - tendência de colapso de tensão na região de Samambaia, para o cenário “Sudeste Importador”; PAR 2004-2006 316 / 530 4.4.1.5 - ocorrência de oscilação de tensão acima de 2%, valor máximo de critério; - FSE máximo admissível: Valor determinado para garantir que não ocorra sobrecarga nas transformações de Tijuco Preto e no tronco de 750 kV durante contingências dos mesmos. Ocorreu somente no ano 2006; - Sobrecarga na LT 525 kV Salto Santiago – Ivaiporã; - Sobrecarga na LT 525 kV Machadinho – Campos Novos; - Sobrecarga no AT 525/230 kV da SE Cascavel Oeste; - Sobrecarga no AT 525/230 kV na SE Londrina; - Sobrecarga no AT 525/230 kV na SE Bateias; - Sobrecarga no AT 525/230 kV na SE Curitiba;; - Sobrecarga na LT 230 kV Salto Osório – Pato Branco; e - Sobrecarga na LT 230 kV cascavel – Guairá. Síntese do Desempenho para cada Cenário Analisado A seguir apresenta-se uma síntese do desempenho dinâmico dos cenários analisados, para as condições de intercâmbios máximos. Quando não for mencionado o contrario, os casos analisados consideram despacho de Itaipu 60 HZ “Baixo”. Cenário Sul e Sudeste Exportadores Neste cenário ocorre transferência de energia dos subsistemas Sul para o Sudeste, através da Interligação Sul/Sudeste (RSE de 8.000 MW a 11.000MW), e do subsistema Sudeste para o Norte/Nordeste (3.000MW), via as interligações Norte/Sul e Sudeste/Nordeste. Devido à elevada importação do Sudeste, as usinas desta Região encontram-se com despacho baixo, principalmente na carga leve. Com relação à análise de regime permanente, este cenário caracteriza-se por elevados carregamentos na rede de transmissão do subsistema Sul, no tronco de 750 kV, na transformação de Água Vermelha 440/500 kV e na interligação Norte/Sul. Já nas regiões de São Paulo e Minas houve dificuldade no controle de tensão, principalmente nos casos de carga leve, onde foi necessário desligar linhas do 440 kV e do 500 kV. Sob o ponto de vista da estabilidade eletromecânica, este cenário caracteriza-se por poucas máquinas sincronizadas nos subsistemas Sudeste, Norte e Nordeste. Observa-se, principalmente no patamar de carga leve, comportamento oscilatório entre os subsistemas Sudeste e Norte/Nordeste (freqüência em torno de 0,35 Hz no ano 2004 e 0,45 Hz no ano 2006) e entre os subsistemas Sul e Sudeste em torno de 0.6Hz, conforme mostra a figura abaixo. Estas oscilações entre os subsistemas Sudeste e Norte/Nordeste estão presentes em todo o horizonte do estudo e podem melhorar com o ajuste TCSC para esta ONS PAR 2004-2006 317 / 530 configuração. Para tal devem ser realizados estudos para determinar o novo ajuste dos TCSC que devem englobar vários cenários de intercâmbios, patamares de carga e fluxo na interligação. Figura 4.4.1-1- Fluxos na Interligação Norte/Sul e no Tronco 750 kV FLXA 65 IVAIPORA-765 69 IV-ITA-1-765 1 $19+$23 ANO 2004 –CARGA LEVE-RSE=9000MW-EXP.SUL=3000MW 2366 FLXA MIRACEMA/GURUPI C1+C2 2011 FLXA IVAIPORÃ/T.PRETO C1 1656 L4SXAS1.PLT 1301 0, 4, 8, 12, 16, 20, X Title (a) Ano 2004 Com a entrada da LT 500 kV Bateias/Ibiúna, e o conseqüente aumento da exportação de potência do subsistema Sul, este cenário apresenta elevado carregamento das LT 525 kV que transmitem energia do oeste para o leste do Paraná e Santa Catarina. Daí a necessidade de compensação reativa na área leste de Santa Catarina, Curitiba e Bateias, principalmente nos casos de carga pesada e média. Parcialmente este problema foi resolvido com a previsão de 250 Mvar de compensação shunt em Blumenau e 50 Mvar em Palhoça. As contingências de LTs de 525 kV que interligam as usinas do rio Iguaçu, embora estejam bastante carregadas, não acarretam problemas de estabilidade e/ou sobrecarga nas linhas remanescentes, caso se continue adotando os Esquemas de Corte de Geração (ECG) associados à saída destas linhas. Além dos esquemas existentes acima mencionados, considerou-se mais um esquema adicional de corte de geração que consta do desligamento de duas máquinas da UHE de Salto Caxias, na ocorrência da abertura da LT 500 kV Salto Santiago/Salto Caxias, para evitar perda de sincronismo da UHE de Salto Caxias no ano 2004. ONS PAR 2004-2006 318 / 530 A contingência da LT 525 kV Machadinho - Campos Novos, acarreta sobrecarga na LT 525 kV Segredo - Areia e vice-versa. Porém, está previsto um ECG que desliga duas máquinas de Machadinho de forma a contornar a situação. Neste ano 2004, para os casos de perda simples, os defeitos que balizaram os limites de intercâmbio foram o curto em Foz 750 kV seguido da abertura da LT 750 kV Foz - Ivaiporã e desligamento de 1 máquina de Itaipu 60 Hz, nos patamares de carga pesada e Leve, e o curto em Areia com de abertura da LT 525 kV Areia Bateias, no patamar de carga média. Para os casos de perda dupla o defeito que balizou os limites de intercâmbio foi o curto em Bateias 500 kV seguido da abertura da LT 500 kV Bateias - Ibiúna C1 e C2. A exportação do Sul (FSUL) ficou em torno de 4.000 MW para os casos de perda simples, e em torno de 3.000 MW, para os casos de perda dupla. Para todos os casos o fator que limitou o intercâmbio foram as oscilações de tensão pouco amortecidas, principalmente em Tijuco Preto 750 kV. Para os casos com Itaipu “Alto”, patamar de carga pesada, perda simples, a exportação do Sul (FSUL) ficou em torno de 3.000 MW, embora tenha ocorrido uma redução de somente 300 MW no recebimento do Sudeste (RSE= Itaipu 60Hz + RSUL). Já para os casos de perda dupla, a exportação do Sul (FSUL) ficou em torno de 2.200 MW, redução de 700 MW, porém não houve alteração no RSE. (b) Ano 2005 A partir do ano 2005 foi considerado reforço no subsistema Sul, mais precisamente, a linha de transmissão 525 kV Salto Santiago - Ivaiporã C2 e a LT 525 kV Machadinho - Campos Novos C2, e na interligação Sul/Sudeste por meio da LT 525 kV Londrina - Araraquara e do terceiro banco transformador de Ivaiporã 750/525 kV. Esses reforços, além de proporcionarem aumento na exportação do subsistema Sul, diminuem o impacto da perda dupla com relação a perda simples. Nesse ano 2005, para os casos de perda simples, o defeito que balizou os limites de intercâmbio foi o curto em Ivaiporã seguido de abertura da LT 525 kV Londrina Ivaiporã. Para os casos de perda dupla, o defeito que balizou os limites de intercâmbio foi o curto em Bateias 525 kV seguido da abertura da LT 500 kV Bateias - Ibiúna C1 e C2. Nos casos com Itaipu “Baixo”, a exportação do Sul (FSUL) ficou em torno de 5.000 MW para os casos de perda simples e de perda dupla. Para os casos de perda dupla, o fator que limitou o intercâmbio foram as oscilações de tensão pouco amortecidas, principalmente em Tijuco Preto 750 kV, e nos casos de perda simples foi a falta de geração no subsistema Sul, apesar de ocorrerem também oscilações de tensão pouco amortecidas. Para os casos com Itaipu “Alto”, patamar de carga pesada, perda simples e perda dupla, a exportação do Sul (FSUL) ficou em torno de 4.000 MW e o recebimento do ONS PAR 2004-2006 319 / 530 Sudeste (RSE= Itaipu 60Hz + FSUL) em torno de 10.200, mesmo valor para o caso com Itaipu “Baixo”. (c) Ano 2006 A partir do ano 2006 foi considerado reforço na interligação Sul/Sudeste, através da LT 525 kV Londrina - Ivaiporã C2. Este reforço conjuntamente com a LT 525 kV Salto Santiago – Ivaiporã - Cascavel do Oeste, prevista para o ano 2005, proporciona um aumento de 1.000MW do RSE e em torno de 900MW na exportação do subsistema Sul. Ressalta-se, entretanto, que este aumento da exportação acarreta um maior carregamento da rede de transmissão do Subsistema Sul. Neste ano 2006, para os casos de perda simples, o defeito que balizou os limites de intercâmbio foi o curto em Londrina com a abertura da LT 500 kV Londrina - Assis nos patamares de carga média e leve, e o FSE máximo no patamar de carga pesada. Outros defeitos relevantes foram o curto em Itá 525 kV seguido da abertura da LT 525 kV Ita - Salto Santiago, com desligamento de 2 máquinas de Itá no patamar de carga média, e curto em Blumenau com abertura da LT 525 kV Campos Novos - Blumenau. Para os casos de perda dupla o defeito que balizou os limites de intercâmbio foi o curto em Bateias 525 kV seguido da abertura da LT 500 kV Bateias -Ibiúna C1 e C2. A exportação do Sul (FSUL) ficou em torno de 5.500 MW para os casos de perda simples e de 5.000 MW para perda dupla. Para os casos de perda dupla e simples, o fator que limitou o intercâmbio foram as oscilações de tensão pouco amortecidas, principalmente em Tijuco Preto 750 kV, também ocorreu falta de geração no subsistema Sul nos casos de carga pesada e média. Para os casos com Itaipu “Alto”, patamar de carga pesada, perda simples, a exportação do Sul (FSUL) fica em torno de 5.000 MW. Entretanto, o recebimento do Sudeste (RSE= Itaipu 60Hz + FSUL) em torno de 10.900, praticamente o mesmo valor para o caso com Itaipu “Baixo”. Cenário Sudeste Importador No cenário Sudeste Importador, os subsistemas Sul e Norte exportam energia para o Sudeste. Este cenário é caracterizado pelo despacho reduzido das máquinas do Sudeste, levando este subsistema a operar com baixa inércia. Nos patamares de carga leve e média, o limite de inércia mínima é rapidamente atingido, impossibilitando uma definição dos limites de interligação. Para o patamar de carga pesada, os limites de intercâmbio são muito próximos aos limites do cenário Sul e Sudeste Exportadores, apesar dos fatores limitantes serem distintos. No cenário Sudeste Importador e contingências simples, o máximo recebimento pelo Sudeste (RSE) é limitado, para o ano 2004, pela perda da LT 750 kV Foz Ivaiporã seguido do desligamento de 1 máquina de Itaipu 60 Hz. Nota-se, para esta falta, tendência de colapso de tensão na região de Brasília. ONS PAR 2004-2006 320 / 530 Sob o ponto de vista da estabilidade eletromecânica do sistema interligado, este cenário caracteriza-se por poucas máquinas sincronizadas nos subsistemas Sudeste. Verificam-se oscilações pouco amortecidas entre os subsistemas Sudeste e Norte/Nordeste, em torno de 0,35 Hz no ano 2004 e 0,45 Hz no ano 2006, e entre os subsistemas Sul e Sudeste em torno de 0.6Hz, conforme mostra a figura abaixo. Figura 4.4.1-2 – Fluxo na Interligação Norte/Sul e no Tronco de 750 kV 69 IV-ITA-1-765 1 -($32+$36) ANOFLXA 200465 –IVAIPORA-765 CARGA PESADA - RSE=11000MW-EXP.SUL=5500MW 2863 FLUXO S.MESA/GURUPI C1&C2 2366 FLUXO IVAIPORÃ/ITABERÁ C1 1870 P4SEAS1.PLT 1373 0, 4, 8, 12, 16, 20, X Title Cenário Sul Importador Neste cenário temos a transferência de energia do subsistema Sudeste para o Sul através da interligação Sul/Sudeste e dos subsistemas Norte/Nordeste para o Sudeste via as interligações Norte/Sul e Sudeste/Nordeste. Este cenário é caracterizado pelo despacho reduzido das máquinas do Sul, levando este subsistema a operar com baixa inércia. (a) Ano 2004 A entrada da LT 500 kV Bateias - Ibiúna, que reforça a interligação Sul/Sudeste, permite um aumento considerável no intercâmbio entre estes dois subsistemas. A seguir são listados os fatores que limitam o recebimento do Sul (RSUL), para o patamar de carga pesada, por ordem de severidade: Sobrecarga no Transformador 440/230 kV de Assis Para níveis de RSUL a partir de 2.900 MW, o transformador 440/230 kV de Assis passa a operar em sobrecarga. Uma forma de contornar este problema consiste em operar-se o sistema com este transformador desligado. ONS PAR 2004-2006 321 / 530 Sobrecarga no Transformador 500/345 kV de Ibiúna Para níveis de RSUL a partir de 3.600 MW, a emergência num dos transformadores 500/345 kV de Ibiúna, ocasiona sobrecarga no remanescente. Sobrecarga no Transformador 750/525 kV de Ivaiporã Para valores de RSUL a partir de 4.000 MW, a perda dupla da LT 500 kV Bateias Ibiúna causa sobrecarga na transformação 750/525 kV de Ivaiporã. Já a perda de um destes transformadores, mesmo estando o RSUL em torno de 5.000 MW, não acarreta a saída do remanescente por sobrecarga (50%), caso a lógica 6 esteja em operação. Limite Para Atuação do ERAC/S Uma das possíveis limitações do RSUL se dá em função do esquema regional de alívio de carga por sobrefreqüência da Região Sul (ERAC/S), que corta até 50% da carga do Sul. Para valores de RSUL dessa ordem, foram simuladas emergências no Sul e Sudeste, não sendo constatados problemas de instabilidade transitória, de tensão ou oscilações não amortecidas. Em relação à sobrecarga nos equipamentos, vale o que foi apresentado nos itens anteriores. (b) Anos 2005 e 2006 A entrada das LTs 525 kV Londrina – Assis - Araraquara, Salto Santiago - Ivaiporã C2, Cascavel do Oeste - Ivaiporã, Machadinho - Campos Novos C2 e do segundo transformador 440/230 kV de Assis, reforça consideravelmente a interligação Sul/Sudeste. Para valores de RSUL da ordem de 50% da carga do Sul (limite do ERAC/S), as sobrecargas nos equipamentos verificadas no ano de 2004 não mais se apresentam. Além disso, problemas de instabilidade ou oscilações pouco amortecidas não foram constatados. 4.4.2 Interligação entre as Regiões Norte, Nordeste e Sudeste 4.4.2.1 Síntese do Desempenho e Evolução dos intercâmbios para cada Cenário Analisado Cenário Norte Exportador Este cenário caracteriza-se pela exploração da geração da área Norte com priorização para o Nordeste ou para o Sudeste. Norte Exportador com prioridade para o Nordeste (a) Horizonte 2004 Neste horizonte será possível exportar da área Norte para o Nordeste, cerca de 1.500 MW, estando limitado por contingências internas ao Nordeste, no eixo Presidente Dutra-Sobradinho, alem das externas, perda da interligação Sudeste/Nordeste. Em ambos os casos, há riscos de isolamento da área Nordeste, pela atuação das PPS, entre os sistemas acarretando perda de carga por atuação do esquema de rejeição de carga por subfreqüência. ONS PAR 2004-2006 322 / 530 (b) Horizonte 2005 Com a incorporação do segundo circuito Teresina II – Sobral III – Fortaleza II 500 kV e da compensação série (70%) dos circuitos Boa Esperança - São João do Piauí – Sobradinho, além do AT 500/230 kV de Sobral e do CE 150/-70 Mvar de São Luis, será possível exportar até 2.100 MW do Norte para o Nordeste, representando um acréscimo de cerca de 600 MW em relação ao horizonte de 2004. A principal contingência balizadora deste cenário é a perda de circuito do trecho Boa Esperança - Sobradinho, acarretando, neste caso, oscilações de baixo amortecimento na região de Presidente Dutra. A contingência de perda de um circuito Tucuruí - Vila do Conde, com intercâmbio elevado na interligação Norte/Sul necessita da ativação de esquema de rejeição de geração em Tucuruí, tendo em vista risco de instabilidade entre os sistemas. (c) Horizonte 2006 Neste horizonte não está previsto nenhum reforço de transmissão, razão pela qual os limites permanecerem praticamente os mesmos de 2005, apesar do acréscimo de carga neste horizonte. As contingências balizadoras são as mesmas de 2005, com as conseqüências já comentadas. Cenário Norte Exportador com prioridade para o Sudeste Com a incorporação de um esquema de alívio de geração em Tucuruí para perda de circuitos na interligação Norte/Sul, será possível exportar até 2.500 MW na interligação Norte/Sul, medidos no circuito Miracema - Gurupi. (a) Horizonte 2004 Neste cenário, a perda de um circuito Tucuruí - Vila do Conde é a contingência balizadora. Deste modo, limitando-se o desligamento a três geradores de Tucuruí, será possível exportar do Norte para o Nordeste 700 MW nos períodos de carga pesada e média e 1.100 MW em carga leve. Portanto, o Norte poderá exportar para o Nordeste e Sudeste, simultaneamente, cerca de 3.200 MW nos períodos de carga pesada e média e 3.600 MW em carga leve. Desta forma, será possível explorar em torno de 90% da capacidade máxima totalizada das usinas de Tucuruí e Lajeado no período de carga pesada. (b) Horizonte 2005 Neste cenário, com a incorporação das obras na Região Nordeste e a ampliação da Usina de Tucuruí, com a linha de transmissão associada, será possível exportar do Norte para o Nordeste até cerca de 1.900 MW, por limitação dinâmica. Neste caso, além das contingências dos circuitos Tucuruí - Vila do Conde, que exigirão o desligamento de geradores, a perda dos circuitos Boa Esperança - Sobradinho serão balizadoras deste cenário. Este reforço de transmissão e geração representará um acréscimo de cerca de 1.200 MW nos períodos de carga pesada e média e de 700 MW em carga leve na ONS PAR 2004-2006 323 / 530 capacidade de exportação do Norte. Deste modo, neste horizonte, será possível utilizar cerca de 90% da geração das Usinas de Tucuruí e Lajeado, máxima totalizada, previstas para este horizonte, no período de carga pesada. (c) Horizonte 2006 Neste horizonte, além dos 2.500 MW exportados na interligação Norte/Sul, será possível exportar simultaneamente do Norte para o Nordeste cerca de 2.000 MW. As contingências balizadoras são as mesmas do horizonte 2005, com as mesmas medidas a serem adotadas. Neste horizonte, será possível utilizar cerca de 90% da geração de Tucuruí e Lajeado, máxima totalizada, no período de carga pesada. Cenário Sudeste Exportador Neste cenário, a máxima transferência de potência na interligação Norte/Sul está limitada a 2.200 MW no trecho Miracema - Imperatriz por motivo de contingências internas a este trecho, de modo a evitar possíveis atuações de proteções de sobrecarga dos capacitores série que desencadeiem perda de sincronismo entre as áreas. (a) Horizonte 2004 Neste horizonte será possível o Sudeste exportar cerca de 2.900 MW medidos nos fluxos Miracema - Colinas e Sudeste/Nordeste, totalizados. As contingências balizadoras deste cenário são a perda dos circuitos ligados a Serra da Mesa. Destaca-se que a contingência no circuito Serra da Mesa - Rio das Éguas acarreta oscilações de tensões na interligação Norte/Nordeste de baixo amortecimento nestes intercâmbios. Com os intercâmbios estabelecidos verificou-se sensibilização da PPS da interligação Sudeste/Nordeste, sendo este fato limitador para os intercâmbios balizadores. (b) Horizonte 2005 Neste horizonte, verifica-se uma elevação da capacidade de exportação do Sudeste de cerca de 350 MW médios em relação ao horizonte de 2004. Será elevada, ainda, a capacidade de importação do Nordeste devido a incorporação das obras de transmissão do Nordeste nos eixos Teresina-Fortaleza e Boa EsperançaSobradinho. Deste modo, a contingência balizadora neste cenário é a perda da interligação Sudeste/Nordeste que acarreta oscilações de baixo amortecimento na interligação Norte/Nordeste. (c) Horizonte 2006 Neste horizonte, a capacidade de exportação do Sudeste estará no patamar de 2004, i.e. 2.900 MW, atribuindo-se essa redução, em relação a 2005, à elevação de carga do sistema. Com a máxima exportação do Sudeste será possível exportar para o Nordeste cerca de 2.000 MW nos períodos de carga pesada e média. As ONS PAR 2004-2006 324 / 530 contingências balizadoras deste cenário são as perdas da interligação Norte/Sul e Sudeste/Nordeste. Cenário Nordeste Exportador Neste cenário, foi explorada a máxima exportação do Nordeste considerando, simultaneamente, a máxima exportação do Norte para o Sudeste. Este cenário não apresentou evolução ao longo do período analisado, mesmo com a incorporação das obras no Nordeste. Em todos os horizontes, a máxima exportação do Nordeste não superou 1.160 MW medidos nas interligações Norte/Nordeste e Nordeste/Sudeste somados. A principal limitação é oscilação de baixo amortecimento na interligação Sudeste/Nordeste, quando de contingência no eixo Boa Esperança - Sobradinho. Cenário Norte Importador Este cenário foi analisado nos horizontes 2005 e 2006 nos períodos de carga pesada, como complementação de ponta de carga. (a) Horizontes 2005/2006 Nos horizontes analisados limitou-se a importação do Norte pelo número de máquinas sincronizadas em Tucuruí, de tal modo que foi considerado um mínimo de 8 máquinas nesta usina. Desta forma, a importação máxima do Norte seria de cerca de 1.900 MW. Com esta premissa não foram detectados problemas de origem dinâmica. 4.4.2.2 ANÁLISE DAS CONTINGÊNCIAS BALIZADORAS DOS INTERCÂMBIOS Cenário Norte Exportador: Este cenário se caracteriza pela maximização da geração da usina de Tucuruí I e II, o que acarreta fluxos elevados nos eixos Tucuruí – Marabá – Imperatriz, bem como elevação do nível de curto circuito na SE Tucuruí. Alternativamente, esse cenário se desdobra em duas situações: - maximizar o recebimento do Nordeste; - maximizar o fluxo no sentido Norte⇒Sudeste. (a) Perda do circuito Boa Esperança –S. João do Piauí Esta contingência, juntamente com Tucuruí – Vila do Conde, foi balizadora para a maioria dos casos, podendo ocasionar abertura das interligações Norte/Nordeste e Nordeste/Sudeste com conseqüentes cortes de carga pela ativação de ERAC, além de oscilações de baixo amortecimento no Nordeste. (b) Perda do circuito Tucuruí – Vila do Conde A elevação do nível de curto-circuito da SE Tucuruí torna esta contingência crítica, cujas conseqüências são a perda de sincronismo entre os subsistemas e a presença de oscilações pouco amortecidas entre o Norte e o Nordeste. Utilizou-se ONS PAR 2004-2006 325 / 530 então esquema de desligamento de até 3 máquinas de Tucuruí a fim de evitar os referidos problemas. (c) Perda do circuito Tucuruí-Marabá C2 A motorização da 5ª, 6ª e 7ª unidades geradoras de Tucuruí II ao longo de 2004 eleva consideravelmente o fluxo nesse trecho causando perda de estabilidade quando da perda de um dos circuitos, sendo necessário esquema de desligamento de uma (carga pesada e média) ou duas unidades (carga leve) de Tucuruí. A partir de 2005, a entrada do 4º circuito Tucuruí - Marabá e do 2º circuito Marabá Açailândia permite a prática dos intercâmbios mencionados sem a utilização de esquema de desligamento de máquinas de modo a evitar perda de sincronismo. (d) Perda do Circuito do Eixo Serra da Mesa - Bom Jesus da Lapa II Observou-se que em algumas situações neste cenário, esta contingência foi balizadora devido à presença de oscilações de tensão pouco amortecidas entre o Norte e o Nordeste, principalmente quando se prioriza o recebimento do Nordeste. Cenário Sudeste Exportador: Esse cenário caracteriza-se por fluxos elevados na interligação Norte/Sul (da ordem de 2.200MW no Sentido Serra da Mesa - Imperatriz) e na interligação Sudeste/Nordeste (em torno de 800 MW no sentido Serra da Mesa – Governador Mangabeira). (a) Perda da Interligação Sudeste/Nordeste (S. Mesa – Rio das Éguas) Neste cenário o máximo intercâmbio na interligação Sudeste/Nordeste, de tal modo que a perda desta interligação acarreta o escoamento instantâneo do fluxo para as regiões Norte e Nordeste, tendo como conseqüência um aumento do intercâmbio entre as áreas Norte e Nordeste, levando ao risco de perda de sincronismo entres estas áreas além de oscilações de tensão entre o Norte e o Nordeste de baixo amortecimento. Esta contingência é, balizadora para este cenário juntamente com a perda de um dos trechos da Norte-Sul, especificamente S. Mesa - Gurupi. (e) Perda do trecho Serra da Mesa / Gurupi Esta contingência apresenta-se como a de maior severidade no ano de 2004, ano este que antecede a entrada dos reforços no Norte e no Nordeste, havendo risco de instabilidade do sistema para fluxos da ordem de 2.200 MW na interligação NorteSul. Cenário Nordeste Exportador: Esse cenário caracterizou-se pela seguinte distribuição de fluxo: ONS - Eixo Sobradinho - Boa Esperança - Presidente Dutra com fluxo elevado; - Eixo Luiz Gonzaga – Milagres - Fortaleza com fluxo elevado; - Interligação Sudeste/Nordeste com fluxo no sentido Sapeaçu ⇒ Serra da Mesa; PAR 2004-2006 326 / 530 - Eixo Presidente Dutra – Teresina II – Fortaleza II com fluxo reduzido. (f) Perda no trecho Boa Esperança - Sobradinho Para esta falta observou-se o aparecimento de oscilações não amortecidas entre os sistemas, onde destacamos as oscilações de tensão em Bom Jesus da Lapa II, fator limitante para a definição dos intercâmbios limites. ONS PAR 2004-2006 327 / 530 5 Síntese da Análise da Confiabilidade da Rede Básica Este item apresenta os principais resultados comentados e respectivas premissas da avaliação probabilística preditiva dos níveis de confiabilidade, em regime estacionário (adequação), da Rede Básica brasileira, no horizonte 2003 - 2005, consoante o Plano de Ampliações e Reforços - PAR [5]. Uma descrição detalhada da avaliação da confiabilidade do SIN pode ser encontrada no relatório “Confiabilidade da Rede Básica no Período 2003-2005” [7]. Tais resultados constituem subsídio relevante para as ações de operação / planejamento, dado que complementam a análise tradicionalmente efetuada, em bases essencialmente determinísticas. As informações aqui disponibilizadas podem facilitar a gradativa evolução do clássico, porém rígido, critério "n-1" de planejamento, para o uso de critérios que reconheçam as incertezas e riscos intrínsecos a todo sistema elétrico de potência. Nessa perspectiva, o uso rotineiro e continuado da análise aqui apresentada possibilitará, futuramente, a caracterização dos paradigmas de riscos admissíveis na gestão da operação e planejamento do sistema [7]. É fundamental ressaltar que todos os resultados apresentados são estritamente condicionados ao conjunto de premissas registradas na subseção 6.5.6 deste documento e descritas em detalhe no relatório [7]. Em particular, alerta-se o leitor que foi permitido o uso de medidas corretivas (e.g. redespacho de potência ativa) para a eliminação de violações operativas, em consonância com a práxis internacional em estudos de confiabilidade enfocando adequação. Também deve ser lembrado que todos os índices de confiabilidade são muito sensíveis aos intercâmbios do sistema. No estudo em pauta, um único ponto de operação foi analisado. Nos estudos do PAR, considerando outros cenários de geração e fluxos na interligação Norte – Sul, foram observadas maiores solicitações em alguns pontos do sistema, não investigadas na presente análise de confiabilidade. Estruturalmente esta seção está organizada da seguinte forma: Na subseção 5.1 são mencionados alguns conceitos importantes para o bom entendimento do assunto tratado. Um brevíssimo glossário é aí esboçado. Na subseção 5.2 apresentam-se os resultados, alguns deles inéditos, da análise de confiabilidade do sistema elétrico brasileiro, sob o ponto de vista global. Na subseção 5.3 apresentam-se as principais conclusões. Como já foi acima mencionado, na subseção 6.5.6 registram-se as premissas usadas na avaliação numérica da confiabilidade. 5.1 Aspectos Conceituais Visando facilitar a leitura deste documento, esta seção apresenta um conjunto resumido de alguns conceitos pertinentes ao tema tratado. - ONS Adequação - é um tipo de análise clássica de confiabilidade realizada estritamente sob o ponto de vista do regime permanente. Nesse tipo de análise PAR 2004-2006 328 / 530 é usual permitir-se o emprego de todas as medidas corretivas disponíveis para a eliminação de violações. A restrição do uso de medidas corretivas (principalmente o redespacho) pode ser realizada no âmbito de um estudo de confiabilidade enfocando a segurança (que considera o regime dinâmico do sistema). ONS - Índices ou indicadores de confiabilidade ou desempenho - são as diversas mensurações de riscos passíveis de cálculo numérico. Usualmente o termo "confiabilidade" é usado para avaliações preditivas considerando as incertezas (i.e. em cenários futuros), enquanto o termo "desempenho" refere-se ao horizonte pretérito (i.e. a pós-operação). Ambos os termos englobam tanto aspectos sistêmicos como aspectos associados a componentes ou equipamentos. Existem muitos índices de confiabilidade, entre os quais, os usados neste trabalho são os seguintes: Severidade, PPS, PPC, ENS, DPC, FPC. - Severidade - é um dos mais modernos e importantes indicadores de risco probabilístico. A severidade é um índice normalizado, dado pela divisão de um valor estimado da energia interrompida (em MWh) por uma base de potência em MW (geralmente a ponta de carga do sistema ou de uma área). O valor numérico é multiplicado por 60 para a conversão em minutos. A severidade é então expressa em sistema-minuto ou simplesmente minuto. Assim, ele exprime um tempo fictício de um blecaute imaginário, que seria necessário para acumular uma energia não suprida exatamente equivalente àquela calculada, se toda a carga do sistema fosse afetada. Trata-se de um índice que captura não apenas a habitualidade das falhas do sistema, mas também a gravidade e conseqüências das mesmas. Pelo fato de ser um indicador normalizado, permite a comparação de sistemas de portes e naturezas distintas, advindo daí a sua importância. A severidade é um dos poucos indicadores probabilísticos de curso internacional e que já dispõe de uma escala de valoração classificatória, com base logarítmica. O conceito que o embasa é o da classificação dos eventos de forma semelhante àquele empregado no tratamento de terremotos, onde cada escala é diferenciada da antecedente por uma ordem de grandeza. A Tabela 5.2.1 mostra a hierarquia usada na classificação da confiabilidade do sistema via severidade. Cabe ainda ressaltar que entre dois sistemas, o mais confiável é o que apresenta menor valor numérico de severidade. Outra grande vantagem da severidade como indicador de risco, advém da possibilidade de calculá-lo tanto para eventos pretéritos, como de forma preditiva. A título de exemplo, a avaliação pretérita do blecaute do dia 11.03.1999 ocorrido no Brasil, mostrou que o mesmo alcançou o grau 3 (muito grave), com aproximadamente 117 sistema-minutos. PAR 2004-2006 329 / 530 Tabela 5.2.1 - Classificação do Risco pela Severidade [6] Classificação ONS Severidade S (sistema-minuto) Interpretação Comentário Grau 0 S<1 aceitável condição normal Grau 1 1 ≤ S < 10 não grave significativa p/ poucos agentes / consumidores Grau 2 10 ≤ S < 100 grave sério impacto p/ todos os agentes / consumidores Grau 3 100 ≤ S < 1000 muito grave muito sério impacto p/ todos os agentes / consumidores, blecaute Grau 4 1000 ≤ S catastrófica extremo impacto p/ todos: colapso do sistema, blecaute total - PPS - é um indicador de confiabilidade adimensional (%) que exprime a probabilidade de problemas no sistema. Esse índice reflete a situação estacionária do sistema imediatamente após a ocorrência das contingências, porém sem a aplicação de qualquer medida corretiva. Não diferencia a gravidade dos eventos, apenas os contabiliza. - PPC - é um indicador de confiabilidade adimensional (%) que exprime a probabilidade de perda de carga. Esse índice reflete a situação estacionária do sistema imediatamente após a ocorrência das contingências, porém com a aplicação de todas as medidas corretivas liberadas na análise em questão. Não diferencia a gravidade dos eventos, apenas os contabiliza. - ENS - é um indicador de confiabilidade (em MWh) que exprime a expectância de energia não suprida (ou seja, o valor médio da energia interrompida). Esse indicador diferencia a gravidade dos eventos e permite uma valoração econômica através do custo da energia interrompida. - DPC - é um indicador de confiabilidade (em horas) que exprime a duração de perda de carga (ou seja, o valor médio da duração da perda de carga) - FPC - é um indicador de confiabilidade (em ocorrências/ano) que exprime a freqüência de perda de carga (ou seja, a freqüência média de interrupção de carga). - Critério "n-1" - é, possivelmente, o mais tradicional critério determinístico de planejamento de sistemas elétricos de potência. Grosso modo, impõe que o sistema planejado deve ser infenso a todas as possíveis contingências simples. PAR 2004-2006 330 / 530 ONS - Malha e Fronteira - elementos da malha são as linhas de transmissão e transformadores da rede básica conectados a outros elementos da própria malha, em ambas as extremidades. Elementos de fronteira são os transformadores que conectam a malha à rede não básica. - Níveis de risco - neste documento é sinônimo de níveis de confiabilidade. - Probabilidade - reflete o conceito de incerteza. É um valor numérico entre zero e um, que indica a chance de ocorrência de um fato qualquer. O valor unitário está associado à certeza absoluta, enquanto o valor zero indica a impossibilidade do fato acontecer. - Risco probabilístico intrínseco - refere-se à possibilidade de falha inerente a qualquer sistema físico, por mais robusto que seja. Em outras palavras, reflete o conceito básico da análise probabilística de confiabilidade de que a única certeza possível é a que afirma que todo sistema falha. - Função transmissão principal - refere-se ao transporte de energia exclusivamente pelas linhas de transmissão da rede básica. No documento essa função é amiúde denotada por LT. - Função transformação - refere-se ao transporte de energia exclusivamente pelos transformadores de malha de rede básica. No documento, essa função é geralmente denotada por TM (trafo de malha). - Função transformação de fronteira - refere-se ao transporte de energia exclusivamente pelos transformadores de fronteira da rede básica. No documento essa função é denotada por TF (trafo de fronteira). - Enumeração - é um método de análise de confiabilidade baseado na investigação exaustiva de uma lista de contingências. - Margem operacional de manobras - reflete os recursos e flexibilidade de um sistema para a eliminação de eventuais violações operativas. - Modos de falha - são as situações definidas como sendo os "defeitos" do sistema, tais como, subtensões, sobretensões, ilhamentos, sobrecargas, déficits de geração, etc. - Área elétrica - são os conjuntos de barramentos e linhas, geralmente associados a uma empresa ou região geográfica, definidos tradicionalmente nos estudos de fluxos de potência. - Simulação Monte Carlo - é uma forma de cálculo numérico da confiabilidade, cuja precisão é passível de controle pelo usuário, através da especificação de um parâmetro chamado "coeficiente de variação". - Enumeração - é outra forma de cálculo numérico da confiabilidade na qual o analista especifica rigorosamente todas as linhas de transmissão, transformadores e geradores que serão submetidos a contingências. PAR 2004-2006 331 / 530 5.2 5.2.1 Resultados Globais: Confiabilidade do Sistema Brasileiro Evolução Temporal do Risco Probabilístico Intrínseco da Malha Elétrica Intróito: As simulações realizadas geram um grande volume de indicadores probabilísticos diferenciados, representativos dos riscos do sistema elétrico. Entre eles destaca-se a denominada Severidade, expressa em minutos (também se usa a expressão "sistema-minuto"), e que será primeiramente utilizada para ilustrar a evolução temporal do risco no horizonte de análise, cobrindo oito configurações do sistema elétrico brasileiro, ao longo do horizonte 2003-2005. As oito configurações analisadas são as seguintes: junho 2003, dezembro 2003, fevereiro 2004, junho 2004, dezembro 2004, fevereiro 2005, junho 2005, dezembro 2005. Resultados e Interpretação: A Figura 5.2.1 ilustra (vide a linha pontilhada) a evolução temporal do risco do sistema de transmissão brasileiro, expresso pela severidade. A linha cheia mostra a evolução da carga. Embora tenham sido analisadas apenas oito instantes de tempo, representando configurações estáticas, em regime de carga pesada, os gráficos são apresentados de forma contínua, no intuito de facilitar a visualização das variações entre cada instante, através dos coeficientes angulares de cada trecho das curvas. Toda a análise reflete a aplicação de contingências simples em todos os elementos com incertezas representadas. Deve ser ressaltado que na Figura 5.2.1 observa-se a evolução da severidade (minutos) do sistema brasileiro considerando as incertezas da totalidade de linhas (LT), transformadores de malha (TM) e transformadores de fronteira (TF) da rede básica brasileira. A evolução da ponta de carga (MW) de todo o sistema, também mostrada nessa figura, tem a função de possibilitar uma comparação do crescimento da carga com os recursos agregados aos sistema. A análise concentrou-se no regime de carga pesada e contingências simples. (Nota de esclarecimento: trafos de fronteira ou acesso são os que conectam a rede básica à rede não básica, trafos de malha são os que conectam ao menos dois elementos da rede básica). A severidade [6] é um índice normalizado, dado pelo quociente da energia não suprida (MWh) pela ponta (MW) do sistema analisado e com o resultado convertido em minutos. Na Figura 5.2.1, a comparação dos coeficientes angulares da curva de carga com os coeficientes angulares da severidade informa se o percentual de variação da carga foi ou não acompanhado de uma degradação ou melhoria percentual compatível do risco expresso pela severidade. Nota-se, por exemplo, que entre fevereiro de 2005 e junho 2005, o crescimento da carga levou a um significativo ONS PAR 2004-2006 332 / 530 crescimento da severidade, violando a fronteira do grau 1, que sinaliza uma situação grave (vide Tabela 5. 2.1). Caso houvesse um critério de planejamento que sugerisse o grau 1 como meta a ser perseguida, a indicação do gráfico estaria apontando a necessidade de antecipação de algumas ampliações e/ou reforços do sistema. A Figura 5.2.2 mostra um outro resultado qualitativo interessante, comparando o risco intrínseco apenas das linhas de transmissão (LT) e apenas dos trafos de malha (TM) com os riscos acumulados totais e acumulados de linhas mais trafos de malha. Pode-se aí notar que os riscos nodais, associados aos trafos de malha, situam-se num patamar de alta confiabilidade, abaixo do grau zero. Por outro lado, a diferença entre a curva superior (LT+TM+TF) e a curva agregando (LT+TM) evidencia a contribuição significativa dos transformadores de fronteira(TF) para a degradação do risco. Esse resultado é muito importante porque alerta que a confiabilidade da grande massa de consumidores é mais afetada pelas interfaces da rede básica com os subsistemas de subtransmissão e distribuição (também aqui denominada como função transformação de fronteira) do que pelos elementos da malha de alta tensão. Deve-se lembrar que a curva associada ao desempenho dos transformadores de malha foi obtida considerando que todos os transformadores têm supostamente a mesma taxa de falha e tempo de reparo. Futuros estudos, utilizando parâmetros mais precisos, poderão apontar resultados com um grau maior de variabilidade. Finalmente, com base nas Figuras 5.2.1 e 5.2.2, conclui-se que o sistema brasileiro, como um todo, não atende ao critério "n-1", seja no que concerne a linhas de transmissão, transformadores de malha ou transformadores de fronteira (o critério seria atendido quando o valor da severidade fosse nulo). Uma avaliação do grau de aderência ao critério "n-1" pode ser vista em [7]. ONS PAR 2004-2006 333 / 530 Figura 5.2.1 - Evolução da Severidade na Rede Básica SEV Glo b a l Caso Linhas +Tr. Malha + Tr. Fronteira Carga Global 2003 2004 2005 jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05 11,02 10,03 9,24 9,57 9,25 9,59 10,82 9,51 54004,25 53410,62 53878,59 56874,24 56035,98 56614,34 59485,66 58488,45 Linhas +Tr. Malha + Tr. Fronteira Carga Global 70000,0 12,00 60000,0 10,00 50000,0 40000,0 6,00 30000,0 GRAU 0 4,00 Carga Global do Sistema (MW) Severidade (sistema-minuto) 8,00 20000,0 2,00 10000,0 0,00 0,0 jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05 Meses/Ano ONS PAR 2004-2006 334 / 530 Figura 5.2.2 - Contribuições de Linhas e Trafos para os Níveis de Risco do Sistema Brasileiro SEV G lo b a l Caso Linhas +Tr. Malha + Tr. Fronteira Linhas +Tr. Malha Linhas Tr. Malha 2003 jun/03 dez/03 11,02 10,03 7,70 7,61 7,28 7,33 0,42 0,29 fev/04 9,24 6,92 6,63 0,29 2004 jun/04 9,57 7,13 6,95 0,18 dez/04 9,25 6,87 6,68 0,19 fev/05 9,59 7,37 7,16 0,20 2005 jun/05 10,82 8,11 7,91 0,20 dez/05 9,51 6,96 6,78 0,18 LT+Tr.M+Tr.F LT+Tr.M LT Tr. M 12,00 GRAU 1 10,00 Severidade (sistema-minuto) 8,00 6,00 4,00 2,00 GRAU 0 0,00 jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05 Meses/Ano ONS PAR 2004-2006 335 / 530 5.2.2 Desempenho Esperado por Nível de Tensão Intróito: Os elementos de transmissão de cada nível de tensão provocam, sabidamente, impactos distintos no desempenho global da malha sistêmica. A identificação da responsabilidade de cada nível é importante porque facilita a procura de ações gerenciais de planejamento mais direcionadas. Tal argumento justifica a análise realizada nesta seção. A evolução temporal do risco foi espelhada pela severidade. Embora vários elementos da malha de 750 kV não pertençam à rede básica, a análise global desse nível de tensão foi incluída pelo seu forte impacto no desempenho da própria rede básica. Resultados e Interpretação: As Figuras 5.2.3 a 5.2.5 ilustram a evolução temporal do risco discriminado por malhas de tensões distintas. Cumpre inicialmente ressaltar que os resultados retratam tão-somente a influência das contingências simples das linhas de transmissão (LT) e transformadores de malha (TM). Nessas análises não foram aplicadas contingências nos transformadores de fronteira (TF). Apenas o regime de carga pesada foi tratado. Inicialmente, na Figura 5.2.3, comparam-se os desempenhos das malhas de 230 kV das regiões Norte/Nordeste, Sul e Sudeste/Centro-Oeste, observando-se que em nenhum caso o critério "n-1" é atendido (como a simulação realizada contempla apenas contingências simples, o atendimento ao critério "n-1" seria verificado quando o índice fosse nulo). Entretanto, destacam-se os excepcionais desempenhos relativos da malha da Região Sul (inferior ao grau zero em todo o horizonte analisado) e em menor escala, mais ainda assim muito bom, o desempenho da malha de 230 kV da Região Sudeste/Centro-Oeste. Comparativamente, o desempenho da malha de 230 kV da Região Norte/Nordeste é o que apresenta debilidade mais acentuada. Nota-se porém, que em nenhum momento a severidade atinge a marca dos 5,0 minutos. Uma das possíveis causas dessa situação advém da própria estrutura fortemente radializada da Região Norte/Nordeste, em contraposição a uma estrutura mais malhada, que se verifica nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Na Figura 5.2.4 constata-se que a malha de 500 kV do Sudeste e a de 525 kV do Sul atendem ao clássico critério "n-1" de planejamento em algumas das configurações analisadas. Fica evidente que a antecipação de obras levaria o sistema de 500 kV do Sudeste e 525 kV do Sul a operar atendendo ao critério "n-1" ao longo de todo o horizonte estudado. O mesmo não ocorre com a malha de 500 kV do Norte/Nordeste, muito embora o desempenho sob o ponto de vista da severidade seja excelente (permanece durante todo o período na faixa do grau zero, vide Tabela 5.2.1). ONS PAR 2004-2006 336 / 530 Finalmente, na Figura 5.2.5 nota-se a grande robustez das malhas de 750 kV e 440 kV que também atendem parcialmente ao critério "n-1". O sistema de 345 kV apresenta comportamento oscilatório, porém com um nível de risco medianamente na faixa do grau zero. Comparando agora o comportamento relativo de todos os níveis de tensão percebese de forma nítida que talvez seja pertinente uma discussão sobre a conveniência de fixação de critérios probabilísticos diferenciados para cada nível de tensão. Isso ocorre porque se pode notar que os patamares médios de risco de cada nível de tensão são identificados qualitativamente, grosso modo via inspeção visual, sem dificuldades. ONS PAR 2004-2006 337 / 530 Figura 5.2.3 - Evolução da Severidade na Rede Básica por Nível de Tensão – 230 kV SEV p o r Nível d e Tensã o Caso Linhas +Tr. Malha 230 kV (SE/CO) 230 kV (N/NE) 230 kV (S) 2003 2004 2005 jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05 1,09 0,98 0,82 0,96 0,97 1,02 0,99 0,72 4,48 4,84 4,30 4,30 4,67 4,56 4,49 4,85 0,49 0,59 0,69 0,50 0,31 0,44 0,44 0,28 230 kV (SE/CO) 230 kV (N/NE) 230 kV (S) 6,00 Severidade (sistema-minuto) 5,00 4,00 3,00 2,00 GRAU 0 1,00 0,00 jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05 Meses/Ano ONS PAR 2004-2006 338 / 530 Figura 5.2.4 - Evolução da Severidade na Rede Básica por Nível de Tensão - 500 kV SEV p o r Nível d e Tensã o Caso Linhas +Tr. Malha 500 kV (N/NE) 500 kV (SE) 525 kV (SUL) 2003 2004 2005 jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05 0,28 0,29 0,29 0,18 0,19 0,23 0,22 0,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,06 0,07 0,00 0,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,04 0,00 500 kV (N/NE) 500 kV (SE) 525 kV (SUL) 0,35 0,30 Severidade (sistema-minuto) 0,25 0,20 0,15 0,10 0,05 0,00 jun/03 ONS PAR 2004-2006 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 Meses/Ano fev/05 jun/05 dez/05 339 / 530 Figura 5.2.5 - Evolução da Severidade na Rede Básica por Nível de Tensão - 750/440/345 kV SEV p o r Nível d e Te nsã o Caso Linhas +Tr. Malha 765 kV 345 kV 440 kV 2003 jun/03 0,00 1,20 0,14 dez/03 0,00 0,90 0,00 fev/04 0,00 0,82 0,00 2004 jun/04 0,00 1,19 0,00 dez/04 0,00 0,73 0,00 fev/05 0,14 0,84 0,06 2005 jun/05 0,25 1,49 0,12 dez/05 0,00 0,94 0,00 765 kV 345 kV 440 kV 1,60 1,40 Severidade (sistema-minuto) 1,20 GRAU 0 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05 Meses/Ano 5.2.3 Impacto de Contingências Múltiplas de Transmissão Intróito: Pela própria definição, o tradicional critério "n-1" refere-se ao impacto de contingências envolvendo elementos singulares. Sabe-se que o teste exaustivo de todas as contingências simples, embora oneroso, é ainda computacionalmente factível para a Rede Básica Brasileira. Ocorre, entretanto, que grandes blecautes do sistema são amiúde provocados por contingências múltiplas, o que tem originado as seguintes questões: "Qual o impacto das contingências múltiplas na confiabilidade ONS PAR 2004-2006 340 / 530 do sistema?"; "Seria viável o uso prático do critério "n-2" clássico, visando garantir maior confiabilidade ao sistema?" Visando uma resposta preliminar às indagações acima, foi realizada uma investigação do sistema envolvendo contingências múltiplas. Resultados e Interpretação: A Figura 5.2.6 ilustra a comparação da severidade causada por contingências simples com a evolução da severidade causada por contingências múltiplas. Entenda-se como "contingências múltiplas" um conjunto envolvendo acumuladamente todos os tipos de contingências, isto é, contingências simples, duplas, triplas, quádruplas e de ordem superior. Essa simulação foi realizada via Monte Carlo, com um coeficiente de variação (incerteza) de 3%. Em toda a análise foi considerado apenas o regime de carga pesada e a malha tratada englobou linhas, trafos de malha e trafos de fronteira. Observando as duas curvas é claro que as mesmas diferem aproximadamente de 4 minutos, o que representa, também grosso modo, cerca de 40% do valor associado unicamente às contingências simples. Portanto, o desprezo das contingências de ordem superior às singulares representa um montante de risco em torno de 40%, que é bastante significativo. Essa constatação responde à primeira questão acima proposta. Na tentativa de responder à segunda questão, foi realizada uma simulação, por enumeração, envolvendo acumuladamente todas as contingências simples e duplas da configuração de junho de 2003, em carga pesada. A severidade resultante situou-se em 15,60 minutos, apontada com um único sinal triangular na Figura 5.2.6 e pela barra intermediária na Figura 5.2.7. Essa simulação, envolvendo 879801 processamentos de fluxos de potência, via algoritmo de pontos interiores, revelou-se bastante onerosa computacionalmente, dado que requereu aproximadamente 269 horas (» 11 dias) de cálculo, num computador Pentium III, 733 MHz, 128 kb RAM, exclusivamente dedicado. Para que fique bem caracterizado o esforço computacional associado às contingências duplas registra-se que apenas o cálculo do conjunto de todas as contingências simples (1326 casos propostos) utilizando o mesmo computador, requereu um total aproximado de 135 minutos. Esse fato responde à segunda questão levantada, demonstrando a dificuldade operacional do cálculo rotineiro e exaustivo (por enumeração) de todas as contingências duplas da malha nacional, com a tecnologia e algoritmos atualmente disponíveis. Isso implica na adoção da metodologia Monte Carlo, caso uma análise do efeito de contingências de ordem superior seja necessária. É interessante notar que, no caso simulado (carga pesada, junho/2003), a parcela de severidade correspondente apenas às contingências duplas, cobre aproximadamente 75% da diferença entre as simples e as múltiplas. Então, a contribuição das contingências triplas e de ordem superior situar-se-ia em torno de ONS PAR 2004-2006 341 / 530 1 (um) minuto. Caso a extrapolação destes percentuais fosse válida, tal consideração poderia ser útil para a fixação preliminar de fronteiras conservativas de desempenho probabilístico, refletindo a possibilidade de ocorrências múltiplas. A configuração topológica base de junho de 2003 tem uma probabilidade de ocorrência de 65,52%. Isso significa que aproximadamente durante 35% de uma base de tempo muito extensa, a Rede Básica não está intacta (ou seja, ocorre algum tipo de desligamento). Para esta configuração, o percentual analisado do espaço probabilístico de estados, considerando-se o caso base e também todas as contingências simples, atinge 92,70%, ou seja, a diferença (92,70 - 65,52 = 27,18%) corresponde apenas às contingências simples. O percentual do espaço não analisado (100 - 92,70 = 7,30%) corresponde então ao somatório das contingências duplas, triplas e de ordem superior. (Nota Auxiliar de Esclarecimento: Julga-se aqui oportuno lembrar a diferença conceitual entre probabilidade e duração de um estado probabilístico.) O percentual analisado do espaço probabilístico de estados considerando o casobase mais todas as contingências simples, mais todas as contingências duplas, atinge 97,992%. Infere-se então que a parcela associada apenas às duplas, corresponde aproximadamente a (97,992 - 92,70 = 5,29%) e o percentual de aproximadamente (100 - 97,992 = 2,0%) representa as contingências triplas, quádruplas e de ordem superior. Para o analista, o grande aspecto de interesse aqui é a constatação que apenas durante 2% de uma base de tempo muito extensa, a Rede Básica está significativamente debilitada, com desligamentos triplos ou de ordem superior. Porém, durante 5% desse tempo pode-se verificar a incidência de desligamentos duplos na Rede Básica. Não obstante, foi indicado (vide seção 6.3 da Ref. 3) que o montante de energia cortada oriundo de contingências múltiplas não importa em valor econômico que justifique investimentos capazes de mitigar essas contingências de ordem superior. ONS PAR 2004-2006 342 / 530 Figura 5.2.6 – Impacto das Contingências Múltiplas de Transmissão - Severidade (Carga Pesada) SEV Global Contingências Linhas +Tr. Malha + Tr. Fronteira Simples Simples + Duplas Simples + Duplas + Ordem Superior 2003 2004 2005 jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05 11,02 10,03 9,24 9,57 9,25 9,59 10,82 9,51 15,60 17,40 15,17 14,09 14,75 14,20 14,73 17,53 14,91 Contingências Simples Contingências Simples + Duplas + Ordem Superior Contingências Simples + Duplas 20,0 18,0 Severidade (sistema-minuto) 16,0 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05 Meses/Ano ONS PAR 2004-2006 343 / 530 Figura 5.2.7 – Impacto das Contingências Múltiplas de Transmissão - Severidade Contingências Simples Contingências Simples + Duplas Contingências Simples + Duplas + Ordem Superior 20 17,40 18 15,60 16 Severidade (sistema-minuto) 14 12 11,02 10 8 6 4 2 0 jun/03 Meses/Ano 5.3 Principais Conclusões Neste item são enumeradas as principais conclusões retiradas dos estudos efetuados. As análises levam em conta a classificação conceitual exposta na Tabela 5.2.1. explicitada na subseção 5.1 - Aspectos Conceituais. Evolução do Risco da Rede Elétrica Brasileira - Foi constatado que a rede elétrica básica brasileira planejada, consoante o PAR 2003/2005, tem um risco probabilístico intrínseco expresso, aproximadamente, por um valor de severidade inferior a 10 (dez) sistema-minutos, para contingências simples e regime de carga pesada (vide Figura 5.2.1). - Foi também confirmado que o sistema brasileiro planejado não atende ao critério determinístico referido como "n-1"(o critério seria atendido quando o valor da severidade fosse nulo). Desempenho da Rede: Transmissão, Transformação e Transformação de Fronteira - ONS Foi confirmado que, do ponto de vista funcional, uma importante fonte de risco para a malha nacional advém da função transformação de fronteira (vide definição na subseção 5.1) - TF. Esse resultado sugere que um melhor PAR 2004-2006 344 / 530 desempenho pode ser alcançado caso haja um maior aporte de recursos nesse segmento da rede básica (vide Figura 5.2.2). - Foi constatada uma acentuada robustez no desempenho dos transformadores de malha - TM (vide definição na subseção 5.1) situados na faixa do grau de severidade zero (vide Tabela 5.2.1 e Figura 5.2.2). - Pode-se estimar que cerca de 75% do risco total intrínseco da rede básica é oriundo da função transmissão principal - LT (vide definição na subseção 5.1 e também a Figura 5.2.2). Desempenho da Rede por Nível de Tensão - Verifica-se que quando a rede básica planejada do SIN é discriminada por nível de tensão, certas configurações das malhas de 750, 500, 525 e 440 kV atendem ao critério "n-1" de planejamento (vide Figuras 5.2.4 e 5.2.5). - Os níveis de tensão 230 kV da Região S/SE, 230 kV da Região CO, o nível de 440 kV, os níveis de 500 e 525 kV de todas as regiões e o nível de 750 kV situam-se no grau de severidade zero (i.e. menor do que 1 sistema-minuto), sinalizando um desempenho aceitável, conforme o critério da Tabela 5.2.1 (vide Figuras 52.3, 5.2.4 e 5.2.5). - O nível de tensão de 230 kV da Região N/NE situa-se no grau de severidade um, sinalizando um desempenho degradado, porém não grave. Esse resultado advém da estrutura eminentemente radializada desse sistema (vide Figura 5.2.3). - O nível de tensão de 345 kV apresenta um desempenho oscilatório em torno de um minuto de severidade (vide Figura 5.2.5). Pode-se notar que esta malha apresenta em determinadas configurações uma severidade superior ao grau 1, não atendendo ao critério "n-1". A possível causa dessa situação advém de alguns sistemas radiais, especialmente no norte do Estado de Minas Gerais. Avaliação do Impacto de Contingências Múltiplas - Para a rede básica brasileira planejada, as contingências de ordem superior (i.e. duplas, triplas, etc) embutem um risco intrínseco equivalente a cerca de 40% do risco associado às contingências simples (vide Figura 5.2.6). - Com a tecnologia atualmente disponível para estudos de confiabilidade não é recomendável o cálculo rotineiro da enumeração exaustiva do conjunto de contingências duplas da malha nacional. Assim, não é factível a aplicação rigorosa do critério "n-2", pois que o tempo computacional necessário é proibitivo (na investigação descrita na subseção 5.2.3 foram necessários 11 dias de cálculo). Foi constatado que a probabilidade de ocorrência do estado topológico onde a Rede Básica está intacta é de 65,52%, ou seja, durante cerca de 35% de uma base de tempo muito extensa (tempo→∞), a Rede Básica pode sofrer algum tipo de ONS PAR 2004-2006 345 / 530 desligamento. A probabilidade de todas as contingências simples atinge cerca de 28% e a chance de desligamentos duplos e de ordem superior atinge aproximadamente 7%. Dentre estes, os desligamentos estritamente duplos contabilizam da ordem de 5% e os triplos e superiores, os restantes 2% (vide seção 5.2.3). ONS PAR 2004-2006 346 / 530 6 Condicionantes dos Estudos Este item trata das premissas utilizadas para a elaboração dos estudos que resultaram no Plano de Ampliações e Reforços proposto. Basicamente são enfocados o mercado, através das previsões de demanda, a previsão de geração e os critérios considerados. 6.1 6.1.1 Mercado Contexto Em junho de 2002, foi realizado um Workshop Interno focando os produtos da consolidação das previsões de carga em seus diversos horizontes e escopos. A partir deste, foi possível detectar as melhorias necessárias ao processo para implementar plenamente o Módulo 5, priorizando os trabalhos de acordo com as necessidades levantadas. Foi então elaborado, em julho, o Termo de Referência de modo a informar e estabelecer compromissos com os envolvidos - Agentes e clientes internos do ONS - na consolidação das previsões de carga para o PAR ciclo 2004-2006, quanto à forma de execução, as análises a serem desenvolvidas e o cronograma de atividades. Esta consolidação foi executada conforme consta dos Procedimentos de Rede do ONS - Submódulo 5.2, com um sensível aprimoramento em relação ao ciclo anterior, objetivando um maior grau de automatização e agilidade no processo, cumprimento dos prazos, e também evitar retrabalhos e erros advindos da manipulação da volumosa massa de dados envolvida, de modo a aperfeiçoar principalmente a qualidade das análises procedidas. Salienta-se que havia uma forte preocupação com a retomada do consumo após o período de racionamento que vigorou a partir do 2º semestre de 2001 até fevereiro de 2002. A base histórica era insuficiente para minimizar a considerável incerteza com relação aos impactos sobre diversos parâmetros pertinentes, tais como a sazonalidade ao longo do ano, as relações entre as condições de carga, pois o nível de racionalização foi bastante diferenciado de acordo com a participação dos diversos segmentos de consumo e características sócio-econômicas regionais. 6.1.2 Dados As projeções de carga referem-se ao período de janeiro de 2003 a dezembro de 2006. Dado o contexto em que se realizou o estudo, a solicitação contemplou também os dados verificados por barramento para os anos de 2000, 2001 e 2002, necessários para análises comparativas. A definição negociada junto aos Agentes, de quais as condições de carga a serem fornecidas para utilização nos estudos de cada Subsistema foi feita de forma criteriosa, face às características dos mercados regionais aliadas à dinâmica de evolução do comportamento de suas cargas. De acordo com os Procedimentos de ONS PAR 2004-2006 347 / 530 Rede, espera-se que haja uma evolução para que futuramente sejam informadas todas as condições de carga para todos os meses. Quadro 6.1.2-1 Condições de carga solicitadas 6.1.3 Processo O processo consiste basicamente de três etapas: - Consolidar as previsões de carga ativa e reativa nos barramentos da Rede de Simulação, a partir dos dados informados pelos Agentes; - Solicitar aos Agentes revisões nas previsões enviadas; e - Disponibilizar para os Agentes informações utilizadas e geradas no processo de consolidação da previsão de carga. Vale destacar que a etapa de consolidação, além da análise dos dados propriamente dita, inclui a definição do padrão para envio dos dados, a solicitação dos dados, a articulação com os Agentes para esclarecer dúvidas sobre o processo e o controle dos prazos e da conformidade das informações. O processo de consolidação traz basicamente a comparação das previsões para o período 2003/2006 em relação ao valor previsto para o Estudo de Ampliações e Reforços do ciclo 2003/2005, bem como o confronto com o valor estimado para 2002 e o verificado em 2000 e 2001, abrangendo as seguintes informações e indicadores: ONS PAR 2004-2006 348 / 530 - Desvios das previsões de demanda ativa e reativa por barramento da Rede de Simulação dentro de condições de carga pré-estabelecidas => diferenças percentuais, diferenças absolutas, crescimentos, sazonalidade, fator de potência, fator de participação do barramento e de agrupamentos de barramentos no total da carga, fator de carga, relações entre diferentes condições de carga; - Comparações com valores históricos => premissas adotadas nas previsões quanto a sazonalidade, crescimento,.... - Privilegiar a análise visual => Gráficos de vários tipos (de barras, “pizzas”, linhas contínuas); - Análise do fator de potência do barramento, agrupamento de barramentos, áreas e empresa; - Análise das curvas de carga típicas para dias úteis e sábados, por empresas, mês a mês para todo o ciclo, de forma a ratificar a escolha dos “momentos” de carga de interesse para estabelecimento de casos a serem analisados pela equipe de elaboração dos estudos; - Somatório da demanda ativa e reativa por barra compondo o total por: Agrupamento de barramentos; Empresas; Áreas; e Subsistemas. Primeiramente, foi elaborado o Relatório Síntese sobre conformidade de informações e prazos, que foi enviado aos Agentes. A partir dos dados recebidos para o período 2003/2006 do PAR, o ONS enviou texto abordando uma análise da carga por Empresa. Foram solicitadas eventuais revisões e/ou confirmações das projeções elaboradas pelos Agentes, acompanhadas de justificativas, bem como quaisquer outras informações que o Agente julgasse necessárias ao processo de consolidação de carga. 6.1.4 Resultados Os dados formatados para utilização no ANAREDE foram disponibilizados ao final de outubro, apesar de diversos atrasos ocorridos ao longo do processo. A análise comparativa entre os ciclos foi concluída já no início de novembro. Todo o processo foi mais bem acompanhado e documentado que no ciclo anterior. Os primeiros resultados foram apresentados nas reuniões dos Grupos Especiais de Elaboração do PAR para o Sudeste e Sul, Norte/Nordeste, realizadas em São Paulo, Recife, e Florianópolis nos dias 9, 11 e 15 de outubro, respectivamente. Os resultados são mostrados a seguir através de comparação do somatório das cargas da rede de simulação que compõem a carga de cada estado, subsistemas e ONS PAR 2004-2006 349 / 530 SIN. O detalhamento por empresa, área e agrupamentos para os subsistemas foi disponibilizado aos Agentes ao longo da consolidação, sendo objeto de consulta caso haja interesse. A síntese dos resultados destaca, através de visualização gráfica: - a comparação da previsão de carga pesada por barramentos para meses de interesse, entre o PAR 2003-2005 e o PAR 2004-2006, mostrando os desvios percentuais das previsões nas setas verticais; - o atraso da carga constatado; - o crescimento anual percentual para o novo ciclo, mostrados nas setas horizontais, inclusive em relação ao maior valor verificado em 2002; - curvas de carga típicas diárias para um dia útil de inverno e de verão (escolhidos meses de maio e fevereiro para o Sul, julho, fevereiro e dezembro para o Sudeste/Centro Oeste, e junho e dezembro para o Norte Nordeste); e - gráficos do tipo “pizza” mostrando participações de cada subsistema no SIN, e de cada estado no subsistema, para a ocorrência da maior carga pesada. A carga consolidada adotada para a elaboração do ciclo atual do Plano de Ampliações e Reforço apresenta uma defasagem em relação ao ciclo 2003-2005 para o SIN de pouco mais de um ano em média para o triênio, com desvios até da ordem de 5%. A composição da carga por Subsistema também é apresentada a seguir: ONS PAR 2004-2006 350 / 530 Figura 6.1.4-1 Sistema Interligado Nacional – Comparação entre ciclos Figura 6.1.4-2 ONS PAR 2004-2006 SIN – Composição por Subsistema – previsão para a carga pesada de junho 351 / 530 Tabela 6.1.4-1 Previsão de Carga para o Sistema Interligado Nacional (MW) Tabela 6.1.4-2 Taxas de Crescimento e diferença entre ciclos – Sistema Interligado Nacional (%) 6.1.4.1 Norte O Subsistema Norte apresenta desvios positivos na comparação entre ciclos, nos anos de 2004 e 2005, decorrentes da performance da carga industrial da ELETRONORTE, nos estados do Pará e Maranhão. Para o conjunto de distribuidoras CELPA, Cemar e CELTINS, a defasagem é em torno de um ano, ou seja, a carga prevista para 2003 no PAR 2003-2005 não ocorre até dezembro de 2004 no atual estudo. Já para as cargas atendidas pela Eletronorte, basicamente eletrointensivos, observa-se um acentuado crescimento, a partir de 2003. Os gráficos a seguir ilustram os comentários. ONS PAR 2004-2006 352 / 530 Figura 6.1.4-3 Subsistema Norte – Comparação entre ciclos Figura 6.1.4-4 Subsistema Norte – Composição por Agente e por Áreas – diferentes meses e condições de carga Observa-se que a Área Pará apresenta uma maior participação que a Área Maranhão, para a condição de carga pesada dos dias úteis. A participação da carga da Eletronorte é maior que a do conjunto das distribuidoras Celpa, Cemar e CELTINS, elevando-se de 57%, na carga pesada dos dias úteis para 72%, na carga mínima. ONS PAR 2004-2006 353 / 530 Tabela 6.1.4-3 Previsão de Carga para o Sistema Norte – Áreas (MW) Tabela 6.1.4-4 Taxas de Crescimento e diferença entre ciclos – Sistema Norte – Áreas (%) Figura 6.1.4-5 Subsistema Norte – Comparação entre ciclos – ÁREAS ONS PAR 2004-2006 354 / 530 ONS PAR 2004-2006 355 / 530 Análise das Curvas de Carga do Norte As curvas de carga de dias úteis apresentam uma sazonalidade com variação de até cerca de 6% nos montantes previstos para os períodos de carga média e pesada, dependendo do mês em questão. Para este Subsistema, o fator temperatura e conseqüentes hábitos de consumo não são preponderantes (clima equatorial), estando a demanda mais ligada principalmente a aspectos de produção industrial. Figura 6.1.4-6 Curvas típicas para meses distintos – dia úti – Subsistema Nortel ONS PAR 2004-2006 356 / 530 6.1.4.2 Nordeste Para o Subsistema Nordeste os resultados finais indicam uma defasagem de quase dois anos entre estes ciclos. Observa-se, por exemplo, que a carga prevista para o ciclo 2004-2006 é 8,5% inferior ao ciclo 2003-2005, em dezembro de 2004 e 2005, para a carga pesada. As previsões apresentadas para o ciclo 2004-2006 indicam um crescimento de 8%, entre a maior demanda ocorrida em 2002 e a carga de dezembro de 2003, seguido de crescimentos anuais em torno de 5%. A condição de carga média do ciclo anterior é da mesma ordem de grandeza que a de pesada do ciclo atual. Para o conjunto das distribuidoras, a defasagem é pouco maior que um ano. Figura 6.1.4-7 Subsistema Nordeste – Comparação entre ciclos – Carga de verão ONS PAR 2004-2006 357 / 530 Figura 6.1.4-8 Subsistema Nordeste – Comparação entre ciclos - Carga de inverno Figura 6.1.4-9 Subsistema Nordeste – Composição por Agente e por Áreas – diferentes meses e condições de carga ONS PAR 2004-2006 358 / 530 Tabela 6.1.4-5 Previsão de carga para o Sistema Nordeste – Áreas (%) Tabela 6.1.4-6 Taxas de Crescimento e diferença entre ciclos – Sistema Nordeste – Áreas (%) Figura 6.1.4-10 Subsistema Nordeste – Comparação entre ciclos - ÁREAS ONS PAR 2004-2006 359 / 530 ONS PAR 2004-2006 360 / 530 Análise das Curvas de Carga do Nordeste A sazonalidade ao longo dos diferentes meses reflete a influência dos consumidores industriais horosazonais, que contribuem no verão, juntamente com o efeito do horário de verão, para a carga pesada não ser tão elevada. Analogamente, nos meses de inverno, verifica-se uma queda de consumo e uma retomada a seguir, logo após o término do período de ponta. As áreas Norte, Sul e Sudoeste apresentam um perfil similar ao da curva do Subsistema. Um destaque para as áreas Sul e Sudoeste, é que a carga fora da ponta está maior que a do período de ponta. Merecendo atenção, pois as solicitações diurnas são superiores às noturnas, com maior impacto no atendimento devido ao limite de carregamento das linhas de transmissão ser menor que o noturno. Indica também, a necessidade de alertar a Aneel no sentido de avaliar o sinal de preço que estimula a modulação da carga do consumidor final. ONS PAR 2004-2006 361 / 530 As áreas Leste e Oeste têm um comportamento similar ao conjunto das distribuidoras, com a máxima solicitação ocorrendo na ponta. A destacar que a ponta do sábado já é bem próxima da dos dias úteis. Figura 6.1.4-11 Curvas típicas para meses distintos – dia útil – Subsistema Nordeste 6.1.4.3 Sudeste/ Centro-Oeste A análise das comparações entre os ciclos foi feita visando a avaliação das maiores solicitações de carga. O período de inverno foi caracterizado pelo mês de maio para os anos de 2003 e 2004. Para os demais anos, foram consideradas as maiores cargas informadas pelas empresas no período de abril a setembro. Ressalta-se que, com relação aos valores informados para 2004, os meses de julho e agosto apresentam valores muito próximos ao de maio. Para a carga do período de verão, foram analisados os meses de dezembro e fevereiro. O subsistema Sudeste/Centro-Oeste apresenta uma defasagem de aproximadamente um ano para este novo ciclo, quando comparado com o anterior. Destaca-se que o Centro Oeste e o Sudeste mostram comportamento similar no que se refere ao atraso entre ciclos, apesar dos valores dos desvios e taxas de crescimento do Centro-Oeste serem mais elevados que os do Sudeste. ONS PAR 2004-2006 362 / 530 Em termos do crescimento esperado, está sendo prevista uma retomada da carga a partir de 2003, com taxas mais atenuadas que no ciclo anterior. A retomada da carga após o racionamento pode ser avaliada pelo crescimento de 10% entre a carga prevista para o inverno de 2003 e a verificada em 2002 e pela taxa geométrica de 6% entre a carga prevista para o inverno de 2004 e o verificado em 2002. No ciclo anterior, estes indicadores eram 2% mais elevados, ou seja, 12% e 8%, respectivamente. Figura 6.1.4-12 Subsistema Sudeste – Comparação entre ciclos A participação de cada área no total de carga do Subsistema é bastante variável em função da condição de carga e estação /mês do ano: ONS PAR 2004-2006 363 / 530 Figura 6.1.4-13 Subsistema Sudeste – Composição por Áreas – diferentes meses e condições de carga Tabela 6.1.4-7 Previsão de Carga para o Subistema Sudeste/Centro-Oeste (MW) Áreas Mês Minas Gerais São Paulo Mato Grosso Goiais+Dist.Federal Rio + E.Santo Subsistema SE-CO Inv Inv Inv Inv Inv 2002 PAR 2003-2005 2003 2004 2005 5.838 6.238 6.538 6.869 17.004 17.611 18.267 18.986 1.084 1.093 1.213 1.253 1.896 2.129 2.285 2.451 7.011 7.405 7.589 7.757 32.833 34.477 35.892 37.315 PAR 2004-2006 2003 2004 2005 2006 6.066 6.217 6.350 6.575 16.909 17.522 17.946 18.558 1.093 1.140 1.207 1.256 2.010 2.137 2.276 2.415 7.659 7.436 7.663 7.868 33.738 34.452 35.442 36.672 Tabela 6.1.4-8 Taxas de Crescimento e diferença entre ciclos – Subsistema Sudeste/Centro Oeste (%) Áreas PAR 2003-2005 03 / 02 04 / 03 05 / 04 Minas Gerais São Paulo Mato Grosso Goiais+Dist.Federal Rio + E.Santo Subsistema SE-CO 6,9% 3,6% 0,9% 12,3% 5,6% 5,0% 4,8% 3,7% 10,9% 7,3% 2,5% 4,1% 5,1% 3,9% 3,3% 7,3% 2,2% 4,0% PAR 2004-2006 04 / 03 05 / 04 06 / 05 2,5% 3,6% 4,3% 6,3% -2,9% 2,1% 2,1% 2,4% 5,9% 6,5% 3,0% 2,9% 3,5% 3,4% 4,1% 6,1% 2,7% 3,5% PAR 04-06 / PAR 03-05 2003 2004 2005 -2,8% -4,0% 0,0% -5,6% 3,4% -2,1% -4,9% -4,1% -6,0% -6,5% -2,0% -4,0% -7,6% -5,5% -3,7% -7,1% -1,2% -5,0% A análise individualizada por Área indica um atraso superior a um ano para São Paulo e Minas Gerais, que juntas correspondem a 70% da carga deste Subsistema, embora haja uma considerável variação na composição da estrutura de mercado das diversas concessionárias, o que leva a diferentes conseqüências do ONS PAR 2004-2006 364 / 530 constrangimento imposto à carga. A Área Rio de Janeiro + Espírito Santo, por exemplo mostra um atraso inferior a um ano em 2005 e 2006. Figura 6.1.4-14 Subsistema Sudeste/ Centro Oeste – Comparação entre ciclos - Áreas Minas Gerais - Pesada dia útil - 2003 - 2006 (MWh/h) Evolução e diferença entre ciclos 7000 2003 2004 2005 2006 6800 -7,6% 6600 -4,9% 6400 6200 -2,8% crescimento de 6000 5800 crescimento de 2,1% Atrasos: 2004 ~ = 1 ano 2005 > 1 ano 2006 > 1 ano 5600 5400 crescimento de 5200 3,5% 2,5% 5000 Inv/03 Inv/04 Inv/05 PAR 03-05 Pes DU Inv/06 PAR 04-06 Pes DU São Paulo- Pesada dia útil - 2003 - 2006 (MWh/h) Evolução e diferença entre ciclos 19500 2003 2004 2005 2006 19000 -5,5% 18500 -4,1% 18000 17500 17000 crescimento de 3,4% -4,0% crescimento de 2,4% 16500 16000 crescimento de 3,6% Atrasos: 2004 > 1 ano 2005 > 1 ano 2006 > 1 ano 15500 15000 Inv/03 Inv/04 PAR 03-05 Pes DU ONS PAR 2004-2006 Inv/05 Inv/06 PAR 04-06 Pes DU 365 / 530 Mato Grosso do Sul - Pesada dia útil - 2003 - 2006 (MWh/h) Evolução e diferença entre ciclos 650 2003 2004 2005 2006 630 610 590 -1,4% -4,6% 570 crescimento de 550 530 -1,4% crescimento de 3,2% 510 490 crescimento de 4,3% 3,4% Atrasos: 2004 = 1 ano 2005 = 1 ano 2006 < 1 ano 470 450 Inv/03 Inv/04 PAR 03-05 Pes DU ONS PAR 2004-2006 Inv/05 Inv/06 PAR 04-06 Pes DU 366 / 530 Mato Grosso - Pesada dia útil - 2003 - 2006 (MWh/h) Evolução e diferença entre ciclos 750 2003 2004 2005 2006 700 650 -5,6% 550 crescimento de -7,3% 600 crescimento de 1,3% crescimento de 500 8,3% 4,3% 4,7% Atrasos: 2005 ~= 1 ano 2006 ~= 1 ano 450 Inv/03 Inv/04 PAR 03-05 Pes DU Inv/05 Inv/06 PAR 04-06 Pes DU Análise das Curvas de Carga do Sudeste/Centro Oeste Para o Subsistema como um todo, as várias áreas contribuem para uma conformação da curva de carga ao longo do ano que denota uma variação mais expressiva nos horários no entorno da ocorrência da ponta de carga. O efeito do horário de verão é notável, como se pode observar no deslocamento do horário de ponta, e também na sua diminuição, bem como através da previsão de um “vale” no período que a antecede. A máxima demanda de carga no ano ocorre no inverno, sendo que a carga média vespertina é maior nos meses de verão. ONS PAR 2004-2006 367 / 530 Figura 6.1.4-15 Curvas típicas para meses distintos – dia útil – Subsistema Sudeste/ Centro-Oeste Para as curvas das diferentes áreas, estas traduzem as diversas composições do mercado consumidor que as formam, com as diferentes intensidades nas participações dos segmentos tradicionais (residencial, comercial, industrial, poderes públicos, rural, etc..) Destaca-se que embora haja variações de destaque entre as Áreas, no geral a forma básica da curva de carga é a mesma, com a ponta descolada do restante da curva e representando a ocorrência da máxima carga do dia. A exceção é a área do Mato Grosso+ Mato Grosso do Sul, aonde se verifica a carga média vespertina empatando ou eventualmente até ultrapassando a ponta nos meses de verão, o que se verifica também em várias empresas da Região Sul. ONS PAR 2004-2006 368 / 530 Figura 6.1.4-16 Curvas típicas para meses distintos – dia útil – Subsistema Sudeste/ Centro-Oeste - Áreas 6.1.4.4 Sul As previsões para o ciclo 2004-2006, quando comparadas com as do ciclo anterior, mostram desvios que levam a um atraso da carga global da Região Sul de aproximadamente um ano para 2004. A defasagem para todas as concessionárias é também desta ordem, à exceção da Copel, que apresentou atrasos de quase dois anos no início do novo ciclo e de pouco mais de um ano para o período restante. Tal retração está sendo esperada basicamente em função das expectativas de consumo e do cenário econômico nacional e regional. ONS PAR 2004-2006 369 / 530 O crescimento está sendo previsto na faixa de 5% ao ano para o horizonte considerado, um pouco inferior ao que já se verificou recentemente para a Região, no biênio 1999/2000. A participação de cada estado na composição da carga regional é bastante diferenciada, variando em função da condição de carga e do período do ano. A seguir, são apresentados gráficos que consubstanciam os comentários acima. Figura 6.1.4-17 Subsistema Sul – Comparação entre ciclos ONS PAR 2004-2006 370 / 530 Figura 6.1.4-18 Subsistema Sul – Comparação entre ciclos - ÁREAS ONS PAR 2004-2006 371 / 530 Tabela 6.1.4-9 Previsão de Carga para o Subistema Sul mês de maio(MW) Áreas Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul Subsistema Sul Mês Mai Mai Mai Mai 2002 3.321 2.282 3.381 8.984 PAR 2003-2005 2003 2004 2005 3.447 3.819 4.030 2.434 2.558 2.716 3.615 3.717 3.889 9.496 10.094 10.635 2003 3.178 2.349 3.617 9.144 PAR 2004-2006 2004 2005 2006 3.344 3.557 3.742 2.453 2.589 2.725 3.706 3.870 4.041 9.503 10.016 10.508 Tabela 6.1.4-10 Taxas de Crescimento e diferença entre ciclos – Subsistema Sul – mês de maio (%) PAR 2003-2005 Áreas 03 / 02 04 / 03 05 / 04 3,8% 10,8% 5,5% Paraná 6,7% 5,1% 6,1% Santa Catarina 6,9% 2,8% 4,6% Rio Grande do Sul 5,7% 6,3% 5,4% Subsistema Sul ONS PAR 2004-2006 PAR 2004-2006 04 / 03 05 / 04 06 / 05 5,2% 6,4% 5,2% 4,4% 5,5% 5,3% 2,5% 4,4% 4,4% 3,9% 5,4% 4,9% PAR 04-06 / PAR 03-05 2003 2004 2005 -7,8% -12,5% -11,7% -3,5% -4,1% -4,7% 0,1% -0,3% -0,5% -3,7% -5,9% -5,8% 372 / 530 Figura 6.1.4-19 Subsistema Sul– Composição por Estado – ano de 2005 – carga média de verão e carga pesada de inverno Análise das Curvas de Carga do Sul As análises das curvas de carga global das empresas foram determinativas para definição de quais as cargas a serem consideradas para os estudos. As máximas solicitações ocorrem no verão no mês de março, durante o período vespertino – carga média – de dia útil, e no inverno, durante o período da ponta – carga pesada – igualmente de dia útil, em junho. A análise confirma a tendência de alteração na conformação destas curvas, em função da influência da carga vespertina, que faz com que durante todos os meses do verão o dia útil apresente a carga média acima da carga coincidente com o período de ponta do SIN. Este formato começou a se delinear no Rio Grande do Sul, aonde ainda é mais significativo, tendo evoluído para todo o Sul, a menos do Paraná. Destaca-se ainda que a componente reativa desta carga, em função de sua natureza ligada a aspectos como temperatura, etc, a torna interessante objeto de estudos dentro do escopo considerado. São apresentadas as curvas para os meses de inverno e de verão, este com as previsões com e sem a vigência do horário de verão (HV), de forma a explicitar a sazonalidade das mesmas e os importantes deslocamentos na ocorrência da máxima demanda. ONS PAR 2004-2006 373 / 530 Figura 6.1.4-20 Subsistema Sul – Curva de carga diária típica para dias úteis–verão (com e sem HV) e inverno Figura 6.1.4-21 Curvas de carga diária típica para dias úteis – Subsistema Sul -verão e inverno - ÁREAS ONS PAR 2004-2006 374 / 530 6.1.5 Requisitos Máximos Anuais Para uma visão de conjunto da evolução dos requisitos máximos anuais por Subsistema ao longo do tempo, estão apresentados a seguir os valores de demanda máxima verificados até dezembro de 2002 e os requisitos máximos previstos no PAR 2004-2006. Tais requisitos são obtidos a partir da previsão por barramentos para as condições de carga associadas nas quais se espera a ocorrência da máxima carga anual para cada Subsistema, acrescidas de perdas previstas nos sistemas de transmissão. Estas perdas são obtidas a partir de estudos de casos de fluxo de potência elaborados com critérios e metodologias adotadas nos estudos do Plano de Ampliações e Reforços – PAR – do ciclo em análise, com considerações específicas quanto ao cenário de despacho de geração e topologia da rede. Conforme estabelecido no Submódulo 5.2 dos Procedimentos de Rede, estão sendo mostradas também as previsões de demanda máxima integrada constantes do Plano de Operação 2003 – Cenário de Referência, de forma a ter-se uma idéia das diferenças entre estas previsões. Cabe comentar que as premissas adotadas para as previsões de carga para o PAR e para o Plano de Operação diferem por concepção. No ambiente do Plano de Operação, o que se pretende á analisar a capacidade de atendimento à demanda global (não é analisada a distribuição espacial da carga), focando também a questão energética, em consonância com os cenários de mercado elaborados no âmbito do CCPE/CTEM. Não há a necessidade de se ter alternativas de expansão respaldadas contratualmente, o que faz com que as previsões sejam mais “ousadas”. Já o PAR guarda o compromisso contratual para a sinalização de expansões para a Rede Básica, o que leva a uma postura mais conservadora por parte dos previsores de carga. Foi elaborada a Tabela 11 abaixo, aonde são mostradas as previsões em questão e as diferenças, as perdas embutidas e os crescimentos envolvidos. ONS PAR 2004-2006 375 / 530 Figura 6.1.4-22 Comparação entre as previsões do PLANO de OPERAÇÃO e o PAR 2004/2006 ONS PAR 2004-2006 376 / 530 ONS PAR 2004-2006 377 / 530 ONS PAR 2004-2006 378 / 530 Os desvios observados para os Subsistemas entre as previsões de demanda máxima para o PAR e para o Plano evoluem de valores na faixa de 2 a 5% em 2004 para 6 a 9% em 2006. Estas diferenças mostram-se significativas quando confrontadas com as taxas de crescimento anuais. É importante frisar que os requisitos são extremamente sensíveis às perdas agregadas. Um parâmetro muito importante é o despacho de geração que é considerado implicitamente no CASO-BASE a partir do qual obtêm-se essas perdas. Comparações entre as previsões de carga para o PAR com as utilizadas nos estudos do CCPE/CTET, também por barramentos, não estão sendo realizadas no momento por indisponibilidade de dados para tal. 6.2 Geração Conforme estabelecido no termo de referência [8], no desenvolvimento dos estudos que resultaram na proposta de ampliações e reforços contida neste documento, foi ONS PAR 2004-2006 379 / 530 adotado o programa de geração contemplado na elaboração do Plano Anual da Operação Energética, considerando: - usinas existentes; - usinas novas com contratos de concessão ou com solicitações de novos acesso já formalizados junto ao ONS/Agentes; - transferências contratadas em interligações internacionais; - as datas de entrada em operação das máquinas das usinas hidrelétricas são aquelas constantes no Acompanhamento das Usinas Hidrelétricas em Construção, versão de 10/10/2001, elaborado pela Aneel; e - as datas de entrada em operação das máquinas das usinas térmicas são aquelas constantes do processo de solicitação de acesso ao ONS/Agentes. No Volume III, é apresentado o programa de geração considerado na elaboração deste Plano de Ampliações e Reforços. 6.3 Programa de Obras na Rede Básica Neste item é apresentado o programa de obras de transmissão adotado como premissa nos estudos que resultaram neste PAR 2004-2006. Os empreendimentos, que estão relacionados nas Tabelas 6.3-1 a 6.3-4, estão em construção, tendo sido já objeto de licitação ou de autorização pela Aneel. Destaca-se a importância de que o cronograma de implantação dessas obras seja mantido e, se possível, antecipado. ONS PAR 2004-2006 380 / 530 Tabela 6.3-1 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Interligações Inter-regionais ENTRADA EM OPERAÇÃO km ou MVA UF 464 PA/MA Licitada IVAIPORÃ 750/ 525/ 3o banco de autotransformadores 69 1.650 PR IMPERATRIZ – COLINAS – 500 MIRACEMA – GURUPI – SERRA DA MESA C2 1.278 MA/TO /GO LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO kV TUCURUÍ – MARABÁ C4 E 500 MARABÁ – AÇAILÂNDIA C2 SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA PRAZO CONTRATUAL PREVISÃO EMPRESA NORTE DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA S.A. DEZ/2004 DEZ/2004 Autorizado (Resolução Aneel 799/02) FURNAS JUN/2004 JUN/2004 Licitada NOVATRANS OUT/2003 (S Mesa Miracema) e FEV/2004 (Miracema Imperatriz) OUT/2003 (S Mesa Miracema) e FEV/2004 (Miracema Imperatriz) circuito simples, com compensação série em Marabá e Açailândia (interligação Norte/Nordeste) circuito simples, compensação série (Interligação Norte/Sul II) ONS PAR 2004-2006 com 381 / 530 Tabela 6.3-2 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para a Região Sul ENTRADA EM OPERAÇÃO km ou MVA UF LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO kV DONA FRANCISCA – ITAÚBA 230 23 RS Autorizada (Res. 186/03) 230 16,5 RS 230 -- 230 230 PRAZO CONTRATUAL PREVISÃO CEEE FEV/2005 FEV/2005 Autorizada (Res. 497/01) CEEE OUT/2002 DEZ/2004 RS Autorizada (Res. 497/01) CEEE OUT/2002 DEZ/2004 130 RS Licitada CEEE JUL/2004 JUL/2004 55 RS Autorizada (Res. 557/00 e 208/03) CEEE MAI/2003 JUL/2003 circuito simples GRAVATAÍ 2 – PORTO ALEGRE 8 circuito simples PORTO ALEGRE 8 SE nova (setor de 230 kV) PRESIDENTE MÉDICI PELOTAS 3 SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA circuito simples TAQUARA - CAXIAS circuito simples ONS PAR 2004-2006 382 / 530 Tabela 6.3-2 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para a Região Sul (continuação) ENTRADA EM OPERAÇÃO km ou MVA UF 230 54 RS Autorizada (Res. 557/00 e 208/03) 230 137 PR CAMPO COMPRIDO - UMBARÁ circuito duplo seccionamento para SE Cidade Industrial de Curitiba 230 2x4 CIDADE INDUSTRIAL DE CURITIBA 230 525 LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO TAQUARA - OSÓRIO kV PRAZO CONTRATUAL PREVISÃO CEEE MAI/2003 JUL/2003 Licitada COPEL FEV/2003 AGO/2003 PR Autorizada (Res. 086/01) COPEL DEZ/2001 NOV/2003 --- PR Autorizada (Resolução Aneel 550/00) COPEL JAN/2002 NOV/2003 --- PR Autorizado (Resolução Aneel 033/03) ELETROSUL JUN/2004 JUN/2004 circuito simples BATEIAS – JAGUARIAÍVA SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA circuito simples SE nova (associada ao seccionamento da LT 230 kV Campo Comprido – Umbará) AREIA Unidade reserva do banco de autotransformadores existente ONS PAR 2004-2006 383 / 530 Tabela 6.3-2 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para a Região Sul (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO AREIA – SÃO MATEUS ENTRADA EM OPERAÇÃO km ou MVA UF 230 129 PR Autorizado (Resolução Aneel 033/03) 230 --- SC 525 --- 525 --- 525/ 230 --- kV PRAZO CONTRATUAL PREVISÃO ELETROSUL JUL/2004 JUL/2004 Autorizado (Resolução Aneel 033/03) ELETROSUL ABR/2004 ABR/2004 SC Autorizado (Resolução Aneel 033/03) ELETROSUL JUN/2004 JUN/2004 SC Autorizado (Resolução Aneel 532/01) ELETROSUL MAR/2003 JUN/2003 Autorizado (Resolução Aneel 427/01) ELETROSUL MAI/2003 JUN/2003 recapacitação BLUMENAU banco de capacitores – 2x125 Mvar BLUMENAU Complementação do arranjo para disjuntor e meio para o transformador CAMPOS NOVOS conexão para reator de barra 100 Mvar CAMPOS NOVOS complementação da configuração disjuntor e meio, com instalação de disjuntores para o TR 5 ONS PAR 2004-2006 SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA 384 / 530 Tabela 6.3-2 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para a Região Sul (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO CAMPOS NOVOS 2o banco de autotransformadores e unidade reserva CAMPOS NOVOS kV km ou MVA 525/ 230 672 525 --- 525 ENTRADA EM OPERAÇÃO UF MAI/2003 JUL/2003 SC Autorizado (Resolução Aneel 033/03) ELETROSUL FEV/2004 FEV/2004 --- RS Autorizado (Resolução Aneel 033/03) ELETROSUL JUN/2004 JUN/2004 230 --- MS Autorizado (Resolução Aneel 033/03) ELETROSUL DEZ/2003 DEZ/2003 525 --- SC Autorizado (Resolução Aneel 033/03) ELETROSUL JUN/2004 JUN/2004 conexão para reator da linha de Guaíra ITÁ reencabeçamento da LT Salto Santiago e conexão para reator de barra de 150 Mvar ONS PAR 2004-2006 PREVISÃO ELETROSUL reator manobrável de 150 Mvar e unidade reserva DOURADOS PRAZO CONTRATUAL Autorizado (Resolução Aneel 427/01) conexão para reator da linha de Areia CAXIAS SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA 385 / 530 Tabela 6.3-2 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para a Região Sul (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO IVAIPORÃ FURNAS – IVAIPORÃ ELETROSUL ENTRADA EM OPERAÇÃO km ou MVA UF 525 0,7 PR Autorizado (Resolução Aneel 033/03) 525 --- PR 230 --- kV PRAZO CONTRATUAL PREVISÃO ELETROSUL JUL/2004 JUL/2004 Autorizado (Resolução Aneel 033/03) ELETROSUL JUN/2004 JUN/2004 SC Autorizado (Resolução Aneel 033/03) ELETROSUL ABR/2004 ABR/2004 230 2X181 PR Autorizado (Resolução Aneel 033/03) ELETROSUL JUL/2004 JUL/2004 230 RS Licitada STE - SUL TRANSMISSORA DE ENERGIA LTDA. AGO/2004 AGO/2004 circuito simples LONDRINA Complementação do arranjo para disjuntor e meio para o transformador PALHOÇA banco de capacitores – 50 Mvar SALTO OSÓRIO – CAMPO MOURÃO recapacitação MAÇAMBARÁ reator manobrável – 30 Mvar ONS PAR 2004-2006 SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA -- 386 / 530 Tabela 6.3-2 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para a Região Sul (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO MAÇAMBARÁ – SANTO ÂNGELO ENTRADA EM OPERAÇÃO km ou MVA UF 230 205 RS Licitada 230 54 RS 230 130 230 -- kV SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA PRAZO CONTRATUAL PREVISÃO STE - SUL TRANSMISSORA DE ENERGIA LTDA. AGO/2004 AGO/2004 Licitada STE - SUL TRANSMISSORA DE ENERGIA LTDA. AGO/2004 AGO/2004 RS Licitada STE - SUL TRANSMISSORA DE ENERGIA LTDA. AGO/2004 AGO/2004 RS Licitada TREZEGUET PARTICIPAÇÕES LTDA. AGO/2004 AGO/2004 circuito simples SANTO ÂNGELO 2 – SANTA ROSA C2 circuito simples UTE URUGUAIANA – MAÇAMBARÁ circuito simples LAGOA VERMELHA SE nova (setor de 230 kV) (associada à nova conexão da RGE e às LTs 230 kV Campos Novos – Lagoa Vermelha e Lagoa Vermelha – Santa Marta) ONS PAR 2004-2006 387 / 530 Tabela 6.3-2 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para a Região Sul (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO LAGOA VERMELHA - CAMPOS NOVOS ENTRADA EM OPERAÇÃO km ou MVA UF 230 84 RS/SC Licitada 230 96 RS Licitada kV SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA circuito simples (associada à SE Lagoa Vermelha) LAGOA VERMELHA – SANTA MARTA circuito simples (associada à SE Lagoa Vermelha) ONS PAR 2004-2006 PRAZO CONTRATUAL PREVISÃO TREZEGUET PARTICIPAÇÕES LTDA. AGO/2004 AGO/2004 TREZEGUET PARTICIPAÇÕES LTDA. AGO/2004 AGO/2004 388 / 530 Tabela 6.3-3 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO TIJUCO PRETO – CACHOEIRA PAULISTA C2 ENTRADA EM OPERAÇÃO km ou MVA UF 500 180 SP Licitada 500 --- MG 500 --- 345 --- kV SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA PRAZO CONTRATUAL PREVISÃO CACHOEIRA PAULISTA TRANSMISSORA DE ENERGIA LTDA. DEZ/2004 DEZ/2004 Autorizada (Resolução Aneel 542/02) CEMIG MAR/2004 MAR/2004 MG Autorizada (Resolução 568/02 da Aneel) CEMIG MAI/2003 JUN/2003 SP Autorizada à (Resolução Aneel 230/01) CTEEP DEZ/2003 DEZ/2004 circuito simples BOM DESPACHO 3 SE nova para seccionamento das LTs 500 kV Jaguara – Neves, Jaguara - São Gonçalo do Pará e São Gotardo 2 – Neves. reator manobrável de barra – 91 Mvar NEVES conexão para reator da LT 500 kV São Gotardo 2 – Neves – 91 Mvar ANHANGUERA SE nova (setor de 345 kV) (associada à LT 345 kV Guarulhos – Anhanguera) ONS PAR 2004-2006 389 / 530 Tabela 6.3-3 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO AVARÉ NOVA ENTRADA EM OPERAÇÃO km ou MVA UF 230 --- SP Autorizado (Resolução Aneel 312/02) 440 --- SP 345 --- 440 --- kV PRAZO CONTRATUAL PREVISÃO CTEEP DEZ/2003 DEZ/2003 Autorizado (Resolução Aneel 591/02) CTEEP ABR/2004 ABR/2004 SP Autorizado (Resolução Aneel 139/03) CTEEP OUT/2003 OUT/2003 SP Autorizado (Resolução Aneel 591/02) CTEEP ABR/2004 ABR/2004 SE nova (setor de 230 kV) (associada à nova conexão da CFL Santa Cruz) ARARAQUARA conexão para o reator RE-2 – 180 Mvar BAIXADA SANTISTA Instalação de um disjuntor e 2 chaves seccionadoras BAURU conexão para os reatores RE-2 – 90 Mvar e RE-3 – 180 Mvar ONS PAR 2004-2006 SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA 390 / 530 Tabela 6.3-3 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO CABREÚVA ENTRADA EM OPERAÇÃO km ou MVA UF 440 --- SP 440/ 230 kV 3º banco de autotransformadores JAN/2003 JUN/2003 750 Autorizado (Resolução Aneel 503/02) CTEEP JUL/2004 JUL/2004 230 --- Autorizado (Resolução Aneel 503/02) CTEEP JUL/2004 JUL/2004 230 137 SP Licitada CTEEP JUN/2003 DEZ/2003 345 2x25 SP Autorizada (Resolução Aneel 542/00) CTEEP DEZ/2003 DEZ/2004 substituição de disjuntores e equipamentos de 7 bays (Obra associada ao 3º banco de autotransformadores 440/230 kV) CHAVANTES – BOTUCATU C2 PREVISÃO CTEEP (Obra associada a expansão do consumidor CBA) CABREÚVA PRAZO CONTRATUAL Autorizado (Resolução Aneel 272/01) conexão para o reator RE-3 – 90 Mvar CABREÚVA SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA circuito simples GUARULHOS – ANHANGUERA circuito duplo (associada à SE Anhanguera) ONS PAR 2004-2006 391 / 530 Tabela 6.3-3 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO INTERLAGOS 2o banco de autotransformadores JUPIÁ ENTRADA EM OPERAÇÃO km ou MVA UF 345/ 230 500 SP Autorizado (Resolução Aneel 785/02) 440 --- SP 345 26 230 230/ 138 kV PRAZO CONTRATUAL PREVISÃO CTEEP DEZ/2003 DEZ/2003 Autorizado (Resolução Aneel 591/02) CTEEP ABR/2004 ABR/2004 SP Autorizada (Resolução Aneel 319/01) CTEEP OUT/2002 OUT/2003 --- MT Autorizado (Resolução Aneel 335/01) ELETRONORTE OUT/2002 JUN/2003 300 MT Autorizada (Resolução Aneel 335/01) ELETRONORTE OUT/2002 JUN/2003 instalação de disjuntor na interligação de barras 440 kV TIJUCO PRETO – BAIXADA C3 circuito duplo, lançamento do 2º circuito COXIPÓ reatores de linha – 2x30 Mvar (associado à LT 230 kV Jauru – Coxipó) JAURU SE nova (associada às LT 230 kV Jauru – Coxipó) com banco de transformadores e unidade reserva ONS PAR 2004-2006 SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA 392 / 530 Tabela 6.3-3 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO JAURU – COXIPÓ ENTRADA EM OPERAÇÃO km ou MVA UF 230 2x360 MT Autorizada (Resolução Aneel 335/01) 230 --- MT 230 131 500 500 kV PRAZO CONTRATUAL PREVISÃO ELETRONORTE OUT/2002 JUN/2003 Autorizada (Resolução 569/02 da Aneel) ELETRONORTE JUN/2004 JUN/2004 MG Autorizada ESCELSA NOV/2003 NOV/2003 210 MG Licitada EXPANSION AGO/2004 AGO/2004 178 SP/RJ Autorizada (Resolução Aneel 335/01) FURNAS JAN/2003 SET/2003 circuito duplo reatores de linha 2 x 30 Mvar na SE Jauru SINOP compensador estático - (- 30, 70) Mvar AIMORÉS – GOVERNADOR VALADARES SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA recapacitação – circuito simples (associada à conexão da UHE Aimorés) ITUMBIARA – MARIMBONDO circuito simples CACHOEIRA PAULISTA – ADRIANÓPOLIS C3 circuito simples (trecho entre a torre 214 e a SE Adrianópolis) ONS PAR 2004-2006 393 / 530 Tabela 6.3-3 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO CAMPINAS kV km ou MVA 500 --- 345 --- 500/ 345 345 ENTRADA EM OPERAÇÃO UF 3º banco de autotransformadores MAI/2004 MAI/2004 MG Autorizada (Resolução 641/02 da Aneel) FURNAS MAI/04 MAI/04 400 MG Autorizado (Resolução Aneel 335/01) FURNAS MAI/2003 14 meses após a obtenção da Licença de Instalação 370 MG/ES Autorizada (Resolução Aneel 335/01) FURNAS JUL/2003 14 meses após a obtenção da Licença de Instalação (associado à LT 345 kV Ouro Preto 2-Vitória) OURO PRETO 2 – VITÓRIA circuito simples ONS PAR 2004-2006 PREVISÃO FURNAS reator manobrável de barra – 60 Mvar OURO PRETO 2 PRAZO CONTRATUAL Autorizada (Resolução 641/02 da Aneel) reator manobrável de linha – 136 Mvar (em substituição ao reator de 73 Mvar existente na LT Campinas – Cachoeira Paulista) ITUTINGA SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA 394 / 530 Tabela 6.3-3 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO SAMAMBAIA kV km ou MVA 500 banco de compensação série – 1 x 252 Mvar (na LT para Serra da Mesa – no 3º circuito compacto) TIJUCO PRETO 3o banco de autotransformadores ONS PAR 2004-2006 750/ 500 1.650 ENTRADA EM OPERAÇÃO UF SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA PRAZO CONTRATUAL PREVISÃO Autorizado (Resolução Aneel 335/01) FURNAS ABR/2003 JUN/2003 Autorizado (Resolução Aneel 193/01) FURNAS OUT/2002 OUT/2003 395 / 530 Tabela 6.3-4 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Norte e Nordeste LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO BRUMADO II ENTRADA EM OPERAÇÃO km ou MVA UF 230 --- BA Autorizado (Resolução Aneel 143/03) 230/ 69 39 PI 230 2x56 CE kV reator de barra manobrável – 10 Mvar BOA ESPERANÇA 3° transformador CAUÍPE – FORTALEZA II C1/C2 circuito duplo (obra associada às UTEs TERMOCEARÁ e FORTALEZA) ONS PAR 2004-2006 SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA PRAZO CONTRATUAL PREVISÃO COELBA ABR/2004 ABR/2004 Autorizado apenas o transformad or sem as conexões (Resolução Aneel 166/00) CHESF DEZ/2000 (apenas o transformador) Previsão para entrar em operação: Depende de autorização da Aneel para as conexões Autorizada (Resolução Aneel 233/02) CHESF AGO/2003 AGO/2003 396 / 530 Tabela 6.3-4 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Norte e Nordeste (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO FORTALEZA II – PICI C1/C2 ENTRADA EM OPERAÇÃO km ou MVA UF 230 2x25 CE Autorizada (Resolução Aneel 166/00) CHESF DEZ/2000 Obra paralisada por decisão Judicial 500 401 CE Autorizada (Resolução Aneel 333/00) CHESF MAR/2002 AGO/2003 230 --- RN Autorizada (Resolução Aneel 402/02) CHESF JAN/2004 JAN/2004 CE Autorizada (Resolução Aneel 166/00) CHESF DEZ/2000 Depende da LT Fortaleza II – Pici, paralisada por decisão Judicial kV circuito duplo (associada à implantação da SE Pici) MILAGRES – FORTALEZA Complementação da conversão das LTs 230 kV transformáveis Milagres – Banabuiú - Fortaleza PARAÍSO SE nova seccionando a LT 230 kV Campina Grande II – Natal II – 04V1 SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA PRAZO CONTRATUAL PREVISÃO (associada à nova conexão da Cosern) PICI SE nova com 2 transformadores ONS PAR 2004-2006 230/ 2X100 69 397 / 530 Tabela 6.3-4 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Norte e Nordeste (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO PIRAPAMA II ENTRADA EM OPERAÇÃO km ou MVA UF 230 --- PE Autorizada (Resolução Aneel 233/02) 500 --- CE 230 2x32 230 2x28, 5 kV PRAZO CONTRATUAL PREVISÃO CHESF DEZ/2003 DEZ/2003 Autorizada (Resolução Aneel 079/01) CHESF MAR/2002 SET/2003 PE Autorizada (Resolução Aneel 166/00) CHESF DEZ/2000 OUT/2003 PE Autorizada (Resolução Aneel 233/02) CHESF DEZ/2003 DEZ/2003 substituição de 2 disjuntores das conexões dos transformadores (associada à UTE Termopernambuco) QUIXADÁ SE nova de chaveamento (associada à conversão de LTs de 230 kV para 500 kV no eixo Paulo Afonso – Fortaleza) RECIFE II – PAU FERRO C1/C2 circuito duplo RECIFE II – PIRAPAMA II C1/C2 recapacitação (de 232 MVA para 350 MVA) (associada à UTE Termopernambuco) ONS PAR 2004-2006 SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA 398 / 530 Tabela 6.3-4 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Norte e Nordeste (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO SÃO JOÃO DO PIAUÍ ENTRADA EM OPERAÇÃO km ou MVA UF 500 -- PI Autorizada (Resolução 717/02 da Aneel) 230 2x15 CE 500/ 230 600 230/ 69/ 13,8 230 kV PRAZO CONTRATUAL PREVISÃO CHESF NOV/2004 NOV/2004 Autorizada (Resolução 257/03 da Aneel) CHESF MAR/2005 MAR/2005 CE Autorizada (Resolução 257/03 da Aneel) CHESF MAR/2005 MAR/2005 60 PA Autorizado (Resolução Aneel 233/01) ELETRONORTE DEZ/2001 SET/2003 -- MA Autorizada (Resolução 569/02 da Aneel) ELETRONORTE AGO/2004 AGO/2004 bancos de compensação série – 480 Mvar (Boa Esperança) e 435 Mvar (Sobradinho) SOBRAL II – SOBRAL III circuito duplo (associada ao 1º banco de autotransformadores 500/230 kV da SE Sobral III) SOBRAL III 1o banco de autotransformadores (associada à LT 230 kV Sobral II – Sobral III) ALTAMIRA 2° transformador SÃO LUÍS II compensador estático (- 100,150) Mvar ONS PAR 2004-2006 SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA 399 / 530 Tabela 6.3-4 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Norte e Nordeste (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO TRANSAMAZÔNICA 2° transformador VILA DO CONDE – SANTA MARIA ENTRADA EM OPERAÇÃO km ou MVA UF 230/ 34,5 30 PA Autorizado (Resolução Aneel 233/01) 230 179 PA 230 51 kV SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA PRAZO CONTRATUAL PREVISÃO ELETRONORTE DEZ/2001 SET/2003 Licitada EMPRESA REGIONAL DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA S.A. AGO/2004 AGO/2004 PE/PB Licitada GTESA JUL/2003 JUL/2003 PE Licitada NTE JAN/2004 JAN/2004 circuito simples GOIANINHA – MUSSURÉ II C3 circuito simples ANGELIM II 2 bancos de autotransformadores ANGELIM II – CAMPINA GRANDE II 500/ 2x600 230 230 186 PE/PB Licitada NTE JAN/2004 JAN/2004 500 200 AL/PE Licitada NTE JAN/2004 JAN/2004 circuito simples XINGÓ - ANGELIM II circuito simples ONS PAR 2004-2006 400 / 530 Tabela 6.3-4 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Norte e Nordeste (continuação) LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO PARAÍSO – AÇU II circuito simples (antiga Santa Cruz – Açu II) ONS PAR 2004-2006 kV 230 ENTRADA EM OPERAÇÃO km ou MVA UF 135 RN SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA Licitada PARAÍSO-AÇU TRANSMISSORA DE ENERGIA S.A. PRAZO CONTRATUAL PREVISÃO MAR/2004 MAR/2004 401 / 530 6.4 Programa de Obras das Distribuidoras Neste item são apresentados os programas de obras encaminhados até o presente momento pelas distribuidoras, referentes às instalações não integrantes da Rede Básica. 6.4.1 CEEE-D A tabela 6.4.1-1 apresenta as principais obras constantes dos planos de obras das instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade da empresa de distribuição CEEE-D, informadas pela distribuidora no âmbito do Grupo Especial Sul/Mato Grosso do Sul. Tabela 6.4.1-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – CEEE-D OBRA DATA SE Arroio do Sal, 1º transformador, 230/69 kV, 83 MVA Nov/06 SE Guaíba, 2° transformador, 230/69 kV, 50 MVA Mar/06 SE Camaquã, 2º transformador, 230/69 kV, 83 MVA Out/06 SE Bagé 2, 2° transformador, 230/69 kV, 50 MVA Abr/06 SE Porto Alegre 8, 1º e 2º transformadores, 230/69kV, 2 x 83 MVA Dez/04 SE Porto Alegre 10, 2º transformador, 230/69 kV, 83 MVA Set/05 SE Porto Alegre 6, 2º transformador, 230/13,8 kV, 50 MVA Jun/04 SE Porto Alegre 7, 1º e 2º transformadores, 230/13,8 kV, 2 x 50 Dez/06 6.4.2 RGE A tabela 6.4.2-1 apresenta as principais obras constantes dos planos de obras das instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade da empresa de distribuição RGE, informadas pela distribuidora no âmbito do Grupo Especial Sul/Mato Grosso do Sul. Tabela 6.4.2-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – RGE OBRA DATA SE Caxias 5, 1º banco de transformadores, 230/69 kV, 165 MVA Dez/04 SE Garibaldi, 2º transformador, 230/69 kV, 83 MVA Dez/04 SE Lagoa Vermelha, 1º transformador, 230/138 kV, 150MVA Ago/04 ONS PAR 2004-2006 402 / 530 OBRA DATA SE Passo Fundo, 2º transformador, 230/138 kV, 84 MVA Dez/04 SE Tapera 2, 1° e 2° transformador, 230/69 kV, 2x83 MVA Jul/04 6.4.3 AES A tabela 6.4.3-1 apresenta as principais obras constantes dos planos de obras das instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade da empresa de distribuição AES, informadas pela distribuidora no âmbito do Grupo Especial Sul/Mato Grosso do Sul. Tabela 6.4.3-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – AES OBRA SE Sapucaia 2, 1º transformador (banco), 230/138 kV, 150 MVA 6.4.4 DATA Jul/05 CELESC A tabela 6.4.4-1 apresenta as principais obras constantes dos planos de obras das instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade da empresa de distribuição Celesc, informadas pela distribuidora no âmbito do Grupo Especial Sul/Mato Grosso do Sul. Tabela 6.4.4-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Celesc OBRA DATA LT 138 kV Lages - Vidal Ramos Jr., 1km Dez/05 LT 69 kV Araranguá 2 - Araranguá, 2km (para Ermo) Fev/06 LT 69 kV Araranguá 2 - Araranguá, 2km (para Maracajá) Fev/06 LT 138 kV Itajaí - Brusque, 17km Dez/04 LT 138 kV Itajaí - Navegantes, 21km Dez/04 SE Araranguá 2, 1º e 2º transformadores, 230/138 kV, 2 x 83 MVA Jan/06 SE Biguaçú, 1º e 2º transformadores, 230/138 kV, 2 x 150 MVA Dez/06 SE Campos Novos (Eletrosul), 4º transformador, 230/138 kV, 150 MVA Dez/05 SE Campos Novos (Eletrosul), complementação pátio 138kV Jun/04 ONS PAR 2004-2006 403 / 530 OBRA DATA SE Itajaí, 3º transformador, 230/138 kV, 150 MVA, Dez/04 SE Itajaí, 4º transformador, 230/138 kV, 150 MVA Dez/05 SE J.Lacerda, 2º transformador, 230/69 kV, 83MVA Dez/05 SE Lages, 1o e 2º transformadores, 230/138 kV, 2 x 150 MVA Dez/05 SE Palhoça, 4º transformador, 230/138 kV, 150 MVA Dez/04 SE Palhoça, substituição transformador TT2, 230/138 kV, 150 MVA Dez/03 SE Siderópolis Eletrosul, substituição transformador TT2, 230/69 kV, 83 MVA Dez/04 SE Xanxerê, substituição transformador TT1, 230/138 kV, 150 MVA Mai/04 SE Xanxerê, substituição transformador TT2, 230/138 kV, 150 MVA Dez/05 6.4.5 COPEL-D A tabela 6.4.5-1 apresenta as principais obras constantes dos planos de obras das instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade da empresa de distribuição Copel-D, informadas pela distribuidora no âmbito do Grupo Especial Sul/Mato Grosso do Sul. Tabela 6.4.5-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Copel-D OBRA DATA LT 138 kV Belém - Palmeira, 2x0, 5 km Jun/06 LT 138 kV Mandaguari - Jardim Tropical, 2x3,0 km Mar/05 LT 138 kV Posto Fiscal - GBA, GPS, 2 km Mai/05 LT 138 kV Guarapuava – Santa Clara, 60 km Jan/05 LT 138 kV Vila Carli – Santa Clara, 12 km Jan/05 LT 69 kV Atuba - Quatro Barras, 2x0,5 km Mar/05 LT 69 kV Cid. Indl. Curitiba - Novo Mundo, 7,2 km Fev/05 LT 69 kV Colombo - Santa Mônica, 19,8 km Mar/05 LT 69 kV Guaraituba - Santa Mônica, 7,1 km Mar/05 LT 69 kV LT1 Atuba - Santa Mônica, 5 km Mar/05 LT 69 kV LT2 Atuba - Santa Mônica, 5 km Mar/05 ONS PAR 2004-2006 404 / 530 OBRA DATA LT 69 kV Santa Mônica - Quatro Barras, 8 km Out/06 LT 69 kV Santa Quitéria - Novo Mundo, 5,3 km Fev/05 SE Campo Mourão, 2º transformador, 230/138 kV, 150 MVA Jul/04 SE Cidade Industrial de Curitiba, 1º e 2º transformadores, 230/13,8 kV, 2 x 50 Nov/03 SE Cidade Industrial de Curitiba, 1º e 2º transformadores, 230/69 kV, 2x 150MVA Nov/03 SE Cidade Industrial de Curitiba, Banco de capacitores, 69, kV, 2x15 Mvar Nov/03 SE Foz do Iguaçu Norte, 1º transformador, 230/138 kV, 150 MVA Jan/06 SE Jaguariaíva, 3º transformador, 230/138 kV, 150 MVA Set/03 SE Novo Mundo, 1º e 2º transformadores, 69-13,8 kV, 41,67 MVA Fev/05 SE Pilarzinho, Banco de capacitores, 69 kV, 30 Mvar Jan/05 SE Ponta Grossa Norte, 1º transformador (substituição), 230/138 kV, 75 MVA Jan/03 SE Ponta Grossa Sul, 1º e 2º transformadores, 230/138 kV, 2 x 75 MVA Jun/06 SE Posto Fiscal, 1º transformador, 230/138 kV, 150MVA Mai/05 SE Santa Mônica, 1º e 2º transformadores, 230/69 kV, 2 x 150 MVA Mar/05 SE Sarandi, 1º e 2º transformadores, 230/138 kV, 2 x 150 MVA Mar/05 SE Uberaba, Banco de capacitores, 69 kV, 30 Mvar Jan/05 SE Umbará, Banco de capacitores, 69 kV, 30 Mvar Jan/05 6.4.6 ENERSUL A tabela 6.4.6-1 apresenta as principais obras constantes dos planos de obras das instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade da empresa de distribuição Enersul, informadas pela distribuidora no âmbito do Grupo Especial Sul/Mato Grosso do Sul. Tabela 6.4.6-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Enersul OBRA SE Anastácio, 2º transformador, 230/138 kV, 75 MVA ONS PAR 2004-2006 DATA Dez/03 405 / 530 OBRA DATA SE Dourados, 3º transformador, 230/138 kV, 75 MVA Dez/03 SE Imbirussu, 1º e 2º transformadores, 230/138 kV, 150 MVA Dez/05 Nota: A Enersul informou, no fechamento deste PAR, que a expansão da SE Anastácio poderá ser feita com a substituição do transformador de 75 MVA por uma unidade de 150 MVA, sendo remanejado o transformador de menor capacidade para Dourados 6.4.7 ESCELSA A tabela 6.4.7-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade das empresas de distribuição da área RJ/ES, conforme disposto no artigo 9o da Resolução 489/2002 da Aneel, apresentado pela Escelsa. Tabela 6.4.7-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Escelsa OBRA DATA Subestação de Distribuição Barra do Sahy – capacitor de 26,7 Mvar Jun/03 Paralelismo do 3º Transformador de 138/69 kV na SE de Distribuição Nova Venécia Mar/04 Recapacitação da LT 138 kV Pitanga – CST Jun/04 Subestação de Distribuição 138/13,8 kV Vila Rica (Nova) Out/04 SE Areinha 345/138 kV Jun/05 LT 138 kV Pitanga – Civit Jun/05 Recapacitação da LT 138 kV João Neiva – Linhares c1 Ago/05 Recapacitação da LT 138 kV Nova Venécia – Linhares Ago/05 Subestação de Distribuição Linhares – capacitor de 26,7 Mvar Ago/05 Recapacitação da LT 138 kV Itarana – Suiça Ago/05 Subestação de Distribuição Pinheiros – capacitor de 26,7 Mvar Abr/06 Subestação de Distribuição 138/13,8 kV Goiabeiras (Nova) Set/06 Subestação de Distribuição 138/13,8 kV Lameirão (Nova) Set/06 ONS PAR 2004-2006 406 / 530 6.4.8 CELG A tabela 6.4.8-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade das empresas de distribuição da área de Goiás, conforme disposto no artigo 9 o da Resolução 489/2002 da Aneel, apresentado pela Celg. Tabela 6.4.8-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Celg OBRA DATA LT Real/Goya – Independência 138 kV – 795 MCM – 4,98 km – c. duplo Abr/03 SE Independência 138/13,8 kV – 33 MVA C/ LTC Abr/03 LT Marajoara/Pamplona – Rio Vermelho 138 kV – 397,5 MCM – 8,72 km – circ. Duplo Abr/03 OBS: seccionamento a 8,0 km de Marajoara SE Rio Vermelho 138/13,8 kV – 33 MVA C/ LTC Abr/03 LI Samambaia (Furnas) – Rio Vermelho 138 kV – 397,5 MCM – 42,0 km Abr/03 SE Aeroporto 3º TR 138/13,8 kV – 25 MVA Jun/03 SE DAIA – TR 138/13,8 kV – 25 MVA retirar Jun/03 TR 138/13,8 kV – 33 MVA instalar LT Jundiai/Anápolis – Santana 138 kV – 397,5 MCM – 2,4 km – c. duplo OBS: Secciona a LT Jundiai – Anápolis a 6,0 km de Anápolis Jul/03 LT Petrobrás – Senador Canedo 138 kV – 397,5 MCM – 1,65 km Jul/03 SE Senador Canedo 138/13,8 kV – 25 MVA – C/ LTC Jul/03 SE Carajás 138/13,8 kV – 33 MVA C/ LTC OBS: será alimentada (atualmente em 69 kV) pela LT Anhanguera-Palmeiras circ. 2 Dez/03 LT Carajás – Atlântico 138 kV – 795 MCM – 6,0 km Dez/03 LT Carajás – Independência/Goya 138 kV – 795 MCM – 2,5 km – c. duplo Dez/03 OBS: secciona a LT Independência – Goya a 6,0 km de Goya LT Pirineus – Santana 138 kV – 795 MCM – 6,5 km – c. duplo Jan/04 SE Pirineus 230/138 kV – 1x225 MVA C/ LTC Jan/04 SE Jussara 138/69 kV – 50 MVA C/ LTC Jun/04 ONS PAR 2004-2006 407 / 530 OBRA SE Meia Ponte – TR 138/13,8 kV – 25 MVA (retirar) TR 138/13,8 kV – 33 MVA (instalar) SE Real – TR 138/13,8 kV – 25 MVA retirar TR 138/13,8 kV – 33 MVA DATA Jun/04 Jul/04 LT Inhumas – Itaberaí 138 kV – 397,5 MCM – 50,0 km Dez/04 SE Itaberaí 138/69 kV – 50 MVA C/ LTC Dez/04 SE Carajás 230/138 kV – 225 MVA C/ LTC Fev/05 LI Rio Verde (Furnas) – Gessy Lever – Acreuna 138 kV – 397,5 MCM – 90,2 km OBS: lançamento do 2º circuito no trecho I da LT Rio Verde – Perdigão Jun/05 Construção do trecho Gessy Lever – Acreuna – 73,0 km SE Acreuna 138/69 kV – 50 MVA C/ LTC Jun/05 SE Santana 138/13,8 kV – 33 MVA – C/ LTC Jul/05 LT UHE Corumbá (Furnas) – Serra de Caldas 138 kV – 397,5 MCM – 30,0 km Jan/06 OBS: Vão de linha 138 kV na SE Corumbá (Furnas) SE Serra de Caldas 138/69 kV – 50 MVA – C/ LTC SE DIMIC TR 138/13,8 kV – 33 MVA C/ LTC OBS: Tape na LI Catalão – Emborcação 138 kV a 10 km de Catalão SE Rio Verde TR 138/69 kV – 25 MVA (retirar) TR 138/13,8 kV – 25 MVA (instalar) Jan/06 Jun/06 Jun/06 LT Santana – Anápolis Universitária 138 kV – 397,5 MCM – 7,5 km Jul/06 LT Xavantes/DAIA – Santa Genoveva 138 kV – 397,5 MCM 3,31 km – c. duplo OBS: tape a 3,6 km de Xavantes. Jul/06 SE Santa Genoveva 138/13,8 kV – 33 MVA C/ LTC Jul/06 LT Samambaia (Furnas) – Sto. Antônio do Descoberto 138 kV – 397,5 MCM – 10,0 km Dez/06 SE Santo Antônio do Descoberto 138/13,8 kV – 25 MVA C/ LTC Dez/06 SE Pires do Rio 138/69 kV – 50 MVA – C/ LTC Dez/06 LI Rio Verde (Furnas) – Santa Helena 138 kV – 397,5 MCM – 33,0 km Dez/07 SE Santa Helena 138/69 kV – 50 MVA C/ LTC Dez/07 ONS PAR 2004-2006 408 / 530 OBRA SE Cachoeira Alta ampliação 138/69 kV – 25 MVA C/ LTC SE Parque das Emas 138/34,5 kV – 20 MVA C/ LTC – (retirar) 138/34,5 kV – 33 MVA C/ LTC – (instalar) LT Pacaembu/Marajoara – Estrela Dalva 138 kV – 397,5 MCM – 8,0 km OBS: seccionamento a 8,0 km de Marajoara SE Estrela Dalva 138/13,8 kV – 33,0 MVA – C/ LTC 6.4.9 DATA Dez/07 Jun/07 Jun/07 Jun/07 CEB A tabela 6.4.9-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade das empresas de distribuição da área do Distrito Federal, conforme disposto no artigo 9o da Resolução 489/2002 da Aneel, apresentado pela CEB. Tabela 6.4.9-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – CEB OBRA DATA Complementação provisória da LT 34,5 kV Taguatinga – Brazilândia, com substituição do cabo 4/0 AWG por 336 MCM, extensão de 18,7 km Mar/03 SE Vale do Amanhecer provisória com 1 transformador 69/13,8 kV – 5/6,25 MVA e conexões de 69 e 13,8 kV, 4 alimentadores, 1 cubículo para serviço auxiliar, 1 cubículo para banco de capacitores e banco de capacitores de 2,4 Mvar (transformador provisório vindo de Santa Maria e definitivo de Brazilândia) Mar/03 Implantação da LT 34,5 kV Brasília Geral – Estrutura de Brasília Geral – circuito duplo subterrâneo, cabo 600 MCM, extensão de 0,50 km. Mar/03 Implantação da LT 34,5 kV Brasília Geral – SE 01 (trecho entre SE 01 e SE 02), 2º e 3º circuitos subterrâneos, cabo 600 MCM, extensão de 0,20 km. Complementação da substituição dos cabos Mar/03 Implantação da SE São José definitiva 1ª etapa com 1 transformador 69/13,8 kV – 5/6,25 MVA, e conexões de 69 e 13,8 kV, 4 alimentadores, 1 cubículo para serviço auxiliar, 1 cubículo para banco, 1 banco de capacitores de 2,4 Mvar e previsão para reguladores de tensão (transformador vindo de Sobradinho Transmissão) Jun/03 ONS PAR 2004-2006 409 / 530 OBRA DATA Implantação da LT Tap Sobr. Transm. – PAD para a SE São José – LT 69 kV, circuito simples, estrutura de concreto, cabo 336,4 MCM, extensão de 32 km Jun/03 Implantação da LT B. Norte – Contagem – LT 138 kV, lançamento de circuito nas estruturas da LT B. Norte – Tocantins, cabo 477 MCM, extensão de 17,9 km Dez/03 Ampliação da SE Monjolo – 01 entrada de linha 138 kV Set/04 Implantação de subestação de Chaveamento em Santa Maria – Implantação do setor de 138 kV com 6 entradas de linha para conexão da usina de Corumbá IV Set/04 Implantação da LT São Sebastião – Brasília Centro – LT 138 kV, 1º circuito, estrutura de concreto, cabo 477 MCM, (19 km) e trecho em cabo isolado na travessia do lago pela terceira ponte e na chegada a B. Centro (2,0 km) Set/04 Ampliação da SE Brasília Centro – Uma entrada de LT 138 kV Set/04 Implantação da LT Samambaia – Brasília Sul (Tap para Monjolo e Santa Maria) – LT 138 kV, circuito duplo, estrutura de concreto, cabo 477 MCM, extensão de 17,0 km Set/04 Implantação da LT Santa Maria – São Sebastião – LT 138 kV, 1º circuito, estrutura de concreto, cabo 477 MCM, extensão de 30 km Set/04 Implantação da SE São Sebastião – SE definitiva – 1ª etapa com 1 transformador 138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC, conexões de 138 e 13,8 kV, duas entradas de linha 138 kV, 8 alimentadores, 1 cubículo para serviço auxiliar, 1 cubículo para capacitores Set/04 Ampliação da SE Contagem – 1 entrada de linha de 138 kV Out/04 Ampliação da LT Estrutura Provisória – Sobradinho Transmissão – LT 138 kV, C21circuito duplo, cabo 477 MCM, extensão de 9,1 km, em substituição à linha da Celg Out/04 Ampliação da SE Sobradinho Transmissão – 1 entrada de linha de 138 kV Out/04 Implantação da LT Sobr. Transm. – Tap PAD – LT 69 kV, 2º circuito, estrutura de concreto, cabo 266,8 MCM, extensão de 10 km Out/04 Remanejamento das linhas B. Sul – TG, TG – CN e TG – RAD no corredor do Pistão Norte e Pistão Sul – LT's 138 kV, 2 circuitos duplos/simples, cabo 477 MCM, extensão de 3,0, 4,5 e 4,0 km, respectivamente Dez/04 ONS PAR 2004-2006 410 / 530 OBRA DATA Remanejamento das linhas B. Sul – B. Norte do corredor atual para a via Estrutural – LT 138 kV, 2 circuitos duplos, cabo 477 MCM, extensão de 25,9 e 22,6 km, respectivamente. Lançamento do 4º circuito até Brasília Norte Dez/04 Remanejamento das linhas Taguatinga – Gama no corredor do Pistão Sul – LT 34,5 kV, 3 circuitos, cabo 336,4 MCM, extensão de 3,0 km Dez/04 Compactação das linhas de 230 kV de Furnas no trecho entre B. Sul e B. Geral – LT 230 kV, 2 circuito duplo, cabo 1272 MCM, extensão de 13,5 km Dez/04 Implantação da LT Núcleo Bandeirante – SE Sudoeste – LT 138 kV, circuito duplo/simples /duplo aéreo, cabo 636 MCM, extensão de 16,1 km (5,4 D + 7,5S + 3,2 D) Dez/04 Implantação da LT Núcleo Bandeirante – SE 05 – LT 138 kV, circuito duplo/simples /duplo, aéreo, cabo 636 MCM, extensão de 13,7 km (5,4 D + 7,7S+0,6D). Dez/04 Retrofit da SE 05 de 34,5 para 138 kV – Implantação do setor de 138 kV com 1 transformador 138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC, 2 entradas de LT e conexões de 138 e 13,8 kV, 12 cubículos e banco de capacitores de 6,0 Mvar Dez/04 Implantação da LT SE 05 – Brasília Centro II – LT 138 kV, circuito duplo/simples /duplo aéreo, cabo 636 MCM, extensão de 3,9 km (0,6D + 2,1S + 1,2D) Dez/04 Implantação da LT SE Brasília Centro II – Brasília Centro – LT 138 kV, circuito duplo/simples aéreo, cabo 636 MCM, extensão de 6,4 km (1,2D + 5,2S) Dez/04 Implantação da LT Samambaia – Núcleo Bandeirante – LT 138 kV, circuito duplo aéreo, estrutura de concreto, cabo 636 MCM, extensão de 26,2 km Dez/04 Implantação da LT Brasília Norte – Sudoeste – LT 138 kV, circuito simples/duplo, cabo 636 MCM, extensão de 7,7 km (4,5S + 3,2 D). Dez/04 Implantação da SE Sudoeste – SE 1ª etapa com 1 transformador 138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC, conexões de 138 e 13,8 kV, 2 entradas de linha de 138 kV, 8 alimentadores, 1 cubículo para serviço auxiliar, 1 cubículo para bancos de capacitores e 1 cubículo de interligação Dez/04 ONS PAR 2004-2006 411 / 530 OBRA DATA Implantação da SE Brasília Centro II – SE definitiva – primeira etapa com 2 transformadores 138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC, conexões de 138 e 13,8 kV, 1 entrada de linha de 138 kV, 18 cubículos para alimentadores, 2 cubículos de interligação de barras, 1 cubículo para serviço auxiliar, 2 cubículos para bancos de capacitores e 2 bancos de 6,0 Mvar Dez/04 Ampliação da SE Brasília Centro – Uma entrada de linha 138 kV Dez/04 Ampliação da SE 04 – 2ª etapa – Terceiro transformador 34,5/13,8 kV – 20/25 MVA e conexões de 34,5 e 13,8 kV (transformador vindo da SE 05) Jun/05 Ampliação da SE 09 – Segundo transformador 34,5/13,8 kV – 20/25 MVA e conexões de 34,5 e 13,8 kV, 1 cubículo para interligação de barras, 6 alimentadores, 1 cubículo para banco de capacitores e 1 banco de capacitores de 2,4 Mvar (transformador vindo da SE 05) Jun/05 Implantação da SE Núcleo Bandeirante em 138 kV – SE definitiva com 2 transformadores 138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC, 2 entradas de linhas de 138 kV e 16 cubículos para alimentadores, 1 cubículo para serviço auxiliar, 2 cubículo para banco de capacitores e 2 bancos de 6,0 Mvar Out/05 Implantação da SE Taguatinga Norte – SE definitiva – primeira etapa com 1 transformador 138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC, conexões de 138 e 13,8 kV, 2 entradas de linhas de 138 kV, 8 alimentadores, 1 cubículo para serviço auxiliar, um cubículo para banco de capacitores e banco de 6,0 Mvar Out/05 Compensação reativa na SE 01 – Banco de capacitores de 1 x 4,8 Mvar – 13,8 kV Out/05 Compensação reativa na SE 03 – Banco de capacitores de 2 x 4,8 Mvar – 13,8 kV Out/05 Compensação reativa na SE 04 – Banco de capacitores de 1 x 4,8 Mvar – 13,8 kV Out/05 Compensação reativa na SE Gama – Banco de capacitores de 1 x 2,4 Mvar – 13,8 kV Out/05 Ampliação da SE Sobradinho Transmissão – Terceiro transformador de 138/69 kV – 50 MVA e conexões de 138 e 69 kV (Transformador vindo da SE Ceilândia Sul) Dez/05 ONS PAR 2004-2006 412 / 530 OBRA DATA Ampliação da SE Vale do Amanhecer – Segundo transformador 69/13,8 kV – 10/12,5 MVA e conexões de 69 e 13,8 kV, banco de 2,4 Mvar e vão de linha 69 kV (transformador vindo de Núcleo Bandeirante) Dez/05 Ampliação da SE São Sebastião – SE Definitiva, 2ª etapa, com barramento duplo de 138 kV e 3 entradas de linha Out/06 Implantação da SE Guará II – SE definitiva – primeira etapa com 1 transformador 138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC, conexões de 138 e 13,8 kV, 2 entradas de linhas de 138 kV, 8 alimentadores, 1 cubículo para serviço auxiliar, 1 cubículo para banco de capacitores e 1 banco de 6,0 Mvar Out/06 Implantação da LT Tap Rio Descoberto – Brazilândia – LT 138 kV, circuito duplo, estrutura de concreto, cabo 477 MCM, extensão de 12 km Out/06 Implantação da SE Brazilândia – SE definitiva – primeira etapa com 1 transformador 138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC, conexão de 138 kV, 2 entradas de linha de 138 kV. Manutenção da barra de 13,8 kV existente, acrescida de 2 cubículos Out/06 Implantação da SE Samambaia Oeste – SE definitiva – primeira etapa com 1 transformador 138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC, conexões de 138 e 13,8 kV, 2 entradas de linhas de 138 kV, 8 alimentadores, 1 cubículo para serviço auxiliar, um cubículo para banco de capacitores e banco de 6,0 Mvar Out/07 Implantação da LT Samambaia – Samambaia Oeste – LT 138 kV, circuito duplo, estrutura de concreto, cabo 477 MCM, extensão de 6,0 km – Primeira etapa da LT Samambaia – Tap Rio Descoberto Out/07 Implantação da LT Samambaia Oeste – Tap Rio Descoberto – LT 138 kV, circuito duplo, estrutura de concreto, cabo 477 MCM, extensão de 16,5 km Out/07 6.4.10 CEMAT A tabela 6.4.10-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade das empresas de distribuição da área MT, conforme disposto no artigo 9o da Resolução 489/2002 da Aneel, apresentado pela Cemat. ONS PAR 2004-2006 413 / 530 Tabela 6.4.10-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Cemat OBRA DATA LTs 138 kV Sinop Cemat / Sinop Centro, 10 km, 336.4 MCM out/04 Colider / Matupá, 98 km, 336.4 MCM abr/03 Pch Braço Norte III / Matupá, 65 km, 336.4 MCM abr/03 Der. SE Manobra/ Sapezal, 137 km, 336.4 MCM jul/04 Campo Novo dos Parecis/Brasnorte, 186 km, 336.4 MCM out/04 Brasnorte/Faz.Cortez, 57 km, 336.4 MCM dez/04 Faz. Cortez / Juina, 90 km, 336.4 MCM dez/04 Faz. Cortez / Juara, 100 km, 336.4 MCM dez/04 Couto Magalhães / Alto Araguaia, 35km, 336.4 MCM out/05 Santana do Araguaia / Confresa, 154 km, 336.4 MCM out/05 Confresa/Alto Boa Vista, 140 km, 336.4 MCM dez/06 Total LTs 138 kV = 1072 km LTs 69 kV N. Mutum/São José do Rio Claro, 90 km, 336.4 MCM nov/04 Itanorte / Deciolândia, 55 km, 336.4 MCM set/06 Total LTs 69 kV = 145 km SEs 138 kV Sinop Centro, 138/13.8 kV, 25 MVA out/04 Matupá, 138/34.5 kV, 25 MVA out/04 Sapezal, 138/34.5 kV, 25 MVA jul/04 Sapezal bay de reator, 138 kV, 5 Mvar jul/04 Canarana, 138/13.8 kV, 12.5 MVA set/04 Campo Verde (Subst. transformador), 138/34.5 kV, 25 MVA set/04 Brasnorte, 138/13.8 kV, 12.5 MVA out/04 Brasnorte bay reator, 138 kV, 10 Mvar nov/04 Juína, 138/13.8 kV, 25 MVA dez/04 Juína bay reator, 138 kV, 5 Mvar dez/04 Juara, 138/13.8 kV, 25 MVA dez/04 ONS PAR 2004-2006 414 / 530 OBRA DATA Juara bay reator, 138 kV, 5 Mvar dez/04 Jaciara (Subst. transformador), 138/34.5 kV, 25 MVA mar/05 Trevo do Lagarto, 138/13.8 kV, 25 MVA set/05 Sinop Centro – 2º transformador, 138/13.8 kV, 25 MVA set/05 Alto Araguaia, 138/34.5 kV, 25 MVA out/05 Confresa bay reator, 138 kV, 5 Mvar dez/05 Confresa, 138/13.8 kV, 12.5 MVA dez/05 Rodoviária – 2.º transformador, 138/13.8 kV, 25 MVA set/06 Sozinho, 138/34.5 kV, 12.5 MVA set/06 Rondonópolis II – 2.º transformador, 138/13.8 kV, 25 MVA set/06 Alto Boa Vista- bay reator, 138 kV, 5 Mvar dez/06 Alto Boa Vista, 138/13.8 kV, 12.5 MVA dez/06 Total transf. SEs 138 kV = 337.5 MVA SEs 69 kV Sorriso – 2º transformador, 69/13.8 kV, 12.5 MVA dez/03 São José do Rio Claro, 69/13.8 kV, 12.5 MVA nov/04 Nova Mutum, 69/13.8 kV, 15 MVA dez/04 Deciolândia, 69/34.5 kV, 12.5 MVA set/06 Total transf. SEs 69 kV = 52.5 MVA 6.4.11 SÃO PAULO A tabela 6.4.11-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade das empresas de distribuição da área São Paulo, conforme Relatório RT/CCPE/CTET/NAR-SP/003/2003. Observa-se que a efetiva data de implantação das obras relacionadas será estabelecida quando da celebração de contratos entre distribuidores e transmissores. Tabela 6.4.11-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Sâo Paulo ONS OBRA DATA EMPRESA LT 138 kV Três Irmãos – “Engate Ilha” – 2 km e 2 “bays” 12/2004 Elektro PAR 2004-2006 415 / 530 OBRA DATA EMPRESA LT 138 kV Três Lagoas – Três Lagoas Y – 3 km recapacitação 12/2004 Elektro LT 138 kV Mairiporã – Santo Ângelo (Arujá) – 23 km recapacitação 12/2004 Bandeirante/ Elektro LT 138 kV CS Araraquara – São Carlos – 48 km, 1 “bay” em Araraquara e 1 “bay” em São Carlos 12/2004 CPFL Paulista LT 138 kV Jupiá – Três Irmãos (Castilho) – 36 km – reconstrução para 636 kcmil 12/2004 Elektro LT 138 kV Embu recondutoramento - 12/2004 Eletropaulo (*) LT 138 kV Guarulhos – Mairiporã - CD – 15 km e 2 “bays” em Mairiporã 12/2005 Eletropaulo/ Piratininga/ Elektro Constituição da LTs 138 kV Rosana – Presidente Prudente, Rosana – Dracena, Taquaruçu – Dracena e Taquaruçu – Presidente Prudente 12/2005 Elektro LT 138 kV Votuporanga – S. José do Rio Preto – 75 km – recapacitação 12/2005 Elektro/CPFL Paulista LT 138 kV Mogi Mirim III – Mogi Mirim II – 11 km recapacitação 12/2006 Elektro LT 138 kV Mogi Mirim III – Jaguariúna – CD - 18 km e 2 “bays” em Mogi Mirim III 12/2006 Elektro/ Jaguari LT 88 kV Canoas recondutoramento - 12/2006 Grupo Rede (*) LT 88 kV Canoas II (Y) – Salto Grande – 5 km recondutoramento 12/2006 Grupo Rede (*) LT 88 kV Salto Grande – Ourinhos II – 20 km recondutoramento 12/2006 Grupo Rede/ Santa Cruz (*) SE Jupiá 440/138 kV – substituição do transformador de 150 MVA por 300 MVA 12/2004 Elektro SE Mogi Mirim III 440/138 kV - 3o transformador de 300 MVA 12/2004 Elektro SE Bauru 440/138 kV – 3o transformador de 150 MVA 12/2004 CPFL Paulista SE Bom Jardim 440/88 kV – 3o. transformador de 12/2004 CPFL 138 kV na SE Ilha Solteira ONS PAR 2004-2006 – II Parelheiros (Y) – Assis – – 7 km 40 km 416 / 530 OBRA DATA 300 MVA EMPRESA Piratininga SE Botucatu 230/138 kV – substituição de transformadores de 75 MVA por dois de 150 MVA dois 12/2004 CPFL Paulista SE Santa Bárbara 440/138 kV – 4o transformador de 300 MVA 12/2004 CPFL Paulista SE Anhangüera 345/88 kV (nova) transformadores 345/88 kV de 400 MVA dois 12/2004 Eletropaulo (*) SE Embu Guaçu 440/138 kV – 3o transformador de 300 MVA 12/2004 Eletropaulo (*) SE Jurumirim 230/138 kV – 3o transformador de 75 MVA 12/2004 Santa Cruz (*) SE Piratininga II 230/88 kV – 3 x 150 MVA (nova) 12/2004 Eletropaulo (*) SE Cabreúva 440/138 kV – 2o transformador de 150 MVA 12/2005 Elektro SE Itararé II 230/138 kV – 180 MVA 12/2005 Elektro SE Baixada 345/88 kV – 3o transformador de 400 MVA 12/2005 CPFL Piratininga SE Bom Jardim – banco de capacitores 30 Mvar / 88 kV 12/2005 CPFL Piratininga SE Guarulhos 345/138 kV – instalação de um banco de 400 MVA e fase reserva 12/2005 Bandeirante/ Eletropaulo (*) SE Capivara 440/138 kV – substituição transformador de 150 MVA por 300 MVA do 06/2006 Elektro SE Água Vermelha 440/138 kV – 2o transformador de 300 MVA 12/2006 Elektro SE Botucatu 230/138 kV – substituição de transformador de 75 MVA por outro de 150 MVA um 12/2006 CPFL Paulista SE Sumaré 440/138 kV – 3o transformador de 300 MVA 12/2006 CPFL Paulista SE Ribeirão Preto 440/138 kV – 3o transformador de 300 MVA 12/2006 CPFL Paulista SE Campinas 345/138 kV – 5o transformador de 150 MVA 12/2006 CPFL Paulista – (*) Fonte: Relatório RT/CCPE/CTET/NAR-SP/003/2003 ONS PAR 2004-2006 417 / 530 6.4.12 CEMIG A tabela 6.4.12-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, encaminhadas formalmente pela Cemig para elaboração do PAR 2004-2006. Tabela 6.4.12-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Cemig DATA SITUAÇÃO ATUAL SE Betim 4 138/13,8kV 12/2003 Aprovada SE Ipatinga1 TR 230/138 kV – 150 MVA 04/2004 Aprovada SE Pimenta 3º AT 345/138-150 MVA 08/2004 Estudo Viabilidade LT 138 kV Jaguara - Araxá 2 09/2004 Aprovado SE Sete Lagoas 4 345/138 kV-2x150MVA 05/2006 Plano Expansão (*) OBRA (*) não há solicitação de acesso até o momento 6.4.13 CELPA A tabela 6.4.13-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, encaminhadas formalmente pela Celpa para elaboração do PAR 2004-2006. Tabela 6.4.13-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Celpa OBRA ONS DATA SE Eldorado dos Carajás (implantação) SET/2002 LT Utinga – Miramar – Reduto 69 kV - Recondutoramento JUN/2003 SE Marabá (ampliação) – Pátio 69/13,8 kV para Celpa DEZ/2003 SE Abel Figueiredo (implantação) 69/13,8 kV DEZ/2004 SE Tomé Açu (ampliação) – Pátio 138/13,8 kV Dez/2004 PAR 2004-2006 418 / 530 6.4.14 CELTINS A tabela 6.4.14-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, encaminhadas formalmente pela CELTINS para elaboração do PAR 2004-2006. Tabela 6.4.14-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – CELTINS OBRA ONS DATA LT Secc. LT Agro – Dianopolis – 138 kV – 1 km DEZ/2004 LT UHE A Limpa – Areia – 138 kV – 5 km DEZ/2004 LT Dianopolis – Almas – 138 kV – 40 km ABR/2005 LT Almas – Natividade – 138 kV – 65 km NOV/2005 LT Natividade – Peixe – 138 kV – 100 km NOV/2005 LT Secc. Gurupi – LT (PAR-GUR) – 138 kV - 2km DEZ/2007 LT Isamu Ikeda – Porto Nacional – 138 kV – 77 km JUN/2007 LT Palmas – Porto Nacional – 138 kV – 55 km JUN/2007 LT Palmas II – Santa Tereza – 138 kV – 70 km AGO/2008 LT Santa Tereza – Novo Acordo – 138 kV – 40 km AGO/2008 SE Palmas IV: EL 138kV AGO/2003 SE Palmas IV: CT 138 kV AGO/2003 SE Palmas IV: CT 13,8 kV AGO/2003 SE Palmas IV: Transformador 138/13,8 kV – 30 MVA AGO/2003 SE Araguatins: EL 69 kV JUN/2004 SE Araguatins: Transformador 69/13,8 kV – 5 MVA JUN/2004 SE Araguatins: CT 13,8 kV JUN/2004 SE Augustinopolis: 2 ELs 69 kV JUN/2004 SE Augustinopolis: Transformador 69/13,8 kV – 5 MVA JUN/2004 SE Augustinopolis: CT 69 kV JUN/2004 SE Augustinopolis: CT 13,8 kV JUN/2004 SE UHE Água Limpa: EL 138 kV DEZ/2004 SE UHE Água Limpa: Transformador 138/6,4 kV – 15 MVA DEZ/2004 SE UHE Água Limpa: CT 138 kV DEZ/2004 PAR 2004-2006 419 / 530 OBRA ONS DATA SE UHE Água Limpa: 2 CTs 6,4 kV DEZ/2004 SE UHE Areia: 3 ELs 138 kV DEZ/2004 SE UHE Areia: CT 138 kV DEZ/2004 SE UHE Areia: CT 6,4 kV DEZ/2004 SE UHE Areia: Transformador 138/6,4 kV – 20 MVA DEZ/2004 SE Dianópolis: EL 138 kV NOV/2005 SE Gurupi: Transformador 138/13,8 kV – 25 MVA DEZ/2005 SE Gurupi: CT 138 kV DEZ/2005 SE Gurupi: CT 13,8 kV DEZ/2005 SE Araguaína II: 2 ELs 138 kV MAI/2007 SE Araguaína II: Transformador 138/13,8 kV – 20 MVA MAI/2007 SE Araguaína II: CT 13,8 kV MAI/2007 SE Gurupi II: EL 138 kV DEZ/2007 SE Gurupi II: Transformador 138/13,8 kV – 15 MVA DEZ/2007 SE Isamu Ikeda: EL 138 kV JUN/2007 SE Monte do Carmo: 4 ELs 138 kV JUN/2007 SE Palmas II: 2 ELs 138 kV AGO/2008 SE Porto Nacional: EL 138 kV JUN/2007 SE Toquaralto: 2 ELs 138 kV JUN/2007 SE UHE Novo Acordo: 2 ELs 138 kV AGO/2008 SE UHE Novo Acordo: 2 Transformadores 138/13,8 kV – 30 MVA AGO/2008 SE UHE Novo Acordo: 2 CTs 138 kV AGO/2008 SE UHE Santa Tereza: 4 ELs 138 kV AGO/2008 SE UHE Santa Tereza: 3 Transformadores 138/13,8 kV – 25 MVA AGO/2008 SE UHE Santa Tereza: 3 CTs 138 kV AGO/2008 PAR 2004-2006 420 / 530 6.4.15 COELCE A tabela 6.4.15-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, encaminhadas formalmente pela Coelce para elaboração do PAR 2004-2006. Tabela 6.4.15-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Coelce OBRA DATA SE Cauípe: 2º Transformador 230/69 kV 100 MVA 2005 SE Pici: 3º Transformador 230/69 kV 100 MVA 2004 SE Icó: 2º Transformador 230/69 kV 100 MVA 2004 SE Tauá (Nova): Transformador 230/69 kV 100 MVA 2005 SE Banabuiú: 3º Transformador 230/69 kV 50 MVA 2006 SE Russas: 2º Transformador 230/69 kV 100 MVA 2006 6.4.16 COSERN A tabela 6.4.16-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, encaminhadas formalmente pela Cosern para elaboração do PAR 2004-2006. Tabela 6.4.16-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Cosern ONS OBRA DATA SE Santa Cruz II - substituição do Transformador 69/13,8 kV – 5 MVA por outro de 10/12,5 MVA 2004 SE Paraíso (implantação) 230/138 kV – 100 MVA 2004 SE Paraíso: 2 ELs 138 kV 2004 SE Açu II: 2º Transformador 230/138 kV – 55 MVA 2004 SE Açu II: 2 ELs 138 kV 2004 SE Icó: EL 69 kV 2004 SE Natal Sul (implantação) – 2 transformadores 230/69 kV – 100 MVA 2006 SE Natal Sul: 4 ELs 69 kV 2006 PAR 2004-2006 421 / 530 OBRA SE Santana dos Matos II – transformador 138/69 kV – 50 MVA DATA 2006 6.4.17 CELPE A tabela 6.4.17-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, encaminhadas formalmente pela Celpe para elaboração do PAR 2004-2006. Tabela 6.4.17-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Celpe OBRA ONS DATA SE Várzea (implantação): 2 Transformadores 230/69 kV - 150 MVA 2004 SE Limoeiro (implantação): 2 Transformadores 230/69 kV – 100 MVA 2006 SE Urbana (implantação): 2 Transformadores 230/69 kV – 100 MVA 2007 SE Angelim: 3° Transformador 230/69 kV – 100 MVA 2003 SE Bom Nome: 2° Transformador 230/138 kV – 100 MVA 2003 SE Goianinha: 3° Transformador 230/69 kV – 100 MVA 2004 SE Tacaimbó: 3° Transformador 230/69 kV – 100 MVA 2004 SE Pirapama: 4° Transformador 230/69 kV – 100 MVA 2005 SE Pau Ferro: 3° Transformador 230/69 kV – 100 MVA 2006 SE Ribeirão: 3° Transformador 230/69 kV – 100 MVA 2007 SE Várzea: 3° Transformador 230/69 kV – 150 MVA 2007 SE Pau Ferro: 4 Bays 69 kV 2003 SE Angelim: 2 Bays 69 kV 2004 SE Juazeiro II: 1 Bay 69 kV 2004 SE Angelim: 1 Bay 69 kV 2005 SE Pirapama: 1 Bay 69 kV 2005 SE Várzea: 2 Bays 69 kV 2005 SE Tacaimbó: 2 Bays 69 kV 2006 SE Bom Nome: 1 Bay 138 kV 2007 PAR 2004-2006 422 / 530 OBRA SE Várzea: 2 Bays de 69 kV DATA 2007 6.4.18 ENERGIPE A tabela 6.4.18-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, encaminhadas formalmente pela Energipe para elaboração do PAR 2004-2006. Tabela 6.4.18-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Energipe OBRA DATA LT Penedo – Carrapicho 69 kV - C2 2004 SE São Cristóvão: Banco de Capacitor 1,2 MVA 15 kV 2004 SE Itaporanga: Banco de Capacitor 1,2 MVA 15 kV 2004 SE Jardim: 4° Transformador 230/69 kV – 100 MVA 2005 6.4.19 COELBA A tabela 6.4.19-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, encaminhadas formalmente pela Coelba para elaboração do PAR 2004-2006. Tabela 6.4.19-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Coelba OBRA ONS DATA SE Abaixadora: 2º Transformador 230/69 kV – 100 MVA DEZ/2006 SE Barreiras: Transformador 230/138 kV – 100 MVA MAI/2004 SE Barreiras: Transformador 230/69 kV – 39 MVA (2º trafo na subestação) JUL/2007 SE Barreiras: 2° Transformador 230/138 kV – 100 MVA JUL/2007 SE Bom Jesus da Lapa: substituição do transformador 230/69 kV de 33 MVA por outro de 50 MVA DEZ/2009 SE Bom Jesus da Lapa: 1º transformador 230/138 kV – 55 MVA MAI/2008 PAR 2004-2006 423 / 530 OBRA DATA SE Bom Jesus da Lapa: 2º transformador 230/138 kV – 55 MVA DEZ/2009 SE Catu: substituição de um dos transformadores 230/69 kV OUT/2008 40 MVA por outro de 100 MVA (2º trafo de 100 MVA) SE Funil: substituição do transformador 230/138 kV - 67 MVA por outro de 100 MVA (4º trafo de 100 MVA) DEZ/2008 SE Cícero Dantas: 1° Transformador 230/69 kV – 39 MVA (3º trafo da subestação) JUL/2010 SE Cotegipe: 3° Transformador 230/69 kV – 100 MVA DEZ/2006 SE Irecê: 2° Transformador 230/138 kV – 55 MVA JUL/2007 SE Irecê: substituição de um dos transformadores 230/60 kV 39 MVA por outro de 100 MVA (1º trafo de 100 MVA) JUL/2010 SE Jacaracanga: 3° Transformador 230/69 kV – 100 MVA DEZ/2007 SE Juazeiro II: 3° Transformador 230/69 kV – 100 MVA JUL/2006 SE Narandiba 100 MVA 6.5 (implantação): 2 Transformadores 230/69 kV – NOV/2005 SE Narandiba: 3º Transformador 230/69 kV – 100 MVA DEZ/2008 SE Eunápolis: 4º Transformador 230/138 kV – 100 MVA DEZ/2012 SE Olindina: 2° Transformador 230/69 kV – 40 MVA DEZ/2008 SE Narandiba: 6 ELs 69 kV (SEs CAB, BRS, MTT, PIT, FDR) NOV/2004 SE Senhor do Bonfim: 1º Transformador 230/138 kV – 55 MVA OUT/2008 LT 69 kV São Felipe – Santo Antônio de Jesus MAI/2006 Critérios Os estudos foram desenvolvidos com base nos procedimentos, diretrizes e critérios descritos nos seguintes Submódulos dos Procedimentos de Rede: 4.2 (Elaboração do Plano de Ampliações e Reforços na Rede Básica), 4.5 (Procedimentos para a Determinação das Ampliações e Reforços da Rede Básica), 4.6 (Critérios para Determinação das Ampliações e Reforços na Rede Básica), 23.2 (Critérios para a Definição das Redes do Sistema Elétrico Interligado) e 23.3 (Diretrizes e Critérios para Estudos Elétricos). Como determinado no módulo 4 dos Procedimentos de Rede, os condicionantes e o escopo dos estudos para elaboração deste PAR 2003-2005 foram estabelecidos no ONS PAR 2004-2006 424 / 530 início do ciclo e consolidados no documento “Estudo para Identificação das Ampliações e Reforços na Rede Básica – Período 2003-2005 – Termo de Referência” [8], preparado no âmbito dos Grupos Especiais de Ampliações e Reforços. Alguns dos critérios descritos nos Procedimentos de Rede, devido à sua relevância para a realização dos estudos elétricos, são destacados a seguir. 6.5.1 Critérios com Relação aos Níveis de Tensão As simulações foram realizadas buscando-se ajustar as tensões nos barramentos da Rede Básica dentro dos limites operativos apresentados na Tabela 1 – Níveis de Tensão (fase-fase) em Corrente Alternada, do item 5.3.1 (Níveis de Tensão) do Submódulo 23.3 (Diretrizes e Critérios para Estudos Elétricos) e reproduzida na Tabela 6.5.1-1 a seguir. Tabela 6.5.1-1 – Níveis de Tensão da Rede Básica (fase-fase) em Corrente Alternada Nominal (kV) Máxima (p.u.) Mínima (p.u.) 230 1,05 0,95 345 1,05 0,95 440 1,045 0,95 500 1,10 1,00 525 1,05 0,95 750 1,046 0,94 Ainda neste ciclo de estudos do PAR e tendo em vista as características regionais, os critérios utilizados para a avaliação do desempenho do sistema com relação aos níveis operativos de tensão para as condições normais e emergência foram os seguintes: ONS - as tensões nos barramentos do secundário dos transformadores das subestações de fronteira com a Rede Básica, em condições normais de operação, poderão ser ajustadas para atender às necessidades dos acessantes, desde que isso não afete o desempenho do sistema. Se o acessante solicitar tensão acima de 1,0 p.u. e isso implicar em reforços ou ampliações na Rede Básica, este valor de tensão não será atendido; - caso a tensão na barra secundária dos transformadores das subestações de fronteira com a Rede Básica, em condições normais de operação, fique abaixo e 1,0 p.u., serão propostas ampliações/reforços na Rede Básica para atender ao limite mínimo de 1,0 p.u., desde que atendida a condição de fator de potência mínimo de 0,95 nesse ponto; PAR 2004-2006 425 / 530 - 6.5.2 nas simulações de emergências, poderão ser aceitas tensões mínimas de 0,95 p.u. nas barras do secundário dos transformadores das subestações de fronteira com a Rede Básica e 0,90 p.u. nas demais barras da rede de simulação. Nos casos em que não houver tempo hábil para implantação de obras, são explicitadas as conseqüências sobre o desempenho do sistema. Critérios para Fator de Potência Foram considerados os valores de carga reativa resultantes do processo de consolidação de previsão de carga, descrito no Submódulo 5.2 (Consolidação da Previsão de Carga para Estudos de Ampliações e Reforços na Rede Básica), dos Procedimentos de Rede. Nos pontos de conexão à Rede Básica devem ser assegurados os valores de fator de potência descritos no item 7.3 (Fator de Potência das Instalações) do Submódulo 3.8 e reproduzidos na Tabela 6.5.2-1. Conforme estabelecido no CUST – Contrato de Uso do Sistema de Transmissão, ponto de conexão é o equipamento ou conjunto de equipamentos que se destina a estabelecer a conexão elétrica na fronteira entre os sistemas das partes. Tabela 6.5.2-1 – Fator de Potência nos Pontos de Conexão Tensão nominal do ponto de conexão Faixa de fator de potência Vn ≥ 230 kV 0,98 indutivo a 0,98 capacitivo 69 kV ≤ Vn < 230 kV 0,95 indutivo a 0,95 capacitivo Vn < 69 kV 0,92 indutivo a 0,92 capacitivo Nos casos em que não houver tempo hábil para implantação de obras, bem como nos casos de demandas com fator de potência fora do valor indicado, serão explicitadas as conseqüências sobre o desempenho do sistema. 6.5.3 Critérios de Carregamento de Linhas de Transmissão Os critérios para definição dos limites de carregamento das linhas de transmissão existentes e futuras, para avaliação do desempenho dos sistemas elétricos, estão descritos no item 5.3.3 (Carregamento de Linha de Transmissão) do Submódulo 23.3. Deverão ser relacionados no PAR todos os elementos terminais que limitarem o carregamento de linhas, para recomendação de futuro ajuste ou substituição. 6.5.4 Critérios de Carregamento de Transformadores Os critérios para definição dos limites de carregamento dos transformadores existentes e futuros, para avaliação do desempenho dos sistemas elétricos, estão descritos no item 5.3.4 (Carregamento de Transformadores) do Submódulo 23.3. ONS PAR 2004-2006 426 / 530 6.5.5 Critérios para os Estudos das Interligações Regionais As diretrizes e os critérios para a realização dos estudos de estabilidade estão descritos no item 8 (Diretrizes e Critérios para Estudos de Transitórios Eletromecânicos) do Submódulo 23.3. (a) Critérios adicionais para os estudos de fluxo de potência e estabilidade das interligações entre as regiões Sul e Sudeste. Critérios para despacho de geração Os principais critérios adicionais são: - para as usinas de Itaipu 60 Hz e Itaipu 50 Hz será adotado despacho igual; - serão considerados dois cenários para a geração de Itaipu, conforme Tabela 6.5.5-1 abaixo; e - como geração mínima das usinas hidráulicas do resultado, mostrado na Tabela 6.5.5-2, obtido documento “Reavaliação do Despacho Ótimo Geradora e determinação do Montante de Carga elaborado pelo ONS. Sul/Sudeste será adotado o no estudo consolidado no por Usina e por Unidade no Período de Carga Leve”, Tabela 6.5.5-1 – Despachos da UHE Itaipu considerado em cada patamar de carga Despacho de Itaipu 60 Hz/50 Hz (MW) Patamares de carga ONS PAR 2004-2006 Despacho Elevado Despacho Reduzido “ALTO” “BAIXO” Pesada 2 x 6.300 2 x 5.600 Média 2 x 6.300 2 x 4.900 Leve 2 x 4.900 2 x 4.900 MWmédios 2 x 5.890 2 x 4.987 427 / 530 Tabela 6.5.5-2– Parque Gerador Mínimo na Região Sul Parque Gerador Mínimo Usina / Alternativa B (Iguaçu no Mínimo) Garabi I e II Fora de operação UTE Uruguaiana Com despacho de 500 MW Com despacho de 320 MW Com despacho mínimo, Usinas Térmicas do 230 kV porém todas as unidades sincronizadas UHE Itá - 1 Maq. UHE Itá - 1 Maq. UHE Salto Santiago- 1 Maq. UHE Salto Santiago- 2 Maq. UHE Salto Osório - 0 Maq. Usinas Hidráulicas UHE Salto Osório - 1 Maq. (as hidráulicas que UHE Salto Segredo - 1 Maq. UHE Salto Segredo - 0 Maq. não estão UHE Salto Caxias - 1 Maq. UHE Salto Caxias - 1 Maq. despachadas UHE G.B.Munhoz - 0 Maq. foram simuladas UHE G.B.Munhoz - 0 Maq. operando como UHE P.Fundo - 0 Maq. UHE P.Fundo - 0 Maq. compensador síncrono) Todas as unidades da Todas as unidades da CGTE sincronizadas com CGTE sincronizadas com despacho mínimo. despacho mínimo. UTE J. Lacerda-2 máq. desl. Importação Alternativa A Total ~2.800MW ~2.000MW Critérios com relação à determinação dos limites de intercâmbio operacionais (Regime Dinâmico) Os principais critérios adicionais são: - foi simulada a aplicação de curto 1Φt, 80ms, seguido de abertura de um circuito e/ou dois circuitos, respectivamente, para o caso de linhas de circuito simples e duplo; - não se admitiu sobrecargas durante contingências, tendo como base os valores do CPST; - as Interligações devem permanecer em sincronismo e com oscilações bem amortecidas, para os defeitos simulados, tendo sido utilizados os seguintes critérios: critério de estabilidade transitória: a tensão mínima transitória admissível na 1º oscilação pós-distúrbio deve ser superior a 60% do valor da tensão préfalta e superior a 80% nas demais oscilações; e critério de estabilidade dinâmica: as oscilações de tensão não devem ser superiores a 2% a partir do 10o segundo e as oscilações de potência não ONS PAR 2004-2006 428 / 530 devem ser superiores a 10%, em relação ao valor médio calculado entre picos a partir do 10° segundo. - a partir da entrada em operação do segundo circuito da interligação Norte/Sul, a Proteção de Perda de sincronismo (PPS) dessa interligação foi considerada bloqueada, i.é, os limites de intercâmbio devem ser tal que não sensibilizem esta PPS para os defeitos simulados; - na barra do capacitor série entre as subestações de Foz do Iguaçu e Ivaiporã, 750 kV foi permitido um valor de tensão máximo de 1,02 p.u.; - no barramento de 345 kV da subestação de Samambaia foi permitida uma tensão mínima de 0,8 p.u. no transitório, após a retirada do defeito; - no barramento de 750 kV da SE Tijuco Preto foi admitida uma tensão mínima de 0,73 pu no transitório, após a retirada do defeito; - foi permitida a atuação do limitador de corrente de campo de Itaipu 60 Hz transitoriamente após o defeito até 700ms; - foram simulados os Esquemas de Corte de Geração (ECG) existentes e futuros: desligamento de 1 ou 2 máquinas da usina de Itaipu 60 Hz, em 200ms, na abertura de uma linha do tronco de 750 kV, comandado por CLP; atuação da Lógica 6, que desliga até duas máquinas da UHE Itaipu 60 Hz, com objetivo de evitar a abertura da interligação Sul-Sudeste, no trecho da transformação de Ivaiporã 750/500 kV, por sobrecarga nos transformadores desta subestação; desligamento de máquinas da UHE Serra da Mesa ou da UHE Lajeado, na perda de um dos circuitos de 500 kV entre Serra da Mesa e Samambaia, comandado por CLP; e desligamento de 1 ou 2 máquinas da região do Iguaçu, em 200ms, na perda de linhas de 525 kV que saem desta região, conforme ECG hoje implantado. Critérios com relação à operação das máquinas Não foi permitida a atuação do limitador de corrente de campo das máquinas de Itaipu 60 Hz, mesmo que transitoriamente após o defeito. (b) Critérios adicionais para os estudos de fluxo de potência e estabilidade das interligações entre as regiões Norte e Nordeste. Critérios para despacho de geração Como geração mínima das usinas hidráulicas da Região Nordeste será adotado o resultado apresentado no relatório “Inércia Mínima no Nordeste”, elaborado pelo ONS. ONS PAR 2004-2006 429 / 530 Critérios com relação à determinação dos limites de intercâmbio de regime permanente Os principais critérios adicionais são: - carregamento dos equipamentos de compensação de potência reativa variáveis: foi adotado como limite o valor de 60% da potência nominal do primeiro equipamento que atingir este valor, depois de esgotado os recursos da regulação; e - níveis de tensão: na rede que interliga as regiões Norte e Nordeste foi considerada a tensão mínima de 1.04 p.u. na subestação de Presidente Dutra. Critérios com relação à determinação dos limites de intercâmbio operacionais (regime dinâmico) Os principais critérios adicionais são: - no barramento de 345 kV da subestação de Samambaia foi admitida tensão mínima de 0,8 p.u. no transitório, após a retirada do defeito; - não foi admitida a atuação do ERAC com perda de carga generalizada; - não foi admitida a atuação dos equipamentos de proteção de sobretensão que acarretem perda de carga; - não foi admitido o desligamento dos compensadores síncronos da interligação na área do subsistema Norte e área oeste do subsistema Nordeste; e - não foi admitido o desligamento dos autotransformadores por sobrecarga, com conseqüente perda de carga. - remoção dos reatores de linha quando da abertura dos circuitos; - foram aplicados curtos monofásicos com duração de 100ms; - foi considerada potência mínima sincronizada no Nordeste de 80% da carga; - foi adotado despacho de 70% da capacidade nominal das Usinas Térmicas em qualquer patamar de carga; - o despacho de unidades térmicas não deve limitar os intercâmbios, quando então deverão ser desligados; - foi admitido Esquema de Corte de Geração (ECG); - foram considerados fluxos limites quando, ao elevarmos o intercâmbio de 100 MW as contingências simples de circuito acarretaram uma das seguintes conseqüências: atuação do ERAC devido a Subfreqüência acarretadas por perda de geração ou ilhamento; sobrefreqüência superiores a 66 Hz, ocorridas devido a rejeições de grande porte. Essas sobrefreqüência tendem a ocorrer na Região Norte e são ONS PAR 2004-2006 430 / 530 controláveis pelos esquemas de rejeição de geração nas usinas de Tucuruí e Lajeado. As sobrefreqüência máximas admissíveis são as seguintes: máquinas hidráulicas suportam 20% e térmicas 10%; desligamento de compensadores síncronos por sobrecarga; desligamento de carga por sobre ou subtensão; violação do seguinte critério com relação à estabilidade transitória (três primeiros ciclos): a tensão mínima transitória admissível na 1º oscilação pós-distúrbio deve ser superior a 60% do valor da tensão pré-falta e superior a 80% nas demais oscilações; violação do seguinte critério com relação à estabilidade dinâmica: a partir do 10o segundo a oscilação de tensão deve ser inferior a 2% e as oscilações de potência menores que 10%, em relação ao valor médio calculado entre picos a partir do 10o segundo; desligamento de autotransformador com conseqüente desligamento de carga; tensão mínima transitória pós-distúrbio de 0,8 pu em Samambaia; Corrente superior a 3.000A por até 10 segundos em circuito da interligação Norte/Sul; - foram admitidas aberturas das interligações por atuação da esquemas quando não acarretaram perda de carga; - foi admitida perda de carga por atuação do esquema de subtensão da área Norte e Oeste da Região Nordeste, pela ocorrência de contingência local. 6.5.6 PPS ou outros Critérios para os Estudos de Confiabilidade Os critérios para os estudos de confiabilidade que permitem a avaliação dos riscos probabilísticos inerentes ao sistema elétrico estão descritos no item 11.3 (Critérios para Estudos de Confiabilidade) do Submódulo 23.3. Em complementação às informações disponíveis nos Procedimentos de Rede, registram-se nesta seção os aspectos que influenciam a monitoração dos indicadores de risco selecionados. Basicamente serão discutidos quatro aspectos fundamentais, a saber: ONS - Taxionomia, objetivos e condicionantes da análise realizada; - Caracterização de dados e modelagem de fenômenos, efeitos e componentes; - Descrição das etapas de trabalho (metodologia); - Caracterização da simulação computacional de confiabilidade. PAR 2004-2006 431 / 530 Taxionomia, Objetivos e Condicionantes O registro de uma breve taxionomia (i.e. classificação por categorias ou tipos) da análise de confiabilidade realizada é útil porque o universo de possibilidades é muito vasto e essa caracterização ajuda a compreensão dos resultados obtidos. Os principais aspectos que merecem comentários são os seguintes: a) Quanto ao tipo e objetivo do estudo A análise encetada classifica-se como confiabilidade preditiva probabilística composta (ou de nível hierárquico dois) porque engloba os sistemas de geração e transmissão. Trata-se, porém, de um caso particular, já que o sistema de geração é tratado deterministicamente e apenas a transmissão é submetida a falhas (incertezas). O objetivo é a aferição dos patamares de riscos estáticos globais (SIN) e regionais (estados da federação e áreas elétricas) associados à rede básica brasileira para 8 configurações topológicas futuras no horizonte 2003 a 2005, previstas no Plano de Ampliações e Reforços - PAR. b) Quanto à abrangência espacial O enfoque concentra-se apenas na chamada rede básica brasileira. Não foram tratadas as incertezas das linhas de transmissão e dos transformadores com níveis de tensão inferiores a 230 kV. O sistema modelado abrangeu todo o território brasileiro (Sistema Interligado Brasileiro - SIN). O sistema de 750 kV foi integralmente representado, com suas incertezas. O demais sistemas de 525, 500, 440, 345, e 230 kV foram também totalmente representados, com suas incertezas. c) Quanto à abrangência temporal A análise restringiu-se a uma seqüência de avaliações pontuais no tempo, cada uma delas associada a um único patamar de carga. Cada avaliação refletiu uma nova topologia consoante o PAR. Para cada um dos três anos do horizonte do PAR, foram investigados os meses de fevereiro, junho e dezembro. d) Quanto à natureza dos modos de falha Dado que o programa computacional utilizado foi o NH2, na sua versão 5.21 de Maio de 2001, Edição de 02/08/2001, os modos de falha tratados retratam apenas os aspectos de continuidade e adequação, ou seja, foi realizado um estudo de confiabilidade estática (regime permanente). A contabilização da continuidade é feita pela discriminação de ilhamentos e, por abuso de linguagem, dos déficits de geração. A contabilização da adequação se dá pela detecção de violações de carregamento e violações de limites permissíveis de tensões. ONS PAR 2004-2006 432 / 530 e) Condicionantes adicionais O sistema (SIN) estudado foi partilhado em 59 áreas representando as regiões de interesse das empresas. O fluxo na interligação Norte/Sul, na configuração de Junho 2003 pesada, medido na barra # 7101, no trecho entre Gurupi/S. Mesa 500 kV (# 7101) e Serra da Mesa/Gurupi 500kV (# 7236), no caso-base de confiabilidade, situava-se em 1021 MW - j 214 Mvar na direção Norte para Sul. Para a configuração de dezembro 2005 pesada, esse fluxo era de 678 MW - j 81 Mvar, também na direção Norte para o Sul. Toda a análise foi realizada utilizando a usina de Ilha Solteira como barra de referência. Os elos de corrente contínua foram representados por injeções equivalentes (Itaipu, Garabi, Alumar). Em todos os casos, a usina nuclear de Angra I foi despachada, enquanto a Usina de Angra II manteve-se sempre com geração nula. A topologia de junho 2003 pesada foi tratada com aproximadamente 3121 nós e 4503 ramos. A topologia de dezembro 2005 pesada foi representada por 3300 nós e 4826 ramos. Dados e Modelos As Tabelas 6.5.6-1 a 6.5.6-3 registram aspectos de interesse relativos aos dados determinísticos e probabilísticos usados nas simulações. Os aspectos de modelagem de interesse são comentados a seguir: a) Fontes primárias de energia A influência das incertezas das fontes primárias de energia de natureza hidrológica podem ser representadas em estudos de confiabilidade composta atribuindo-se probabilidades aos diferentes cenários de despacho possíveis. No presente estudo permitiu-se a livre variabilidade de despacho de todas as unidades geradoras, dentro dos limites permitidos a cada uma delas, para fins de eliminação de violações dos casos-base de confiabilidade. Assim o despacho do caso-base de confiabilidade foi tratado com probabilidade unitária. b) Geração Embora as unidades geradoras tenham sido individualizadas para fins da busca do ponto de operação mais conveniente, nesse estudo a capacidade de geração foi representada deterministicamente, ou seja, não foram permitidas falhas nas unidades geradoras. ONS PAR 2004-2006 433 / 530 Tabela 6.5.6-1 - Características dos Dados Determinísticos e Probabilísticos Tipo de Dado e Comandos Associados Características dos Dados Determinísticos (configuração topológica e parâmetros) Fontes primárias de energia As fontes primárias não foram diretamente modeladas nesse estudo. Característica dos Dados Probabilísticos (parâmetros) Não se aplica Configuração, parâmetros e despacho inicial do caso-base de fluxo de potência retirados dos arquivos históricos <.sav> do PAR (vide Tabela 8.6). Para a montagem do caso-base de confiabilidade as unidades geradoras foram individualizadas de tal modo a emular Topologia da rede: tentativamente o despacho inicial proposto no caso-base de fluxo de Não foram modeladas as geração e compensação potência do PAR 2003-2005. Os limites superiores de potência ativa incertezas da geração (DECG). reativa (DBAR,DUSI) permissível para cada unidade geradora foram observados. Os limites inferiores foram tomados como nulos, por motivo de conveniência de processamento. Os limites superiores e inferiores de potência reativa foram observados. Topologia da rede: linhas de transmissão CA da Rede Básica (DLIN, DLCT) Dados típicos reais da rede Configuração e parâmetros retirados dos arquivos históricos do PAR. brasileira retirados de [12,13]. Limites de carregamento normal e de emergência iguais e consoante (DCTS). Vide Tabela 8.3. Não o CPST (folga de carregamento nula). Não foram modeladas as foram modeladas as falhas de alterações vinculadas. modo comum. Topologia da rede: linhas Configuração e parâmetros retirados dos arquivos históricos do PAR. de transmissão CA não Limites de carregamento infinito. Não foram modeladas as alterações pertencentes à Rede vinculadas. Básica. (DLIN) As incertezas dessas linhas não compuseram o espaço probabilístico de estados usado nas simulações. Topologia da rede: linhas Os elos de corrente contínua são automaticamente convertidos pelo de transmissão CC e programa NH2 em injeções equivalentes nas barras CA vizinhas Incertezas não modeladas terminais retificadores e adjacentes. inversores (DBAR) Topologia da rede: transformadores de malha da Rede Básica (DLIN, DLCT) Configuração e parâmetros retirados dos arquivos históricos do PAR. Limites de carregamento normal e de emergência iguais e consoante o CPST (folga nula) para as regiões S, SE e CO. Para a Região N/NE o limite de emergência foi igual a 120% do limite normal. Não foram modeladas as alterações vinculadas. Configuração e parâmetros retirados dos arquivos históricos do PAR. Topologia da rede: Limites de carregamento normal e de emergência iguais e consoante transformadores de o CPST (folga nula) para as regiões S, SE e CO. Para a Região N/NE fronteira da Rede Básica o limite de emergência foi igual a 120% do limite normal. Não foram (DLIN, DLCT) modeladas as alterações vinculadas Foi utilizado um único valor típico estimado para a taxa de falha e o tempo médio de reparo para todos os trafos do SIN (DCTS). A incerteza dos trafos de 3 enrolamentos foi associada unicamente ao ramo conectado à maior tensão. Vide Tabela 8.3) Vide observação acima (continua) ONS PAR 2004-2006 434 / 530 Tabela 6.5.6-1 - Características dos Dados Determinísticos e Probabilísticos (continuação) Tipo de Dado e Comandos Associados Características dos Dados Determinísticos (configuração topológica e parâmetros) Característica dos Dados Probabilísticos (parâmetros) Configuração e parâmetros retirados dos arquivos históricos do PAR. Topologia da rede: trafos Limites de carregamento infinito. Os trafos elevadores elevadores e trafos não (individualizados ou equivalentados) usados no caso-base de pertencentes à Rede confiabilidade foram mantidos sem alteração no caso-base de Básica (DLIN) confiabilidade. Não foram modeladas as alterações vinculadas. Incertezas não modeladas Topologia da rede: elementos em derivação Configuração e parâmetros retirados dos arquivos históricos do PAR. (reatores e capacitores), Não foram modeladas as alterações vinculadas. (DBAR) Incertezas não modeladas Topologia da rede: subestações (DBAR) As Incertezas internas das Topologia nodal da malha do SIN retirada dos arquivos históricos do subestações foram indiretamente PAR. O arranjo topológico individual de cada subestação não foi refletidas nas taxas de falha das modelado neste estudo. linhas de transmissão. Topologia da rede: elementos de compensação reativa série (DBAR, DLIN) Os dados determinísticos dos elementos série do subsistema de Itaipu foram explicitamente representados. A configuração e os parâmetros dos demais subsistemas com compensação série foram Incertezas não tratadas. retirados ipsis-litteris dos arquivos históricos do PAR. Os limites de carregamento desses elementos são tomados como sendo infinitos ou idênticos aos da própria linha. Carga ativa e reativa nos barramentos (DBAR) As incertezas das cargas não foram consideradas. Os regimes Valores retirados dos arquivos históricos do PAR. Uma parcela das de carga pesada, média e leve cargas foi modelada como função da tensão. foram processados separadamente. Tensões nas barras com Valores retirados dos arquivos históricos do PAR. tensão controlada (DBAR) Não se aplica Faixas de variação das Limites normais diferenciados dos limites de emergência. Vide Tabela tensões nos barramentos 8.2. A Atribuição das faixas foi realizada visando a conveniência de Não se aplica (DTEN) processamento computacional Faixas de variação dos tapes de trafos (DLIN) ONS PAR 2004-2006 Valores retirados dos arquivos históricos do PAR. Não se aplica 435 / 530 Tabela 6.5.6-2 - Limites Inferiores e Superiores Admissíveis para a Variação das Tensões Classe Limite Inferior do Normal Barramento (pu) Limite Superior Normal (pu) Limite Inferior Emergência (pu) Limite Superior Emergência (pu) Z 0,7 1,3 0,7 1,3 D 0,94 1,046 0,9 1,046 C 1,0 1,1 0,9 1,1 B 0,95 1,050 0,9 1,050 E 0,95 1,045 0,9 1,045 A 0,80 1,20 0,8 1,2 X 0,8 1,2 0,8 1,2 O 0,8 1,2 0,8 1,2 Tabela 6.5.6-3- Dados Probabilísticos da Rede Elétrica Brasileira [3] Tensão (kV) 69 88 138 230 345 (modo comum)2 440 500, 525 750 todas Taxa de Falha p/ LT (falhas/km.ano) Reatância Média (% / km) 1 LINHAS DE TRANSMISSÃO 0,6334 0,6070 0,260 0,04092 0,01981 0,0740 0,01804 0,0316 (0,01466) 0,01057 0,0166 0,01382 0,0127 0,00978 0,005786 Taxa de Falha p/ Trafos (falhas/unidade.ano)4 0,020 Tempo Médio de Reparo (horas)3 2,958 2,286 3,142 (0,198) 3,411 1,521 14,635 40,0 (1) Base = 100 MVA (2) Para a tensão 345 kV dispõe-se dos parâmetros da falha de modo comum coletados para a área de São Paulo. (3) O tempo médio de reparo está associado a contingências forçadas permanentes e fugitivas, todas com duração superior a 1 minuto, considerando todas as causas (internas, externas, secundárias e operacionais) e sem expurgar quedas de torres. (4) O valor utilizado em estudos anteriores foi de 0,11 falhas / unidade.ano Topologia (rede de transmissão) Nessa avaliação foram representadas todas as linhas e transformadores incluídos nos casos-base de fluxo de potência do PAR. Entretanto, foram atribuídas incertezas apenas aos elementos da Rede Básica. O tratamento dessas incertezas ONS PAR 2004-2006 436 / 530 baseou-se na modelagem clássica de cadeias de Markov a dois estados, com todos os condicionantes tradicionais (ausência de: envelhecimento, regeneração, tendências e correlações). Os elementos da transmissão foram classificados em três categorias: linhas (LT), transformadores de malha (TM) e transformadores de fronteira (TF). Todas as categorias foram discriminadas por níveis de tensão. A classe dos trafos de fronteira englobou aqueles trafos onde a maior tensão é igual ou maior a 230 kV e a segunda menor tensão é inferior a 230 kV. À toda malha de 750 kV foram atribuídas incertezas, dado o impacto resultante das falhas nesse nível de tensão. Embora as unidades geradoras tenham sido individualizadas, os trafos elevadores, quando presentes, não sofreram o mesmo tratamento dado aos demais transformadores. A topologia nodal não foi explicitamente tratada. Entretanto, a influência das falhas das subestações foi parcialmente refletida nos parâmetros das linhas de transmissão da Tabela 6.5.3, dada a própria metodologia de coleta desses parâmetros. Nesse estudo não foram consideradas as falhas de modo comum nem as vinculações oriundas de esquemas de controle de emergência e proteção. Também não foram modeladas as falhas dos elementos transversais (capacitores e reatores). Os comprimentos das linhas de transmissão foram estimados usando os valores de reatância média dados na Tabela 6.5.3. Atribuiu-se um único valor para as incertezas dos transformadores de todas as classes, como mostrado na Tabela 6.5.3. Os trafos elevadores foram tratados deterministicamente, exceto se passíveis de enquadramento como trafos de fronteira. Também não foram modelados os procedimentos de manutenção que impactam a malha de transmissão. Solicitação Ambiental Neste trabalho optou-se por não considerar nenhum efeito de solicitação ambiental com impacto na malha de transmissão e no regime hidrológico do sistema. Carga A modelagem da carga foi idêntica àquela utilizada nos casos de fluxo de potência do PAR para todas as configurações estudadas. A grande maioria das cargas foi modelada como valores de potência constante. No sistema N/NE algumas cargas foram modeladas funcionalmente, representando-se suas dependências com relação às variações de tensão. Tal representação facilita o processo de convergência, já que seu uso implica num corte implícito de carga quando da ocorrência de baixas tensões por esgotamento dos recursos dos sistema. Cumpre notar que esse aspecto tem influência direta nos valores dos índices de confiabilidade obtidos. ONS PAR 2004-2006 437 / 530 Os regimes de carga pesada, média e leve, oriundos do PAR, foram processados de forma independente. Todos os três regimes foram processados de forma determinística (sem incertezas no patamar). A composição de indicadores de risco levando em conta todos os patamares de forma proporcional pode ser estimada usando as indicações da Tabela 6.5.6-4. Tabela 6.5.6-4 - Perfil da carga típica diária do SIN, c/ influência de dias úteis e fins de semana [6] Patamar: Duração (horas) Pesada Média Leve 2,0 12,0 10,0 (8,33%) (50%) (41,67%) Fonte: GCPS/SE/CTST/GTIN/001-91, apud [6]. Composição do Espaço Probabilístico de Estados A composição do espaço probabilístico de estados tem extrema influência nos valores numéricos dos índices de confiabilidade. Por este motivo, é quase inútil o simples fornecimento de índices de confiabilidade, sem a descrição rigorosa da composição do espaço probabilístico de estados sobre o qual os mesmos índices foram gerados. Na avaliação realizada, este espaço foi composto apenas pelos circuitos (i.e. trafos e linhas) de transmissão. Para fins de referência e ilustração de ordens de grandeza a composição do espaço probabilístico da configuração de Junho de 2003 é aproximadamente especificada na Tabela 6.5.6-5. A probabilidade do caso-base de confiabilidade para a configuração de Junho 2003 (i.e. rede completa sem contingências) é de 65,523926% Em Dezembro 2005 essa probabilidade se reduz a 62,343758% devido ao acréscimo de elementos. Metodologia (Etapas do Processamento Computacional) O processamento computacional compreendeu duas etapas encadeadas seqüencialmente, quais sejam: (i) Pré-processamento para obtenção do caso-base de confiabilidade; (ii) Cálculo numérico da confiabilidade. Todas as minúcias da simulação computacional podem ser vista em [7]. ONS PAR 2004-2006 438 / 530 Tabela 6.5.6-5 - Composição do Espaço Probabilístico de Estados para Junho 2003, Pesada Elementos Número de Elementos Geradores Individualizados Linhas de transmissão 626 750 kV 525 kV 500 kV 440 kV 345 kV 230 kV Total de linhas Transformadores de Malha 750 kV 525 e 500 kV 440 kV 345 kV Total de trafos de Malha Total de trafos de Fronteira (230 kV) 9 27 83 34 94 394 641 Patamares de carga por regime Total de Elementos a 2 Estados Total Aproximado de Elementos do Espaço Probabilístico de Estados ONS PAR 2004-2006 Número de Estados Associados ao Elemento 1 (não gera combinações) 2 2 2 2 2 2 12 80 8 74 174 2 2 2 510 2 1 641 + 174 + 510 = 1325 1 (não gera combinações) 2 1325 = 10 398,86 439 / 530 7 Aspectos Relacionados à Fronteira da Rede Básica com a Rede de Distribuição A Resolução Aneel nº 433/00, emitida pela Aneel em novembro de 2000, revisou o conceito da Rede Básica estabelecendo que o ponto de conexão à Rede Básica se dá no barramento de alta tensão das subestações. Neste contexto, os novos transformadores com tensão secundária inferior a 230 kV não mais integram a Rede Básica, sendo a sua implantação de responsabilidade dos distribuidores, dos consumidores livres ou dos geradores. Para os transformadores existentes, a reclassificação se dará a partir de 2003, nas datas fixadas para a revisão tarifária das distribuidoras. O ONS, com o apoio da Aneel, tem procurado estimular discussões envolvendo os transmissores e distribuidores visando disseminar os novos conceitos estabelecidos pela Resolução Aneel nº 433/00, bem como buscar soluções para assegurar a viabilização dos reforços em transformação na fronteira entre a Rede Básica e a rede de distribuição. Por outro lado, no desenvolvimento dos estudos para a elaboração deste Plano de Ampliações e Reforços, o ONS em conjunto com os Agentes através dos Grupos Especiais, identificaram situações nas quais os critérios adotados não são atendidos, sendo abordado em particular, os casos de violação para os transformadores com tensão secundária inferior a 230 kV, que não mais integrarão a Rede Básica. Neste sentido, as tabelas apresentadas neste item resumem as situações encontradas onde os critérios adotados nos estudos não são atendidos. Quando disponíveis, são registradas as soluções indicadas pelo Agente responsável. Os problemas estão organizados por região elétrica / concessionária de distribuição, sendo indicadas as violações de critério encontradas tanto em condições normais de operação como em contingências. No caso do Estado de São Paulo, em função do grande número de Agentes envolvidos, os problemas identificados foram agrupados em seis áreas de conexão, segundo critério utilizado pela Aneel para o estabelecimento dos correspondentes encargos de conexão. Observa-se que a solução a ser implementada, para que possa levar a melhores resultados do ponto de vista técnico-econômico, deve considerar que: − o conjunto de empreendimentos indica a pior situação, ou seja, não foi considerada a possibilidade de operação dos transformadores com carregamento 20% acima de sua capacidade nominal, nem o remanejamento de carga através da rede de distribuição; − a entrada em operação das usinas termelétricas, notadamente na rede de distribuição, pode acarretar em modificação na natureza e na cronologia dos problemas identificados; ONS PAR 2004-2006 440 / 530 − no caso de instalações compartilhadas, o critério de rateio dos encargos de conexão tem influência nas análises técnico-econômicas; e − a indicação de sobrecarga em instalações muito próximas sinaliza a possibilidade de que determinadas soluções eliminam simultaneamente mais de um problema. Neste item são sinalizados também os locais nos quais foram identificados baixos valores de fator de potência, calculados do lado de alta dos transformadores, que devem merecer atenção especial por parte das concessionárias de distribuição. Finalmente são relacionados problemas detectados pelas próprias distribuidoras na sua área de atuação, que demandam expansões a partir da Rede Básica. Estes casos foram informados pelos respectivos Agentes envolvidos, no âmbito dos Grupos Especiais, antecipando a intenção de uma futura solicitação de acesso. Salienta-se que deverão ser adotadas medidas urgentes para a solução dos casos onde já ocorre, ou está prevista para ocorrer, sobrecarga em condições normais de operação, relacionados na Tabela 7-1. Esse problema foi identificado em 22 subestações, cerca de 7% das SEs integrantes da Rede Básica atualmente. Tabela 7-1 – Locais onde é prevista sobrecarga em condições normais de operação UF 1º ANO COM SOBRECARGA SE PICI – 230/69 kV – 2x100 MVA CE Jun/2004 SE IPATINGA - 230/161– 1x150 MVA e 161/138 kV – 1x120MVA MG SE MASCARENHAS DE MORAES - 345/138 kV – 150 MVA MG Jul/2004 SE ANASTÁCIO - 230/138 kV – 1X75 MVA MS Jun/2004 SE BOM NOME – 230/138 kV – 100 MVA PE Dez/2004 SE BONGI – 230/13,8 kV – 2x40 MVA PE Dez/2004 SE BONGI – 230/69 kV – 4x100 MVA PE Dez/2004 SE BOA ESPERANÇA – 230/69 kV – 2x33 MVA PI Dez/2005 SE CASCAVEL – 230/138 kV – 3x150 MVA PR Jun/2005 SE BAGE – 230/69 kV – 2x50 MVA RS Jun/2004 SE CAXIAS 2 – 230/69 kV – 165 MVA RS Fev/2005 SE CHARQUEADAS - 230/69 kV – 86 MVA RS Jun/2006 SE PORTO ALEGRE 10 – 230/13 kV – 50 MVA RS Fev/2005 SE PORTO ALEGRE 6 – 230/69 kV – 2X83 MVA RS Jun/2004 SUBESTAÇÃO ONS PAR 2004-2006 Jul/2003 441 / 530 UF 1º ANO COM SOBRECARGA SE SANTA MARTA – 230/69 kV – 83 MVA RS Jun/2004 SE BOM JARDIM – 440/138 kV – 2x300 MVA SP Jul/2003 SE BOTUCATU – 230/138 kV – 3x75 MVA SP Jul/2003 SE CABREÚVA – 440/138 kV – 1x150 MVA SP Jul2006 SE CAMPINAS – 345/138 kV – 4x150 MVA SP Jul/2004 SE CAPIVARA – 440/138 kV – 1x150 MVA SP Jul/2004 SE JUPIÁ – 440/138 kV – 1x150 MVA SP Jul/2003 SE JURUMIRIM – 230/138 kV – 2x75 MVA SP Jul/2003 SUBESTAÇÃO Além dos problemas em condições normais de operação, a contingência simples de um transformador resultou em carregamentos superiores a 140% nos equipamentos remanescentes em 23 locais (7,3% do total), ao longo do horizonte estudado. Nesses casos, há risco de desligamento em cascata e conseqüente perda da subestação. Em 36 SEs (11,5% das subestações), a perda de um transformador provocou carregamentos acima da capacidade nominal dos trafos remanescentes. Ressaltase, ainda, o caso de 25 subestações (8% do total) que contam com apenas um transformador, cuja indisponibilidade implica em, no mínimo, corte temporário de toda a carga atendida. Para os casos em que foram identificadas sobrecargas em condições de contingência, deverá ser estudada a implantação de esquema especiais de alívio de carga para preservar os equipamentos remanescentes. ONS PAR 2004-2006 442 / 530 7.1 7.1.1 Região Sul CEEE SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE CIDADE INDUSTRIAL 230/138 kV – 2 X 150 MVA SE GRAVATAI 230/69 kV – 2 X 165 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de um dos transformadores, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 167% em 2005 Na perda de um dos transformadores, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 156% em 2006 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA BAGÉ - 230/69 kV 0,86; 0,95; 0,95 2004 a 2006 CHARQUEADAS - 230/69 kV 0,91; 0,91; 0,91 2004 a 2006 ELDORADO - 230/23 kV 0,94; 0,94; 0,94 2004 a 2006 GUAÍBA - 230/69 kV 0,86; 0,86; 0,86 2004 a 2006 PELOTAS 3 - 230/138 kV 0,88; 0,90; 0,90 2004 a 2006 PORTO ALEGRE 10 - 230/13 kV 0,92; 0,89; 0,89 2004 a 2006 PORTO ALEGRE 10 - 230/69 kV 0,95; 0,92; 0,92 2004 a 2006 PORTO ALEGRE 13 - 230/13 kV 0,94; 0,90; 0,90 2004 a 2006 PORTO ALEGRE 6 - 230/69 kV 0,91; 0,94; 0,93 2004 a 2006 ONS PAR 2004-2006 443 / 530 SUBESTAÇÃO PORTO ALEGRE 8 - 230/69 kV QUINTA - 230/69 kV FATOR DE POTÊNCIA DATA 0,88; 0,88 2005 e 2006 0,92; 0,90; 0,90 2004 a 2006 Obs.: fator de potência calculado no lado de baixa do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga e da compensação reativa da SE ONS PAR 2004-2006 444 / 530 7.1.2 RGE SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE FARROUPILHA 230/69 kV – 2 X 88 MVA SE SANTA MARTA 230/138 kV – 2 X 75 MVA SE GUARITA 230/69 kV – 2 X 83 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de um dos transformadores, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 125% em 2004, 185% em 2005 e 156% em 2006 Conforme RGE, com a entrada em operação do 2° TR, 230/69 kV, 83 MVA, na SE Garibaldi e do banco 230/69 kV, 165 MVA, na SE Caxias 5 é possível remanejamento da carga no setor de 69 kV no caso da perda de um TR da SE Farroupilha. Na perda de um dos transformadores, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 189% em 2004 Conforme RGE, esse problema será solucionado com a entrada em operação da SE Lagoa Vermelha em Set/04. Na perda de um dos transformadores, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 153% em 2005 e 157% em 2006 A RGE informou que está estudando uma solução para o problema. LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA GRAVATAI - 230/69 kV 0,93; 0,93 2005 e 2006 GUARITA - 230/69 kV 0,91; 0,91 2005 e 2006 ONS PAR 2004-2006 445 / 530 SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA MISSÕES - 230/69 kV 0,88; 0,88 2005 e 2006 NOVA PRATA - 230/69 kV 0,94; 0,94 2005 e 2006 SANTA MARTA - 230/138 kV 0,94 2006 SANTA MARTA - 230/69 kV 0,92; 0,92 2005 e 2006 SANTO ÂNGELO - 230/69 kV 0,93; 0,93 2005 e 2006 TAQUARA - 230/138 kV 0,93; 0,89 2005 e 2006 Obs.: fator de potência calculado no lado de baixa do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga e da compensação reativa da SE ONS PAR 2004-2006 446 / 530 7.1.3 AES SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE CAMPO BOM 230/69 kV – 2 X 83 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de um dos transformadores, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 178% em 2005 e 191% em 2006 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA CAMPO BOM - 230/69 kV 0,93; 0,93 2005 e 2006 LAJEADO - 230/69 kV 0,94; 0,94 2005 e 2006 0,90; 0,89; 0,86 2004 a 2006 SANTA CRUZ - 230/69 kV 0,94; 0,94 2005 e 2006 SANTA MARIA 3 – 230/69 kV 0,94; 0,94 2005 e 2006 SÃO BORJA - 230/69 kV 0,88; 0,88 2005 e 2006 SÃO VICENTE - 230/69 kV 0,94; 0,94; 0,94 2004 a 2006 URUGUAIANA 5 - 230/69 kV 0,92; 0,92; 0,92 2004 a 2006 POLO PETROQUÍMICO - 230/69 kV Obs.: fator de potência calculado no lado de baixa do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga e da compensação reativa da SE ONS PAR 2004-2006 447 / 530 7.1.4 CELESC SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE XANXERÊ 230/138 kV – 1 X 150 MVA + 2 X 84 MVA + 1 X 75 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda do transformador de 150 MVA, a unidade de 75 MVA fica submetida a carregamentos da ordem de 153% em 2005 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA JORGE LACERDA A - 230/138 kV 0,93; 0,82 2005 e 2006 JORGE LACERDA A - 230/69 kV 0,90; 0,93 2005 e 2006 PALHOÇA - 230/138 kV 0,93; 0,85; 0,82 2004 a 2006 XANXERÊ - 230/138 kV 0,95; 0,87 2005 e 2006 Obs.: fator de potência calculado no lado de baixa do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga e da compensação reativa da SE ONS PAR 2004-2006 448 / 530 7.1.5 COPEL SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE PONTA GROSSA NORTE 230/138 kV – 2 X 75 MVA LT 138 kV Rosana - Loanda PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de um dos transformadores, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 164% em 2006 Sobrecarga de 17% na carga pesada de inverno de 2006 em condição normal de operação, com despacho pleno da UHE Rosana e intercâmbio de energia sudeste – sul de 4.000 MW. LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA 0,91; 0,91 2005 e 2006 0,95 2005 CAMPO DO ASSOBIO - 230/13 kV 0,86; 0,84; 0,84 2004 a 2006 CAMPO DO ASSOBIO - 230/138 kV 0,92; 0,89; 0,88 2004 a 2006 0,79 2006 0,80; 0,95 2005 e 2006 0,91; 0,88; 0,82 2004 a 2006 0,94; 0,94 2005 e 2006 APUCARANA - 230/138 kV CAMPO COMPRIDO - 230/69 kV FOZ DO IGUAÇU NORTE- 230/138 kV GOV. PARIGOT SOUZA - 230/138 kV GUAÍRA - 230/138 kV LONDRINA - 230/138 kV ONS PAR 2004-2006 449 / 530 SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA 0,84; 0,79; 0,81 2004 a 2006 0,87; 0,91 2004 e 2006 0,94 2005 PONTA GROSSA NORTE - 230/138 kV 0,80; 0,63; 0,62 2004 a 2006 PONTA GROSSA NORTE - 230/34 kV 0,79; 0,85; 0,91 2004 a 2006 PONTA GROSSA SUL - 230/34 kV 0,84; 0,82; 0,76 2004 a 2006 0,85; 0,75 2005 e 2006 SÃO MATEUS - 230/13 kV 0,90; 0,89; 0,89 2004 a 2006 SÃO MATEUS - 230/34 kV 0,91; 0,89; 0,89 2004 a 2006 SARANDI - 230/138 kV 0,90; 0,88 2005 e 2006 UBERABA - 230/69 kV 0,87; 0,88; 0,86 2004 a 2006 MARINGÁ - 230/138 kV PATO BRANCO - 230/138 kV PILARZINHO - 230/69 kV POSTO FISCAL - 230/138 kV Obs.: fator de potência calculado no lado de baixa do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga e da compensação reativa da SE ONS PAR 2004-2006 450 / 530 7.2 7.2.1 Região Sudeste RIO DE JANEIRO / ESPÍRITO SANTO SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE JACAREPAGUÁ 345/138 kV – 4 X 225 MVA SE VITÓRIA 345/138 kV – 4 x 225 MVA SE MASCARENHAS 230/138 kV – 1 X 150 MVA ONS PAR 2004-2006 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA A transformação de Jacarepaguá 345/138 kV 4x225 MVA pode apresentar sobrecarga da ordem de 12% para o ano de 2006, para cenários de geração térmica reduzida nas usinas Eletrobolt, Santa Cruz e Termorio e elevado nas usinas Macaé Merchant e N. Fluminense para a contingência da LT 500 kV C. Paulista – Grajaú ou em um de seus bancos de transformadores. Nos diversos cenários analisados, já com a presença da LT 345 kV Ouro Preto – Vitória, observa-se que a transformação de Vitória 345/138 kV (4X225 MVA) encontra-se bastante solicitada já em regime normal de operação, com carregamento em torno do nominal, de tal forma que na contingência de um transformador, pode-se encontrar sobrecarga de até 33% (2006) no transformador remanescente de menor impedância desta subestação. SE AREINHA (Nova) – TR 345/138 kV – 300 MVA (sem solicitação de acesso até o momento) Seccionamento de um circuito da LT 345 kV Campos – Vitória 2 X 1 km (obra da Rede Básica) Com a usina de Aimorés em operação, a transformação Substituição do TR 230/138 kV de de Mascarenhas, com um transformador de 150 MVA, 150 MVA por um de 300 MVA não suportaria a contingência da LT 230 kV Aimorés - (associada a UHE Aimorés) Conselheiro Pena 451 / 530 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO Nilo Peçanha 230/138 kV FATOR DE POTÊNCIA DATA 0,84 / 0,93 2004 - 2006 Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE. ONS PAR 2004-2006 452 / 530 7.2.2 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 1 (CLFSC, CPFL PIRATININGA, CSPE, ELEKTRO E ELETROPAULO) SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE BAIXADA SANTISTA 345/88 kV – 2 X 400 MVA SE BAIXADA SANTISTA 230/138 kV – 2 X 150 MVA ONS PAR 2004-2006 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de uma unidade o carregamento na restante 3º banco de transformadores 345/88 kV supera o seu valor nominal, em diferentes condições de - 400 MVA (CPFL Piratininga – carga, a partir de 2004. Com despacho mínimo na UHE 12/2005) Henry Borden 88 kV (19 MW), os fluxos na unidade restante em 2005 são de 403 MVA / 101% na carga média e 531 MVA / 133% na carga pesada, com a LT 88 kV Henry Borden – Pedreira aberta em Henry Borden. Caso essa linha opere aberta em Pedreira os carregamentos na unidade restante são elevados para 466 MVA / 116% em carga média e 667 MVA / 167% em carga pesada. É importante observar que está considerada a transferência da carga da Carbocloro do sistema em 88 kV para o em 230 kV a partir de junho de 2003. O fluxo nos transformadores 230/138 kV de Baixada Santista sofre influência do despacho de geração na área (UHE Henry Borden e UTEs Piratininga e Nova Piratininga). Com despachos máximos nessas usinas, na perda de uma unidade, há carregamentos de 105% em 2004, 110% em 2005 e 112% em 2006 na unidade restante, na carga pesada de dezembro. Para despachos de geração mínimos nas usinas da área, o valor nominal dos transformadores não é excedido em emergências. 453 / 530 7.2.2 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 1 (CLFSC, CPFL PIRATININGA, CSPE, ELEKTRO E ELETROPAULO) SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE BOTUCATU 230/138 kV – 3 X 75 MVA SE CAPÃO BONITO 230/138 kV – 2 X 75 MVA SE EMBU GUAÇU 440/138 kV – 2 X 300 MVA ONS PAR 2004-2006 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Há carregamentos acima dos nominais em condição normal de operação. Em 2004, na carga pesada, em condição normal o fluxo é de 111% e na perda de uma de suas unidades 146% nas restantes. Substituição de duas unidades de 75 MVA por duas de 150 MVA (CPFL Paulista – 12/2004) e da terceira de 75 MVA por 150 MVA (CPFL Paulista – 12/2006). Na perda de uma unidade o carregamento na unidade LT 230 kV, circuito simples, Jaguariaiva restante é de 133% na carga pesada de 2004. – Itararé II e SE com transformador 230/138 kV 180 MVA na SE Itararé II (Elektro – 12/2005). Quando da perda de uma unidade, a remanescente 3º banco apresenta carregamentos de 113% a partir de 2004 no 440/138 kV patamar de carga pesada. 12/2004) de transformadores 300 MVA (Eletropaulo - 454 / 530 7.2.2 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 1 (CLFSC, CPFL PIRATININGA, CSPE, ELEKTRO E ELETROPAULO) SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE JURUMIRIM 230/138 kV – 2 X 75 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Em 2004 poderá ocorrer carregamento de até 110% nos Instalação do terceiro transformador períodos de carga pesada em regime normal de 230/138 kV – 75 MVA (CFLSC – operação. Na indisponibilidade de um banco, observa- 12/2004) se carregamento no transformador remanescente de até 129% em carga pesada. Há sobrecargas nessa transformação também quando da perda das LTs 230 kV Chavantes – Botucatu (119%), Jurumirim – Avaré (134%), Avaré – Botucatu (129%) e Capão Bonito – Botucatu (148%) e de um transformador 230/138 kV em Capão Bonito (116%). Atualmente são necessárias medidas operativas para reduzir o carregamento dos transformadores existentes. SE OESTE 440/88 kV – 3 x 400 MVA ONS PAR 2004-2006 A partir da solicitação de acesso da CBA para carga de Transferência de carga da CBA do 129,5 MW no barramento de 88 kV de Oeste, quando da sistema em 88 kV para o sistema em perda de uma de suas unidades acontecem 230 kV atendido pela SE Cabreúva. carregamentos acima do nominal nas restantes: 7% em 2004, 9% em 2005 e 19% em 2006, na condição de carga pesada e 5% em 2006 na carga média. 455 / 530 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA BAIXADA SANTISTA – 345/88 kV 0,88 – 1,00 (1) 2004 - 2006 BAIXADA SANTISTA – 230/138 kV 0,97 – 1,00 2005 BOTUCATU – 230/88 kV 0,89 – 0,95 2004 - 2006 CAPÃO BONITO – 230/138 kV 0,94 – 0,99 2004 - 2006 JURUMIRIM – 230/138 kV 0,95 – 1,00 2004 - 2006 OESTE – 440/88 kV 0,97 – 1,00 2005 - 2006 (1) Há influência do despacho da UHE Henry Borden. Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE. ONS PAR 2004-2006 456 / 530 7.2.3 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 2 (BANDEIRANTE, CPFL PIRATININGA, EEB, ELEKTRO E CESP) SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE BOM JARDIM 440/88 kV – 2 x 300 MVA SE BOM JARDIM 440/138 kV - 150 MVA SE CABREÚVA 440/138 kV - 150 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de uma unidade há carregamentos acima do Instalação da terceira unidade nominal na unidade restante em 2004 nas cargas média transformadora 440/88 kV – 300 MVA (120%) e pesada (142%). (CPFL Piratininga – Dez/2004) O carregamento do transformador 440/138 kV de Bom Instalação da segunda unidade Jardim é superior ao seu valor nominal (101% em 2004, transformadora 440/138 kV – 150 MVA 109% em 2005 e 113% em 2006), notando-se elevados em Cabreúva (Elektro – Dez/2005). fluxos de reativos de Bom Jardim para Bragança Paulista. Há carregamentos superiores ao nominal no transformador 440/138 kV de Bom Jardim quando da perda do transformador 440/138 kV de Cabreúva (124% em 2004, 131% em 2005 e 135% em 2006). O carregamento do transformador 440/138 kV de Cabreúva é superior ao seu valor nominal em 2006(102%). Há carregamentos superiores ao nominal no transformador 440/138 kV de Cabreúva quando da perda do transformador 440/138 kV de Bom Jardim (116% em 2004, 127% em 2005 e 130% em 2006). Na perda dos transformadores 440/138 kV de Bom Jardim ou de Cabreúva são verificadas tensões inferiores a 95% no sistema em 138 kV da área. ONS PAR 2004-2006 457 / 530 7.2.3 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 2 (BANDEIRANTE, CPFL PIRATININGA, EEB, ELEKTRO E CESP) SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE SANTO ÂNGELO 440/138 kV – 1 X 300 + 2 X 150 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na indisponibilidade do banco de 300 MVA, observamse carregamentos nos transformadores remanescentes de 103% em 2006, na carga pesada. LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA APARECIDA - 230/88 kV 0,97 – 1,00 2006 BOM JARDIM - 440/138 kV 0,67 – 0,89 2004 - 2006 BOM JARDIM - 440/88 kV 0,94 – 0,98 2004 - 2006 LT 230 kV – CD - CABREÚVA – CBA 0,94 - 0,94 2004 - 2006 CABREÚVA – 440/138 kV 0,93 – 1,00 2005 - 2006 MOGI – 230/88 kV 0,95 – 0,98 2004 - 2006 SANTO ÂNGELO – 440/138 kV 0,95 – 0,98 2004 - 2006 SÃO JOSÉ – 230/88 kV 0,96 – 0,99 2004 - 2006 Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE. ONS PAR 2004-2006 458 / 530 7.2.4 SÃO PAULO – ÁREA DE CONEXÃO 3 (CJE, CLFM, CPEE, CPFL PAULISTA, EEB, E ELEKTRO) SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE ARARAQUARA 440/138 kV- 3 X 300 MVA SE MOGI MIRIM III 440/138 kV – 2 X 300 MVA SE RIBEIRÃO PRETO 440/138 kV- 2 X 300 MVA SE SUMARÉ 440/138 kV- 2 X 300 MVA ONS PAR 2004-2006 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Quando da perda de uma unidade o carregamento nas restantes vai de 107% em 2004 a 111% em 2006 Na perda de uma unidade o carregamento na restante, 3º banco 381 MVA / 127% em 2004 na carga pesada, é superior 440/138 kV – ao seu valor nominal. 12/2004) de transformadores 300 MVA (Elektro – Durante a perda de um transformador, a unidade Instalação da terceira unidade restante apresenta carregamento que evolui de 107% transformadora 440/138 kV – 300 MVA em 2004 a 114% em 2006. (CPFL Paulista– Dez/2006) Na perda de uma unidade o carregamento na restante Instalação do 3o banco de supera seu valor nominal (105% em 2004, e 111% em transformadora 440/138 kV – 300 MVA 2005 na carga pesada). (CPFL Paulista– Dez/2006) 459 / 530 7.2.4 SÃO PAULO – ÁREA DE CONEXÃO 3 (CJE, CLFM, CPEE, CPFL PAULISTA, EEB, E ELEKTRO) SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE SANTA BÁRBARA 440/138 kV- 3 X 300 MVA ONS PAR 2004-2006 PROBLEMA IDENTIFICADO O barramento de 138 kV da SE Santa Bárbara 440/138 kV atualmente está operando aberto como medida para limitar o nível de curto-circuito no nível de 138 kV. Nessa condição um dos transformadores de 315 MVA alimenta as LTs 138 kV, circuito duplo, Santa Bárbara – Limeira 1 e Santa Bárbara – Mogi Mirim 2. As demais unidades de 300 MVA e 315 MVA suprem as linhas em 138 kV da CPFL. Em condições de emergência de um dos transformadores 440/138 kV o barramento de 138 kV é fechado. Na carga pesada de 2004 o transformador 440/138 kV de 300 MVA de Santa Bárbara opera no limite em condição normal (294 MVA / 98%) e, quando da perda de uma das unidades, após o fechamento do barramento de 138 kV, o fluxo nas restantes 318 MVA / 101% (unidade de 315 MVA) e 330 MVA / 110% (unidade de 300 MVA) é superior a seus valores nominais. SOLUÇÃO INDICADA Instalação do 4o banco de transformadores 440/138 kV – 315 MVA na SE Santa Bárbara (CPFL Paulista – 12/2004) 460 / 530 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA ARARAQUARA – 440/138 kV 0,96 – 1,00 2004 - 2006 MOGI MIRIM 3 – 440/138 kV 0,91 – 0,98 2004 - 2006 RIBEIRÃO PRETO - 440/138 kV 0,92 – 1,00 2004 - 2006 SANTA BÁRBARA - 440/138 kV 0,92 – 0,97 2004 - 2006 SUMARÉ - 440/138 kV 0,91 – 1,00 2004 - 2006 Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE. ONS PAR 2004-2006 461 / 530 7.2.5 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 4 (CAIUÁ, CLFSC E EEVP) SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE ASSIS 230/88 kV – 2 x 38 MVA SE CHAVANTES 230/88 kV – 2 X 40 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA As transformações 230/88 kV de Assis e de Chavantes operam no limite quando da perda de uma de suas unidades no ano 2006, na condição de carga pesada, para despacho de 88% nas UHEs Canoas I e II, Salto Grande, Ourinhos, Chavantes, Jurumirim e Piraju. Notase que o carregamento é devido ao fluxo de reativos do sistema em 230 kV para o em 88 kV, em função do fator de potência das cargas (média de 0,916). Despachos menores poderão causar carregamentos superiores ao nominal. LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA (1) 2004 - 2006 0,76 – 0,91 2004 - 2006 CHAVANTES – 230/88 kV (1) 2004 - 2006 SALTO GRANDE – 230/88 kV (1) 2004 - 2006 ASSIS – 230/88 kV AVARÉ – 230/138 kV (1) Há elevados fluxos de reativos do sistema em 230 kV para o em 88 kV, em todas as condições de carga, devido ao fator de potência das cargas (0,916). O carregamento desses transformadores é influenciado pelo despacho de geração das usinas ligadas ao sistema em 88 kV: Canoas I e II, Salto Grande e Ourinhos.Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE. ONS PAR 2004-2006 462 / 530 7.2.6 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 5 (CAIUÁ, CPFL PAULISTA, EEVP,ELEKTRO E ENERSUL) SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE CAPIVARA 440/138 kV - 150 MVA SE TAQUARUÇU 440/138 kV – 300 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO O transformador 440/138 kV de Capivara opera no limite em condição normal de operação em 2004. Há carregamentos acima do nominal na perda do transformador 440/138 kV de Taquaruçu (137%) e das LTs 440 kV Jupiá – Taquaruçu (110%), Taquaruçu – Assis (108%), Capivara – Assis (149%), Assis – Bauru (127%) e Assis –Sumaré (119%). SOLUÇÃO INDICADA Substituição do transformador de 150 MVA por outro de 300 MVA (Elektro – 06/2006). Constituição das LTs 138 kV Rosana – Presidente Prudente, Rosana – Dracena, Taquaruçu – Dracena e Taquaruçu – Presidente Prudente Na perda dos transformadores 440/138 de Capivara ou (Elektro – 12/2005). de Taquaruçu são verificadas tensões baixas nos barramentos de 138 kV da área. LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO CAPIVARA - 440/138 kV FATOR DE POTÊNCIA DATA 0,87 – 1,00 2004 - 2006 Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE. ONS PAR 2004-2006 463 / 530 7.2.7 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 6 (CNEE, CPFL PAULISTA, ELEKTRO E ENERSUL) SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE ÁGUA VERMELHA 440/138 kV – 300 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA O transformador 440/138 kV de Água Vermelha pode 2o banco de transformadores apresentar carregamentos elevados em condição 440/138 kV – 300 MVA (Elektro – normal de operação em função do despacho de geração 12/2006) das usinas da área e do fluxo nos transformadores 500/440 kV de Água Vermelha. Em 2006, para despachos de geração hidráulica elevados no Sudeste, despachos de geração térmica e nuclear baixos no Sudeste, com intercâmbios do sistema Norte para o Sudeste (2000 MW) e do Sudeste para o Sul (4000 MW), o fluxo no transformador 440/138 kV de Água Vermelha é de 293 MVA / 98%. Nessas mesmas condições o seu carregamento é de 310 MVA / 103% em 2004 e 327 MVA / 109% em 2006 na perda do transformador de 440/138 kV Três Irmãos e 318 MVA / 106% em 2006 na perda do transformador 440/138 kV de Jupiá. Em 2006, a indisponibilidade desse transformador acarreta tensões próximas a 90% em várias barras da rede de 138 kV que atende à região norte do Estado de São Paulo, na condição de carga pesada. ONS PAR 2004-2006 464 / 530 7.2.7 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 6 (CNEE, CPFL PAULISTA, ELEKTRO E ENERSUL) SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE BAURU 440/138 kV – 2 X 150 MVA ONS PAR 2004-2006 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Em 2004 na perda de um transformador acontece Instalação da terceira unidade carregamento de 122% na unidade restante. As transformadora 440/138 kV – 150 MVA condições de carregamento na transformação (CPFL Paulista – Dez/2004) 440/138 kV são influenciadas pelo despacho de geração nas usinas do rio Tietê conectadas ao sistema em 138 kV. 465 / 530 7.2.7 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 6 (CNEE, CPFL PAULISTA, ELEKTRO E ENERSUL) SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA SE JUPIÁ Em 2004, na carga pesada, com as duas máquinas da UHE Jupiá despachadas e 440/138 kV – 150 MVA com a UTE Três Lagoas fora de operação, há superação da capacidade nominal do transformador 440/138 kV – 150 MVA de Jupiá quando da perda de um dos Substituição do transformador 440/138 kV-150 MVA de Jupiá por outro de 300 MVA (Elektro – Dez/2004) transformadores 440/138 kV de Água Vermelha (113%) ou Três Irmãos (160%). Com apenas uma máquina despachada na UHE Jupiá 138 kV e sem a UTE Três Lagoas o carregamento é superior ao nominal já em condição normal (116%). Em 2004, na carga pesada, com as duas máquinas da UHE Jupiá despachadas e com a UTE Três Lagoas em operação (240 MW) o desempenho do sistema é adequado. Com apenas uma máquina da UHE Jupiá em operação, o carregamento no transformador 440/138 kV – 150 MVA de Jupiá é superior ao nominal quando da perda do transformador 440/138 kV de Três Irmãos (114%). Na carga leve, em condições de despachos máximos de geração na UHE Jupiá 138 kV, UTE Três Lagoas e nas usinas do Mato Grosso do Sul (UHE Mimoso e UTE W. Arjona), o carregamento no transformador 440/138 kV - 150 MVA de Jupiá supera em cerca de 5% o seu valor nominal no caso de perda do transformador 440/138 kV de Três Irmãos. Após a substituição do transformador 440/138 kV por outra unidade de 300 MVA, são ainda verificados carregamentos superiores ao nominal durante a perda do transformador 440/138 kV de Três Irmãos, com apenas uma máquina despachada na UHE Jupiá 138 kV e sem a UTE Três Lagoas: 118% em 2004 e 122% em 2006. A entrada em operação da nova interligação com o MS transformador 440/230 kV de Porto Primavera e LT 230 kV Porto Primavera – Dourados, em 2006, reduzirá o carregamento no transformador 440/138 kV de Jupiá, quando da perda do transformador de Três Irmãos, de 122% para 101%, com uma máquina da UHE Jupiá 138 kV despachada e sem a UTE Três Lagoas. ONS PAR 2004-2006 466 / 530 7.2.7 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 6 (CNEE, CPFL PAULISTA, ELEKTRO E ENERSUL) SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE TRÊS IRMÃOS 440/138 kV – 300 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO A indisponibilidade do transformador 440/138 kV de Três Irmãos poderá provocar sobrecargas no transformador 440/138 kV – 150 MVA de Jupiá em situações com a UTE Três Lagoas fora de operação e em função do despacho de geração das unidades da UHE Jupiá conectadas ao sistema em 138 kV e das usinas térmicas na região de Corumbá (MS). Nessas mesmas condições, a perda do transformador 440/138 kV de Jupiá provoca carregamento de 345 MVA / 115% no transformador de Três Irmãos em 2004. SOLUÇÃO INDICADA Substituição do transformador 440/138 kV de Jupiá por outro de 300 MVA (Elektro – Dez/2004). 2o banco de transformadores 440/138 kV – 300 MVA em Três Irmãos (Elektro – 12/2007) LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA 0,95 – 0,99 (1) 2004 - 2006 0,88 – 0,97 2004 - 2006 JUPIÁ – 440/138 kV 0,95 – 1,00 (1) 2004 - 2006 TRÊS IRMÃOS – 440/138 kV 0,94 – 1,00 (1) 2004 - 2006 ÁGUA VERMELHA - 440/138 kV BAURU – 440/138 kV (1) Há influência da UHE Jupiá 138 kV e da UTE Três Lagoas. Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE. ONS PAR 2004-2006 467 / 530 7.2.8 SÃO PAULO – ELETROPAULO SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE BANDEIRANTES 345/88 kV – 3 X 400 MVA SE PIRATININGA 230/88 kV – 4 X 100 MVA SE EDGARD DE SOUZA 230/88 kV – 1 x 100 MVA + 3 x 150 MVA SE PIRITUBA 230/88 kV – 4 X 150 MVA ONS PAR 2004-2006 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de uma unidade 345/88 kV de Bandeirantes SE Piratininga II - 230/88 kV – 3 X há carregamentos de 104% nas unidades restantes em 150 MVA (instalação) e BC - 28,8 Mvar 2004. - 88 kV (Eletropaulo – 12/2004). Na perda de uma unidade 230/88 kV de Piratininga há Considerando a superação do nível de carregamentos de 100% nas unidades restantes em curto circuito será necessária a 2004, com a UTEs Piratininga e Nova Piratininga fora substituição de 7 bays de 88 kV. de operação. Na perda de um dos transformadores 230/88 kV da SE SE ANHANGÜERA - 345/88 kV - 2 x Edgard de Souza o carregamento nas unidades 400 MVA (Eletropaulo – 12/2004) restantes é de 117% em 2004 na carga pesada. Durante a emergência de um dos transformadores 230/88 kV da SE Pirituba o carregamento nas unidades restantes é de 122% na carga pesada de 2004. 468 / 530 7.2.8 SÃO PAULO – ELETROPAULO SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE SUL 1 345/88 kV – 2 X 400 MVA SE SUL 2 345/88 kV – 2 X 400 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO Na perda de uma unidade de Sul 1, observa-se carregamentos na carga pesada de 110% em 2004, chegando a 120% em 2006 no transformador remanescente. Na perda de uma unidade de Sul 2, observa-se carregamentos na carga pesada de 129% em 2004 e 128% em 2006 no transformador remanescente. Na carga média os carregamentos são de 121% em 2004 e 118% em 2006. SOLUÇÃO INDICADA Fechamento do disjuntor de interligação das barras de 88 kV das SEs Sul 1 e Sul 2 colocando em paralelo os 3 bancos de transformadores remanescentes. ÁREA CENTRAL DA CIDADE DE SÃO A partir de 2004, carregamento elevado na SE Centro SE MIGUEL REALE (NOVA) bancos PAULO aliado ao esgotamento do sistema de distribuição da de transformadores de 345/88-138 kV região central de São Paulo. 2 X 400 MVA e fase reserva de 133 MVA (obra em andamento pela Cteep com previsão para energização para junho de 2003). ONS PAR 2004-2006 469 / 530 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA BANDEIRANTES – 345/88/34,5 kV 0,96 – 1,00 2004 - 2006 EDGARD DE SOUZA – 230/88 kV 0,97 – 1,00 2005 MIGUEL REALE – 345/88/20 kV 0,96 – 0,97 2004 - 2006 MILTON FORNASARO – 345/88 kV 0,96 – 1,00 2004 - 2006 NORTE – 345/88 kV 0,96 – 0,99 2004 - 2006 PIRITUBA – 230/88 kV 0,93 – 0,99 2004 - 2006 Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE. ONS PAR 2004-2006 470 / 530 7.2.9 SÃO PAULO – BANDEIRANTES SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE SANTA CABEÇA 230/88 kV – 2 x 60 MVA SE SÃO JOSÉ 230/88 kV – 4 x 150 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de um dos dois transformadores há sobrecarga na unidade remanescente: 41% em 2004 e 2005 e 50% em 2006, na carga pesada. Na perda de um dos quatro transformadores o carregamento nos restantes supera o valor nominal na condição de carga pesada: 104% em 2005 e 106% em 2006. LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO SANTA CABEÇA – 230/88 kV FATOR DE POTÊNCIA DATA 0,93 – 0,98 2004 - 2006 Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE. ONS PAR 2004-2006 471 / 530 7.2.10 SÃO PAULO – CPFL PAULISTA SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE CAMPINAS 345/138 kV – 4 x 150 MVA ONS PAR 2004-2006 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Em situações com baixo despacho de geração nas Instalação do 5º banco 345/138 kV – usinas ligadas ao sistema em 440 kV verifica-se fluxo 150 MVA (CPFL Paulista – 12/2006). de cerca de 95%, em condição normal na carga pesada, na SE Campinas 345/138 kV em 2004 e 2005. Nessas mesmas condições, em 2006, com a entrada em operação da interligação em 500 kV Londrina – Assis Araraquara e do 2º autotransformador 500/345 kV – 560 MVA, na SE Campinas, o fluxo nos transformadores 345/138 kV dessa subestação é 14% superior ao seu valor nominal. Na perda de uma unidade, o fluxo nas restantes é sempre superior ao valor nominal (178 MVA / 119% em 2004 e 214 MVA / 143% em 2006). A ampliação da SE Santa Bárbara 440/138 kV com a instalação da quarta unidade de 300 MVA, em dezembro de 2004, reduz o fluxo nos transformadores 345/138 kV de Campinas, mas o fluxo nas unidades restantes ainda é superior ao valor nominal (166 MVA / 111% em 2005). 472 / 530 7.2.10 SÃO PAULO – CPFL PAULISTA SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE MASCARENHAS DE MORAES 345/138 kV – 1 X 150 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA A SE Mascarenhas de Moraes está situada na área Minas Gerais, mas atende também a carga da CPFL Paulista na área de Franca. Dependendo do despacho de geração do sistema, principalmente das unidades da UHE Mascarenhas de Moraes conectadas em 138 kV e em 345 kV poderá haver sobrecarga no transformador 345/138 kV da SE Mascarenhas em condição normal de operação. LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO CAMPINAS – 345/138 kV FATOR DE POTÊNCIA DATA 0,92 – 0,99 2004 - 2006 Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE. ONS PAR 2004-2006 473 / 530 7.2.11 CEMIG SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE IPATINGA 230/161 kV 1x150 MVA 161/138 kV – 1x120 MVA SE NEVES 500/138 kV – 3 X 300 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA As transformações de Ipatinga 230/161 kV 1x150 MVA e 161/138 kV Banco de transformador 230/138 kV – – 1x120 MVA apresentarão carregamentos acima do nominal na 225 MVA na SE Ipatinga e ponta de carga da área Minas Gerais, em regime normal de operação, com valores de 104% em 2004, podendo chegar a 116% em 2006. Estes carregamentos poderão ser reduzidos para 74% e 85%, respectivamente nos anos de 2004 e 2006, se as PCHs Pipoca (2x12,5MW) e Areia Branca (2X10MW), previstas para a região de Caratinga, entrarem em operação no ano de 2004. Ressalta-se que estas usinas ainda não possuem licença de operação e não foram consideradas no estudo deste PAR. A solução, em fase de implantação pela Cemig é a instalação de um novo transformador 230/138 kV – 225 MVA que, além de eliminar as sobrecargas mencionadas anteriormente, aumentará a confiabilidade do atendimento da área, eliminando a necessidade de corte de carga durante contingência nas transformações. A SE Neves apresenta esgotamento da capacidade transformadora SE VESPASIANO 2 - em construção – em condições normais de operação. AT 500/138 kV – 2 X 300 MVA (seccionamento da LT 500 kV Neves Mesquita – 2 X 3km) BC 3 X 41 Mvar - 138 kV ONS PAR 2004-2006 474 / 530 7.2.11 CEMIG SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE BARREIRO 345/138 kV – 4 X 150 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA A SE Barreiro apresenta carregamentos próximos à capacidade SE VESPASIANO 2 - em construção – nominal de seus transformadores. AT 500/138 kV – 2 X 300 MVA (seccionamento da LT 500 kV Neves Mesquita – 2 X 3km) BC 3 X 41 Mvar - 138 kV LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA JAGUARA - 345/138 kV 0,75 – 0,85 2004 - 2006 JUIZ DE FORA – 345/138 kV 0,76 – 0,57 2004 - 2006 IPATINGA – 230/161 kV 0,66 2004 - 2006 TAQUARIL – 345/138 kV 0,80 2004 - 2006 0,87 – 0.90 2004 - 2006 POÇOS DE CALDA – 345/138 kV ONS PAR 2004-2006 475 / 530 7.3 7.3.1 Região Centro-Oeste CELG SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE ANHANGUERA 230/138 kV - 2x100 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Carregamento de 91% na condição normal de carga pesada de Entrada da SE Carajás 230/138 kV, junho/2004. Na perda de um deles ocorre sobrecarga de 86% prevista para o primeiro trimestre de (186 MVA) no remanescente. 2005 e remanejamento de cargas. SE CACHOEIRA DOURADA A saída de uma das LTs 500 kV Samambaia – Emborcação ou 230/138 kV - 1x120 MVA Itumbiara – Emborcação leva a sobrecargas da ordem de 17% (140 MVA). Essa sobrecarga tende a se intensificar nos casos de alta importação pelo Sudeste através da interligação Norte-Sul. A sobrecarga observada é justificada pelo valor relativamente alto das cargas na rede 138 kV na região do Triângulo Mineiro eletricamente próximas da SE Emborcação, as quais são supridas via transformação 500/138 kV de Emborcação e via LTs 138 kV derivadas de C. Dourada, formando um anel em 138 kV nessa área do sistema. SE XAVANTES 230/138 kV - 3x150 MVA ONS PAR 2004-2006 Na saída de uma das unidades, verificam-se nas remanescentes sobrecargas crescentes que atingem 24% (186 MVA) em junho/2006. 476 / 530 7.3.1 CELG SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SE RIO VERDE 230/138 kV - 2x100 MVA Na saída de uma das unidades, verificam-se sobrecargas na remanescente da ordem de 20% (120 MVA) em 2005 e 2006. Verificou-se que apenas o aumento de carga não justificaria essa ocorrência a partir de 2005, tendo-se constatado que a presença da compensação série na rede 230 kV que interliga as áreas Goiás e Mato Grosso, prevista para ser instalada até o início de 2005, influi no aumento do carregamento dos citados transformadores. SE RIO VERDE 230/69 kV - 2x42 MVA Na saída de uma das unidades, verificam-se sobrecargas na remanescente da ordem de 52% (64 MVA) na condição de carga pesada de junho/2004. SE ITAPACI 230/69 kV - 2x50 MVA Na saída de uma das unidades, verificam-se sobrecargas na remanescente a partir de 2005, observando-se um valor de 14% (57 MVA) na condição de carga pesada de junho/2006. ONS PAR 2004-2006 SOLUÇÃO INDICADA 477 / 530 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA 0,93 – 0,95 2004 a 2006 ANHANGUERA – 230/138 kV 0,94 2004 ANHANGUERA – 230/69 kV 0,86 – 0,92 2004 a 2006 XAVANTES – 230/138 kV 0,94 – 0,96 2004 a 2006 ÁGUAS LINDAS – 230/69 kV 0,89 – 0,95 2004 a 2006 GOIÂNIA – 230/13,8 kV 0,80 – 0,94 2004 a 2006 0,79 – 0,82 2004 a 2006 0,93 2004 a 2006 CACHOEIRA DOURADA – 230/138 kV N. TOCANTINS (consumidor) – 230/13,8 kV CODEMIN – 230/13,8 kV (consumidor) ONS PAR 2004-2006 478 / 530 7.3.2 CEMAT SUBESTAÇÃO/SISTEMA LTs 138 kV COXIPÓRONDONÓPOLIS e RONDONÓPOLISCOUTO MAGALHÃES SE COXIPÓ 230/138 kV – 3x100 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Com a entrada do 3o elo em 230 kV entre as áreas de Coxipó e Rondonópolis, bem como a instalação de compensação série nos dois circuitos Rondonópolis-B. PeixeR.Verde, incluindo o seccionamento do circuito no.1 e sua conexão na SE Barra do Peixe, obras essas previstas É importante a caracterização dos fatores que afetam neste estudo para fevereiro/2005, os limites de carregamento dessas linhas de 138 kV serão eliminadas as sobrecargas e (74/86 MVA em condição normal/emergência, de quedas de tensão citadas. acordo com as informações disponíveis). Tais LTs, operando em paralelo com a rede 230 kV, tendem a se sobrecarregar, tornando-se elos restritivos para os despachos de geração local, inclusive da UTE Cuiabá em condições de carga leve e mínima. No trecho Rondonópolis-Couto Magalhães verificaram-se quedas acentuadas de tensão durante contingências nas LTs 230 kV Rondonópolis – B.Peixe – Rio Verde. Com as usinas e as obras de transmissão previstas no período, observa-se que despachos elevados na UTE Cuiabá não mais ocasionam as sobrecargas mencionadas para as linhas de 138 kV, nas condições de carga leve e mínima. Ressalta-se, porém, que no caso da perda de um dos transformadores da SE Coxipó 230/138 kV pode ser verificada sobrecarga elevada nas unidades remanescentes. ONS PAR 2004-2006 479 / 530 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA NOVA MUTUM – 230/69 kV 0,83 – 0,87 2004 a 2006 LUCAS DO RIO VERDE – 230/69 kV 0,86 – 0,88 2004 a 2006 SORRISO – 230/69 kV 0,94 – 0,80 2004 a 2006 ONS PAR 2004-2006 480 / 530 7.3.3 ENERSUL SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE ANASTÁCIO 230/138 kV - 75 MVA SE DOURADOS 230/138 kV – 2X75 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO Sobrecarga em condição normal de operação, para intercâmbio elevado com o Sudeste, que se agrava com despacho reduzido na UTE William Arjona. Na saída de uma das unidades, sobrecarga na remanescente, de até 54% para intercâmbio Sul-Sudeste de 3400 MW, na carga pesada de inverno de 2004 SOLUÇÃO INDICADA 2° transformador 3° transformador LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO ONS PAR 2004-2006 FATOR DE POTÊNCIA DATA 481 / 530 7.4 Região Norte 7.4.1 CELPA SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE GUAMÁ 230/69 kV – 2 X 150 MVA SE UTINGA 230/69 kV – 3 X 150 MVA. SE SANTA MARIA 230/69 kV – 1 X 150 MVA. PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 124% em 2004, 131% em 2005 e 138% em 2006 Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 116% em 2004, 122% em 2005 e 129% em 2006 Corte temporário de toda a carga na perda do único transformador 230/69 kV da subestação. 230/138 kV – 1 X 100 MVA. Corte temporário de toda a carga na perda do único No Plano de Obras encaminhado pela transformador 230/138 kV da subestação. Este trafo Celpa não fica clara solução para os possui fase reserva local e o tempo para sua problemas identificados substituição é de 15 minutos. SE ALTAMIRA Corte temporário de toda a carga na perda de um dos transformadores da subestação, até energização do outro transformador (reserva quente local). Duração da troca 30 minutos. 230/69/13,8 kV – 1 X 60 MVA + 1 X 60 MVA (reserva quente) SE TRANSAMAZÔNICA 230/34,5 kV – 1 X 30 MVA + 1 X 30 MVA (reserva quente) ONS PAR 2004-2006 Corte temporário de toda a carga na perda de um dos transformadores da subestação, até energização do outro transformador (reserva quente local). Duração da troca 30 minutos. 482 / 530 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA UTINGA - 230/69 kV 0,93 2004 a 2006 TRANSAMAZÔNICA - 230/34,5 kV 0,89 2004 a 2006 0,75, 0,71 e 0,74 2004 a 2006 RURÓPOLIS - 230/138 kV Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2004-2006 483 / 530 7.4.2 CELTINS SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE MIRACEMA 500/138 kV – 180 MVA ONS PAR 2004-2006 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Corte temporário de toda a carga, no caso de perda do único transformador existente. Após a energização do pólo reserva, que dura 4 horas, o corte de carga é eliminado. A CELTINS informou que, durante o período de substituição do banco monofásico defeituoso pelo reserva, existe a possibilidade de remanejar sua carga para a SE Porto Franco, da Eletronorte, e para a SE Porangatu, de Furnas. 484 / 530 7.4.3 CEMAR SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE IMPERATRIZ 230/69 kV – 2 x 100 MVA SE COELHO NETO 230/69 kV – 65 MVA SE PERITORÓ 230/69 kV – 100 MVA SE MIRANDA 230/138 kV – 100 MVA SE PORTO FRANCO 230/138 kV – 100 MVA SE PRESIDENTE DUTRA 230/69 kV – 50 MVA ONS PAR 2004-2006 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 131% em 2004, 134% em 2005 e 139% em 2006 Corte temporário, com duração de 48 horas, de toda a carga na perda do único transformador 230/69 kV da subestação. Não há possibilidade de remanejamento de cargas através da rede de distribuição. A Cemar informou que a solução a ser Corte temporário de toda a carga na perda do único adotada é interagir junto a Eletronorte transformador 230/69 kV da subestação,até a entrada para que esta viabilize a aquisição dos em operação do trafo reserva de 16,6 MVA e seguintes equipamentos para reserva permanente do restante da carga. regional: um transformador 230/69 kV – Corte permanente de toda a carga na perda do único 100 MVA, um transformador 230/69 kV – 50 MVA, um transformador transformador 230/138 kV da subestação. 230/138 kV – 100 MVA. Corte temporário de toda a carga da CELTINS e corte permanente de toda a carga da Cemar na perda do único transformador 230/138 kV existente na subestação. Corte temporário, com duração de 24 horas, de toda a carga na perda do único transformador 230/69 kV da subestação. 485 / 530 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA 0,89 a 0,90 2004 a 2006 MIRANDA – 230/69 kV 0,89 2004 a 2006 SÃO LUÍS – 230/69 kV 0,83 2004 a 2006 IMPERATRIZ – 230/69 kV 0,86 2004 a 2006 PORTO FRANCO 230/69 kV 0,87 a 0,89 2004 a 2006 PRESIDENTE DUTRA 230/69 kV 0,86 a 0,84 2004 a 2006 PERITORÓ – 230/69 kV Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2004-2006 486 / 530 7.5 Região Nordeste 7.5.1 CEPISA SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE TERESINA 230/69 kV – 3 x 100 MVA SE SÃO JOÃO DO PIAUÍ 230/69 kV – 1 x 33 MVA e 1 X 30 MVA SE PIRIPIRI 230/69/13,8 kV – 2 x 33 MVA SE PIRIPIRI 230/138 kV – 1 x 55 MVA SE BOA ESPERANÇA 230/69 kV – 2 x 33 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 134% em 2004, 138% em 2005 e 146% em 2006 Na perda do transformador 230/69 kV – 33 MVA, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 132% em 2004, 144% em 2005 e 152% em 2006 Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 101% em 2004, 108% em 2005 e 113% em 2006 Corte de toda a carga, na perda do único transformador 230/138 kV da subestação. Não há possibilidade de remanejamento de carga através da distribuição. Corte permanente de toda a carga, na perda do único transformador 69/13,8 kV da subestação. SE PICOS Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 168% em 2004, 184% em 2005 e 199% em 2006 ONS PAR 2004-2006 A Cepisa ainda não encaminhou ao ONS o Plano de Obras da empresa. Em condição normal de operação, os transformadores 230/69 kV ficam submetidos a carregamentos da ordem de 100% em 2004, 102% em 2005 e 109% em 2006 69/13,8 kV – 1 x 5 MVA 230/69 kV – 2 x 33 MVA SOLUÇÃO INDICADA 487 / 530 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO TERESINA – 230/69 kV PICOS – 230/69 kV BOA ESPERANÇA – 230/69 kV FATOR DE POTÊNCIA DATA 0,89 2004 0,90 a 0,89 2004 a 2006 0,93 2004 a 2006 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2004-2006 488 / 530 7.5.2 COELCE SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE BANABUIÚ 230/69 kV – 2 x 33 MVA SE CAUÍPE 230/69 kV – 100 MVA SE FORTALEZA 230/69 kV – 4 x 100 MVA SE DELMIRO GOUVEIA 230/69 kV – 4 x 100 MVA SE ICÓ 230/69 kV – 100 MVA SE MILAGRES 230/69 kV – 2 x 100 MVA ONS PAR 2004-2006 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o A Coelce informou que a solução é a remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de implantação do 3º transformador 174% em 2004, 187% em 2005 e 202% em 2006 50 MVA em 2006. Corte temporário de toda a carga na perda do único A Coelce informou que a solução é a implantação do 2º transformador transformador 230/69 kV da subestação. 100 MVA em 2005. Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, um dos remanescentes fica submetido a carregamentos da ordem de 111% em 2006 (mesmo com a SE Pici) Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, um dos remanescentes fica submetido a carregamentos da ordem de 112% em 2006 (mesmo com a SE Pici) Corte temporário de toda a carga da Cosern e permanente da A Coelce informou que a solução é a Coelce na perda do único transformador 230/69 kV da implantação do 2º transformador subestação. Não há possibilidade de remanejamento da carga 100 MVA em 2004. da Coelce através da rede de distribuição. Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 104% em 2004, 115% em 2005 e 128% em 2006 489 / 530 7.5.2 COELCE SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE PICI 230/69 kV – 2 x 100 MVA SE RUSSAS II 230/69 kV – 2 x 16,7 MVA + 1x 100 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Os transformadores 230/69 kV ficam submetidos a um A Coelce informou que a solução é a carregamento da ordem de 113% em 2004, 119% em 2005 e implantação do 3º transformador 100 MVA em 2004. 128% em 2006 em condição normal de operação. A perda do transformador de 100 MVA nesta subestação, A Coelce informou que a solução é a provoca carregamentos da ordem de 222% em 2004, 239% implantação do 2º transformador em 2005 e 259% em 2006, nos transformadores 100 MVA em 2006. remanescentes. LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FORTALEZA – 230/69 kV FATOR DE POTÊNCIA DATA 0,92 2004 0,91 a 0,90 2004 a 2006 DELMIRO GOUVEIA – 230/69 kV 0,92 2004 MILAGRES – 230 kV 0,93 2005 a 2006 RUSSAS – 230/69 kV 0,93 2004 a 2006 PICI – 230/69 kV Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2004-2006 490 / 530 7.5.3 COSERN SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE AÇU II 230/138 kV – 1 x 55 MVA SE NATAL II 230/69 kV – 4 x 100 MVA SE MOSSORÓ II 230/69 kV – 2 x 100 MVA SE PARAÍSO (Nova) 230/138 kV – 1 x 100 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Considerando a operação do eixo de 138 kV aberto, Instalação do 2º transformador 230/138 kV, haverá corte temporário de toda a carga alimentada em 100 MVA, previsto para 2004. 138 kV na SE Açu e da carga da SE Santana dos Matos Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o SE Natal Sul com dois transformadores remanescente fica submetido a carregamentos da ordem 230/69 kV - 100 MVA, previsto para 2006. de 114% em 2004, 119% em 2005 Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Efetivação da geração Eólica no sistema de remanescente fica submetido a carregamentos da ordem 69 kV deste regional no horizonte 2004-2006. de 113% em 2005 e 115% em 2006 Corte temporário de toda a carga na perda do único Carga totalmente atendida pelos transformador 230/138 kV da subestação. transformadores 230/138 kV da SE Campina Grande II. LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO MOSSORÓ II – 230/69 kV FATOR DE POTÊNCIA 0,92 a 0,93 DATA 2005 e 2006 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2004-2006 491 / 530 7.5.4 SAELPA SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE COREMAS 230/69 kV – 2 X 100 MVA SE MUSSURÉ 230/69 kV – 4 X 100 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Em 2004 a solução é a transferência de remanescente fica submetido a carregamentos da ordem carga pelo sistema de distribuição para de 121% em 2004, 131% em 2005 e 139% em 2006. os regionais de Icó, Milagres e Campina Grande. Em 2005, o Estudo CCPE/Saelpa recomenda a instalação do 3º transformador 230/69 kV 100 MVA. Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Transferência de carga através do remanescente fica submetido a carregamentos da ordem sistema de distribuição para a SE de 107% em 2005 e 114% em 2006. Goianinha. LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO COREMAS – 230/69 kV FATOR DE POTÊNCIA 0,93 DATA 2004 a 2006 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2004-2006 492 / 530 7.5.5 CELB e SAELPA SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE CAMPINA GRANDE 230/69 kV – 3 X 100 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, um dos Transferência de carga através do sistema de distribuição para as SEs remanescentes fica submetido a carregamentos da Goianinha e Coremas. ordem de 113% em 2004, 121% em 2005 e 127% em 2006. LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA CAMPINA GRANDE – 230/69 kV 0,92 2004 a 2006 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2004-2006 493 / 530 7.5.6 CELPE SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE ANGELIM 230/69 kV – 2 X 100 MVA SE BOM NOME 230/138 kV – 100 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Instalar o 3º transformador 230/69 kV remanescente fica submetido a carregamentos da ordem 100 MVA em 2003. de 136% em 2004, 146% em 2005 e 153% em 2006. Corte de carga atendida pelo 138 kV na perda do único Energização do transformador existente transformadores 230/138 kV da subestação. Não há na SE. Depende de autorização da possibilidade de remanejamento de carga através da Aneel. O ONS já emitiu parecer à Aneel. rede de distribuição. (Previsto para 2003 no Plano de obras da Celpe). 230/69 kV – 2 X 33 MVA Os transformadores 230/69 kV ficam submetidos a um Com a energização do 2º transformador carregamento da ordem de 100% em 2004, 104% em 230/138 kV – 100 MVA esse problema 2005 e 110% em 2006 em condição normal de operação. será eliminado. Depende de autorização da Aneel. SE BONGI Em 2004, os transformadores 230/69 kV ficam SE VÁRZEA 230/69kV – 2x150 MVA em submetidos a um carregamento da ordem de 103% em 2004 seccionando os três circuitos condição normal de operação e de cerca de 139% no 230 kV Recife II – Bongi. caso de contingência de um deles. 230/69 kV – 4 X 100 MVA 230/13,8 kV – 2 X 40 MVA ONS PAR 2004-2006 Um dos transformadores 230/13,8 kV (04T6) fica Transferência de carga de para o transformador (04T7). Em contingência, submetido a um carregamento da ordem de 100% em remanejamento pela distribuição. 2004, 103% em 2005 e 108% em 2006 em condição normal de operação 494 / 530 7.5.6 CELPE SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE GOIANINHA 230/69 kV – 2 X 100 MVA SE MIRUEIRA 230/69 kV – 4 X 100 MVA SE PAU FERRO (Nova) 230/69 kV – 2 X 100 MVA SE PIRAPAMA 230/69 kV – 3 X 100 MVA SE TACAIMBÓ 230/69 kV – 2 X 100 MVA SE VÁRZEA (Nova) 230/69 kV – 2 X 150 MVA ONS PAR 2004-2006 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Instalar o 3º transformador 230/69 kV 100 MVA em 2004. remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 133% em 2004, 140% em 2005 e 145% em 2006. Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, um dos remanescentes fica submetido a carregamentos da ordem de 104% em 2004, 108% em 2005 e 111% em 2006 Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Implantação da SE LIMOEIRO 230/69kV - 2 x 100MVA em 2006. remanescente fica submetido a carregamentos da ordem Instalar o 3º transformador na SE Pau de 187% em 2004, 193% em 2005 e 137% em 2006. Ferro em 2006. Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, os Instalar o 4º transformador 230/69 kV – 100 MVA em 2005. remanescentes ficam submetidos a carregamentos da ordem de 110% em 2004, 116% em 2005 e 122% em 2006. Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Instalar o 3º transformador 230/69 kV 100 MVA em 2004. remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 119% em 2004, 127% em 2005 e 134% em 2006. Considerando a SE Várzea em operação a partir de Instalar o 3º transformador 230/69 kV 150 MVA em 2007 2004, na perda de um dos transformadores 230/69 kV nesta subestação, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 104% em 2005 e 107% em 2006. 495 / 530 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA BONGI - 230/13,8 kV 0,77 a 0,78 2004 a 2006 BOM NOME - 230/69 kV 0,90 a 0,91 2004 a 2006 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2004-2006 496 / 530 7.5.7 CEAL SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE RIO LARGO II 230/69 kV – 2 X 100 MVA SE MACEIÓ 230/69 kV – 3 X 100 MVA SE PENEDO 230/69 kV – 2 X 100 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 102% em 2006. Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, os remanescentes ficam submetidos a carregamentos da A Ceal ainda não encaminhou ao ONS ordem de 116% em 2004, 119% em 2005 e 125% em o Plano de Obras da empresa. 2006. Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 106% em 2004, 114% em 2005 e 119% em 2006. LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA RIO LARGO II - 230/69 kV 0,78 a 0,83 2004 a 2006 MACEIÓ - 230/69 kV 0,91 a 0,90 2004 a 2006 PENEDO – 230/69 kV 0,94 a 0,93 2004 a 2006 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2004-2006 497 / 530 7.5.8 ENERGIPE SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE ITABAIANA 230/69 kV - 2 X 100 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Transferência de carga para os remanescente fica submetido a carregamentos da ordem Regionais de Penedo, Cícero Dantas e de 105% em 2004, 112% em 2005 e 112% em 2006. Jardim durante o horizonte 2004/2006. 69/13,8 kV - 3 X 5 MVA Na perda de um dos transformadores 69/13,8 kV, os remanescentes ficam submetidos a carregamentos da ordem de 108% em 2004, 126% em 2005 e 126% em 2006. SE JARDIM Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, um dos Transferência da carga excedente para remanescentes fica submetido a carregamentos da os Regionais de Itabaianinha e ordem de 129% em 2004, 145% em 2005 e 148% em Itabaiana no ano de 2004; 2006. Instalação do 4º transformador 230/69kV - 100 MVA, prevista para dezembro /2005 230/69 kV - 3 X 100 MVA LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO ITABAIANA – 230/69 kV FATOR DE POTÊNCIA DATA 0,93 2004 a 2006 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2004-2006 498 / 530 7.5.9 SULGIPE SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE ITABAIANINHA 230/69 kV - 2 X 33 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Atualmente os dois transformadores são conectados A Sulgipe ainda não encaminhou o através de uma única CT de 230 kV. Corte temporário de Plano de Obras da Empresa. toda a carga na perda de um dos transformadores 230/69 kV da subestação. LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO ITABAIANINHA – 230/69 kV FATOR DE POTÊNCIA DATA 0,89 a 0,86 2004 a 2006 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2004-2006 499 / 530 7.5.10 COELBA SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE ABAIXADORA 230/69 kV – 100 MVA SE BARREIRAS 230/69 kV – 100 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Corte de carga temporário quando da perda do único Instalação do segundo transformador transformador 230/69/13,8 kV desta SE. 230/69kV 100 MVA previsto para dezembro de 2006 A perda do único transformador da subestação, provoca Instalação de um 230/138 kV corte temporário de toda a carga da subestação. 100 MVA, em maio de 2004. Instalação do segundo transformador 230/69 kV 39 MVA previsto para julho de 2007 230/138 kV – 100 MVA A perda do único transformador da subestação provoca Instalação do segundo transformador corte permanente de toda a carga atendida pelo 230/138 kV - 100 MVA previsto para barramento de 138 kV. julho de 2007 SE BOM JESUS DA LAPA A perda de um dos transformadores 230/69 kV – 40 MVA (04T2) na SE Bom Jesus da Lapa provoca carregamentos no transformador (04T3) da ordem de 110% em 2004, 133% em 2005, e 141% em 2006. Implantação da transformação 230/138 kV – 55 MVA em maio de 2008 e a substituição do transformador de 230/69 kV - 33 MVA (04T1) por outro de 50 MVA, previsto para dezembro de 2009. Na perda do transformador 230/69 kV, 100 MVA, um dos remanescentes fica submetido a carregamentos da ordem de 103% em 2004, 105% em 2005 e 107% em 2006 Substituição de um dos transformadores 230/69 kV 40 MVA por outro de 100 MVA previsto para outubro de 2008 230/69 kV – 2 X 40 MVA e 1 X 33 MVA SE CATU 230/69 kV – 2 X 40 MVA + 1 X 100 MVA ONS PAR 2004-2006 500 / 530 7.5.10 COELBA SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE BRUMADO 230/69 kV – 100 MVA + 1x33 MVA (Reserva fria) SE CÍCERO DANTAS 230/69 kV – 2 X 16,7 MVA SE COTEGIPE 230/69 kV – 2 X 100 MVA SE EUNÁPOLIS 230/138 kV – 3 X 100 MVA SE GOVERNADOR MANGABEIRA 230/69 kV –100 MVA ONS PAR 2004-2006 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA A perda do único transformador da subestação, provoca O transformador de 33 MVA está corte temporário de toda a carga da subestação. associado a negociação com a Chesf sobre a SE Catu. Atualmente os dois transformadores são conectados Sem previsão. através de uma única CT de 230 kV. Corte temporário de toda a carga na perda de um dos transformadores Instalação do terceiro 230/69 kV de 230/69 kV da subestação. 39 MVA previsto para julho de 2010. Mesmo com os transformadores conectados com CTs independentes, a perda de um deles, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 127% em 2005 e 137% em 2006. Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Instalação do terceiro transformador remanescente fica submetido a carregamentos da 230/69 kV de 100 MVA em dezembro ordem de 107% em 2005, 110% em 2006. de 2006. Na perda de um dos transformadores 230/138 kV, um dos remanescentes fica submetido a carregamentos da ordem de 104% 2006. Corte temporário de toda a carga na perda do único Transferência de carga através do transformador 230/69 kV da subestação. sistema Governador Mangabeira 69 kV para as SEs Tomba e Santo Antônio de Jesus. 501 / 530 7.5.10 COELBA SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE IRECÊ 230/138 kV – 1 X 55 MVA SE JACARACANGA 230/69 kV – 2 X 100 MVA SE JUAZEIRO II 230/69 kV – 2 X 100 MVA SE MATATU 230/69 kV – 3 X 100 MVA 230/11,9 kV – 2 X 40 MVA ONS PAR 2004-2006 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA A perda do único transformador da subestação provoca Instalação do segundo transformador corte permanente de toda a carga. 230/138 kV 55 MVA com previsão para julho de 2007. Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Instalação do terceiro transformador remanescente fica submetido a carregamentos da 230/69 kV de 100 MVA, com previsão ordem de 117% em 2004, 121% em 2005 e 124% em para dezembro de 2007. 2006. Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Instalação do terceiro transformador remanescente fica submetido a carregamentos da 230/69 kV de 100 MVA, com previsão ordem de 143% em 2004, 148% em 2005 e 156% em para julho de 2006. 2006. Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, em Implantação da SE Narandiba, prevista 2004, os transformadores remanescentes ficam para novembro de 2005. submetidos a carregamentos da ordem de 100%. Nessa mesma contingência o transformador 04T4 da SE Cotegipe fica submetido a um carregamento da ordem de 110%, além de ser verificado sobrecarga de 33% na LT 69 kV Pituaçu – Matatu C1/C2 Na perda de um dos transformadores 230/11,9 kV, o Transferência de carga, através do remanescente fica submetido a carregamentos da sistema de distribuição em 11,9 kV. ordem de 167% em 2004, 145% em 2005 e 157% em 2006 502 / 530 7.5.10 COELBA SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE OLINDINA 230/13,8 kV – 1 X 40 MVA SE SANTO ANTÔNIO DE JESUS 230/69 kV – 100 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA A perda do único transformador da subestação provoca Instalação do segundo transformador corte permanente de toda a carga 230/69 kV de 40 MVA, com previsão para dezembro de 2008. Corte temporário de toda a carga na perda do único Transferência de cargas pelo sistema transformador 230/69 kV da subestação. de 69 kV para os regionais de Governador Mangabeira e Irecê (para possibilitar a transferência para o regional de Governador Mangabeira é necessário construir a LT 69 kV São Felipe – Santo Antônio, prevista para 2006). LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA OLINDINA – 230/13,8 kV 0,86 2004 a 2006 CAMAÇARI II – 230/69 kV 0,91 2004 a 2006 GOV. MANGABEIRA – 230/69 kV 0,92 2004 a 2006 MATATU – 230/11,9 kV 0,91 2004 a 2006 IRECÊ – 230/69 kV 0,90 2004 a 2006 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2004-2006 503 / 530 8 Integração de Usinas A Tabela 8-1 sintetiza o impacto sobre o sistema de transmissão das conexões cujos processos de solicitação de acesso já foram concluídos, ou se acham em andamento para aqueles. Estão relacionados tanto as ampliações e os reforços na Rede Básica, como as obras necessárias nos níveis de tensão inferiores a 230 kV. São empreendimentos que devem integrar a Rede Básica, instalações de uso restrito do acessante e instalações da rede de distribuição. É essencial o equacionamento de todos as obras destacadas para que a integração desses novos agentes se dê de acordo com os padrões de desempenho estabelecidos nos Procedimentos de Rede. ONS PAR 2004-2006 504 / 530 Tabela 8.1 – Resumo dos Pareceres de Solicitação de Acesso - Impacto sobre a Transmissão AGENTE UHE CANA BRAVA 3 x 157,2 MW PARECER DATA ENTRADA EM OPERAÇÃO Parecer 09/2002 Em operação CTA DAT- OBRAS NECESSÁRIAS OBSERVAÇÃO 2º autotransformador 500/230 kV da SE Até a entrada em operação da Serra da Mesa – 400 MVA expansão da interligação Norte/Sul 0877/02(15.03.02) poderá haver limitação no despacho pleno simultâneo das UHE’s Lajeado, Serra da Mesa, Cana Brava e Tucuruí; Até a implantação do 2º autotransformador 500/230 kV da SE Serra da Mesa, haverá necessidade de implantar esquema de corte de geração para o caso de perda do autotransformador existente. UHE Funil 3 x 60 MW Parecer de Acesso emitido Em operação pela Cemig Uma subestação seccionadora da LT de 138 kV – Campo Belo – Lavras. Duas LT de 138 kV, circuito duplo, de aproximadamente 2 km de extensão, denominadas LT de 138 kV- Funil – Campo Belo e LT- Funil - Lavras UHE ITAPEBI 3 x 150 MW Parecer 16/2001 CTA DAT-177/01 Em operação LT 500 kV Sapeaçu – Camaçari II (em licitação pela Aneel) (18.07.01) CTA DAT007/02 (08.01.02) – Rev. 1 ONS PAR 2004-2006 505 / 530 AGENTE UHE LAJEADO 5 x 190 MVA PARECER DATA ENTRADA EM OPERAÇÃO Parecer 07/2001 Em operação OBRAS NECESSÁRIAS OBSERVAÇÃO Até a entrada em operação da CTA DAT-124/01(06.06.01) expansão da interligação Norte/Sul CTA DAT-288/01(28.09.01) haverá limitação no despacho – Rev. 1 simultâneo pleno das UHE’s Lajeado, Serra da Mesa, Cana Brava e Tucuruí UHE PIRAJU 2 X 45 MW Parecer 004/2001 Em operação Adequação das proteções nos terminais CTA DAT-063/01(14.03.01) Chavantes e Jurumirim 230 kV (a cargo CTA DAT-101/01(21.05.01) do acessante) Adequação ainda pendente. – Rev. 1 ONS-313/200/2002 (04.09.02) – Rev. 2 UHE PORTO ESTRELA 2 x 56 MW UTE ELETROBOLT (360 MW) Parecer 13/2001 Em operação CTA DAT-247/01(14.09.01) Adequação das proteções nos terminais Itabira 2-Ipatinga 1 230 kV – Rev.1 Parecer emitido pela Light Em operação Seccionamento do barramento 138 kV da Obras já implantadas SE Cascadura (fora da Rede Básica) Reconfiguração da rede de distribuição 138 kV (fora da Rede Básica) Trafo 230/138 kV da SE Nilo Peçanha ONS PAR 2004-2006 506 / 530 AGENTE UTE MACAÉ MERCHANT 4 x 4 x 178 + 4 x 45 MW PARECER DATA ENTRADA EM OPERAÇÃO Parecer 005/2001 Em operação OBRAS NECESSÁRIAS Troca dos equipamentos terminais (TCs, CTA DAT-076/01(02.04.01) chaves, etc.) nas SEs Adrianópolis e CTA DAT-298/01(04.10.01) Campos, nos circuitos Adrianópolis- Rev. OBSERVAÇÃO Obras ainda pendentes Campos 345 kV Substituição de um bay em Campos 138 kV e na UTEC 138 kV (fora da Rede Básica) quando da motorização da 1ª etapa completa da UTE UTE CANOAS 2 x 160 +1 x 180 MW Parecer 20/2001 Em operação Associado à 1ª unidade: Adequação das CTA DAT-304/01(10.10.01) proteções nos terminais de C. Industrial e CTA DAT-073/02(12.03.02) Gravataí 2; substituição dos disjuntores – Rev. 1 138 kV dos trafos 2 e 3 da SE CTA DAT-137/02(24.04.02) Cachoeirinha e o disjuntor 138 kV do trafo – Rev. 2 2 da SE Scharlau (fora da Rede Básica). CTA DAT-238/02(28.06.02) Associado à 2ª unidade: substituição dos – Rev. 3 disjuntores dos terminais da linha Cidade Industrial - Gravataí 230 kV C1/C2 em Cidade Industrial (obra a cargo do acessante); substituição de 20 disjuntores da SE Cidade Industrial 230 kV e troca dos reles de proteção dos módulos de 230 kV. UHE Guaporé 3 x 40 MW ONS PAR 2004-2006 Parecer de Acesso emitido Em comissionamento, pela Cemat aguardando a conclusão da LT 230 kV circuito duplo Jauru - /Coxipó Linha autorizada à Eletronorte com previsão para maio/2003 LT 230 kV Jauru - Coxipó 507 / 530 AGENTE UHE Jauru 3 x 39,35 MW PARECER DATA ENTRADA EM OPERAÇÃO Parecer de Acesso emitido Em comissionamento, pela Cemat aguardando a conclusão da OBRAS NECESSÁRIAS LT 230 kV circuito duplo Jauru - /Coxipó OBSERVAÇÃO Linha autorizada à Eletronorte com previsão para maio/2003 LT 230 kV Jauru - Coxipó UTE ARAUCÁRIA E Parecer 005/2000 CONSUMIDOR CISA CTA DAT-313/00(20.12.00) UTE ARAUCÁRIA Em operação ONSUMIDOR CISA Tendência: Maio/2003 LT 230 kV Gralha Azul -Umbará CD; Obras concluídas Recapacitação da LT 230 kV Umbará Cidade Industrial; SE Gralha Azul, arranjo em barra dupla, com dois módulos de entrada de linha e um módulo de interligação de barras; ONS-310/200/2002 Recapacitação da LT 230 kV em circuito (30/08/2002) duplo existente entre as subestações de Umbará e Uberaba (já concluída pela Copel-T); Novo módulo de linha de 230 kV na SE Umbará. ONS PAR 2004-2006 508 / 530 AGENTE UTE SENADOR CARLOS JEREISSATI 4 x 50 + 1 x 70 MW PARECER DATA ENTRADA EM OPERAÇÃO OBRAS NECESSÁRIAS Parecer 24/2001 200 MW disponíveis para Linha de transmissão Cauipe-Fortaleza II Obra autorizada pela Resolução CTA DAT-380/01(21.12.01) operação C1 230 kV; Aneel 233/02, de 24.04.2002; CTA DAT-182/02(03.06.02) OBSERVAÇÃO 100 MW em operação Até que seja concretizada a efetiva implantação da LT Cauípe – Fortaleza II C1, o acessante deverá 70 MW em 30/03/2004 implantar um ECG para perda na LT 230 kV Cauípe -Fortaleza I; Devido à restrição no fornecimento de gás natural, atualmente apenas 2X 50 MW podem operar. O fornecimento de gás para 4 X 50 MW deverá ser normalizado ainda em 2003. UTE TERMORIO 6 x 105,7 + 2 x 120 + 1 x 180 MW Parecer emitido pela Cerj para a etapa provisória (190 MW) (conexão 138 kV) A entrada em operação desta UTE SE São José quando da 7ª unidade – agrava os problemas de Fev/03 (fora da Rede Básica) carregamento na LT São José- Remanejamento dos circuitos 138 kV que saem da SE São José 138 kV (fora da pelo ONS para a etapa Rede Básica). São José (Rede Básica até novembro de 2003) ONS 286/200/2002 de 21.08.02 PAR 2004-2006 Seccionamento do barramento 138 kV da Parecer 2/2000 emitido definitiva (1036MW) em ONS Janeiro/03 Magé 138 kV, necessitando rever os limites de carregamento ou procurar uma solução de planejamento. Na etapa provisória: lançamento dos cabos do 2o circuito de 138 kV ReducImbariê (fora da Rede Básica) e substituição de bay em Imbariê na etapa provisória 509 / 530 AGENTE UTE NORTE FLUMINENSE 3 x 223 + 1 x 342 MW PARECER DATA ENTRADA EM OPERAÇÃO Parecer 08/2001 Julho/03 CTA DAT-113/01(24.05.01) OBRAS NECESSÁRIAS OBSERVAÇÃO LT 345 kV Macaé – Campos C3 (proposta Caso não haja ampliação da rede neste PAR). Necessidade da linha de transmissão Ouro Preto-Vitória 345 kV. 345 kV, haverá necessidade de corte de carga/geração em caso de contingência no circuito 345 kV no trecho entre a UTE Macaé Troca dos equipamentos terminais (TC, Merchant e a SE Campos. A Chaves, etc.) nas SEs Campos e Vitória, necessidade das obras em nos circuitos Campos-Vitória 345 kV Adrianópolis 345 kV está associada Troca de 3 disjuntores na SE Adrianópolis ao efeito conjunto das UTEs Macaé Merchant, Norte Fluminense, 345 kV Campos, Paracari e Termorio UTE SANTA CRUZ 2 x 175 MW (Contrato de Gás Interruptível) Solicitação de Acesso em andamento – Conexão no sistema da Light Junho/03 Seccionamento do barramento 138 kV da A SE Jacarepaguá 138 kV possui 6 SE Jacarepaguá (fora da Rede Básica) bays de 37 kA que necessitam ser Recapacitação e reconstrução da rede de conexão entre a UTE Santa Cruz e a SE Jacarepaguá 138 kV (fora da Rede Básica) Recapacitação da SE Santa Cruz 138 kV (fora da Rede Básica) trocados em Dez de 2002 e não dependem da entrada em operação da UTE Sta. Cruz Expansões adicionais em Sta. Cruz levarão à necessidade da troca dos demais disjuntores da SE Jacarepaguá Necessidade de definição de medidas operativas na condição de disjuntores superados na SE Sta. Cruz ONS PAR 2004-2006 510 / 530 AGENTE UTE CAMPOS 80 MW (Contrato de Gás PARECER DATA ENTRADA EM OPERAÇÃO Solicitação de Acesso em Maio/03 andamento OBRAS NECESSÁRIAS OBSERVAÇÃO Substituição de 9 disjuntores na SE Cronologicamente a troca de Campos 138 kV, 3 disjuntores na SE disjuntores será necessária quando UTEC 138 kV e 5 disjuntores na SE UTEC da operação conjunta das UTEs Interruptível) 69 kV (fora da Rede Básica). Recapacitação dos circuitos CamposUTEC 138 kV (2 km) (fora da Rede Básica), obra necessária independentemente da entrada da usina. Macaé, Norte Fluminense e Campos, em Julho de 2003. Do ponto de vista legal, Macaé e Norte Fluminense já possuem reserva de capacidade por terem assinado os contratos de uso. A UTE Campos Ampliação da transformação 138/69 kV da poderá operar sem a troca dos SE UTEC (fora da Rede Básica), obra equipamentos até a entrada da UTE necessária independentemente da Norte Fluminense, quando se entrada da usina tornará interruptível caso a troca de equipamentos não tenha sido concluída. UHE AIMORÉS 3 x 116 MW Em Solicitação de Acesso Novembro/03 Recapacitação da LT 230 kV Gov. (Obras já previstas no PAR Valadares – Aimorés 230 kV; 2º Circuito 2002/2004) da linha Aimorés –Mascarenhas, 20 km; pátio 230 kV da SE Mascarenhas e duplicação da transformação 230/138 kV – 150 MVA da SE Mascarenhas (fora da Rede Básica) ONS PAR 2004-2006 511 / 530 AGENTE UTE PARACAMBI 2 x 187 + 1 x 184 MW PARECER DATA ENTRADA EM OPERAÇÃO Parecer 07/2002 Novembro/03 CTA DAT-060/02(01.03.02) OBRAS NECESSÁRIAS “bypass” na SE Adrianópolis 500 kV e OBSERVAÇÃO O “bypass” na SE Adrianópolis implantação de banco de reator de 500 kV 500 kV deve ser também associada chaveável na SE Adrianópolis e à entrada em operação do 3º Cachoeira Paulista. circuito Cachoeira Paulista – Adrianópolis. As obras citadas estão associadas não só a UTE Paracambi, mas ao conjunto de térmicas da área Rio e dependem do despacho de geração do Rio Grande UTE SÃO GONÇALO 190 MW (Contrato de Gás Interruptível) Solicitação de Acesso em Outubro/03 andamento Troca de equipamentos nas subestações Impactos no sistema em avaliação vizinhas em avaliação pela Cerj pela Cerj no que se refere à substituição de equipamentos. O Conexão no Sistema atraso na entrada em operação 138 kV da Cerj desta UTE agrava sobremaneira os problemas de carregamento na LT São José-Magé 138 kV acima citados UTE FORTALEZA 2 x 112 + 1 x 123 MW Parecer 23/2001 CTA DAT-006/02(08.01.02) Dezembro/03 LT 230 kV Cauípe - Fortaleza II C2 (além Obra autorizada pela Resolução do C1 já citado acima); substituição de 6 Aneel 233/02, de 24.04.2002. Caso disjuntores 69 kV da SE Fortaleza (fora da não estejam presentes os dois Rede Básica) circuitos Cauipe-Fortaleza II, a UTE Fortaleza não poderá ser despachada simultaneamente com a UTE Termoceará. ONS PAR 2004-2006 512 / 530 AGENTE PARECER DATA ENTRADA EM OPERAÇÃO UTE TERMOPERNAMBUCO Parecer 010/2001 Dezembro/03 2 x 160,75 +1 x 188,35 MW CTA DAT-095/01(09.05.01) OBRAS NECESSÁRIAS Recapacitação dos circuitos Recife II – Pirapama 230 kV w substituição dos OBSERVAÇÃO Autorizadas pela Resolução Aneel nº 233/02, de 24.04.2002. disjuntores 230 kV dos trafos da SE Pirapama II UHE Itaipu Março de 2004 Caso haja contratação de montantes além dos estabelecidos 2 x 700 MW nos contratos iniciais, há necessidade de reforços na Rede Básica para controle de tensão na Área São Paulo. UTE TERMOAÇU 2 x 157,5 MW Parecer 01/2002 Junho/04 CTA DAT-024/02(28.01.02) Linha de transmissão Paraíso-Açu II - A LT Paraíso – Açu II foi licitada 230 kV (obra prevista no PAR 2002/2004); pela Aneel em 15/08/2002, com Recapacitação da linha Açu II – Mossoró previsão de operação em II - 230 kV. março/2004.. Caso não estejam presentes a LT Paraíso-Açu II e a recapacitação da LT Açu II – Mossoró II, haverá restrição no despacho da UTE. CONVERSORA RIVERA 70 MW Parecer 011/2001 Pendente de acertos Troca dos TC’s da linha Alegrete 2–Santa Até a entrada em operação das CTA DAT-126/01(01.06.01) referentes à transferência Maria 3 230 kV, Alegrete 2-Maçambará, linhas UTE Uruguaiana – do contrato de energia da Alegrete 2- Livramento e Livramento- Maçambará haverá limitação no Eletrosul para a Eletrobrás BagéArranjo definitivo da SE Livramento, despacho pleno simultâneo da UTE 230 kV, autorizado pela Resolução Aneel Uruguaiana e da Conversora Rivera nº 016/2001 ONS PAR 2004-2006 513 / 530 AGENTE UTE Camaçari 5 x 70 MW (Contrato de Gás Interruptível) ONS PAR 2004-2006 PARECER DATA ENTRADA EM OPERAÇÃO Parecer de Acesso emitido Primeira máquina entrou em janeiro/2004. em operação em OBRAS NECESSÁRIAS OBSERVAÇÃO abril/2003. 514 / 530 Neste item são apresentadas de forma sucinta, as principais restrições associadas ao sistema de transmissão e o efeito das obras previstas no PAR 2004-2006 sobre o pleno despacho de usinas integradas ao SIN. As tabelas 8-1 a 8-3 relacionam as principais restrições identificadas. Regiões Sudeste e Centro-oeste Foram abordados os efeitos das obras com relação a onze (11) restrições existentes ao despacho de geração hidráulica e verifica-se que: uma (1) não sofre alteração em decorrência das obras; duas devem sofrer alteração, sendo que uma delas expressiva e oito (a maioria delas) devem ser eliminadas Foram abordados os efeitos das obras com relação a oito (8) situações existentes quanto ao despacho de geração térmica e verifica-se que as obras previstas afetam todas as situações relacionadas, sendo que em grande parte dos casos, essas obras favorecem o despacho mínimo de geração térmica nas usinas do Sudeste e Centro-Oeste. ONS PAR 2004-2006 515 / 530 Tabela 8-1 Principais Restrições ao Pleno despacho de Usinas nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste, associadas à transmissão Legenda: A permite redução expressiva, B permite redução SE/CO – DESPACHOS DE GERAÇÃO TÉRMICA E EFEITO DAS OBRAS Efeito no despacho de geração Área RJ/ES Descrição da situação Obra Prevista PAR 2004 - 2006 Adrianópolis 3º Banco de No ano de 2003, até a entrada SE do 3º banco, será necessário autotransformadores 500/345 kV – 560 MVA despacho de geração na usina (junho/2003) de Macaé Sem as obras de transmissão LT 500 kV Cachoeira Paulista – Adrianópolis C3 em construção e para os fluxos (junho/2003) previstos no sistema de 500 kV há necessidade de despacho de geração térmica na área. O atendimento ao ES requer geração térmica para fluxos LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória (obras FES superiores a cerca de atrasadas) 1070 MW antes da obra de transmissão prevista ONS PAR 2004-2006 Sem Alteração Permite Redução Permite GT mínimo A Macaé =mín A Exceto Macaé ou NFlu X Macaé=0 NFlu=mín 516 / 530 Legenda: A permite redução expressiva, B permite redução SE/CO – DESPACHOS DE GERAÇÃO TÉRMICA E EFEITO DAS OBRAS Efeito no despacho de geração Área Descrição da situação Obra Prevista PAR 2004 - 2006 A contingência da LT 500 kV LT 500 kV Tijuco Preto - Cachoeira Paulista C2 Tijuco Preto Cachoeira (dezembro/2004) Paulista pode acarretar em sobrecarga na LT Tijuco Preto Taubaté SP Segundo banco de autotransformadores Há restrições ao pleno 345/230 kV - 500 MVA na SE Interlagos e obras despacho simultâneo das UTEs associadas (data contratual de 31/12/2003) Piratininga (470 MW), Nova Piratininga (378 MW) e da UHE Henry Borden 230 kV (485 MW), no caso de perda do transformador 345/230 kV de Interlagos ou do transformador 345/230 kV de Baixada Santista e ainda no caso Sem Alteração Permite Redução Permite GT mínimo B X Piratininga= min Nova Piratininga= 0 da perda da LT 230 kV Piratininga – Henry Borden. ONS PAR 2004-2006 517 / 530 Legenda: A permite redução expressiva, B permite redução SE/CO – DESPACHOS DE GERAÇÃO TÉRMICA E EFEITO DAS OBRAS Efeito no despacho de geração Área MG ONS Descrição da situação A área Minas Gerais é muito influenciada pelo fluxo na interligação Norte-Sul. Em cenários com importação elevada pelo Sudeste superior a 1.500 MW e geração na bacia do Paranaíba elevada, mesmo após a entrada em operação da SE Bom Despacho, as contingências das LTs 500 kV Emborcação -São Gotardo 2 e Jaguará -Nova Ponte, podem levar a cortes de carga na região. Nesses cenários poderão ser necessários despachos elevados nas usinas térmicas de Ibiritermo e Igarapé para um adequado controle de carregamento e de tensão da região central. PAR 2004-2006 Obra Prevista PAR 2004 - 2006 Sem Alteração Permite Redução Permite GT mínimo Conexão do reator de Neves da LT 500 kV S.Gotardo – Neves já foi autorizada para a Cemig e está prevista para maio de 2003. SE Bom Despacho 500 kV (março de 2004) – (obra principal para redução de despacho de geração térmica) SE Ouro Preto 2 - conexão para reator 91 Mvar - 500 kV da LT Ouro Preto 2 – São Gonçalo do Pará - data de instalação solicitada para setembro de 2004 SE Jaguará - conexão para reatores nas LTs Jaguara – Neves e Jaguara – São Gonçalo do Pará (2x91 Mvar - 500 kV) - data de instalação solicitada para junho de 2005 Igarapé=min Ibiritermo=0 J.Fora=0 SE Emborcação - conexão para reator 91 Mvar - 500 kV na LT São Gotardo 2 - - data de instalação solicitada para abril de 2005. SE São Gotardo 2 - reator manobrável de barra de 91 Mvar - 500 kV -- data de instalação solicitada para junho de 2005 518 / 530 Legenda: A permite redução expressiva, B permite redução SE/CO – DESPACHOS DE GERAÇÃO TÉRMICA E EFEITO DAS OBRAS Efeito no despacho de geração Área Descrição da situação Obra Prevista PAR 2004 - 2006 Sem Alteração Permite Redução Permite GT mínimo A MT Situação atual – Tendo em vista a expansão expressiva do parque gerador nessa área, há restrição de geração hidráulica e térmica para exportação para o SIN, devido à restrição estrutural do sistema de transmissão. LT 230 kV, circuito duplo (25 km), Coxipó Cuiabá e LT 230 kV Cuiabá-Rondonópolis, compensada em série (60%). LT 500 kV Cuiabá Itumbiara, com seccionamentos em Riberãozinho e Intermediária e demais obras associadas. MT ONS Compensação série nos circuitos C1 e C2 dos trechos de linhas entre Rondonópolis e Itumbiara PAR 2004-2006 Permite reduzir GT no caso de Aumento de importação GH local pelo MT e permite aumenta o Cuiabá=0 limite de transmissão no caso de exportação Elimina qualquer restrição 519 / 530 9 Referências [1] Módulo 4 dos Procedimentos de Rede, Revisão 0, autorizado pela Resolução Aneel 240/00. [2] ONS, Planejamento da Operação Elétrica do Sistema Interligado Nacional - Período janeiro/2003 a abril/2004. [3] ONS/CCPE, Alternativas para Atendimento aos Sistemas Radiais – Termo de Referência, Abril, 2003. [4] ONS, Estudos de Curto-Circuito - Período 2002-2005, ONS RE 03/343/2002, Fevereiro, 2003. [5] ONS, Plano de Ampliações e Reforços na Rede Básica, Período 2003 a 2005, Vol. 1/3, ONS-2.1-031/2002, Aprovado p/ Conselho de Administração em 13/06/2002, Junho, 2002. [6] Fong C.C., et al., Bulk System Reliability Measurement and Indices, IEEE Trans on PWRS, Vol. 4, no 3, pp. 829-835, Aug 1989. [7] ONS, Confiabilidade da Rede Básica no Período 2003 a 2005, ONS-2.1-025/2003v3.0, Março, 2003. [8] ONS, Estudo para Identificação das Ampliações e Reforços na Rede Básica – Período 2003-2005 – Termo de Referência. [9] Submódulo 23.3 dos Procedimentos de Rede, autorizado pela Resolução Aneel 140/02. [10] Módulo 2 dos Procedimentos de Rede, autorizado pela Resolução Aneel 140/02. [11] Módulo 3 dos Procedimentos de Rede, Revisão 2, autorizado pela Resolução Aneel 140/02. [12] Submódulo 5.2 dos Procedimentos de Rede, autorizado pela Resolução Aneel 140/02. [13] CCPE, Programa Determinativo da Expansão da Transmissão – PDET 2003/2007. [14] ONS NT 030/2002: Identificação de Reforços para Maior Acoplamento entre as Redes de 500 kV e 440 kV da Região Sudeste. [15] ONS NT 048/2002: Identificação de Reforços para Evitar o Colapso do Sistema de Transmissão de Itaipu em Caso de Defeitos Múltiplos no 440 kV [16] ONS 2.1-088/2002: “Diagnóstico das Deficiências do Sistema Físico de Transmissão do Sistema Interligado Nacional – Região Sul – Vols. I e II; Relatório preparado por Caldas e Carvalho Consultoria; [17] ONS 2.1-089/2002: “Condições de Atendimento às Capitais da Região Sul – Vols. I e II”; [18] ONS 2.1-086/2002: “Estudos de Melhorias das Condições de Segurança do Sistema Interligado Nacional – Regiões Sudeste e Centro-Oeste – Vols. I a VII”; Relatório elaborado pela ENERGY CHOICE Engenharia e Representações ONS PAR 2004-2006 520 / 530 [19] ONS 2.1-087/2002: “Diagnóstico do Sistema Interligado Norte/Nordeste/Sudeste”; Relatório preparado pela ANDESA Consultoria em Sistemas de Energia Elétrica” [20] ONS 3/320/2002: “Critérios e Diretrizes para Estudo de estabilidade Eletromecânica do ONS” [21] ONS NT 003/051/2001: “Reavaliação do Despacho Ótimo por Usina e por Unidade Geradora e Determinação do Montante Mínimo de Carga no Período de carga Leve – Sistema Sudeste/Centro-Oeste” [22] ONS “Consolidação da Carga para o PAR 2004-2006” [23] ONS 03/107/2003: “Estudos de Curto-Circuito - Superação de Disjuntores” ONS PAR 2004-2006 521 / 530 Lista de figuras, quadros e tabelas Tabelas Tabela 1.1 - Siglas usadas no Texto e nas Tabelas Tabela 1.2 - Regiões Geoelétricas Tabela 2.1.1-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Interligações Inter-regionais sem a concessão equacionada Tabela 2.1.2-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica na Região Sul e no Mato Grosso do Sul sem a concessão equacionada Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada Tabela 2.1.4-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Norte e Nordeste sem a concessão equacionada Tabela 2.2.1-1 – Acréscimo em km de Linhas de Transmissão – Relação Completa Tabela 2.2.1-2 – Acréscimo em Número de Linhas de Transmissão – Relação Completa Tabela 2.2.1-3 – Acréscimo em Capacidade de Transformação na Rede Básica (MVA) – Relação Completa Tabela 2.2.1-4 – Acréscimo em Número de Transformadores na Rede Básica – Relação Completa Tabela 2.2.2-1 – Acréscimo em km de Linhas de Transmissão ainda não Equacionadas pela Aneel Tabela 2.2.2-2 – Acréscimo do Número de Linhas de Transmissão ainda não Equacionadas pela Aneel Tabela 2.2.2-3 – Aumento da Capacidade de Transformação ainda não Equacionada pela Aneel Tabela 2.2.2-4 – Acréscimo do Número de Transformadores ainda não Equacionados pela Aneel Tabela 2.2.3-1 – Estimativa de Investimento Associado ao PAR 2004-2006 – Relação Completa (Valores em Milhões R$) Tabela 2.2.3-2 – Estimativa de Investimento Associado ao PAR 2004-2006 – Obras Cuja Concessão ainda não foi Equacionada (Valores em Milhões R$) Tabela 3.2-1 – Subestações Atendidas por meio de Circuitos Radiais Singelos Tabela 3.2-2 - Avaliação Preliminar dos Locais com Possíveis Problemas de Superação de Disjuntores ONS PAR 2004-2006 9 11 17 18 25 43 49 49 50 50 51 51 52 52 53 54 57 58 522 / 530 Tabela 3.3.1-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Região Sul (1) Tabela 3.3.1-2: Indisponibilidade da LT 525 kV Campos Novos – Blumenau, na carga média de verão Tabela 3.3.1-3: Déficit capacitivo em contingência – SE Caxias Tabela 3.3.1-5 – SE Gravataí 525/230 kV-carregamentos na perda do TR-1 da - carga média de verão Tabela 3.3.1-6 – SE Caxias 525/230 kV - Carregamentos em contingência - carga média de verão Tabela 3.3.1-5 – Principais Obras propostas para o Sistema Regional Sul ainda sem concessão Tabela 3.3.2-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Rio Grande do Sul Tabela 3.3.2-2 Carregamento na linha de circuito duplo, 230 kV Gravataí 2 – Porto Alegre 6 Tabela 3.3.2-3 – Sobrecargas nas linhas de 230 kV de Caxias – Farroupilha e Caxias – Campo Bom Tabela 3.3.2-4 – Sobrecargas nas linhas de 230 kV Farroupilha – Caxias 5 – Lageado Grande – Siderópolis Tabela 3.3.2-5 – Restrições de despacho na UTE Presidente Médici Tabela 3.3.2-6 – Restrições de despacho na UTE Uruguaiana com geração máxima das usinas hidráulicas no Rio Grande do Sul (1123 MW) Tabela 3.3.2-7 – Restrições de despacho na UTE Uruguaiana com geração mínima das usinas hidráulicas no Rio Grande do Sul (235 MW) Tabela 3.3.2-8 – Efeito da variação do despacho da UTE Canoas na indisponibilidade da LT 525 Itá Gravataí Tabela 3.3.2-9 – Efeito da variação do despacho da UTE Canoas na indisponibilidade do TR 01 525/230 kV da SE Gravataí Tabela 3.3.2-10 – Efeito da variação do despacho da UTE Canoas na indisponibilidade do TR 02 525/230 kV da SE Caxias Tabela 3.3.2-12 – Principais Obras propostas para o Rio Grande do Sul ainda sem concessão Tabela 3.3.3-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Santa Catarina Tabela 3.3.3-2 – Tensões no Leste de Santa Catarina Tabela 3.3.3-3 Carregamentos na LT 230 kV Salto Osório Pato Branco Tabela 3.3.3-4 – Capacidade das linhas de 230 kV do leste de Santa Catarina ONS PAR 2004-2006 62 63 65 70 71 73 77 79 79 80 81 83 84 87 88 88 89 93 94 98 101 523 / 530 Tabela 3.3.3-5 – Resultados com rede completa, antes da relocação da linha para Palhoça, em regime permanente Tabela 3.3.3-6- Resultados com rede completa, em regime permanente, após a relocação Tabela 3.3.3-7 – Resultados quando da indisponibilidade da LT 230 kV Jorge Lacerda B – Blumenau, antes da relocação Tabela 3.3.3-8 – Resultados quando da indisponibilidade da LT 230 kV Jorge Lacerda B – Blumenau, após a relocação Tabela 3.3.3-9 Contingências duplas mais severas no atendimento a Florianópolis Tabela 3.3.3-10 – Principais Obras propostas para Santa Catarina ainda sem concessão Tabela 3.3.4-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Paraná Tabela 3.3.4-2 - Fluxos na LT 230 kV Cascavel Oeste – Cascavel na perda de um circuito Tabela 3.3.4-3 – Fluxos na LT 230 kV Umbará – Uberaba na perda do circuito paralelo Tabela 3.3.4-4 - Fluxos na LT 230 kV Campo Comprido – Pilarzinho em condição normal- configuração atual Tabela 3.3.4-5 Fluxos na LT 230 kV Campo Comprido – Pilarzinho com expansões no anel de Curitiba Tabela 3.3.4-6 Contingências duplas mais severas no atendimento a Curitiba Tabela 3.3.4-7 – Principais Obras propostas para o Paraná ainda sem concessão Tabela 3.4.1-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Rio de Janeiro e Espírito Santo Tabela 3.4.1-2 – Principais Obras propostas para o Sistema Regional Sudeste ainda sem concessão Tabela 3.4.1-3 – Capacidade Operativa das LTs 345 kV Adrianópolis – Campos - Vitória Tabela 3.4.1-4 – Carregamento na Transformação da SE Mascarenhas e na SE Vitória Tabela 3.4.2-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Minas Gerais Tabela 3.4.2-2 – Principais Obras propostas para a Área Minas Gerais ainda sem concessão Tabela 3.4.2-3 – Usinas hidrelétricas e térmicas previstas para a Área Minas Gerais até 2006 Tabela 3.4.2-4 – Análise do Carregamento da LT 345 kV Furnas – Pimenta: Descrição do Cenário Analisado Tabela 3.4.2-5 – Carregamentos das Linhas e 345 kV em Condições Normais de Operação ONS PAR 2004-2006 101 102 103 104 105 105 109 112 116 116 117 118 119 124 130 133 136 140 146 149 153 153 524 / 530 Tabela 3.4.2-6 – Carregamentos das Linhas de 345 kV em emergência (Sem a LT Itumbiara – Marimbondo) Tabela 3.4.2-7 – Carregamentos das Linhas de 345 kV em emergência (Com a LT Itumbiara – Marimbondo) Tabela 3.4.2-8 - Carregamentos das Linhas de 345 kV em emergência – Efeito da duplicação da LT Furnas – Pimenta Tabela 3.4.2-9 – Cenários Considerados na Avaliação dos Carregamentos das Linhas em 345 kV, antes da Duplicação da LT Furnas – Pimenta Tabela 3.4.2-10 – Carregamentos das Linhas e 345 kV, em Condições Normais de Operação, nos Cenários Analisados Tabela 3.4.2-11 – Carregamentos das Linhas e 345 kV, em Condições Normais de Operação, nos Piores Cenários, Considerando a duplicação da LT Furnas – Pimenta Tabela 3.4.2-12 – Carregamentos das Linhas e 345 kV, em emergências, no Pior Cenário, Considerando a duplicação da LT Furnas – Pimenta Tabela 3.4.2-13 – Carregamentos em Linhas de 138 kV da Região da Mantiqueira, em Condições Normais de Operação Tabela 3.4.2-14 – Carregamentos em Linhas de 138 kV da Região da Mantiqueira, em Condições de Emergência da LT Furnas – Pimenta Tabela 3.4.2-15 – Carregamentos em Linhas de 138 kV da Região da Mantiqueira, em Condições de Emergência da LT Barbacena – Juiz de Fora Tabela 3.4.2-16 – Carregamentos em linhas de 345 kV e de 138 kV, Considerando a Duplicação da LT Furnas – Pimenta Tabela 3.4.2-17 – Cenários Considerados na Análise do Efeito da Defasagem do Trafo da SE Mascarenhas Tabela 3.4.2-18 – Carregamentos nas Linhas de 230 kV no Leste de Minas Gerais, em função da Defasagem do Trafo da SE Mascarenhas Tabela 3.4.3-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área São Paulo Tabela 3.4.3-2 – Principais Obras propostas para a área São Paulo ainda sem concessão Tabela 3.4.3-3 – Carregamento nos Autotransformadores 500/440 kV de Água Vermelha Tabela 3.4.3-4 - Carregamento nos Autotransformadores 500/440 kV de Água Vermelha com Despachos Reduzidos no Paranaíba e no Grande Tabela 3.4.3-5 – Sobrecarga nos Circuitos 230 kV Mogi – São José (com tap para Itapeti) e Mogi – São José (expressa) ONS PAR 2004-2006 154 154 155 156 157 157 158 159 160 160 162 164 165 169 176 181 183 192 525 / 530 Tabela 3..5.1-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Goiás e Distrito Federal Tabela 3.5.1-2 – Principais Obras propostas para a área Goiás/Distrito Federal ainda sem concessão Tabela 3.5.1-3 – Área Goiás e Distrito Federal – Fluxos (MW) Tabela 3.5.2-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Mato Grosso Tabela 3.5.2-2– Principais Obras propostas para o sistema do Mato Grosso ainda sem concessão Tabela 3.5.2-3– Resultados da análise do estado do Mato Grosso – Ano 2004 e fevereiro/2005 Tabela 3.5.2-4– Resultados da análise do estado do Mato Grosso – Ano 2005 (junho e dezembro) Tabela 3.5.2-5– Resultados da análise do estado do Mato Grosso – Ano 2006 Tabela 3.5.2-6– Capacidade de geração e intercâmbios da área centro-norte do Mato Grosso Tabela 3.5.3-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Mato Grosso do Sul Tabela 3.5.3-2 – Cortes de Carga Estimados na Indisponibilidade da LT 230 kV Guaíra – Dourados Tabela 3.5.3-3 – Cortes de Carga Estimados na Indisponibilidade da LT 230 kV Dourados – Anastácio Tabela 3.5.3-4 Contingências duplas mais severas no atendimento a Campo Grande Tabela 3.5.3-5 – Principais Obras propostas para o sistema do Mato Grosso do Sul ainda sem concessão Tabela 3.5.3-6 - Obras Necessárias de Responsabilidade da Enersul Tabela 3.6.1-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Pará Tabela 3.6.1-2 – Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Pará Tabela 3.6.1-3 – Principais Obras propostas para a Área Pará ainda sem concessão Tabela 3.6.2-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Maranhão/Tocantins Tabela 3.6.2-2 – Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Maranhão/Tocantins Tabela 3.6.2-3 – Principais Obras propostas para a Área Maranhão/Tocantins ainda sem concessão Tabela 3.7.1-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Oeste Tabela 3.7.1-2 – Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Oeste Tabela 3.7.1-3 – Principais Obras propostas para a Área Oeste ainda sem concessão ONS PAR 2004-2006 203 207 210 213 216 220 224 224 226 229 231 232 236 236 237 240 242 243 246 249 250 252 254 255 526 / 530 Tabela 3.7.2-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Norte Tabela 3.7.2-2 – Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Norte Tabela 3.7.2-3 – Principais Obras propostas para Área Norte ainda sem concessão Tabela 3.7.3-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Leste Tabela 3.7.3-2– Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Leste Tabela 3.7.3-3 – Principais Obras propostas para Área Leste ainda sem concessão Tabela 3.7.4-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Sul Tabela 3.7.4-2 – Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Sul Tabela 3.7.4-3 – Principais Obras propostas para área Sul ainda sem concessão Tabela 3.7.5-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Centro Tabela 3.7.6-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Sudoeste Tabela 3.7.6-2 – Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Sudoeste Tabela 4.2-1 - Valores máximos de recebimento pelo Sudeste (RSE) Tabela 4.2-2 - Valores máximos de exportação do Sul (FSUL) Tabela 4.2-3 - Valores máximos de importação do Sul (RSUL) Tabela 4.2-4- Valores máximos de exportação e de recebimento das regiões Norte/Nordeste/Sudeste Tabela 4.3.1-1 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no “Cenário Sudeste Importador”, considerando Contingências Simples e Itaipu com despacho “BAIXO” Tabela 4.3.1-2 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no “Cenário Sudeste Importador”, considerando Contingências Simples e Itaipu com despacho “ALTO” Tabela 4.3.1-3 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no “Cenário Sul e Sudeste Exportadores” considerando Contingências Simples e Itaipu 60Hz com despacho “BAIXO” Tabela 4.3.1-4 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no Cenário “Sul e Sudeste Exportadores”, considerando Contingências Simples e Itaipu com despacho “ALTO” ONS PAR 2004-2006 258 260 262 266 268 270 273 276 277 279 282 283 294 295 296 298 300 301 302 303 527 / 530 Tabela 4.3.1-5 – Máximo Recebimento do Sul (RSUL) para o cenário Sul Importador Tabela 4.3.1-6 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no “Cenário Sudeste Importador”, considerando Contingências Duplas e Itaipu com despacho “BAIXO” Tabela 4.3.1-7 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no “Cenário Sul e Sudeste Exportadores” considerando Contingências Duplas e Itaipu 60Hz com despacho “BAIXO” Tabela 4.3.2-1 –Limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste, cenário Norte Exportador Tabela 4.3.2-2 –Limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste, cenário Sudeste Exportador Tabela 4.4.3.2-3 –Limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste para o cenário Nordeste Exportador Tabela 5.2.1 - Classificação do Risco pela Severidade [6] Tabela 6.1.4-7 Previsão de Carga para o Subistema Sudeste/Centro-Oeste (MW) Tabela 6.1.4-8 Taxas de Crescimento e diferença entre ciclos – Subsistema Sudeste/Centro Oeste (%) Tabela 6.1.4-9 Previsão de Carga para o Subistema Sul mês de maio(MW) Figura 6.1.4-22 Comparação entre as previsões do PLANO de OPERAÇÃO e o PAR 2004/2006 Tabela 6.3-1 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Interligações Inter-regionais Tabela 6.3-2 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para a Região Sul Tabela 6.3-3 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Sudeste e CentroOeste Tabela 6.3-4 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Norte e Nordeste Tabela 6.4.1-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – CEEED Tabela 6.4.2-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – RGE Tabela 6.4.3-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – AES Tabela 6.4.4-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Celesc Tabela 6.4.5-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – CopelD ONS PAR 2004-2006 303 304 305 307 308 308 330 364 364 372 376 381 382 389 396 402 402 403 403 404 528 / 530 Tabela 6.4.6-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Enersul Tabela 6.4.7-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Escelsa Tabela 6.4.8-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Celg Tabela 6.4.9-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – CEB Tabela 6.4.10-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Cemat Tabela 6.4.11-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Sâo Paulo Tabela 6.4.12-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Cemig Tabela 6.4.13-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Celpa Tabela 6.4.14-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – CELTINS Tabela 6.4.15-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Coelce Tabela 6.4.16-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Cosern Tabela 6.4.17-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Celpe Tabela 6.4.18-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – PAR 2004-2006 406 407 409 414 415 418 418 419 421 421 422 423 Energipe Tabela 6.4.19-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Coelba Tabela 6.5.1-1 – Níveis de Tensão da Rede Básica (fasefase) em Corrente Alternada Tabela 6.5.2-1 – Fator de Potência nos Pontos de Conexão Tabela 6.5.5-1 – Despachos da UHE Itaipu considerado em cada patamar de carga Tabela 6.5.5-2– Parque Gerador Mínimo na Região Sul Tabela 6.5.6-1 - Características dos Dados Determinísticos e Probabilísticos Tabela 6.5.6-1 - Características dos Dados Determinísticos e Probabilísticos (continuação) Tabela 6.5.6-2 - Limites Inferiores e Superiores Admissíveis para a Variação das Tensões ONS 405 423 425 426 427 428 434 435 436 529 / 530 Tabela 6.5.6-3- Dados Probabilísticos da Rede Elétrica Brasileira [3] Tabela 6.5.6-4 - Perfil da carga típica diária do SIN, c/ influência de dias úteis e fins de semana [6] Tabela 6.5.6-5 - Composição do Espaço Probabilístico de Estados para Junho 2003, Pesada Tabela 7-1 – Locais onde é prevista sobrecarga em condições normais de operação Tabela 8.1 – Resumo dos Pareceres de Solicitação de Acesso - Impacto sobre a Transmissão Tabela 8-1 Principais Restrições ao Pleno despacho de Usinas nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste, associadas à transmissão ONS PAR 2004-2006 436 438 439 441 505 516 530 / 530