A Economia da Estratégia
Besanko, Dranove, Shanley e Schaefer, 3ª Edição
Capítulo 4
Organizando as Fronteiras Verticais:
Integração Vertical e suas Alternativas
Apresentação de slides preparada por
Richard PonArul
California State University, Chico
 John Wiley  Sons, Inc.
Fronteiras Verticais
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Para cada passo na cadeia vertical, a
empresa precisa decidir entre transações no
mercado e integração vertical
O grau de integração vertical difere
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Entre setores
Entre empresas dentro de um setor
Entre transações diferentes dentro da mesma
empresa
O Tradeoff na Integração Vertical
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Usar o mercado melhora a eficiência técnica
(menor custo de produção)
A integração vertical melhora a eficiência de
agência (custos de transação, coordenação)
A empresa deve “economizar” – escolher a
melhor combinação possível de eficiências
técnicas e de agência
Eficiência Técnica
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Usar o mercado leva a maior eficiência
técnica quando comparado com a integração
vertical (poder da disciplina de mercado)
A diferença em eficiência técnica de
mercado sobre a integração vertical (T)
depende da natureza dos ativos envolvidos
na produção
Eficiência Técnica
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À medida que os ativos se tornam cada vez
mais especializados, as economias de
escala de mercado da empresa se tornam
mais fracas
A diferença entre eficiência técnica de
mercado e integração vertical (T) declina
com uma grande especificidade de ativos
Eficiências Técnicas e de Agência
Eficiência de Agência
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Para altos níveis de especificidade de ativos,
a eficiência de agência diferencial de
transações no mercado sobre a integração
vertical (A) é negativa
Quando ativos especializados estão
envolvidos, o potencial para uma
apropriação (holdup) é alto e o resultado são
maiores custos de transação
Eficiência de Agência
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A baixos níveis de especificidade de ativos, a
eficiência de agência diferencial de
transações no mercado sobre a integração
vertical (A) tende a ser positiva
Sem o problema da apropriação, as
transações no mercado podem ser mais
eficientes em termos de agência na
produção interna
Tradeoff de Eficiência
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A eficiência diferencial (mercado sobre
integração vertical) – C – estará
relacionada negativamente à especificidade
de ativo
Em altos níveis de especificidade de ativos,
a integração vertical é mais eficiente
Em baixos níveis de especificidade de ativos,
a terceirização vence
Tradeoff de Eficiência e Escala
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Quando a escala de produção aumenta, a
empresa verticalmente integrada pode tirar
mais vantagem das economias de escala
Com escala aumentada, a eficiência técnica
diferencial decresce para cada nível de
especificidade de ativo
Tradeoff de Eficiência e Escala
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Com um aumento na escala, a eficiência de agência
diferencial se torna mais sensível à especificidade
de ativo
A eficiência de agência diferencial (mercado sobre
integração vertical) aumentará com a escala para
uma baixa especificidade de ativos
Com alta especificidade de ativo, a eficiência de
agência diferencial decresce com a escala
Tradeoff de Eficiência e Escala
Tradeoff de Eficiência e Escala
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A eficiência diferencial combinada (C)
declina acentuadamente para uma baixa
especificidade de ativo
O grau de especificidade de ativo em que o
mercado é apenas competitivo com
integração vertical declina
A integração vertical é preferida à transação
de mercado quando há uma maior extensão
de especificidade de ativo
Conclusões do Modelo de
Tradeoff de Eficiência
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Entradas na empresa de serviços e produtos
de rotina tendem a ser obtidas no mercado
(economias de escala do fornecedor)
Quando as atividades de mercado de
produto da empresa são grandes em escala,
a tendência é de integração vertical
A presença de ativos de relacionamento
específico irá aumentar as vantagens da
integração vertical
Evidência do Mundo Real
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A GM é mais verticalmente integrada que a Ford em
peças com a mesma especificidade de ativo (escala)
No setor aeroespacial, uma maior especificidade de
design aumenta a probabilidade de integração
vertical da produção
No setor de geração de energia elétrica, as plantas
baseadas em minas são mais sucetíveis de serem
verticalmente integradas do que outras plantas
A Corporação Virtual
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Os avanços em tecnologia minimizaram os
custos de coordenação e reduziram a
especificidade de ativo
Conseqüentemente, as vantagens do
mercado com relação à integração vertical
aumentaram de modo constante
A corporação virtual é o limite no qual cada
elemento na cadeia vertical será
independente
Integração Vertical e Propriedade
dos Ativos
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A decisão de fazer ou comprar é essencialmente
uma decisão relativa aos direitos proprietários
Se os contratos estiverem completos, não importará
quem detém a propriedade dos ativos na cadeia
vertical
Com contratos incompletos, o padrão de
propriedade de ativos determina o desejo das partes
de investir em ativos com relacionamentos
específicos
Integração Vertical e Propriedade dos
Ativos
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Há três formas de organizar uma transação
na cadeia vertical
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As duas unidades são independentes (nãointegração)
A unidade 1 possui os ativos da unidade 2
(integração a jusante)
A unidade 2 possui os ativos da unidade 1
(integração a montante)
Propriedade dos Ativos e
Integração
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A forma de integração afeta os incentivos
para investir em ativos de relacionamento
específico
Se uma integração vertical é ótima ou não
depende da contribuição relativa ao valor
adicionado pelo investimento de cada parte
Propriedade dos Ativos e
Integração
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Se os investimentos de ambas unidades são
de importâncias comparáveis, a transação
de mercado é preferida
Se o investimento de uma unidade é de mais
importância em criação de valor, a
integração vertical é preferida
Propriedade dos Ativos e
Integração
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A propriedade de ativo é uma dimensão
importante da integração vertical
Pode haver três graus de integração,
dependendo da extensão do controle sobre
ativos especializados
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Exemplo: empresas automotivas podem usar
fornecedores independentes para peças e
componentes, mas possuem suas próprias
máquinas e matrizes
Integração Vertical no Setor de
Seguros
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Em seguros de vida, os esforços dos
agentes de venda para a renovação não são
de importância, e as seguradoras tendem a
usar forças de vendas internas e a possuir
listas de clientes
Em seguros de vida parciais, esforços de
renovação são mais importantes e são
usados agentes independentes que
possuem listas de clientes
Ativos Humanos e Integração Vertical
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Quando ativos físicos estão envolvidos, a
propriedade de ativo a montante (ou a
jusante) pode ser usada de forma conjunta
com a transação de mercado
Quando ativos humanos são importantes, a
aquisição do controle desses ativos pode ser
feita apenas através de uma integração
vertical completamente desenvolvida (fullfledged)
Questões de Processo nas Fusões
Verticais
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Um fusão pode ser, em princípio, desejável
(para integração vertical), mas o processo
pode não dar espaço a estruturas de
governança eficientes depois da fusão
Considerações de eficiência podem indicar
que os gerentes da firma adquirida devem
continuar a ter certos direitos de decisão;
circunstâncias passadas podem
impossibilitar isso
Mais Questões de Processos
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Depois da aquisição do fornecedor, a
empresa pode ter dificuldades para vender a
outras além dela mesma (apesar do knowhow em marketing)
Uma empresa spin-off pode continuar a
tomar decisões como se ela fosse parte da
empresa-mãe
Alternativas à Integração Vertical
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Integração vertical parcial (fazer uma parte e
comprar o restante)
Joint ventures e alianças estratégicas
Relacionamentos colaborativos de longo
prazo
Contratos implícitos entre as empresas
Integração Vertical Parcial
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Uma empresa pode produzir parte de seus
insumos e comprar o restante
Uma empresa pode vender parte de seus
produtos através da equipe de vendas
interna e vender o restante através de
distribuidores independentes
Integração Vertical Parcial:
Vantagens
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Expansão de canais adicionais de
insumo/produto sem investimentos
substanciais de capital
Informações sobre custos e lucratividade de
operações internas podem ajudar na
negociação com empresas de mercado
A ameaça de fabricação própria pode
disciplinar canais externos
Integração Vertical Parcial:
Vantagens
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Capacidades internas de fornecimento
protegem contra apropriações de renda
potenciais
A expansão potencial de fornecimento
externo pode impor disciplina na produção
interna
Integração Vertical Parcial:
Desvantagens
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Possíveis perdas de economias de escala
A coordenação pode se tornar mais difícil,
uma vez que as duas unidades de produção
devem estar de acordo quanto a
especificações de produto e tempos de
entrega
Os gerentes podem manter a capacidade de
produção interna bem após isso ter-se
tornado ineficiente
Integração Vertical Parcial na
Revenda de Gasolina
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Grandes refinarias de petróleo vendem
através de seus próprios postos de serviço e
através de postos de propriedade
independente
À medida que postos de gasolina se retiram
do negócio de conserto de automóveis e
serviços de manutenção, a proporção de
postos de propriedade das companhias
cresce
Alianças Estratégicas e Joint
Ventures
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Alianças envolvem cooperação,
coordenação e compartilhamento de
informações para um projeto conjunto
enquanto as empresas participantes
continuam a ser independentes
Uma joint venture é uma aliança em que
uma nova organização independente é
criada e cuja propriedade é compartilhada
entre as duas firmas que a promoveram
Alianças Estratégicas
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Alianças e joint ventures são soluções
intermediárias entre transações de mercado
e integração vertical
Em vez de se apoiar em contratos, uma
aliança se baseia em confiança e em
reciprocidade
As disputas raramente são resolvidas
através de litígio. Em geral, são resolvidas
por meio de negociação
Alianças Estratégicas - Cenários
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A incerteza que cerca as atividades futuras impede
os participantes de redigir um contrato que
especifique como as decisões sobre essas
atividades deverão ser tomadas
As transações são complexas e não se pode contar
com leis de contrato para “preencher lacunas”
A existência de ativos de relacionamento específico
e potencial problema de apropriação de renda
Alianças Estratégicas - Cenários
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Qualquer parte sozinha não possui todo o
conhecimento técnico necessário para organizar a
transação internamente
Espera-se que a oportunidade de mercado que
levou à transação dure muito tempo, tornando um
contrato de longo prazo ou uma fusão pouco
atraente
O ambiente regulatório torna necessário adquirir um
parceiro local para o empreendimento
Relacionamentos Colaborativos
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Indústrias japonesas parecem ser menos
verticalmente integradas quando
comparadas com empresas ocidentais
similares
As empresas japonesas organizam a cadeia
vertical usando um relacionamento
colaborativo de longo prazo entre empresas,
em vez de transações sob condições
independentes (arm’s length)
Relacionamentos Colaborativos
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Dois tipos principais de relacionamentos
colaborativos são encontrados no Japão
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Redes de subcontratação
Keiretsu
Redes de Subcontratadas
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Produtores japoneses mantêm
relacionamentos próximos, infomais e de
longo prazo com suas redes de
subcontratadas
O relacionamento típico entre um produtor e
uma subcontratada envolve muito mais
especificidade de ativo no Japão do que no
mundo ocidental
Keiretsu
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As empresas integrantes de um keiretsu
negociam ações patrimoniais entre si
As ligações entre as empresas são mais
fortes por relacionamentos pessoais entre os
altos executivos
A maioria das atividades-chave na cadeia
vertical são desempenhadas por membros
do keiretsu, com fácil coordenação e sem
chances para apropriações de renda
Contratos Implícitos
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Os contratos implícitos são um acordo nãodeclarado entre as partes em um
relacionamento de negócios
Relacionamentos de longo prazo entre
empresas podem fazer com que elas se
comportem cooperativamente uma com
relação à outra sem que haja quaisquer
contratos formais
Contratos Implícitos
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A ameaça de perder futuros negócios (e sua
futura cadeia de lucros) é suficiente para
deter o comportamento oportunista em
qualquer período
O desejo de proteger a reputação no
mercado pode ser outro mecanismo que
viabiliza os contratos implícitos
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gestão científica 3