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A 3 de abril de 1 9 0 1 a Franca perdeu uni dos mais notaveis homens
de sciencia e dos mais uteis, M. Cornu, professor de cultura no Museu de
Historia natural de Paris, tendo 5 7 annos de edade.
O professor Cornu começou a carreira scientifica traballando na Sorbonne sob a direcçào de Duchartre, botanico distinctissimo. Mais tarde
exerceu o logar de naturalista-ajudante no Museu, tendo por director,
guia e amigo um outro botanico, dos que mais têm honrado a F r a n c a , o
professor Brogniart. E m - 1 8 8 4 , por morte de Decaisne, foi promovido ao
logar de professor de cultura e n'elle se conservou até morrei .
A primeira publicaçào do professor Cornu foi feita em 1 8 6 6 , e desde
entào até 1 8 9 3 publicou no Bulletin de la Société botanique de France 9 7
memorias, grande numero das quaes têm por objecto o estudo das plantas
cryptogamicas. Urna das primeiras publicaçôes, que lhe grangeou créditos
de homem de valor foi a monographia das Saprolegniaceas.
A Franca deve a Cornu grandes serviços além dos que elle prestou
corno professor. Foi elle quem primeiro esludou a molestia, que invadirá
as vinhas francezas em 1 8 6 8 , e por suas indicaçSes o phylloxéra pôde ser
combatido efficazmente. Por este serviço nâo é só a Franca que lhe deve
ser agradecida.
Outras molestias das plantas lhe prenderam a attençào, e para nielhor
as estudar percorreu varios paizes. E m Portugal visitou quasi todas as
localidades onde os castanheiros eslavam atacados pela phytonose, que tao
prejudicial tem sido.
Como professor de cultura, e como tal dirigindo o jardim das plantas,
oceupou-se de modo distincto de promover a cultura de plantas uteis ñas
colonias francezas. Os serviços que Cornu prestou n'este sentido fôram
muito notaveis.
E r a d'uma affabilidade distincta e quem a elle se dirigisse tinha sempre resposta prompta, e se alguni serviço lhe era pedido, esse era prestado do melhor grado. Tive d'isso provas numerosas.
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A 3 de abril de 1901 a Franca perdeu uni dos mais notaveis homens