Chapter 2
Curvas Paramétricas
Introdução e Motivação:
No estudo de curvas cartesianas estamos acostumando a tomar uma variável como
independente e a outra como dependente, ou seja 𝑦 = 𝑓 (π‘₯) ou π‘₯ = β„Ž(𝑦). Porem, alguns
movimentos ou caminhos são inconveniente, difícil ou impossível de ser descrito por uma
função de uma variável ou formula da forma 𝑦 = 𝑓 (π‘₯).
βˆ™ Por exemplo é impossível de descreve na forma 𝑦 = 𝑓 (π‘₯), o ciclóide - trajetória de
um ponto pertencente a um círculo de raio 𝑅 posto a girar, sem deslizar, ao longo
de uma reta situada num plano horizontal.
Deduzimos a equação do ciclóide na proxima seção.
βˆ™ Outro exemplo, suponhamos dois aviões com mesmo velocidade percorre caminhos
retas de equações 𝑦 = 2π‘₯ + 3 e 𝑦 = 3π‘₯ βˆ’ 2 respectivamente.Será eles vão colidir?
Mesmo as retas interceptando no ponto (5, 13), as equações não indicar que os
aviões vão colidir.
71
Cap.2: Curvas Paramétricas
Sec.1: Definição e exemplos
Para resolve destes problemas, introduzimos curvas paramétricas. Em vez de definir
𝑦 em termos de π‘₯ ou π‘₯ em termos de 𝑦 definimos ambos π‘₯ e 𝑦 em termos de uma terceira
variável chamado parâmetro.
2.1
Definição e Exemplos
2.1 Definição. Sejam um intervalo 𝐼 βŠ‚ ℝ e funções contínuas π‘₯(𝑑) e 𝑦(𝑑) definidas em
𝐼.
1) Dizemos que a função
πœ† : 𝐼 β†’ ℝ2
𝑑 β†’ (π‘₯(𝑑), 𝑦(𝑑))
é uma curva parametrizada.
2) O conjunto 𝐢 = {(π‘₯(𝑑), 𝑦(𝑑)); 𝑑 ∈ 𝐼} (imagem da função πœ†) é uma curva.
3) As equações
⎧
⎨ π‘₯(𝑑)
;𝑑 ∈ 𝐼
⎩ 𝑦(𝑑)
são equações paramétricas da curva 𝐢. Dizemos também que essas equações parametrizam
a curva 𝐢.
O parâmetro 𝑑 pode ser interpretado como tempo e (π‘₯(𝑑), 𝑦(𝑑)) nos dá a posição de
um ponto no instante 𝑑, que se desloca no plano π‘‹π‘‚π‘Œ . A curva 𝐢 é a trajetória descrita
pelo ponto. Assim como é possível fazer um percurso de várias maneiras (mais rápida ou
mais devagar, num sentido ou no outro, etc) uma dada curva pode ter várias equações
paramétricas.
Se o domínio do parâmetro é o intervalo fechado [π‘Ž, 𝑏], então (π‘₯(π‘Ž), 𝑦(π‘Ž)) é o ponto inicial
da curva e (π‘₯(𝑏), 𝑦(𝑏)) é o ponto final da curva.
2.2 Observação. O gráfico de qualquer função pode ser pensado como uma curva parametrizada.
De fato, dado uma função 𝑦 = 𝑓 (π‘₯), o gráfico de 𝑓 consiste dos pontos (π‘₯, 𝑓 (π‘₯)), onde π‘₯
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72
Cap.2: Curvas Paramétricas
Sec.1: Definição e exemplos
percorre os valores permitidas do domínio. Se definimos
⎧
⎨ π‘₯ = π‘₯(𝑑) = 𝑑
⎩ 𝑦 = 𝑦(𝑑) = 𝑓 (𝑑),
então plotando os pontos 𝑃 (𝑑) = (π‘₯(𝑑), 𝑦(𝑑)) = (𝑑, 𝑓 (𝑑)) da o gráfico de 𝑓 .
Exemplo 2.1. Considere a função 𝑦 = π‘₯2 no domínio βˆ’2 ≀ π‘₯ ≀ 2. O gráfico da função
como uma curva parametrizada é:
⎧
⎨ π‘₯=𝑑
; βˆ’2 ≀ 𝑑 ≀ 2.
⎩ 𝑦 = 𝑑2
Seja 𝑃 (𝑑) = (𝑑, 𝑑2 ), então 𝑃 (βˆ’2) = (βˆ’2, 4), 𝑃 (1) = (1, 1) assim por diante.
𝑦
𝑦
𝑃 (βˆ’2)
𝑃 (2)
𝑃 (βˆ’1.5)
𝑃 (1.5)
𝑃 (1)
𝑃 (βˆ’1)
βˆ’2
2
π‘₯
𝑃 (0)
gráfico estático
π‘₯
movimento ao longo a curva
Exemplo 2.2. Determine equações paramétricas para a reta que liga 𝑃0 = (π‘₯0 , 𝑦0) ao
𝑃1 = (π‘₯1 , 𝑦1 ).
Solução
βˆ’βˆ’β†’
βˆ’βˆ’β†’
Método I: A reta é o conjuntos de pontos 𝑃 = 𝑃 (𝑑) = (π‘₯(𝑑), 𝑦(𝑑)) tais que 𝑃0 𝑃 = 𝑑𝑃0 𝑃1 ,
e portanto,
⎧
⎨ π‘₯(𝑑) = π‘₯ + (π‘₯ βˆ’ π‘₯ )𝑑
0
1
0
;0 ≀ 𝑑 ≀ 1
⎩ 𝑦(𝑑) = 𝑦 + (𝑦 βˆ’ 𝑦 )𝑑
0
1
0
representa a reta ligando 𝑃0 ao 𝑃1 .
Método II: A equação cartesiana da reta que liga (π‘₯0 , 𝑦0 ) ao (π‘₯1 , 𝑦1 ) é dada por
)
(
𝑦1 βˆ’ 𝑦0
(π‘₯ βˆ’ π‘₯0 ), π‘₯0 ≀ π‘₯ ≀ π‘₯1 .
𝑦 = 𝑦0 +
π‘₯1 βˆ’ π‘₯0
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73
Cap.2: Curvas Paramétricas
Sec.1: Definição e exemplos
Logo, da observação 2.1.2, podemos parametrizar a reta por
⎧

⎨ π‘₯(𝑑) = 𝑑
)
(
; π‘₯0 ≀ 𝑑 ≀ π‘₯1
𝑦1 βˆ’ 𝑦0

(𝑑 βˆ’ π‘₯0 )
⎩ 𝑦(𝑑) = 𝑦0 +
π‘₯1 βˆ’ π‘₯0
Exemplo 2.3. Determine equações paramétricas para o círculo 𝐢1 de raio 1 e centro
na origem.
Solução
Temos, 𝑃 = (π‘₯, 𝑦) ∈ 𝐢1 ⇔ π‘₯2 + 𝑦 2 = 1
Para cada ponto 𝑃 = (π‘₯, 𝑦) ∈ 𝐢1 , tomemos o
ângulo 𝑑 entre 𝑂𝑋 e 𝑂𝑃 tal que 𝑑 ∈ [0, 2πœ‹].
Então
𝑃
𝑦
𝑑
𝑂
π‘₯
𝑋
⎧
⎨ π‘₯(𝑑) = cos 𝑑
; 𝑑 ∈ [0, 2πœ‹]
⎩ 𝑦(𝑑) = sen 𝑑
são equações paramétricas dessa curva.
Exemplo 2.4. Os dois pares de equações a seguir também parametrizam o círculo 𝐢1
de raio 1 e centro na origem:
⎧
⎨ π‘₯(𝑑) = cos (2𝑑)
𝑖)
; 𝑑 ∈ [0, πœ‹]
⎩ 𝑦(𝑑) = sen (2𝑑)
⎧
⎨ π‘₯(𝑑) = cos (βˆ’π‘‘)
𝑖𝑖)
; 𝑑 ∈ [0, 2πœ‹]
⎩ 𝑦(𝑑) = sen (βˆ’π‘‘)
Em i) o ponto se desloca mais rápido, percorre o círculo na metade do tempo, no
sentido anti-horário. Em ii) o ponto se desloca mais devagar e em sentido horário.
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Cap.2: Curvas Paramétricas
Sec.1: Definição e exemplos
Exemplo 2.5. Dado o círculo 𝐢 de raio π‘Ÿ > 0 e centro no ponto (β„Ž, π‘˜) determine
equações paramétricas para 𝐢.
Solução
Temos, 𝑃 = (π‘₯, 𝑦) ∈ 𝐢 ⇔ (π‘₯βˆ’β„Ž)2 +(𝑦 βˆ’π‘˜)2 = π‘Ÿ 2
)2 (
)2
(
π‘¦βˆ’π‘˜
π‘₯βˆ’β„Ž
⇔
+
=1⇔
π‘Ÿ)
(π‘Ÿ
π‘₯βˆ’β„Ž π‘¦βˆ’π‘˜
,
pertence ao círculo 𝐢1 ,
𝑄 =
π‘Ÿ
π‘Ÿ
dado anteriormente. Tomemos então
⎧

⎨ π‘₯ βˆ’ β„Ž = cos 𝑑
π‘Ÿ
; 𝑑 ∈ [0, 2πœ‹]
π‘¦βˆ’π‘˜

⎩
= sen 𝑑
π‘Ÿ
𝑃
𝑦
𝑑
π‘˜
𝑂
β„Ž
π‘₯
Para cada ponto 𝑃 = (π‘₯, 𝑦) ∈ 𝐢 temos
⎧
⎨ π‘₯(𝑑) = π‘Ÿ cos 𝑑 + β„Ž
; 𝑑 ∈ [0, 2πœ‹]
⎩ 𝑦(𝑑) = π‘Ÿ sen 𝑑 + π‘˜
que são equações paramétricas de 𝐢.
Exemplo 2.6. Seja a elipse 𝐸 com centro no ponto (β„Ž, π‘˜), eixos paralelos aos eixos
coordenadas e semi-eixos π‘Ž e 𝑏. Determinar equações paramétricas para 𝐸.
Solução
(
)2 (
)2
(π‘₯ βˆ’ β„Ž)2 (𝑦 βˆ’ π‘˜)2
π‘₯βˆ’β„Ž
π‘¦βˆ’π‘˜
Temos 𝑃 = (π‘₯, 𝑦) ∈ 𝐸 ⇔
+
=1⇔
+
=1⇔
π‘Ž2
𝑏2
π‘Ž
𝑏
(
)
π‘₯βˆ’β„Ž π‘¦βˆ’π‘˜
⇔𝑄=
,
pertence ao círculo 𝐢1 . Tomemos então
π‘Ž
𝑏
⎧

⎨ π‘₯ βˆ’ β„Ž = cos 𝑑
π‘Ž
; 𝑑 ∈ [0, 2πœ‹]
π‘¦βˆ’π‘˜

⎩
= sen 𝑑
𝑏
Para cada ponto 𝑃 = (π‘₯, 𝑦) ∈ 𝐸 temos
⎧
⎨ π‘₯(𝑑) = π‘Ž cos 𝑑 + β„Ž
; 𝑑 ∈ [0, 2πœ‹]
⎩ 𝑦(𝑑) = 𝑏 sen 𝑑 + π‘˜
que são equações paramétricas de 𝐸.
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Cap.2: Curvas Paramétricas
Sec.1: Definição e exemplos
Exemplo 2.7. Determinar as equações paramétricas do ciclóide - trajetória descrita
por um ponto 𝑃 sobre uma circunferência de raio 𝑅 que rola sem deslizar sobre o eixo π‘₯.
Solução
𝑦
𝑃′
𝑑
𝐢
𝑄
𝐢′
𝑃
𝐴
𝐡
π‘₯
𝑑 é o ângulo varrido pelo raio 𝐢𝑃 quando o círculo rola para uma nova posição. O giro
da circunferência implica que
o comprimento do segmento 𝑃 𝐴= o comprimento do arco 𝑃 β€² 𝐴, ou seja, βˆ£π‘‚π΄βˆ£ = 𝑅𝑑.
Seja 𝑃 β€² = (π‘₯, 𝑦) e considere o triângulo 𝐢 β€² 𝑃 β€² 𝑄 :
𝑃′
𝑅
𝐢′
𝑑 βˆ’ 180∘
βˆ’π‘… cos 𝑑
𝑄
βˆ’π‘… sen 𝑑
Logo as equações paramétricas são:
⎧
⎨ π‘₯ = βˆ£π‘ƒ 𝐴∣ + ∣𝐴𝐡∣ = βˆ£π‘ƒ 𝐴∣ + ∣𝐢 β€² π‘„βˆ£ = 𝑅𝑑 βˆ’ 𝑅 sen 𝑑 = 𝑅(𝑑 βˆ’ sen 𝑑)
⎩ 𝑦 = βˆ£π‘„π΅βˆ£ + βˆ£π‘ƒ β€² π‘„βˆ£ = 𝑅 βˆ’ 𝑅 cos 𝑑 = 𝑅(1 βˆ’ cos 𝑑)
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Cap.2: Curvas Paramétricas
Sec.1: Definição e exemplos
Exemplo 2.8. Determinar as equações paramétricas do astróide - trajetória descrita
por um ponto 𝑃 sobre uma circunferência de raio 𝑅/4 rolando sem deslizar ao longo de
outro círculo de raio 𝑅.
𝑦
Solução
𝐴′
𝑃
𝛼
𝑆
πœƒ
𝑅
𝑑
𝑂
𝑄
𝐴 π‘₯
𝑑 é o ângulo varrido pelo raio 𝑂𝐴 quando o círculo rola para uma nova posição. O giro
da circunferência implica que
o comprimento do arco 𝐴𝐴′ = o comprimento do arco 𝑃 𝐴′ ,
π‘…πœƒ
Λ† β€².
ou seja, 𝑅𝑑 =
β‡’ πœƒ = 4𝑑, onde πœƒ é o ângulo 𝑃 𝑆𝐴
4
Λ† = 𝛼. Então
Seja 𝑃 = (π‘₯, 𝑦) e considere o triângulo 𝑃 𝑆𝑅, com ângulo 𝑃 𝑆𝑅
𝛼 = πœƒ βˆ’ 𝑑 βˆ’ 180∘ = 3𝑑 βˆ’ 180∘.
As coordenadas do ponto 𝑃 satisfazem as relações:
⎧
3𝑅
𝑅


π‘₯ = βˆ£π‘‚π‘„βˆ£ βˆ’ βˆ£π‘…π‘†βˆ£ =
cos 𝑑 βˆ’ cos 𝛼


⎨
4
4
(1)



3𝑅
𝑅

⎩ 𝑦 = βˆ£π‘†π‘„βˆ£ + βˆ£π‘ƒ π‘…βˆ£ =
sen 𝑑 + sen 𝛼
4
4
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Cap.2: Curvas Paramétricas
Sec.1: Definição e exemplos
∘
Como 𝛼 = 3𝑑 βˆ’ 180 , temos que
⎧
⎨ cos (3𝑑 βˆ’ 180∘ ) = βˆ’ cos (3𝑑) = 3 cos 𝑑 βˆ’ 4 cos 3 𝑑
(2)
⎩ sen (3𝑑 βˆ’ 180∘ ) = βˆ’ sen (3𝑑) = 4 sen 3 𝑑 βˆ’ 3 sen 𝑑
Substituindo (2) em (1) temos
⎧
⎨ π‘₯ = 𝑅 cos 3 𝑑
⎩ 𝑦 = 𝑅 sen 3 𝑑
que são as equações paramétricas do astróide.
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78
Cap.2: Curvas Paramétricas
2.2
Sec.2: Construção de gráficos
Construção de gráficos de curvas paramétricas
Neste seção, estudamos maneiras de esboçar gráficos de curvas paramétricas
⎧
⎨ π‘₯ = 𝑓 (𝑑)
⎩ 𝑦 = 𝑔(𝑑)
βˆ™ MÉTODO I: Fazendo uma tabela
As vezes podemos esboçar o gráfico fazendo uma tabela escolhendo alguns valores
de 𝑑. Neste método não é sempre aconselhável pois é difícil sabe até quantos valores
de 𝑑 podemos escolher para pode esboçar o gráfico perfeitamente.
Exemplo 2.9. Esboçar a curva descrita pelas equações paramétricas
⎧
⎨ π‘₯ = 𝑑2 βˆ’ 4
βˆ’2 ≀𝑑≀3
⎩ 𝑦= 𝑑
2
Solução
t
x
-2 0
𝑦
y
-1
2
-1 -3 -0,5
0
-4 0
1
-3 0,5
2
0
1
3
β– 
5
1,5
𝑑=3
1
𝑑=0
βˆ’4
βˆ’3
βˆ’2
βˆ’1
βˆ’1
1
2
𝑑 = βˆ’2
3
4
π‘₯
5
βˆ’2
βˆ™ MÉTODO II: Transformando a equação paramétrica para cartesiana
Podemos esboçar o gráfico de uma paramétrica transformando-la para cartesiana
eliminando o parâmetro 𝑑 entre as equações.
Exemplo 2.10. Ache a equação cartesiana da astróide
⎧
⎨ π‘₯ = 𝑅 cos 3 𝑑
0 ≀ 𝑑 ≀ 2πœ‹
⎩ 𝑦 = 𝑅 sen 3 𝑑
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79
Cap.2: Curvas Paramétricas
Sec.2: Construção de gráficos
Solução
⎧
( )1/3

⎨ π‘₯ = 𝑅 cos 3 𝑑 β‡’ cos 𝑑 = π‘₯
( 𝑅 )1/3

⎩ 𝑦 = 𝑅 sen 3 𝑑 β‡’ sen 𝑑 = 𝑦
𝑅
Como
cos 2 𝑑 + sen 2 𝑑 = 1
( π‘₯ )2/3 ( 𝑦 )2/3
β‡’
+
= 1
𝑅
𝑅
β‡’ π‘₯2/3 + 𝑦 2/3 = 𝑅2/3
que a equação cartesiana.
β– 
Exemplo 2.11. Eliminar o parâmetro 𝑑 na seguinte equação paramétrica e esboçar
seu gráfico
Solução
𝑑
𝑦
𝑦=
⇒𝑑=
𝑑+1
1βˆ’π‘¦
Substituindo em π‘₯ = √
π‘₯=
√
1βˆ’π‘¦
⎧
1

⎨ π‘₯= √
𝑑+1

⎩ 𝑦= 𝑑
𝑑+1
1
, temos
𝑑+1
𝑑 > βˆ’1
𝑦
2
1
ou 𝑦 = 1 βˆ’ π‘₯2 .
Ou seja o gráfico é parte do gráfico da
parabola 𝑦 = 1 βˆ’ π‘₯2 , com π‘₯ > 0 e 𝑦 < 1.
β– 
βˆ’1
βˆ’1
1
2
3
4
π‘₯
5
βˆ’2
βˆ’3
βˆ’4
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80
Cap.2: Curvas Paramétricas
Sec.2: Construção de gráficos
Exemplo 2.12. Eliminar o parâmetro 𝑑 na seguinte equação paramétrica e esboçar
seu gráfico
⎧
⎨
π‘₯ = 3 cos (2𝑑)
⎩ 𝑦 = 1 + 2 cos 2 (2𝑑)
0β‰€π‘‘β‰€πœ‹
Solução
π‘₯
π‘₯ = 3 cos (2𝑑) β‡’ cos (2𝑑) =
3
Substituindo em 𝑦 = 1+2 cos 2 (2𝑑), temos
𝑦 =1+
( π‘₯ )2
3
π‘₯2
=1+ .
9
𝑑=
πœ‹
2
Ou seja o gráfico é parte do gráfico da
𝑦
1
parabola
𝑦 =1+
π‘₯2
9
βˆ’3
βˆ’2
percorrida duas vezes, com
𝑑 = 0, πœ‹
2
𝑑 = πœ‹4 , 3πœ‹
4
βˆ’1
βˆ’1
1
2
3
βˆ’3 ≀ π‘₯ ≀ 3 e 1 ≀ 𝑦 ≀ 2.
β– 
βˆ™ MÉTODO III: Usando Noções de Calculo A
a) Pontos de interseção com os eixos, caso existem,ou fácil de calcular
b) Pontos de auto-interseção - pontos por onde a curva passa duas vezes (ou
seja em dois instantes diferentes), caso existem,
)
(
𝑑π‘₯
𝑑𝑦
=0e
βˆ•= 0 caso existem,
c) Os tangentes horizontais
𝑑𝑑
𝑑𝑑
)
(
𝑑𝑦
𝑑π‘₯
d) Os tangentes verticais
=0e
βˆ•= 0 caso existem,
𝑑𝑑
𝑑𝑑
e) Estudo de crescimento e decrescimento de π‘₯ e 𝑦
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81
π‘₯
Cap.2: Curvas Paramétricas
Sec.2: Construção de gráficos
Exemplo 2.13. Esboçar o gráfico de
⎧
⎨ π‘₯ = 𝑑2 + 1
3
⎩ 𝑦 = βˆ’π‘‘ + 𝑑 + 1
3
Solução
– Interseção com os eixos:
βˆ’π‘‘3
𝑦=0β‡’
+ 𝑑 + 1 = 0 que é difícil de resolver.
3
π‘₯ βˆ•= 0 βˆ€π‘‘, então a curva não intersecta o eixo 𝑦.
– Auto-Interseção:
Sejam 𝑑1 < 𝑑2 tais que π‘₯(𝑑1 ) = π‘₯(𝑑2 ) e 𝑦(𝑑1 ) = 𝑦(𝑑2 ).
π‘₯(𝑑1 ) = π‘₯(𝑑2 ) β‡’ (𝑑1 )2 + 1 = (𝑑2 )2 + 1 β‡’ 𝑑1 = ±π‘‘2 β‡’ 𝑑1 = βˆ’π‘‘2 .
⎧


𝑦(𝑑1) = 𝑦(𝑑2 )

⎨



⎩
e
β‡’
√
(𝑑1 )3
βˆ’ 𝑑1 = 0 β‡’ 𝑑1 = 0 ou 𝑑1 = ± 3
3
𝑑1 = βˆ’π‘‘2
√
√
𝑑1 = 0 β‡’ 𝑑1 = 𝑑2 (não serve!). Então 𝑑1 = βˆ’ 3 e 𝑑2 = 3. Temos,
⎧
⎨ π‘₯=4
√
𝑑=± 3β‡’
⎩ 𝑦=1
– Tangentes
𝑑π‘₯
= 2𝑑 = 0 β‡’ 𝑑 = 0, ou seja a função tem uma reta tangente vertical no
𝑑𝑑
ponto (1, 1).
𝑑𝑦
= βˆ’π‘‘2 +1 = 0 β‡’ 𝑑 = ±1, ou seja a função tem 2 retas tangentes horizontais
𝑑𝑑
nos pontos (2, 53 ) e (2, 31 ).
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82
Cap.2: Curvas Paramétricas
– Crescimento e decrescimento
Sec.2: Construção de gráficos
𝑑π‘₯
βˆ’βˆ’βˆ’βˆ’βˆ’
+ + + + + + ++
+ + + + ++
𝑑𝑑
crescente
crescimento de π‘₯ descrescente βˆ’1
descrescente 0
sinal de
𝑑𝑦
βˆ’βˆ’βˆ’βˆ’βˆ’
βˆ’ βˆ’ βˆ’ βˆ’ βˆ’βˆ’
𝑑𝑑
crescente
crescimento de 𝑦 descrescente βˆ’1
sinal de
+ + + + ++
crescente
0
βˆ’ βˆ’ βˆ’ βˆ’ βˆ’βˆ’
1 crescente
+++++
1 descrescente
𝑦
2
𝑑=1
1
√
𝑑=± 3
𝑑=0
𝑑 = βˆ’1
0
0
1
2
3
4
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5
𝑑
6
π‘₯
83
𝑑
Cap.2: Curvas Paramétricas
2.3
Sec.3: Exercícios
Exercícios
[1] Esboçar os gráficos das seguintes curvas paramétricas. Eliminando 𝑑 nas equações,
achar as
⎧ equações na forma cartesiana:
⎧
⎨ π‘₯ = 𝑑2
⎨ π‘₯ = 𝑑5 βˆ’ 4𝑑3
(1.1)
(1.2)
⎩ 𝑦 = 𝑑3
⎩ 𝑦 = 𝑑2
⎧
⎨ π‘₯ = 𝑒2𝑑
(1.3)
⎩ 𝑦 = 𝑑3 + 2𝑑
⎧
⎨ π‘₯ = 3𝑑 + 2
(1.5)
⎩ 𝑦= 1
2𝑑 βˆ’ 1
⎧
⎨ π‘₯ = 𝑑(𝑑2 βˆ’ 2)
(1.7)
⎩ 𝑦 = 2(𝑑2 βˆ’ 1)
⎧
⎨ π‘₯ = βˆšπ‘‘
(1.4)
, 𝑑 β‰₯ 0.
⎩ 𝑦=𝑑
⎧
⎨ π‘₯ = 2 cotg πœƒ
(1.6)
⎩ 𝑦 = 2 sen 2 πœƒ
⎧

⎨ π‘₯=
3𝑑
1 + 𝑑3
(1.8)
2

⎩ 𝑦 = 3𝑑
1 + 𝑑3
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84
Cap.2: Curvas Paramétricas
2.4
Sec.4: Reta Tangentes
Reta Tangentes de curvas Paramétricas
Neste seção queremos determinar a equação da reta tangente ao equações paramétricas dado por:
π‘₯ = 𝑓 (𝑑)
𝑦 = 𝑔(𝑑) (βˆ—)
Recordamos que a equação da reta tangente ao 𝑦 = 𝐹 (π‘₯) no ponto (π‘Ž, 𝐹 (π‘Ž)) é dado por
𝑦 = 𝐹 (π‘Ž) + π‘š(π‘₯ βˆ’ π‘Ž),
onde π‘š =
𝑑𝑦 = 𝐹 β€² (π‘Ž) (βˆ—βˆ—)
𝑑π‘₯ π‘₯=π‘Ž
𝑑𝑦
para as equações paramétricas, podemos usar (βˆ—βˆ—)
𝑑π‘₯
para achar a equação da reta tangente.
Então se podemos calcular
βˆ™ Cálculo de
𝑑𝑦
:
𝑑π‘₯
Suponha que podemos eliminar o parâmetro 𝑑 em (βˆ—) e reescreve-lo na forma 𝑦 =
𝐹 (π‘₯). Se substituirmos π‘₯ = 𝑓 (𝑑) e 𝑦 = 𝑔(𝑑) na equação 𝑦 = 𝐹 (π‘₯), obtermos
𝑔(𝑑) = 𝐹 (𝑓 (𝑑))
Derivando usando a Regra da Cadeia, temos
𝑔 β€²(𝑑) = 𝐹 β€² (𝑓 β€² (𝑑))
Mudando a notação, temos que
𝑑π‘₯
𝑑𝑦
= 𝐹 β€² (π‘₯)
𝑑𝑑
𝑑𝑑
Resolvendo por 𝐹 (π‘₯) =
𝑑𝑦
temos
𝑑π‘₯
𝑑𝑦
𝑑𝑦
= 𝑑𝑑 ,
𝑑π‘₯
𝑑π‘₯
𝑑𝑑
desde que
𝑑π‘₯
βˆ•= 0
𝑑𝑑
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85
Cap.2: Curvas Paramétricas
Da mesma forma
Sec.4: Reta Tangentes
𝑑π‘₯
𝑑π‘₯
= 𝑑𝑑 ,
𝑑𝑦
𝑑𝑦
𝑑𝑑
desde que
𝑑𝑦
βˆ•= 0
𝑑𝑑
Exemplo 2.14. Ache as retas tangentes ao curva paramétrica dada por
⎧
⎨ π‘₯ = 𝑑3 βˆ’ 2𝑑
no ponto (0, 2).
⎩ 𝑦 = 2𝑑2 βˆ’ 2
Solução
𝑑𝑦
𝑑𝑦
4𝑑
π‘š=
= 𝑑𝑑 = 2
𝑑π‘₯
𝑑π‘₯
3𝑑 βˆ’ 2
𝑑𝑑
√
Quando π‘₯ = 0, 𝑦 = 2 β‡’ 𝑑 = ± 2
√
√
𝑑𝑦 Para 𝑑 = βˆ’ 2 , π‘š =
√ =βˆ’ 2
𝑑π‘₯ 𝑑=βˆ’ 2
√
Então a reta tangente no ponto (𝑑 = βˆ’ 2) é
𝑦 = 2βˆ’
√
2π‘₯
√
𝑑𝑦 Para 𝑑 = 2 , π‘š =
√ = 2
𝑑π‘₯ 𝑑= 2
√
Então a reta tangente no ponto (𝑑 = 2) é
√
𝑦 =2+
√
2π‘₯
β– 
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86
Cap.2: Curvas Paramétricas
𝑑2 𝑦
βˆ™ Cálculo de 2 :
𝑑π‘₯
Sec.4: Reta Tangentes
Para calcular a segunda derivada usamos a regra da cadeia duas vezes:
𝑑
𝑑2 𝑦
=
2
𝑑π‘₯
𝑑π‘₯
(
𝑑𝑦
𝑑π‘₯
)
=
𝑑
𝑑𝑑
(
𝑑𝑦
𝑑π‘₯
𝑑π‘₯
𝑑𝑑
)
Exemplo 2.15. Calcule a segunda derivada da seguintes equações paramétricas
⎧
⎨ π‘₯ = 𝑑3 βˆ’ 2𝑑
no ponto (0, 2)
⎩ 𝑦 = 2𝑑2 βˆ’ 2
e diga se ela tem concavidade voltada para baixo ou para cima neste ponto.
Solução
)
(
)
𝑑𝑦
4𝑑
𝑑
𝑑2 𝑦
𝑑π‘₯
𝑑𝑑 3𝑑2 βˆ’ 2
=
=
𝑑π‘₯
𝑑π‘₯2
3𝑑2 βˆ’ 2
( 𝑑𝑑 2
)
4(3𝑑 βˆ’ 2) βˆ’ (4𝑑)(6𝑑)
(3𝑑2 βˆ’ 2)2
=
3𝑑2 βˆ’ 2
2
βˆ’12𝑑 βˆ’ 8
=
(3𝑑2 βˆ’ 2)3
√
Quando π‘₯ = 0, 𝑦 = 2 β‡’ 𝑑 = ± 2, Logo
𝑑
𝑑𝑑
(
𝑑2 𝑦 1
√ =βˆ’ <0
2
𝑑π‘₯ 𝑑=± 2
2
Portanto a concavidade é voltada para baixo on ponto (0,2).
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87
Cap.2: Curvas Paramétricas
2.5
Sec.5: Exercícios
Exercícios
[1] Calcule as expressões das derivadas e os seus respectivos valores nos pontos dados:
⎧
⎨ π‘₯ = sen 𝑑
[ πœ‹ πœ‹ ] 𝑑𝑦
πœ‹
(1.1)
, π‘‘βˆˆ βˆ’ , ,
, no ponto 𝑑 =
⎩ 𝑦 = sen 2𝑑
2 2 𝑑π‘₯
6
⎧
⎨ π‘₯ = 6𝑑(1 + 𝑑2 )βˆ’1
12
𝑑𝑦
(1.2)
, 0 ≀ 𝑑 ≀ 1,
, no ponto de abscissa
⎩ 𝑦 = 6𝑑2 (1 + 𝑑2 )βˆ’1
𝑑π‘₯
5
⎧
⎨ π‘₯ = 𝑑 + sen ( πœ‹ 𝑑)
𝑑𝑦
2
(1.3)
, 𝑑 > 0,
, no ponto 𝑑 = 8
⎩ 𝑦 = 𝑑 + ln 𝑑
𝑑π‘₯
𝑑2 𝑦
nos seguintes casos:
[2] Calcule
𝑑π‘₯2
⎧
⎨ π‘₯ = sen 𝑑
[ πœ‹ πœ‹]
(2.1)
,𝑑 ∈ βˆ’ ,
⎩ 𝑦 = sen 2𝑑
2 2
⎧
⎨ π‘₯ = π‘’βˆ’π‘‘
(2.2)
⎩ 𝑦 = 𝑒3𝑑
[3] Verifique
se:
⎧
⎨ π‘₯ = sec (𝑑)
] πœ‹ πœ‹[
𝑑2 𝑦
𝑑𝑦
+ 𝑒𝑦 β‹…
=0
(3.1)
, 𝑑 ∈ βˆ’ , , satisfaz a equação
2
⎩ 𝑦 = ln( cos 𝑑)
2 2
𝑑π‘₯
𝑑π‘₯
⎧
⎨ π‘₯ = arcsen(𝑑)
𝑑2 𝑦
𝑑𝑦
(3.2)
,
𝑑
∈
[βˆ’1,
1],
satisfaz
a
equação
sen
π‘₯
β‹…
+𝑦⋅
=0
√
2
⎩ 𝑦 = 1 βˆ’ 𝑑2
𝑑π‘₯
𝑑π‘₯
[4] Determine uma equação da reta tangente ao gráfico da curva 𝐢, no ponto de abscissa
1
π‘₯0 = βˆ’ , sendo 𝐢, definida parametricamente pelas equações
4
⎧
⎨ π‘₯ = 2 cos 3 𝑑
, 𝑑 ∈ [0, πœ‹].
⎩ 𝑦 = 2 sen 3 𝑑
[5] Determine as equações das retas tangentes e normal ao gráfico da curva 𝐢, no ponto
com 𝑑 = 1, sendo 𝐢, definida parametricamente pelas equações
⎧
⎨ π‘₯=𝑑
.
⎩ 𝑦 = 𝑑 + 2 arctg(𝑑)
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88
Cap.2: Curvas Paramétricas
2.6
Sec.6: Áreas
Área de curvas paramétricas
Determinamos a área sobre uma curva dado por equações paramétricas:
⎧
⎨ π‘₯ = 𝑓 (𝑑)
𝑑 ∈ [𝛼, 𝛽] (βˆ—)
⎩ 𝑦 = 𝑔(𝑑)
tais que
𝑑1 βˆ•= 𝑑2 β‡’ (π‘₯(𝑑1 ), 𝑦(𝑑1 )) βˆ•= (π‘₯(𝑑2 ), 𝑦(𝑑2))
(não queremos repetir trechos da curva).
Recordamos que a área sob uma curva 𝑦 = 𝐹 (π‘₯) de π‘Ž ≀ π‘₯ ≀ 𝑏 é
∫ 𝑏
𝐴=
𝐹 (π‘₯) 𝑑π‘₯, (βˆ—βˆ—) onde 𝐹 (π‘₯) β‰₯ 0.
π‘Ž
Usando a equação paramétrica (βˆ—) como uma mudança na integral definida (βˆ—βˆ—),
βˆ™ Vamos supor que quando π‘₯ = π‘Ž, 𝑑 = 𝛼 (ou seja 𝑓 (𝛼) = π‘Ž) e quando π‘₯ = 𝑏, 𝑑 = 𝛽
(ou seja 𝑓 (𝛽) = 𝑏.)
βˆ™ 𝑑π‘₯ = 𝑓 β€² (𝑑) 𝑑𝑑
βˆ™ 𝑦 = 𝐹 (π‘₯) = 𝐹 (𝑓 (𝑑)) = 𝑔(𝑑)
Substituindo em (βˆ—βˆ—), temos que área é
𝐴=
∫
𝛽
𝑔(𝑑)𝑓 β€² (𝑑) 𝑑𝑑.
𝛼
⎧
⎨ π‘₯ = 6(𝑑 βˆ’ sen 𝑑)
Exemplo 2.16. Determine a área por baixo da ciclóide
⎩ 𝑦 = 6(1 βˆ’ cos 𝑑)
0 ≀ 𝑑 ≀ 2πœ‹.
Solução
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89
Cap.2: Curvas Paramétricas
Sec.6: Áreas
Observe que não há trechos repetidos. Logo
∫ 2πœ‹
∫ 2πœ‹
𝑑π‘₯
𝐴=
𝑦(𝑑) β‹…
𝑑𝑑 =
6(1 βˆ’ cos 𝑑) β‹… 6(1 βˆ’ cos 𝑑) 𝑑𝑑
𝑑𝑑
0
0
∫ 2πœ‹
= 36
(1 βˆ’ 2 cos 𝑑 + cos 2 𝑑) 𝑑𝑑
)
∫0 2πœ‹ (
1 + cos 2𝑑
= 36
1 βˆ’ 2 cos 𝑑 +
𝑑𝑑
2
0
∫ 2πœ‹
= 18
(3 βˆ’ 4 cos 𝑑 + cos 2𝑑) 𝑑𝑑
0
]2πœ‹
[
1
= 18 3𝑑 βˆ’ 4 sen 𝑑 + sen 2𝑑
2
0
= 108πœ‹.
Exemplo 2.17. Calcular
a área da região do plano limitada pelo laço da curva 𝐢 de
⎧
3
⎨ π‘₯ = βˆ’π‘‘ + 𝑑
3
equações paramétricas
(βˆ—)
⎩
2
𝑦 =𝑑 βˆ’1
Solução
βˆ™ Estudo
de crescimento e decrescimento de π‘₯ e 𝑦 :
⎧
𝑑π‘₯


= βˆ’π‘‘2 + 1


⎨ 𝑑𝑑



𝑑𝑦

⎩
= 2𝑑
𝑑𝑑
⎧
⎧
⎨ π‘₯=0


𝑑𝑦


=
0
β‡’
𝑑
=
0
β‡’


⎩ 𝑦 = βˆ’1
𝑑𝑑



⎨

⎧



⎨ π‘₯ = βˆ’2

𝑑π‘₯


3
= 0 β‡’ 𝑑 = βˆ’1 β‡’


⎩ 𝑑𝑑
⎩ 𝑦=0
⎧
⎨ π‘₯= 2
3
ou 𝑑 = 1 β‡’
⎩ 𝑦=0
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90
Cap.2: Curvas Paramétricas
Sec.6: Áreas
𝑑π‘₯
βˆ’βˆ’βˆ’βˆ’βˆ’
+ + + + + + ++
+ + + + ++
𝑑𝑑
crescente
crescente
0
crescimento de π‘₯ descrescente βˆ’1
sinal de
𝑑𝑦
βˆ’βˆ’βˆ’βˆ’βˆ’
βˆ’ βˆ’ βˆ’ βˆ’ βˆ’βˆ’
𝑑𝑑
crescimento de 𝑦 descrescente βˆ’1
descrescente
sinal de
+ + + + ++
0
crescente
βˆ’ βˆ’ βˆ’ βˆ’ βˆ’βˆ’
1 descrescente
𝑑
+++++
1 crescente 𝑑
Usando apenas estas informações temos a seguinte representação gráfica para a curva
(fig.1) e no (fig. 2) apresenta esta curva de forma mais exata.
𝑦
𝑑=
√
3
π‘₯
𝑑=0
É preciso calcular o ponto de auto-interseção da curva, que é um ponto por onde o móvel
passa duas vezes )ou sejam em dois instantes diferentes).
Logo, sejam 𝑑1 < 𝑑2 tais que π‘₯(𝑑1 ) = π‘₯(𝑑2 ) e 𝑦(𝑑1 ) = 𝑦(𝑑2).
𝑦(𝑑1 ) = 𝑦(𝑑2 ) β‡’ (𝑑1 )2 βˆ’ 1 = (𝑑2 )2 βˆ’ 1 β‡’ 𝑑1 = ±π‘‘2 β‡’ 𝑑1 = βˆ’π‘‘2 .
⎧


π‘₯(𝑑1 ) = π‘₯(𝑑2 )

⎨
√
(𝑑2 )3
(𝑑2 )3
(𝑑2 )3
β‡’βˆ’
βˆ’ 𝑑2 = βˆ’
+ 𝑑2 β‡’ βˆ’
βˆ’ 𝑑2 = 0 β‡’ 𝑑2 = 0 ou 𝑑2 = ± 3
e

3
3
3


⎩ 𝑑 = βˆ’π‘‘
1
2
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91
Cap.2: Curvas Paramétricas
Sec.6: Áreas
√
√
𝑑2 = 0 β‡’ 𝑑1 = 𝑑2 (não serve!). Então 𝑑1 = βˆ’ 3 e 𝑑2 = 3. Temos,
⎧
⎨ π‘₯=0
√
𝑑=± 3β‡’
⎩ 𝑦=2
Pela maneira como a curva é descrita pelas equações, vemos que não há repetição de
trechos. Logo,
=
=
=
=
√
3
𝑑𝑦
𝑑𝑑
𝑑𝑑
0
)
∫ √3 ( 3
𝑑
2β‹…
βˆ’ + 𝑑 β‹… 2𝑑 𝑑𝑑
3
0
)
∫ √3 ( 4
𝑑
2
4β‹…
βˆ’ +𝑑
𝑑𝑑
3
0
]√3
[ 5
𝑑3
𝑑
4 βˆ’ +
15
3 0
[ √
√ ]
βˆ’9 3 3 3
+
4
15
3
√
8 3
5
𝐴 = 2β‹…
=
∫
π‘₯(𝑑)
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92
Cap.2: Curvas Paramétricas
2.7
Sec.7: Exercícios
Exercícios
[1] Determine a área limitada:
𝑦
(1.1) pelo eixo 𝑂π‘₯, π‘₯ = 1, π‘₯⎧= 𝑒 e a curva de
⎨ π‘₯ = 𝑒2𝑑
equações paramétricas
⎩ 𝑦 = 2 + 𝑑2
(1.2) pelas curvas de equações π‘₯ = 2 e
⎧
⎨ π‘₯ = 𝑑2 + 1
𝑒
1
π‘₯
𝑦
3
⎩ 𝑦 = 𝑑3 + 2𝑑
1
π‘₯
2
βˆ’3
⎧
⎨ π‘₯ = 𝑑3 βˆ’ 𝑑
(1.3) pelo laço de curva
⎩ 𝑦 = 𝑑2 βˆ’ 1
𝑦
π‘₯
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93
Cap.2: Curvas Paramétricas
Sec.7: Exercícios
𝑦
(1.4) pelo laço de curva
⎧
⎨ π‘₯ = 𝑑2
3
⎩ 𝑦 =π‘‘βˆ’ 𝑑
3
π‘₯
[2] Seja 𝑅 a região do plano acima da reta 𝑦 = 2 e abaixo do arco da ciclóide de equações
⎧
⎨ π‘₯(𝑑) = 2(𝑑 βˆ’ sen 𝑑)
, 𝑑 ∈ [0, 2πœ‹].
⎩ 𝑦(𝑑) = 2(1 βˆ’ cos 𝑑)
Esboce 𝑅 e calcule a sua área.
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94
Cap.2: Curvas Paramétricas
2.8
Sec.8: Comprimentos de arcos
Comprimentos de curvas paramétricas
Dedução da fórmula para comprimentos de arcos
Seja uma curva dada por equações
paramétricas contínuas
⎧
⎨ π‘₯ = π‘₯(𝑑)
𝑑 ∈ [π‘Ž, 𝑏]
⎩ 𝑦 = 𝑦(𝑑)
tais que
𝑑1 βˆ•= 𝑑2 β‡’ (π‘₯(𝑑1 ), 𝑦(𝑑1)) βˆ•= (π‘₯(𝑑2 ), 𝑦(𝑑2 ))
(não queremos repetir trechos da curva)
Vamos determinar (ou melhor, definir) o comprimento 𝐿 da curva:
Tomemos números 𝑑0 , 𝑑1 , β‹… β‹… β‹… , 𝑑𝑛 tais que π‘Ž = 𝑑0 < 𝑑1 < β‹… β‹… β‹… π‘‘π‘–βˆ’1 < 𝑑𝑖 < β‹… β‹… β‹… 𝑑𝑛 = 𝑏 e pontos
sobre a curva 𝑃𝑖 = (π‘₯(𝑑𝑖 ), 𝑦(𝑑𝑖 )) , para 𝑖 = 1, β‹… β‹… β‹… , 𝑛.
O comprimento da linha poligonal 𝑃0 𝑃1 , 𝑃1 𝑃2 , β‹… β‹… β‹… , π‘ƒπ‘–βˆ’1 𝑃𝑖 , β‹… β‹… β‹… , π‘ƒπ‘›βˆ’1 𝑃𝑛 é uma estimativa
para 𝐿, e tomando-se pontos 𝑃𝑖 cada vez mais próximo uns dos outros espera-se que este
comprimento se aproxime cada vez mais de 𝐿. Isto é, indicado a distância entre π‘ƒπ‘–βˆ’1 e 𝑃𝑖
por 𝑑(π‘ƒπ‘–βˆ’1 , 𝑃𝑖 ) temos
𝐿 β‰… 𝑑(𝑃0 , 𝑃1 ) + 𝑑(𝑃1 , 𝑃2 ) + β‹… β‹… β‹… + 𝑑(π‘ƒπ‘›βˆ’1 , 𝑃𝑛 )
Da geometria analítica temos,
𝑑(π‘ƒπ‘–βˆ’1 , 𝑃𝑖 ) =
√
(𝑦(𝑑𝑖 ) βˆ’ 𝑦(π‘‘π‘–βˆ’1))2 + (π‘₯(𝑑𝑖 ) βˆ’ π‘₯(π‘‘π‘–βˆ’1 ))2
Supondo que cada uma das funções 𝑦(𝑑) e π‘₯(𝑑) tenha derivada contínua, pelo teorema do
valor médio para derivadas, em cada intervalo [π‘‘π‘–βˆ’1 , 𝑑𝑖 ] existem 𝛼𝑖 , 𝛽𝑖 ∈ [π‘‘π‘–βˆ’1 , 𝑑𝑖 ] tais que
π‘₯(𝑑𝑖 ) βˆ’ π‘₯(π‘‘π‘–βˆ’1 ) = π‘₯β€² (𝛼𝑖 ) β‹… (𝑑𝑖 βˆ’ π‘‘π‘–βˆ’1 ) e 𝑦(𝑑𝑖 ) βˆ’ 𝑦(π‘‘π‘–βˆ’1) = 𝑦 β€² (𝛽𝑖 ) β‹… (𝑑𝑖 βˆ’ π‘‘π‘–βˆ’1 )
Indicando Δ𝑑𝑖 = 𝑑𝑖 βˆ’ π‘‘π‘–βˆ’1 temos
𝑑(π‘ƒπ‘–βˆ’1 , 𝑃𝑖 ) =
√
(𝑦 β€²(𝛽𝑖 ))2 + (π‘₯β€² (𝛽𝑖 ))2 Δ𝑑𝑖
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95
Cap.2: Curvas Paramétricas
Então,
𝐿≅
𝑛 √
βˆ‘
Sec.8: Comprimentos de arcos
(𝑦 β€²(𝛽𝑖 ))2 + (π‘₯β€² (𝛽𝑖 ))2 Δ𝑑𝑖
𝑖=0
e 𝐿=
lim
max Δ𝑑𝑖 β†’0
(
𝑛 √
βˆ‘
(𝑦 β€² (𝛽𝑖 ))2 + (π‘₯β€² (𝛽𝑖 ))2 Δ𝑑𝑖
𝑖=0
)
Como 𝑦 β€²(𝑑) e π‘₯β€² (𝑑) são contínuas,
∫ π‘βˆš
𝐿=
(𝑦 β€² (𝑑))2 + (π‘₯β€² (𝑑))2 𝑑𝑑.
π‘Ž
2.3 Observação. Se 𝑣(𝑑) é o vetor velocidade da curva parametrizada então 𝐿 =
Isto é "a integral do módulo da velocidade é igual à distância percorrida".
∫
𝑏
π‘Ž
βˆ£π‘£(𝑑)∣ 𝑑𝑑.
Exemplo 2.18. Use integral para calcular o comprimento do circulo de raio 4 e centro
(1,2).
Solução
Sejam as equações paramétricas do circulo
⎧
⎨ π‘₯ = 4 cos 𝑑 + 1
⎩ 𝑦 = 4 sen 𝑑 + 2
𝑑 ∈ [0, 2πœ‹]
Com estas equações não há repetição de trechos da curva
∫ 2πœ‹ √
∫ 2πœ‹ √
∫
2
2
2
2
(βˆ’4 β‹… sen 𝑑) + (4 cos 𝑑) 𝑑𝑑 = 4
sen 𝑑 + cos 𝑑 𝑑𝑑 = 4
𝐿=
0
0
2πœ‹
𝑑𝑑 = 8πœ‹.
0
2.4 Observação. O comprimento da elipse (que∫ não seja círculo) não pode ser calculado
√
de forma análoga pois para π‘Ž2 βˆ•= 𝑏2 a integral
π‘Ž2 sen 2 (𝑑) + 𝑏2 cos 2 (𝑑) 𝑑𝑑 não pode
ser representada usando funções elementares.
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96
Cap.2: Curvas Paramétricas
Sec.8: Comprimentos de arcos
Exemplo 2.19. Calcule o comprimento de arco da curva de equações paramétricas
⎧
⎨ π‘₯ = 𝑑 βˆ’ 𝑑2
0≀𝑑≀1
⎩ 𝑦=0
Solução
Observe que há trechos repetidos pois
βˆ€π‘‘1 ∈ [0, 1/2[ e βˆ€π‘‘2 ∈]1/2, 1].
(π‘₯(𝑑1 ), 𝑦(𝑑1)) = (π‘₯(𝑑2 ), 𝑦(𝑑2 ))
Logo o comprimento
∫ 1/2 √
∫
2
2
𝐿=
(1 βˆ’ 2𝑑) + (0) 𝑑𝑑 =
0
1/2
0
∣1 βˆ’ 2π‘‘βˆ£ 𝑑𝑑 =
∫
0
1/2
1
(1 βˆ’ 2𝑑) 𝑑𝑑 = .
4
Exemplo 2.20. Esboce e calcule o comprimento de arco de equações paramétricas
⎧
⎨ π‘₯ = 2( cos 𝑑 βˆ’ 1)
𝑑 ∈ [0, 2πœ‹]
⎩ 𝑦 = 2(𝑑 + sen 𝑑)
Solução
βˆ™ Estudo
de crescimento e decrescimento de π‘₯ e 𝑦 :
⎧
𝑑π‘₯


= βˆ’2 sen 𝑑


⎨ 𝑑𝑑



𝑑𝑦

⎩
= 2(1 + cos 𝑑)
𝑑𝑑
⎧
⎧
⎨ π‘₯=0


𝑑π‘₯


=
0
β‡’
𝑑
=
0
β‡’


⎩ 𝑦=0

𝑑𝑑


⎨

⎧



⎨ π‘₯ = βˆ’4

𝑑𝑦


=
0
β‡’
𝑑
=
πœ‹
β‡’


⎩ 𝑑𝑑
⎩ 𝑦 = 2πœ‹
⎧
⎨ π‘₯=0
ou 𝑑 = 2πœ‹ β‡’
⎩ 𝑦 = 4πœ‹
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97
Cap.2: Curvas Paramétricas
𝑑π‘₯
𝑑𝑑
crescimento de π‘₯
sinal de
Sec.8: Comprimentos de arcos
βˆ’ βˆ’ βˆ’ βˆ’ βˆ’ βˆ’ βˆ’βˆ’
descrescente
0
𝑑𝑦
𝑑𝑑
crescimento de 𝑦
sinal de
+ + + + ++
πœ‹
crescente
+++++
crescente
0
2πœ‹
𝑑
2πœ‹
𝑑
+ + + + ++
πœ‹
crescente
Usando apenas estas informações temos a seguinte representação gráfica para a curva
(fig.1) e no (fig. 2) apresenta esta curva de forma mais exata.
𝑦
π‘₯
Pela maneira como a curva é descrita pelas equações, vemos que não há repetição de trechos. Logo,
𝐿 =
∫
2πœ‹
0
= 2
∫
√
(βˆ’2 sen 𝑑)2 + (2(1 + cos 𝑑))2 𝑑𝑑 =
2πœ‹
√
sen
2𝑑
+ 1 + 2 cos 𝑑 + cos
0
√ ∫
= 2 2
2𝑑
𝑑𝑑 = 2
∫
2πœ‹
√
2 + 2 cos 𝑑 𝑑𝑑
0
2πœ‹
√
1 + cos 𝑑 𝑑𝑑
0
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98
Cap.2: Curvas Paramétricas
Sec.8: Comprimentos de arcos
( )
1 + cos 𝑑
𝑑
=
. Temos
Usando a fórmula cos 2
2
2
√ ∫
𝐿=2 2
2πœ‹
0
√
2π‘π‘œπ‘ 2 (𝑑/2)
𝑑𝑑 = 4
∫
2πœ‹
0
∣ cos (𝑑/2)∣ 𝑑𝑑
Então de acordo com o sinal de cos (𝑑/2),
(∫ πœ‹
)
∫ 2πœ‹
𝐿=4
cos (𝑑/2) 𝑑𝑑 βˆ’
cos (𝑑/2) 𝑑𝑑 = 8 [ sen (𝑑/2)]πœ‹0 βˆ’ 8 [ sen (𝑑/2)]2πœ‹
πœ‹ = 16.
0
πœ‹
Exemplo 2.21. Esboce a curva e calcule o comprimento de arco do laço da curva de
equações paramétricas
Solução
⎧
⎨ π‘₯ = 𝑑2 + 1
3
⎩ 𝑦 = 𝑑 βˆ’π‘‘+1
3
π‘‘βˆˆβ„
βˆ™ Estudo
de crescimento e decrescimento de π‘₯ e 𝑦 :
⎧
𝑑π‘₯


= 2𝑑


⎨ 𝑑𝑑



𝑑𝑦

⎩
= 𝑑2 βˆ’ 1
𝑑𝑑
⎧
⎧
⎨ π‘₯=1


𝑑π‘₯


=
0
β‡’
𝑑
=
0
β‡’


⎩ 𝑦=1
𝑑𝑑



⎨

⎧



⎨ π‘₯=2

𝑑𝑦


= 0 β‡’ 𝑑 = βˆ’1 β‡’


⎩ 𝑑𝑑
⎩ 𝑦=5
3
⎧
⎨ π‘₯=2
ou 𝑑 = 1 β‡’
⎩ 𝑦=1
3
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99
Cap.2: Curvas Paramétricas
Sec.8: Comprimentos de arcos
𝑑π‘₯
βˆ’βˆ’βˆ’βˆ’βˆ’
βˆ’ βˆ’ βˆ’ βˆ’ βˆ’ βˆ’ βˆ’βˆ’
+ + + + ++
𝑑𝑑
crescente
crescimento de π‘₯ descrescente βˆ’1
descrescente 0
sinal de
𝑑𝑦
𝑑𝑑
crescimento de 𝑦
sinal de
+++++
crescente βˆ’1
βˆ’ βˆ’ βˆ’ βˆ’ βˆ’βˆ’
descrescente
+++++
1 crescente 𝑑
βˆ’ βˆ’ βˆ’ βˆ’ βˆ’βˆ’
0
+++++
descrescente 1 crescente 𝑑
βˆ™ Calculando a auto-interseção:
Sejam 𝑑1 < 𝑑2 tais que π‘₯(𝑑1 ) = π‘₯(𝑑2 ) e 𝑦(𝑑1) = 𝑦(𝑑2).
π‘₯(𝑑1 ) = π‘₯(𝑑2 ) β‡’ (𝑑1 )2 + 1 = (𝑑2 )2 + 1 β‡’ 𝑑1 = ±π‘‘2 β‡’ 𝑑1 = βˆ’π‘‘2 .
⎧


𝑦(𝑑1 ) = 𝑦(𝑑2 )

⎨
√
(𝑑2 )3
(𝑑2 )3
(𝑑2 )3
β‡’
βˆ’
+𝑑
+1
=
βˆ’π‘‘
+1
β‡’
βˆ’
+𝑑2 = 0 β‡’ 𝑑2 = 0 ou 𝑑2 = ± 3
e
2
2

3
3
3


⎩ 𝑑 = βˆ’π‘‘
1
2
√
√
𝑑2 = 0 β‡’ 𝑑1 = 𝑑2 (não serve!). Então 𝑑1 = βˆ’ 3 e 𝑑2 = 3. Temos,
⎧
⎨ π‘₯=4
√
𝑑=± 3β‡’
⎩ 𝑦=1
Esboçando a curva com estas informações temos a seguinte representação gráfica
para a curva (fig.1) e no (fig. 2) apresenta esta curva de forma mais exata.
Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso
100
Cap.2: Curvas Paramétricas
Sec.8: Comprimentos de arcos
𝑦
π‘₯
Calculando o comprimento do laço
𝐿 =
=
∫
√
3
√
βˆ’ 3
√
∫ 3
√
βˆ’ 3
∫
√
2
2
2
(2𝑑) + (𝑑 βˆ’ 1) 𝑑𝑑 =
∫
√
2
2
(𝑑 + 1) 𝑑𝑑 =
√
βˆ’ 3
3
√
√
𝑑4 + 2𝑑2 + 1 𝑑𝑑
βˆ’ 3
3
√
√
βˆ£π‘‘2 + 1βˆ£π‘‘π‘‘
Como 𝑑2 + 1 é positivo para todo 𝑑,
]
√
𝑑3
𝐿 = √ (𝑑 + 1) 𝑑𝑑 =
+ 𝑑 = 4 3.
3
βˆ’ 3
∫
√
3
2
[
Exemplo 2.22. As equações paramétricas a seguir dão a posição de uma partícula em
cada
⎧ instante 𝑑, durante o intervalo de tempo 0 ≀ 𝑑 ≀ πœ‹.
⎨ π‘₯ = cos (2𝑑)
(βˆ—)
⎩ 𝑦 = sen 2 (𝑑)
a) Calcule a distancia total percorrida pela partícula.
b) Verifique se há trechos da trajetória que são repetidos durante o movimento.
c) Esboce a trajetória e calcule seu comprimento.
Solução
Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso
101
Cap.2: Curvas Paramétricas
Sec.8: Comprimentos de arcos
a) Basta aplicar a fórmula do comprimento de arco no intervalo 0 ≀ 𝑑 ≀ πœ‹ (se houver
repetição
de algum trecho, deve ser contabilizada).
⎧
𝑑π‘₯


= βˆ’2 sen (2𝑑) = βˆ’4 sen (𝑑) cos (𝑑)


⎨ 𝑑𝑑
(βˆ—βˆ—)



𝑑𝑦

⎩
= 2 sen (𝑑) cos (𝑑)
𝑑𝑑
∫ πœ‹βˆš
√ ∫
2
2
2
2
𝐷=
16 sen (𝑑) cos (𝑑) + 4 sen (𝑑) cos (𝑑) 𝑑𝑑 = 5
0
0
De acordo com o sinal de sen (2𝑑), temos
(
∫
√ ∫ πœ‹
√ ∫ πœ‹/2
𝐷= 5
∣ sen (2𝑑)∣ 𝑑𝑑 = 5
sen (2𝑑) 𝑑𝑑 βˆ’
0
0
πœ‹
∣ sen (2𝑑)∣ 𝑑𝑑 =
πœ‹
)
sen (2𝑑) 𝑑𝑑
πœ‹/2
√
= 2 5.
b) Vamos determinar valores de 𝑑 tais que 𝑑1 < 𝑑2 e (π‘₯(𝑑1 ), 𝑦(𝑑1 )) = (π‘₯(𝑑2 ), 𝑦(𝑑2)) :
Das equações (βˆ—) temos,
⎧


sen 2 (𝑑1 ) = sen 2 (𝑑2 )

⎨
com



⎩ 𝑑 < 𝑑 e 𝑑 , 𝑑 ∈ [0, πœ‹]
1
2
1 2
⇔
⎧



⎨
sen (𝑑1 ) = sen (𝑑2 )
com



⎩ 𝑑 < 𝑑 e 𝑑 , 𝑑 ∈ [0, πœ‹]
1
2
1 2
[ πœ‹]
⇔ 𝑑2 = πœ‹βˆ’π‘‘1 com 𝑑1 ∈ 0,
2
cos (2𝑑2 ) = cos (2πœ‹ βˆ’ 2𝑑1 ) = cos (βˆ’2𝑑1 ) = cos (2𝑑1 )
Então nos instantes 𝑑2 e 𝑑1 tais que 𝑑1 ∈ [0, πœ‹/2] e 𝑑2 = πœ‹ βˆ’ 𝑑1 , a partícula ocupa a
mesma posição. Concluímos que após 𝑑 = πœ‹/2 a partícula repete (retorna) a mesma
trajetória descrita até este instante.
c) De acordo com b) só precisamos trabalhar com 𝑑 ∈ [0, πœ‹/2]. Com as equações (βˆ—)
temos
⎧
⎨ π‘₯=1
𝑑=0β‡’
;
⎩ 𝑦=0
⎧
⎨ π‘₯ = βˆ’1
𝑑 = πœ‹/2
⎩ 𝑦=1
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102
Cap.2: Curvas Paramétricas
Sec.8: Comprimentos de arcos
Esta trajetória é de fato um segmento da reta 𝑦 = (1 βˆ’ 2π‘₯)/2 (tente verificar!)
De acordo com o que foi discutido antes, o comprimento da trajetória é igual à
𝐷 √
= 5.
metade da distância percorrida pela partícula, ou seja, 𝐿 =
2
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103
Cap.2: Curvas Paramétricas
2.9
Sec.9: Exercícios
Exercícios
[1] Calcule os comprimentos das curvas descritas abaixo:
⎧
⎨ π‘₯ = 2 cos 𝑑
(1.1)
, 0 ≀ 𝑑 ≀ 2πœ‹
⎩ 𝑦 = 2 sen 𝑑
⎧
⎨ π‘₯= 1
𝑑
,1 ≀ 𝑑 ≀ 2
(1.2)
⎩ 𝑦 = ln 𝑑
⎧
⎨ π‘₯ = 𝑑 βˆ’ 𝑑2
(1.4)
,0 ≀ 𝑑 ≀ 1
⎩ 𝑦=0
⎧
⎨ π‘₯ = π‘Ž cos 3 𝑑
(1.3)
, 0 ≀ 𝑑 ≀ 2πœ‹, π‘Ž > 0
⎩ 𝑦 = π‘Ž sen 3 𝑑
⎧
⎧
⎨ π‘₯ = π‘Ž(𝑑 βˆ’ sen 𝑑)
⎨ π‘₯ = 𝑒𝑑 sen 𝑑
πœ‹
(1.5)
, 0 ≀ 𝑑 ≀ 2πœ‹
(1.6)
,0 ≀ 𝑑 ≀
⎩ 𝑦 = π‘Ž(1 βˆ’ cos 𝑑)
⎩ 𝑦 = 𝑒𝑑 cos 𝑑
2
⎧
⎨ π‘₯ = 4𝑑 + 3
[2] As equações
dão a posição (π‘₯, 𝑦) de uma partícula no instante 𝑑.
⎩ 𝑦 = 2𝑑2
Determine a distância percorrida pela partícula durante o intervalo de tempo 0 ≀ 𝑑 ≀ 5.
⎧
⎨ π‘₯ = 𝑑2
[3] Determine o comprimento de arco do laço de curva
3
⎩ 𝑦 =π‘‘βˆ’ 𝑑
3
𝑦
π‘₯
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104
Cap.2: Curvas Paramétricas
2.10
Respostas dos Exercícios Propostos
Sec.10: Respostas
βˆ™ Construção de gráficos de curvas paramétricas (página 84)
[1]
𝑦
𝑦
2
3
(1.1) 𝑦 = π‘₯
(1.2) π‘₯2 = 𝑦 5 βˆ’ 8𝑦 4 + 16𝑦 3
π‘₯
π‘₯
𝑦
1
(1.3) 𝑦 = (ln π‘₯)3 + ln π‘₯
8
𝑦
(1.4) 𝑦 = π‘₯2
π‘₯
π‘₯
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105
Cap.2: Curvas Paramétricas
𝑦
(1.5) 𝑦 =
Sec.10: Respostas
3
2π‘₯ βˆ’ 7
𝑦
(1.6) 𝑦 =
π‘₯2
8
+4
π‘₯
π‘₯
𝑦
(1.7) 8π‘₯2 βˆ’ 𝑦 3 + 2𝑦 2 + 4𝑦 βˆ’ 8 = 0
𝑦
(1.8) π‘₯3 + 𝑦 3 βˆ’ 3π‘₯𝑦 = 0
π‘₯
π‘₯
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106
Cap.2: Curvas Paramétricas
βˆ™ Reta tangentes de curvas paramétricas (página 88)
Sec.10: Respostas
⎧
√
𝑑𝑦
2π‘π‘œπ‘ (2𝑑)
𝑑𝑦 2 3



(1.1)
=
,
πœ‹ =


𝑑π‘₯
π‘π‘œπ‘ (𝑑)
𝑑π‘₯
𝑑= 6
3







⎨
𝑑𝑦
2𝑑
12
1
𝑑𝑦 4
[1]
(1.2)
=
; para π‘₯ = , temos 𝑑 = , logo
1 =
2

𝑑π‘₯
1βˆ’π‘‘
5
2
𝑑π‘₯ 𝑑= 2
3









1+𝑑
1
9
𝑑𝑦
𝑑𝑦 

=
β‹…
=
⎩ (1.3)
πœ‹ ,
𝑑π‘₯
𝑑
1 + (πœ‹/2)π‘π‘œπ‘ ( 2 𝑑)
𝑑π‘₯ 𝑑=8 8 + 4πœ‹
{
𝑑2 𝑦
2 cos (2𝑑). sen (𝑑) βˆ’ 4. sen (2𝑑). cos (𝑑)
𝑑2 𝑦
[2] (2.1) 2 =
(2.2)
= 12𝑒5𝑑
𝑑π‘₯
cos 3 (𝑑)
𝑑π‘₯2
[4] 𝑦 =
√
3π‘₯ +
√
3
⎧
⎨ Reta Tangente: 𝑦 βˆ’ (1 + πœ‹ ) = 2(π‘₯ βˆ’ 1)
2
[5]
⎩ Reta Normal: 𝑦 βˆ’ (1 + πœ‹ ) = βˆ’1 1 (π‘₯ βˆ’ 1)
2
2
βˆ™ Área de curvas paramétricas (página 93)
{
52
8
[1] (1.1) 9𝑒 βˆ’ 10 u.a
(1.2)
u.a
(1.3)
u.a
4
15
15
√
8 3
(1.4)
u.a
5
[2] (2πœ‹ + 8) u.a
βˆ™ Comprimento de arcos (página 104)
√
⎧
2 + √5 √
5


√ u.c
(1.1) 4πœ‹ u.c
(1.2) 2 βˆ’
+ ln 

⎨
2
1+ 2
[1]




⎩ (1.4) 1 u.c
(1.5) 8π‘Ž u.c
4
√
√
[2] 10 26 + 2 ln(5 + 26) u.c
(1.3) 6π‘Ž u.c
(1.6)
√
2(π‘’πœ‹/2 βˆ’ 1) u.c
√
[3] 4 3 u.c
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107
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Chapter 2 Curvas ParamΓ©tricas