Chapter 2 Curvas Paramétricas Introdução e Motivação: No estudo de curvas cartesianas estamos acostumando a tomar uma variável como independente e a outra como dependente, ou seja π¦ = π (π₯) ou π₯ = β(π¦). Porem, alguns movimentos ou caminhos são inconveniente, difícil ou impossível de ser descrito por uma função de uma variável ou formula da forma π¦ = π (π₯). β Por exemplo é impossível de descreve na forma π¦ = π (π₯), o ciclóide - trajetória de um ponto pertencente a um círculo de raio π posto a girar, sem deslizar, ao longo de uma reta situada num plano horizontal. Deduzimos a equação do ciclóide na proxima seção. β Outro exemplo, suponhamos dois aviões com mesmo velocidade percorre caminhos retas de equações π¦ = 2π₯ + 3 e π¦ = 3π₯ β 2 respectivamente.Será eles vão colidir? Mesmo as retas interceptando no ponto (5, 13), as equações não indicar que os aviões vão colidir. 71 Cap.2: Curvas Paramétricas Sec.1: Definição e exemplos Para resolve destes problemas, introduzimos curvas paramétricas. Em vez de definir π¦ em termos de π₯ ou π₯ em termos de π¦ definimos ambos π₯ e π¦ em termos de uma terceira variável chamado parâmetro. 2.1 Definição e Exemplos 2.1 Definição. Sejam um intervalo πΌ β β e funções contínuas π₯(π‘) e π¦(π‘) definidas em πΌ. 1) Dizemos que a função π : πΌ β β2 π‘ β (π₯(π‘), π¦(π‘)) é uma curva parametrizada. 2) O conjunto πΆ = {(π₯(π‘), π¦(π‘)); π‘ β πΌ} (imagem da função π) é uma curva. 3) As equações β§ β¨ π₯(π‘) ;π‘ β πΌ β© π¦(π‘) são equações paramétricas da curva πΆ. Dizemos também que essas equações parametrizam a curva πΆ. O parâmetro π‘ pode ser interpretado como tempo e (π₯(π‘), π¦(π‘)) nos dá a posição de um ponto no instante π‘, que se desloca no plano πππ . A curva πΆ é a trajetória descrita pelo ponto. Assim como é possível fazer um percurso de várias maneiras (mais rápida ou mais devagar, num sentido ou no outro, etc) uma dada curva pode ter várias equações paramétricas. Se o domínio do parâmetro é o intervalo fechado [π, π], então (π₯(π), π¦(π)) é o ponto inicial da curva e (π₯(π), π¦(π)) é o ponto final da curva. 2.2 Observação. O gráfico de qualquer função pode ser pensado como uma curva parametrizada. De fato, dado uma função π¦ = π (π₯), o gráfico de π consiste dos pontos (π₯, π (π₯)), onde π₯ Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 72 Cap.2: Curvas Paramétricas Sec.1: Definição e exemplos percorre os valores permitidas do domínio. Se definimos β§ β¨ π₯ = π₯(π‘) = π‘ β© π¦ = π¦(π‘) = π (π‘), então plotando os pontos π (π‘) = (π₯(π‘), π¦(π‘)) = (π‘, π (π‘)) da o gráfico de π . Exemplo 2.1. Considere a função π¦ = π₯2 no domínio β2 β€ π₯ β€ 2. O gráfico da função como uma curva parametrizada é: β§ β¨ π₯=π‘ ; β2 β€ π‘ β€ 2. β© π¦ = π‘2 Seja π (π‘) = (π‘, π‘2 ), então π (β2) = (β2, 4), π (1) = (1, 1) assim por diante. π¦ π¦ π (β2) π (2) π (β1.5) π (1.5) π (1) π (β1) β2 2 π₯ π (0) gráfico estático π₯ movimento ao longo a curva Exemplo 2.2. Determine equações paramétricas para a reta que liga π0 = (π₯0 , π¦0) ao π1 = (π₯1 , π¦1 ). Solução βββ βββ Método I: A reta é o conjuntos de pontos π = π (π‘) = (π₯(π‘), π¦(π‘)) tais que π0 π = π‘π0 π1 , e portanto, β§ β¨ π₯(π‘) = π₯ + (π₯ β π₯ )π‘ 0 1 0 ;0 β€ π‘ β€ 1 β© π¦(π‘) = π¦ + (π¦ β π¦ )π‘ 0 1 0 representa a reta ligando π0 ao π1 . Método II: A equação cartesiana da reta que liga (π₯0 , π¦0 ) ao (π₯1 , π¦1 ) é dada por ) ( π¦1 β π¦0 (π₯ β π₯0 ), π₯0 β€ π₯ β€ π₯1 . π¦ = π¦0 + π₯1 β π₯0 Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 73 Cap.2: Curvas Paramétricas Sec.1: Definição e exemplos Logo, da observação 2.1.2, podemos parametrizar a reta por ⧠ β¨ π₯(π‘) = π‘ ) ( ; π₯0 β€ π‘ β€ π₯1 π¦1 β π¦0  (π‘ β π₯0 ) β© π¦(π‘) = π¦0 + π₯1 β π₯0 Exemplo 2.3. Determine equações paramétricas para o círculo πΆ1 de raio 1 e centro na origem. Solução Temos, π = (π₯, π¦) β πΆ1 β π₯2 + π¦ 2 = 1 Para cada ponto π = (π₯, π¦) β πΆ1 , tomemos o ângulo π‘ entre ππ e ππ tal que π‘ β [0, 2π]. Então π π¦ π‘ π π₯ π β§ β¨ π₯(π‘) = cos π‘ ; π‘ β [0, 2π] β© π¦(π‘) = sen π‘ são equações paramétricas dessa curva. Exemplo 2.4. Os dois pares de equações a seguir também parametrizam o círculo πΆ1 de raio 1 e centro na origem: β§ β¨ π₯(π‘) = cos (2π‘) π) ; π‘ β [0, π] β© π¦(π‘) = sen (2π‘) β§ β¨ π₯(π‘) = cos (βπ‘) ππ) ; π‘ β [0, 2π] β© π¦(π‘) = sen (βπ‘) Em i) o ponto se desloca mais rápido, percorre o círculo na metade do tempo, no sentido anti-horário. Em ii) o ponto se desloca mais devagar e em sentido horário. Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 74 Cap.2: Curvas Paramétricas Sec.1: Definição e exemplos Exemplo 2.5. Dado o círculo πΆ de raio π > 0 e centro no ponto (β, π) determine equações paramétricas para πΆ. Solução Temos, π = (π₯, π¦) β πΆ β (π₯ββ)2 +(π¦ βπ)2 = π 2 )2 ( )2 ( π¦βπ π₯ββ β + =1β π) (π π₯ββ π¦βπ , pertence ao círculo πΆ1 , π = π π dado anteriormente. Tomemos então ⧠ β¨ π₯ β β = cos π‘ π ; π‘ β [0, 2π] π¦βπ  β© = sen π‘ π π π¦ π‘ π π β π₯ Para cada ponto π = (π₯, π¦) β πΆ temos β§ β¨ π₯(π‘) = π cos π‘ + β ; π‘ β [0, 2π] β© π¦(π‘) = π sen π‘ + π que são equações paramétricas de πΆ. Exemplo 2.6. Seja a elipse πΈ com centro no ponto (β, π), eixos paralelos aos eixos coordenadas e semi-eixos π e π. Determinar equações paramétricas para πΈ. Solução ( )2 ( )2 (π₯ β β)2 (π¦ β π)2 π₯ββ π¦βπ Temos π = (π₯, π¦) β πΈ β + =1β + =1β π2 π2 π π ( ) π₯ββ π¦βπ βπ= , pertence ao círculo πΆ1 . Tomemos então π π ⧠ β¨ π₯ β β = cos π‘ π ; π‘ β [0, 2π] π¦βπ  β© = sen π‘ π Para cada ponto π = (π₯, π¦) β πΈ temos β§ β¨ π₯(π‘) = π cos π‘ + β ; π‘ β [0, 2π] β© π¦(π‘) = π sen π‘ + π que são equações paramétricas de πΈ. Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 75 Cap.2: Curvas Paramétricas Sec.1: Definição e exemplos Exemplo 2.7. Determinar as equações paramétricas do ciclóide - trajetória descrita por um ponto π sobre uma circunferência de raio π que rola sem deslizar sobre o eixo π₯. Solução π¦ πβ² π‘ πΆ π πΆβ² π π΄ π΅ π₯ π‘ é o ângulo varrido pelo raio πΆπ quando o círculo rola para uma nova posição. O giro da circunferência implica que o comprimento do segmento π π΄= o comprimento do arco π β² π΄, ou seja, β£ππ΄β£ = π π‘. Seja π β² = (π₯, π¦) e considere o triângulo πΆ β² π β² π : πβ² π πΆβ² π‘ β 180β βπ cos π‘ π βπ sen π‘ Logo as equações paramétricas são: β§ β¨ π₯ = β£π π΄β£ + β£π΄π΅β£ = β£π π΄β£ + β£πΆ β² πβ£ = π π‘ β π sen π‘ = π (π‘ β sen π‘) β© π¦ = β£ππ΅β£ + β£π β² πβ£ = π β π cos π‘ = π (1 β cos π‘) Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 76 Cap.2: Curvas Paramétricas Sec.1: Definição e exemplos Exemplo 2.8. Determinar as equações paramétricas do astróide - trajetória descrita por um ponto π sobre uma circunferência de raio π /4 rolando sem deslizar ao longo de outro círculo de raio π . π¦ Solução π΄β² π πΌ π π π π‘ π π π΄ π₯ π‘ é o ângulo varrido pelo raio ππ΄ quando o círculo rola para uma nova posição. O giro da circunferência implica que o comprimento do arco π΄π΄β² = o comprimento do arco π π΄β² , π π Λ β². ou seja, π π‘ = β π = 4π‘, onde π é o ângulo π ππ΄ 4 Λ = πΌ. Então Seja π = (π₯, π¦) e considere o triângulo π ππ , com ângulo π ππ πΌ = π β π‘ β 180β = 3π‘ β 180β. As coordenadas do ponto π satisfazem as relações: β§ 3π π   π₯ = β£ππβ£ β β£π πβ£ = cos π‘ β cos πΌ   β¨ 4 4 (1)    3π π  β© π¦ = β£ππβ£ + β£π π β£ = sen π‘ + sen πΌ 4 4 Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 77 Cap.2: Curvas Paramétricas Sec.1: Definição e exemplos β Como πΌ = 3π‘ β 180 , temos que β§ β¨ cos (3π‘ β 180β ) = β cos (3π‘) = 3 cos π‘ β 4 cos 3 π‘ (2) β© sen (3π‘ β 180β ) = β sen (3π‘) = 4 sen 3 π‘ β 3 sen π‘ Substituindo (2) em (1) temos β§ β¨ π₯ = π cos 3 π‘ β© π¦ = π sen 3 π‘ que são as equações paramétricas do astróide. Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 78 Cap.2: Curvas Paramétricas 2.2 Sec.2: Construção de gráficos Construção de gráficos de curvas paramétricas Neste seção, estudamos maneiras de esboçar gráficos de curvas paramétricas β§ β¨ π₯ = π (π‘) β© π¦ = π(π‘) β MÉTODO I: Fazendo uma tabela As vezes podemos esboçar o gráfico fazendo uma tabela escolhendo alguns valores de π‘. Neste método não é sempre aconselhável pois é difícil sabe até quantos valores de π‘ podemos escolher para pode esboçar o gráfico perfeitamente. Exemplo 2.9. Esboçar a curva descrita pelas equações paramétricas β§ β¨ π₯ = π‘2 β 4 β2 β€π‘β€3 β© π¦= π‘ 2 Solução t x -2 0 π¦ y -1 2 -1 -3 -0,5 0 -4 0 1 -3 0,5 2 0 1 3 β 5 1,5 π‘=3 1 π‘=0 β4 β3 β2 β1 β1 1 2 π‘ = β2 3 4 π₯ 5 β2 β MÉTODO II: Transformando a equação paramétrica para cartesiana Podemos esboçar o gráfico de uma paramétrica transformando-la para cartesiana eliminando o parâmetro π‘ entre as equações. Exemplo 2.10. Ache a equação cartesiana da astróide β§ β¨ π₯ = π cos 3 π‘ 0 β€ π‘ β€ 2π β© π¦ = π sen 3 π‘ Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 79 Cap.2: Curvas Paramétricas Sec.2: Construção de gráficos Solução β§ ( )1/3  β¨ π₯ = π cos 3 π‘ β cos π‘ = π₯ ( π )1/3  β© π¦ = π sen 3 π‘ β sen π‘ = π¦ π Como cos 2 π‘ + sen 2 π‘ = 1 ( π₯ )2/3 ( π¦ )2/3 β + = 1 π π β π₯2/3 + π¦ 2/3 = π 2/3 que a equação cartesiana. β Exemplo 2.11. Eliminar o parâmetro π‘ na seguinte equação paramétrica e esboçar seu gráfico Solução π‘ π¦ π¦= βπ‘= π‘+1 1βπ¦ Substituindo em π₯ = β π₯= β 1βπ¦ β§ 1  β¨ π₯= β π‘+1  β© π¦= π‘ π‘+1 1 , temos π‘+1 π‘ > β1 π¦ 2 1 ou π¦ = 1 β π₯2 . Ou seja o gráfico é parte do gráfico da parabola π¦ = 1 β π₯2 , com π₯ > 0 e π¦ < 1. β β1 β1 1 2 3 4 π₯ 5 β2 β3 β4 Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 80 Cap.2: Curvas Paramétricas Sec.2: Construção de gráficos Exemplo 2.12. Eliminar o parâmetro π‘ na seguinte equação paramétrica e esboçar seu gráfico β§ β¨ π₯ = 3 cos (2π‘) β© π¦ = 1 + 2 cos 2 (2π‘) 0β€π‘β€π Solução π₯ π₯ = 3 cos (2π‘) β cos (2π‘) = 3 Substituindo em π¦ = 1+2 cos 2 (2π‘), temos π¦ =1+ ( π₯ )2 3 π₯2 =1+ . 9 π‘= π 2 Ou seja o gráfico é parte do gráfico da π¦ 1 parabola π¦ =1+ π₯2 9 β3 β2 percorrida duas vezes, com π‘ = 0, π 2 π‘ = π4 , 3π 4 β1 β1 1 2 3 β3 β€ π₯ β€ 3 e 1 β€ π¦ β€ 2. β β MÉTODO III: Usando Noções de Calculo A a) Pontos de interseção com os eixos, caso existem,ou fácil de calcular b) Pontos de auto-interseção - pontos por onde a curva passa duas vezes (ou seja em dois instantes diferentes), caso existem, ) ( ππ₯ ππ¦ =0e β= 0 caso existem, c) Os tangentes horizontais ππ‘ ππ‘ ) ( ππ¦ ππ₯ d) Os tangentes verticais =0e β= 0 caso existem, ππ‘ ππ‘ e) Estudo de crescimento e decrescimento de π₯ e π¦ Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 81 π₯ Cap.2: Curvas Paramétricas Sec.2: Construção de gráficos Exemplo 2.13. Esboçar o gráfico de β§ β¨ π₯ = π‘2 + 1 3 β© π¦ = βπ‘ + π‘ + 1 3 Solução β Interseção com os eixos: βπ‘3 π¦=0β + π‘ + 1 = 0 que é difícil de resolver. 3 π₯ β= 0 βπ‘, então a curva não intersecta o eixo π¦. β Auto-Interseção: Sejam π‘1 < π‘2 tais que π₯(π‘1 ) = π₯(π‘2 ) e π¦(π‘1 ) = π¦(π‘2 ). π₯(π‘1 ) = π₯(π‘2 ) β (π‘1 )2 + 1 = (π‘2 )2 + 1 β π‘1 = ±π‘2 β π‘1 = βπ‘2 . ⧠  π¦(π‘1) = π¦(π‘2 )  ⨠   β© e β β (π‘1 )3 β π‘1 = 0 β π‘1 = 0 ou π‘1 = ± 3 3 π‘1 = βπ‘2 β β π‘1 = 0 β π‘1 = π‘2 (não serve!). Então π‘1 = β 3 e π‘2 = 3. Temos, β§ β¨ π₯=4 β π‘=± 3β β© π¦=1 β Tangentes ππ₯ = 2π‘ = 0 β π‘ = 0, ou seja a função tem uma reta tangente vertical no ππ‘ ponto (1, 1). ππ¦ = βπ‘2 +1 = 0 β π‘ = ±1, ou seja a função tem 2 retas tangentes horizontais ππ‘ nos pontos (2, 53 ) e (2, 31 ). Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 82 Cap.2: Curvas Paramétricas β Crescimento e decrescimento Sec.2: Construção de gráficos ππ₯ βββββ + + + + + + ++ + + + + ++ ππ‘ crescente crescimento de π₯ descrescente β1 descrescente 0 sinal de ππ¦ βββββ β β β β ββ ππ‘ crescente crescimento de π¦ descrescente β1 sinal de + + + + ++ crescente 0 β β β β ββ 1 crescente +++++ 1 descrescente π¦ 2 π‘=1 1 β π‘=± 3 π‘=0 π‘ = β1 0 0 1 2 3 4 Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 5 π‘ 6 π₯ 83 π‘ Cap.2: Curvas Paramétricas 2.3 Sec.3: Exercícios Exercícios [1] Esboçar os gráficos das seguintes curvas paramétricas. Eliminando π‘ nas equações, achar as β§ equações na forma cartesiana: β§ β¨ π₯ = π‘2 β¨ π₯ = π‘5 β 4π‘3 (1.1) (1.2) β© π¦ = π‘3 β© π¦ = π‘2 β§ β¨ π₯ = π2π‘ (1.3) β© π¦ = π‘3 + 2π‘ β§ β¨ π₯ = 3π‘ + 2 (1.5) β© π¦= 1 2π‘ β 1 β§ β¨ π₯ = π‘(π‘2 β 2) (1.7) β© π¦ = 2(π‘2 β 1) β§ β¨ π₯ = βπ‘ (1.4) , π‘ β₯ 0. β© π¦=π‘ β§ β¨ π₯ = 2 cotg π (1.6) β© π¦ = 2 sen 2 π ⧠ β¨ π₯= 3π‘ 1 + π‘3 (1.8) 2  β© π¦ = 3π‘ 1 + π‘3 Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 84 Cap.2: Curvas Paramétricas 2.4 Sec.4: Reta Tangentes Reta Tangentes de curvas Paramétricas Neste seção queremos determinar a equação da reta tangente ao equações paramétricas dado por: π₯ = π (π‘) π¦ = π(π‘) (β) Recordamos que a equação da reta tangente ao π¦ = πΉ (π₯) no ponto (π, πΉ (π)) é dado por π¦ = πΉ (π) + π(π₯ β π), onde π = ππ¦ = πΉ β² (π) (ββ) ππ₯ π₯=π ππ¦ para as equações paramétricas, podemos usar (ββ) ππ₯ para achar a equação da reta tangente. Então se podemos calcular β Cálculo de ππ¦ : ππ₯ Suponha que podemos eliminar o parâmetro π‘ em (β) e reescreve-lo na forma π¦ = πΉ (π₯). Se substituirmos π₯ = π (π‘) e π¦ = π(π‘) na equação π¦ = πΉ (π₯), obtermos π(π‘) = πΉ (π (π‘)) Derivando usando a Regra da Cadeia, temos π β²(π‘) = πΉ β² (π β² (π‘)) Mudando a notação, temos que ππ₯ ππ¦ = πΉ β² (π₯) ππ‘ ππ‘ Resolvendo por πΉ (π₯) = ππ¦ temos ππ₯ ππ¦ ππ¦ = ππ‘ , ππ₯ ππ₯ ππ‘ desde que ππ₯ β= 0 ππ‘ Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 85 Cap.2: Curvas Paramétricas Da mesma forma Sec.4: Reta Tangentes ππ₯ ππ₯ = ππ‘ , ππ¦ ππ¦ ππ‘ desde que ππ¦ β= 0 ππ‘ Exemplo 2.14. Ache as retas tangentes ao curva paramétrica dada por β§ β¨ π₯ = π‘3 β 2π‘ no ponto (0, 2). β© π¦ = 2π‘2 β 2 Solução ππ¦ ππ¦ 4π‘ π= = ππ‘ = 2 ππ₯ ππ₯ 3π‘ β 2 ππ‘ β Quando π₯ = 0, π¦ = 2 β π‘ = ± 2 β β ππ¦ Para π‘ = β 2 , π = β =β 2 ππ₯ π‘=β 2 β Então a reta tangente no ponto (π‘ = β 2) é π¦ = 2β β 2π₯ β ππ¦ Para π‘ = 2 , π = β = 2 ππ₯ π‘= 2 β Então a reta tangente no ponto (π‘ = 2) é β π¦ =2+ β 2π₯ β Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 86 Cap.2: Curvas Paramétricas π2 π¦ β Cálculo de 2 : ππ₯ Sec.4: Reta Tangentes Para calcular a segunda derivada usamos a regra da cadeia duas vezes: π π2 π¦ = 2 ππ₯ ππ₯ ( ππ¦ ππ₯ ) = π ππ‘ ( ππ¦ ππ₯ ππ₯ ππ‘ ) Exemplo 2.15. Calcule a segunda derivada da seguintes equações paramétricas β§ β¨ π₯ = π‘3 β 2π‘ no ponto (0, 2) β© π¦ = 2π‘2 β 2 e diga se ela tem concavidade voltada para baixo ou para cima neste ponto. Solução ) ( ) ππ¦ 4π‘ π π2 π¦ ππ₯ ππ‘ 3π‘2 β 2 = = ππ₯ ππ₯2 3π‘2 β 2 ( ππ‘ 2 ) 4(3π‘ β 2) β (4π‘)(6π‘) (3π‘2 β 2)2 = 3π‘2 β 2 2 β12π‘ β 8 = (3π‘2 β 2)3 β Quando π₯ = 0, π¦ = 2 β π‘ = ± 2, Logo π ππ‘ ( π2 π¦ 1 β =β <0 2 ππ₯ π‘=± 2 2 Portanto a concavidade é voltada para baixo on ponto (0,2). Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 87 Cap.2: Curvas Paramétricas 2.5 Sec.5: Exercícios Exercícios [1] Calcule as expressões das derivadas e os seus respectivos valores nos pontos dados: β§ β¨ π₯ = sen π‘ [ π π ] ππ¦ π (1.1) , π‘β β , , , no ponto π‘ = β© π¦ = sen 2π‘ 2 2 ππ₯ 6 β§ β¨ π₯ = 6π‘(1 + π‘2 )β1 12 ππ¦ (1.2) , 0 β€ π‘ β€ 1, , no ponto de abscissa β© π¦ = 6π‘2 (1 + π‘2 )β1 ππ₯ 5 β§ β¨ π₯ = π‘ + sen ( π π‘) ππ¦ 2 (1.3) , π‘ > 0, , no ponto π‘ = 8 β© π¦ = π‘ + ln π‘ ππ₯ π2 π¦ nos seguintes casos: [2] Calcule ππ₯2 β§ β¨ π₯ = sen π‘ [ π π] (2.1) ,π‘ β β , β© π¦ = sen 2π‘ 2 2 β§ β¨ π₯ = πβπ‘ (2.2) β© π¦ = π3π‘ [3] Verifique se: β§ β¨ π₯ = sec (π‘) ] π π[ π2 π¦ ππ¦ + ππ¦ β =0 (3.1) , π‘ β β , , satisfaz a equação 2 β© π¦ = ln( cos π‘) 2 2 ππ₯ ππ₯ β§ β¨ π₯ = arcsen(π‘) π2 π¦ ππ¦ (3.2) , π‘ β [β1, 1], satisfaz a equação sen π₯ β +π¦β =0 β 2 β© π¦ = 1 β π‘2 ππ₯ ππ₯ [4] Determine uma equação da reta tangente ao gráfico da curva πΆ, no ponto de abscissa 1 π₯0 = β , sendo πΆ, definida parametricamente pelas equações 4 β§ β¨ π₯ = 2 cos 3 π‘ , π‘ β [0, π]. β© π¦ = 2 sen 3 π‘ [5] Determine as equações das retas tangentes e normal ao gráfico da curva πΆ, no ponto com π‘ = 1, sendo πΆ, definida parametricamente pelas equações β§ β¨ π₯=π‘ . β© π¦ = π‘ + 2 arctg(π‘) Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 88 Cap.2: Curvas Paramétricas 2.6 Sec.6: Áreas Área de curvas paramétricas Determinamos a área sobre uma curva dado por equações paramétricas: β§ β¨ π₯ = π (π‘) π‘ β [πΌ, π½] (β) β© π¦ = π(π‘) tais que π‘1 β= π‘2 β (π₯(π‘1 ), π¦(π‘1 )) β= (π₯(π‘2 ), π¦(π‘2)) (não queremos repetir trechos da curva). Recordamos que a área sob uma curva π¦ = πΉ (π₯) de π β€ π₯ β€ π é β« π π΄= πΉ (π₯) ππ₯, (ββ) onde πΉ (π₯) β₯ 0. π Usando a equação paramétrica (β) como uma mudança na integral definida (ββ), β Vamos supor que quando π₯ = π, π‘ = πΌ (ou seja π (πΌ) = π) e quando π₯ = π, π‘ = π½ (ou seja π (π½) = π.) β ππ₯ = π β² (π‘) ππ‘ β π¦ = πΉ (π₯) = πΉ (π (π‘)) = π(π‘) Substituindo em (ββ), temos que área é π΄= β« π½ π(π‘)π β² (π‘) ππ‘. πΌ β§ β¨ π₯ = 6(π‘ β sen π‘) Exemplo 2.16. Determine a área por baixo da ciclóide β© π¦ = 6(1 β cos π‘) 0 β€ π‘ β€ 2π. Solução Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 89 Cap.2: Curvas Paramétricas Sec.6: Áreas Observe que não há trechos repetidos. Logo β« 2π β« 2π ππ₯ π΄= π¦(π‘) β ππ‘ = 6(1 β cos π‘) β 6(1 β cos π‘) ππ‘ ππ‘ 0 0 β« 2π = 36 (1 β 2 cos π‘ + cos 2 π‘) ππ‘ ) β«0 2π ( 1 + cos 2π‘ = 36 1 β 2 cos π‘ + ππ‘ 2 0 β« 2π = 18 (3 β 4 cos π‘ + cos 2π‘) ππ‘ 0 ]2π [ 1 = 18 3π‘ β 4 sen π‘ + sen 2π‘ 2 0 = 108π. Exemplo 2.17. Calcular a área da região do plano limitada pelo laço da curva πΆ de β§ 3 β¨ π₯ = βπ‘ + π‘ 3 equações paramétricas (β) β© 2 π¦ =π‘ β1 Solução β Estudo de crescimento e decrescimento de π₯ e π¦ : β§ ππ₯   = βπ‘2 + 1   β¨ ππ‘    ππ¦  β© = 2π‘ ππ‘ β§ β§ β¨ π₯=0   ππ¦   = 0 β π‘ = 0 β   β© π¦ = β1 ππ‘    ⨠ ⧠   β¨ π₯ = β2  ππ₯   3 = 0 β π‘ = β1 β   β© ππ‘ β© π¦=0 β§ β¨ π₯= 2 3 ou π‘ = 1 β β© π¦=0 Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 90 Cap.2: Curvas Paramétricas Sec.6: Áreas ππ₯ βββββ + + + + + + ++ + + + + ++ ππ‘ crescente crescente 0 crescimento de π₯ descrescente β1 sinal de ππ¦ βββββ β β β β ββ ππ‘ crescimento de π¦ descrescente β1 descrescente sinal de + + + + ++ 0 crescente β β β β ββ 1 descrescente π‘ +++++ 1 crescente π‘ Usando apenas estas informações temos a seguinte representação gráfica para a curva (fig.1) e no (fig. 2) apresenta esta curva de forma mais exata. π¦ π‘= β 3 π₯ π‘=0 É preciso calcular o ponto de auto-interseção da curva, que é um ponto por onde o móvel passa duas vezes )ou sejam em dois instantes diferentes). Logo, sejam π‘1 < π‘2 tais que π₯(π‘1 ) = π₯(π‘2 ) e π¦(π‘1 ) = π¦(π‘2). π¦(π‘1 ) = π¦(π‘2 ) β (π‘1 )2 β 1 = (π‘2 )2 β 1 β π‘1 = ±π‘2 β π‘1 = βπ‘2 . ⧠  π₯(π‘1 ) = π₯(π‘2 )  β¨ β (π‘2 )3 (π‘2 )3 (π‘2 )3 ββ β π‘2 = β + π‘2 β β β π‘2 = 0 β π‘2 = 0 ou π‘2 = ± 3 e  3 3 3   β© π‘ = βπ‘ 1 2 Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 91 Cap.2: Curvas Paramétricas Sec.6: Áreas β β π‘2 = 0 β π‘1 = π‘2 (não serve!). Então π‘1 = β 3 e π‘2 = 3. Temos, β§ β¨ π₯=0 β π‘=± 3β β© π¦=2 Pela maneira como a curva é descrita pelas equações, vemos que não há repetição de trechos. Logo, = = = = β 3 ππ¦ ππ‘ ππ‘ 0 ) β« β3 ( 3 π‘ 2β β + π‘ β 2π‘ ππ‘ 3 0 ) β« β3 ( 4 π‘ 2 4β β +π‘ ππ‘ 3 0 ]β3 [ 5 π‘3 π‘ 4 β + 15 3 0 [ β β ] β9 3 3 3 + 4 15 3 β 8 3 5 π΄ = 2β = β« π₯(π‘) Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 92 Cap.2: Curvas Paramétricas 2.7 Sec.7: Exercícios Exercícios [1] Determine a área limitada: π¦ (1.1) pelo eixo ππ₯, π₯ = 1, π₯β§= π e a curva de β¨ π₯ = π2π‘ equações paramétricas β© π¦ = 2 + π‘2 (1.2) pelas curvas de equações π₯ = 2 e β§ β¨ π₯ = π‘2 + 1 π 1 π₯ π¦ 3 β© π¦ = π‘3 + 2π‘ 1 π₯ 2 β3 β§ β¨ π₯ = π‘3 β π‘ (1.3) pelo laço de curva β© π¦ = π‘2 β 1 π¦ π₯ Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 93 Cap.2: Curvas Paramétricas Sec.7: Exercícios π¦ (1.4) pelo laço de curva β§ β¨ π₯ = π‘2 3 β© π¦ =π‘β π‘ 3 π₯ [2] Seja π a região do plano acima da reta π¦ = 2 e abaixo do arco da ciclóide de equações β§ β¨ π₯(π‘) = 2(π‘ β sen π‘) , π‘ β [0, 2π]. β© π¦(π‘) = 2(1 β cos π‘) Esboce π e calcule a sua área. Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 94 Cap.2: Curvas Paramétricas 2.8 Sec.8: Comprimentos de arcos Comprimentos de curvas paramétricas Dedução da fórmula para comprimentos de arcos Seja uma curva dada por equações paramétricas contínuas β§ β¨ π₯ = π₯(π‘) π‘ β [π, π] β© π¦ = π¦(π‘) tais que π‘1 β= π‘2 β (π₯(π‘1 ), π¦(π‘1)) β= (π₯(π‘2 ), π¦(π‘2 )) (não queremos repetir trechos da curva) Vamos determinar (ou melhor, definir) o comprimento πΏ da curva: Tomemos números π‘0 , π‘1 , β β β , π‘π tais que π = π‘0 < π‘1 < β β β π‘πβ1 < π‘π < β β β π‘π = π e pontos sobre a curva ππ = (π₯(π‘π ), π¦(π‘π )) , para π = 1, β β β , π. O comprimento da linha poligonal π0 π1 , π1 π2 , β β β , ππβ1 ππ , β β β , ππβ1 ππ é uma estimativa para πΏ, e tomando-se pontos ππ cada vez mais próximo uns dos outros espera-se que este comprimento se aproxime cada vez mais de πΏ. Isto é, indicado a distância entre ππβ1 e ππ por π(ππβ1 , ππ ) temos πΏ β π(π0 , π1 ) + π(π1 , π2 ) + β β β + π(ππβ1 , ππ ) Da geometria analítica temos, π(ππβ1 , ππ ) = β (π¦(π‘π ) β π¦(π‘πβ1))2 + (π₯(π‘π ) β π₯(π‘πβ1 ))2 Supondo que cada uma das funções π¦(π‘) e π₯(π‘) tenha derivada contínua, pelo teorema do valor médio para derivadas, em cada intervalo [π‘πβ1 , π‘π ] existem πΌπ , π½π β [π‘πβ1 , π‘π ] tais que π₯(π‘π ) β π₯(π‘πβ1 ) = π₯β² (πΌπ ) β (π‘π β π‘πβ1 ) e π¦(π‘π ) β π¦(π‘πβ1) = π¦ β² (π½π ) β (π‘π β π‘πβ1 ) Indicando Ξπ‘π = π‘π β π‘πβ1 temos π(ππβ1 , ππ ) = β (π¦ β²(π½π ))2 + (π₯β² (π½π ))2 Ξπ‘π Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 95 Cap.2: Curvas Paramétricas Então, πΏβ π β β Sec.8: Comprimentos de arcos (π¦ β²(π½π ))2 + (π₯β² (π½π ))2 Ξπ‘π π=0 e πΏ= lim max Ξπ‘π β0 ( π β β (π¦ β² (π½π ))2 + (π₯β² (π½π ))2 Ξπ‘π π=0 ) Como π¦ β²(π‘) e π₯β² (π‘) são contínuas, β« πβ πΏ= (π¦ β² (π‘))2 + (π₯β² (π‘))2 ππ‘. π 2.3 Observação. Se π£(π‘) é o vetor velocidade da curva parametrizada então πΏ = Isto é "a integral do módulo da velocidade é igual à distância percorrida". β« π π β£π£(π‘)β£ ππ‘. Exemplo 2.18. Use integral para calcular o comprimento do circulo de raio 4 e centro (1,2). Solução Sejam as equações paramétricas do circulo β§ β¨ π₯ = 4 cos π‘ + 1 β© π¦ = 4 sen π‘ + 2 π‘ β [0, 2π] Com estas equações não há repetição de trechos da curva β« 2π β β« 2π β β« 2 2 2 2 (β4 β sen π‘) + (4 cos π‘) ππ‘ = 4 sen π‘ + cos π‘ ππ‘ = 4 πΏ= 0 0 2π ππ‘ = 8π. 0 2.4 Observação. O comprimento da elipse (queβ« não seja círculo) não pode ser calculado β de forma análoga pois para π2 β= π2 a integral π2 sen 2 (π‘) + π2 cos 2 (π‘) ππ‘ não pode ser representada usando funções elementares. Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 96 Cap.2: Curvas Paramétricas Sec.8: Comprimentos de arcos Exemplo 2.19. Calcule o comprimento de arco da curva de equações paramétricas β§ β¨ π₯ = π‘ β π‘2 0β€π‘β€1 β© π¦=0 Solução Observe que há trechos repetidos pois βπ‘1 β [0, 1/2[ e βπ‘2 β]1/2, 1]. (π₯(π‘1 ), π¦(π‘1)) = (π₯(π‘2 ), π¦(π‘2 )) Logo o comprimento β« 1/2 β β« 2 2 πΏ= (1 β 2π‘) + (0) ππ‘ = 0 1/2 0 β£1 β 2π‘β£ ππ‘ = β« 0 1/2 1 (1 β 2π‘) ππ‘ = . 4 Exemplo 2.20. Esboce e calcule o comprimento de arco de equações paramétricas β§ β¨ π₯ = 2( cos π‘ β 1) π‘ β [0, 2π] β© π¦ = 2(π‘ + sen π‘) Solução β Estudo de crescimento e decrescimento de π₯ e π¦ : β§ ππ₯   = β2 sen π‘   β¨ ππ‘    ππ¦  β© = 2(1 + cos π‘) ππ‘ β§ β§ β¨ π₯=0   ππ₯   = 0 β π‘ = 0 β   β© π¦=0  ππ‘   ⨠ ⧠   β¨ π₯ = β4  ππ¦   = 0 β π‘ = π β   β© ππ‘ β© π¦ = 2π β§ β¨ π₯=0 ou π‘ = 2π β β© π¦ = 4π Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 97 Cap.2: Curvas Paramétricas ππ₯ ππ‘ crescimento de π₯ sinal de Sec.8: Comprimentos de arcos β β β β β β ββ descrescente 0 ππ¦ ππ‘ crescimento de π¦ sinal de + + + + ++ π crescente +++++ crescente 0 2π π‘ 2π π‘ + + + + ++ π crescente Usando apenas estas informações temos a seguinte representação gráfica para a curva (fig.1) e no (fig. 2) apresenta esta curva de forma mais exata. π¦ π₯ Pela maneira como a curva é descrita pelas equações, vemos que não há repetição de trechos. Logo, πΏ = β« 2π 0 = 2 β« β (β2 sen π‘)2 + (2(1 + cos π‘))2 ππ‘ = 2π β sen 2π‘ + 1 + 2 cos π‘ + cos 0 β β« = 2 2 2π‘ ππ‘ = 2 β« 2π β 2 + 2 cos π‘ ππ‘ 0 2π β 1 + cos π‘ ππ‘ 0 Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 98 Cap.2: Curvas Paramétricas Sec.8: Comprimentos de arcos ( ) 1 + cos π‘ π‘ = . Temos Usando a fórmula cos 2 2 2 β β« πΏ=2 2 2π 0 β 2πππ 2 (π‘/2) ππ‘ = 4 β« 2π 0 β£ cos (π‘/2)β£ ππ‘ Então de acordo com o sinal de cos (π‘/2), (β« π ) β« 2π πΏ=4 cos (π‘/2) ππ‘ β cos (π‘/2) ππ‘ = 8 [ sen (π‘/2)]π0 β 8 [ sen (π‘/2)]2π π = 16. 0 π Exemplo 2.21. Esboce a curva e calcule o comprimento de arco do laço da curva de equações paramétricas Solução β§ β¨ π₯ = π‘2 + 1 3 β© π¦ = π‘ βπ‘+1 3 π‘ββ β Estudo de crescimento e decrescimento de π₯ e π¦ : β§ ππ₯   = 2π‘   β¨ ππ‘    ππ¦  β© = π‘2 β 1 ππ‘ β§ β§ β¨ π₯=1   ππ₯   = 0 β π‘ = 0 β   β© π¦=1 ππ‘    ⨠ ⧠   β¨ π₯=2  ππ¦   = 0 β π‘ = β1 β   β© ππ‘ β© π¦=5 3 β§ β¨ π₯=2 ou π‘ = 1 β β© π¦=1 3 Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 99 Cap.2: Curvas Paramétricas Sec.8: Comprimentos de arcos ππ₯ βββββ β β β β β β ββ + + + + ++ ππ‘ crescente crescimento de π₯ descrescente β1 descrescente 0 sinal de ππ¦ ππ‘ crescimento de π¦ sinal de +++++ crescente β1 β β β β ββ descrescente +++++ 1 crescente π‘ β β β β ββ 0 +++++ descrescente 1 crescente π‘ β Calculando a auto-interseção: Sejam π‘1 < π‘2 tais que π₯(π‘1 ) = π₯(π‘2 ) e π¦(π‘1) = π¦(π‘2). π₯(π‘1 ) = π₯(π‘2 ) β (π‘1 )2 + 1 = (π‘2 )2 + 1 β π‘1 = ±π‘2 β π‘1 = βπ‘2 . ⧠  π¦(π‘1 ) = π¦(π‘2 )  β¨ β (π‘2 )3 (π‘2 )3 (π‘2 )3 β β +π‘ +1 = βπ‘ +1 β β +π‘2 = 0 β π‘2 = 0 ou π‘2 = ± 3 e 2 2  3 3 3   β© π‘ = βπ‘ 1 2 β β π‘2 = 0 β π‘1 = π‘2 (não serve!). Então π‘1 = β 3 e π‘2 = 3. Temos, β§ β¨ π₯=4 β π‘=± 3β β© π¦=1 Esboçando a curva com estas informações temos a seguinte representação gráfica para a curva (fig.1) e no (fig. 2) apresenta esta curva de forma mais exata. Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 100 Cap.2: Curvas Paramétricas Sec.8: Comprimentos de arcos π¦ π₯ Calculando o comprimento do laço πΏ = = β« β 3 β β 3 β β« 3 β β 3 β« β 2 2 2 (2π‘) + (π‘ β 1) ππ‘ = β« β 2 2 (π‘ + 1) ππ‘ = β β 3 3 β β π‘4 + 2π‘2 + 1 ππ‘ β 3 3 β β β£π‘2 + 1β£ππ‘ Como π‘2 + 1 é positivo para todo π‘, ] β π‘3 πΏ = β (π‘ + 1) ππ‘ = + π‘ = 4 3. 3 β 3 β« β 3 2 [ Exemplo 2.22. As equações paramétricas a seguir dão a posição de uma partícula em cada β§ instante π‘, durante o intervalo de tempo 0 β€ π‘ β€ π. β¨ π₯ = cos (2π‘) (β) β© π¦ = sen 2 (π‘) a) Calcule a distancia total percorrida pela partícula. b) Verifique se há trechos da trajetória que são repetidos durante o movimento. c) Esboce a trajetória e calcule seu comprimento. Solução Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 101 Cap.2: Curvas Paramétricas Sec.8: Comprimentos de arcos a) Basta aplicar a fórmula do comprimento de arco no intervalo 0 β€ π‘ β€ π (se houver repetição de algum trecho, deve ser contabilizada). β§ ππ₯   = β2 sen (2π‘) = β4 sen (π‘) cos (π‘)   β¨ ππ‘ (ββ)    ππ¦  β© = 2 sen (π‘) cos (π‘) ππ‘ β« πβ β β« 2 2 2 2 π·= 16 sen (π‘) cos (π‘) + 4 sen (π‘) cos (π‘) ππ‘ = 5 0 0 De acordo com o sinal de sen (2π‘), temos ( β« β β« π β β« π/2 π·= 5 β£ sen (2π‘)β£ ππ‘ = 5 sen (2π‘) ππ‘ β 0 0 π β£ sen (2π‘)β£ ππ‘ = π ) sen (2π‘) ππ‘ π/2 β = 2 5. b) Vamos determinar valores de π‘ tais que π‘1 < π‘2 e (π₯(π‘1 ), π¦(π‘1 )) = (π₯(π‘2 ), π¦(π‘2)) : Das equações (β) temos, ⧠  sen 2 (π‘1 ) = sen 2 (π‘2 )  β¨ com    β© π‘ < π‘ e π‘ , π‘ β [0, π] 1 2 1 2 β ⧠   β¨ sen (π‘1 ) = sen (π‘2 ) com    β© π‘ < π‘ e π‘ , π‘ β [0, π] 1 2 1 2 [ π] β π‘2 = πβπ‘1 com π‘1 β 0, 2 cos (2π‘2 ) = cos (2π β 2π‘1 ) = cos (β2π‘1 ) = cos (2π‘1 ) Então nos instantes π‘2 e π‘1 tais que π‘1 β [0, π/2] e π‘2 = π β π‘1 , a partícula ocupa a mesma posição. Concluímos que após π‘ = π/2 a partícula repete (retorna) a mesma trajetória descrita até este instante. c) De acordo com b) só precisamos trabalhar com π‘ β [0, π/2]. Com as equações (β) temos β§ β¨ π₯=1 π‘=0β ; β© π¦=0 β§ β¨ π₯ = β1 π‘ = π/2 β© π¦=1 Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 102 Cap.2: Curvas Paramétricas Sec.8: Comprimentos de arcos Esta trajetória é de fato um segmento da reta π¦ = (1 β 2π₯)/2 (tente verificar!) De acordo com o que foi discutido antes, o comprimento da trajetória é igual à π· β = 5. metade da distância percorrida pela partícula, ou seja, πΏ = 2 Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 103 Cap.2: Curvas Paramétricas 2.9 Sec.9: Exercícios Exercícios [1] Calcule os comprimentos das curvas descritas abaixo: β§ β¨ π₯ = 2 cos π‘ (1.1) , 0 β€ π‘ β€ 2π β© π¦ = 2 sen π‘ β§ β¨ π₯= 1 π‘ ,1 β€ π‘ β€ 2 (1.2) β© π¦ = ln π‘ β§ β¨ π₯ = π‘ β π‘2 (1.4) ,0 β€ π‘ β€ 1 β© π¦=0 β§ β¨ π₯ = π cos 3 π‘ (1.3) , 0 β€ π‘ β€ 2π, π > 0 β© π¦ = π sen 3 π‘ β§ β§ β¨ π₯ = π(π‘ β sen π‘) β¨ π₯ = ππ‘ sen π‘ π (1.5) , 0 β€ π‘ β€ 2π (1.6) ,0 β€ π‘ β€ β© π¦ = π(1 β cos π‘) β© π¦ = ππ‘ cos π‘ 2 β§ β¨ π₯ = 4π‘ + 3 [2] As equações dão a posição (π₯, π¦) de uma partícula no instante π‘. β© π¦ = 2π‘2 Determine a distância percorrida pela partícula durante o intervalo de tempo 0 β€ π‘ β€ 5. β§ β¨ π₯ = π‘2 [3] Determine o comprimento de arco do laço de curva 3 β© π¦ =π‘β π‘ 3 π¦ π₯ Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 104 Cap.2: Curvas Paramétricas 2.10 Respostas dos Exercícios Propostos Sec.10: Respostas β Construção de gráficos de curvas paramétricas (página 84) [1] π¦ π¦ 2 3 (1.1) π¦ = π₯ (1.2) π₯2 = π¦ 5 β 8π¦ 4 + 16π¦ 3 π₯ π₯ π¦ 1 (1.3) π¦ = (ln π₯)3 + ln π₯ 8 π¦ (1.4) π¦ = π₯2 π₯ π₯ Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 105 Cap.2: Curvas Paramétricas π¦ (1.5) π¦ = Sec.10: Respostas 3 2π₯ β 7 π¦ (1.6) π¦ = π₯2 8 +4 π₯ π₯ π¦ (1.7) 8π₯2 β π¦ 3 + 2π¦ 2 + 4π¦ β 8 = 0 π¦ (1.8) π₯3 + π¦ 3 β 3π₯π¦ = 0 π₯ π₯ Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 106 Cap.2: Curvas Paramétricas β Reta tangentes de curvas paramétricas (página 88) Sec.10: Respostas β§ β ππ¦ 2πππ (2π‘) ππ¦ 2 3    (1.1) = , π =   ππ₯ πππ (π‘) ππ₯ π‘= 6 3        β¨ ππ¦ 2π‘ 12 1 ππ¦ 4 [1] (1.2) = ; para π₯ = , temos π‘ = , logo 1 = 2  ππ₯ 1βπ‘ 5 2 ππ₯ π‘= 2 3          1+π‘ 1 9 ππ¦ ππ¦   = β = β© (1.3) π , ππ₯ π‘ 1 + (π/2)πππ ( 2 π‘) ππ₯ π‘=8 8 + 4π { π2 π¦ 2 cos (2π‘). sen (π‘) β 4. sen (2π‘). cos (π‘) π2 π¦ [2] (2.1) 2 = (2.2) = 12π5π‘ ππ₯ cos 3 (π‘) ππ₯2 [4] π¦ = β 3π₯ + β 3 β§ β¨ Reta Tangente: π¦ β (1 + π ) = 2(π₯ β 1) 2 [5] β© Reta Normal: π¦ β (1 + π ) = β1 1 (π₯ β 1) 2 2 β Área de curvas paramétricas (página 93) { 52 8 [1] (1.1) 9π β 10 u.a (1.2) u.a (1.3) u.a 4 15 15 β 8 3 (1.4) u.a 5 [2] (2π + 8) u.a β Comprimento de arcos (página 104) β β§ 2 + β5 β 5   β u.c (1.1) 4π u.c (1.2) 2 β + ln   β¨ 2 1+ 2 [1]     β© (1.4) 1 u.c (1.5) 8π u.c 4 β β [2] 10 26 + 2 ln(5 + 26) u.c (1.3) 6π u.c (1.6) β 2(ππ/2 β 1) u.c β [3] 4 3 u.c Eliana Prates, Ivana Matos, Joseph Yartey e Silvia Velloso 107