POPs
MONITORAMENTO DE
EFLUENTES GASOSOS
Enga Maria Cristina Poli
CETESB
Setor de Avaliação de Tecnologia do Ar, Ruído e Vibraçõe
Diretoria de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental
POPs
TIPO DE FONTES
•
•
•
•
Incineradores de Resíduos Perigosos industriais
Incineradores de Resíduos de Serviços de Saúde
Co-processamento de Resíduos em Fornos de Cimento
Caldeiras e fornos destinados a queima de resíduos
industriais
• Equipamentos de controle de poluição do ar instalados em
áreas em processos de descontaminação
• Sistema de Descontaminação de Carcaça de
Transformadores
• Fabricação de Negro de Fumo
TESTE DE QUEIMA
Queima experimental antes do incinerador
entrar em operação normal ou antes de se
incinerar um resíduo não especificado na
licença e onde se verifica o atendimento aos
padrões de desempenho estabelecido
Pontos de Avaliação de POPs
durante um Teste de Queima
• Efluentes gasosos
• Cinzas e escórias - em função das
características do resíduo e dos
equipamentos de processo
• Efluente líquidos e lodo dos
equipamentos de controle de
poluição do ar
Metodologia para amostragem de
efluentes gasosos
• Dioxinas e Furanos:
USEPA 23
• Compostos Orgânicos
Semi-Voláteis: CETESB
L9.232
• Compostos Orgânicos
Voláteis: USEPA 30
• Hidrocarbonetos Totais:
USEPA 18 e/ou 25A
Número de fontes com acompanhamento
de amostragem de chaminé
30
25
20
15
10
5
0
2000
2001
2002
2003
Fonte: Cetesb - Relatório Anual do
Setor de Avaliação de Tecnologia do
2004
Distribuição de monitoramento
de efluentes gasosos
2002
36%
46%
18%
Testes de Queima
Indústrias que manipulam chumbo
Demais fontes fixas
Fonte: Cetesb - Relatório Anual do
Setor de Avaliação de Tecnologia do
Monitoramento das Emissões Gasosas por tipo de
Fonte (2000 a 2004)
14
12
10
8
6
4
2
0
1
2
3
4
5
Fornos e Caldeira que queimam resíduos indústriais e descontaminação de áreas
Incineradores de Resíduos Perigosos Indústriais
Incineradores de Resíduos de Serviços de Saúde
Co-processamento em Fornos de Cimento
INCINERADORES DE
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
• 04 unidades prestadoras
de serviços à terceiros
• 05 unidades para os
resíduos gerados em
processos industriais
específicos
(Incineradores Cativos)
INCINERADORES DE
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
• 1985 - instalado o primeiro incinerador
• 1987 - primeiro Teste de Queima
• Década de 90 são instalados os demais
incineradores no Estado de São Paulo
• em 1996 - é realizado o primeiro teste para
avaliação de dioxinas e furanos em virtude da
solicitação de licenciamento de recebimento de
PCBs em um dos quatro incineradores licenciados
para queima de resíduo de terceiros
INCINERADORES DE
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Legislação - Dioxinas e Furanos
• Incineradores “cativos”instalados no Estado de
São Paulo, estabelecido na Licença de Instalação o
padrão de de 0,14 ng/Nm3, base seca a 7%
oxigênio, expresso como 2,3,7,8 TCDD
(tetraclorodibenzo-p-dioxinas)
• Resolução CONAMA 316 de 29/10/02, estabelece
um padrão de emissão de 0,50 ng/Nm3, base seca
a 7% oxigênio, expresso como 2,3,7,8 TCDD
(tetraclorodibenzo-p-dioxinas)
INCINERADORES DE
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
• Os incineradores “cativos” passam a
realizar testes para dioxinas e furanos em
intervalos anuais ou bienais, em função da
localidade e características do resíduo
• A partir de 2005, em função da nova
legislação todos deverão monitorar dioxinas
e furanos no mínimo a cada 02 anos
Incineradores Cativos
Resultados de Dioxinas e Furanos
(ng/Nm3, base seca a 7% de O2, expresso como 2,3,7,8 TCDD)
Unidade A
Unidade B
Unidade C
Unidade D
Unidade E
Padrão de
emissão
0,8
0,6
0,4
0,2
0
Fonte: Cetesb Pt 031/03/EEAR,
490/03/ETQR/EEEL, 054/04/ETQR
INCINERADORES DE
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Legislação - PCBs
• NBR 11.175 (antiga NB 1265 de dez/99)
estabelece uma eficiência de mínima de
99,999% de remoção e destruição
• Resolução CONAMA 316 de 29/10/02,
estabelece uma eficiência mínima de
99,99% de remoção e destruição.
INCINERADORES DE RESÍDUOS
INDUSTRIAIS
Resultado dos Testes para PCBs - 1996
Taxa de alimentação de 80 kg/h (60% ascarel e 40% diesel)
• Conc. PCBs na escória
•
• Conc. PCBs no efluente gasoso
•
• Conc. D&F expressa como 2,3,7,8 •
TCDD a 7% O2 no efluente gasoso
• Conc. PCBs na torta do filtro
•
prensa
•
• Conc. PCBs no efluente líquido
•
• Conc. D&F no efluente líquido
•
• Eficiência de Remoção e Destruição
Fonte: Cetesb PT 027/96/EEEL
(EDR)
1.309 g/kg
3,265 ng/Nm3
0,22 ng/Nm3
7,817,0 g
1,34 ng/L
5,30 ng/L
> 99, 9999 %
INCINERADORES DE RESÍDUOS
INDUSTRIAIS
Resultado dos Testes para PCBs - 2000
Taxa de alimentação de 80 kg/h (50% ascarel e 50% diesel)
• Conc. PCBs na escória
• Conc. PCBs no efluente gasoso
• Conc. D&F expressa como 2,3,7,8
TCDD a 7% O2 no efluente gasoso
• Conc. PCBs na torta do filtro
prensa
• Conc. PCBs no efluente líquido
• Eficiência de Remoção e
Destruição (EDR)
Fonte: Relatório de Resultados de
Teste de Queima apresentado pela
• 568 g/kg
• 7,9 ng/Nm3
• 0,98 ng/Nm3
• < 33 g/kg
• < 1,0 ng/L
• > 99, 9999 %
INCINERADORES DE RESÍDUOS
INDUSTRIAIS
Resultado dos Testes para PCBs - 2002
Taxa de alimentação de 62 kg/h
• Conc. PCBs na escória
• Conc. PCBs no efluente gasoso
• Conc. D&F expressa como 2,3,7,8
TCDD a 7% O2 no efluente gasoso
• Conc. PCBs na torta do filtro
prensa
• Conc. PCBs no efluente líquido
• Conc. D&F no efluente líquido
• Eficiência de Remoção e
Destruição (EDR)
Fonte: Relatório de Resultados do
Teste de Queima apresentado pela
• 4.400 g/kg
• • 17,3 ng/Nm3
• 82 g/kg
• • • -
INCINERADORES DE
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE
SAÚDE
• 03 unidades prestadoras
de serviços à terceiros
com capacidade superior
a 1.500 kg/dia de
Resíduos de Serviços de
Saúde (RSS)
• 1999 - 1° Teste para
avaliação de Dioxinas e
Furanos
INCINERADORES DE RESÍDUOS DE
SERVIÇOS DE SAÚDE
Legislação - Dioxinas e Furanos
• Incineradores com capacidade > 1500 kg/dia
instalados no Estado de São Paulo, estabelecido na
Norma CETESB E15.011 (fev/1997) o padrão de de
0,14 ng/Nm3, base seca a 7% oxigênio, expresso
como 2,3,7,8 TCDD (tetraclorodibenzo p-dioxinas)
• Resolução CONAMA 316 de 29/10/02, estabelece
um padrão de emissão de 0,50 ng/Nm3, base seca a
7% oxigênio, expresso como 2,3,7,8 TCDD
(tetraclorodibenzo p-dioxinas)
Incineradores de RSS
Resultados de Dioxinas e Furanos
(ng/Nm3, base seca a 7% de O2, expresso como 2,3,7,8 TCDD)
Unidade A
Unidade B
Unidade C
Padrão de
emissão
0,15
0,1
0,05
0
Fonte: Cetesb Pt 099/00/EEAR
Co-processamento de resíduos
em fornos de cimento
• 02 unidades licenciadas
• 01 unidade licenciada somente para pneus
• 02 unidades em processo de licenciamento
Co-processamento de Resíduos em
Fornos de Cimento - Legislação
• Resolução CONAMA 316 de 29/10/02, estabelece um
padrão de emissão de 0,50 ng/Nm3, base seca a 7 %
oxigênio,
expresso
como
2,3,7,8
TCDD
(tetraclorodibenzo p-dioxinas)
• Norma CETESB P4.263 de dezembro de 2003,
estabelece um padrão de emissão de 0,1 ng/Nm3, base
seca a 11 % oxigênio, expresso como 2,3,7,8 TCDD
(tetraclorodibenzo p-dioxinas)
• Resolução CONAMA 264 de 1999, proíbe o coprocessamento de resíduos com PCBs
Co-processamento em Fornos de Cimento
Unidade 1
Resultados de Dioxinas e Furanos
(ng/Nm3, base seca,, expresso como 2,3,7,8 TCDD)
0,6
a 7% de O2
0,4
CONAMA
0,2
a 11% de O2
0
• Alimentação de farinha – 100 t/h
• Alimentação de combustível – 5 t/h
• Alimentação de resíduo – 3,7 t/h
Fonte:Cetesb PT 137/04/ETQR
CETESB
Co-processamento em Fornos de Cimento
Unidade 2
Resultados de Dioxinas e Furanos
(ng/Nm3, base seca,, expresso como 2,3,7,8 TCDD)
0,6
a 7% O2
CONAMA
a 11% O2
CETESB
0,4
0,2
0
• Alimentação de farinha – 97 t/h
• Alimentação de combustível – 4 t/h
• Alimentação de resíduo – 3 t/h
fonte:Cetesb PT 128/04/ETQR
Caldeiras e fornos destinados a
queima de resíduos industriais
perigosos
• São utilizados os mesmos critérios e
legislação utilizados nos incineradores de
resíduos industriais, considerando a
localização da fonte e as características do
resíduo utilizado.
Equipamentos de controle de poluição
do ar instalados em áreas em
processos de descontaminação
• São utilizados os mesmos critérios e
legislação utilizados nos incineradores de
resíduos industriais, considerando a
localização da fonte e as características
dos
equipamento
utilizado
na
descontaminação da área.
Tratamento Térmico – Extração do Solo
Resultados de Dioxinas e Furanos
(ng/Nm3, base seca a 7% de O2, expresso como 2,3,7,8 TCDD)
1,4
1,2
1
0,8
1a coleta
2a coleta
3a coleta
0,6
0,4
0,2
0
2001
2002
2004
Fonte:Cetesb PT 020/02/EEAR,
077/03/EEAR e 231/04/ETQR
Sistema de Descontaminação de
Transformadores por processo de
lavagem com solventes
• 01 unidade no Estado de São Paulo (desativada em
2003/2004)
• Temperatura de vaporização entre 130 a 110 C
• Equipamento de Controle de Poluição do Ar: filtro
com carvão ativado
• amostragens dos efluentes gasosos a cada 06 meses
para os parâmetros PCBs, Dioxinas e Furanos,
Triclorobenzeno e Percloroetileno.
Sistema de Descontaminação de Transformadores
por processo de lavagem com solventes
Resultados de Amostragem em Chaminé
• PCBs
•
(bifenila policlorada)
• TCBs
•
(triclorobenzeno)
• PCE
•
(percloroetileno)
• Dioxinas e Furanos •
45,6 g/Nm3, base seca
670 g/Nm3, base seca
17.838,0 g/Nm3, base
seca
< 0,073 ng/Nm3, base seca,
expressos como 2,3,7,8
TCDD
Fabricação de
Negro de Fumo
• Estabelecimento de obrigatoriedade
na renovação da Licença de
Operação e Instalações novas de
quantificação de benzo-a-pireno no
efluente gasoso das unidades
Resultado de Benzo-a-pireno
fabricação de Negro de Fumo
0,7
0,6
0,6
0,6
0,5
0,4
0,361
 Concentração (ng/Nm3,
base seca) para uma
produção de 4027 kg/h
de negro de fumo
 Concentração (ng/Nm3,
base seca) para uma
produção de 3407 kg/h
de negro de fumo
 Taxa de emissão (g/h)
para a produção de 4027
kg/h de negro de fumo
 Taxa de emissão (g/h)
para a produção de 3407
kg/h de negro de fumo
0,35
0,3
0,2
0,1
0
Fonte: Cetesb - Pt 187/04/ETQR
Microondas
• Unicamente para tratamento de Resíduos de
Serviços
de
Saúde
Monitoramento
microbiológico no efluente líquido
• Avaliação da inativação microbiológica no
resíduo Monitoramento de Hidrocarbonetos
Totais, expressos como n-hexano, no
efluente gasoso
• Resultados na faixa de 140 a 40 ppm
• Padrão de emissão de 100 ppm (Canadá)
Autoclave
• Exclusivo para tratamento de Resíduos de
Serviços de Saúde
• Monitoramento microbiológico no efluente
líquido
• Avaliação da inativação microbiológica
durante a operação (eficiência do processo)
• Proibida a emissão de substâncias odoríferas
para a atmosfera
MONITORAMENTO DE POPs
LABORATÓRIO DE QUÍMICA ORGÂNICA
• Programa de Monitoramento Global de POPs da
UNEP
• Área: 470 m2 Análises: 40.000 / ano
• Equipamentos: CG com detectores: FID, ECD,
HECD, NPD, PID, FPD, MS; HPLC detector
fluorescência,
UV,
DAD;
espectrometro
infravermelho e UV visível, analisadores de TOC,
TOX e EOX
• Corpo Técnico: 07 Químicos; 01 Eng. Químico,
01 Farm. Bioq.; 09 Técnicos; 02 Admiministrativo
MONITORAMENTO GLOBAL DE POPs
ÁGUA:Subterrânea, superficial, residuária e potável
No parâmetros/ano
• Pesticidas
Organoclorados
• Organofosforados
• Herbicidas fenoxi
acido clorados
• Bifenilas policloradas
13.318 compostos
576 compostos
48 compostos
1. 414 congêneres
MONITORAMENTO GLOBAL DE POPs
ÁGUA:Subterrânea, superficial, residuária e potável
No parâmetros/ano
• Trihalometanos
• Fenóis clorados
**
285 compostos
• Orgânicos aromáticos
voláteis (VOCs)
25.338 compostos**
• Hidrocarbonetos
policíclicos aromáticos
5.785 compostos
MONITORAMENTO GLOBAL DE POPs
SOLO, SEDIMENTO E RESÍDUO SÓLIDO
• Pesticidas Organoclorados (2.288 compostos)
•
Bifenilas Policloradas (504 congêneres)
•
Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (708 compostos)
• Fenóis (286 compostos)
•
• Orgânicos Aromáticos Voláteis (VOC’s)(1.368 compostos)
Test Methods for Evaluating Solid Waste, Physical/Chemical Methods SW
846, última edição
MONITORAMENTO GLOBAL DE POPs
• Pesticidas Organoclorados
HCH (, , );Lindano; Clordano;DDE;DDT;DDD; Dieldrin;
Aldrin; Endosulfan; Endrin; Heptacloro; Heptacloro epoxi;
Metoxicloro; Mirex; Toxafeno; Hexaclorobenzeno
• Bifenilas Policloradas
Arocloro: 1016;1221; 1232; 1242;1248;1254;1260;
2,4,4´- Tricloro Bifenila; 2,2`,5,5`-Tetraclorobifenila;
2,2´,4,5,5´-Pentaclorobifenila; 2,3´,4,4´,5 – Pentacloro
Bifenila; 2,2,3,4,4,5-Hexaclorobifenila; 2,2,4,4,5,5´Hexaclorobifenila; 2,2`3,4,4`,5,5`-Heptaclorobifenila
• Dioxinas e Furanos
Laboratório em implantação
CONTROLE DE QUALIDADE
ANALÍTICA
• Performance do método, calibração do
equipamento, amostras de controle do
laboratório, branco, spike de matriz,
duplicata, surrogate.
• Ensaios de proficiência
• Preparo para acreditação pelo INMETRO
na Norma ISO/IEC 17025
RESOLUÇÃO CONAMA 20 - ÁGUAS
1986 e 2004
•
•
•
•
•
Aldrin/dieldrin
Endrin
PCBs
clordano (cis e trans)
DDT (p,p´-DDT, DDE,
DDD)
• endosulfan
• mirex
• heptacloro/heptacloro
epóxido
• hexaclorobenzeno
• toxafeno
Padrões variam de acordo
com a classe
• Recomenda-se análise
de sedimento e biota
Necessário aperfeiçoar
as metodologias para
essas matrizes
• Proibido lançamento
de POPs em efluentes
RESOLUÇÃO CONAMA 20 - ÁGUAS
1986 e 2004
DIOXINAS E FURANOS
• Não foi estabelecido padrões
• Lançamento de efluentes: usar a
melhor metodologia disponível para
tratamento com vistas à sua eliminação
Obrigada !
Gracias !
Thank you !
Maria Cristina Poli
Setor de Avaliação de Tecnologia do Ar, Ruído e Vibrações
CETESB - Brasil
[email protected],gpv.br
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POPs MONITORAMENTO DE EFLUENTES GASOSOS