SOCIOLOGIA
Turma N3
Professor Tiago Amorim
Cultura de Massas no Século XX
Edgar Morin
• Edição Brasileira de “O ESPÍRITO DO TEMPO”
• Ano de publicação: 1975
• 3ª edição – 2006 – Rio de Janeiro/RJ
• Volume 2: Necrose
• Editora: Forense Universitária
• Colaboração: Irene Nahoum
• Tradução: Agenor Soares Santos
Sobre o autor
Edgar Morin
•
É filósofo, sociólogo, antropólogo e historiador francês nascido
em Paris, onde cresceu, estudou e construiu uma rica carreira
acadêmica.
•
Pesquisador emérito do CNRS (Centre National de la Recherche
Scientifique). Formado em Direito, História e Geografia, realizou
estudos em Filosofia, Sociologia e Epistemologia. Autor de mais
de trinta livros, entre eles: O método (6 volumes), Introdução ao
pensamento complexo, Ciência com consciência e Os sete
saberes necessários para a educação do futuro.
•
É considerado um dos principais pensadores contemporâneos e
um dos principais teóricos da complexidade.
•
Morin insiste que a reforma do pensamento é uma necessidadechave da sociedade. É a reforma do pensamento que permitiria
o pleno emprego da inteligência, de forma que os cidadãos
possam realmente entender e enfrentar os problemas
contemporâneos.
• POR QUE NECROSE?
- Uma verdadeira NECROSE operou-se no
organismo cultural de nossa sociedade ocidental.
NECROSE, no sentido de decomposição de um
órgão que pertence a um organismo ainda vivo.
• A obra trata das transformações na infra-estrutura
cultural da nossa sociedade. Essas transformações
iniciam-se na década de 60, e tem sua erupção de
1965 a 1970 e segue seu curso até os dias atuais.
• Lançamento de bases metodológicas e
epistemológicas (origem) da uma nova
abordagem do sistema de Cultura.
1ª PARTE
Sociologia do Presente e Sociologia da Cultura
• A Crise - A Cultura passa a perder seu caráter
homogeneizante, unificado, integrado e
euforizante.
- A “febre” marxista.
Contexto Histórico :
O Maio de 68
• “Maio de 68 seria uma crise de atraso e de
bloqueio ao desenvolvimento da sociedade
industrial e não o fruto desse desenvolvimento, e a
hipótese máxima, que vê em Maio de 68 uma
irrupção premonitória, à vista de todos, da doença
incurável dessa sociedade.” (p. 25)
“É PROIBIDO PROIBIR”
• O Acontecimento - “O acontecimento, do ponto
de vista sociológico, é tudo aquilo que não se
inscreve nas regularidades estatísticas.” (p. 27)
“Acontecimentos decisivos marcam a constituição,
a formação de uma personalidade.” (p. 61)
“(...) a personalidade se forma e se modifica em
função de três séries de fatores:
- Hereditariedade genética;
- Herança Cultural;
- Acontecimentos e eventualidades.” (p. 61)
• A Ideia – Mitologias, literaturas, religiões, ideologias.
As nossas ideias nos movem, e movem também o
Mundo:
“(...) podemos tornar-nos escravos das nossas
ideologias.” (p. 73)
• A Cultura – “(...) a cultura se oporia ao tecnológico
e reagruparia crenças, ritos, normas, valores,
modelos de comportamento (...)” (p. 76)
“Nossa sociedade é policultural: há a cultura das
humanidades, a Cultura Nacional, (...), as Culturas
religiosas, as culturas políticas, a cultura de
massas.” (p. 79)
CULTURA DE MASSAS # CULTURA ILUSTRADA
A INTELLIGENTSIA: Classe “pensante”. Defende que
o conhecimento não está presente apenas nas
bibliotecas, universidades, colégios, e sim em todos
os lugares que o indivíduo possa estar.
A CRISE CULTURAL
• Crise na Cultura Ilustrada – Seus adeptos passam a
enxergar muita fantasia nas artes, o que foge
bastante da realidade em que vivem.
• Uso burguês da Cultura – A cultura vista agora
como produto.
• Por uma Democratização Cultural.
• O marginal, o pobre, o desvalorizado “encontra na
cultura o meio de exprimir ou de sublimar seu
problema.” (p. 99)
2ª PARTE
A Metamorfose Cultural
• A Metamorfose da Cultura de Massas:
A Indústria Cultural passa a ser objeto de lazer para
os Indivíduos: “A Cultura de Massas hoje se estende
para fora do estrito campo dos meios de
comunicação de massa e envolve o vasto universo
do consumo e dos lazeres (...)” (p. 113)
• A “Nova Gnose”:
Adaptação da Astrologia e tudo que a envolve
(alquimia, quiromancia, vidência, telepatia) no
mercado cultural.
3ª PARTE
A Brecha Cultural
• Tendências e Contratendências: “(...)a tendência
é, por uma parte, um feedback positivo, um desvio
que cresce por si mesmo; mas seu desenvolvimento
é contido, combatido, freado pelos feedbacks
negativos, do contrário ela seria epidemia,
descontrole(...)” (p.128)
• A Crise Juvenil – A Questão da Adolescência
Os Adolescentes, os jovens vistos como novos atores
histórico-sociais na construção cultural e social da
humanidade.
“(...) afirma-se no jovem, uma tendência à
emancipação, não uma emancipação que lhe
permitirá que ele se torne adulto, mas uma
emancipação que lhe permitirá ser igual aos adultos,
isto é, igual a eles em direito e em liberdade.” (p. 140141)
- Os Movimentos Estudantis pelo mundo.
O jovem da década de 60
• A Crise Feminina – FEMINILIDADE # FEMINISMO
“(...) a mulher é também homem, sem deixar de ser
mulher (...)” (p. 157)
“O papel da intelligentsia feminina não tem podido ser
eficaz senão com a socialização da mulher. Esta
socialização se desenvolve essencialmente com a
entrada maciça da mulher no mercado de trabalho
(...) A socialização é em grande medida acelerada
pelas duas guerras mundiais, nas quais as mulheres
tomam iniciativas de toda ordem na ausência dos
homens (...) A socialização se acentua com a entrada
das mulheres na política geral (direito ao voto) e com
sua entrada no circuito da comunicação cultural de
massa.” (p. 161-162)
• A Crise Ecológica – A fuga do homem urbano para a
Natureza: “Fugere Urbem” – Uma subversão dos
valores.
• Neo-Arcaísmo: natureza – rusticidade – arcaísmo.
“É sobretudo fora da cidade que o neo-arcaísmo
procura se satisfazer por soluções que combinam o
ecossistema natural e o ecossistema urbano.” (p. 180)
• A Consciência Ecológica – O Alerta.
Conclusão : A Crise Atual
• “Assim, atualmente a sorte da nossa sociedade
está entregue à casualidade.” (p. 198)
Inconclusão: o Futuro
• A Revolução Cultural deve contribuir para
reinterrogar e reformar a ideia de revolução.
• Faz-se necessário revolucionar a ideia de cultura:
“esta cessa de ser considerada com um
epifenômeno reflexo, uma simples superestrutura,
como se viu; a cultura, enquanto conjunto de
princípios, normas, regras, modelos aparece como
infra-estrutura gerativa das nossas sociedades, que
orienta, dá forma à vida cotidiana, às nossas
existências...” (p. 204)
• Morin nos deixa uma questão:
“Estamos no princípio de uma nova era, da
verdadeira grande revolução que suprimiria as
relações de exploração entre os homens?” (p. 204)
Referências
•
MORIN, Edgar. Cultura de massas no século XX: o espírito do tempo. Vol.
II – Necrose. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1975.
•
PASCHOAL, Domingos. Cegalla (Dicionário Escolar). 1ª ed. São Paulo:
Companhia Editora Nacional, 2005.
•
DUTRA, Fernanda. Cultura de massas e outras culturas: as concepções
contemporâneas de Edgar Morin e Néstor García Canclini sobre a
cultura de massas. Artigo com orientação da Prof. Dra. Gislaine da Silva
– UFSC, 2008. (Disponível em:
http://www.unipam.edu.br/cratilo/images/stories/file/artigos/2008_1/Cult
ura_de_massa_e_outras_culturas.pdf (Acesso em 17/05/2011)
•
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u396741.shtml (Acesso
em 30/05/2011)
•
http://www.adorocinema.com.br (Acesso em 02/06/2011)
•
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arcadismo (Acesso em 06/06/2011)
•
http://www.rodaviva.fapesp.br/materia/49/entrevistados/edgar_morin_2
000.htm (Acesso em 06/06/2011)
OBRIGADO!!!
Acadêmica:
Evelyn Dias de Oliveira
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