Everolimus para tratamento de
câncer de mama metastático, em
mulheres pós menopausa, receptor
hormonal positivo
Rol 2016 – ANS
Rio – 03/03/2015
Justificativa para a revisão
1. Consta do Rol RN 338/2013  Câncer de mama metastático
receptor hormonal positivo após falha de primeira linha
hormonal, em associação com exemestano
2. Indicação de bula ANVISA* – a) Mulheres na pós-menopausa
com câncer de mama avançado, receptor hormonal positivo, em
combinação com um inibidor da aromatase, após terapia
endócrina prévia. b) Pacientes com tumores neuroendócrinos
avançados em estômago e intestino, pulmão ou pâncreas. c)
Pacientes com Carcinoma avançado de Células Renais cuja
doença tenha progredido durante ou após o tratamento com
VEGFR -TKI, quimioterápicos ou imunoterápicos. d) Astrocitoma
subependimário de células gigantes (SEGA, um tumor cerebral
específico) associado à esclerose tuberosa (TS).
http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=61450
22014&pIdAnexo=2140325
Agências de avaliação
câncer de mama associado a examestano
1. CONITEC – não recomendado e não incorporado para câncer de
mama.
2. NICE – Reino Unido – não recomendou seu uso
3. Austrália – Está sendo analisada para incorporação no sistema de
saúde do país (uso tutelado) para a indicação requerida
4. Canadá – Está sendo analisada para incorporação no sistema de
saúde do país (uso tutelado) para a indicação requerida
5. Comitê de farmacoeconomia francês não recomendou por falta
de qualquer avanço terapêutico em relação às drogas existentes
Literatura
1. Duas publicações do ensaio clínico, randomizado,
duplo-cego, placebo controlado e financiado pelo
fabricante.
2. Objetivo primário  sobrevida livre de progressão
3. Sigilo de alocação não descrito
4. Não foi descrita análise por intenção de tratar.
N Engl J Med. 2012;366(6):520 e Ann Oncol 2014;25(12):2357
Resultados
1. SLP (avaliação local) = 6,9 m versus 2,8 meses – HR
0,43 (CI95% 0,35 a 0,54)
2. SLP (avaliação central) = 10,6 m versus 4,1 meses – HR
0,36 (CI95% 0,27 a 0,47)
3. IMPORTANTE SALIENTAR QUE A MUDANÇA DE
RADIOLOGISTA (CENTRAL VERSUS LOCAL) CAUSA A
MESMA DIFERENÇA NOS RESULTADOS QUE O
PRÓPRIO MEDICAMENTO.
N Engl J Med. 2012;366(6):520
Resultados – Segunda publicação
1. Seriam necessários 398 eventos para demonstrar ganho de
sobrevida global.
2. No tempo da análise final, havia registro de 410 eventos
(número suficiente)
3. Everolimus+ examestano – 31,0 meses (CI95% 28,0 a 34,6)
Placebo + examestano – 26,6 meses (CI95% 22,6 a 33,1)
Ann Oncol 2014;25(12):2357
Ann Oncol 2014;25(12):2357
Eventos adversos
Descontinuidade: EVE 29% versus PLA -5%
Eventos grau III/IV: 55% versus 29%
Mortes em tratamento: 22 versus 4 com placebo
Ann Oncol 2014;25(12):2357
Mortes em tratamento
22 com everolimus
14 progressão do câncer
8 eventos adversos
PNM(2)
Sepsis (2)
Sangramento tumoral
AIT
Insuficiência renal
Suicídio
4 placebo
3 progressões
1 pneumonia
Ann Oncol 2014;25(12):2357
Câncer de mama metastático, RH+, associado a examestano
O que foi
proposto
Resultado¹
Recomendação
Porque
Everolimus +
examestano
EFICÁCIA
SLP*: ganho de 4 meses
(avaliação local) e 6 meses
(avaliação central)
Não
o Análise central vs local
com diferença
semelhante ao “ganho”
obtido em SLP
o Sem ganho de sobrevida
global
o Perfil de toxicidade
preocupante, inclusive
com mais óbitos
associados ao everolimus
o NICE não recomenda
SG**: sem diferença entre
os grupos
SEGURANÇA
Eventos adversos grau
III/IV. EVE-55% vs
PLA29%
QUALIDADE DE VIDA
Não avaliada
*N Engl J Med. 2012;366(6):520
**Ann Oncol. 2014 Dec;25(12):2357-62
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