Profª Lina Sue Matsumoto
Psicóloga no AMBAN-IPq-HCFMUSP
Psicóloga no PROATA-UNIFESP
Aprimorada em Tr. Alimentares (IPq-HC-FMUSP).
E-mail: [email protected]
Celular (11) 98660.1234
Gonçalves, O. Psicoterapia Cognitiva
Narrativa: Manual de Terapia Breve.
Campinas:Editorial Psy. 1998
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1) Permitir uma comparação mais objetiva de diferentes psicoterapias,
2) Permitir analisar em que medida um dado terapeuta está seguindo o
que é proposto por uma dada psicoterapia.
3) Facilitar o processo de formação de terapeutas.
2) Apresentam técnicas utilizadas em cada sessão com o grau suficiente
de operacionalização de modo a atingir os objetivos enunciados.
3) Operam habitualmente em tempo-limite, definindo o nº de sessões
para a realização de cada objetivo terapêutico.
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1) Descrevem com bastante detalhe os objetivos de cada sessão.
Características específicas do cliente, do terapeuta e do processo.
1) Uma intervenção terapêutica desta natureza é limitada no espectro
da sua aplicação clínica (+ flexivel  - estruturada)
2) O terapeuta treinado na aplicação desses manuais poderá perder
grande parte da flexibilidade que é exigida de um terapeuta no
contexto ecologicamente inserido na prática clínica.
“...nós podemos nos beneficiar do uso de técnicas
específicas, mas devemos permanecer cautelosos
em não dar poder excessivo a qualquer
instrumento a ponto de subjugar
em lugar de servir o seu utilizador”
Mahoney (1991)
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3) Limitação frente à excessiva estandardização e diretividade do
processo manualizado (riqueza do processo = “aqui e agora”).
Qual? Origem? Evolução?
Vida pessoal, relacional, profissional, lazer...
História escolar, relacional, conjugal, médica...
Complementar o tratamento médico-psicofarmacológico,
Ajudar a ver outras possibilidades de funcionamento e da vida,
Aprender a viver de um modo mais saudável e adaptativo.
Nº e periodicidade das sessões, importância regularidade e tarefas.
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Qual é o atual? Outros no passado?
1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão.
2) Modelar o trabalho de recordação.
3) Exercício de imaginação guiada através da vida.
4) Início do trabalho de recordação através da vida,
5) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de
casa.
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Desenvolvimento de uma atitude de recordação episódica
(através da vida)
Exercício de imaginação guiada através da vida.
“Vou lhe pedir que encontre uma posição confortável e
relaxante... Vou lhe pedir que deixe tranquilamente cair as
suas pálpebras até que os seus olhos estejam
completamente fechados... Respire profundamente duas
vezes para libertar a tensão e repare como as suas pálpebras
ficam mais pesadas cada vez que expira... Respire
normalmente, deixando que passe por entre os lábios...
Inspire... Expire... Inspire... Expire... Deixe agora que todo o
seu corpo relaxe profundamente... As suas mãos... Os seus
braços... A sua cabeça... O seu pescoço... Os seus ombros e
a parte superior das costas... O seu abdomen... As suas
pernas... E os seus pés... Deixe que o seu corpo relaxe
completamente...”
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a) Indução de uma atitude de relaxamento;
Exercício de imaginação guiada através da vida.
“Centre agora a sua atenção nas imagens e pensamentos que lhe
vêm à cabeça e deixe-os correr livremente... Vou lhe pedir
que use o som da minha voz para recordar episódios da sua
vida... Vou começar pelo dia de hoje e vou tentar ir tanto para
trás quanto possível, procure trazer os episódios para o
presente e relatá-los como se os tivesse vivendo no aqui e
agora... Procure agora recordar qualquer episódio que se
passou hoje...ontem...na semana passada...no ano
passado...há três anos...no início da sua vida adulta...na sua
adolescência...na sua meninice...na sua infância...o primeiro
episódio de que se recorda...”
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b) Regressão temporal com identificação de episódios no
presente e no aqui e agora;
Exercício de recordação através da vida,
a) Numerar papéis para cada ano de vida:
É solicitado ao cliente que enumere pequenos papéis para
cada ano da sua vida (de 0 até a idade atual)
b) Gerar episódios para cada ano de vida num período
máximo de 10 minutos:
c) Discussão do exercício de recordação através da vida:
No final, o terapeuta começa por solicitar ao cliente as suas
reações ao exercício e em seguida, que apresente suas
recordações anotadas.
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É solicitado ao cliente que anote um episódio para cada ano
de vida, na ordem que for mais conveniente, por um período
de 10’ (não é a localização temporal exata, mas a sequência
que constitui o elemento mais importante).
1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão,
2) Avaliar trabalho de recordação diária,
3) Avaliação do trabalho de recordação através da vida,
4) Identificação de uma NP,
5) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de
casa.
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
Avaliação do trabalho de recordação.
Identificação da narrativa-protótipo (NP).
1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão,
2) Avaliar trabalho de recordação diária,
3) Modelar o trabalho de objetivação,
4) Exercício de objetivação de narrativas diárias (ND),
5) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de
casa.
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
Avaliação do trabalho de recordação.
Início do trabalho de objetivação.
Exercício de objetivação de narrativas diárias
“O que é que está vendo? Que outras coisas vê?
O que é que está ouvindo? Que outros sons ouve?
Que cheiros está sentindo? Que outros cheiros sente?
Que sabores tem? Que outros sabores consegue identificar?
O que é que sente fisicamente? Que outras sensações físicas
ou táteis consegue identificar?”
d) Discussão do exercício de objetivação;
e) Repetição do exercício para outras narrativas.
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a) Indução de uma atitude de relaxamento;
b) Seleção de uma narrativa da semana;
c) Exploração das dimensões visuais, auditivas, olfativas,
gustativas, táteis/cenestésicas da experiência:
1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão,
2) Avaliar trabalho de objetivação das ND,
3) Objetivação da NP.
4) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de
casa.
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
Avaliação do trabalho de objetivação.
Objetivação da narrativa-protótipo.
1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão,
2) Avaliar trabalho de objetivação das ND.
3) Objetivação da NP.
4) Modelar o trabalho de Subjetivação Emocional.
5) Exercício de subjetivação emocional de ND.
6) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de
casa.
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
Avaliação do trabalho de objetivação das ND.
Início do trabalho de subjetivação emocional.
1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão,
2) Avaliar trabalho de subjetivação das ND,
3) Subjetivação emocional da NP:
a) Ativação Emocional
b) Focalização
c) Simbolização
4) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de
casa.
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
Avaliação do trabalho de subjetivação emocional.
Subjetivação emocional da narrativa-protótipo.
Subjetivação emocional da Narrativa-Protótipo.
escolheu e procure evocar as várias dimensões sensoriais da
experiência - O que é que está vendo? ...ouvindo? ...odores? “
2-Focalização: “Agora procure apreciar as sensações físicas,
sintonizando, desenvolvendo ou mesmo exagerando essas
sensações, movimentos ou expressões...”
3-Simbolização: “Procure agora identificar a palavra ou
símbolo que reflete apropriadamente aquilo que está
experienciando neste momento...”
c) Discussão do exercício de subjetivação emocional;
d) Repetição do exercício para outras narrativas.
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a) Foco na NP, exploração em termos de subjetivação emocional;
b) Na exploração da subjetivação emocional = 3 fases:
1-Ativação Emocional: “Voltemos agora à narrativa que vc
1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão,
2) Avaliar trabalho de subjetivação emocional das ND e NP.
3) Modelar o trabalho de subjetivação cognitiva.
4) Exercício de subjetivação cognitiva das ND:
a) Listagem de pensamentos
b) Descasque da cebola
5) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de
casa.
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
Avaliação do trabalho de subjetivação emocional.
Início do trabalho de subjetivação cognitiva.
Subjetivação cognitiva das Narrativas Diárias.
a) Cliente escolhe uma das narrativas da semana; tendo em vista
a sua exploração em termos de subjetivação cognitiva;
b) Na exploração da subjetivação emocional = 2 fases:
1-Listagem de Pensamentos: “Voltemos de novo à
c) Discussão do exercício de subjetivação emocional;
d) Repetição do exercício para outras narrativas.
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narrativa da semana que vc escolheu e descreva-a nas suas
componentes sensoriais e emocionais... Procure agora
identificar o primeiro pensamento que lhe aparece associado a
essas imagens e emoções...“
2-Descasque da cebola: “Que pensamento lhe aparece
associado a esse... E agora, que pensamento surge associado
a esse último...”
1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão,
2) Avaliar trabalho de subjetivação cognitiva das ND.
3) Subjetivação cognitiva da NP:
a) Listagem de pensamentos
b) Descasque da cebola
4) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de
casa.
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
Avaliação do trabalho de subjetivação cognitiva.
Subjetivação cognitiva da narrativa-protótipo.
1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão,
2) Avaliar trabalho de subjetivação cognitiva das ND e NP.
3) Modelar o trabalho de metaforização.
4) Exercício de metaforização de ND.
5) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de
casa.
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
Avaliação do trabalho de subjetivação cognitiva.
Início do trabalho de metaforização.
Metaforização das Narrativas Diárias.
“Procure evocar as várias dimenaões sensoriais da
experiência... Agora procure apreciar as sensações físicas,
sintonizando, desenvolvendo ou exagerando essas
sensações, movimentos ou expressões... Procure agora
identificar a palavra ou símbolo que reflete aquilo que está
experienciando neste momento... Procure agora identificar
o primeiro pensamento que lhe aparece associado a essas
imagens e emoções... Que pensamento lhe aparece
associado a esse... E agora, que pensamento surge
associado a esse último... Etc...”
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a) Cliente escolhe uma das narrativas da semana;
b) Cliente retoma a objetivação e a subjetivação emocional e
cognitiva dessa narrativa:
Metaforização das Narrativas Diárias.
“Procure agora encontrar uma metáfora (um conceito, uma
coisa, um animal...) que constitua uma espécie de título que
simbolize os significados básicos dessa experiência para vc...
Que outras metáforas você poderia construir dessa
experiência?... Procure agora escolher uma metáfora que
constitua uma síntese das diversas metáforas produzidas (
metáfora de síntese)
d) Discussão do exercício de metaforização das ND;
e) Repetição do exercício para outras narrativas.
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c) Terapeuta procura levar o cliente a explorar os múltiplos
significados através das diversas metáforas que a experiência
proporciona:
1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão,
2) Avaliar trabalho de metaforização das ND.
3) Construção da metáfora de raiz.
4) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de
casa.
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
Avaliação do trabalho de metaforização.
Construção da metáfora da raiz (MR).
Construção da Metáfora de Raiz.
a) Cliente reexperiencia a sua narrativa-protótipo:
b) Terapeuta procura levar o cliente a explorar os múltiplos
significados que a experiência proporciona;
c) Construção da metáfora de raiz:
“Há alguma metáfora que poderia constituir uma síntese das
diversas metáforas produzidas, ou que surja como um
elemento central de significação da narrativa?”
d) Discussão do exercício de metaforização da NP.
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“Voltemos de novo à NP e descreva-a nas suas
componentes sensoriais e emocionais... Procure agora
identificar o primeiro pensamento que lhe aparece associado
a essas imagens e emoções... Que pensamento lhe aparece
associado à esse... E agora, que pensamento surge
associado à esse último, etc...”
1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão,
2) Avaliar o trabalho de enraizamento histórico da MR.
3) Construção da metáfora alternativa.
4) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de
casa.
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Avaliação do trabalho de enraizamento histórico da metáfora
de raiz.
 Construção da metáfora alternativa (MA).
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Construção da Metáfora Alternativa.
a) Cliente é encorajado a selecionar episódios em que funcionou
de modo alternativo à metafora de raiz:
“Procure agora selecionar um episódio da sua vida corrente e passada,
em que vc funcionou de um modo alternativo à metafora de raiz...
Que outros episódios vc é capaz de selecionar?”
b) Cliente é instruído a metaforizar esses episódios alternativos:
“Procure agora encontrar uma metáfora que constitua uma espécie de
título que simbolize os significados básicos dessa experiência para
vc? Que outras metáforas vc poderia construir dessa experiência?”
c) Cliente seleciona uma metáfora que gostaria de implementar
como uma metáfora alternativa de seu funcionamento:
“Procure agora selecionar uma metáfora que possa ser a síntese entre
essas que vc mencionou, ou a que melhor simbolize aquilo que vc
gostaria de implementar como metáfora alternativa em sua vida”
d) Discussão da implementação da metáfora alternativa.
1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão,
2) Avaliar o trabalho de identificação de narrativas exemplificativas da MA.
3) Avaliar o trabalho de enraizamento histórico da MA.
4) Projeção de narrativas alternativas.
5) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de
casa.
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 Aval. do trabalho de identificação de narrativas exemplificativas da MA.
 Avaliação do enraizamento histórico da MA.
 Projeção de narrativas alternativas (NA).
1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão,
2) Avaliar o trabalho de identificação de narrativas exemplificativas da MA.
3) Avaliar o trabalho de projeção da MA.
4) Projeção de narrativas alternativas.
5) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de
casa.
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 Aval. do trabalho de identificação de narrativas exemplificativas da MA.
 Avaliação da implementação da narrativa alternativa.
 Projeção de narrativas alternativas (NA).
1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão,
2) Avaliar o trabalho de identificação de narrativas exemplificativas da MA.
3) Avaliar o trabalho de projeção da MA.
4) Finalização do processo.
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 Aval. do trabalho de identificação de narrativas exemplificativas da MA.
 Avaliação da implementação da narrativa alternativa.
 Finalização do processo.
(Monk, 1997)
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Grandesso, M. A. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica... SP: Casa do Psicólogo,2000.
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“As histórias vividas
são sempre muito mais ricas
que qualquer possibilidade de relato sobre elas...
As experiências vividas,
quando excluídas das narrativas pessoais,
permanecendo não-historiadas,
não só deixam de ser notadas e, portanto,
de fazer diferença para a vida da pessoa,
como também permanece fora
das possibilidades de compreensão”
GONÇALVES, O. Psicoterapia Cognitiva Narrativa: Manual de
Terapia Breve. Campinas:Editorial Psy. 1998
As razões que a razão desconhece: Penso, logo engano-me?
http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aps/v15n1/v15n1a09.pdf
Narrativas protótipo e organização do conhecimento na depressão
http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/586/14/resumo.pdf
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Terapia Cognitiva Narrativa em grupos terapêuticos de mulheres
de 3ª idade: uma perspectiva sócio-clínica
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S180856872005000100005&script=sci_arttext&tlng=en
Profª Lina Sue ([email protected])
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Aula Marilene Grandesso