UNESC FACULDADES – ENFERMAGEM
NEFROLOGIA
PROFª FLÁVIA NUNES
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
• Incontinência urinária é o termo utilizado para pessoas
com perda involuntária da urina;
• A incontinência urinária é uma condição que afeta
dramaticamente a qualidade de vida, comprometendo
o bem-estar físico, emocional, psicológico e social. A
incontinência urinária pode acometer indivíduos de
todas as idades, de ambos os sexos e de todos os níveis
sociais e econômicos.
 É particularmente comum entre os idosos, ela pode
diminuir a capacidade de uma pessoa idosa de manter um
estilo de vida independente;
 Normalmente existe uma perfeita coordenação entre a
bexiga e o esfíncter (músculo que funciona como uma
válvula que fecha a uretra, impedindo a saída da urina).
 A maioria das pessoas possui completo controle sobre
esse processo, permitindo o enchimento da bexiga
entre 400 ml e 500 ml, sem que ocorram perdas
urinárias. Na fase de enchimento, a bexiga está
relaxada e o esfíncter contraído. Na fase de
esvaziamento da bexiga, é necessária uma perfeita
coordenação entre a contração do músculo da bexiga e
o relaxamento do esfíncter.
 Milhões de mulheres no Brasil e em todo o mundo
sofrem deste problema que causa a perda involuntária
de urina e pode interferir nas suas atividades e na sua
qualidade de vida. Uma vez que a incontinência
urinária é um sintoma, é importante informar ao
médico quando ocorre. Uma avaliação bem feita pode
determinar a causa da incontinência.
• Incontinência urinária é uma doença mais frequente
no sexo feminino e acomete tanto as mulheres na
quinta ou sexta década de vida, quanto mulheres
jovens. Atribui-se essa prevalência ao fato de a mulher
apresentar, além da uretra, duas falhas naturais na
musculatura do assoalho pélvico, o hiato vaginal e o
hiato
retal,
diferentemente
dos
apresentam apenas o orifício retal.
homens
que
 Isso faz com que a dinâmica da pelve feminina seja
mais delicada e os aparelhos esfincterianos (que
contrai o orifício de um órgão) bastante diferentes nos
dois sexos.
 Na mulher,a bexiga fica muito perto do
útero e a
uretra desemboca pouco acima da vagina. Por isso,
existe uma relação muito importante e direta entre a
bexiga e os órgãos do aparelho reprodutor feminino.
 Estima-se que mais de 8 milhões de brasileiros tenham
incontinência urinária, problema que pode acometer
homens e mulheres de todas as idades, raças e níveis
socioeconômicos. Entre as pessoas com idade superior
a 60 anos, acredita-se que de 30 a 60% tenham
incontinência.
• Gravidez, parto vaginal e episiotomia
A gravidez representa uma sobrecarga para todo o
sistema de sustentação e mecanismo de continência
urinária da mulher. Quanto mais gestações e quanto
mais peso a mulher ganhar durante a gravidez, maior
será a flacidez dos músculos e ligamentos que são
responsáveis tanto pela continência urinária, fecal e
pela sustentação dos órgãos pélvicos. Mesmo quando a
mulher não tem parto normal e só fez cesariana, ela
pode apresentar perda de urina pelo simples fato de ter
passado pela gestação.
 Além do ganho de peso excessivo e o número de
gestações, também contribuem para o aparecimento
da incontinência urinária o peso do bebê ao nascer, o
tempo de trabalho de parto e condições genéticas
específicas de cada paciente.
 Antigamente acreditava-se que a episiotomia (corte
que o obstetra faz no períneo na hora do parto)
diminuiria a possibilidade de incontinência urinária.
 Porém, vários trabalhos demonstraram o oposto e hoje
em dia só se realiza a episiotomia em último caso,
evitando lacerações. Sustentar os órgãos pélvicos,
manter a continência urinária e fecal e desencadear o
reflexo orgásmico na relação sexual são as três funções
da musculatura do períneo. Para preservá-las, é preciso
manter essa região fortalecida a vida inteira.
• MENOPAUSA
A micção frequente ou a perda de urina por esforço e a
incontinência urinária, que pode aparecer durante a
menopausa estão associadas ao enfraquecimento da
musculatura pélvica, que sustenta nossos órgãos. O
tratamento com estrogênios mostra melhora clínica e
pode até curar os sintomas da incontinência urinária.
• CIRURGIA GENITOURINÁRIA
Cirurgias ginecológicas podem estar associadas ao
desenvolvimento de incontinência urinária, em
decorrência dos danos à inervação pélvica e às
estruturas de suporte pélvico que a cirurgia pode
acarretar. Estudos com mulheres com idade entre 50 e
74 anos histerectomizadas relatam queixas urogenitais
moderadas e severas mais frequentemente do que as
não histerectomizadas.
 OBESIDADE
A obesidade potencializa e perpetua a incontinência
urinária, pelo aumento da pressão intra-abdominal.
• DIABETES MELITO
O mecanismo exato de como a diabetes atinge a
bexiga ainda está sendo estudado, mas as pesquisas
existentes hoje apontam para lesão dos nervos
responsáveis pelo funcionamento da bexiga, deixando
a bexiga mais “nervosa”, com uma grande tendência a
eliminar a urina rapidamente. Sendo assim os
sintomas são noctúria, urinar mais de dez vezes
durante o dia, ter vontade de urinar urgente e
impossível de adiar.
 Com o descontrole da glicemia por muito tempo, a
pessoa com diabetes começa a ter lesões nos nervos.
Assim que a bexiga enche até certo ponto, há
eliminação da urina a qualquer momento. Por isso, é
muito comum ouvir relatos de pessoas que em um
determinado
momento
estavam
com
uma
hiperglicemia muito elevada e que a vontade de urinar
era grande.
 EXERCÍCIO DE ALTO IMPACTO
O posicionamento incorreto dos ossos da bacia
durante os exercícios é o principal
fator do
aparecimento dessa disfunção nas mulheres mais
jovens e esportistas.
 Fraqueza muscular pélvica;
 Imobilidade;
 Distúrbios cognitivos como demência e doença de
Parkinson;
 Medicamentos como diuréticos, sedativos, opióides;
• Incontinência urinária de esforço – o sintoma inicial é a perda
de urina quando a pessoa tosse, ri, faz exercício, movimentase;
• Incontinência urinária de urgência – mais grave do que a de
esforço, caracteriza-se pela vontade súbita de urinar que
ocorre em meio as atividades diárias e a pessoa perde urina
antes de chegar ao banheiro;
• Incontinência mista – associa os dois tipos de incontinência e
o sintoma mais importante é a impossibilidade de controlar a
perda de urina pela uretra.
 As terapias comportamentais são a primeira escolha
para diminuir ou eliminar a incontinência urinária. Os
exercícios da musculatura do assoalho pélvico
representam o marco fundamental da intervenção
comportamental para abordar os sintomas da
incontinência de estresse, de urgência e mista.
 Esses exercícios precisam ser realizados 02 ou 03 vezes
por dia durante pelo menos 06 meses;
 São ensinados e acompanhados pelos médicos e
fisioterapeutas;
 Também são conhecidos como exercícios de Kegel;
 Para
a
incontinência
tratamento
é
urinária
farmacológico
e
de
urgência,
fisioterápico.
o
O
farmacológico pressupõe o uso ininterrupto de várias
drogas que contêm substâncias anticolinérgicas para
evitar a contração vesical. Esses remédios provocam
efeitos colaterais, como boca seca, obstipação e rubor
facial.
 A correção cirúrgica pode estar indicada nos pacientes
que não alcançaram a continência com o uso da terapia
comportamental e farmacológica;
 Muitos procedimentos envolvem levantar e estabilizar
a bexiga ou a uretra, visando restaurar a comunicação
entre eles; (SUSPENSÃO DE BEXIGA)
• A “cirurgia de Sling” ou simplesmente “Sling” consiste
na colocação de uma faixa por debaixo da uretra. A alça
vai servir de suporte nos momentos em que a uretra
sofrer pressão excessiva. Por exemplo, quando a pessoa
tosse, espirra ou levanta um objeto muito pesado,
todos os seus órgãos abdominais são empurrados para
baixo e isso inclui a bexiga e a uretra.
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