JUVENTUDE(S):
A JUVENILIZAÇÃO DA EJA
• A socialização do conhecimento
• Convite à reflexão sobre os sujeitos
jovens da EJA
Prof.ª Dra Olga Celestina
da Silva Durand
ELEMENTOS DA CONTEXTUALIZAÇÃO DA
JUVENTUDE BRASILEIRA
• A constituição brasileira-1988
• O Estatuto da Criança e do Adolescente –ECA- 1992
• LDB – 9394/96- EJA – modalidade de ensino da
•
•
•
•
•
educação básica
Programas de governo para juventude- Secretaria da
Juventude - Conselhos da Juventude – PROEJA –
PROJOVEM - PRIMEIRO EMPREGO - BRASIL
ALFABETIZADO
A constituição dos FÓRUNS
Os encontros do ENEJAS
As CONFINTEAS – V e VI
Direito dos jovens à participação social
AFINAL : O QUE NOS MOSTRA A
JUVENTUDE?
• Que existe muitas maneiras de ser jovem •
•
•
•
•
•
plural- diversificados- diferentes e que exigem
igualdade social
Que procuram a identidade Individual e coletiva
(processo de interação e conflito)
Que estão situados em uma condição e situação
juvenil
Que tem moratória social e vital
Pertencem a grupos culturais juvenis
E que são jovens de direito à participação social
Socialização e Sociabilidade
COMO A JUVENTUDE CHEGA NA
EJA?
• Sob o estigma da exclusão social e
usurpados dos seus direitos à educação
• Desescolarizada
• Defasada em série-idade
• Desempregada ou sub-empregada
• Trajetórias truncadas e específicas
• Estigma da Exclusão
O QUE A JUVENTUDE TRAZ?
• Conhecimentos construídos em diversos
espaços de socialização
• Desejo e interesse de ser ouvido
• Culturas específicas
• Valores distintos
• Pertencimentos a grupos Juvenis
• Códigos de linguagem e comunicação
• Vestimentas - adereços – músicas – gírias
próprios
O QUE NORMALMENTE ESSES
JOVENS ENCONTRAM?
• Adultos(sistema) que solicitam uma relação
•
•
•
•
intergeracional
Currículos rígidos e convencionais
Professores despreparados para trabalhar com a
condição juvenil
Conhecimentos sem significados para as suas
vidas
Escolas (núcleos) que não reconhecem as
culturas juvenis como possibilidades de
aprendizagens, inclusão e transformação social.
O QUE SIGNIFICA CONHECER O
JOVEM DA EJA?
• Que para além das propostas metodológicas,
•
•
•
•
eles devem ser paradigmas da construção do
conhecimento
Que eles constroem conhecimentos e
experiências fora da escola
Que são sujeitos e fazem parte da construção do
seu próprio conhecimento
Que são jovens e não crianças e adultos
E principalmente, que o acesso e permanência
na EJA, é um direito social.
O DESAFIO QUE TEMOS:
• Permanência do conhecimento sobre os sujeitos
jovens
• Reorganização curricular
• Trocas culturais e Geracionais
• Compromisso político e vigilância social
E, principalmente entendermos que:
• A presença dos Jovens na EJA exige das
instituições de escolarização, o fazer parte
dos projetos de vida dos Jovens, e ainda,
entender que estes estão exercendo seus
direitos a EB de qualidade, e não
somente te participando de um mero jogo
funcional de Correção de Fluxo.
E ainda que:
É fundamental preservar os espaços, os
tempos dos sujeitos jovens educandos da EJA,
com atenção e cuidado, pois entendo que
dessa forma se fortalece o sentido da sua
presença na instituição escolar-EJA. Eis o
desafio!!!!
(Carrano, 2007)
Prof. Drª. Olga Celestina da Silva Durand
[email protected]
BIBLIOGRAFIA:
•
ABRAMO, H.W. e BRANCO, P.P.M. (0rg.). Retratos da Juventude Brasileira. São Paulo, Ed. Fund.
Perseu Abramo, 2005
•
CARRANO, P. Educação de Jovens e Adultos e Juventude: O desafio de compreender os sentidos da
presença dos jovens na escola da “segunda chance”. Palestra proferida no IX ENEJA – Curitiba – PR,
2007
•
CHARLOT, Bernard. Os jovens e o saber: Perspectivas mundiais. Porto Alegre: Artmed, 2001.
•
DURAND, Olga C. e SOUZA, Janice T. Experiências Educacionais Juvenis: entre a escola e os grupos
culturais Juvenis. Revista Perspectiva: CED?UFSC. V20, p163. JUL/dez 2002
•
HADDAD, S. (Coord.).Novos Caminhos em Educação de Jovens e Adultos – EJA. São Paulo, Global
editora, 2007
•
PERSPECTIVA : Revista do Centro de Ciências da Educação. UFSC. vol 22, nº 2
•
SOARES, L. e outros. Diálogos na Educação de Jovens e Adultos, Belo Horizonte. Autêntica, 2005
•
SPÓSITO, M.P. (Coord.). Espaços e Tempos Juvenis: Um estudo de ações do poder público em
cidades de regiões metropolitanas brasileiras. Global editora, 2007
•
•
•
www.acaoeducativa.org.br
www.inep.gov.br
www.ufsc.br
Questões para fomentar o debate:
• De que forma a Juvenilização da EJA se manifesta na
instituição em que você atua?
• A instituição conhece a realidade os jovens que estão na
EJA? A que juventude eles pertencem? Quais as
possibilidades e limites deste conhecimento?
• Que ações poderiam ser desencadeadas pelos fóruns
municipais, regionais e Estadual?
Paulo Freire
• .... Não é possível refazer este País, democratiza-
lo, humanizá-lo, torna-lo sério, com jovens
(adolescentes) brincando de matar gente,
oferecendo a vida, destruindo o sonho,
inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não
transforma a sociedade, sem ela tampouco a
sociedade muda. Se a nossa opção é progressista,
se estamos favor da vida e não da morte, a
equidade e não da injustiça, do direito e não do
arbítrio, da convivência com o diferente e não de
sua negação, não temos outro caminho senão
viver plenamente a nossa opção. Encarná-la,
diminuído assim a distância entre o que fizemos e
o que fazemos...
Conceituando juventude
• SPOSITO (2002)
• ... É necessário reconhecer que, historicamente e
socialmente a juventude tem sido considerada como fase
de vida assinalada, por certa instabilidade, associada a
determinados problemas sociais. Contudo, o modo de
apreensão destes problemas também se modifica. As
representações correntes, segundo a autora, ora são
consideradas como características positivas dos
segmentos juvenis reponsáveis por novos paradigmas
sociais, ora salientam a dimensão negativa dos
“problemas sociais” e do seu tempo livre.
Conceituando..
• DURAND (2000) ... Uma noção corrente sobre
juventude, muito disseminada no senso comum,
identifica-a como um momento de transição da
infância para vida adulta, marcado pela crise e
conflito; às vezes como um grupo geracional que
tem como papel ser impulso vitalizador de
sociedade e, outras vezes, como modelo
cultural, porque são os jovens que introduzem
em primeira mão as transformações sociais,
exigindo da sociedade a efetivação dos seus
direitos.
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