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Católica
Portuguesa
Faculdade
de Ciências
Económicas
e Empresariais
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Economia Aplicada
MBA
Fernando Branco
Ano lectivo 2003-2004
Trimestre de Inverno
Sessão 3
Custos da Empresa
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Católica
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de Ciências
Económicas
e Empresariais
Custo contabilístico:
– Demonstração de Resultados
Custo económico:
– Valor da melhor aplicação alternativa dos
recursos (custo de oportunidade)
Função de custos:
– Custo mínimo para produzir cada
quantidade de produto.
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Economia Aplicada
Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 3
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A origem das funções de custo
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Como se podem obter as funções custo?
As funções custo estão associadas às
escolhas de proporções óptimas de
factores.
Tipos de custos.
Na prática as funções custo são
estimadas através de observações de
produções e de custos.
Economia Aplicada
Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 3
MBA
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Funções custo e
escolha de factores
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e Empresariais
K
Associado a cada
nível de produção
tem-se um custo
K2
mínimo:
K1
C (Q0 )  C0  PK K 0  PL L0 K0
C(Q1 )  C1  PK K1  PL L1
C(Q2 )  C2  PK K 2  PL L2
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Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 3
A2
A1
A0
L 0 L 1 L2
Q2
Q1
Q0
L
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Função de Custos
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de Ciências
Económicas
e Empresariais
C
CT
A2
C2
C1
C0
A0
Q0
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A1
Q1
Q2
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Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 3
Q
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Função Custo:
Análise algébrica
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Económicas
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Min PK K  PL L
Min PK K  PL L   Q  F ( K , L)
s.a. F ( K,L)  Q
F

 PK   K  0
Funções

K  K (Q, PK , PL ) procura de
F

0 
 PL  
L
L  L(Q, PK , PL ) factores

Q  F ( K , L)  0
Função custo:


C(Q, PK , PL )  PK K (Q, PK , PL )  PL L(Q, PK , PL )
Economia Aplicada
Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 3
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Função Custo:
Exemplo
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de Ciências
Económicas
e Empresariais
Min PK K  PL L

Min PK K  PL L   Q  AK  L
 
s.a. AK L  Q


1

    Q   
 PK  AK  1L  0  K    PL 
 


 A

  PK 

  1
0 
 PL  AK L

1


 
  PK     Q   
Q

AK
L

0



L  
 



P
 A

L 
1
Função custo:   
    
1




  
C (Q, P , P )      
P     P     Q1    
K
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L
 A  
 
 
    
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K
L
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Tipos de Custos
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Custo Fixo e
Custo Variável
Custo Total, Custo
Médio e Custo
Marginal
Custos de Curto e
de Longo Prazo
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Tipos de Custos
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 O custo fixo não
Custo Fixo e
varia com a
Custo Variável
quantidade
Custo Total, Custo
produzida
Médio e Custo
 O custo variável
Marginal
depende da
quantidade
Custos de Curto e
produzida.
de Longo Prazo
 Custos afundados.
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Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 3
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Custos Afundados
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Custos afundados surgem facilmente no
contexto de projectos de investimento.
Quando se avalia a possibilidade de parar
um projecto de investimento que está em
curso, os custos incorridos até então são
irrelevantes.
Exemplo: A Barragem do Alqueva
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Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 3
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A Barragem do Alqueva
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A Barragem do Alqueva é um projecto
muito antigo, estando finalmente já a
proceder-se ao enchimento da albufeira.
Durante várias décadas com avanços e
recuos alguns foram justificando o
interesse de se continuar a obra dados os
elevados custos já incorridos até então. De
facto esses custos eram irrelevantes: eram
custos afundados.
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Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 3
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Custos Fixos e Custos
Afundados
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 Não se devem confundir custos fixos com
custos afundados.
 No exemplo da Barragem do Alqueva os custos
afundados correspondem a todos os custos que
já haviam sido incorridos no passado, enquanto
que o reiniciar do processo pode ter custos
fixos.
 Nem sequer é o caso de os custos afundados
terem sido custos fixos nas fases anteriores.
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Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 3
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Tipos de Custos
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de Ciências
Económicas
e Empresariais
 O custo total é a
Custo Fixo e
soma dos custos fixo
Custo Variável
e variável.
Custo Total, Custo  O custo médio é o
custo por unidade
Médio e Custo
produzida.
Marginal
 O custo marginal é o
Custos de Curto e
custo de produção de
de Longo Prazo
uma unidade
adicional.
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Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 3
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Custos Total, Fixo e Variável
Universidade
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C
CT
CV
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de Ciências
Económicas
e Empresariais
CF
Q
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Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 3
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Custo Médio e Marginal
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C
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de Ciências
Económicas
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CMg
CMe
Q
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Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 3
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Tipos de Custos
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de Ciências
Económicas
e Empresariais
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Custo Fixo e
Custo Variável
Custo Total, Custo
Médio e Custo
Marginal
Custos de Curto e
de Longo Prazo
Economia Aplicada
Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 3
 O custo pode ser medido
no curto prazo, em que
alguns factores estão
fixos.
 Ou no longo prazo em
que todos os factores são
variáveis.
 Relação entre custos de
curto prazo e custos de
longo prazo.
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Função Custo de Curto Prazo:
Análise algébrica
Universidade
Católica
Portuguesa
Faculdade
de Ciências
Económicas
e Empresariais
Min PK K  PL L
s.a. F ( K ,L)  Q

Min PK K  PL L   Q  F ( K , L)
F
Função

0
 PL  
CP

L

L
(Q, K ) procura do
L

factor
Q  F ( K , L)  0

Função custo de curto prazo:
CCP (Q, PK , PL , K )  PK K  PL LCP (Q, K )
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Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 3
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
Função Custo de Curto Prazo:
Exemplo
Min PK K  PL L

Universidade
Católica
Portuguesa
s.a. AK L  Q
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de Ciências
Económicas
e Empresariais
  1

  1 
 PL  A K L  0
CP
1 
L A K Q

 

Q  A K L  0


Min PK K  PL L   Q  AK L
Função custo de curto prazo:
1 
C (Q, PK , PL , K )  PK K  PL A
CP
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Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 3
K
 
Q1 
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
Função Custo de Longo Prazo:
Análise algébrica
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Económicas
e Empresariais
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Min PK K  PL L
Min PK K  PL L   Q  F ( K , L)
s.a. F ( K,L)  Q
F

 PK   K  0
Funções
LP

 K  K (Q, PK , PL )
F
procura de



0
LP
 PL  

L

L
(Q, PK , PL ) factores


L

Q  F ( K , L)  0
Função custo de longo prazo:


C LP (Q, PK , PL )  PK K LP (Q, PK , PL )  PL LLP (Q, PK , PL )
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Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 3
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Função Custo de Longo Prazo:
Exemplo
Universidade
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Portuguesa
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de Ciências
Económicas
e Empresariais
Min PK K  PL L
s.a. AK  L  Q


1




  PL   Q    
LP

  
K  
 PK  AK  1 L  0

  PK   A 

  1


1
 PL  AK L  0

  PK      Q    

 
LP
 L  
  
Q  AK L  0

  PL   A 
Função custo:
 1          
C LP (Q, PK , PL )          
 A       

 
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
Min PK K  PL L   Q  AK  L
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Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 3
1
 
PK
    
PL
    
Q1    
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Custos de Curto e de Longo
Prazo: Análise algébrica
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Económicas
e Empresariais
Min C CP (Q, PK , PL , K )
C CP
 0  K  K LP (Q, PK , PL )
K
Função
procura do
factor
Função custo de longo prazo:
C LP (Q, PK , PL )  C CP (Q, PK , PL , K LP (Q, PK , PL ))
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Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 3
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Custos de Curto e de Longo
Prazo: Exemplo
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Católica
Portuguesa
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de Ciências
Económicas
e Empresariais
1 
min PK K  PL A
K
 
Q1 
 1       1 
PK  PL
A
K
Q 0


  PL   Q 
  
 K  
  PK   A 
Função custo de longo prazo: 1
LP
 
1
 
Função
procura do
factor
 1            
    

C LP (Q, PK , PL )           PK
PL
 A       

 
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Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 3
   
Q1    
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Custos de curto prazo
e de longo prazo
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CMe
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e Empresariais
Q
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Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 3
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Funções de Custo
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É frequente descrever a função custo
total por um polinómio do terceiro grau:
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Económicas
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CT (Q)    Q  Q 2  Q3
CMe(Q) 

Q
   Q  Q 2
CMg (Q)    2Q  3Q 2
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Funções de Custo
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Portuguesa
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de Ciências
Económicas
e Empresariais
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Em estudos empíricos são muito
utilizadas as funções:
– Cobb-Douglas: C  APL PK Q
– Translog:
ln C  A   L ln PL   K ln PK   ln Q


1
  LL ln PL 2   KK ln PK 2   QQ ln PQ 2
2
  LK ln PL ln PK   LQ ln PL ln Q   KQ ln PK ln Q
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Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 3
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Custos e Dimensão das
Empresas
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Económicas
e Empresariais
 Economias de escala
– O conceito de economia de escala pode ser
associado à função custo médio: existem economias
de escala quando o custo médio diminui com a
escala da empresa.
– Há uma relação entre os rendimentos de escala
medidos na função de produção e as economias de
escala medidas na função custo.
 Exemplo: Venda de discos
 Aplicação: Sector Bancário
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Venda de discos
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Económicas
e Empresariais
Na década de 90 podemos assistir ao
aparecimento em Lisboa das megastores da
Virgin e da Fnac. Juntamente com a grande
redução do número de pequenas lojas de
venda de discos, este fenómeno parece
sugerir a existência de economias de escala
no sector.
Exemplo retirado de Mata, 1999 (pág. 48).
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Sector Bancário
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Económicas
e Empresariais
Um estimação de uma função de custos (translog)
para o sector bancário em Portugal permitiu
concluir que enquanto no período 65-73 o custo
médio era essencialmente constante, no período 8588 identificaram-se economias de escala para os
pequenos bancos e deseconomias de escala para os
grandes.
Victor Mendes, “Scale and scope economies in Portuguese commercial banking: the
years 1965-88,” Economia, 15(3), Outubro de 1991, pág. 453-490.
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Custos e Dimensão da Empresa
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e Empresariais
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Economias de aprendizagem
– Os custos médios de produção diminuem em
função da produção acumulada do passado.
– Perspectiva dinâmica das economias de
escala.
– Observadas na aeronáutica.
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Custos e Produção Conjunta
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e Empresariais
Economias de gama
– Conceito que se aplica a funções de custo
multi-produto.
– Há economias de gama quando o custo de
produzir dois produtos em conjunto é inferior
ao custo de os produzir em separado:
CT (Q1 , Q2 )  CT (Q1 ,0)  CT (0, Q2 )
Exemplo: Agências de publicidade
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Economias de Gama nas
Agências de Publicidade
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Económicas
e Empresariais
As agências de publicidade oferecem vários
produtos: televisão, revistas gerais, revistas
especializadas, rádio, outdoor, direct mail…
Há estudos mostrando que as economias de
gama são muito importantes em agências de
pequena dimensão.
Exemplo retirado de Mansfield et al., 2002 (pág. 357).
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