A AIM (European Brands Association), a associação europeia que representa as empresas de produto de marca
acaba de publicar o Memorandum “Consumer Brands For A Sustainable Digital Market Place”, com um
conjunto de recomendações que visam melhorar o quadro legal e regulamentar do mercado único digital
europeu de marcas de consumo com o objetivo de criar valor a longo prazo para os consumidores e para a
sociedade.
O documento aborda a importância de um mercado digital seguro e sustentável e o papel das empresas de
produtos de marca na sua construção, considerando que estas têm contribuído fortemente para a cadeia de
valor do comércio digital através de produtos e serviços inovadores, sendo ainda importantes fornecedores
de conteúdos digitais.
A AIM identifica também no Memorandum um conjunto de desafios atuais que podem colocar em causa o
bom funcionamento da cadeia de valor do comércio digital, como por exemplo a proliferação no mercado de
produtos falsificados e outros abusos que se praticam atualmente no mercado “online” e que poderão minar
a inovação, o investimento e a criação de emprego na Europa.
“O Memorandum apresenta um importante contributo na definição de princípios e boas práticas que devem
ser seguidas pelas marcas de consumo quando fazem negócios no mercado digital. Os princípios abrangem
temas como a responsabilidade empresarial, a segurança, a privacidade ou o acesso dos consumidores a
reclamações no mercado digital”, comentou João Paulo Girbal, presidente da Centromarca - Associação
Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca, filiada da AIM.
A Centromarca aplaude esta iniciativa, considerando que em Portugal tem estado fortemente empenhada na
promoção de princípios e boas práticas no relacionamento comercial entre empresas que realizam negócios
no mercado digital.
“O documento da AIM é um importante passo para lançar o debate em Portugal sobre a regulamentação do
comércio “online”, tendo como objetivo garantir um ambiente de concorrência leal e intenso que encoraje a
inovação e dê um máximo de valor aos consumidores”, acrescentou João Paulo Girbal.
De salientar que as recomendações da AIM surgem numa altura em que o Conselho Europeu vai debater, a 26
e 27 de Outubro, a Inovação da Economia Digital, tendo como objetivo a definição de um mercado único
digital.