Cooperação entre Mittal Steel e CBMM Inovação CBMM Nº 03 Parceria resulta em aço de alta resistência e baixa liga (ARBL), ideal para aplicação no sistema de direção de automóveis setembro de 2005 Veículos como Camry e Corolla, da Toyota, já podem se beneficiar do novo aço ARBL Marcelo Spatafora / Editora Abril Mais produção, com inovação e sem investimentos 04 Empresa ganha destaque na China e no Japão Família de macacos Sauá: raridade no Criadouro Conservacionista da CBMM 06 Ética, o melhor investimento, em artigo de Frei Betto 05 08 C A P A Marcelo Spatafora / Editora Abril Mittal Steel e CBMM desenvolvem novo aço ARBL perientes e de renome mundial, com os quais a Mittal Steel trabalha no seu centro de pesquisas, têm permitido o desenvolvimento de projetos aplicados e a inserção de novos resultados de maneira mais rápida, quando comparada a programas que envolvem universidades. Graças ao relacionamento entre a CBMM e a Mittal Steel, o nióbio tem participado de novos aços em projetos de pesquisa. Nesses programas de cooperação, a CBMM procura estudar os efeitos benéficos do nióbio nos aços avançados para aplicação automobilística, pelo fato de alguns desses aços terem sido projetados sem adição de nióbio. Debanshu Bhattacharya informa que “a CBMM e a Mittal Steel têm uma cooperação técnica de longa data. Foram realizados vários projetos técnicos em conjunto, todos finalizados com sucesso e com conseqüências benéficas para ambas as companhias”. Segundo ele, en- O produto foi desenvolvido em projeto de cooperação entre a Inland Steel Research Laboratories, da Mittal Steel, e metalurgistas da Reference Metals Company, subsidiáriada CBMM nos Estados Unidos. tre esses projetos está o de desenvolvimento de aços avançados de alta resistência microligados ao nióbio: “Trata-se de um aço TRIP (“Transformation-Induced Plasticity”). A indústria automobilística vem aumentando seu interesse Mittal Steel: maior do mundo Automóveis do futuro vão pedir aços mais avançados para as suas estruturas As pesquisas com microligas de nióbio avançam m novo aço microligado ao nióbio para a indústria automobilística é o mais recente resultado da parceria da CBMM com centros internacionais de pesquisa em siderurgia. Trata-se de um aço ARBL (Alta Resistência e Baixa Liga), de conformabilidade melhorada, para aplicação na estrutura do sistema de direção do automóvel, e que pode ser utilizado em veículos como os fabricados pela Toyota nos modelos Camry e Corolla. O produto foi desenvolvido em projeto de cooperação entre a Inland Steel Research Laboratories, U da Mittal Steel, e metalurgistas da Reference Metals Company, subsidiáriada CBMM nos Estados Unidos. Segundo os pesquisadores, a idéia principal é uma variante do conhecimento já estabelecido há vários anos, envolvendo a produção de aço com resistência mecânica e dutilidade em níveis elevados e, ao mesmo tempo, com baixo teor de elementos de liga. No caso do desenvolvimento com a Mittal Steel, essa combinação foi possível com o uso do nióbio em sua composição. Pelo lado da Mittal Steel, os trabalhos foram coordenados peInovação CBMM 02 lo gerente da Divisão de Desenvolvimento de Produtos da Inland Steel Research Laboratories, Debanshu Bhattacharya. Equipamentos de pesquisa, tais como o microscópio eletrônico de varredura ali instalado, têm sido amplamente utilizados em projetos de pesquisa de aços microligados, com a participação dos metalurgistas da CBMM nos Estados Unidos. Parceria garante nióbio em aços O conjunto de equipamentos e o quadro de pesquisadores ex- pelos aços TRIP que apresentam uma combinação de resistência mecânica e dutilidade ainda melhor do que a dos aços microligados convencionais. Dessa forma, o projeto CBMM/Mittal Steel para esses aços envolve o estudo do efeito do nióbio nas etapas de seu processamento. O programa já demonstrou que a adição de nióbio a esses aços promove o refino de sua estrutura, tanto durante as etapas intermediárias quanto no produto final. O nióbio também pode auxiliar na obtenção de melhores propriedades para o revestimento anticorrosão aplicado ao aço. No momento, acrescentou o pesquisador, “temos um projeto em andamento para a aplicação do nióbio em aços Dual Phase. Esses aços avançados serão os principais aços para aplicações estruturais em automóveis no futuro”, explicou. grupo Mittal Steel é o maior produtor de aço do mundo. Possui usinas siderúrgicas em 14 paises e, em 2004, produziu 58,9 milhões de toneladas, seguido pelo grupo Arcelor, com 46,9 milhões de toneladas, e a Nippon Steel, com 32,4 milhões de toneladas. De origem indiana, o grupo Mittal Steel (presidido por Lakshmi Mittal) cresceu com a sucessiva aquisição de siderúrgicas a partir de 1989, principalmen- O Ilustração da estrutura do sistema de direção composta por aço microligado ao nióbio Inovação CBMM 03 te com a incorporação de usinas na América do Norte, entre 2002 e 2004. Sua liderança mundial consolidou-se com a união do grupo Ispat e do International Steel Group. A Mittal Steel oferece uma linha de produtos completa, como chapas finas para a indústria automobilística, chapas grossas para construção pesada – como uso estrutural e construção de navios –, fio-máquina, placas, barras, vergalhões e tubos. Aumento de produção com investimento zero Premiação Atuação premiada na China e no Japão Renata Duarte Menezes e Lincoln César Piva capitaneiam os dois projetos em destaque Lincoln César Piva Renata Duarte Menezes “Os ajustes foram feitos especialmente nos parâmetros elétricos do forno e no controle de matéria-prima”, segundo as explicações de Lincoln. Mas, os resultados – acrescenta – foram influenciados de forma decisiva pela iniciativa de levar aos operadores e encarregados da planta “uma melhor informação técnica sobre o funcionamento do forno elétrico”. Na usina de Óxidos, uma inovação técnica introduzida pela equipe da engenheira química e chefe da unidade Renata Duarte Menezes consolidou o crescimento da produção de 250 toneladas/mês para 300 toneladas mensais. No grupo multioperacional formado para solucionar o caso, com técnicos das áreas de Produção, Tecnologia e Instrumenta- Inovação CBMM 4 ção, houve muitas sugestões. Uma delas, feita por Renata Menezes, foi acolhida e resolveu o problema, com eficiência, sem necessidade de recorrer, de imediato, como se temia, a novos investimentos para a expansão da planta, estimados em cerca de US$ 5 milhões. “O que fizemos foi aumentar a concentração da alimentação do evaporador, mediante a redução da injeção de água”, conta a engenheira química, explicando que “subindo a concentração, houve um ganho de eficiência do alimentador, sem a necessidade de novos equipamentos”. Segundo ela, a equipe técnica hesitou durante muito tempo em adotar a medida temendo perdas no processo: “Fizemos, sem perdas”, comemora. Renata Duarte Menezes formou-se em agosto de 1999 pela Universidade Federal de Uberlândia e, um mês depois, foi contratada pela CBMM, onde era estagiária. Lincoln César Piva, formado pela Universidade Federal de Ouro Preto em 1993, trabalha na CBMM desde dezembro de 2004. Os ganhos de produtividade evidenciam o empenho dos operadores da CBMM em obter novos patamares de eficiência, de qualidade e de redução de custos de produção. A Fotos: arquivo CBMM Fotos: arquivo CBMM D uas unidades industriais da CBMM apresentaram ganhos expressivos de produtividade, sem a necessidade de novos e vultosos investimentos, graças a iniciativas inovadoras dos seus operadores, as quais resultaram em aperfeiçoamento de processos das plantas em Araxá. A melhoria de result ados ocorreu nas unidades de Desfosforação e de Óxidos, que, apesar de estarem com os equipamentos operando no limite, obtiveram aumentos significativos de produção. Na planta de Desfosforação, os ajustes feitos pela equipe do engenheiro metalurgista Lincoln César Piva elevaram de 7,5 toneladas/hora para 9,5 toneladas/hora a produção de concentrado – acima da capacidade projetada para o forno de 8 toneladas/hora. Este é um resultado que, a cada dia, causa grande impacto à produção da CBMM. distinguidos com o prêmio. A Sumitomo Metal Industries, do Japão também destacou “o ótimo relacionamento com a CBMM” em placa assinada por seu presidente Hiroshi Shimozuma e entregue ao presidente da CBMM Ásia, Solon Tagusagawa. “Esta pla- Baosteel, a mais importante siderúrgica da China, conferiu à CBMM o Certificado de Fornecedor Classe A, no período 2003/04. Esta é uma homenagem de grande significado: apenas 10 empresas, entre os cerca de 600 fornecedores do maior produtor de aço chinês, foram Inovação CBMM 5 ca é nosso sincero agradecimento por sua grande contribuição à Sumitomo Metal Industries através de sua política de estabilidade de suprimentos e de preços. Desejamos aprofundar nosso relacionamento com vocês”, diz o texto da placa. Os hábitos familiares de uma espécie rara e em extinção é alvo de estudo inédito em Araxá No Zoológico de Belo Horizonte, segundo Laura Fernandes, a taxa de mortalidade também foi brutal no período de 2000 a 2004. A partir de quatro machos e de duas fêmeas originárias da natureza, nasceram seis O novo estudo, que há filhotes. Cinco morreram devido um ano vem se a problemas relacionados aos desenvolvendo em Araxá, cuidados dos pais e de doenças. mostra novidades. Uma delas O estudo parental do macaco é que o macho tem papel Sauá em cativeiro, explica a veterelevante na criação do filhote: rinária da CBMM, foi iniciado lo“É ele quem carrega go após o nascimento do filhote. a cria na maior parte do Seu objetivo principal é conhecer tempo; a mãe só pega o comportamento da família, o filhote acompanhar o desenvolvimento para amamentar”. da cria e obter dados que possam contribuir para o manejo adequaduas vezes. Na primeira, em jul- do dos animais em cativeiro. ho de 2003, o filhote não resistiu; Já se sabia que os Sauás são na segunda, em 4 de julho de monógamos por toda a vida. Sua 2004, nasceu o filhote que hoje reprodução, sem época definida, acompanha o casal. apresenta um período de gestaArquivo CBMM ção de 136 dias, com o nascimento de apenas um filhote, de aproximadamente 70 gramas. Vivem em casais ou em bandos de até cinco indivíduos, compostos pelos pais e os filhotes. A maturidade sexual ocorre entre 36 e 60 meses de idade e sua longevidade chega a 13 anos. O novo estudo, que há um ano vem se desenvolvendo em Araxá, mostra novidades. Uma delas é que o macho tem papel relevante na criação do filhote: “É ele quem carrega a cria na maior parte do tempo; a mãe só pega o filhote para amamentar”, informa Laura Fernandes. Anteriormente, a equipe do centro ambiental da CBMM co- laborou no estudo que Danusa Guedes fez sobre a vocalização potente dos Sauás na mata, para a conclusão do curso de Ciências Biológicas da PUC Minas. O trabalho resultou na monografia “Vocalização dos Fantasmas das Florestas (Callicebus nigrifons): as diferenças entre os casais”. altas taxas de mortalidade (83,3 por cento), devido a estresse, informa Laura Fernandes. A reprodução no criadoro de Araxá, à partir do mesmo casal, ocorreu Inovação CBMM 06 Aécio Neves entrega viaturas doadas pela CBMM D ez veículos novos Palio Weekend, adquiridos e doados pela CBMM, foram entregues pelo governador Aécio Neves aos órgãos de segurança pública de Araxá. Todos os carros já saíram da Fiat caracterizados e equipados com giroflex e sirene, de acordo com as normas da Polícia Militar e Civil de Minas Gerais. A entrega, realizada em Araxá no Cine Brasil, contou com a presença do prefeito municipal Antônio Leonardo Lemos de Oliveira, do secretário de Estado da Defesa Social, Antônio Augusto Junho Anastásia, e do presidente da Codemig, Oswaldo Borges da Costa Filho. Fotos: arquivo CBMM m casal de macacos Sauá (Callicebus personatus) e seu filhote formam o mais novo núcleo de interesse científico do Criadouro Conservacionista da CBMM, em Araxá. O comportamento familiar desses animais de pequeno porte, com pelagem longa e macia, vem sendo estudado há um ano pela equipe da médica veterinária Laura Teodoro de Oliveira Fernandes. Ela destaca a importância do trabalho salientando o fato de ser uma espécie rara, ameaçada de extinção e com poucos indivíduos em cativeiro. A curiosidade sobre o macaco Sauá, do gênero Callicebus - que em latim significa “macaco lindo” -, é muito grande devido à falta de dados sobre a reprodução e o comportamento dos pais, tanto em liberdade quanto em cativeiro. O filhote, nascido na CBMM, está sendo cuidado com zelo pelos pais, originários da natureza. No período de 1992 a 2004, entraram no Criadouro Conservacionista de Araxá três machos e nove fêmeas da espécie, todos oriundos de apreensões da Polícia Ambiental, do IBAMA ou de doadores particulares. Após a entrada no Criadouro, os animais apresentaram U Arquivo CBMM O desconhecido mundo dos macacos Sauá Governador Aécio Neves faz a entrega de dez viaturas para policiamento de Araxá em solenidade realizada no centro da cidade Inovação CBMM Solenidade no Cine Brasil reuniu autoridades e personalidades para entrega das viaturas 07 Arquivo CBMM Ética, o melhor investimento Oscar Cabral/ Editora Abril Por Frei Betto Estado de Minas. 30/06/2005 uitas empresas brasileiras devem o êxito de seus negócios ao fato de ter sido apadrinhadas pelo governo. O tráfico de drogas parece irrisório diante do tráfico de influências. Enquanto na Suíça basta um dia para abrir uma nova empresa, e sem sair de casa, desde que se tenha acesso à internet, no Brasil são precisos meses, muita paciência com a burocracia e, por vezes, algum dinheiro para as propinas… Fechar a empresa é, então, muito mais difícil do que abri-la. M O sistema funciona como a história do pai que bateu no filho, que se vingou no cachorro, que correu atrás do gato… Como a carga tributária é altíssima, a sonegação se equipara, e essa prática de lesar o contribuinte aquece o caldo de cultura do lucro rápido e exorbitante. Leia-se: baixos salários, fraude ao INSS, direitos trabalhistas desrespeitados etc. Diz a lei que toda empresa com mais de 50 funcionários é obrigada a ter creche. Quem cumpre? A mentalidade arrivista de muitos empresários brasileiros facilita o sucateamento de nossa mão-de-obra, o que é uma forma indireta de favorecer a concorrência estrangeira e, a médio prazo, corroer a iniciativa nacional. Quando os únicos valores para o empresário resumem-se em inflar a Bolsa e o bolso, às custas de “O piso atual é de R$ 1.450,00 e 80% das famílias vinculadas à CBMM já têm casa própria quitada.” Inovação CBMM 08 sonegações e baixos salários, a estabilidade e a credibilidade do negócio ficam permanentemente ameaçadas. Há, felizmente, exceções à regra. E uma delas é a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), com sede em Araxá (MG), líder mundial na exploração de nióbio, mineral utilizado para dar resistência ao aço. Fundada em 1955 e sem jamais depender de favores ou empréstimos governamentais, a empresa, que exporta 92% de sua produção, faturou, em 2004, R$ 908 milhões. Tal êxito se deve à auto-estima de seus funcionários, que ganham 13 salários e participação nos resultados anuais. O piso atual é de R$ 1.450,00 e 80% das famílias vinculadas à CBMM já têm casa própria quitada. Entre os recursos de aprimoramento cultural dos trabalhadores incluem-se palestras sobre temas diversificados e um programa de planejamento familiar que engloba médicos, religiosos, sindicato e Ministério Público. Para agilizar suas ações de responsabilidade social, a empresa mantém, há 30 anos, a Fundação Djalma Guimarães Fundada por iniciativa de José Tadeu da Silva, a Casa do Caminho atende gratuitamente mais de 200 pessoas carentes. “Na bolsa dos valores, a ética é, sem dúvida, o melhor investimento. A começar pela valorização dos recursos humanos.” (homenagem a um dos maiores geólogos brasileiros), com recursos anuais de cerca de R$ 4,5 milhões, investidos em programas sociais, combate à fome, tratamento de saúde de comunidades de baixa renda, construção de creches e escolas, além de patrocinar estudos e projetos de políticas públicas, como o Fome Zero, voltados ao aprimoramento da cidadania e da democracia. Entre os projetos financiados pela CBMM destacam-se a Casa do Caminho, centro geriátrico e psiquiátrico que atende gratuitamente, em Araxá, 200 pacientes pobres; as “fazendinhas”, unidades rurais de tratamento terapêutico para dependentes químicos; a construção de casas populares; hortas comunitárias etc. Enquanto muitas empresas vendem ou leiloam a sucata e seus equipamentos obsoletos, a CBMM doa a obras sociais. Nos últimos oito anos, foram doados cerca de 230 veículos, entre carros, caminhões e tratores, e 200 microcomputadores. Ao Fundo da Criança e do Adolescente ela destina, anualmente, R$ 750 mil. Na bolsa dos valores, a ética é, sem dúvida, o melhor investimento. A começar pela valorização dos recursos humanos. Responsabilidade social apenas da Inovação CBMM 09 porta para fora é falso marketing. Deve começar dentro da empresa, oferecendo excelência nas condições de trabalho, de modo a favorecer a auto-estima dos funcionários. Qualidade de vida, mais que um conceito, é uma atitude que se traduz em acesso a direitos básicos, como alimentação, saúde, educação, lazer e casa própria, e na possibilidade de se cultivarem os valores subjetivos, éticos, estéticos, afetivos e espirituais. A CBMM se tornou uma empresa brasileira líder mundial em sua área de negócio graças à sua filosofia de investir no melhor capital: o humano. Frei Betto é escritor, autor do romance Hotel Brasil (Ática), entre outros livros. Previdência privada complementar Estrategista de relacionamentos Secretaria da Previdência Privada admite regime de contribuição definida para contratados a partir de agosto de 2000 José Alberto de Camargo despede-se da diretoria, mas fica como assessor de planejamento estratégico A ram criadas subsidiárias nos Estados Unidos e no Japão. Inicialmente organizadas como escritórios técnicos, as subsidiárias evoluíram até livrar a empresa da intermediação na relação com os consumidores de nióbio. Em busca de novas fronteiras, o economista José Alberto de Camargo realizou viagens pioneiras à Rússia (1977) e à China (1978). Essa atuação rendeu a ele o título de membro da Academia de Ciências Tecnológicas da Rússia, apesar de sua formação estranha à área, e homenagens oficiais do governo chinês, como o International Science and Technology Prize of the People’s Republic of China e o The Friendship Award – este último, em 1999, por ocasião das comemorações dos 50 anos da República Popular da China. Foi também condecorado pelo governo do Japão Inovação CBMM 10 Arquivo CBMM pós 31 anos na CBMM, o ex-diretor José Alberto de Camargo apresentou seu pedido de aposentadoria ao diretor geral Fernando Moreira Salles, em carta na qual agradece a confiança, o apoio à sua gestão e o convite para fazer parte, doravante, de uma assessoria especial da empresa. “Lá se vão 40 anos de trabalho a seu lado, com os enormes problemas da Carbocloro, da Bodoquena e participando da construção desse projeto instigante chamado CBMM, a que, por seu convite, permanecerei ligado”, diz na carta. Camargo passa agora a integrar um comitê de assessoramento e planejamento estratégico para aconselhamento ao diretor geral. A administração de Camargo destaca-se pela abertura de mercados para os produtos da empresa, com a instalação de subsidiárias no Exterior, a primeira delas na Alemanha, em 1975, um ano depois de sua posse na diretoria geral. Mais tarde, fo- A pós dois anos de espera, a Seguridade obteve autorização da Secretaria de Previdência Privada, do governo federal, para admitir dentro do regime de “contribuição definida” 323 trabalhadores da CBMM, contratados a partir de agosto de 2002. Anteriormente, vigorava exclusivamente o regime de “benefício definido”. Ficou acertado que o período de contribuição entre a data de admissão e o mês de agosto de 2005 será coberto por recursos próprios da Seguridade, sem qualquer ônus para os novos par- ticipantes. Depois dessa data, eles vão contribuir mensalmente de acordo com o sistema vigente para todos: 2,5 por cento do salário é a parte de cada empregado e 5 por cento desse salário é a contrapartida da CBMM. Seguridade é a entidade criada pela CBMM para a complementação salarial dos seus funcionários na aposentadoria. No sistema de “contribuição definida”, as contribuições pagas pelo funcionário e pela empresa são depositadas em conta individualizada e se convertem em renda vitalícia para ele na data de sua aposentadoria (55 anos de idade). Também a partir de agosto deste ano, os empregados admitidos antes de 2002, que tiveram as suas contribuições suspensas por vários anos, voltam a contribuir normalmente, a cada mês. A parte deles vinha sendo coberta integralmente pela entidade que em virtude de contribuições espontâneas da empresa, registrou alguns anos de superávit. Atualmente, 219 aposentados recebem benefícios da previdência privada complementar da empresa. Camargo agora integra assessoria especial da CBMM com a Ordem do Sol Nascente. Segundo ele, em resumo, sua gestão foi voltada ao desenvolvimento de relações sólidas com os clientes, os funcionários, a comunidade e os acionistas, com ênfase para a gestão da conta de participação mantida com o Governo de Minas. Em reconhecimento, a Assembléia Legislativa mineira concedeu-lhe o título de cidadão honorário de Minas Gerais. Mural Chevron Texaco compra Unocal A companhia chinesa China National Offshore Oil Corporation (CNOOC) recuou e retirou a oferta, apresentada em 23 de junho último, para a compra do controle da norteamericana Unocal Corporation – um grande produtor independente de petróleo e gás natural, com sede em Los Angeles. Com 71 por cento de seu capital em mãos de uma estatal do governo chinês, a CNOOC estava disposta a pagar US$ 18,5 bilhões pela Unocal. Após a desistência chinesa, o controle da Unocal permanece norte-americano e passa para seu concorrente Chevron Texaco. A transação envolve ações, dinheiro e pagamento de dívidas, num valor estimado em US$ 18 bilhões. Segundo a Chevron Texaco, as reservas comprovadas da Unocal, ava- Inovação CBMM 11 liadas em 1, 75 bilhão de barris de petróleo, reforçam a posição do grupo como principal provedor de energia global. A Unocal, através de sua subsidiária Molycorp, é parceira histórica do grupo Moreira Salles na CBMM. Na atual composição acionária, o grupo brasileiro detém 65 por cento do capital da CBMM, cabendo à Molycorp os 35 por cento restantes. Mural Fotos: arquivo CBMM Homenagem ao secretário Brumer O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Wilson Brumer, foi homenageado pela CBMM com o plantio de uma palmeira na área industrial de Araxá. Ele e sua comitiva foram recepcionados pelo José Alberto de Camargo. A cerimônia, realizada em 5 de agosto, contou com a presença de presidentes de empresas e órgãos que integram a Secretaria, como Oswaldo Borges da Costa Filho, (Codemig), Djalma Bastos Morais, (Cemig), Romeu Scarioli (BDMG). Mar- cos Tito (Junt a Comercial MG), e os subsecretários Carlos Eduardo Orsini Nunes de Lima (Indústria, Comércio e Serviço) e Fernando Lage de Melo (Desenvolvimento Minero-Metalúrgico e Política Energética). Também participaram do plantio, o vice-presidente Arlindo Porto e o diretor Marcelo Nassif, da Codemig, o superintendente regional de distribuição Oeste da Cemig, Helvécio Turola Roque, e o diretor do INDI, Maurício de Oliveira Cecílio. Pietà, de Milton O cantor e compositor Milton Nascimento levou mais de quatro mil pessoas ao Palácio das Artes, em Belo Horizonte, para assistir ao show Pietà nos dias 31 de junho a 2 de julho. No espetáculo, patrocinado pela CBMM, por meio da Lei Rouanet, Milton apresentou aos mineiros a cantora Marina Machado e um grupo de dez candombeiras da Serra do Cipó, que cantaram e dançaram com ele. Inovação CBMM é uma publicação da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração – www.cbmm.com.br. Editor: J.D. Vital – Jornalista responsável. Coordenação, projeto gráfico e editoração eletrônica: Conteúdo Expresso. Este material foi produzido com papel off-set brasileiro 100% reciclado. Parte das aparas pós-consumo, utilizada em sua produção, é adquirida diretamente de uma cooperativa de catadores de papel, onde a coleta seletiva é um meio de geração de renda e reinserção social.