Capítulo 5 Risco e retorno slide 1 Copyright © 2009 Pearson Prentice Hall. All rights reserved. © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Objetivos de aprendizagem 1. Entender o significado e os fundamentos de risco, retorno e preferências em relação ao risco 2. Descrever procedimentos de avaliação e mensuração do risco de um ativo individual. 3. Discutir a mensuração do retorno e do desvio padrão de uma carteira de ativos e o conceito de correlação. 4. Compreender as características de risco e retorno de uma carteira em termos de correlação e diversificação, assim como o impacto de ativos internacionais sobre a carteira. slide 2 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. 5. Entender os dois tipos de risco, a derivação do beta e a maneira como este se aplica à mensuração do risco, seja de um título, seja de uma carteira. 6. Explicar o modelo de formação de preços de ativos (CAPM — Capital Asset Pricing Model), sua relação com a reta do mercado de títulos (SML — Securities Market Line) e as principais forças que levam a deslocamentos desta última. slide 3 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Fundamentos de risco e retorno • Se soubéssemos com antecedência por quanto uma ação seria vendida em algum momento no futuro, investir seria uma tarefa fácil. • Infelizmente, é difícil – se não impossível – fazer esse tipo de previsão com algum grau de certeza. • Como resultado, os investidores costumam tomar o histórico como base de previsão do futuro. • Iniciaremos este capítulo avaliando as características de risco e retorno de um ativo individual e concluíremos com uma análise das carteiras de ativos. slide 4 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Definição de risco • No contexto dos negócios e das finanças, risco é a chance de perda financeira • Ativos (reais ou financeiros) que apresentam maior chance de perda são considerados mais arriscados do que os que trazem uma chance menor. • O risco pode ser usado de forma intercambiável com o termo incerteza em referência à variabilidade dos retornos associados a um determinado ativo • Outras fontes de risco são relacionadas no slide a seguir. slide 5 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Tabela 5.1 Principais fontes de risco que afetam os administradores financeiros e os acionistas slide 6 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Definição de risco • Retorno é o ganho ou prejuízo total que se tem com um investimento. • A forma mais básica de calcular o retorno é: slide 7 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Robin, dona do fliperama Gameroom, deseja aferir o retorno de duas de suas máquinas, a Conqueror e a Demolition. A Conqueror foi comprada há um ano por $ 20.000 e tem valor atual de mercado de $ 21.500. Durante o ano, gerou $ 800 em receitas após impostos. A Demolition foi comprada há quatro anos; seu valor no ano recém-encerrado caiu de $ 12.000 para $ 11.800. Durante o ano, gerou $ 1.700 em receitas após impostos. slide 8 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Retornos históricos Tabela 5.2 Retornos históricos de alguns investimentos em títulos (1926-2006) slide 9 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Figura 5.1 Preferências em relação ao risco slide 10 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Risco de um ativo individual A Norman Company, uma fabricante de equipamentos de golfe sob medida, quer escolher entre dois investimentos, A e B. Cada um exige desembolso inicial de $ 10.000 e tem taxa de retorno anual mais provável de 15%. A administração estimou os retornos associados aos resultados pessimista e otimista de cada investimento. As três estimativas de cada ativo e sua amplitude podem ser encontradas na Tabela 5.3. O ativo A parece menos arriscado do que o B. O tomador de decisões, avesso ao risco, preferiria o ativo A ao B, uma vez que o A oferece o mesmo retorno mais provável, porém com menor risco (menor amplitude). slide 11 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Tabela 5.3 Ativos A e B slide 12 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Risco de um ativo individual: distribuição de probabilidades Figura 5.2 Gráficos de barras slide 13 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Risco de um ativo individual: distribuição de probabilidade contínua Figura 5.3 Distribuições de probabilidades contínuas slide 14 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Mensuração de risco de um ativo individual: retorno esperado • O indicador estatístico mais comum de risco de um ativo é o desvio padrão, σr, que mede a dispersão em torno do valor esperado • O valor esperado de um retorno, ou r, é o retorno mais provável de um ativo. slide 15 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Tabela 5.4 Valores esperados dos retornos dos ativos A e B slide 16 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Mensuração de risco de um ativo individual: desvio padrão • A expressão do desvio padrão dos retornos, σr, é dada na Equação 5.3 a seguir. slide 17 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Tabela 5.5 Cálculo do desvio padrão dos retornos dos ativos AeB slide 18 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Tabela 5.6 Retornos históricos, desvios padrão e coeficientes de variação de alguns investimentos em títulos (1926-2006) slide 19 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Figura 5.4 Curva senoide slide 20 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Mensuração de risco de um ativo individual: coeficiente de variação • O coeficiente de variação, CV, consiste em uma medida de dispersão relativa que é útil na comparação dos riscos de ativos com diferentes retornos esperados. • A Equação 5.4 dá a expressão do coeficiente de variação: slide 21 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. slide 22 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Risco e retorno de uma carteira • Uma carteira de investimento refere-se a qualquer conjunto ou combinação de ativos financeiros. • Se partirmos do pressuposto de que todos os investidores são racionais e, portanto, avessos ao risco, eles SEMPRE optarão por investir em carteiras em vez de em ativos individuais. • Os investidores manterão carteiras para diversificar uma parcela do risco que é como ‘colocar todos os ovos em um único cesto’. • Se um investidor mantiver um ativo individual, sofrerá integralmente as consequências de um mau desempenho. • Não é o caso de um investidor que possua uma carteira diversificada de ativos. slide 23 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Retorno de uma carteira • O retorno de uma carteira é dado pela média ponderada dos retornos dos ativos individuais que a compõem e pode ser calculado como indica a Equação 5.5. wj = proporção do valor total em unidades monetárias da carteira representado pelo ativo j rj = retorno do ativo j slide 24 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Risco e retorno de uma carteira: retorno esperado e desvio padrão Vamos admitir que queiramos determinar o valor esperado e o desvio padrão dos retornos da carteira XY, criada pela combinação de partes iguais (50% cada) dos ativos X e Y. Os retornos previstos dos ativos X e Y para cada um dos próximos cinco anos podem ser vistos nas colunas 1 e 2, respectivamente, da parte A da Tabela 5.7. Na coluna 3, os pesos de 50% dos ativos X e Y, juntamente com os respectivos retornos das colunas 1 e 2 são substituídos na Equação 5.5. A coluna 4 mostra os resultados do cálculo — um retorno esperado da carteira de 12% ao ano. slide 25 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Tabela 5.7 Retorno esperado, valor esperado e desvio padrão dos retornos da carteira XY slide 26 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Como mostra a parte B da Tabela 5.7, o valor esperado desses retornos da carteiras ao longo do período de cinco anos também é de 12%. Na parte C da Tabela 5.7, o desvio padrão da carteira XY é calculado como 0%. Esse valor não deve surpreender, pois o retorno esperado é o mesmo a cada ano, isto é, 12%. Não há variabilidade dos retornos esperados entre um ano e outro. slide 27 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Tabela 5.7 Retorno esperado, valor esperado e desvio padrão dos retornos da carteira XY slide 28 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Risco de uma carteira • A diversificação é intensificada dependendo do quanto os retornos dos ativos ‘movem-se’ em conjunto. • Esse movimento costuma ser medido por uma estatística conhecida como ‘correlação’, como indica a figura a seguir. Figura 5.5 Correlações slide 29 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. • Mesmo que dois ativos não sejam perfeita e negativamente correlacionados, um investidor pode, ainda assim, obter benefícios da diversificação, ao combiná-los em uma carteira, como indica a figura a seguir. Figura 5.6 Diversificação slide 30 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Tabela 5.8 Retornos previstos, valores esperados e desvios padrão dos ativos X, Y e Z e das carteiras XY e XZ slide 31 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Tabela 5.9 Correlação, retorno e risco de diversas combinações de dois ativos em carteiras slide 32 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Figura 5.7 Correlações possíveis slide 33 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Figura 5.8 Redução do risco slide 34 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Risco de uma carteira: inclusão de ativos em uma carteira Risco da carteira (SD) Risco não sistemático (diversificável) σM 0 slide 35 Risco sistemático (não diversificável) No de ações © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Risco da carteira (SD) Carteira de ativos puramente domésticos Carteira de ativos domésticos e internacionais σM No de ações 0 slide 36 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Risco e retorno: o modelo de formação de preços de ativos (CAPM — capital asset pricing model) • No slide anterior, pôde-se observar que uma boa parte do risco de uma carteira pode ser eliminada simplesmente mantendo-se muitas ações. • O risco do qual não é possível livrar-se com a inclusão de ações (sistemático) não pode ser eliminado pela diversificação porque essa variabilidade é causada por eventos que afetam a maioria das ações de modo similar. • Podemos citar como exemplo as mudanças nos fatores macroeconômicos, tais como as taxas de juros, a inflação e o ciclo de negócios. slide 37 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. • No início da década de 1960, pesquisadores da área de finanças (Sharpe, Treynor e Lintner) desenvolveram um modelo de formação de preços de ativos que mede somente a quantidade de risco sistemático de um ativo em particular. • Em outras palavras, eles observaram que a maioria das ações cai quando os juros sobem, mas algumas caem muito mais. • Eles inferiram que, se pudessem medir essa variabilidade – o risco sistemático –, poderiam elaborar um modelo para formar preços de ativos usando somente esse risco. • O risco não sistemático (relativo à empresa) é irrelevante porque pode ser facilmente eliminado pela diversificação. slide 38 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. • Para medir o risco sistemático de um ativo, eles simplesmente usaram os retornos históricos da ‘carteira do mercado’ — a carteira de TODOS os ativos — comparados aos retornos de um ativo individual. • A inclinação da reta de regressão — beta — mede o risco sistemático (não diversificável) de um ativo. • Em geral, as empresas cíclicas como as automobilísticas possuem betas elevados ao passo que outras relativas estáveis, como as de serviços públicos, apresentam betas baixos. • O cálculo do beta é demonstrado no slide a seguir. slide 39 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Figura 5.9 Derivação do betaa slide 40 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Tabela 5.10 Coeficientes beta selecionados e sua interpretação slide 41 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Tabela 5.11 Coeficientes beta de ações selecionadas (10 de julho de 2007) slide 42 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Tabela 5.12 As carteiras V e W de Mario Austino slide 43 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. • O retorno exigido de todos os ativos compõe-se de duas partes: a taxa de retorno livre de risco e o prêmio pelo risco. O prêmio pelo risco é uma função tanto das condições de mercado quanto do ativo em si. slide 44 A taxa de retorno livre de risco (RF) é geralmente estimada a partir do retorno das Letras do Tesouro norte-americano (T-bill) © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. • O prêmio pelo risco de uma ação compõe-se de duas partes: • O prêmio pelo risco de mercado, que é o retorno exigido para investimentos em qualquer ativo de risco em vez da taxa de retorno livre de risco. • Beta, um coeficiente de risco que mede a sensibilidade do retorno de uma ação em particular às mudanças nas condições de mercado. slide 45 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. • Após estimar o beta, que mede o risco sistemático de um ativo ou carteira específica, as estimativas das demais variáveis no modelo podem ser obtidas para calcular o retorno exigido de um ativo ou uma carteira. slide 46 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. slide 47 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. A Benjamin Corporation, uma empresa de software em fase de crescimento, quer determinar o retorno exigido sobre o ativo Z, que tem beta de 1,5. A taxa de retorno livre de risco é 7%; o retorno da carteira de mercado é 11%. Substituindo bZ = 1,5, RF = 7% e rm = 11% no modelo de formação de preços de ativos, temos um retorno exigido de: rZ = 7% + 1,5 [11% – 7%] rZ = 13% slide 48 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Figura 5.10 Reta do mercado de títulos slide 49 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Figura 5.11 A inflação desloca a SML slide 50 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Figura 5.12 A aversão ao risco desloca a SML slide 51 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Risco e retorno: comentários sobre o CAPM • O CAPM baseia-se em dados históricos o que significa que os betas podem ou não refletir efetivamente a variabilidade futura dos retornos. • Dessa forma, os retornos exigidos especificados pelo modelo devem ser usados somente como aproximações. • O CAPM também pressupõe que os mercados são eficientes. • Embora o mundo perfeito do mercado eficiente pareça pouco realista, há estudos que respaldam a existência das expectativas descritas pelo CAPM em mercados ativos, como a Bolsa de Nova York. slide 52 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Tabela 5.13 Resumo das principais definições e fórmulas de risco e retorno slide 53 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. slide 54 © 2010 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados.