Redes de Computadores 1 Prof. Marcelo Diniz Fonte: http://wps.aw.com/br_kurose_rede_1/ 3: Camada de Transporte 1 Capítulo 3: Camada de Transporte Metas do capítulo: r entender os princípios atrás dos serviços da camada de transporte: m m m m multiplexação/ demultiplexação transferência confiável de dados controle de fluxo controle de congestionamento r aprender sobre os protocolos da camada de transporte da Internet: m m m UDP: transporte não orientado a conexões TCP: transporte orientado a conexões Controle de congestionamento do TCP 3: Camada de Transporte 3a-2 Conteúdo do Capítulo 3 3.1 Serviços da camada de transporte r 3.2 Multiplexação e demultiplexação r 3.3 Transporte não orientado para conexão: UDP r 3.4 Princípios da transferência confiável de dados r r 3.6 Princípios de controle de congestionamento 3: Camada de Transporte 3a-3 Serviços e protocolos de transporte r r r fornecem comunicação lógica entre processos de aplicação executando em diferentes hospedeiros os protocolos de transporte são executados nos sistemas finais: m lado transmissor: quebra as mensagens da aplicação em segmentos, repassa-os para a camada de rede m lado receptor: remonta as mensagens a partir dos segmentos, repassa-as para a camada de aplicação existem mais de um protocolo de transporte disponível para as aplicações m aplicação transporte rede enlace física rede enlace física rede enlace física rede enlace física rede enlace física rede enlace física aplicação transporte rede enlace física Internet: TCP e UDP 3: Camada de Transporte 3a-4 Camadas de Transporte x rede r r camada de rede: Analogia doméstica: camada de transporte: r comunicação lógica entre hospedeiros 12 crianças enviando cartas para 12 crianças comunicação lógica entre os processos r m depende de, estende serviços da camada de rede r r r processos = crianças mensagens da apl. = cartas nos envelopes hospedeiros = casas protocolo de transporte = Anna e Bill protocolo da camada de rede = serviço postal 3: Camada de Transporte 3a-5 Protocolos da camada de transporte Internet r entrega confiável, ordenada (TCP) m m m r entrega não confiável, não ordenada: UDP m r controle de congestionamento controle de fluxo estabelecimento de conexão (“setup”) extensão sem “gorduras” do “melhor esforço” do IP serviços não disponíveis: m m aplicação transporte rede enlace física rede enlace física rede enlace física rede enlace física rede enlace física rede enlace física aplicação transporte rede enlace física garantias de atraso máximo garantias de largura de banda mínima 3: Camada de Transporte 3a-6 Conteúdo do Capítulo 3 3.1 Serviços da camada de transporte r 3.2 Multiplexação e demultiplexação r 3.3 Transporte não orientado para conexão: UDP r 3.4 Princípios da transferência confiável de dados r r 3.6 Princípios de controle de congestionamento 3: Camada de Transporte 3a-7 Multiplexação/demultiplexação Demultiplexação no receptor: Entrega dos segmentos recebidos ao socket correto Multiplexação no transm.: reúne dados de muitos sockets, envelopa os dados com o cabeçalho (usado posteriormente para a demultiplexação) 3: Camada de Transporte 3a-8 Como funciona a demultiplexação r r computador recebe os datagramas IP m cada datagrama possui os endereços IP da origem e do destino m cada datagrama transporta 1 segmento da camada de transporte m cada segmento possui números das portas origem e destino (lembre: números de portas bem conhecidas para aplicações específicas) O hospedeiro usa os endereços IP e os números das portas para direcionar o segmento ao socket apropriado 32 bits porta origem porta destino outros campos do cabeçalho dados da aplicação (mensagem) formato de segmento TCP/UDP 3: Camada de Transporte 3a-9 Demultiplexação não orientada a conexões r Cria sockets com números de porta: DatagramSocket mySocket1 = new DatagramSocket(9911); DatagramSocket mySocket2 = new DatagramSocket(9922); r Quando o hospedeiro recebe segmento UDP: m m verifica no. da porta de destino no segmento encaminha o segmento UDP para o socket com aquele no. de porta r socket UDP identificado r Datagramas IP com diferentes endereços IP pela dupla: origem e/ou números de (end IP dest, no. da porta destino) porta origem podem ser encaminhados para o mesmo socket 3: Camada de Transporte 3a-10 Demultiplexação não orientada a conexões (cont) DatagramSocket serverSocket = new DatagramSocket(6428); P2 P1 P1 P3 SP: 6428 SP: 6428 DP: 9157 DP: 5775 SP: 9157 cliente IP: A DP: 6428 SP: 5775 servidor IP: C DP: 6428 Cliente IP:B SP (source port) fornece “endereço de retorno” 3: Camada de Transporte 3a-11 Demultiplexação Orientada a Conexões r Socket TCP identificado pela quádrupla: m m m m r endereço IP origem número da porta origem endereço IP destino número da porta destino receptor usa todos os quatro valores para direcionar o segmento para o socket apropriado r Servidor pode dar suporte a muitos sockets TCP simultâneos: m r cada socket é identificado pela sua própria quádrupla Servidores Web têm sockets diferentes para cada conexão cliente m HTTP não persistente terá sockets diferentes para cada pedido 3: Camada de Transporte 3a-12 Demultiplexação Orientada a Conexões (cont) P1 P4 P5 P2 P6 P1P3 SP: 5775 DP: 80 S-IP: B D-IP:C SP: 9157 cliente IP: A DP: 80 S-IP: A D-IP:C SP: 9157 servidor IP: C DP: 80 S-IP: B D-IP:C Cliente IP:B 3: Camada de Transporte 3a-13 Demultiplexação Orientada a Conexões: Servidor Web com Threads P1 P2 P4 P1P3 SP: 5775 DP: 80 S-IP: B D-IP:C SP: 9157 cliente IP: A DP: 80 S-IP: A D-IP:C SP: 9157 servidor IP: C DP: 80 S-IP: B D-IP:C Cliente IP:B 3: Camada de Transporte 3a-14 Conteúdo do Capítulo 3 3.1 Serviços da camada de transporte r 3.2 Multiplexação e demultiplexação r 3.3 Transporte não orientado para conexão: UDP r 3.4 Princípios da transferência confiável de dados r r 3.6 Princípios de controle de congestionamento 3: Camada de Transporte 3a-15 UDP: User Datagram Protocol [RFC 768] r r r Protocolo de transporte da Internet mínimo, “sem gorduras”, Serviço “melhor esforço”, segmentos UDP podem ser: m perdidos m entregues à aplicação fora de ordem sem conexão: m m não há “setup” UDP entre remetente, receptor tratamento independente de cada segmento UDP Por quê existe um UDP? r r r r elimina estabelecimento de conexão (o que pode causar retardo) simples: não se mantém “estado” da conexão nem no remetente, nem no receptor cabeçalho de segmento reduzido Não há controle de congestionamento: UDP pode transmitir tão rápido quanto desejado (e possível) 3: Camada de Transporte 3a-16 Mais sobre UDP r r muito utilizado para apls. de meios contínuos (voz, vídeo) m tolerantes a perdas m sensíveis à taxa de transmissão Comprimento em bytes do segmento UDP, incluindo cabeçalho outros usos de UDP (por quê?): DNS (nomes) m SNMP (gerenciamento) transferência confiável com UDP: acrescentar confiabilidade na camada de aplicação m recuperação de erro específica à aplicação! soma de verificação 32 bits porta origem porta dest. comprimento checksum m r Dados de aplicação (mensagem) Formato do segmento UDP 3: Camada de Transporte 3a-17 Soma de Verificação (checksum) UDP Objetivo: detectar “erros” (ex.: bits trocados) no segmento transmitido Transmissor: r r r r trata conteúdo do segmento como seqüência de inteiros de 16-bits campo checksum zerado checksum: soma (adição usando complemento de 1) do conteúdo do segmento transmissor coloca complemento do valor da soma no campo checksum Receptor: r r calcula checksum do segmento recebido verifica se checksum computado é tudo um ‘FFFF’: m NÃO - erro detectado m SIM - nenhum erro detectado. Mas ainda pode ter erros? Veja depois …. de UDP 3: Camada de Transporte 3a-18 Exemplo do Checksum Internet r r Note que: m Ao adicionar números, o transbordo (vai um) do bit mais significativo deve ser adicionado ao resultado Exemplo: adição de dois inteiros de 16-bits 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 1 1 0 0 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 transbordo 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 soma 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 soma de 1 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1 verificação 3: Camada de Transporte 3a-19 Conteúdo do Capítulo 3 3.1 Serviços da camada de transporte r 3.2 Multiplexação e demultiplexação r 3.3 Transporte não orientado para conexão: UDP r 3.4 Princípios da transferência confiável de dados r r 3.6 Princípios de controle de congestionamento 3: Camada de Transporte 3a-20 Princípios de Transferência confiável de dados (rdt) r r r importante nas camadas de transporte, enlace na lista dos 10 tópicos mais importantes em redes! características do canal não confiável determinam a complexidade de um protocolo de transferência confiável de dados (rdt) 3: Camada de Transporte 3a-21 Transferência confiável: o ponto de partida rdt_send(): chamada de cima, (ex.: pela apl.). Passa dados p/ serem entregues à camada sup. do receptor lado transmissor udt_send(): chamada pela entidade de transporte, p/ transferir pacotes para o receptor sobre o canal não confiável deliver_data(): chamada pela entidade de transporte p/ entregar dados p/ camada superior lado receptor rdt_rcv(): chamada quando pacote chega no lado receptor do canal 3: Camada de Transporte 3a-22 rdt1.0: transferência confiável sobre canais confiáveis r Canal de transmissão perfeitamente confiável m m r não há erros de bits não há perda de pacotes Funcionamento transmissor e receptor: m m transmissor envia dados pelo canal receptor lê os dados do canal 3: Camada de Transporte 3a-23 rdt2.0: canal com erros de bits r Como recuperar esses erros? m m m r reconhecimentos (ACKs): receptor avisa explicitamente ao transmissor que o pacote foi recebido corretamente reconhecimentos negativos (NAKs): receptor avisa explicitamente ao transmissor que o pacote tinha erros transmissor reenvia o pacote ao receber um NAK novos mecanismos no rdt2.0 (em relação ao rdt1.0): m m detecção de erros retorno ao transmissor: mensagens de controle (ACK,NAK) receptor->transmissor 3: Camada de Transporte 3a-24 rdt2.0 tem uma falha fatal! O que acontece se o ACK/NAK for corrompido? r r Transmissor não sabe o que se passou no receptor! não pode apenas retransmitir: possibilidade de pacotes duplicados O que fazer? r Lidando c/ duplicatas: r r r transmissor inclui número de seqüência em cada pacote transmissor retransmite o último pacote se ACK/NAK chegar com erro receptor descarta (não entrega a aplicação) pacotes duplicados retransmitir, mas pode causar retransmissão de pacote recebido certo! 3: Camada de Transporte 3a-25 rdt3.0: canais com erros e perdas Nova hipótese: canal de transmissão também pode perder pacotes (dados ou ACKs) m checksum, nº. de seq., ACKs, retransmissões podem ajudar, mas não serão suficientes P: como lidar com perdas? m m Abordagem: transmissor aguarda um tempo “razoável” pelo ACK r r transmissor espera até ter certeza que se perdeu pacote ou ACK, e então retransmite r desvantagens? retransmite se nenhum ACK for recebido neste intervalo se pacote (ou ACK) apenas atrasado (e não perdido): m retransmissão será duplicata, mas uso de no. de seq. já cuida disto m receptor deve especificar nº. de seq do pacote sendo reconhecido requer temporizador 3: Camada de Transporte 3a-26 Conteúdo do Capítulo 3 3.1 Serviços da camada de transporte r 3.2 Multiplexação e demultiplexação r 3.3 Transporte não orientado para conexão: UDP r 3.4 Princípios da transferência confiável de dados r r 3.6 Princípios de controle de congestionamento 3: Camada de Transporte 3b-27 Princípios de Controle de Congestionamento Congestionamento: informalmente: “muitas fontes enviando dados acima da capacidade da rede de tratá-los” r diferente de controle de fluxo! r Sintomas: m perda de pacotes (saturação de buffers nos roteadores) m longos atrasos (enfileiramento nos buffers dos roteadores) r um dos 10 problemas mais importantes em redes! r 3: Camada de Transporte 3b-28 Causas/custos de congestionamento: cenário 1 r r r r r dois remetentes, dois receptores um roteador, buffers infinitos sem retransmissão grandes retardos qdo. congestionada máxima vazão alcançável 3: Camada de Transporte 3b-29 Causas/custos de congestionamento: cenário 2 Um roteador, buffers finitos r retransmissão pelo remetente de pacote perdido r Hospedeiro A l : dados originais in lout Hospedeiro C l'in : dados originais mais dados retransmitidos Hospedeiro B Buffers de enlace de saída finitos compartilhados Hospedeiro D 3: Camada de Transporte 3b-30 Causas/custos de congestionamento: cenário 3 r r r quatro remetentes caminhos com múltiplos enlaces temporização/retransmissão Hosp l : dados originais dados originais mais edeiro l' : dados retransmitidos A Buffers de enlace de saída in lout in finitos compartilhados Hosp edeir oB 3: Camada de Transporte 3b-31 Abordagens de controle de congestionamento Duas abordagens gerais para controle de congestionamento: Controle de congestionamento Controle de assistido pela rede: congestionamento r roteadores enviam fim a fim : informações para os sistemas r r r não usa realimentação explícita da rede congestionamento é inferido a partir das perdas, e dos atrasos observados nos sistemas finais abordagem usada pelo TCP finais m bit indicando congestionamento m taxa explícita para envio pelo transmissor 3: Camada de Transporte 3b-32